Ano 17
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Número 02
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Abril/Maio 2015
Parte integrante da Revista Newslab edição 129
FAZENDO A
DIFERENÇA
Teste inovador da Roche
Diagnóstica auxilia no
acompanhamento e manejo de
pacientes com pré-eclâmpsia
é ciência
Pré-eclâmpsia e a
aplicabilidade dos
fatores angiogênicos
Atenção
total para
uma gestação
tranquila
A pré-eclâmpsia
está presente em
2% a 8% de todos os
casos de gravidez.
Fonte: Relatório de 2015 da Organização
Mundial da Saúde (OMS)
/// índice
600
20000
500
PlGF pg/mL
sFlt-1 pg/mL
P<0.0001
10000
P=0.02
400
300
200
100
0
0
Normal
n=8
PE grave
n=10
300
Teste auxilia médicos
no manejo de pacientes
com pré-eclâmpsia
14
200
100
é ciência
n=10
200
16
P=0.003
150
100
50
em foco
0
0
Normal
n=8
PE grave
n=8
250
P=0.0005
sFlt-1/PlGF pg/mL
fazendo
a diferença
10
sFlt-1/PlGF pg/mL
04
Normal
PE grave
n=10
Pré-eclâmpsia:
aplicabilidade dos
fatores angiogênicos
Normal
PE leve
n=8
n=10
Acompanhe os principais
acontecimentos de
clientes e parceiros
da Roche
canal roche
Empresa patrocina
programa do
A.C. Camargo
Cancer Center
/// Editorial
Zelo em um momento todo especial
Boa parte das mulheres considera o momento da gravidez como uma das mais marcantes fases da vida. E com
razão. Em meio a todas as sensações e emoções presentes na gravidez, os aspectos de saúde ganham um significado ainda maior. Por isso, os cuidados com eventuais
problemas hipertensivos devem acontecer desde o início,
inclusive com a pré-eclâmpsia.
Presente em 2% a 8% de todos os casos de gravidez,
segundo relatório de 2015 da Organização Mundial da
Saúde (OMS), a pré-eclâmpsia se caracteriza quando a
grávida, além da pressão alta (acima de 140/90 mmHg),
tem grande eliminação de proteínas na urina (proteinúria).
que precisa de uma série de exames e recursos para
acompanhar a paciente de perto durante toda a gestação. Justamente com o objetivo de oferecer um produto
de grande valia clínica a médicos e pacientes, a Roche
Diagnóstica lançou, em 2010, o Elecsys® Pré-eclâmpsia
sFlt-1/PlGF. O teste avalia dois parâmetros associados à
incidência do distúrbio hipertensivo: o fator de crescimento
placentário (PlGF) e a soluble fms-like tyrosine kinase-1.
Em mulheres com pré-eclâmpsia, os níveis circulantes dessas duas proteínas encontram-se alterados. Confira mais
sobre o teste e como o Grupo Fleury vem utilizando os
testes em sua rotina de atendimento na editoria Fazendo
a Diferença.
Por não haver clareza sobre as causas da pré-eclâmpsia,
nem mesmo sobre sua definição, o diagnóstico da doença
geralmente depende muito da interpretação do médico,
Roche News
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Abril/Maio 2015
Elecsys® PlGF – Registro na Anvisa nº 10287410815
Elecsys® sFlt-1 – Registro na Anvisa nº 10287410811
3
/// Fazendo
a diferença
4
/// Fazendo
a diferença
Uma nova gestação
Teste inovador da Roche Diagnóstica auxilia médicos no
manejo de pacientes com pré-eclâmpsia
Por Renato Santana de Jesus
Os distúrbios hipertensivos são uma das
maiores causas de morte na gravidez e
representam um problema global de saúde, podendo levar tanto mãe quanto filho
a complicações fatais. No Brasil, de acordo
com o Ministério da Saúde, a principal
causa de morte materna é a pré-eclâmpsia,
justamente um distúrbio hipertensivo.
Presente em 2% a 8% de todos os casos
de gravidez, segundo relatório de 2015
da Organização Mundial da Saúde
(OMS), a pré-eclâmpsia se caracteriza
quando a grávida, além da pressão alta
(acima de 140/90 mmHg), tem grande
eliminação de proteínas na urina (proteinúria). Na maioria dos casos, a gestante também apresenta inchaços nos
pés (edemas).
Esse quadro geralmente se desenvolve a
partir da 20ª semana, mas pode aparecer
em fases mais avançadas. Na primeira
gravidez, por exemplo, a pré-eclâmpsia
costuma se desenvolver já nos últimos
meses, em torno da 34ª ou 35ª semana.
De acordo com o médico sênior de medicina fetal do Fleury Medicina e Saúde,
Dr. Mário Burlacchini, as causas da
pré-eclâmpsia são multifatoriais e ainda
não existem dados cientificamente consistentes para explicar sua ocorrência.
