Colégio Planeta ENEM Prof.: Raysa Data: 18 / 10 / 2013 Lista de Língua Portuguesa Aluno(a): Terceirão 01 - (ENEM/2012) Turma: Turno: TEXTO II E-MAIL COM HORA PROGRAMADA Palavras do arco da velha Redacao INFO, 28 de agosto de 2007. Agende o envio de e-mails no Thunderbird com a extensao SendLater Nem sempre é interessante mandar um e-mail na hora. Há situações em que agendar o envio de uma mensagem é útil, como em datas comemorativas ou quando o e-mail serve para lembrar o destinatário de algum evento futuro. O Thunderbird, o ótimo cliente de e-mail do grupo Mozilla, conta com uma extensão para esse fim. Trata-se do SendLater. Depois de instalado, ele cria um item no menu de criação de mensagens que permite marcar o dia e a hora exatos para o envio do e-mail. Só há um ponto negativo: para garantir que a mensagem seja enviada na hora, o Thunderbird deverá estar em execução. Senão, ele mandará o e-mail somente na próxima vez que for rodado. Expressão Signif icado Cair nos braços de Morfeu Dormir Debicar Zombar, ridicularizar Tunda Surra Mangar Tugir Escarnecer, caçoar Murmurar Liró Bem - vestido Lancheoferecido Copo d' água Convescote pelosamigos P iquenique Bilontra Velhaco Treteiro de topete Abriro arco Tratante atrevido Fugir FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado). Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que Disponível em: http://info.abril.com.br. Acesso em: 18 fev. 2012 (adaptado). Considerando-se a função do SendLater, o objetivo do autor do texto E-mail com hora programada é A) B) eliminar os entraves no envio de mensagens via e-mail. viabilizar a aquisição de conhecimento especializado pelo usuário. C) permitir a seleção dos destinatários dos textos enviados. D) controlar a quantidade de informações constantes do corpo do texto. E) divulgar um produto ampliador da funcionalidade de um recurso comunicativo. 02 - (ENEM/2012) TEXTO I ANTIGAMENTE Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo-d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento). A) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano. B) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu. C) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal. D) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. E) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada. 03 - (ENEM/2012) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação a ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra? CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado). Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que 06 - (ENEM/2012) Aquele bêbado A) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica. B) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua. C) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma. D) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos. E) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística. 04 - (ENEM/2012) — Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool. O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio. — Curou-se 100% de vício — comentavam os amigos. Só ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr de sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos. ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma BROWNE, D. Folha de S.Paulo, 13 ago. 2011. As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da A) B) C) D) E) 07 - (ENEM/2012) Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência a vossa! A) conformidade, pois as condições meteorológicas evidenciam um acontecimento ruim. B) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos tubarões usando um pronome reflexivo. C) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é a condição necessária para a sua sobrevivência. D) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva a suposição do perigo iminente para os homens. E) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira pessoa para expressar o distanciamento dos fatos. Todo o sentido da vida principia a vossa porta: o mel do amor cristaliza seu perfume em vossa rosa; sois o sonho e sois a audácia, calúnia, fúria, derrota... A liberdade das almas, ai! com letras se elabora... E dos venenos humanos sois a mais fina retorta: frágil, frágil, como o vidro e mais que o aço poderosa! Reis, impérios, povos, tempos, pelo vosso impulso rodam... 05 - (ENEM/2012) Logia e mitologia Meu coração de mil e novecentos e setenta e dois já não palpita fagueiro sabe que há morcegos de pesadas olheiras que há cabras malignas que há cardumes de hienas infiltradas no vão da unha na alma um porco belicoso de radar e que sangra e ri e que sangra e ri a vida anoitece provisória centuriões sentinelas do Oiapoque ao Chuí. CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo: Cosac & Naify, 2002. O título do poema explora a expressividade de termos que representam o conflito do momento histórico vivido pelo poeta na década de 1970. Nesse contexto, é correto afirmar que A) o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas com significado impreciso. B) “morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as vítimas do regime militar vigente. C) o “porco”, animal difícil de domesticar, representa os movimentos de resistência. D) o poeta caracteriza o momento de opressão através de alegorias de forte poder de impacto. E) “centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes que garantem a paz social experimentada. metaforização do sentido literal do verbo “beber”. aproximação exagerada da estética abstracionista. apresentação gradativa da coloquialidade da lin - guagem. exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”. citação aleatória de nomes de diferentes artistas. MEIRELLES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento). O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Centralizada no episódio histórico da Inconfidência Mineira, a obra, no entanto, elabora uma reflexão mais ampla sobre a seguinte relação entre o homem e a linguagem: A) A força e a resistência humanas superam os danos provocados pelo poder corrosivo das palavras. B) As relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm seu equilíbrio vinculado ao significado das palavras. C) O significado dos nomes não expressa de forma justa e completa a grandeza da luta do homem pela vida. D) Renovando o significado das palavras, o tempo permite às gerações perpetuar seus valores e suas crenças. E) Como produto da criatividade humana, a linguagem tem seu alcance limitado pelas intenções e gestos. 