Oliver Cann, Diretor, Assessoria de Imprensa, Tel.: +41 79 799 3405; E-mail: [email protected] O valor do talento: preencher o potencial das pessoas pode elevar o PIB Global em 20% O novo Relatório de Capital Humano indica que um mundo onde "ninguém é deixado para trás" continua a ser um futuro distante, mesmo em economias avançadas. Trata-se do primeiro estudo do gêneroa medir a capacidade dos países em alimentar o talento através da educação, do desenvolvimento e implantação de competências em todas as fases do ciclo de vida humano. A Finlândia ocupa o primeiro lugar, tendo desenvolvido e implementado 86% do seu potencial de capital humano. O Fórum Econômico Mundial acredita que o talento, e não o capital, é o fator principal que une a inovação, a competitividade e o crescimento no séc. XXI. Baixe o relatório completo aqui Genebra, Suíça, 13 de maio de 2015 – Quando se trata de desenvolver os talentos das pessoas e ajudá-las a atingir o seu potencial completo, o conceito de um mundo onde ninguém é deixado para trás continua a estar num futuro distante. É o caso mesmo em países ricos, com sistemas educacionais bem desenvolvidos e taxas de emprego robustas, como revela hoje o novo Relatório de Capital Humano do Fórum Econômico Mundial. O relatório inclui o Índice de Capital Humano, um estudo de 124 países que cobre 46 indicadores. O índice tem uma abordagem de curso de vida relativamente ao capital humano, avaliando os níveis de educação, competências e emprego disponíveis para pessoas em cinco grupos etários distintos, começando abaixo dos 15 anos e ultrapassando os 65 anos de idade. O objetivo é avaliar o resultado de investimentos passados e presentes no capital humano e fornecer uma análise sobre como será a base de talentos de um país no futuro. No plano global, a Finlândia está no topo da classificação do Índice de Capital Humano de 2015, com um resultado de 86%, num máximo de 100. A Noruega (2), a Suíça (3), o Canadá (4) e o Japão (5) completam os cinco primeiros lugares. Eles fazem parte de um grupo de apenas 14 nações que ultrapassou o patamar dos 80%. Entre outras grandes economias avançadas, a França está na 14.ª posição, enquanto os Estados Unidos ocupam a 17.ª posição, com um resultado ligeiramente inferior a 80%. O Reino Unido está na 19.ª posição, e a Alemanha ocupa a 22.ª. Nos BRICS, a Federação Russa (26) tem o melhor resultado, com 78%, seguida pela China, com 64 e 67% de capital humano otimizado. O Brasil ocupa o 78.º lugar, seguido pela África do Sul (92) e pela Índia (100). Além dos 14 países que atingiram 80% da otimização do capital humano, 38 países têm um resultado entre 70% e 80%. Outros 40 países apresentam resultados entre 60% e 70%, enquanto 23 países se encontram entre 50% e 60%, e nove países permanecem abaixo dos 50%. "O talento, e não o capital, será o fator principal a unir a inovação, a competitividade e o crescimento no séc. XXI. Para fazer qualquer uma das mudanças necessárias para desbloquear o talento latente do mundo – e, assim, o seu potencial de crescimento – devemos olhar para além dos ciclos de campanha e relatórios trimestrais. O diálogo, a colaboração e as parcerias entre todos os setores são cruciais para a adaptação de instituições educacionais, governos e negócios,", afirma Klaus Schwab, Fundador e Diretor Executivo do Fórum Econômico Mundial. Resultados por região Além da Finlândia, Noruega e Suíça, que ocupam os três primeiros lugares globais, outros quatro países da Europa e da Ásia Central ocupam os 10 primeiros, enquanto outros oito desta região estão nos 20 primeiros lugares. A Albânia (66), a Turquia (68) e a Moldávia (71) ocupam os últimos lugares da região. A Itália (35), a Grécia (40) e a Espanha (41) apoiam-se nos investimentos anteriores em capital humano, mas são prejudicados pelos resultados relativamente baixos da qualidade das medidas educativas, das oportunidades de aprendizagem contínua, das taxas de participação da mão-de-obra e do desemprego. Na Ásia e no Pacífico, onde se concentra a maioria da população mundial, a diferença entre os países com maiores e menores resultados está entre as maiores. A seguir ao Japão, os países com melhor desempenho são a Nova Zelândia (9), a Austrália (13) e Cingapura (24), enquanto o Nepal (106), Myanmar (112) e o Paquistão (113) ocupam as posições mais baixas. A seguir à China e à Índia, a terceira nação mais populosa da região, a Indonésia, ocupa a 69.