“São fenômenos que devem acontecer
no momento em que a mulher engravida,
desde quando o espermatozoide é reconhecido pelo óvulo - é um novo organismo no corpo da mulher, e ela deve promover respostas imunológicas para aceitar esse antígeno estranho”, diz o médico.
Caso a mulher apresente boas reações
imunológicas, a gravidez acontecerá de
maneira satisfatória, sem grandes problemas com fatores relacionados. Contudo,
se o corpo não responder de maneira
adequada, é possível que surjam intercorrências como a pré-eclâmpsia e até
outros problemas mais graves.
Há, porém, outra teoria. Quando a placenta é formada, ela promove invasões
nas artérias da mulher, ocasionando o
5
/// Fazendo
a diferença
Fatores de
risco para
pré-eclâmpsia
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Primeira gravidez
Mulheres negras
Quadro de pré-eclâmpsia prévia
Histórico de pré-eclâmpsia
na família
Hipertensão crônica
Idade avançada
(acima de 40 anos)
Obesidade
Gestação gemelar
Ganho de muito peso
na gravidez
Alterações sanguíneas
Tabagismo
Diabetes
Doença renal
Fertilização in vitro
Doença trofoblástica gestacional
6
relaxamento dessas vias, o que por sua
vez baixa a pressão. “Por isso é muito
mais comum uma grávida sentir hipotensão do que ter pressão alta. O normal é
justamente os vasos serem invadidos, se
dilatarem e assim passar mais sangue
para o feto. Esse é o fenômeno fisiológico
normal”, conta o obstetra do Fleury.
No entanto, pode ser que essas invasões
– chamadas de ondas de invasões trofoblásticas – não se realizem, levando a
gestante a desenvolver pressão alta
específica da gravidez.
Uma vez que essas duas justificativas
são apenas teorias – o que dificulta ainda mais o diagnóstico da doença –, é
fundamental que o pré-natal busque
fatores de riscos costumeiramente
associados à pré-eclâmpsia. Entre eles
estão: mulheres negras e mulheres em
primeira gravidez, idade avançada, histórico de pré-eclâmpsia em outras gestações, hipertensão crônica, gestações
gemelares e sobrepeso.
Em relação à obesidade, tanto a mulher
que já engravida com sobrepeso quanto
a que ganha muito peso durante a gravidez (acima de 12 quilos) tem mais chances de ter hipertensão. Além disso,
mulheres que já engravidaram sem problemas, mas que agora têm uma nova
gravidez com um parceiro diferente também aumentam os fatores de risco.
“É aquela questão imunológica. Como é a
primeira vez que ela está engravidando
daquele parceiro, não sabemos ainda se
sua reação imunológica será boa ou
ruim”, esclarece Burlacchini.
Diagnóstico melhorado
Por não haver clareza sobre as causas da
pré-eclâmpsia, nem mesmo sobre sua
definição, o diagnóstico da doença geralmente depende muito da interpretação
do médico, que precisa acompanhar a
paciente de perto durante toda a gestação. “Se ela tem pressão alta, o pré-natal
será todo diferente. Ela fará mais consultas e mais exames, como o ultrassom –
/// Fazendo
a diferença
para controlar o ganho de peso do feto e
o volume de líquido – e o teste de vitalidade – o doppler, que estuda o aporte de
sangue no cordão umbilical, no cérebro
do feto e nas artérias uterinas da mãe.
Em casos mais graves, isso é feito até
mesmo diariamente”, relata Burlacchini.
Além disso, é realizada uma série de exames de sangue que vai desde o hemograma até testes mais específicos para
pré-natal, como ureia, creatina, ácido úrico, transaminases e bilirrubinas. Essa
variedade de exames que precisa ser
acompanhada, além do quadro clínico
usualmente instável da mãe, dificulta bastante o manejo da paciente. Vale destacar
que a única maneira de realmente acabar
com a pré-eclâmpsia é realizando o parto. Portanto, saber exatamente o quão
avançada está a doença e seus reais efeitos sobre a mãe e o feto é primordial para
dar segurança ao médico na hora de
decidir quando realizar o parto.
De acordo com o Dr. Mário
Burlacchini, gestantes com hipertensão
necessitam de um acompanhamento
mais detalhado e frequente para
evitar ao máximo a piora súbita
de seu quadro clínico
Justamente com o objetivo de oferecer
um produto de grande valia clínica a
médicos e pacientes, a Roche
Diagnóstica lançou, em 2010, o Elecsys®
Pré-eclâmpsia sFIt-1/PlGF. O teste avalia
dois parâmetros associados à incidência
do distúrbio hipertensivo: o fator de crescimento placentário (PlGF) e a soluble
fms-like tyrosine kinase-1 (sFIt-1).
Ao passo que o primeiro é responsável
pelo funcionamento placentário normal, o
segundo está associado à terminação da
gravidez, nas últimas semanas de gestação. Em mulheres com pré-eclâmpsia, os
níveis circulantes dessas duas proteínas
encontram-se alterados.
