1
Área:
OS FORMANDOS EM ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE
BLUMENAU (FURB) E A PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Emerson W. Mainardes, Marcelo Deschamps, Maria José C. de S. Domingues
Universidade Regional de Blumenau/FURB
RESUMO
A alta competitividade atual exige que as organizações possuam administradores
competentes e preparados. O profissional de administração vem buscando constantemente
ampliar seus conhecimentos voltados para o mercado de trabalho. Entendendo-se que os
cursos de graduação em administração atuais ainda não vêm preparando o administrador
como o mercado de trabalho exige, os egressos destes cursos vêm buscando, em cursos de
pós-graduação lato sensu, os conhecimentos que lhes faltam. Este estudo visou identificar
os interesses dos formandos em administração da FURB na realização de cursos de
especialização. Pôde-se constatar que é grande o interesse dos graduandos em realizar o
curso de pós-graduação.
Palavras-chave: Especialização; Graduação em Administração; Pós-graduação lato sensu
INTRODUÇÃO
Os administradores atuais sofrem pressões do mercado para estarem constantemente se
atualizando e buscando novas soluções para os diversos novos problemas que aparecem
no mercado diariamente. O administrador é cobrado continuamente pelo desempenho das
organizações que dirige e percebeu que conceitos, fórmulas e soluções do passado já não
resolvem mais os problemas do cotidiano. Ele precisa buscar constantemente novas
estratégias, novas soluções, novos conceitos. Portanto, ele precisa continuar estudando, no
intuito de ampliar seus conhecimentos, e a especialização, também chamada de pósgraduação lato sensu, tem sido o caminho escolhido por muitos bacharéis em
administração.
Considerando este cenário, o objetivo deste trabalho foi compreender as percepções de
formandos em administração da Universidade Regional de Blumenau (FURB) quanto a
realização de uma especialização.
Cabe ressaltar que o assunto estudado é bastante atual e relevante para as instituições de
ensino superior que oferecem cursos de pós-graduação lato sensu, pois o estudo
apresentou os motivos e interesses que levam formandos em administração a dar
continuidade aos seus estudos. Visou-se mostrar a instituição de ensino superior (IES)
estudada, e a outras IES, diretrizes a serem seguidas na oferta de novos cursos de pósgraduação lato sensu, que estejam alinhados tanto aos interesses da instituição de ensino
2
superior em si, quanto aos interesses da comunidade acadêmica que está saindo dos
cursos de graduação.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
1.1.
EDUCAÇÃO CONTINUADA: UMA EXIGÊNCIA DO MERCADO DE TRABALHO
Pode-se afirmar que educação continuada deixou de ser uma opção e passou a ser
uma necessidade dos indivíduos que desejam entrar e/ou permanecer no mercado de
trabalho. Diversos autores ressaltam a importância de se continuar os estudos ao longo da
vida profissional, independente da profissão exercida pelos indivíduos. Leite e Lima (1997,
p. 1) afirmaram que “a busca contínua do saber e de novos aprendizados, desenvolvendo os
talentos humanos é fator essencial para a sobrevivência das empresas nesse mundo
competitivo”. Isto significa que a atualização deve ser constante e, na conjuntura atual, as
organizações procuram profissionais bem preparados, capazes de se adaptar rapidamente a
condições mutáveis e com potencial para desenvolver-se continuamente. Hoje, apenas o
diploma não é o suficiente.
Já Juliato (2003) cita que o mundo empresarial está cada vez mais exigente,
prospectando candidatos com características e habilidades comportamentais que as escolas
tradicionais estão longe de pensar em formar ou desenvolver, pois empresas enxutas
requerem profissionais cada vez mais competentes.
Já Leite (2002) constata que diante de qualquer crise, num país qualquer, a primeira
tendência é que as pessoas voltem para a escola, novamente. Ou seja, qualquer
profissional necessita, seja qual for sua formação, de um processo contínuo de ações
educacionais voltados para sua formação continuada.
Em outra análise, Melo e Borges (2005) citam que alguns jovens frustram-se em
suas expectativas de ingresso e de estabilidade rápida no mercado de trabalho após a
graduação, precisando reformular seus projetos de vida, como, por exemplo, a opção de um
novo curso universitário ou de uma pós-graduação. A pesquisa realizada por Melo e Borges
(2005) em graduandos em administração trouxe alguns indicadores que confirmam isto:
atributos considerados importantes na transição universidade-mercado na ótica do egresso:
primeiro lugar (68,4%) – investimento na qualificação (pretensão de estudar mais, fazer pósgraduação, buscar se especializar em uma área, participar de cursos); críticas dos egressos:
IES inadequada na preparação para o mercado (47,4%); avaliação do mercado de trabalho
pelos egressos: mercado se encontra mais exigente sobre a questão da qualificação
(35,7%); facilidades para conseguir emprego: conhecimentos adquiridos e atualizar-se
(45%); projetos futuros dos egressos: capacitação profissional (44,4%). Em resumo,
observa-se a necessidade de investimento pessoal em qualificação, pois as IES, na visão do
aluno, preparam pouco para o mercado de trabalho (motivo para continuar a investir em
3
qualificação) e o mercado de trabalho leva a busca por qualificação (MELO: BORGES,
2005).