08 - (ENEM/2012) O LÉXICO E A CULTURA Potencialmente, todas as línguas de todos os tempos podem candidatar-se a expressar qualquer conteúdo. A pesquisa linguística do século XX demonstrou que não há diferença qualitativa entre os idiomas do mundo – ou seja, não há idiomas gramaticalmente mais primitivos ou mais desenvolvidos. Entretanto, para que possa ser efetivamente utilizada, essa igualdade potencial precisa realizar-se na prática histórica do idioma, o que nem sempre acontece. Teoricamente, uma língua com pouca tradição escrita (como as línguas indígenas brasileiras) ou uma língua já extinta (como o latim ou o grego clássicos) podem ser empregadas para falar sobre qualquer assunto, como, digamos, física quântica ou biologia molecular. Na prática, contudo, não é possível, de uma hora para outra, expressar tais conteúdos em camaiurá ou latim, simplesmente porque não haveria vocabulário próprio para esses conteúdos. É perfeitamente possível desenvolver esse vocabulário específico, seja por meio de empréstimos de outras línguas, seja por meio da criação de novos termos na língua em questão, mas tal tarefa não se realizaria em pouco tempo nem com pouco esforço. BEARZOTI FILHO, P. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. Manual do professor. Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento). Estudos contemporâneos mostram que cada língua possui sua própria complexidade e dinâmica de funcionamento. O texto ressalta essa dinâmica, na medida em que enfatiza A) a inexistência de conteúdo comum a todas as línguas, pois o léxico contempla visão de mundo particular específica de uma cultura. B) a existência de línguas limitadas por não permitirem ao falante nativo se comunicar perfeitamente a respeito de qualquer conteúdo. C) a tendência a serem mais restritos o vocabulário e a gramática de línguas indígenas, se comparados com outras línguas de origem europeia. D) a existência de diferenças vocabulares entre os idiomas, especificidades relacionadas à própria cultura dos falantes de uma comunidade. E) a atribuição de maior importância sociocultural às línguas contemporâneas, pois permitem que sejam abordadas quaisquer temáticas, sem dificuldades. 09 - (ENEM/2012) Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura – que são gratuitos cresceu 1.480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano. Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo textual de A) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea. B) defender a participação da mulher na sociedade atual. C) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”. D) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva. E) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”. badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção” – do verbo “varrer”. De fato, trata-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário, aquela que tem, no topo, a fotografia de uma “varroa”(sic!) (você não sabe o que e uma “varroa”?) para corrigir-me do meu erro. E confesso: ele está certo. O certo é “varrição” e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim porque nunca os vi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostra-lhes o xerox da página do dicionário com a “varroa” no topo. Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. E o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção” quando não “barrecão”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela mas reclama sempre que o prato está rachado. ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento). De acordo com o texto, após receber a carta de um amigo “que se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário” sinalizando um erro de grafia, o autor reconhece A) a supremacia das formas da língua em relação ao seu conteúdo. B) a necessidade da norma padrão em situações formais de comunicação escrita. C) a obrigatoriedade da norma culta da língua, para a garantia de uma comunicação efetiva. D) a importância da variedade culta da língua, para a preservação da identidade cultural de um povo. E) a necessidade do dicionário como guia de adequação linguística em contextos informais privados. 11 - (ENEM/2012) eu gostava muito de passeá… saí com as minhas colegas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos… A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito). Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é A) B) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas. vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português. C) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical. D) ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados. E) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante. 12 - (ENEM/2012) 10 - (ENEM/2012) Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra num desses meus Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular. B) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”. C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica. D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico. E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família. 13 - (ENEM/2012) No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca A) os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto. B) a importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua portuguesa. C) a distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas. D) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias. E) a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem. 15 - (ENEM/2012) DESABAFO Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012. A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a A) B) C) D) E) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais. evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis. aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo. abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis. consumir produtos de modo responsável e ecológico. 