ª posição. O Iran ocupa a 80ª posição. O Chile (45) e o Uruguai (47) são os líderes em paridade de gênero da América Latina e do Caribe. Seguem-se a Argentina (48) e o México (58). O Brasil, o país mais populoso da região, está no 78.º lugar. A Nicarágua (90), a Venezuela (91) e Honduras (96) ocupam os últimos lugares da região. Globalmente, a disparidade entre os melhores e piores resultados na região da América Latina e do Caribe é inferior à de outras regiões. Enquanto o emprego qualificado representa cerca de 20% da mão-de-obra da região, em vários países, como o Uruguai e o Brasil, as empresas têm dificuldade em encontrar colaboradores qualificados. No Oriente Médio e no Norte da África, Israel (29) surge no topo, seguido pelos Emirados Árabes Unidos (54) e o Catar (56). A Jordânia (76) e o Egito (84) apresentam melhores resultados do que economias com maior rendimento, como a Arábia Saudita (85) e o Kuwait (93). Seguem-se Marrocos (95) e a Tunísia (98), enquanto a Argélia (114), a Mauritânia (122) e o Iêmen (124) ocupam as últimas posições da região. Na África subsariana, Maurício(72) ocupa a posição mais elevada da região. Enquanto outros seis países apresentam resultados entre 80 e 100, outras 17 nações africanas estão abaixo de 100 no índice. A África do Sul está no 92º lugar e o Quênia no 101º. O país mais populoso da região, a Nigéria (120), está nas últimas três posições da região, enquanto o segundo país mais populoso, a Etiópia, está no 115.º lugar. Com a exceção dos países com posições mais elevadas, a região caracteriza-se por investimento cronicamente baixo na educação e na aprendizagem. Resultados por grupo de rendimento Enquanto os resultados globais dos países estão, de forma geral, relacionados com o PIB per capita, existem diferenças e sobreposições entre grupos de rendimento, com alguns países de rendimento inferior a apresentar resultados amplamente superiores aos de outros mais ricos. No grupo de rendimento baixo, países com um PIB per capita abaixo dos $1045, o Tajiquistão (65), o Camboja (97) e Bangladesh (99) posicionam-se bem acima do Burundi (121) e do Chade (123), os países com resultados mais baixos deste grupo de rendimento. No grupo de rendimento baixo-médio, países com um PIB per capita entre $1045 e $4125, a Ucrânia (31), a Armênia (43), a República do Quirguizistão (44) e as Filipinas (46) estão bastante à frente da Nigéria (120), a Mauritânia (122) e o Iêmen (124). No grupo de rendimento médio-alto, países com um PIB per capita entre $4126 e $12 745, a Hungria (32), o Cazaquistão (37) e a Romênia (39) ocupam o topo deste grupo, enquanto a Namíbia (94), a Tunísia (98) e a Argélia (114) estão nos últimos três lugares. Entre os países com rendimento alto, aqueles com um PIB per capita acima de $12 746, a Finlândia, a Noruega e a Suíça ocupam os primeiros três lugares do índice global. Barbados (77), a Arábia Saudita (85) e o Kuwait (93) ocupam os últimos três lugares. Implicações nos negócios e políticas Além do índice, o relatório fornece a informação mais recente disponível relativa ao número de graduados atuais e recentes nas principais áreas de estudo de cada país, e informação detalhada sobre a atividade da mão-de-obra da população, bem como os níveis de educação. "O nosso objetivo é apoiar os líderes de negócio, responsáveis políticos, a sociedade civil e o público na tomada de decisões informadas e guiadas por dados, necessárias para desbloquear o potencial humano. O índice mostra que todos os países – ricos e pobres – ainda têm de otimizar o seu capital humano, e apela a um novo modelo de crescimento centrado nas pessoas," refere Saadia Zahidi, Responsável pela Iniciativa de Emprego, Competências e Capital Humano e coautora do relatório. O relatório e o índice foram