LICENCIATURA EM QUÍMICA Educação Informal Museu de ciências Wesley Vaz Martins São Paulo 2011 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Licenciatura em Química Educação Informal Museu de Ciências Wesley Vaz Martins Orientador: Prof. Drª Lúcia Scott Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Federal de São Paulo como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciado em Química. São Paulo 2011 Dedicatória_________________________________ "A Deus, que me deu tudo, o Dom da Vida! A Meus pais, por me ensinarem a retidão do caminho! Ao meu irmão que me incentivou nos momentos de desânimo! Aos mestres, que com sua paciência, antes de me ensinarem, fizeram-me aprender ! Aos meus colegas de classe, pelo convívio fraternal e familiar! E a minha amada Ana Paula, que me ajudou nesta trilha de sucesso!” Resumo Educação Informal A presente pesquisa teve inicio a perspectiva de se investigar quanto o ensino informal é capaz de despertar no aluno, o interesse pela química e como a pós visita ao espaço Catavento Cultural e educacional pode contribuir nas posteriores aulas teóricas em seu respectivo espaço escolar. Os dados para a análise deste trabalho se basearam em dois questionários, um com três dias após visita dos alunos e outro questionário após quatro meses da visita, visando dados mais reais e sólidos, evitando respostas “mascaradas”, “pós lua-de-mel”, havendo enorme euforia, entusiasmo e fascinação inicial com o espaço visitado. Ainda foram feitos questionamentos ao Educador responsável pelo espaço no período da pesquisa. Após a coleta destes dados, foram feitas comparações com referências bibliográficas, com autores doutores especialistas em temas correlatos de ensino informal. Abstract Informal Education This study was initiated to investigate the prospect as informal education is able to awaken in the student interest in chemistry and as the visit to the post Catavento Cultural and educational space can contribute in subsequent lectures in their respective school space. Data for the analysis of this paper are based on two questionnaires, one to three days after a visit of students and another questionnaire after four months of the visit, aimed at data more real and solid, avoiding answers "masked," "post honeymoon ", with great excitement, enthusiasm and initial fascination with the space visited. Although questions have been made to the educator responsible for the space during the study period. After collecting these data, comparisons were made with references, by authors doctors experts on issues related to informal education. Sumário Apresentação…………………………………………………………………………………………………………………. 06 Capítulo 1-.O histórico e o surgimento dos museus..................................................................07 Capítulo 2 - Ensino Informal x Ensino Formal ...........................................................................11 Capítulo 3- A colaboração do ensino informal frente aos desafios da educação......................12 Capítulo 4- Tendências Pedagógicas........................................................................................14 Capítulo 5- Objetos de estudo.................................................................................................. 15 Desenvolvimento.......................................................................................................................19 Metodologia ..............................................................................................................................20 Discussão dos dados coletados ..................................................................................................21 Considerações Finais ..................................................................................................................36 Anexos ........................................................................................................................................38 Referências Bibliográficas ..........................................................................................................56 TCC – Wesley Vaz Martins 6 Apresentação A educação em ciências exatas, nos dias de hoje não pode se a ter ao contexto estritamente educacional (GUARACIRA, 2000). Esta afirmação, cada vez mais presente entre os educadores na área de ciências, enfatiza o papel de espaços de educação não formal, como museus de ciências, exemplificando o museu de ciências Catavento Cultural e educacional situado na cidade de São Paulo. Há uma dificuldade enorme em um mundo globalizado pensar em uma proposta de educação científica voltado para o mundo tão consolidado de altas tecnologias, nele a educação se obriga a se ater em novas “estratégias de sobrevivência” no sentido de se inserir melhor na sociedade trocando conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais (GUARACIRA, 2000). A autora neste parágrafo esclarece uma tendência que a cada ano parece se acentuar, que é o desinteresse dos alunos ao método tradicional de educação com lousa e giz, em vista das diferentes formas tecnológicas que estão à disposição dos mesmos, sendo até um uma “luta desigual”, com presença de internet, mp3, mp4, jogos interativos entre outros. Quase todas as iniciativas voltadas a uma educação informal institucionalizada são bem vindas, sobretudo nas ciências exatas. Muitos educadores nesta área de estudo apresentam algumas duvidas e inquietações, e as mais comuns se referem a impossibilidade de ensinar e apreender ciências nestes espaços. Não é difícil compreender a razão de tais descrenças ou restrições, basta observar atentamente a visita de crianças e jovens a um centro de divulgação científica (SHORTLAND, 1987). O autor se refere às descrenças e tais restrições a associação do ato comportamental dos alunos, com elevado grau de euforia, aversão de alguns estudantes ao espaço visitado, ansiedade, elevado nível de dispersão entre outros motivos, além do que não se pode afirmar que o propósito dos museus de ciências é ensinar ciência, mas divulgar ciências. O presente estudo de trabalho de conclusão de curso visa verificar como os alunos do ensino médio, reagem a uma visita monitorada ao Catavento Cultural, e conceituar como cada aluno “encarava” a forma de visitar um museu de ciências antes e depois da visita. Cabe ressaltar que o objeto de pesquisa TCC – Wesley Vaz Martins 7 principal, é analisar se de alguma maneira esta visita é aproveitada, se contribuiu de alguma maneira nas aulas subseqüentes à visita. Capitulo 1 O histórico e o surgimento dos museus O que se chamou de um primeiro vestígio de museu, foi na época do Renascimento, a partir de coleções de objetos dos Nobres e estudiosos que gostavam de reunir diversos objetos. Alocados em pequenos espaços os objetos reunidos de modo aleatório e não era qualquer pessoa que poderia visitar estes objetos, apenas por convidados privilegiados por motivos de vaidade e arte ao exótico ou mesmo ficar descrevendo os objetos ali expostos. Formar e manter um recinto de exposição de diferentes objetos daria poder e status aos colecionadores (POMIAN, 1984; GIRAUDY & BOUILHET, 1990). A partir dos séculos XVII e XVIII foram criados novos espaços e com tamanhos maiores, pois a quantidade de colecionadores foi aumentando consideravelmente, e estes novos espaços inicialmente foram bibliotecas e posteriormente espaços destinados a estes objetos, os museus. Em um primeiro momento somente os indivíduos pertencentes à hierarquia social mais alta, artistas, literários ou cientistas tinham acesso a esta coleções (POMIAN, 1984). Somente com o desenvolvimento sócio-econômico, com a difusão da instrução entre os extratos intermediários da sociedade – tais como escritores, artistas, cientistas, entre outros e pela pressão exercida por estes para ter livre acesso às coleções é que, pouco a pouco, a porta das mesmas abriu-se para novos visitantes (Pomian, 1984, pp 03). O intuito público do museu só surgiu no final do século XVIII, e com as conquistas da Revolução Francesa e do desenvolvimento do Nacionalismo o ideal enciclopedista se preocupava com o caráter educacional do museu. O caráter público dos museus, que implica que este esteja “aberto a qualquer pessoa”, confere novos atributos à instituição: ser um espaço de convivência social (Valente, 1995) e admitir a noção de patrimônio (Giraudy & Bouilhet, 1990, pp 03). TCC – Wesley Vaz Martins 8 No século XIX há o surgimento de vários museus onde houve uma acelerada institucionalização e uma consolidação efetiva dos eixos temáticos, e nesta época os museus tinham como propósito principal dispor para o povo como uma ferramenta complementar a educação e formação da consciência nacional (GIRAUDY & BOUILHET, 1990). No século XIX os aspectos educativos tornaram-se motivo de reflexão por parte dos museus. Com o avanço do desenvolvimento científico e tecnológico principalmente pelo continente Europeu, aliado ao intenso processo de crescimento urbano e contínua necessidade de mão-de-obra para a indústria, formou-se um enorme interesse das preocupações com a educação das massas urbanas em diversos países. Com o objetivo de mostrar ao mundo a eminência do saber e da tecnologia industrial das potências do velho continente, iniciava-se a era das grandes exposições internacionais que revelavam também sua face pedagógica, pois no âmbito desses eventos também se inseriam como organizadoras de congressos e demonstrações públicas de técnicas de ensino (Heizer, 2005). No Brasil os museus de ciências deram inicio a partir do século 19 e foram criados pelo poder público com intuito de realizar pesquisas voltadas para a ciência ou história (LOPES, 1988), e citando alguns museus deste período, podemos destacar: O museu Nacional do Rio de Janeiro (1818), o museu Paraense Emílio Goeldi (Belém/Pará,1866) e o museu do Ipiranga (atual Museu Paulista, 1894). Figura 01: Museu nacional do Rio de Janeiro Fonte: http://www.sao-cristovao.com/museunacional.htm TCC – Wesley Vaz Martins 9 Figura 02: Museu Paraense Emílio Goeldi Fonte: http://www.frmaiorana.org.br/?p=1 Figura 03: Museu do Ipiranga (Paulista) Fonte: http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/A_MuseuPaulista.htm Estes três museus citados eram abertos para um pequeno grupo de pessoas consideradas cultas da época e para cursos do ensino superior. Na década de 80 foram criados alguns museus e centros de ciência dando ênfase na educação e na divulgação científica, como: - Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia (UNEB), inaugurado ainda em 1979; -O Espaço Ciência Viva no Rio de Janeiro (independente – formado por pesquisadores e educadores, 1983); - O Museu de Astronomia e Ciências Afins, também no Rio de Janeiro (atualmente vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, 1985); - O Centro de Difusão Científica e Cultural (USP/São Carlos, 1985); TCC – Wesley Vaz Martins 10 - A Estação Ciência (USP/São Paulo, 1985); - O Museu Dinâmico de Ciências de Campinas (UNICAMP e Prefeitura de Campinas, 1985). Os museus de ciência e tecnologia se constituíram ao longo do tempo como espaços de educação pública de caráter não-formal, pretendendo contribuir para a alfabetização científica da sociedade (Lopes, 1988; Cazelli, 1992; Gaspar, 1993; Valente,1995). Os museus obtiveram um papel importante na ciência, e prova disto no final da década de 90 foram criadas quatro novas instituições voltados a difusão da pesquisa científica: o Espaço Museu do Universo da Fundação Planetário/RJ (1998); o Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS (1998); o Espaço Ciência, vinculado à Secretaria de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (1994); além do Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ (1999). TCC – Wesley Vaz Martins 11 Capítulo 2 Ensino Informal x Ensino Formal A educação que apresenta reconhecimento oficial, oferecida nas escolas em cursos com diversos níveis, graus, programas, currículos e diplomas, costuma ser chamada de educação formal. É uma instituição muito antiga, cuja origem está ligada ao desenvolvimento de nossa civilização e ao acervo de conhecimentos por ela gerado. O surgimento da escola nas civilizações mais avançadas decorre da necessidade de preservar e garantir o legado do acervo cultural continuamente gerado por essas civilizações. Provavelmente, foi também por essa razão que o conhecimento a ser transmitido na escola se organizou e se especializou em um ordenamento de conteúdos separados em áreas uniformes e distintas. Embora a produção do conhecimento não se restringisse a instituições ou a lugares determinados, a transmissão regular e disciplinar desses conhecimentos foi sendo, com o tempo, delegada à escola, ou melhor, à educação formal. Já quando é enunciado o ensino informal, não há lugares estabelecidos, horários ou currículos. Os conhecimentos são compartilhados em meio a uma interação sociocultural que tem, como única condição necessária e suficiente, existir quem saiba e quem queira ou precise saber. Nela, ensino e aprendizagem ocorrem espontaneamente, sem que, na maioria das vezes, os próprios participantes do processo deles tenham consciência. A educação informal pode se apresentar em diferentes espaços, como em centros culturais, jardins botânicos, zoológicos, museus de arte ou de ciências, ao ar livre, em praças, feiras, estações de metrô e onde mais as pessoas possam partilhar saber e arte com seus semelhantes (GASPAR, 1998). TCC – Wesley Vaz Martins 12 Capítulo 3 A colaboração do ensino informal frente aos desafios da educação No ano de 1946 foi criado o conselho internacional de museus, ICOM, uma entidade não governamental que mantêm uma relação bem próxima da UNESCO que contribui com o desenvolvimento de museus e de seus respectivos profissionais museais. No período que compreende de 1958 a 1992 aconteceram importantes seminários e conferências onde foram discutidos principalmente reflexões sobre as importâncias sociais dos museus (SIQUEIRA). Nos últimos anos o ICOM realizou debates mostrando-se preocupado com os conceitos que os museus vêm aplicando, visando maior interação com o contexto social e patrimônio social, reconhecidos pelas suas respectivas comunidades (Studart, 2004), enfatizando formas de preservação, pesquisa, comunicação, exposição, enfatizando o estudo, o lazer e principalmente a educação. A responsabilidade pública educacional dos museus apresenta duas facetas: excelência e igualdade (...) Ao manter um compromisso com a igualdade no serviço público, os museus podem ser parte integral da experiência humana, ajudando a criar um senso de comunidade inclusiva, idéia muitas vezes esquecida em nossa sociedade” (AAM, 1992, p. 6). Segundo o autor o serviço público acaba contribuindo acentuadamente oferecendo as pessoas uma experiência educacional única, demonstrando e divulgando o que a ciência pode oferecer e contribuir na vida de cada cidadão. “A escola deixou de ser o único lugar de legitimação do saber, já que existe uma multiplicidade de saberes que circulam por outros canais, difusos e descentralizados. Esta diversificação e difusão do saber por fora da escola é um dos desafios mais fortes que o mundo da comunicação propõe ao sistema educativo”. (Martín-Barbero, 2002, p.7). Segundo Martín Barbero, somente o ensino tradicional, com a aprendizagem na escola já não é mais suficiente para alcançar diferentes e avançadas saberes que a cada dia se inova, mas é imprescindível citar que a inserção TCC – Wesley Vaz Martins 13 efetiva do ensino informal como parte integradora na formação dos alunos se torna importante. A educação Informal ganha força na década de 90 não apenas pela a evolução das técnicas trabalhistas, ascensão econômica, social, mas, contudo com a valorização da aprendizagem, advindos da crescente integralização da comunicação mundial, como a internet. As recomendações geradas em relatórios pela a UNESCO E ONU propõem uma visão ampliada da educação “inovando os canais existentes, fazendo-se alianças e utilizando-se recursos de forma a universalizar o acesso à educação e fomentar a equidade” (Gohn, 1999. p. 94). TCC – Wesley Vaz Martins 14 Capítulo 4 Tendências Pedagógicas No ensino de ciências as tendências tradicionais e tecnicistas se refletiram em aulas expositivas com intensa memorização e em um conjunto de projetos de ensino-aprendizagem programados baseados no método científico, respectivamente. Seguem-se metodologias ativas que se inscrevem na tradição da pedagogia escolanovista que enfatiza a ação do sujeito na aprendizagem. A pesquisa em educação em ciências ganhou uma dimensão maior a partir do final da década de 1970 e início da de 1980 por meio da abertura de novas linhas de investigação e do envolvimento de número maior de pesquisadores. Tais linhas, consideradas até hoje na área, abrangem: a perspectiva cognitivista/construtivista centrada nos processos de ensino-aprendizagem, as abordagens que resgatam a dimensão social procurando vincular o ensino de ciências com a idéia de escola como fator importante na transformação social e a abordagem histórica e filosófica da ciência (Marandino, 1994, pp 02). Nota-se que segundo Marandino, a educação mesmo com o passar das décadas continua se espelhando em sistemas pedagógicos arcaicos que não conseguem interagir com as novas tendências tecnológicas, que somente com o incentivo à pesquisas cientificas, o país conseguiu incentivos em novas maneiras no ato de ensinar, aprender ou pelo menos divulgar a ciência com maior ênfase. Deve-se haver uma mudança conceitual da concepção alternativa para o conceito científico, um processo que entende a aprendizagem não como uma simples recepção, mas como uma reorganização ou um desenvolvimento das idéias prévias dos alunos. O professor tem um papel fundamental para a formação do aluno, havendo uma busca dos conhecimentos do cotidiano de cada um, o que corrobora com o processo ensino-apredizagem, sendo o docente um mediador importante para ajudar a desenvolver o senso crítico, interpretações e soluções de problemas decorrentes da vida. TCC – Wesley Vaz Martins 15 Capítulo 5 Objetos de Estudo 1) O museu Catavento Cultural e Educacional O museu Catavento Cultural e Educacional foi inaugurado em 27 de março de 2009, localizado no centro da cidade de São Paulo na Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/n , Parque Dom Pedro II, Centro, próximo ao mercado municipal da cidade. Suas instalações são no antigo palácio das indústrias, uma edificação histórica projetado por Domiziano Rossi em 1920. Antecedendo as instalações do atual museu, este espaço dentre diversas acomodações, já foi cede da Secretária de Segurança Pública, Assembléia Legislativa (1947-1968), prefeitura de São Paulo (2000-2004), entre outros. O espaço apresenta cerca de 250 instalações com uma distribuição de aproximadamente quatro mil metros quadrados, sendo subdivididos nos seguintes ambientes: - Universo; - Vida; - Engenho; - Sociedade; - Matéria; - Nanotecnologia; - Terra; - Terra Eco; As visitas das escolas de nível médio e fundamental no Catavento Cultural são acompanhadas por monitores das suas respectivas áreas de conhecimento (Física, Biologia, Geografia, História, Filosofia e Química), sendo agendadas visitas às escolas de terça- feiras às sextas –feiras, e aberto ao público em geral aos sábados e domingos. As escolas visitantes permanecem no museu por cerca de três horas, e visitam no máximo três seções previamente agendadas pela direção da escola, onde na maioria das vezes os professores acompanhantes das turmas são das respectivas áreas de apresentação dos monitores, o que pode colaborar para possíveis abordagens em aulas pós visitas a cerca do que lhes foram apresentados. Tratando de escolas públicas, TCC – Wesley Vaz Martins 16 o governo do estado de São Paulo disponibiliza ônibus gratuitos para locomover estes alunos até o espaço cultural, cedendo ao final de cada visita lanches para os estudantes. Figura 04: Museu Catavento Cultural e Educacional Fonte: http://www.altenaplus.com.br/projetos_detalhes.php?id=61&idmenu=4 http://vicioprodutivo.blogspot.com/2011/04/cultura.html 1.1) O Visitante No espaço Catavento Cultural, o mesmo recebe visitas de pessoas de todas as partes do país e muita das vezes de outros