Como a hipertensão na gravidez é bastante instável, o quadro da mulher pode
mudar rapidamente. Com o Elecsys®
Pré-eclâmpsia – teste que mede os dois
Roche News
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Abril/Maio 2015
cobas® e 411 – Registro na Anvisa nº 10287410608
Elecsys® PlGF – Registro na Anvisa nº 10287410815
Elecsys® sFlt-1 – Registro na Anvisa nº 10287410811
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/// Fazendo
a diferença
Essa relação do sFIt-1 sobre o
PlGf traz uma capacidade muito boa
de identificar o risco de pré-eclâmpsia
e o risco de complicar uma gravidez
que já está com pressão alta
Dr. Mário Burlacchini,
médico sênior de medicina fetal do Fleury Medicina e Saúde
parâmetros simultaneamente –, o médico
consegue ter um valor objetivo e normalizado para definir, por exemplo, se está na
hora de realizar o parto.
Antes de ser oferecido comercialmente
no Fleury, o teste passou por um longo
processo de validação e acompanhamento interno para adaptá-lo à rotina do
laboratório. Quem explica como funciona
tudo isso é a assessora técnica de cromatografia e imunoensaios do Grupo
Fleury, Teresinha Tamie Tachibana: “Após
análise da bula do kit e de posse do kit a
ser validado, as amostras em vários níveis
de concentração são obtidas e seguem um
protocolo de validação pré-estabelecido e
documentado. Todos os dados são então
avaliados em um programa informatizado
e os resultados obtidos são apresentados
aos assessores médicos, para aprovação
ou rejeição do kit. O processo demora em
média três meses. No caso dos kits para
pré-eclâmpsia, o tempo foi maior, em função da aquisição de amostras para validação e da complexidade para análise
dos dados”.
A gerente de Produtos de Saúde
da Mulher e Oncologia da Roche
Diagnóstica, Viviane Dias, comenta que o
Elecsys® Pré-eclâmpsia foi concebido para
auxiliar a paciente em um dos momentos
mais delicados de sua vida: a gravidez.
Ela ainda explica que, a partir de uma única
amostra de sangue – o que não é invasivo e
não gera riscos nem à mãe, nem ao feto –,
Hipertensão na gravidez
Além da pré-eclâmpsia, existem outras formas de hipertensão na gravidez que precisam ser observadas com
atenção durante o pré-natal. Uma delas é a hipertensão
gestacional, quando a mulher tem pressão alta, mas não
elimina proteína na urina. Há também a hipertensão crônica, que ocorre quando a gestante já tinha a complicação
antes mesmo de engravidar. É um caso que precisa ser
acompanhado de perto, pois a mãe pode desenvolver
pré-eclâmpsia superajuntada no decorrer da gestação.
Além disso, existe uma forma ainda mais grave de hipertensão, conhecida como HELLP, em que a doença se
desenvolve para um quadro extremamente complicado,
associando-se a hemólise (destruição de hemácias no
8
sangue), alterações hepáticas e diminuição no número
de plaquetas (plaquetopenia). De acordo com um estudo multicêntrico da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) de 2013, os distúrbios hipertensivos graves
corresponderam à principal causa de morbidade materna grave ou 70% do total dos casos analisados.
“Diferenciar esses tipos de doenças hipertensivas não é fácil. Em geral, se a mulher já tem pressão alta no começo do
pré-natal, ela deve ser crônica, porque isso não é esperado
da pré-eclâmpsia. Por outro lado, se a gestante está com o
pré-natal bom e depois, no segundo ou terceiro trimestre,
desenvolve pré-eclâmpsia, então essa já é uma hipertensão
mais específica da gestação”, diz Burlacchini.
/// Fazendo
a diferença
o equipamento processa as amostras em apenas 18 minutos. “O resultado tanto pode dar
um diagnóstico, ou seja, dizer se a paciente
tem ou não pré-eclâmpsia, como pode ser utilizado para uma avaliação do quadro clínico,
ou seja, para predizer se ela terá ou não pré
-eclâmpsia em um determinado período. São
duas aplicações diferentes, ambas a partir da
20ª semana de gravidez”, detalha Viviane.
Dessa forma, e graças a extensos estudos
para determinar os cut-offs, o teste é capaz de
indicar se a mulher está sob alto risco de
desenvolver a doença nas próximas quatro
semanas ou se não irá desenvolvê-la na semana seguinte. “Como os sinais e sintomas da
pré-eclâmpsia são muito inespecíficos, isso
traz um alívio para o médico. Com o resultado,
ele consegue determinar, por exemplo, a
necessidade de internar ou não a paciente.
Isso é importante não apenas sob o aspecto
clínico, mas também do ponto de vista psicológico para a mãe, pois a internação é uma
situação bastante estressante”, acrescenta.
