1 NOVAS PERSPECTIVAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: DA MODERNIDADE À PÓS-MODERNIDADE Juliana Behr Brondani – UNISC- [email protected] RESUMO Esse texto pretende discutir e problematizar algumas questões que estão no palco educacional hoje, dentre elas, a educação infantil. Isso, a partir de uma inquietação frente à legislação vigente, as contradições de uma prática pedagógica conveniente para essa faixa etária e o papel da família nesse processo, através das práticas pedagógicas que referem-se a este público e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem de crianças em idade pré-escolar. Os descompassos entre as diferentes realidades pelo qual hoje se reestrutura a sociedade familiar e as condições de emergência pelo qual passa hoje nossa realidade educacional. Para tanto, pretende-se buscar inspiração no pensamento de Michel Foucault na esteira dos Estudos Culturais em Educação numa vertente pós-estruturalista. Palavras-chave: educação infantil; legislação; família; É preocupante o que vem acontecendo com a educação brasileira nos últimos tempos, principalmente no que diz respeito às leis que estão sendo sancionadas para “qualificar” o ensino do nosso país. A iniciar pelo acréscimo de mais um ano no ensino fundamental, passando de oito para nove anos. Como coordenadora pedagógica de uma escola de educação infantil privada, quero trazer alguns reflexos dessas novas “tendências” para esse nível de ensino. Quando a idéia foi implantada pelo novo sistema político vigente, leia-se MEC, muitas foram as interpretações feitas pelos profissionais que atuam diretamente nesse contexto educacional sobre o papel da educação infantil, nível esse que antecede o ensino fundamental. As concepções partiram do pressuposto de que o nível pré-escolar estaria sendo considerada uma etapa preparatória para o ingresso do aluno no ensino fundamental. Por outro lado, houveram outras compreensões acerca do 1º ano do ensino fundamental, período esse equivalente ao último ano da educação infantil. Porém, buscando nos documentos até então publicados pelo órgão responsável pela (re) organização do sistema educacional, fica evidente que ambos os pensamentos acima apresentados são meros equívocos dispostos pelos profissionais da área. De certa forma, faço essa afirmação porque dia após dia de minha experiência profissional, me deparo 2 com situações que interferem direta e indiretamente em nossas ações pedagógicas. Cito, por exemplo, as reformas políticas, na qual me referi no inicio do texto. Reporto-me a essa questão, pois entendo que a forma como vem sendo conduzidas essas novas perspectivas de ensino, vem causando dúvidas e, ao mesmo tempo, um desconforto aos profissionais da educação. Então, pergunto-me: quem são essas pessoas/profissionais que estão à frente das novas reformas que estão sendo instituídas no Brasil? De que forma essas pessoas/profissionais concebem a infância? Qual a (des) vantagem desse mais um ano de ensino fundamental para/na educação infantil? Que sistema quer-se implantar nesse nível de ensino? É importante ressaltar que hoje as crianças estão sendo incluídas no espaço de educação infantil, que antes não era obrigatório, para garantir que nos níveis seguintes ela tenha condições de apresentar “progressos” mais significativos em relação ao seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. Além disso, subentende-se que essa é mais uma forma de poder implicitamente imposta para a sociedade para que as crianças possam ser esquadrinhadas e observadas pelo Estado, o que nos remete ao pensamento neoliberal pós-moderno. Como os profissionais que atuam nesse contexto se posicionam em relação a essas mudanças repentinas? E a sociedade, quais as exigências que as famílias estão “atribuindo” a educação infantil e por quê? Sei perfeitamente que as crianças que freqüentam a educação infantil sejam em instituições públicas ou privadas apresentam um desempenho melhor nos demais níveis de ensino do que as crianças que ingressam diretamente no ensino fundamental. Isso se deve ao fato de que quando a criança é matriculada na creche ou escola infantil seu processo de desenvolvimento e aprendizagem são altamente potencializadas por