lugares do mundo, o que de certa maneira acaba divulgando este espaço mundialmente. Não há uma faixa etária ou um publico alvo especifico, pois há um grande leque de temas que são explorados de diferentes maneiras, desde manualmente com instrumentos mais simples como a produção de bolhas de sabão gigantes, até aparelhos que se utilizam de altas tecnologias como a interpretação da nanotecnologia. O espaço Catavento não deixa de perder algumas características de museu no âmbito de apenas acondicionar objetos, e lá não é diferente, havendo exposição do primeiro avião comercial do país, tanques de guerra, charretes, trem do corpo de bombeiros, entre outros, atraindo diferentes públicos. Se pensarmos na cidade de São Paulo não há em termos de um todo, um conjunto de tantas opções de formas de apresentações de temas diversos reunidos em só lugar, o que chama efetivamente a atenção do TCC – Wesley Vaz Martins 17 publico. Por exemplo, se analisarmos espaços culturais que apresenta uma proposta próxima ao catavento na cidade, teremos a estação ciência, localizado no bairro da Lapa, ou mesmo o museu da língua portuguesa localizado na estação da Luz, que trabalha em seus meios de divulgação com a utilização de algumas tecnologias, mas ambos trabalham com temas específicos, o que limita a diversidade de espectadores nestes espaços. O conceito de educação se amplia para outros espaços sociais, criando novas relações entre ensino formal e não formal, logo o museu de ciências é um importante mediador para a divulgação de ciências. 1.1.2) A experimentação A experimentação no ensino de química é uma porção fundamental no processo de ensino-aprendizagem, que juntamente com a teoria se complementam. Hoje professores na área de exatas e ciências biológicas não estão nada satisfeitos com a infra estruturas laboratoriais que as escolas lhes oferecem, dificultando o acesso ao ensino de qualidade e os primeiros contatos com a experimentação. Muitos professores que trabalham, por exemplo, na rede pública de educação alegam não realizar experimentos devido a falta de um espaço adequado e materiais para a aplicação da parte prática, e não o bastante pouco problematizam a maneira de se realizar estes experimentos, aqueles que podem ser explicados (SILVA;ZANON,2000). Há muitos anos que as escolas tentam incluir a porção experimental em seus currículos, mas quase sempre de maneira fracassada. Na rede pública de ensino do estado de São Paulo são enviados os chamados “kits”, mas são tratados como entulhos em salas isoladas das escolas, e quando utilizados são apenas para demonstrações empíricas, visando mostrar o colorido e o divertimento que possivelmente poderia provocar nos alunos. Apesar de diversos professores acharem que a experimentação sempre irá trazer a atenção dos alunos, diversas pesquisas dizem que nem sempre a experimentação exercerá esta função (HODSON, 1994). Se pensarmos em experiências que poderão proporcionar efeitos luminosos ou sonoros, com TCC – Wesley Vaz Martins 18 certeza os mesmos atrairão a atenção dos alunos, mas em controvérsia os conceitos químicos ou mesmos físicos ali presentes, poderão ser prejudicados, fugindo da proposta do professor, prejudicando a interpretação dos fenômenos (BACHELARD, 1996), mas por outro lado estes experimentos poderão despertar uma curiosidade crítica dos alunos, proporcionado diferentes questionamentos. Muitos docentes acreditam que a atividade experimental é imprescindível para a aprendizagem conceitual, mas ao contrário, pode dificultá-la (HODSON, 1994). Realizar uma demonstração experimental não significa necessariamente “mostrar” uma teoria verdadeira, porque essa “demonstração” pode se caracterizar, por exemplo, pela problematização dos conhecimentos dos professores explicitados nas atividades experimentais. Esse aspecto já contribui para que os alunos rompam com uma visão dogmática de Ciência em que se sobressai a comprovação de conhecimentos verdadeiros em detrimento da sua problematização. Contudo os professores que insistem em ignorar em suas respectivas salas de aula os conteúdos experimentais alegando déficit na infra-estrutura das escolas poderiam utilizar materiais e reagentes de baixo custo e fáceis de serem encontrados ou materiais alternativos mesmo que improvisados o que poderia tornar as aulas mais interessantes, sempre buscando alternativas para se superar as dificuldades, mas nunca se desligando de medidas básicas de segurança. TCC – Wesley Vaz Martins 19 Desenvolvimento 1) A Escola Estadual Sérgio Nobreza da Silva A escola estadual Sérgio Nobreza da Silva está localizada na rua Francesco Melzi, 305, no bairro cidade Líder, na região da Penha, na cidade de São Paulo. A escola possui 18 salas e atende o ciclo fundamental 2 e o ensino médio.No total são 5 salas de 1º ano, 4 salas de 2º ano e 4 salas de 3º ano do ensino médio. A série de estudo é 3º ano B, que apresenta um número total de 42 alunos. Cabe ressaltar que no dia da visita, estavam presentes 35 alunos, e são estes que participaram deste presente estudo, respondendo os questionários para posterior análise. Os professores acompanhantes dos alunos no dia da visita são responsáveis pelas disciplinas de História e Química. Os 35 alunos participantes da visita foram nas seções Engenho (relacionado à física), Vida (relacionado à biologia) e Matéria (relacionado à química), durando cerca de 50 minutos cada seção. Os alunos na seção engenho tiveram explicações sobre princípios básicos de hidrostática e eletrodinâmica. Já no engenho assistiram a um vídeo sobre a origem da vida e posterior discussão, e manipularam os microscópios com diferentes laminas de manipulação. Na seção Matéria, os alunos participaram do laboratório de química, presenciando três experimentos, entre eles: Produção e combustão de gás hidrogênio, catalisadores químicos e ácidos e base. TCC – Wesley Vaz Martins 20 Metodologia Para a realização deste trabalho de iniciação cientifica, realizou-se das seguintes etapas procedimentais: (1º) Primeiramente o estudo se procedeu realizando uma prévia de diferentes referências bibliográficas, para auxiliar na estruturação do trabalho; (2º) Visita ao museu de ciências para verificar qual o melhor público alvo, a fazer parte desta pesquisa (análise de séries referentes ao ensino médio); (3º) Escolha da série e escola participante desta pesquisa; (4º) Confecção de questionário a cerca da visita, para posterior aplicação; (5º) Para ter um melhor resultado de análise dos dados, foi elaborado dois questionários distintos, um aplicado dois dias após a visita dos alunos ao museu, e outro questionário aplicado cerca de quatro meses após a visita; (6º) Os questionários foram elaborados de modo a se recolherem dados quantitativos e qualitativos; (7º) Entrevista discursiva com o educador responsável pela seção Matéria, do museu Catavento Cultural; (8º) Análise dos dados coletados respondidas pelos alunos, e educador, correlacionando com referenciais teóricos às respectivas respostas; (9º) Utilização do programa Excel para plotar os dados quantitativos em gráficos de barras para melhor interpretação dos dados; (10º) Conclusão e considerações finais; TCC – Wesley Vaz Martins 21 Discussão dos dados coletados Os alunos pertencentes ao 3º série do ensino médio, responderam dez perguntas, relacionados a visita ao museu catavento cultural, tendo como respostas apenas as alternativas: SIM x NÃO No total foram questionados 35 alunos, que lhes foram apresentados em forma de tabela: TCC – Wesley Vaz Martins 22 Após as respostas dos 35 alunos, as respostas foram plotadas em gráficos de barras para melhor interpretação dos dados. Respostas dos alunos: Pergunta 01: Ajudou na troca de idéias com meu grupo; Pergunta 02: Vai-me ajudar na conversa com meus familiares; NÃO SIM 0 5 10 15 20 25 30 Pergunta 01 SIM 30 NÃO 5 Pergunta 02 28 7 35 Figura 1: Respostas as perguntas 01 e 02 Podemos perceber que a visita ao museu catavento cultural contribui em sua grande maioria com o desenvolvimento da consciência e organização de como agir em grupos coletivos, havendo uma estruturação na iteração interpessoal dos indivíduos. Vivemos em um meio rodeado de estruturas multimídias que acabam afastando alunos do foco da escola, que apresenta grande dificuldade de se adequar a tais tecnologias. Nunca, como hoje, foi possível aprender com uma variedade tão alargada de meios nos quais se encontram a informação. Os livros, as revistas, o vídeo, o cinema, a televisão, a fotografia, os jornais, o software do computador, os multimídia e as pessoas com as quais convivemos no dia-a-dia, entre outros, constituem os suportes aos quais podemos recorrer para termos acesso à informação. Logo, percebemos que até aqueles alunos que apresentam alguma dificuldade de se integrar ao grupo, são beneficiados com o ensino informal, havendo um grande leque de informações disponíveis no museu e posteriores discuções entre colegas e familiares. TCC – Wesley Vaz Martins 23 Pergunta 03: Faz-me pensar sobre ciência; Pergunta 04: Aumentou minha cultura geral; NÃO SIM 0 5 10 15 20 25 Pergunta 03 SIM 21 NÃO 14 Pergunta 04 24 11 30 Figura 2: Respostas as perguntas 03 e 04 Neste momento é difícil estabelecer que apenas com uma simples visita é suficiente para se aumentar a cultura geral de um indivíduo, porém fazer o aluno visitante refletir sobre ciência é aceitável. Muitas práticas educativas não-formais enfatizam a reflexão e o conhecimento das pessoas sobre os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Também estimulam os grupos sociais e as comunidades a se organizarem e proporem a interlocução com as autoridades públicas, principalmente no que se refere ao encaminhamento das suas principais reivindicações e na formulação de propostas sociais e políticas. TCC – Wesley Vaz Martins 24 Pergunta 05: Aumentou meu interesse por ciências; Pergunta 06: Melhorou meu modo de ver o espaço cultural; NÃO SIM 0 5 10 15 20 25 30 Pergunta 05 SIM 29 NÃO 6 Pergunta 06 31 4 35 Figura 3: Respostas as questões 05 e 06 o aluno é um ser social, a apropriação do conhecimento científico como elemento importante na capacitação