produzidos em colaboração com a Mercer. "O Índice de Capital Humano é uma ferramenta crítica para os empregadores globais", indica Julio A. Portalatin, Presidente e Diretor Executivo da Mercer. "Permite-lhes determinar as questões com maior impacto sobre a disponibilidade e sustentabilidade do talento em todo o mundo hoje em dia, e identificar as questões que têm potencial para influenciar o sucesso dos negócios no futuro – insight valioso para orientar a distribuição do desenvolvimento da força de trabalho e dos investimentos." Metodologia O Índice de Capital Humano classifica 124 países relativamente à forma como desenvolvem e implementam o seu capital humano, focando-se na educação, competências e emprego. Ele visa compreender se os países estão desperdiçando ou aproveitando o seu potencial humano. O relatório mede esta distância do ideal – ou desperdício – ao desagregar os dados em cinco grupos etários, de forma a capturar o perfil demográfico completo de um país: menos de 15 anos – os membros mais novos da população, para quem a educação está avaliada entre os fatores mais críticos; 15-24 anos – jovens, para quem são avaliados fatores como educação superior e utilização de competências no local de trabalho; 25-55 anos – a maior parte da força de trabalho, para quem é avaliada a aprendizagem contínua e as oportunidades de emprego; 55-64 anos – os membros mais seniores da maior parte da força de trabalho, para quem são avaliadas a concretização e as oportunidades de emprego; 65 anos ou mais – os membros mais velhos da população, para quem são avaliadas a oportunidade contínua e a saúde. A abordagem geracional aponta para padrões específicos da idade de exclusão do mercado de trabalho e potencial capital humano inexplorado. No total, o Índice de Capital Humano cobre 46 indicadores. Os valores para cada um dos indicadores vêm de dados disponíveis publicamente, compilados por organizações internacionais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS). Além de dados concretos, o índice utiliza um conjunto limitado de dados de inquéritos qualitativos do Inquérito de Opinião Executiva do Fórum Econômico Mundial. A metodologia permite também comparações dentro de um país, bem como entre países. O Índice de Capital Humano está entre o conjunto de ferramentas fornecido pelo Fórum como parte da sua iniciativa global sobre Emprego, Competências e Capital Humano. A iniciativa produz análises e perceções focadas na previsão do futuro de empregos em setores principais da indústria, bem como as melhores práticas de negócios que lideram o combate às falhas de competências e ao desemprego. A iniciativa cria também colaboração públicoprivada em empregos e competências em várias regiões do mundo e em grupos de indústria, focando-se em envolver os negócios no apoio à educação, na aprendizagem contínua, no desenvolvimento de competências e no empreendedorismo. Os parceiros da Iniciativa para o Emprego, Competências e Capital Humano no Fórum incluem a Adecco, a Al Ghanim Industries, a MMC, o Manpower Group, a Rockefeller Foundation, a SAP e a Tupperware. Notas aos Editores Leia o relatório aqui: http://wef.ch/humancapital15 Veja o nosso infográfico: http://wef.ch/humancapitalmap Leia o blog do Fórum em http://wef.ch/agenda Veja as melhores fotografias do Flickr do Fórum em http://wef.ch/pix Torne-se um fã do Fórum no Facebook em http://wef.ch/facebook Siga o Fórum no Twitter em http://wef.ch/twitter Veja os próximos eventos do Fórum em http://wef.ch/events Inscreva-se nos comunicados de imprensa do Fórum em http://wef.ch/news O Fórum Econômico Mundial é uma instituição internacional empenhada na melhoria do estado do mundo através da cooperação públicoprivada no espírito de cidadania global. Envolve líderes comerciais, políticos, acadêmicos e outros líderes da sociedade para dar forma a agendas globais, regionais e industriais. Incorporado como uma fundação sem fins lucrativos em 1971 e com sede em Genebra, Suíça, o Fórum é independente, imparcial e desvinculado de quaisquer interesses. 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