14 - (ENEM/2012) A) B) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. C) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. D) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. E) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 16 - (ENEM/2012) Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”: Senhora: CABELUDINHO Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todomundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvir um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve/ que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro. BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003. Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém. Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim para tratar de senhor, é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste. Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira. BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991. A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações específicas de uso social. A violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é: ‘“Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste.” B) “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua condição.” C) “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa.” D) “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.” E) “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.” A) 17 - (ENEM/2012) ENTREVISTA COM MARCOS BAGNO Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam nos usos que os escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se tantas pessoas condenam, por exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar de “haver”, como em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os portugueses, em dado momento da história de sua língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo “ter”. No entanto, temos registros escritos da época medieval em que aparecem centenas desses usos. Se nós, brasileiros, assim como os falantes africanos de português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial é porque recebemos esses usos dos nossos ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas outras coisas: regências verbais, colocação pronominal, concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário de independência, não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de fora. Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de português do que em toda a Europa! LAERTE. Disponível em: http://blog.educacional.com.br. Acesso em: 8 set. 2011. Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora? A) Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor. B) Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica. C) Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico. D) Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores. E) Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios do consumidor. 19 - (ENEM/2012) VERBO SER QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer. Informativo Parábola Editorial. s/d. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma padrão em toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem A) A) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão. B) apresenta argumentos carentes de comprovação cientifica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de ser verificado na materialidade do texto. C) propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados. D) acredita que a língua genuinamente brasileira está em construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a gramática normativa do português europeu. E) defende que a quantidade de falantes do português brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a hegemonia do antigo colonizador. no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular. B) na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros. C) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares. D) no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados. E) na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares. 20 - (ENEM/2012) 18 - (ENEM/2012) Extra, extra. Este macaco é humano. NÃO SOMOS TÃO ESPECIAIS Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau.. INTELIGÊNCIA A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio. AMOR O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. CONSCIÊNCIA Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes. C) no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as frases obscenas que o personagem emite em determinados ambientes sociais. D) nas expressões que mostram tons opostos nos discursos empregados aleatoriamente pelo personagem em conversas com interlocutores variados. E) no falso elogio á originalidade atribuída a esse personagem, responsável por seu sucesso no aprendizado das regras de linguagem da sociedade. 22 - (ENEM/2012) TEXTO I A característica da oralidade radiofônica, então, seria aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e coerência, que se traduzem em um texto curto, em linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo, marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do diálogo). É esta organização que vai “reger” a veiculação da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, personalidade ao relato do fato. CULTURA O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso? VELHO, A. P. M. A linguagem do rádio multimídia . Disponível em: www.bocc.ubi.pt. Acesso em: 27 fev. 2012. TEXTO II A dois passos do paraíso BURGIERMAN, D. Superinteressante, n.° 190, jul. 2003. O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são A) B) C) D) E) definição e hierarquia. exemplificação e comparação. causa e consequência. finalidade e meios. autoridade e modelo. 