do sujeito para o pleno exercício de sua cidadania. O olhar da ciência enquanto parte importante da cultura, que, por direito, pertence ao aluno e por esta razão deve ser a ele devolvida, decodificada, leva a uma outra organização do conhecimento. (Pierson & Hosoume, 1997, p.89) Quando é enunciado ao aluno sobre a palavra museu, há um preconceito muito forte à esta palavra que quase sempre está associada a tudo que é ultrapassado, sem vida, a coisas velhas e imprestáveis. Esse preconceito, infelizmente, existe também junto a professores e pesquisadores que se interessam pela educação informal que, quase sempre, procuram evitar a denominação museu às instituições voltadas a essa área de atuação, sobretudo quando dirigidas ao ensino de ciências. Não é por acaso que na pergunta que questiona os alunos quanto ao novo modo de ver o espaço cultural é amplamente favorável, o que acaba constituindo em cada visitante um novo conceito da palavra museu. TCC – Wesley Vaz Martins 25 Pergunta 07: Surpreendeu-me; Pergunta 08: Pouco me acrescentou; NÃO SIM 0 5 10 15 20 25 30 Pergunta 07 SIM 4 NÃO 31 Pergunta 08 32 3 35 Figura 4: Respostas as questões 07 e 08 A presença de um grande número de pessoas de idades e níveis de escolaridades diferentes, em um ambiente repleto de estímulos projetados para promover o ensino e a aprendizagem dos mais variados aspectos da ciência, torna o Catavento um local extremamente estimulante à vontade de apreender e desperta estímulos como um incentivo à pesquisa posterior a visita, como exemplo, compreender um determinado assunto de interesse. Logo alunos com pré-conceitos que o museu apresentar-lhes-ia objetos inanimados e quadros que não os dizem nada, foram amplamente surpreendidos, com um espaço que explora com qualidade o uso de tecnologias, multimídias e a interatividade. TCC – Wesley Vaz Martins 26 Resposta 09: Voltaria ao museu em outra oportunidade; Resposta 10: Indicaria para outra pessoa; NÃO SIM 0 5 10 15 20 25 30 Pergunta 09 SIM 33 NÃO 2 Pergunta 10 30 5 35 Figura 5: Respostas as questões 09 e 10 Podemos dizer que, no Brasil, as instituições museológicas antecedem as universidades, exercendo papel pioneiro na institucionalização de certas áreas de conhecimento no país. O catavento foi para a maioria dos alunos um “pontapé” inicial, que mudou seu modo de ver e refletir sobre ciências, sendo um intermediador fundamental. O sucesso da vista foi evidente, pois praticamente todos os alunos enunciaram que voltaria ao espaço cultural em outra oportunidade, o que é positivo, atraindo o público escolar para o instinto da investigação, despertando a curiosidade e a vontade de aprender. TCC – Wesley Vaz Martins 27 A seguir estão presentes os questionários que foram aplicados ao educador responsável pela a seção matéria e aos alunos do 3ºano B do ensino médio. No total foram 35 alunos participantes das respostas discursivas, mas para este estudo foram utilizadas 20 amostras para a análise dos dados. Cabe ressaltar que para os alunos foram aplicados dois questionários distintos, um após três dias após à visita e outro posterior a quatro meses da visita. Questionário 1 Entrevista com o educador responsável na época pela seção matéria no dia da visita dos alunos ao espaço Catavento Cultural e educacional. 1) Caro educador você julga que o Catavento é um meio de aprendizagem dos visitantes ou apenas um meio de divulgar ciências? 2) Você aplicaria os temas abordados no espaço catavento em uma escola convencional? Como? 3) O laboratório de química é umas das apresentações que causa ansiedade e entusiasmo dos visitantes. Como você veria uma aula no formato das apresentações do laboratório de química do museu, em uma escola de nível médio? Funcionaria? 4) O que você melhoria em uma sala de aula? O que seria uma aula ideal para você? 5) Temos a seguinte afirmação: “A escola deixou de ser o único lugar de legitimação do saber, já que existe uma multiplicidade de saberes que circulam por outros canais, difusos e descentralizados. Esta diversificação e difusão do saber por fora da escola é um dos desafios mais fortes que o mundo da comunicação propõe ao sistema educativo”. (Martín-Barbero, 2002, p.7). Você acredita que o ensino informal tende a acrescentar na formação de alunos do ensino médio? Existem ressalvas? TCC – Wesley Vaz Martins 28 Questionário 2 1º Questionário aplicado aos alunos, após três dias da visita As questões abaixo estão relacionadas à sua visita ao museu Catavento Cultural e Educacional. (1) Como você reagiu com a notícia que você que iria visitar espaço cultural de ciências? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(2) Como você imaginava que seria esta visita antes de chegar ao espaço cultural? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(3) Quando você chegou ao espaço cultural Catavento Cultural o que te chamou a atenção inicialmente? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(4) Durante a apresentação no laboratório de química, quais foram suas impressões quanto às experiências que você assistiu? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(5) Sua escola leva os alunos com freqüência às atividades fora da escola? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(6) Na sua escola existe laboratório de Química? Você tem contato com a parte experimental em química? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(7) Da sua visita ao centro cultural Catavento, o que você aproveitaria para uma aula de Química em sua escola? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- TCC – Wesley Vaz Martins 29 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(8) Você acredita que se as aulas de Química fossem no formato das apresentações do Catavento, você apreenderia com mais facilidade? Por quê? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Questionário 3 2º Questionário aplicado aos alunos cerca de 4 meses após a visita 1) Você consegue perceber alguma mudança nas aulas de química após a visita ao Catavento Cultural? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2) Você voltou ao museu? Com quem? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3) Após a primeira visita ao museu, qual foi sua atitude em relação às aulas ciências (Biologia, Química e Física)? Esta mais interessado nas aulas? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4) Se você tiver em um papo em família, e alguém mencionar que museu é muito chato, e cheio de objetos inanimados, o que você diria? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- TCC – Wesley Vaz Martins 30 Comentários dos respectivos questionários aplicados: Questionário 1: Aplicado ao educador da seção matéria do catavento cultural e educacional. Podemos perceber que o educador responsável pela seção matéria, em alguns momentos cita que o museu Catavento proporciona um “espírito” investigativo em cada aluno visitante, e que a educação informal tende a contribuir na formação não só a nível escolar, mas no dia-a-dia, proporcionando momentos de reflexão. Durante muito tempo, a escola foi vista como única fonte de saber, capaz de assegurar prestígio e posição social. Hoje, embora continue a ter um papel importante, ela já não tem o "monopólio" do saber exclusivo, ou seja, atualmente há já muitas outras fontes de informação igualmente credíveis, como diferentes museus na cidade de São Paulo, como a estação ciência, museu da língua portuguesa, pinacoteca ou mesmo o Catavento Cultural, entre outros. “Os centros e museus de ciências são ambientes que têm como um de seus objetivos educar cientificamente a população, bem como complementar a educação formal. Essa educação se dá em função das atividades interativas, possuidora de características eminentemente lúdicas, ou seja, ao mesmo tempo em que informa, entretém.” (Valente et al., 2005: 198). Nestas novas fontes de informação estão incluídas as novas tecnologias que são excelentes meios para a construção do conhecimento. Mas, com toda essa inovação, se ganha não só as fontes de pesquisa, mas, também, ferramentas que auxiliam no ensino-aprendizado. Através de softwares consegue-se dependendo do caso, fazer com que um aluno entenda melhor o assunto e de maneira menos complicada. Porém, não se pode desfazer do tradicional quadro negro, pois certos ensinamentos necessitam dele, contudo, os softwares estarão para auxiliar a fixação do conteúdo, o auxilio na editoração de gráficos e de desenhos geométricos. É bom ressaltar o fato, de que quando se fala em tecnologia não somente é a informática, mas também, TCC – Wesley Vaz Martins 31 equipamentos audiovisuais, como projetores, vídeos entre outros. Esta evolução, que estamos presenciando, faz com que conseqüentemente, criemos uma cultura tecnológica. Podemos notar que a tecnologia gera novos avanços ou instrumentos não para dar respostas às necessidades das pessoas, mas o processo costuma ser inverso (SANCHO,1998,238), ou seja nós temos que dominar estes conhecimentos, justamente para poder sermos capazes de respondermos, à altura, os sistemas tecnológicos. Segundo o educador Anderson, a química é uma ciência experimental, que auxilia e complementa a compreensão da teoria, mas segundo HODSON deve-se toma muito cuidado com esta teoria, que a experimentação sempre traz facilidades no processo de ensino-aprendizagem. Apesar de diversos professores acharem que a experimentação sempre irá trazer a atenção dos alunos, diversas pesquisas dizem que nem sempre a experimentação exercerá esta função, e que poderá acontecer o processo inverso, poderá dificultá-la (HODSON, 1994). Questionário 2: Questionário aplicado aos alunos, após três dias da visita: Este questionário visou analisar vários momentos da visita, desde antes da chegada ao espaço cultural até o retorno dos mesmos à sua instituição de ensino. Inicialmente grandes porções dos alunos acreditavam que a visita seria normal e eram poucas suas perspectivas, ou até mesmo não acreditavam que haveria algum significado, mas em um número considerável foram amplamente surpreendidos. Os discentes antes de chegar ao espaço cultural, imaginavam que por se tratar de um museu, chegariam