Portanto, a educação continuada parece ser o caminho para garantir a
empregabilidade de profissionais do mercado de trabalho, Mas, o que seria esta educação
continuada? Leite (2002, p. 53) afirma que “entende-se como um processo prolongado por
toda a vida de um indivíduo, num contínuo desenvolvimento”. E continua afirmando que
tendo em vista a velocidade do avanço do conhecimento, abrangendo todas
as áreas, além do desenvolvimento dos seus respectivos instrumentos de
operação que dispõe os respectivos profissionais, não é possível formar
egressos em caráter definitivo, carecendo de um processo de
reaprendizagem, de forma permanente, para evitar que tais profissionais
tornem-se rapidamente obsoletos (LEITE, 2002, p. 53).
A educação continuada tem se mostrado como um caminho para se chegar ao
sucesso e, num momento em que o conhecimento é tão importante, estudar sempre é uma
necessidade. Portanto, o processo de aprendizado nunca pode ser considerado completo
(LEITE; LIMA, 1997). Juliato (2003, p. 11) afirma que
em um mundo em constante evolução, cujas técnicas e acontecimentos
ocorrem a uma velocidade surpreendente, uma constante atualização de
conhecimentos e uma contínua readaptação se fazem necessárias para
garantir ao indivíduo a sua sobrevivência. A única forma de manter alguém
educado é pela preparação constante, ao longo da vida.
Portanto, para o indivíduo conseguir esse resultado terá que estar constantemente
em busca de seu aperfeiçoamento, adquirindo mais e novos saberes e construindo seu
conhecimento. Isto só será possível em um processo de educação continuada (JULIATO,
2003).
De acordo com Juliato (2003), as instituições de ensino superior (IES) buscam
soluções para suprir esta necessidade de seus egressos e do mercado de trabalho,
oferecendo cursos de extensão universitária, cursos de pós-graduação lato sensu ou
especialização. Com programas de preparação de profissionais para o mercado, procuram
reforçar seu papel como instituições na formação do conhecimento e melhor preparar o
profissional para a acelerada mudança dos novos tempos, pois a universidade é uma fonte
geradora do conhecimento para garantir o bem estar da comunidade. Dentro desta
proposta, as universidades vêm desempenhando um papel ímpar para o desenvolvimento
do saber na construção do conhecimento, propiciando a todos os profissionais o
desenvolvimento de suas habilidades.
Quando se trata especificamente do curso de administração, Juliato (2003) observou
que para atender a exigências atuais em gestão empresarial, só a formação acadêmica não
tem sido suficiente para manter o administrador no papel de gerente. É necessário mais do
4
que isso, ou seja, uma constante atualização e aperfeiçoamento de seus conhecimentos,
um contínuo estudo sobre as mais variadas formas de se administrar, isto é, uma educação
continuada. Deve-se então construir um processo de educação que possibilite aos
profissionais formados em Administração estarem sempre e constantemente atualizados.
Para desenvolver essas habilidades tem crescido muito a procura por programas em IES,
que oferecem cursos em nível de especialização. Estes programas, embora tenham o seu
lado técnico-profissionalizante evidenciado, normalmente buscam levar os participantes a
expandirem seus conhecimentos, com reflexões e questionamentos no âmbito da
aplicabilidade de seu aprendizado. “Esse tipo de educação pode-se caracterizar como
educação continuada” (JULIATO, 2003, p. 15).
1.2. A PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
As IES estão atualmente passando por uma fase de revisão e adaptação de seus
cursos de pós-graduação lato sensu, principalmente na área da administração, pois, devido
às grandes mudanças na economia nacional e mundial, o mercado de trabalho vêm exigindo
dos seus profissionais novas competências e habilidades. Segundo Gouvêa e Zwicker
(2000), a pós-graduação tem sido um dos principais instrumentos usados pelas faculdades
de administração para lidar com as mudanças no mundo dos negócios e no ambiente
institucional.
Para Moraes et al (2004), existe a preocupação sobre a aplicabilidade na atividade
profissional do que é aprendido em cursos de especialização, assim como sobre a
sustentabilidade de seus efeitos e repercussões. De acordo com sua pesquisa, os fatores
importantes que implicam na seleção de um curso de pós-graduação são, por ordem de
importância: enfoque prático, aplicabilidade imediata, prestígio da IES, e, por último, preço.