profissionais capacitados para atender as crianças dessa faixa etária. Nesse período a criança começa a explorar um universo (des) conhecido para ela, estabelecer relações sociais e culturais benéficas para o seu convívio pessoal e social. Também, recebe orientações/intervenções que a possibilitam se apropriar de um conhecimento adequado a sua faixa etária. No decorrer da minha formação acadêmica aprendi que a educação infantil deveria ser considerada um espaço educativo e, simultaneamente lúdico. Mas, como conciliar esses dois quesitos fundamentais no contexto da educação infantil e, ao mesmo tempo, garantir uma infância saudável e compatível com a faixa etária das crianças? Quando falo em lúdico, quero expressar a minha admiração pelos educadores que cultivam esse tipo de trabalho em sala de aula. Aquele profissional que (re) conhece 3 a importância do brincar para a criança e das relações que ela mesma institui para resolver situações conflitantes do dia-a-dia. É a partir desse convívio que, tanto os professores como os alunos que compõem esses espaços educativos, se permitem conhecerem-se e criar novos vínculos afetivos para fazer fluir uma nova educação. Baseada nas leituras realizadas na disciplina de Pesquisa, Currículo e formação docente, disciplina pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Educação- Mestrado da Universidade de Santa Cruz do Sul, linha de pesquisa Identidade e diferença do qual faço parte como aluna especial, percebo que a educação como um todo está sendo alimentada por pensadores que acreditam que essa área necessita de muitas pesquisas que desnaturalizem verdades ditas como absolutas. Nessa perspectiva, ao ampliar os campos de pesquisa sobre os níveis de ensino no Brasil, a partir de estudos já delineados, é preciso que esses sejam incorporados no contexto educacional. Em outras palavras, devemo-nos permitir navegar por outros mares que suscitem almejar novas pesquisas, em especial, para a educação infantil, para isso inscrevo o presente artigo em uma perspectiva pós-estruturalista com inspiração foucaultiana. Para Bujes (2005) “fazer pesquisa nessa perspectiva (...) significa também questionar as explicações causais para as transformações que se dão nas crianças ao longo desse período”. Fazendo uma reflexão sobre essa passagem, um sentimento de impotência se instala em minha realidade profissional. Digo isso, porque até retomar meus estudos nesse ano de 2011, na referida instituição, minhas falas estavam completamente voltadas para as “teorias” educacionais que explicam como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem em crianças de 0 a 6 anos. Nesse momento, ao tentar fazer uma compreensão do pensamento pósestruturalista em que Michel Foucault fundamenta suas pesquisas sobre educação, tenho procurado problematizar questões que chegam até a mim como coordenadora pedagógica, através das afirmações e preocupações dos educadores sobre os diferentes “comportamentos” infantis que se apresentam em sala de aula. Também, tenho procurado fazer uma (re) leitura do posicionamento dos pais frente às exigências sociais e culturais de uma determinada época sobre o que se deve ensinar e aprender na educação infantil. Muitos chegam até a escola questionando as condições de seus filhos ao nível de ensino que eles estão freqüentando, como por exemplo: Por que ele (a) (a 4 criança) não consegue relacionar a letra do seu nome a outras palavras? Será que devo estimular mais e melhor meu filho (a) em casa para conhecer as letras, os números e suas quantidades? Que tipo de recursos posso utilizar em casa para facilitar o processo de aprendizagem? Meu filho (a) sairá da escola lendo e escrevendo? E em alguns casos, por que a escola não oferece atividade de informática? As expectativas das famílias fazem jus à lógica que a educação vem obedecendo, isto é, a lógica de mercado. Os pais querem os filhos cada vez mais competitivos e cobram isso da escola para que depois as crianças possam entrar no mercado de trabalho. Essa preocupação em projetar ideais de crianças para atender os anseios das famílias em relação ao futuro, só servirá de base para reproduzir o poder estabelecido. Conforme Costa e Bujes (2005), ainda estamos em