lá e se deparariam com exposição de objetos inanimados ou isentos de tecnologias, o que fatalmente não desperta a curiosidade de muitos adolescentes. A ciência é uma das áreas que mais influenciam as vidas das pessoas, e afetam as decisões tomadas todos os dias sobre os assuntos que impactam sua existência, e segundo o educador responsável pela seção matéria, o catavento é um pontapé inicial para se integrar a ciência, proporcionando um senso investigativo de cada visitante. De fato, a escola tem grande importância na formação dos indivíduos, mas não é o único meio pelo qual essa educação pode ser alcançada. É TCC – Wesley Vaz Martins 32 fundamental perceber que a sociedade sempre contou com outras instituições que devem assumir tarefas que também contribuam para a educação dos alunos (LIBÂNEO, 2003). Na visita orientada, percebesse que o Catavento procura-se estabelecer discussões que valorizam o conhecimento prévio dos alunos, sendo ele científico, religioso, oriundo do saber popular, entre outros. As questões motivadoras procuram ir além da transmissão de conteúdos e buscam estabelecer relações entre a ciência e o dia a dia, a história, a cultura, e que freqüentemente são deixados de lado. É por meio das respostas dos alunos que o próximo passo é construído, ou seja, as relações estabelecidas em um espaço são o “gancho” para a tomada de um novo assunto no mesmo ou em outro espaço, como na própria escola e entre familiares. O estudo de Queiroz et al (2003) revelou que na maior parte das vezes os professores vêem o museu como alternativa de prática pedagógica, que por sua vez apresenta duas vertentes: uma entendida enquanto alternativa fora da escola, ou seja, relacionada ao espaço físico da visita, mas ainda reproduzindo as práticas escolares; e outra entendida como espaço pedagogicamente distinto da escola. A dimensão conteúdo científico é bastante enfatizada pelos professores, que compreendem o museu enquanto espaço de aquisição de conhecimento, podendo este estar tanto vinculado ao conteúdo programático quanto a uma abordagem interdisciplinar, já que os professores atribuem ao museu o aspecto de facilitador da interdisciplinaridade. Quando os alunos são questionados o que poderia se aproveitar do museu em sala de aula, cerca de 75% disseram que gostariam que as aulas fossem como a apresentada no laboratório de química do Catavento, comprovando que a grande maioria dos discentes ficaram interessados nas experiências, e que surpreendentemente muitos destes alunos não se intimidaram em relatar na pesquisa, que o professor de química nunca proporcionou um momento de aula experimental em sala de aula, nem mesmo as mais simples.Um fato curioso, é que cerca de 70% dos alunos afirmam não ter laboratório na escola, mas uma amostra de 30% não sabiam responder, demonstrando a falta de comunicação entre professores, alunos e direção.Por volta de 80% ainda disseram que a escola não havia promovido atividades extra-sala, e muitos destes estudam nesta mesma escola desde o ensino fundamental, ou seja, TCC – Wesley Vaz Martins 33 cerca de sete anos. Não se podem ignorar atividades fora da escola, são essenciais para a complementação e formação destes alunos, pois estamos em tempos que a educação não pode se privar apenas de atividades de lousa e giz, deve-se almejar novas estratégias de ensino. Mesmo que a escola não tenha um laboratório de química, o professor deve buscar novas alternativas para enriquecer as aulas, como um aluno de 17 anos relatou na pesquisa: Aluno K = “Gostaria de propor ao professor uma aula no laboratório de informática, pois mesmo que nossa escola não tenha laboratório de química, há muitas ferramentas de informática que nosso professor poderia explorar como faz o catavento.” O professor desta escola parece não corresponder às expectativas dos alunos, muitos deles apresentam amplo interesse em aprender, mas neste caso, segundo os alunos o docente corrobora com ampla dificuldade de integração entre teoria e prática. O ensino informal tende a colaborar e acrescentar com os docentes e escola simultaneamente, basta vencer os possíveis préconceitos existentes aos espaços culturais. Questionário 03: Questionário aplicado aos alunos, após três dias da visita Este questionário visou demonstrar se houve alguma mudança significativa após a visita, e alguns resultados foram bastante expressivos, como exemplo, a mudança de postura dos alunos em cobrar do docente aulas com maior interatividade e aulas diferenciadas com aplicação da experimentação. Quando os alunos foram questionados se após a visita eles se sentiram mais interessados nas aulas, temos algumas respostas: Aluno J= “Parece que consegui ficar um pouco mais crítico nas aulas, pelo menos tenho esta impressão.” Aluno M= “Sou meio preguiçoso, mas me despertou mais nas aulas, principalmente quando tem experiência.” TCC – Wesley Vaz Martins 34 Cerca de 80% dos alunos se disseram mais interessados nas aulas de ciências (química, física e biologia), mesmo aqueles que aparentemente não se interessam por estas disciplinas, parecem estar mais “ligados” nas aulas. Se analisarmos o primeiro questionário, a maioria dos discentes pareciam estar bastante insatisfeitos com o docente responsável pela a disciplina de química, pois após verem as apresentações no Catavento, os mesmos se sentiram na obrigação de cobrar aulas mais ricas em conteúdos. Na segunda etapa da pesquisa, os alunos foram questionados: Você consegue perceber alguma mudança nas aulas de química após a visita ao Catavento Cultural? Temos algumas respostas pertinentes: Aluno G= O professor fez experimentos pela primeira vez em 3 anos. Aluno I= O professor se interessou em ensinar com mais qualidade. Aluno J= Nosso professor deixou ser um pouco preguiçoso e resolveu fazer umas experiências para nós. Aluno S= Muito pouca, mas já é valida a iniciativa do nosso professor de propor uma aula diferente, mesmo que tarde. Aluno T= Mudanças significativas não aconteceram muitas não, mas pelo menos o professor propôs dois experimentos após nossa visita ao Catavento. Percebemos que se esta visita não tivesse acontecido, parece que nada mudaria, e as aulas continuariam na monotonia, mas os alunos cobraram do professor, e receberam um retorno favorável, conquistando aulas mais produtivas com maior comprometimento do professor. Em um segundo momento os alunos foram perguntados se voltaram ao espaço cultural, e cerca de 60% enunciaram que retornaram, e alguns por três vezes, o que comprova que muitos se sentiram atraídos de alguma maneira por ciências, até mesmo influenciando em escolhas profissionais, como segue na afirmação do aluno S quando lhe perguntado quais as impressões quanto as experiências assistidas no laboratório: Aluno S= Nossa, legal demais. Me fez até pensar em fazer um curso de química ano que vem. TCC – Wesley Vaz Martins 35 Por fim, os estudantes foram questionados o que diriam se em um bate papo entre amigos ou familiares, disserem que museu é chato, cheio de objetos inanimados, o que os mesmos diriam? As respostas foram bem variadas, mas no geral, cerca de 80% defenderiam este espaço cultural, enunciando e relatando o que vivenciaram no Catavento Cultural, o que demonstra que em larga escala, aquele preconceito inicial fora desfeito. A seguir estão algumas respostas de alunos sobre seus possíveis questionamentos, com seus amigos ou familiares: Aluno I= Iria propor que fossemos ao museu Catavento, e já aproveitaria para visitar novamente e tentar ver as outras seções que não deu tempo de ver quando eu fui com a escola. Aluno T= Falaria sobre uma visita que fiz através da escola, e que tinha a mesma idéia deles, porém acabei mudando minha concepção sobre a palavra museu. A visita ao espaço cultural Catavento Cultural Educacional, não pode ser entendida como uma simples visualização dos conceitos ali apresentados ou expostos, mas como uma mudança atitudinal de docentes e discentes, trazendo benefícios à comunidades participantes da visita, estimulando a constituir pessoas mais críticas e às direcionando para uma melhor consolidação dos conceitos apresentados no ambiente escolar. TCC – Wesley Vaz Martins 36 Considerações finais Em função da complicada gama de acontecimentos, como a idéia de núcleo familiar, a formação escolar como imprescindível para a constituição do ser social moderno, a complexidade da organização social, a democratização da escola pública, a urbanização crescente, percebeu-se a tamanha necessidade de uma educação complementar para aqueles que acreditam que a escola não foi preparada e nem constituída para receber tais acontecimentos, logo, a educação não-formal é constituída para todas as classes sociais, mas no caso dos jovens e adultos menos favorecidos é também uma maneira de “tapar o buraco” na formação dessas pessoas. A educação sente-se na necessidade de se adaptar às novas necessidades dos seus destinatários, e outrora, a economia baseava-se, essencialmente, numa lógica industrial que implicava que a educação girasse mais em torno de um saber que valorizava a experiência, mas notamos que as essências vêem se alterando, onde a sociedade privilegia um saber especializado, onde a sua construção possa ser uma atividade social plenamente integrada no meio que nos rodeia,logo, existem um número cada vez maior de indivíduos que exigem uma grande variedade de canais de aprendizagem. Dentre diferentes canais de aprendizagem, exemplificam-se os espaços culturais que contribuem com esta complementação na formação de jovens e adultos, e professores vêem possibilidades de superação de muitos na visão preconceituosa de museu enquanto espaço complementar à escola. No entanto, acreditasse que esta visão é por vezes reforçada pelo próprio museu, à medida que apresentam e estruturam ações educativas voltadas ao público escolar a partir da ênfase nos conteúdos abordados em visitas orientadas e/ou indicam a realização de determinadas visitas para grupos escolares específicos, levando em consideração conteúdos abordados em determinados anos escolares. Os professores são atores fundamentais para a implementação de ações educativas no contexto da relação entre educação formal e não formal, sendo assim, é imprescindível dar voz aos professores, buscando compreender seus objetivos e necessidades. Com a visita ao Catavento acreditasse estar contribuindo para a produção de importantes conhecimentos para a TCC – Wesley Vaz Martins 37 reelaboração de ações educativas, e para a elaboração de novas ações no contexto da colaboração museu-escola. A escola já não deve ser encarada como um espaço fechado e triste, mas sim como um lugar de prazer e de aprendizagem. Para tal, o contributo do professor é fundamental. O papel deste não se deve resumir à transmissão de teorias muitas vezes já em desuso, mas em estar aberto à imprevisibilidade e às constantes mutações socioculturais. TCC – Wesley Vaz Martins 38 Anexos 1) Resposta dos questionários - Respostas do educador responsável pela seção matéria: O educador Anderson Arnst responsável pela seção matéria, respondeu algumas questões relacionadas ao ensino informal. 