A escolha do curso, basicamente, tem como motivação a reciclagem do conhecimento e a
melhora do próprio currículo. A pesquisa também constatou os fatores importantes no
processo de decisão por determinado curso: carga horária, indicação de pessoas,
competência de professores, horário e local do curso, cursos com enfoque prático,
reputação da IES. Na pesquisa realizada, 75% dos entrevistados que pretendem realizar
uma pós-graduação concordam que temas relacionados a problemas enfrentados no dia a
dia e a questões que serão importantes no futuro pesam na decisão de um determinado
curso (MORAES et al, 2004).
Muitas são as alternativas de cursos de pós-graduação lato sensu. Uma das mais
procuradas por bacharéis em administração são os MBA´s. MBA é a definição para Master
Business Administration e, diferentemente do que é percebido pela comunidade em geral,
não é um programa de mestrado, tendo sua origem nos Estados Unidos. No Brasil,
especificamente em 1993, o MBA teve seu primeiro registro através da Universidade de São
5
Paulo, que ofereceu um curso de MBA executivo que visava a atender as áreas de
marketing, recursos humanos, finanças, administração, capacitação gerencial e executiva
internacional. A base do seu conteúdo curricular era a de programas de Harvard, Stanford,
entre outras (JULIATO, 2003). Os MBA’s são cursos de pós-graduação lato sensu voltados
para a área de gestão e têm como escopo desenvolver e aprofundar a formação recebida
nos cursos de graduação, mediante a verificação de estudos em determinada área do saber
ou ramo profissional (SILVA et al, 2005). Estes cursos têm como característica básica dar
respostas por meio de seus programas curriculares às necessidades do ambiente
empresarial, voltando sua atenção programática à qualificação de gestores e executivos.
Com o objetivo de suprir a necessidade do mercado, que busca um profissional altamente
capacitado na tomada de decisões e suficientemente preparado para analisar, estruturar e
sistematizar informações relacionadas à gestão, os cursos de MBA oferecem uma
diversidade de conceitos e práticas que envolvem as diversas áreas de uma organização
através de seu direcionamento à compreensão multidisciplinar e a alta especialização.
Segundo Fonseca (2004), a Resolução nº 1/2001 definiu os parâmetros mínimos de uma
pós-graduação lato sensu, que ficaram centrados nos seguintes elementos: Livre oferta de
cursos de pós-graduação lato sensu, independendo de autorização, reconhecimento, e
renovação de reconhecimento; Inclusão na categoria de cursos lato sensu os cursos
designados como MBA ou equivalentes; Supervisão dos órgãos competentes a ser efetuada
por ocasião do recredenciamento da instituição; Duração mínima de 360 horas; Freqüência
de 75%; Corpo docente constituído necessariamente por, pelo menos, 50% (cinqüenta por
cento) de professores portadores de título de mestre ou de doutor, obtido em programa de
pós-graduação stricto sensu reconhecido; Oferta aberta a portadores de diploma de curso
superior.
A partir desta resolução, acontece a massificação dos cursos de especialização em
todo o país, principalmente para suprir as falhas deixadas pelos cursos de graduação. O
desenvolvimento profissional e a especialização dos trabalhadores, aliada à necessidade
das organizações criarem soluções inovadoras para melhorar o nível de qualidade dos
produtos e serviços, corroboram com essa nova realidade (FILGUEIRAS, 2005). Conforme
aponta Oliveira (1994, p. 78-79),
a educação continuada no nível do ensino superior permite aos indivíduos
reagirem de forma construtivista às mudanças científicas. Nesse sentido ela
forma, qualifica e atualiza profissionais que ocupam funções em
organizações, com vistas a mantê-los constantemente atualizados para
conviverem com as mudanças e se antecipar a elas.
Em suma, os cursos de pós-graduação na modalidade lato sensu tornaram-se uma
alternativa para formar profissionais que não estejam interessados em trabalhar com a
6
pesquisa e com o magistério e, segundo Oliveira (1994, p. 160), “substitui-se o modelo
tradicional de dissertação – voltado para a pesquisa – por vários tipos de trabalho de
conclusão de curso, tais como: um relatório de projeto de consultoria, aplicação de uma
técnica a uma realidade concreta, avaliação de um projeto”. Para Grohmann (2004, p. 128),
“em se tratando especificamente de cursos de pós-graduação lato sensu (PGLS) voltados
para a gestão de negócios, observa-se que existe uma demanda por respostas rápidas,
caminhos prontos e técnicas para aplicação em curto prazo”.