Grande parte das mulheres que têm
Roche News
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Abril/Maio 2015
pré-eclâmpsia, em especial nos casos mais
severos, acaba tendo partos prematuros.
Consequentemente, o risco é maior para que
esses bebês sofram as sequelas típicas da
prematuridade. Portanto, um teste como o
Elecsys® Pré-eclâmpsia facilita a efetividade
do acompanhamento clínico e melhora a
segurança da gestação tanto para a mãe
quanto para o bebê. “Existem vários testes
para ajudar o médico a decidir se a gravidez
se encontra estável ou não, mas são métodos
que até então não tinham parâmetros tão
bem determinados, não conseguiam chegar a
um valor de predição tão bom. Essa relação
do sFIt-1 sobre o PlGF traz uma capacidade
muito boa de identificar o risco de
pré-eclâmpsia e o risco de complicar uma
gravidez que já está com pressão alta.
Trata-se de um teste que realmente agrega
valor à assistência obstétrica. É uma informação a mais que o obstetra tem, mas não simplesmente isso: é uma informação com precisão e bem testada do ponto de vista estatístico
e de literatura médica”, conclui Burlacchini.
cobas® e 411 – Registro na Anvisa nº 10287410608
O teste da Roche
para pré-eclâmpsia
mede o PlGF e
o sFlt-1 simultaneamente, colocando-se
como importante
ferramenta para o
controle do distúrbio
hipertensivo
9
/// É
Ciência
Pré-eclâmpsia:
aplicabilidade dos fatores angiogênicos
Prof. Dr. Leandro Gustavo de Oliveira
Prof. do Depto. de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp
A pré-eclâmpsia é uma doença que acomete
cerca de 5% a 8% das gestantes1. Seu diagnóstico é feito a partir da 20ª semana de gravidez
ou nos primeiros dias após o parto e baseia-se
no desenvolvimento de hipertensão arterial
(PA ≥ 140 x 90 mmHg) e proteinúria (≥ 300
mg/24h)2. A maioria dos diagnósticos é feita
no terceiro trimestre de gravidez, sendo que a
gravidade da doença é maior quanto mais precoce se dá sua manifestação clínica.
Apesar de apenas hipertensão arterial, que
pode variar de formas leves até quadros de
emergência hipertensiva de difícil controle, e
proteinúria fazerem parte dos critérios diagnósticos da pré-eclâmpsia, esta é uma doença
sistêmica caracterizada por intensa resposta
inflamatória, lesão endotelial, agregação plaquetária, ativação do sistema de coagulação
e aumento da resistência vascular generalizada3,4. Sendo assim, todos os órgãos podem
sofrer com as repercussões da pré-eclâmpsia.
O impacto da pré-eclâmpsia sobre a gestação é visto como uma preocupação mundial, pois a doença representa importante
10
causa de morbimortalidade materna e perinatal em todo o mundo 5. Ainda que esses
números possam certamente ser subestimados, calcula-se que cerca de 76 mil mortes maternas e 500 mil mortes perinatais
são relacionadas à pré-eclâmpsia todos os
anos6. A partir de dados do Sistema Único
de Saúde (SUS), é possível afirmar que no
Brasil cerca de três gestantes morrem por
dia vítimas das complicações causadas pela
pré-eclâmpsia7.
Fisiopatologia
Apesar de sua elevada importância, a pré-eclâmpsia ainda não possui causa bem estabelecida. Sabe-se, entretanto, que a placenta
é peça fundamental para sua ocorrência, não
havendo necessidade nem mesmo do desenvolvimento fetal (casos de mola completa podem
ser acompanhados de pré-eclâmpsia grave e de
instalação precoce).
Dentro de sua etiopatogenia, o desenvolvimento da pré-eclâmpsia pode ser dividido em
duas fases. A primeira começa a acontecer já
/// é
Ciência
no primeiro trimestre da gestação, quando o
citotrofoblasto extraviloso (TEV) não desempenha normalmente suas funções e não invade
adequadamente a parede uterina8. No fenômeno da invasão trofoblástica normal, os
citotrofoblastos extravilosos atingem as arteríolas espiraladas miometriais e promovem
um desarranjo da camada muscular desses
vasos9,10. Assumindo ainda características de
células endoteliais, os trofoblastos substituem
a camada endotelial das arteríolas espiraladas.
Quando todo esse processo se dá de forma e em
momento adequados, ocorre o relaxamento e
maior complacência das artérias uterinas, que
passam a permitir adequado suprimento sanguíneo uteroplacentário10.