pleno processo de desvencilhamento de um paradigma sufocante, e boa parte do que fazemos é, ainda, tentativa de desnaturalização, de perguntar como nos tornamos o que somos, de mostrar como estamos sendo constituídos na cultura.” Para entender melhor esse trecho, coloco-me como exemplo vivo de que, como sujeitos de uma cultura predominante, é imprescindível que possamos trilhar novos caminhos investigativos para sabermos movimentar os discursos que tentam se concretizar como verdades únicas. Uma experiência que me abriu novos horizontes e novas formas de olhar para a educação infantil esta sendo vivenciado nesse curso, pois além da (dês) construção do que já fora apreendido no decorrer de minha formação acadêmica e experiências profissionais, hoje, já oferecem um (re) direcionamento do trabalho que vinha sendo aplicado unilateralmente – baseada em teorias pedagógicas tomadas como parâmetros para entender/compreender o processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil. Ainda no campo das pesquisas em educação, Paraíso (2004) procura mostrar, através de um mapeamento diferentes possibilidades que fazem da pesquisa em educação uma teoria que transcende linhas, fronteiras, contornos e enfatiza a importância da postura investigativa, a utilização de ferramentas analíticas e conceituais pelo pesquisador/a para oferecer novos significados no território educacional. Esse olhar sobre as pesquisas acerca da educação permite-nos afirmar que, ao constituir um novo estudo na área, as perspectivas sobre as novas tendências, significados de conhecimento, sujeito e práticas educativas, devem transcender as 5 barreiras construídas ao longo dos tempos. Ou seja, a educação deve ser vista como um processo contínuo de movimentação, desde a educação infantil até o ensino superior. Fazendo um paralelo entre a fala de Paraíso (2004) e Michel Foucault, traduzida nas obras de Marshall (2008) e Fischer (2003), fica evidente que o valor atribuído as pesquisas deve transcender rótulos, intenções focadas num só aspecto, mas apresentar a multiplicidade e a complexidade no assunto investigado/problematizado. O poder da linguagem – discursiva ou não discursiva- determina o propósito sobre as questões problematizadoras, podendo ou não ficar restringidas a características ou fases do objeto pesquisado. Considerando o tripé que rege a educação das crianças nesse período da escolarização infantil – escola, família e legislação, surgem outras inquietações que podem ou devem ser analisadas pelos futuros pesquisadores em educação. No que tange ao âmbito escolar, podemos verificar que atualmente, a escola vem exercendo um papel que desfigura esse ambiente. De certa forma, a escola esta sendo incumbida de “educar” as crianças em virtude da grande ocupação da família no trabalho. O corre-corre do dia-a-dia está impossibilitando os pais se fazerem presentes no cotidiano da criança, ouvi-la em diferentes momentos e educar os seus filhos (as) conforme seus princípios familiares. Ao mesmo tempo, percebe-se que as famílias, ao se omitirem sobre esse detalhe, exigem uma postura da escola para que a mesma atenda as necessidades das crianças – carinho, atenção – afeto- e, consequentemente, lhes ofereçam a “educação” mais conveniente que são: aprender a ler e escrever, passar no vestibular e atender a demanda do mercado. No contexto familiar, podemos afirmar que de uns tempos para cá, com a conquista da mulher no mercado de trabalho, a estrutura familiar foi se rompendo. A constituição desse grupo também sofreu alterações. Antigamente, as famílias eram compostas por um grande número de integrantes. Hoje, com os avanços culturais e sociais, as famílias estão optando por um numero menor de filhos. Esse reflexo da ausência da mãe e/ou do pai no contexto familiar, tem se tornado um agravante nas condutas e na formação da personalidade das crianças. E, para compensar essa dificuldade para administrar um tempo paras os filhos, a escola tem assumido um papel fundamental na vida dessas crianças, principalmente, entre 0 a 6 anos de idade. Mas, vale ressaltar que, quando começam a aparecer os problemas sociais e, até mesmo, de 6 desenvolvimento e aprendizagem no espaço escolar, percebe-se uma