Apesar disto, conforme afirma Grohmann (2004, p. 62), “é inegável que os cursos de
PGLS representam ainda uma das principais opções para a educação continuada, tendo o
papel de aperfeiçoar, reciclar e atualizar conhecimentos, habilidades e atitudes daqueles
que enfrentam o mercado de trabalho”.
2. FURB E O CURSO PESQUISADO
Criada em 1953, atualmente, a FURB oferece 39 cursos de graduação, 61 cursos de
pós-graduação lato sensu e 7 programas de mestrado. São cerca de 13.000 alunos na
graduação e, aproximadamente, 1.600 alunos nos diversos cursos de pós-graduação nas
modalidades especialização (1.100 alunos) e mestrado (500 alunos).
O curso de administração foi criado em 1973. Atualmente este curso conta com
1.486 alunos em suas duas habilitações. Destes, 87 estão no último semestre. Dos 87
alunos, 68 freqüentam regularmente as aulas e 19 estão envolvidos apenas com o estágio
e/ou trabalho de conclusão de curso (TCC).
3. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Neste trabalho, utilizou-se a pesquisa quantitativa descritiva transversal, por meio de
levantamento
de
dados,
com
a
aplicação
de
questionário
com
perguntas
predominantemente fechadas (OLIVEIRA, 2001; MALHOTRA, 2001; HAIR et al, 2005;
MARCONI; LAKATOS, 2002). Como somente uma IES foi pesquisada, este estudo também
se caracteriza por ser um estudo de caso (YIN, 2005).
Os questionários continham 18 perguntas fechadas e era composto de 2 partes. Na primeira
parte, buscou-se caracterizar o aluno que está se formando no curso de graduação em
administração.
Na segunda parte, seguindo o disposto na Resolução CES/CNE número 1 de
03/04/2001 e pelo que a IES pesquisada oferece em termos de cursos de pós-graduação
lato sensu (temas e formas de ministrar os cursos), buscou-se avaliar a expectativa do
graduando em dar continuidade aos seus estudos após o término da graduação. Esta parte
foi subdividida em 11 perguntas: interesse do aluno em realizar uma pós-graduação; se o
graduando não tiver interesse em realizar a especialização, qual o motivo para a não
7
realização; ao terminar a graduação, após quanto tempo o graduando pretende realizar sua
pós-graduação; até que nível de pós-graduação o aluno pretende chegar; em qual IES ele
pretende realizar sua pós-graduação; quanto tempo ele considera ideal para a duração do
seu curso de pós-graduação; a periodicidade das aulas de pós-graduação; formato do curso
(presencial, misto ou EAD); se a empresa em que o graduando trabalha fornece algum
incentivo financeiro para sua realização; e, com permissão para múltipla escolha por parte
do entrevistado, quais as principais áreas de interesse do graduando para realização de
uma pós-graduação lato sensu.
A população alvo definida foram os alunos formandos em administração da IES. Na
FURB foram identificados 87 alunos referentes à população da pesquisa, sendo que destes,
68 alunos estavam regularmente matriculados nas disciplinas oferecidas no último semestre
do curso de administração e 19 alunos estavam envolvidos com TCC e/ou estágio curricular
obrigatório. Dos 68 alunos aptos a responderem a pesquisa, 51 responderam ao
questionário, sendo que os restantes não estavam presentes nos dias em que foram
aplicados os mesmos. A validação da amostra foi confirmada utilizando-se a fórmula
oferecida por Barbetta (2001, p.35). Ao se realizar o cálculo, obteve-se, para 3% de erro e a
partir de uma população total de 68 alunos, uma amostra de 51 questionários, validando
assim a pesquisa realizada, afinal, 51 alunos da IES responderam ao questionário.
Os dados coletados com os questionários foram alimentados no software LHStat
(LOESCH, HOELTGEBAUM, 2005). No processo de análise dos dados, primeiramente
foram realizadas análises descritivas básicas de cada variável, possibilitando-se chegar as
primeiras conclusões. Em um segundo momento, foram utilizadas duas técnicas de análise
multivariada, a análise de correspondências e análise de agrupamento (ou de clusters).
4. RESULTADOS DA PESQUISA
Com base nos resultados apresentados no quadro 1, pode-se perceber uma média
de idade relativamente alta (27,1 anos, o que representa uma turma madura) e um equilíbrio
em gênero (51% homens e 49% mulheres). Percebe-se uma predominância de alunos
solteiros (65% dos entrevistados) e sem filhos (84% dos entrevistados), com atuação
profissional na iniciativa privada. Destaque para a indústria (39% dos entrevistados) e
prestação de serviços (33% dos entrevistados). A maioria dos alunos exercem funções
operacionais (45% dos entrevistados), não exercendo nenhum tipo de liderança nas
empresas onde atuam, e trabalham em departamentos administrativos (45%), financeiros
(16%) ou em vendas (16%), principalmente.