Alterações placentárias e
disfunção endotelial generalizada
Os primeiros relatos do professor James Roberts
(Universidade de Pittsburgh) nas décadas de
1980 e 1990 ressaltaram as disfunções endoteliais como bases das alterações relacionadas à
pré-eclâmpsia11. Características como elevada
permeabilidade endotelial, presença sérica de
fatores relacionados à sua injúria, como fibronectina, fator VIII e trombomodulina, além da
elevada reatividade vascular na pré-eclâmpsia, corroboram suas hipóteses. As alterações
circulatórias uteroplacentárias que marcam a
fisiopatologia da pré-eclâmpsia determinam
exacerbação do processo apoptótico no trofoblasto viloso, com formação e liberação de
micropartículas sinciciais que caem na circulação sistêmica materna11, 12. Essas micropartículas são capazes de lesar diretamente o
endotélio, promover ativação de neutrófilos
e inflamação. Cockellet al. demonstraram a
agressão endotelial em modelo experimental
colocando as micropartículas sinciais em contato com vasos do omento materno13.
Roche News
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Abril/Maio 2015
Os principais fatores angiogênicos que desempenham papéis fundamentais na manutenção
da homeostase endotelial são VEGF (do inglês
vasculo-endothelial growth factor), PlGF (do
inglês placental growth factor) e TGF-β114,15.
O VEGF participa da manutenção endotelial
de órgãos como rim, fígado e cérebro, sinalizando por meio de dois receptores, FlK e Flt1. Este último também tem como ligante o
PlGF16. Esses fatores são também importantes
para o próprio desenvolvimento placentário.
Em resposta às alterações vasculares uteroplacentárias que marcam a fisiopatologia da pré-eclâmpsia, a placenta passa a produzir grande
quantidade de fatores antiangiogênicos como
o sFlt-1 (do inglês soluble fms-like tyrosin) e a
sEndoglin (do inglês soluble endoglin). Dessa
forma, o sFlt-1 se liga aos VEGF e PlGF circulantes e impede que estes se liguem aos
seus receptores comuns e desempenhem suas
funções na manutenção da homeostase endotelial sistêmica16. Maynard et al. demonstraram que a injeção de sFlt-1 em camundongos
prenhes determina hipertensão arterial e proteinúria nesses animais, simulando a expressão clínica da pré-eclâmpsia17. Outros trabalhos mostram que o VEGF é responsável pela
manutenção das fenestras do endotélio glomerular e que a presença do sFlt-1 impede o
efeito do VEGF e leva à endoteliose e proteinúria18. A sEndoglin (soluble-Endoglin) age de
forma semelhante ao sFlt-1 impedindo a ação
do TGF-β1.
Trabalhos conduzidos pelo grupo do professor Annanth Karumanchi (Universidade de
Harvard) demonstraram a presença de elevadas concentrações de fatores antiangiogênicos na circulação de pacientes com pré-eclâmpsia. Esses autores demonstraram que
elevações nos níveis séricos de sFlt-1 podem
11
/// É
Ciência
ser identificadas cerca de cinco semanas antes
das manifestações clínicas da pré-eclâmpsia18.
Associados à elevação dos níveis de sFlt-1, os
autores demonstraram ainda a redução dos
níveis de VEGF e PlGF livres na circulação
materna. Romero et al. demonstraram também
em outra população que as elevações plasmáticas
de sFlt-1 e s-Endoglin associadas à redução de
PlGF precedem as manifestações clínicas da
pré-eclâmpsia19.
Recentemente, em resultados preliminares, nós
avaliamos as concentrações séricas de sFlt-1 e
PlGF em pacientes com pré-eclâmpsia de instalação precoce (< 34 semanas) (Figura 1).
As concentrações médias de sFlt-1 em pacientes com pré-eclâmpsia grave e leve foram respectivamente 12,324 pg/mL e 9,505 pg/mL.
Fatores angiogênicos (PlGF)
e antiangiogênicos (sFlt-1)
como fator prognóstico de
pré-eclâmpsia
600
20000
P<0.0001
500
PlGF pg/mL
sFlt-1 pg/mL
No grupo-controle, a concentração média de
sFlt-1 foi 2,201 pg/mL (P<0.0001 e P=0.003,
respectivamente). Ao contrário, a concentração
média de PlGF em pacientes com pré-eclâmpsia grave (152,2 pg/mL) foi significativamente
menor do que no grupo-controle (447 pg/mL)
(P=0.02). Quando avaliamos a relação
sFlt-1/PlGF, também encontramos valores significativamente maiores nos grupos de pacientes com pré-eclâmpsia grave (175,8pg/mL) e leve (134,1pg/mL)
do que no grupo-controle (9.7pg/mL) (P=0.0005 e
P=0.003, respectivamente).
10000
P=0.02
400
300
200
100
0
0
Normal
n=8
PE grave
n=10
300
PE grave
n=8
n=10
250
sFlt-1/PlGF pg/mL
P=0.0005
sFlt-1/PlGF pg/mL
Normal
200
100
200
P=0.003
150
100
50
0
0
Normal
n=8
PE grave
n=10
Normal
PE leve
n=8
n=10
Figura 1. Fatores angiogênicos (PlGF) e antiangiogênicos (sFlt-1) em gestantes com pré-eclâmpsia grave
12
/// é
Ciência
Segundo trabalhos recentes, a relação sFlt-1/
PlGF seria diretamente proporcional a desfechos desfavoráveis em pacientes portadoras de pré-eclâmpsia de início precoce.