1) Caro educador você julga que o Catavento é um meio de aprendizagem dos visitantes ou apenas um meio de divulgar ciências? Eu considero o Catavento como o pontapé inicial para o aprendizado, pois as informações disponibilizadas ali têm como objetivo instigar a curiosidade da criança/visitante. O mote principal é deixar aquele que está visitando curioso, para que busque mais informações na Internet, em casa ou na escola. Desta forma, considero o Catavento como um espaço de divulgação de ciência. 1) Você aplicaria os temas abordados no espaço catavento em uma escola convencional? Como? Sim, mas de outra forma. Tentamos, no Catavento, abordar conceitos fundamentais das áreas científicas relacionando com o cotidiano do visitante. Na seção Matéria, por exemplo, citamos materiais de construção para explicar a composição de diferentes materiais, e as diferentes propriedades que eles adquirem de acordo com os átomos que os compõem. Mas no Catavento isso tem que ser instantâneo, ou seja, o visitante tem que “bater o olho” e perceber sobre o que estamos falando e qual o objetivo daquilo. Numa escola convencional, isso poderia ser feito com mais calma, para que a criança pudesse se aprofundar mais no assunto e, a partir daí, abordar outros conceitos ligados a este primeiro (no caso dos materiais, os diferentes tipos de ligações químicas entre os átomos). TCC – Wesley Vaz Martins 2) 39 O laboratório de química é umas das apresentações que causa ansiedade e entusiasmo dos visitantes. Como você veria uma aula no formato das apresentações do laboratório de química do museu, em uma escola de nível médio? Funcionaria? Sim, funcionaria. Inclusive acho que, para aulas de química é fundamental que os alunos tenham contato direto com laboratórios, onde eles deixam de lado as “pedantes” teorias, tabelas, fórmulas (mas que são essenciais) e observam na prática aquilo que estão estudando na sala de aula comum. A química é uma ciência experimental e contêm muitos conceitos não tão óbvios quando vistos somente na teoria, além de que a prática de laboratório ajuda a fixar muito mais facilmente o conceito. Infelizmente no Catavento o fluxo de visitantes é muito alto, mas numa sala de aula, o professor poderia, inclusive, fazer com que os alunos realizassem os experimentos. 3) O que você melhoria em uma sala de aula? O que seria uma aula ideal para você? Uma sala de aula ideal seria aquela em que os alunos estivessem sempre sedentos de saber e que o professor fosse desafiado pelos alunos a tentar saciar ao máximo esta sede. Desta forma, creio que tanto os alunos quanto os professores aprenderiam a cada dia uma coisa diferente, e cresceriam em sabedoria. TCC – Wesley Vaz Martins 4) 40 Temos a seguinte afirmação: “A escola deixou de ser o único lugar de legitimação do saber, já que existe uma multiplicidade de saberes que circulam por outros canais, difusos e descentralizados. Esta diversificação e difusão do saber por fora da escola é um dos desafios mais fortes que o mundo da comunicação propõe ao sistema educativo”. (Martín-Barbero, 2002, p.7). Você acredita que o ensino informal tende a acrescentar na formação de alunos do ensino médio? Existem ressalvas? Sim, o ensino informal pode acrescentar muito à educação dos alunos, instigando-os a buscar mais informações sobre o funcionamento do mundo. Com a maior disponibilidade da Internet, esta busca é muito mais fácil, porém cabe ao educador direcionar para que os alunos não caiam em falsas informações e desaprendam (ou aprendam erroneamente, por exemplo, um conceito químico). TCC – Wesley Vaz Martins 41 1º Questionário aplicado aos alunos do 3ºano B do ensino médio visitantes ao museu Catavento Cultural e Educacional. (1)Como você reagiu com a notícia que você que iria visitar espaço cultural de ciências? Resposta da questão Nº1 Aluno A= Gostei muito, pois já havia ouvido falar do catavento no comercial na televisão. Aluno B= Fiquei muito feliz por que minha prima já tinha ido e ela gostou muito. Então fiquei querendo ir também, mas é distante da minha casa. Aluno C= Gostei bastante e fiquei curioso. Aluno D= Fiquei meio apreensivo, pois pensava que seria algo chato, cheio de quadros e estátuas velhas, mas não foi bem isso que encontrei por lá. Aluno E= Achei legal por que já tinha visto falar do lugar. Aluno F= Gostei e fiquei ansiosa pra ir, pois essa foi a minha segunda vez que fui lá, e aprendi bastante. Aluno G= Não gostei muito, pois não gosto de sair de casa. Aluno H= Fiquei animada. Aluno I= Gostei bastante. Aluno J= Achei bom. Aluno K= Para ser bem sincero, não gostei, pois não gosto de estudar. Aluno L= Adorei, porque lá é legal e interessante, da pra aprender legal. Aluno M= Gostei. Porque eu vi uma vez passar na televisão em uma propaganda politica. Aluno N= Fiquei feliz, por que me falaram que aprende-se na pratica. Aluno O= Achei bem interessante, pois meu primo já havia ido lá e me disse que o museu apresenta vários assuntos de uma maneira interativa, e isso sempre me chama bastante a atenção, sem a apresentação de coisas estáticas. Aluno P= Não gostei, pois pensei que ir ao um museu seria algo tedioso, cheio de coisas inanimadas. TCC – Wesley Vaz Martins 42 Aluno Q= Fiquei bastante animado, pois já havia dado uma olhada na internet sobre este museu, e me chamou minha atenção pois pretendo fazer um curso de Biologia e lá há vários painéis e bichos. Aluno R= Gostei, pois já havia ido lá em uma excursão com minha outra escola em que faço um curso técnico, mas como lá é muito grande não deu tempo de visitar e conhecer muita coisa, logo vi uma nova oportunidade de conhecer mais um pouco deste museu. Aluno S= Nunca tinha ouvido falar sobre este espaço de ciências, fiquei curioso, mas não coloquei muitas expectativas nesta visita. Aluno T= Já tinha visitado duas vezes o museu, e não fiquei chateada em saber que iria a terceira vez, ao contrário, fiquei super animada, pois já sabia como o Catavento era um lugar voltado para auxiliar em nossa formação e agora junto com meus colegas de sala. (2) Como você imaginava que seria esta visita antes de chegar ao espaço cultural? Resposta da questão Nº2 Aluno A= Cheio de coisas legais como os animais, corpo humano e outras coisas que me faria aprender . Aluno B= Não sei explicar, mas seria muito bom para meus estudos. Aluno C= Não sei. Aluno D= Com bastante atrações relacionados a área de ciências. Aluno E= Não imaginei. Aluno F= Bem legal, um lugar onde você vê e faz tudo na prática. Aluno G= Imaginei que poderia interagir com aparelhos eletrônicos e experiências. Aluno H= Participar de experimentos em laboratórios junto com os monitores. Aluno I= Veria quadros pendurados na parede e lotado de coisas chatas. Aluno J= Achei que esta visita não iria me acrescentar em nada, mas realmente me surpreendeu. Aluno K= Imaginei que seria coisas estáticas e em nenhum momento participaria de alguma atividade junto com os monitores. Aluno L= Na verdade não imaginei muita coisa, pois estava meio apreensivo e ansioso. TCC – Wesley Vaz Martins 43 Aluno M= Imaginei que seria chato, pois o nosso professor não sabia muita coisa sobre este museu, senti falta de um incentivo por parte da escola. Aluno N= Só imaginava em participar de alguma apresentação, fazer parte de alguma demonstração. Aluno O= Antes de chegar imaginava que ficaríamos a vontade e mexeríamos em varias coisas. Aluno P= Imaginava que ficaríamos em pé e andando sem parar, nos apresentando quadros e estátuas, fiquei bem preocupado. Aluno Q= Imaginei um grande museu, como o do Ipiranga onde já fui 3 vezes. Aluno R= Sou suspeito em falar como imaginava antes de chegar ao Catavento, pois já havia ido neste museu uma vez com outra escola. Mas pensando antes da minha primeira visita, imaginava um espaço pequeno com pequenas apresentações como na estação ciência e algumas experiências. Aluno S= Imaginei que seria como a estação ciência. Aluno T= Já sabia como era o museu, logo não foi uma surpresa para mim, mas mesmo assim me sentia ansiosa antes de chegar ao Catavento para conhecer e aprender assuntos novos. (3) Quando você chegou ao espaço cultural Catavento Cultural o que te chamou a atenção inicialmente? Resposta da questão Nº3 Aluno A= O que me chamou mais a atenção foi a arquitetura. Aluno B= O tamanha do castelo. Aluno C= O tanque de guerra. Aluno D= O que me chamou mais a atenção foram várias estátuas de lobos penduras no alto do castelo. Aluno E= Chamou bastante minha atenção o enorme espaço do museu, onde havia na parte exterior algumas exposições ao ar livre, como um enorme avião e tanques de guerra antigos. Aluno F= O que chamou minha atenção foi a recepção dos monitores, que foram bastante atenciosos. Aluno G=O avião, trem e principalmente o tanque de guerra. Aluno H= O que me chamou muito a minha atenção foi uma gigantesca turbina pertencente a uma usina hidrelétrica utilizada para produzir energia elétrica. TCC – Wesley Vaz Martins 44 Aluno I= Tiragem de fotos dos visitantes, da nossa turma. Aluno J= O avião e o tanque de guerra. Aluno L= O que chamou minha atenção foi a falta de organização dos monitores. Aluno M= A arquitetura do castelo e as