8
Idade média
Gênero
Estado civil
Filhos
Atuação Profissional
Função Profissional
27,1 anos
51% homens e 49% mulheres
65% solteiros, 31% casados, 4% outros
84% sem filhos, 10% com 1 filho, 6% com 2 filhos ou mais
39% indústria, 33% serviços, 18% comércio, 10% outros
45% operacional, 18% supervisão, 14% gerência, 16% empreendedor,
7% outros
de 45% administração, 16% finanças, 16% vendas, 23% outros
Departamento
Atuação
Quadro 1: Caracterização dos entrevistados
Fonte: LHSTAT (2006)
Na segunda etapa do questionário, o aluno entrevistado deveria optar por uma série
de alternativas sobre o que ele pensa a respeito de uma pós-graduação lato sensu. Chegouse aos seguintes resultados apresentados no quadro 2.
Fazer pós-graduação
Motivos para não fazer a
pós
Após formado, quanto
tempo para começar a
pós
Nível
de
ensino
pretendido
IES onde cursar a pós
70% sim e 30% não
12% desgaste com os anos de estudo, 18% motivos variados
45% imediatamente, 20% após 1 ano, 5% após 2 anos ou mais, 30% não
farão
29% especialização, 31% mestrado, 10% doutorado ou pós-doutorado,
30% nenhum
33% na FURB, 20% em outra IES de Blumenau, 17% em outra
cidade/estado/ país, 30% nenhuma
Duração do curso
45% em 18 meses, 23% em 12 meses, 2% em 24 meses, 30% tanto faz
Periodicidade das aulas
33% quinzenalmente com aulas durante a semana a noite, 26%
semanalmente com aulas durante a semana a noite, 11% em finais de
semana com aulas semanais ou quinzenais, 30% tanto faz
Forma de aulas
62% presencial, 8% misto (presencial e a distância), 0% totalmente a
distância, 30% não se manifestaram
Auxílio da empresa
51% a empresa não ajuda a pagar, 35% empresa paga parte do curso se
for do interesse da mesma, 14% empresa ajuda a pagar independente
do curso
Preferências de cursos
39% pós em administração, 33% pós em finanças, 29% pós em vendas,
(múltipla escolha com 22 28% pós em marketing, 24% pós em RH; os demais cursos tiveram
opções)
menos de 20% de preferência
Quadro 2: Escolhas dos entrevistados quanto a pós-graduação lato sensu
Fonte: LHSTAT (2006)
Em resumo, constatou-se que:
• a maioria dos entrevistados pretendem realizar um pós-graduação lato sensu (70%) e
aqueles que não farão a pós-graduação (30%) justificaram, na maior parte dos casos
(12%), o desgaste com os anos de graduação;
• percebeu-se que grande parte dos respondentes tem interesse em realizar a pósgraduação imediatamente após a graduação (45%), ou, no máximo, um ano após a
formatura (20%);
• encontrou-se uma preferência bastante equilibrada em fazer uma especialização (29%) e
um mestrado (31%), porém uma parcela interessante dos entrevistados (10%) citou o
9
doutorado e o pós-doutorado como o nível mais avançado a que pretendem chegar em
seus estudos;
• outro ponto interessante é que os alunos sentem o desejo de realizar sua pós-graduação
na mesma IES da graduação (33%), porém vale ressaltar que 20% dos entrevistados
pretendem realizar sua pós-graduação em outra IES em Blumenau, seguido de perto por
outra IES em outra cidade/estado/país (17%), o que demonstra um resultado relativamente
equilibrado;
• também observou-se uma preferência, pela maioria, por cursos com duração de 18 meses
(45%) ou 12 meses (23%);
• um resultado importante foi a escolha por aulas durante a semana a noite, semanalmente
(26%) ou, principalmente, quinzenalmente (33%), o que vai contra ao que as IES de
maneira geral oferecem, que são aulas nos finais de semana, quinzenalmente ou
semanalmente, preferência esta de apenas 11% dos respondentes;
• os alunos entrevistados também preferem aulas presenciais (62%), ou, no máximo, com
parte do curso a distância (8%), rejeitando por completo ao sistema EAD nesta
modalidade de ensino (0%);
• quando buscou-se descobrir se a empresa onde o aluno trabalha ajuda a pagar sua
especialização, descobriu-se que, para a maioria, a empresa não ajuda com recursos
financeiros (51%), no máximo paga parte do curso se o mesmo for de interesse da
empresa (35%).
• por fim, solicitou-se aos alunos escolherem as áreas onde pretendem realizar um curso de
pós-graduação, sendo oferecidas 22 opções; o respondente poderia escolher quantos
cursos quisesse; os preferidos, em ordem decrescente de interesse, foram: administração
(39%), finanças (33%), vendas (29%), marketing (27%) e RH (24%).