De acordo com nossos trabalhos iniciais,
gestantes com relação sFlt-1/PlGF alterada apresentaram maior risco de restrição
de crescimento, prematuridade e necessidade de antecipação do parto com consequente aumento das taxas de parto cesáreo20.
A razão do fator antiangiogênico sobre o
fator angiogênico apresentou valor de 260
(127.7-404.7) em gestantes que tiveram
a gestação interrompida em até sete dias,
enquanto outro grupo que possuía mediana
de 14.4 (3.35-34.97) prosseguiu a gestação
por mais de duas semanas.
De acordo com os novos conceitos relacionados à aplicação do balanço entre fatores angiogênicos e antiangiogênicos na pré-eclâmpsia,
torna-se possível a utilização desses fatores
tanto para o rastreamento quanto diagnóstico
e manejo dessa doença.
REFERÊNCIAS
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EF, Thadhani R, Sachs BP, Epstein FH, et al. Circulating angiogenic factors and the risk of preeclampsia. N Engl J Med 2004;350:672–683.
19. Romero R, Nien JK, Espinoza J, Todem D, Fu W, Chung H, Kusanovic
JP, Gotsch F, Erez O, Mazaki-tovi S, Gomez R, Edwin S, Chaiworapongsa
T, Levine RJ, Karumanchi A. A longitudinal study of angiogenic (placental growth factor) and anti-angiogenic (soluble endoglin and soluble
VEGF receptor-1) factors in normal pregnancy and patients destined to
develop preeclampsia and deliver a small-for-gestational-age neonate.
J Matern Fetal Neonatal Med 2008; 21(1): 9–23.
20. Oliveira LG, Peraçoli JC, Peraçoli MT, Korkes H, Zampieri G, Moron
AF, Sass N. sFlt-1/PlGF ratio as a prognostic marker of adverse outcomes in women with early-onset preeclampsia. Pregnancy hyper-
12. Redman CW, Sargent IL. Circulating microparticles in normal preg-
Roche News
TA, Morgan JP, Sellke FW, Stillman IE, et al. Excess placental soluble
Abril/Maio 2015
tension: An International Journal of Women’s Cardiovascular Health
Volume 3, Issue 3, July 2013.
13
/// EM
Foco
Hermes Pardini / Divulgação
Grupo Hermes Pardini e doenças infecciosas
Um dos maiores grupos de medicina
diagnóstica preventiva do Brasil, com
presença em Minas Gerais, Goiás,
Rio de Janeiro e São Paulo, o Grupo
Hermes Pardini possui 106 unidades
próprias. Em 2014, realizou mais de
quatro milhões de testes para a detecção de doenças infecciosas, incluindo
os parâmetros de imunologia e biologia molecular da Roche para testagem
das hepatites virais e HIV.
“O Grupo Hermes Pardini utiliza todo o
portifólio de teste para doenças infecciosas da Roche, ou seja, faz desde o
diagnóstico até o monitoramento do
paciente”, ressalta a gerente de Produtos
de Imunologia e Banco de Sangue da
Roche, Andrea Bredariol.
Andrea explica que os produtos da
Roche para a área de doenças infecciosas são de última geração e têm grande
valor médico, justamente por cobrir todas
Grupo Hermes Pardini utiliza metodologia da Roche Diagnóstica
as etapas em que o paciente precisará
do teste. “Nossos testes de virologia da
linha de biologia molecular, por exemplo, são bastante utilizados em estudos
clínicos de medicamentos para monitoramento dos pacientes”, diz.
Já a gerente corporativa de produção
do Grupo Hermes Pardini, Junia Perez,
destaca a confiança que a metodologia
Roche oferece. “Para HIV, por exemplo,
temos uma tranquilidade grande. Nunca
tivemos um caso de falso negativo. Além
disso, a grande vantagem da Roche é o
nível de atendimento. Mesmo quando
temos algum problema, conseguimos um
retorno ou investigação junto à empresa”,
explica a médica patologista clínica.
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14
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/// EM
Foco
Ambulatório do Hospital
de Base se beneficia com
utilização do CoaguChek®
O CoaguChek ® já beneficiou mais
de 500 mil usuários no mundo todo
em função de sua praticidade e precisão no monitoramento do INR. O
equipamento pode ser encontrado
em mais de 10 hospitais. Um deles
é o Hospital de Base (HB) de São
José do Rio Preto (SP), administrado
pela Fundação Faculdade Regional
de Medicina (Funfarme), que observou ganhos quantitativos e qualitativos desde que adotou a ferramenta.