estátuas ao seu redor. Aluno N= O tanque de guerra. Aluno O= O que me chamou muita atenção foi o avião e o tanque de guerra. Aluno P= O castelo. Aluno Q= O que me chamou bastante a minha atenção foi o laboratório de química, e os experimentos lá realizados. Aluno R= O que chamou minha atenção foi a parte dos experimentos da física, aquele aparelho que arrepia os cabelos. Aluno S= Me chamou a atenção a arquitetura bem robusta. Aluno T= Com certeza os detalhes minuciosos do prédio, que segundo li na internet, é um prédio bem antigo. (4) Durante a apresentação no laboratório de química, quais foram suas impressões quanto às experiências que você assistiu? Resposta da questão Nº4 Aluno A= O laboratório foi a seção que mais gostei. Aluno B= Me prendeu muito a atenção, pois nunca tinha visto experimentos de perto, somente por televisão. Aluno C= Com certeza foi o momento da visita que mais me agradou, adorei os experimentos apresentados. Aluno D=Os experimentos foram muito interessantes, parece que foi algo programado realmente para chamar nossa atenção. Aluno E= O experimento que mais gostei foi o foguetinho, pois o monitor utilizou materiais que posso adquirir com facilidade e fazer em casa e mostrar para meus familiares. Aluno F= Nossa foi legal demais, me surpreendeu muito, os três experimentos que o monitor apresentou foi envolvente. Aluno G= O que eu mais gostei foi quando o monitor chamou um de nós para participar da experiência, todo mundo ficou eufórico neste momento. Aluno H=Tinha lido algo semelhante em um livro de química, mas o ato de assistir não tem nem comparação, surpreendente. TCC – Wesley Vaz Martins 45 Aluno I=Antes de irmos ao museu, fiz questão de acessar o site do Catavento e ver quais experimentos eles apresentam, pois a curiosidade foi enorme. Aluno J=Apesar de não gostar muito de química, achei bem proveitoso os experimentos, passei a gostar um pouco mais da disciplina. Aluno L= Me incentivou a pesquisar novos experimentos de química antes da visita, mas depois das apresentações estou quase um químico. Aluno M=Só não gostei porque foi muito rápido, pensei que iria apresentar mais experimentos. Aluno N=Olha foi bem interessante, mas gostaria de ter uma conversa com os monitores, pois sai de lá com diversas duvidas que gostaria de ter perguntado mas fiquei meio tímido com medo de perguntar coisas que não teriam relação com a apresentação. Aluno O= Adorei as três experiências que foram apresentadas, não queria sair do laboratório. Aluno P= Foi a primeira vez que entrei em um laboratório de química, foi uma experiência única. Quanto aos experimentos foram bem chamativos e me interessei bastante. Aluno Q= A disciplina de química sempre me prendeu muito a atenção, e por ter sido a primeira vez que entrei em um laboratório, me encantei. Aluno R= Gostei bastante, e o que me chamou a atenção dos experimentos foi a facilidade de manuseio dos monitores. Aluno S= Nossa, legal demais. Me fez até pensar em fazer um curso de química ano que vem. Aluno T= Muito envolvente, as experiências de química, foi a seção que mais gostei de ter assistido, até mais que a nanotecnologia que o pessoal da sala gostou bastante. (5) Sua escola leva os alunos com freqüência às atividades fora da escola? Resposta da questão Nº5 Aluno A= Raramente. Aluno B= Nunca me levou em outro lugar, o Catavento foi a primeira vez. Aluno C=Não faz muito tempo em que estudo nesta escola, mas esta foi a primeira vez. Aluno D=Nunca.Foi a primeira vez. TCC – Wesley Vaz Martins 46 Aluno E= Teve uma oportunidade no ensino fundamental que nos levaram ao zoológico. Aluno F= Não me recordo, acho que não. Aluno G= Nos levou no zoológico há muitos anos atrás, faz bastante tempo. Aluno H= Sou aluno novo nesta escola, mas me lembro que na outra escola que estudava nos levaram a estação ciência na 8º série. Aluno I=Não. Aluno J=Não levou em outro lugar não, esta foi a primeira vez, e gostaria que estes momentos de visitas acontecessem mais vezes. Aluno L= Estudo aqui a dois anos e esta foi minha primeira excursão com esta escola, foi muito legal. Aluno M=Não, esta foi a primeira vez que fazemos um passeio. Aluno N= Nossa saída foi apenas no ensino fundamental quando nos levaram no zoológico, mas com certeza a visita ao catavento foi muito emocionante. Aluno O= Esta foi a primeira vez, pelo menos no ensino médio. Aluno P= Há muito tempo atrás. A direção da escola deveria proporcionar mais momentos como estes. Aluno Q= Não. A escola deveria pelo menos uma vez ao ano nos levar em ambientes fora da escola, acredito que podemos a prender muito mais em espaços como o Catavento. Aluno S= Estudo nesta escola por cerca de quatro anos, e esta foi nossa primeira visita. Não sei se é muito difícil de nos levar a estes museus, mas gostaria de ir mais vezes. Aluno T= É a primeira vez. Sou a favor de visitas em lugares acabam nos incentivando a estudar e até mesmo pesquisar sobre os assuntos que foram explorados na visita. É um momento marcante nas nossas vidas escolares. (6) Na sua escola existe laboratório de Química? Você tem contato com a parte experimental em química? Resposta da questão Nº6 Aluno A= Se tem, nunca nos levaram. Não temos contato com experimentos, é só livro, caderno e lousa. Aluno B= Acho que não. O professor mostrou apenas um experimento que foi bem simples. TCC – Wesley Vaz Martins 47 Aluno C= Não há um laboratório em nossa escola. Raramente o professor de química faz experimentos em sala. Aluno D=Não tem laboratório de química. Experimentos eu nunca presenciei. Aluno E= Não há laboratório, pois nunca nos levaram. Nunca assisti experimentos em nossa escola, mesmo na feira de ciências, é uma pena. Aluno F= Não há laboratório. O professor fez duas experiências no máximo, mas nada comparado ao museu no qual visitamos. Aluno G= Não tem laboratório. Nunca vi o professor apresentando nada de experimentos, tomara que depois da visita ao museu ele se anime para demonstrar coisas de químicas para nós. Aluno H= Nunca vi. Estava até comentando com meu amigo de sala, que as aulas de química poderiam ser muito mais atraentes e com diferentes experimentos Aluno I=Não. Experimentos só no pensamento do professor, pois nunca nos demonstrou nada. Aluno J=Uma vez tive a curiosidade de perguntar para uma professora de ciências se havia laboratório na escola, e ele me disse que no máximo em dois anos estaria pronto, e se passaram mais de seis anos e nada aconteceu. De quem será a culpa, da direção da escola ou do governo. Aluno L= Não tem laboratório não. Gostaria muito que o nosso professor de química nos mostrasse experimentos, pois prende muito nossa atenção. Aluno M=Laboratório só se for na casa do professor.Nunca nos demonstrou nada, acho uma vergonha, química sem experimento é chato demais. Aluno N=Não. Experimentos seriam bem vindos nas aulas. Aluno O= Acho que não há laboratório de química, só de informática. Iria gostar muito se o professor de química trouxesse experimentos, mas nunca trouxe. Aluno P=Só laboratório de informática. Gostaria de assistir aulas diferentes, assim como a do catavento. Aluno Q= Não há laboratório de química, biologia, física, etc. Aulas com experimentos seria muito favorável nas aulas, nos incentivaria a estudar. Aluno S= Não tem laboratório de química. Se o nosso professor trouxesse experimentos, com certeza o pessoal da sala que atrapalha as nossas aulas TCC – Wesley Vaz Martins 48 iriam se interessar e participariam, mas infelizmente isso vai ficar só na vontade. Aluno T= Sem laboratório de química. É uma pena, pois acho que todos, sem exceção, gostaram da apresentação dos experimentos no museu catavento, é novidade para todos nós. (7) Da sua visita ao centro cultural Catavento, o que você aproveitaria para uma aula de Química em sua escola? Resposta da questão Nº7 Aluno A = Principalmente os experimentos que foram apresentados lá. Aluno B = Com certeza os experimentos. Aluno C = Aproveitaria todos os espaços relacionado a seção matéria, muito interessante. Aluno D= Tem muita coisa ali que poderia colaborar com nossas aulas, como a montagem das moléculas de água com isopor, em seu estado gasoso, liquido e vapor,achei bem interessante a interação das moléculas, não tinha imaginado. Aluno E= Nossa é bastante coisa heim, mas principalmente o laboratório. Aluno F= Acho que a parte das “ilhas” com diferentes temas poderiam acrescentar nas aulas. Aluno G = Lá no catavento havia vários tipos de painéis que com certeza o professor poderia propor algo para nós construirmos e fazer uma exposição parecida na escola, o pessoal iria se interessa com certeza. Aluno H = A parte dos experimentos com certeza iria acrescentar muito nas nossas aulas. Aluno I = Me falaram que a parte da nanotecnologia faz parte da química, eu com certeza iria propor algum vídeo sobre esta nova ciência, muito interessante. Aluno J = Gosto muito de jogos, e com certeza iria bolar algum jogo relacionado a química para atrair os meus colegas de sala. Aluno K = Gostaria de propor ao professor uma aula no laboratório de informática, pois mesmo que nossa escola não tenha laboratório de química, há muitas ferramentas de informática que nosso professor poderia explorar como faz o catavento. TCC – Wesley Vaz Martins 49 Aluno L= Utilizaria em nossas aulas alguns experimentos, que como o próprio monitor do museu mencionou, há várias experiências que poderíamos fazer em nossas casas, logo, porque não na escola. Aluno M = Gostei muito do painel da construção civil, e ali há vários temas de química que nosso professor poderia abordar em sala de aula. Aluno N = O que chamou minha atenção foi o painel da culinária, o professor poderia fazer algum experimento com alimentos, acredito não ser tão díficil. Aluno O = Utilizaria sem sombras de duvidas os artifícios do laboratório químico, que encanta a todos. Aluno P = Existem muitas informações que eles nos oferecem, mas para as aulas utilizaria os experimentos. Aluno Q = Aproveitaria alguns painéis como o do silício. Aluno S = Abordaria nas aulas o funcionamento dos fogos de artifícios e o painel da dieta balanceada. Aluno T = Existem vários assuntos super