4.1.
ANÁLISE DE AGRUPAMENTOS HIERÁRQUICOS
Nesta etapa, utilizando-se a análise de agrupamentos e contando com o auxílio de
dendogramas, pode-se chegar a diversos resultados, conforme gráficos 1, 2 e 3.
10
Gráfico 1: Dendograma de caracterização dos interessados em realizar uma pós-graduação
Fonte: LHSTAT (2006)
No gráfico 1, ao se agrupar interesse em fazer a pós com as características dos
entrevistados, pode-se perceber que, entre os maiores interessados em fazer pós, estão
mulheres, solteiras, de meia idade, sem filhos, que trabalham em empresas prestadoras de
serviços, sem uma definição característica do departamento em que atuam, mas ocupando
cargos operacionais. Já entre os que não pretendem realizar a pós, percebeu-se que são
homens, jovens, solteiros, sem filhos, que atuam na indústria, ocupando cargos
operacionais.
No gráfico 2, ao se agrupar interesse em fazer a pós e as características preferidas
dos respondentes com relação ao curso de pós-graduação, chegou-se aos seguintes
resultados: quem afirmou que pretende realizar a pós, pretende realizá-la de imediato, em
uma IES em outra cidade, com cursos presenciais, de 18 meses, com aulas quinzenais
durante a semana à noite, sendo que a empresa não ajuda a pagar, e estes alunos
especificamente também pretendem realizar um mestrado; também constatou-se que
aqueles que pretendem realizar a pós-graduação após um ano, pensam em realizá-la na
mesma IES da graduação, solicitam aulas quinzenais nos finais de semana, pretendem
encerrar seus estudos na especialização e, para estes, as empresas ajudam a pagar parte
do o curso se o mesmo for de interesse da empresa; para aqueles que afirmaram não
realizar a pós, o motivo foi o desgaste pelos anos de estudo.
11
Gráfico 2: Dendograma de caracterização do curso de pós-graduação preferido pelos entrevistados
Fonte: LHSTAT (2006)
No gráfico 3, agrupou-se interesse em realizar uma pós-graduação, local de trabalho,
setor de atuação, impedimentos em realizar a especialização, função profissional e se a
empresa ajuda a pagar o curso de especialização. Pode-se chegar às seguintes
constatações: o aluno que pretende fazer uma pós-graduação atua em nível operacional em
empresas de prestação de serviços e esta paga parte do curso se este for interessante para
a organização; quem atua na indústria, na função de supervisor, e tem interesse em realizar
uma pós-graduação, a empresa não auxilia no pagamento do curso; já para quem atua nas
áreas de marketing, qualidade, TI e RH, há probabilidade de a empresa ajudar a pagar parte
da pós, caso o mesmo seja de interesse da empresa e esta seja do setor de serviços, mas,
se o indivíduo trabalhar na indústria, a probabilidade é que a empresa não ajude a pagar o
curso.
12
Gráfico 3: Dendograma de caracterização dos entrevistados interessados em realizar uma pósgraduação
Fonte: LHSTAT (2006)
4.2.
ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIAS
Na última etapa de análise dos resultados obtidos, efetuaram-se as análises de
correspondências, que visam identificar correlações entre duas variáveis. Foram realizados
testes de qui-quadrado e de Fischer para se encontrar dependência entre as duas variáveis
testadas. Os resultados dos testes de correspondência se encontram nas tabelas 1, 2, 3 e 4.
Para esta análise foram realizados diversos cruzamentos entre as variáveis da pesquisa.
Foram apresentados aqui somente os casos mais relevantes.
13
O primeiro cruzamento realizado foi entre os respondentes que atuam em
departamentos administrativos das organizações e seus interesses em realizar uma pósgraduação lato sensu em administração. Na tabela 1 percebe-se que há dependência entre
estas duas variáveis, ou seja, quem já trabalha em administração tem interesse em realizar
uma pós-graduação nesta área específica.
O segundo cruzamento realizado foi entre os respondentes que atuam em
departamentos financeiros das empresas e seus interesses em realizar uma pós-graduação
lato sensu em finanças. Na tabela 2 percebe-se que há não dependência entre estas duas
variáveis, ou seja, quem já trabalha em finanças não necessariamente irá realizar uma pósgraduação nesta área. No terceiro cruzamento, ocorreu o mesmo com a área de logística
(tabela 3).
O quarto, e último cruzamento foi entre os respondentes que são empreendedores e
seus interesses em realizar uma pós-graduação lato sensu em empreendedorismo. Na
tabela 4 percebe-se que há dependência entre estas duas variáveis, ou seja, quem já é
empreendedor tem interesse em realizar uma pós-graduação nesta área específica.