forte resistência da família em aceitar e, definitivamente, apoiar a escola para tentar superar esses conflitos internos que abrangem a todos os agentes do processo educacional – alunos, professores, equipe diretiva e comunidade escolar. Quanto à legislação educacional que vigora, penso que há muito que evoluir nesse e para esse campo. Antes de tomar como padrão métodos/modelos educacionais de outros países, primeiramente, temos de nos dispor a realizar muitas pesquisas educacionais, pois através desses instrumentos investigativos é que desencadearemos um sistema educacional próprio, adequado ao contexto cultural e histórico e de qualidade para todos os níveis de ensino. Na leitura do texto de Costa (2005), publicado no livro Caminhos investigativos III: riscos e possibilidades de pesquisar nas fronteiras fica evidente que uma forte influência cultural vem tentando manipular futuras pesquisas que poderiam problematizar pensamentos já estruturados e reformular novos pensamentos. Porém, percebe-se que as inquietações que permeiam o tipo de ordenação cultural já vêm sendo aos poucos, analisada, investigada, estudada pelos pesquisadores/as. Essa abordagem nos permite pensar que, de alguns anos para cá, as tentativas para controlar a conduta do sujeito, mas ao mesmo tempo, lhe oferecendo uma condição de liberdade para manifestar seus pensamentos esta sendo colocado em cheque pelos novos pesquisadores na área educacional. Em outras palavras, podemos afirmar que as mudanças que vem ocorrendo no campo educacional em relação à (re) organização e ao (re) planejamento do sistema em nosso país estão movimentando grupos de pessoas/profissionais/pesquisadores para problematizar questões referentes aos discursos até então formalizados e impostos como verdades. Vale ressaltar que esse grupo seleto que acompanha direta ou indiretamente as transformações na educação, em especial da educação infantil, são profissionais que expressam através de suas obras suas concepções sobre a infância, o reflexo de diferentes ângulos sobre a importância da educação infantil como nível pertencente à educação básica e, principalmente, suscitam em seus trabalhos, o valor da família nessa etapa da vida de cada sujeito. Também, apresentam vantagens e desvantagens do uso excessivo de recursos tecnológicos na infância, tentando desmistificar a utilização desses equipamentos para o pleno domínio da criança as exigências do mercado social e cultural que esta vigorando nesse 7 momento. E, por falar em avanços tecnológicos, tenho avaliado a postura dos educadores que não possuem esse instrumento como recurso pedagógico na escola e dos familiares que ao se dirigirem ao nosso espaço educativo reagem diante do fato de a escola não dispor de uma sala especifica para esse tipo de atendimento as crianças de 4 a 6 anos. Acredito que fazer conhecer os mecanismos que podem/poderão ser usados para estabelecer formas diferentes de se comunicar com o mundo é imprescindível. É uma real necessidade de todos os seres humanos para evoluir e conquistar seu espaço na sociedade. Porém, há divergências que devem ser levadas em consideração quando se trata de criança com idade entre 4 a 6 anos. Do meu ponto de vista, as crianças que são estimuladas e, de certa forma, “induzidas” pelas altas tecnologias, muitas vezes acabam desviando sua atenção e toda a sua energia para um mundo completamente anti-social. Ou seja, a criança que despende maior parte do seu tempo para explorar esse universo globalizado e cheio de intenções, me parece que se tornam sujeitos que se subjetivam conforme os padrões de sociedade e cultura que vem sendo instituída ao longo dos tempos. Nessa perspectiva, retomo o papel da família como principal base para estabelecer um limite sobre os acessos excessivos da criança as tecnologias que lhe são disponibilizadas. E, é também um dever da escola fazer as devidas intervenções sobre essa apropriação da criança ao conhecimento das tecnologias existentes que facilitam a comunicação entre as pessoas e, também, as infinitas possibilidades para conhecer o mundo que elas vivem. Mas, mesmo propiciando esse contato com o mundo tecnológico é um compromisso da escola acompanhar, orientar e traduzir aos “internautas infantis” as consequências desse manuseio exacerbado. Retrato aqui a (in) capacidade da criança em distinguir o valor entre estar conectado por horas em frente a um recurso tecnológico ao invés de estar de corpo presente vivendo e convivendo com outras pessoas da sua idade. Saliento também o aspecto psicomotor da criança que, de certa forma, esta ficando comprometido, dificultando o aperfeiçoamento das habilidades motoras nessa faixa etária. Nota-se que ao propor jogos, brincadeiras que exijam das crianças uma habilidade corporal mais apurada, muitas delas encontram restrições para realizar tais tarefas, em virtude do pouco tempo que as mesmas dispõem para brincar, correr, pular corda entre outras brincadeiras que são essenciais nessa idade. A criança precisa ter a liberdade para fazer suas escolhas, socializar-se, conviver com diferentes tipos de sujeitos, adequarem-se ao contexto social e cultural que esta 8 inserida, mas, antes de tudo, saber usufruir desse momento para conhecer-se, saber de suas limitações enquanto sujeito pertencente a um grupo social e cultural. É inevitável que as novas gerações exijam uma nova postura, um novo “modelo de educação”, mas cabe a nós enquanto educadores fazermos as devidas intervenções para que a infância volte a ter o valor, o reconhecimento do ser criança na vida de cada criança. Em outras palavras, quero referir-me as inúmeras fontes de (in) formação que nossas crianças estão recebendo, atualmente. Sei que o mundo globalizado de hoje tem conduzido a infância de nossas crianças para outros interesses, como o consumismo demasiado, o fascínio pelo mundo tecnológico e o que ele pode proporcionar em termos de prazer. Mas, penso que antes mesmo de perdermos esse controle, inicialmente familiar, sobre a educação de nossos filhos, é preciso que estejamos mais atentos aos avanços tecnológicos, culturais e sociais, não permitindo que a criança desvie o seu olhar do mundo em que elas vivem. As possibilidades que podem surgir no decorrer desse período devem/deveriam ser retomados pelas famílias, a fim de que fosse evitado uma educação precoce. Acreditar no mundo é o que mais nos falta; nós perdemos completamente o mundo, nos desapossaram dele. Acreditar no mundo significa principalmente suscitar acontecimentos, mesmo pequenos, que escapem ao controle, ou engendra novos espaços-tempos, mesmo de superfície ou volume reduzidos (...). É ao nível de cada tentativa que se avaliam a capacidade de resistência ou, ao contrário, a submissão a um controle. (Deleuze, 2000, p.218) Esses apontamentos que foram feitos nesse artigo explicam as minhas inquietações enquanto profissional da área de educação infantil. Penso que há muito que se fazer/pesquisar para que consigamos vislumbrar um mundo mais harmonioso e menos “individualista”. Aponto como sugestão um mundo mais humano, de respeito mútuo- família, escola, e legislação- sem interesses de uns sobre os outros, mas sim de uns com os outros. Como bem coloca o autor Deleuze (2000) na passagem acima citada, a mudança por um mundo menos submisso a um controle social e cultural instituído só ocorrerá na medida em que nos apresentarmos “resistentes” a essas formas de poder, tentando, lutando e construindo um novo olhar sobre as “incertezas” que as certezas nos condicionam a viver. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BUJES, M. I. Infância e poder: breves sugestões para uma agenda de pesquisa. In: COSTA, M. V; BUJES, Maria I. (Org) Caminhos investigativos III: Rio de Janeiro: DP&A, 2005. COSTA, Marisa. V. Velhos temas, novos problemas – a arte de perguntar em tempos pós-modernos. In: COSTA, M. V; BUJES, Maria I. (Org) Caminhos Investigativos III: Rio de Janeiro: DP&A, 2005. FISCHER, Rosa. Foucault revoluciona a pesquisa em educação? Perspectiva. Florianópolis, v. 21, n 02, p. 371-389, jul/dez. 2003. MARSHALL, James D. Michel Foucault: pesquisa educacional como problematização. In: PETERS, Michel A; BESLEY, Tina. Porque Foucault? Novas diretrizes para a pesquisa educacional. (Orgs). Porto Alegre: Artmed, 2008. (p. 25-39). PARAÍSO, Marlucy A. Pesquisa pós-criticas em educação no Brasil: esboço de um mapa. Cadernos de pesquisa. v. 34, n.122, p. 283-303, maio/ago. 2004.