interessantes, mas se eu fosse o professor, eu iria abordar principalmente assuntos que envolvam novas tecnologias, principalmente da química que esta presente em tudo. (8) Você acredita que se as aulas de Química fossem no formato das apresentações do Catavento, você apreenderia com mais facilidade? Por quê? Resposta da questão Nº8 Aluno A= Sim. Por que aulas na prática entendem-se melhor. Aluno B= Com certeza iria favorecer. Aluno C= Sim, pois apesar de não saber muito do que o monitor estava falando, já deu para imaginar como tudo acontece. Aluno D=Acredito que sim, pois aulas com experimentos sempre chamam nossa atenção. Aluno E= Não só em química, mas em biologia, geografia ou história traria maior entendimento no nosso dia-a-dia. TCC – Wesley Vaz Martins 50 Aluno F= Iria favorecer demais, pois é algo que prende nossa atenção, e mesmo aqueles alunos que não gostam muito de estudar iriam se interessar, e tudo iria fluir com maior intensidade. Aluno G= Talvez sim, mas como estava conversando com meu colega de sala a demonstração foi muito boa, mas gostaria de aprender um pouco mais sobre a teoria para entender a prática. Aluno H= Com certeza sim. É muito atraente e envolvente. Aluno I= As aulas de química seriam bem mais interessantes, pois aulas teóricas sempre são muito maçantes e chega uma hora que não se aproveita quase nada. Aluno J= Iria colaborar sim, mas só prática seria chato depois de um tempo, acho que iríamos enjoar rápido. Aluno L= Iria favorecer muito, se nossas aulas fossem neste padrão nossa visão da química seria bem diferente. Aluno M= Talvez no inicio sim, mas depois poderia ficar maçante como as aulas teóricas. Aluno N= Para ser bem sincero, não iria gostar muito não, deve ser meio chato uma pessoa ficar várias horas apresentando e nós só recebendo informações. Aluno O= Seria bem atrativo, eu ficaria entusiasmado. Aluno P= Com certeza utilizaria os experimentos nas aulas. Se eu fosse um professor de química apreenderia mais experiências e demonstraria para meus alunos, tenho certeza que eles iriam gostar. Aluno Q = Se conciliasse a teoria junto com os experimentos seria perfeito. Aluno R = Não sei se seria uma boa, acho que uma mudança radical desta iria mudar o formato da escola. Aluno S= Se mesclasse as aulas teóricas com várias experiências iria colaborar para o nosso entendimento da disciplina. Aluno T=Acredito que atrapalhar não iria, mas teria que tomar cuidado com alguns formatos do catavento, pois os painéis, por exemplo, deveriam ser constantemente atualizados, cansaria todos nós os mesmos assuntos por muito tempo. TCC – Wesley Vaz Martins 51 Respostas do 2º Questionário aplicado cerca de quatro meses após a visita 1) Você consegue perceber alguma mudança nas aulas de química após a visita ao Catavento Cultural? Aluno A= Com certeza mudou, o professor até fez experimentos. Aluno B= Mudou, depois da visita ao catavento, nós cobramos do professor para fazer experimentos. Aluno C= O professor parece outro após a visita. Aluno D= Não notei mudanças. Aluno E= Olha, a mudança mais visível foi em questão as aulas de química que parece que ficou mais interessante para mim. Aluno F= Não reparei em mudanças significativas. Aluno G= O professor fez experimentos pela primeira vez em 3 anos. Aluno H= Pouca coisa mudou. Aluno I= O professor se interessou em ensinar com mais qualidade. Aluno J= Nosso professor deixou ser um pouco preguiçoso e resolveu fazer umas experiências para nós. Aluno K= Uma das mudanças foi o professor que parece que se interessou mais em nos ensinar. Aluno L= Parece que o professor se tocou, e resolveu nos mostrar alguns experimentos. Aluno M= Não reparei em mudanças, e fiquei decepcionado. Aluno N= Mudanças mínimas, o professor não faz mais que a obrigação em nos dar uma aula com mais qualidade. Aluno O= Algumas experiências. Aluno P= Mudanças significativas foram muito poucas, esperava mais do professor e da escola. Aluno Q= Gostaria de ver mais atitude da nossa escola e principalmente de nosso professor. Aluno R= Quase nenhuma mudança, a não ser o nosso professor de química realizar duas experiências, coisa rara já que ele nunca demonstrou vontade nenhuma de fazer algo diferente para nós. TCC – Wesley Vaz Martins 52 Aluno S= Muito pouca, mas já é valida a iniciativa do nosso professor de propor uma aula diferente, mesmo que tarde. Aluno T= Mudanças significativas não aconteceram muitas não, mas pelo menos o professor propôs dois experimentos após nossa visita ao catavento. 2) Você voltou ao museu? Com quem? Aluno A = Não, falta de tempo. Aluno B= Fui sim, com colegas da minha rua. Aluno C= Infelizmente não. Aluno D= Voltei lá com meus irmãos, e foi muito legal, adorei. Aluno E= Fui novamente na semana seguinte com meus pais. Aluno F= Não consegui ir ainda, mas vou retornar. Aluno G= Voltei lá com minha namorada, ela gostou bastante e já esta me pedindo para levar os irmãos dela que estão no ensino fundamental. Aluno H= Ainda não tive tempo. Aluno I= Até o final do ano quero retornar ao museu catavento, ainda não fui. Aluno J= Não deu tempo, pois trabalho muito. Aluno K= Gostaria de ter ido, mas ainda não deu certo. Aluno L= Voltei lá duas vezes, com meus familiares. Aluno M= Fui sim, e fiquei o dia inteiro. Fui com meu tio. Aluno N= Voltei lá faz umas duas semanas, e convidei meu primo que mora em Campinas. Aluno O= Fui sim, foi mais que surpreendente, foi demais, melhor que show de musica. Aluno P= Ainda não deu tempo. Aluno Q= Faz exatamente três dias que fui ao catavento, e levei meu avô. Aluno R= Com certeza eu voltei lá, fui mais duas vezes. Uma vez convidei meu visinho e na outra meu cunhado fez companhia. Aluno S= Voltei com meus irmãos e meus pais, fomos em comboio. Aluno T= Não tenho muito tempo, trabalho nos finais de semana, mas nas férias com certeza vou retornar. TCC – Wesley Vaz Martins 3) 53 Após a primeira visita ao museu, qual foi sua atitude em relação às aulas ciências (Biologia, Química e Física)? Esta mais interessado nas aulas? Aluno A= Me senti mais atencioso nas aulas Aluno B= Estou vendo as aulas com mais interesse. Aluno C= Não mudou nada, tudo igual. Aluno D= Estou prestando mais atenção nas aulas. Aluno E= Vejo as aulas com outros olhos. Aluno F= Me sinto mais participativo, e mais interessado. Aluno G= Melhorou meu modo de ver ciências, muito mais interesse. Aluno H= Não mudou muita coisa, gosto mais de humanas. Aluno I= Me interessei mais por pesquisar assuntos relacionados a química na internet. Aluno J= Parece que consegui ficar um pouco mais crítico nas aulas, pelo menos tenho esta impressão. Aluno K= Com certeza meu interesse pelas aulas, melhorou consideravelmente. Aluno L= Melhorou sim. Ainda mais que o professor parece que também melhorou. Aluno M= Sou meio preguiçoso, mas me despertou mais nas aulas, principalmente quando tem experiência. Aluno N= As aulas parecem estar mais agradáveis e o interesse dos meus colegas de sala aumentaram. Aluno O= O pessoal da sala esta falando menos nas aulas, deixa o professor falar um pouco mais. Aluno P= O professor dá mais atenção as nossa duvidas, e nós alunos parecemos estar mais atentos aos questionamentos do professor. Aluno Q= Ouvir falar que a direção da escola está preparando uma outra visita para outro espaço cultural. Aluno R= Me interessei mais sobre diferentes assuntos relacionados as ciências, e já fui até a biblioteca do meu bairro para ver se encontrava um assunto que me atraiu no museu. TCC – Wesley Vaz Martins 54 Aluno S= Sim, o interesse aumentou bastante, pelo menos de minha parte, e pesquisei na internet as experiências que os monitores apresentaram, muito interessante. Aluno T= Com certeza aumentou, e até parece que o interesse do professor em dar aulas aumentou junto, isso fez que as aulas melhorassem significamente. 4) Se você tiver em um papo em família, e alguém mencionar que museu é muito chato, e cheio de objetos inanimados, o que você diria? Aluno A= Eu diria ao contrário. Aluno B= Com certeza eu iria contestar, pois conheci um museu bem diferente. Aluno C= Diria onde fui e contaria para eles que é muito diferente. Aluno D= Iria levá-los ao museu catavento. Aluno E= Não falaria nada, apenas iria convidar para ir ao catavento. Aluno F= Iria mostrar o site do museu e incentivar eles para ir ao catavento. Aluno G= Antes de ir ao catavento, também pensava que museu era muito chato, e antes de ir lá, tinha até agonia em ouvir falar a palavra museu. Aluno H= Diria que é mentira, pois eu conheci o catavento. Aluno I= Iria propor que fossemos ao museu catavento, e já aproveitaria para visitar novamente e tentar ver as outras seções que não deu tempo de ver quando eu fui com a escola. Aluno J= Diria que eles têm um concepção ultrapassada. Aluno K= Ia convidar todos para um show da química. Aluno L= Iria mostrar vídeos e fotos que tirei no museu e em seguida convidálos para irmos lá. Aluno M= Não diria muita coisa, apenas que penso de maneira diferente. Aluno N= Falaria que museu tem outro significado. Aluno O= Museu da época deles é inanimado, mas o museu de nossa época é revolucionário e muito interativo. Aluno P= Museu chato ainda existe, mas a cada dia isto está mudando, como por exemplo, o catavento. Aluno Q= Mostraria as fotos que tirei das experiências e da seção engenho. TCC – Wesley Vaz Martins 55 Aluno R= Não falaria nada, apenas levariam todos eles no catavento e depois perguntaria se museu é realmente chato. Aluno S= Com certeza iria convencê-los do contrário e falaria sobre o catavento. Aluno T= Falaria sobre uma visita que fiz através da escola, e que tinha a mesma idéia deles, porém acabei mudando minha concepção sobre a palavra museu. TCC – Wesley Vaz Martins 56 Referências bibliográficas BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. GASPAR, A.; HAMBURGER, E. W. “Museus e centros de ciências – conceituação e proposta de um referencial teórico”. In: NARDI, R. (org.). Pesquisas em ensino de ciências. São Paulo: Escrituras Editora, 1998. GASPAR, A. Museus e Centros de Ciências – Conceituação e Proposta de um Referencial Teórico. Doutorado. 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