14
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O objetivo deste trabalho foi compreender as percepções de formandos em
administração da Universidade Regional de Blumenau (FURB) quanto a realização de uma
pós-graduação lato sensu. Este objetivo foi atingido com êxito, pois identificou-se que a
maioria dos entrevistados (70%) pretende sim realizar uma especialização. Conclui-se então
que os graduandos entrevistados, mesmo nem ainda formados, já sentem a necessidade de
dar continuidade a construção de novos e atuais conhecimentos na área de sua formação
acadêmica.
Outra conclusão deste trabalho foi a identificação das áreas de maior interesse dos
graduandos em especializarem-se. Encontrou-se grande interesse nas áreas de
administração, finanças, vendas, marketing e RH. Poder-se-ia esperar que as áreas mais
comentadas atualmente pelo mercado fossem as que mais interessariam na realização de
uma especialização (ecologia, tecnologia da informação, responsabilidade social, entre
outros) em detrimento de temas mais tradicionais (administração, marketing, finanças, entre
outros). No estudo isto não se confirmou, pois estas áreas mais recentes obtiveram
resultados muito abaixo (procura muito inferior) das áreas tradicionais. Destaque para
algumas áreas, onde os alunos que atuam profissionalmente na área, como administração e
empreendedorismo, pretendem realizar uma pós-graduação na própria área.
Outra constatação foi a descoberta de como o formando imagina a pós graduação
lato sensu. Pode-se chegar as seguintes preferências dos graduandos: pretendem iniciar a
especialização imediatamente, ou, no máximo, um ano após a graduação; os respondentes
escolheram cursos de 12 a 18 meses, com aulas durante a semana à noite, em
periodicidade semanal ou quinzenal, contando com aulas presenciais, no máximo com parte
das aulas a distância; descobriu-se também que há um interesse considerável na realização
de um mestrado, apesar de boa parte dos alunos pensar somente na especialização como
último estágio na sua formação profissional; e os alunos pensam em realizar a
especialização na mesma IES em que estão se graduando. Também identificou-se que
poucas são as empresas que ajudam a pagar cursos nesta modalidade, sendo que a
maioria, conforme declararam os alunos, não ajuda a custear este tipo de curso. Por fim,
observou-se que aqueles que não farão a especialização declararam como motivo principal
o desgaste com os anos de estudo.
Em suma ao se agrupar as variáveis citadas, encontrou-se: quem pensa em realizar
a especialização imediatamente após a graduação, optou em realizá-la em outra IES em
outra cidade, em cursos de 18 meses, pretendendo chegar ao mestrado e a empresa não
ajudar a pagar o curso; já quem optou por realizar a pós-graduação após um ano, escolheu
a mesma IES da graduação, preferindo aulas quinzenais nos finais de semana, visando
chegar somente à especialização e, neste caso, há possibilidade da empresa ajudar a
15
pagar, desde que o curso seja de interesse da empresa. Desta forma, conclui-se que a
maior parte dos graduandos tem interesse em dar continuidade aos seus estudos, mas não
necessariamente na mesma instituição de ensino superior onde se graduou, sendo que
aqueles que não farão a especialização, só não a farão por causa do desgaste dos vários
anos de estudo.
Por fim, ao se correlacionar o interesse em realizar a especialização com as
características individuais dos entrevistados, encontrou-se interessados em realizar uma
pós-graduação na seguinte configuração: mulheres, solteiras, de meia idade, sem filhos, que
trabalham em empresas prestadoras de serviços, sem uma definição característica do
departamento em que atuam, mas ocupando cargos operacionais. Já os que não pretendem
realizar a pós: homens, jovens, solteiros, sem filhos, que atuam na indústria, ocupando
cargos operacionais. Inicialmente imaginava-se que indivíduos que atuam em áreas onde as
mudanças e inovações são mais freqüentes têm mais interesse em dar continuidade aos
seus estudos, quando comparado com indivíduos que atuam em áreas mais estáveis e com
mudanças menos freqüentes e em menor escala. Porém, o estudo mostrou que os
interessados em realizar um curso de especialização trabalham nas mais diversas áreas,
não conseguindo-se identificar uma área em especial onde a pós-graduação lato sensu é
mais necessária.
Para finalizar, entendeu-se que as principais contribuições deste estudo foram: a
partir dos resultados da pesquisa, as IES, de maneira geral, podem reavaliar os seus cursos
de graduação em administração e planejar adequadamente seus cursos de especialização,
com vistas a atender às demandas do mercado de trabalho; esta pesquisa pode ser um
referencial para orientar aos alunos de administração na continuidade de seus estudos após
o término da graduação; para o mercado de trabalho, a pesquisa mostrou que os novos
profissionais sentem-se inseguros quanto à sua colocação e preocupam-se em aumentar
suas competências e habilidades continuamente; entendo-se que, nos últimos anos, o que o
mercado precisa não tem sido o que as IES oferecem, esta pesquisa visou a contribuir para
a ampliação dos poucos estudos existentes que abordam o assunto, sugerindo, inclusive, o
aprofundamento das pesquisas na área.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBETTA, Pedro A. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. UFSC,
2001.