No final de 2014, a Funfarme realizou
uma pesquisa de satisfação que apontou melhorias significativas na qualidade do atendimento e na eficiência
dos testes. “O atendimento ficou mais
humanizado, temos mais contato com o
paciente e ganhamos muito na rapidez
dos resultados”, explica a enfermeira
do Setor de INR, Giselia Marcelino
de Souza Silva. O CoaguChek® é um
Tecnologias de
Life Science são
apresentadas
em workshop
sistema de monitorização da coagulação do sangue desenhado especificamente para responder às necessidades
de médicos e pacientes. Para estes,
o produto permite rapidez, fazendo
com que se sintam mais respeitados
e bem atendidos. “Já para o Complexo
Funfarme, agiliza o fluxo do ambulatório e permite a realização de um trabalho mais efetivo com cada paciente,
aumentando sua adesão ao tratamento
e diminuindo as complicações”, explica
a executiva de contas Point of Care da
Roche, Regina Cicillini.
Nos dias 15 e 16 de abril aconteceu, na sede da Roche Diagnóstica,
em São Paulo, o 1º Workshop Roche
2015 sobre NAP e qPCR, destinado
a pesquisadores e profissionais da
área de Life Science que utilizam
essas duas tecnologias.
O objetivo do evento foi realizar uma
apresentação científica sobre a tecnologia da Roche para extração e
purificação de ácidos nucleicos (NAP
– nucleic acid purification) e também
sobre a área de PCR em tempo real
(qPCR - quantitative polimerase chain
reaction). Ambas são tecnologias
que possuem diversas aplicações
na área de ciências da vida, podendo
ser utilizadas tanto por laboratórios
de pesquisa quanto por laboratórios
que trabalham com testes in house.
De acordo com ela, a parceria com
a Funfarme tem sido extremamente
satisfatória, com grande envolvimento
dos colaboradores, “que não poupam
esforços para fazer do ambulatório do
HB um dos melhores. Foram diferentes
tentativas e muitas ideias e opiniões até
chegarmos ao modelo ideal”.
Hospital de Base / Reprodução
Equipe do laboratório de antigoagulação do Hospital de Base
Roche News
|
Abril/Maio 2015
As palestras foram realizadas pelos
consultores de Produto da Roche
para a área de Life Science, Marli
Foglietto e Felipe Braga. De acordo
com a gerente de Produtos de Life
Science da Roche, Ingrid Furlan, a
empresa vem demonstrando cada
vez mais foco na área, tanto por meio
do desenvolvimento de novas tecnologias quanto por parcerias e aquisições de empresas nesse segmento.
“O workshop é uma excelente oportunidade de estarmos próximos aos
clientes, trocar experiências e trazer informações científicas relevantes com aplicação em seu dia a dia”,
comenta Ingrid.
HIV® – Registro na Anvisa nº 10287410495
CoaguChek® – Registro na Anvisa nº 10287410562
15
/// canal
Roche
Roche patrocina programa do
A. C. Camargo Cancer Center
A Escola de Patologia Oncológica
Avançada Humberto Torloni (EPOAHT)
é um programa do A. C. Camargo Cancer
Center lançado em 2014, com o objetivo de resgatar a tradição de educação
continuada na área da patologia. “É um
novo conceito de abrangência integral
aos aspectos de educação continuada.
As atividades estão centradas em eventos científicos de altíssimo nível, verticais
e que permitirão aos patologistas uma
imersão profunda no tema”, explica o diretor da Escola, Fernando Augusto Soares.
Sem se restringir aos eventos, a EPOAHT
também busca atingir todos os aspectos
educacionais e ainda prevê treinamentos a distância, reunião para residentes,
seminários de lâminas e preceptorships.
Atualmente, a iniciativa conta com o apoio
da Roche, que patrocina todas as atividades
da Escola – o primeiro evento realizado a
partir da parceria entre Roche e EPOAHT
foi a Jornada Patológica com foco em uropatologia, realizada de 5 a 7 de março. Já
em maio, de 27 a 30, ocorre a edição com
foco em hematopatologia.
De acordo com a gerente de Produtos de
Tissue Diagnostic da empresa, Claudia
Kawakami, trata-se de uma rica parceria.
“Mais do que um centro de referência, o A. C. Camargo Cancer Center é
líder”, destaca. “Esse apoio se estende
na divulgação dos objetivos da Escola e
permite levar conhecimento e informação aos canais de capilaridade de uma
forma que somente uma empresa como
a Roche é capaz. Nossos parceiros permitem que sonhemos em cumprir com
sucesso nossa missão”, conclui Soares.
A.C. Camargo Cancer Center / Divulgação
Escola de Patologia Oncológica Avançada Humberto Torloni realiza treinamentos e seminários
16
SOGESP / Divulgação
/// canal
Roche
Teste é aprovado
para rastreio
primário do
câncer de
colo do útero
Em abril de 2014, a FDA aprovou a utilização do teste de HPV da Roche para
ser utilizado no rastreio primário do câncer de colo do útero em mulheres de 25
anos ou mais. Trata-se do único teste do
mercado reconhecido pelo órgão norte-americano para tal finalidade, de acordo
com artigo publicado na segunda edição
do volume 136 da Gynecology Oncology,
em fevereiro de 2015.