BRASIL; MEC; CFE. Parecer nº 977/65: Definição dos cursos de pós-graduação. 1965,
p.67-86.
16
CNE. Resolução CFE nº 12/83, de 6 de outubro de 1983. Disponível em <www.mec.gov.
br>. Acesso em: 22 de maio de 2006. 11:15:00.
____. Resolução CES nº 3/99, de 7 de outubro de 1999. Disponível em <www.mec.gov.
br>. Acesso em: 22 de maio de 2006. 11:33:00.
____. Resolução CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001. Disponível em <www.mec.gov.br>.
Acesso em: 22 de maio de 2006 12:05:00.
FILGUEIRAS, Elgislane de A. Pós-graduação “Lato Sensu”: um modelo para projeto e
avaliação com base em indicadores da qualidade. Florianópolis, 2005. 264f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
FONSECA, Domingos M. Contribuições ao debate da pós-graduação lato sensu.
Brasília: RBPG/Capes, 2004.
GOUVÊA, Maria A.; ZWICKER, Ronaldo. O mestrado profisionalizante e o perfil dos alunos
de um mestrado acadêmico: resultados de uma pesquisa empírica. Caderno de Pesquisa
em Administração. Jul/Set 2000. São Paulo, v.07, nº 3, p.99-110.
GROHMANN, Márcia Z. Influências de um curso de pós-graduação no processo de
aprendizagem gerencial. 2004. 307f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) –
Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
HAIR Jr., Joseph F.; BABIN, Barry; MONEY, Arthur H.; SAMOUEL, Phillip. Fundamentos e
métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.
JULIATO, Antonio C. Formação profissional do administrador de empresas: a questão da
educação continuada. Anais: ENANGRAD. Foz do Iguaçu, ENANGRAD, 2003. Disponível
em <http://www.angrad.org.br>. Acesso em: 01 maio 2006. 10:44:00.
LEITE, Ana C. T.; LIMA, Criseida A. Técnicas e Habilidades: educação continuada para a
formação do administrador atual. Anais: ENANGRAD. Rio de Janeiro, ENANGRAD, 1997.
Disponível em <http://www.angrad.org.br>. Acesso em: 01 maio 2006. 11:35:00.
LEITE, Haroldo Cristovam Teixeira. Metodologia para o estabelecimento de um
programa de educação continuada numa instituição de ensino. 2002. 239f. Tese
(Doutorado em Engenharia de Produção) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2002. Disponível em <http:// http://teses.eps.ufsc.br/defesa/
pdf/6664.pdf>. Acesso em: 01 maio 2006. 09:12:00.
17
LOESCH, Cláudio; HOELTGEBAUM, Marianne. Métodos estatísticos multivariados
aplicados à economia de empresas. Blumenau: Nova Letra, 2005.
MALHOTRA, Newton K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 3 ed. Porto
Alegre: Bookmark, 2001.
MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva M. Técnicas de pesquisa: planejamento e
execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e
interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 2002.
MELO, Simone L. de; BORGES, Lívia de O. Transição universidade-mercado de trabalho na
ótica do jovem. Anais: ENANPAD. Brasília, ENANPAD, 2005. CD-ROOM
MORAES, Edmilson A. de; GRAEML, Alexandre R.; SANCHEZ, Otávio; MESQUITA,
Frederico S. B. Fatores determinantes da escolha de cursos de educação continuada.
Anais: ENANPAD. Curitiba, ENANPAD, 2004. CD-ROOM
OLIVEIRA, Fátima B. Gênese, evolução e tendência da pós-graduação lato-sensu. Rio
de Janeiro, 1994. 232f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de Filosofia e Ciências
Humanas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1994.
OLIVEIRA, Silvio L. Tratado de metodologia científica. São Paulo, Pioneira, 2001.
PORTARIA nº 1.180, de 6 de maio de 2004, publicada no DOU nº 87, de 7 de maio de
2004, Seção 2, p.9.
SILVA, Maria G. R.; COSTA, Elisabeth G.; CARVALHO, Fernanda; GRAZZIOTIN, Luciane.
Boas aulas na pós-graduação lato sensu – MBA’s. Anais: XVI ENANGRAD. Belo Horizonte,
ENANGRAD, 2005. Disponível em <http://www.angrad.org.br>. Acesso em: 01 maio de
2006. 13:25:00
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.
Download

FURB - Virtual Educa