Simpósio apresentou o que há de mais atual em relação à prevenção do câncer de colo do útero
HPV é tema de
palestras da SOGESP
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia
do Estado de São Paulo (SOGESP) promoveu em 14 de março o IV Simpósio
SOGESP de HPV. O evento, que reuniu mais de 500 médicos, a maioria
ginecologistas e obstetras, aconteceu
no auditório do Hotel Renaissance, em
São Paulo (SP).
Segundo a coordenadora do encontro,
Dra. Márcia Fuzaro Terra Cardial, o objetivo foi promover educação continuada
para o médico, levando o que há de mais
atual em relação à prevenção do HPV.
Um dos assuntos abordados foi a utilização do teste de HPV para rastreio primário do câncer cervical (colo do útero).
Márcia explica que o debate em torno do
assunto é importante para esclarecer profissionais da área quanto aos benefícios
que podem ter com a nova alternativa.
Roche News
|
Abril/Maio 2015
“É um teste novo, já bastante consagrado,
mas sempre houve uma série de resistências para sua entrada no sistema de
rastreio populacional”, comenta Márcia,
que também é membro da diretoria da
SOGESP e da Associação Brasileira de
PTGI e Colposcopia (ABPTGIC).
A gerente de Produtos de Saúde
da Mulher e Oncologia da Roche
Diagnóstica, Viviane Dias, valoriza a
importância do evento da SOGESP, já
amplamente reconhecido na área. “Esse
simpósio acontece anualmente e é uma
ótima oportunidade de atualização para
o ginecologista. Neste ano, algumas
aulas abordaram o rastreio do câncer
do colo do útero utilizando o teste de
HPV 16/18 e os participantes puderam
entender o benefício do teste molecular
para suas pacientes e como utilizá-lo na
prática clínica”, diz.
Já no início de 2015, a Gynecologic
Oncology, uma das mais prestigiadas
revistas científicas da área publicou os
resultados finais do ATHENA, estudo
multicêntrico da Roche sobre os benefícios clínicos da genotipagem do HPV
16/18 na prevenção do câncer de colo
do útero. A pesquisa foi feita com mais
de 47 mil mulheres durante um período
de três anos. “O ATHENA foi importante
porque também embasou uma mudança
no guideline americano para rastreio da
doença”, explica a gerente de Produtos
de Saúde da Mulher e Oncologia da
Roche, Viviane Dias.
Essa sequência de reconhecimentos
ao teste de HPV 16/18 ressalta a inovação e o pioneirismo presentes na
Roche. “Essas duas publicações saíram exatamente no mesmo número
da Gynecology Oncology. Isso mostra a robustez dos dados já que foram
imediatamente utilizados no guideline.
Entendemos que isso é importante
para o nosso mercado. Embora o guideline seja americano, já mostra uma
tendência”, destaca Viviane.
HPV – Registro na Anvisa nº 10287410898
17
/// canal
Roche
Beneficência Portuguesa / Divulgação
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23º Encontro de Cirurgia Vascular Integrada atraiu cerca de 200 profissionais
Exposição do CoaguChek® em
evento do Beneficência Portuguesa
No dia 7 de março, foi realizado o 23º Encontro de
Cirurgia Vascular Integrada do Hospital Beneficência
Portuguesa, maior instituição hospitalar privada da
América Latina. O encontro aconteceu no Mercure
Grand Hotel, em São Paulo (SP).
Roche / Divulgação
Coordenado pelos médicos Ivan Godoy e Adilson
Ferraz, do Serviço de Cirurgia Vascular Integrada
do hospital, o evento atraiu aproximadamente
18
200 profissionais de todo o País para debater
alguns dos mais importantes temas relacionados
à área. “Neste ano, optamos por discutir assuntos voltados à patologia das veias, com grande
foco na área cirúrgica”, comenta Dr. Godoy.
O evento de cirurgia vascular da Beneficência
Portuguesa começou pequeno, em 1992, sendo
destinado para reciclagem apenas aos estagiários do serviço. Contudo, cresceu ao longo
dos anos e hoje é reconhecido e chancelado
pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de
Cirurgia Vascular (SBACV), estando aberto à
comunidade médica.
Nessa última edição, a Roche esteve presente
como apoiadora. “Fizemos a divulgação do
CoaguChek®, produto indicado para pacientes
com problemas vasculares em uso de anticoagulante oral”, explica a gerente de Produtos Point
of Care da Roche Diagnóstica, Juliana Inácio.
CoaguChek® – Registro na Anvisa nº 10287410562
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Conselho Editorial:
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Jornalista Responsável:
Roberto Souza (MTB: 11.408)
Editor: Rodrigo Moraes
Reportagem: Lais Cattassini,
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Não importa o tamanho do seu laboratório,
o que importa é a inovação que o faz crescer.
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