21 - (ENEM/2012) E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, títere voluntário e consciente, como entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco, como se desfazia de suas articulações e de seus reflexos quando achava nisso conveniência. Também ele soubera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insolência e submissão, de silêncios e rompantes, de anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata para o momento preciso, a frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom humilde diante do superior útil, o grosseiro diante do inferior, o arrogante quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situações equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre bem, e sabia, por experiência própria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado mo mento, que este momento único, irrecuperável, irreversível, exige um estado de alerta para a sua apropriação. RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo. Rio de Janeiro: GDR, 1963 (fragmento). No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no manejo de discursos diferentes segundo a posição do interlocutor na sociedade. A crítica à conduta do personagem está centrada A) B) na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba por se transformar, acreditando dominar os jogos de poder na linguagem. na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, dando a entender que ele não possui o manejo dos jogos discursivos em todas as situações. A Rádio Atividade leva até vocês Mais um programa da séria série “Dedique uma canção a quem você ama” Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta Uma carta d'uma ouvinte que nos escreve E assina com o singelo pseudônimo de “Mariposa Apaixonada de Guadalupe” Ela nos conta que no dia que seria o dia mais feliz de sua vida Arlindo Orlando, seu noivo Um caminhoneiro conhecido da pequena e Pacata cidade de Miracema do Norte Fugiu, desapareceu, escafedeu-se Oh! Arlindo Orlando volte Onde quer que você se encontre Volte para o seio de sua amada Ela espera ver aquele caminhão voltando De faróis baixos e para-choque duro… BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento). Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio, o Texto II apresenta, em uma letra de canção, A) estilo simples e marcado pela interloculação com o receptor, típico da comunicação radiofônica. B) lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de uma possível situação real de comunicação radiofônica. C) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto pertencer a uma modalidade de comunicação diferente da radiofônica. D) direcionamento do texto a um ouvinte específico divergindo da finalidade de comunicação do rádio, que e atingir as massas. E) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir as marcas de subjetividade do locutor. 23 - (ENEM/2012) Labaredas nas trevas Fragmentos do diário secreto de Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski D) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja os rendimentos da mulher. E) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em termos de conquistas amorosas. 20 DE JULHO [1912] 25 - (ENEM/2012) Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre Crane. Envio-lhe uma carta: “Acredite-me, prezado senhor, nenhum jornal ou revista se interessaria por qualquer coisa que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre Stephen Crane. Ririam da sugestão. […] Dificilmente encontro alguém, agora, que saiba que é Stephen Crane ou lembre-se de algo dele. Para os jovens escritores que estão surgindo ele simplesmente não existe.” 20 DE DEZEMBRO [1919] Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou reconhecido como o maior escritor vivo da língua inglesa. Já se passaram dezenove anos desde que Crane morreu, mas eu não o esqueço. E parece que outros também não. The London Mercury resolveu celebrar os vinte e cinco anos de publicação de um livro que, segundo eles, foi “um fenômeno hoje esquecido” e me pediram um artigo. FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 1992 (fragmento). Na construção de textos literários, os autores recorrem com frequência a expressões metafóricas. Ao empregar o enunciado metafórico “Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre os dois fragmentos do texto em questão, uma relação semântica de causalidade, segundo a qual se relacionam as partes de um texto, em que uma contém a causa e a outra, a consequência B) temporalidade, segundo a qual se articulam as partes de um texto, situando no tempo o que é relatado nas partes em questão. C) condicionalidade, segundo a qual se combinam duas partes de um texto, em que uma resulta ou depende de circunstâncias apresentadas na outra. D) adversidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma apresenta uma orientação argumentativa distinta e oposta à outra. E) finalidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma apresenta o meio, por exemplo, para uma ação e a outra, o desfecho da mesma. Cartaz afixado nas bibliotecas centrais e setoriais da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2011. A) 24 - (ENEM/2012) A) socializadora, contribuindo para a popularização da arte. B) sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte. C) estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da obra. D) educativa, orientando o comportamento de usuários de um serviço. E) contemplativa, evidenciando a importância de artistas internacionais. 26 - (ENEM/2012) O SEDUTOR MÉDIO Vamos juntar Nossas rendas e expectativas de vida querida, o que me dizes? Ter 2, 3 filhos e ser meio felizes? VERÍSSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de posições críticas nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica. B) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso final. C) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” e sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se sentiria realizado. A) Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente Aqui é o país do futebol Brasil está vazio na tarde de domingo, né? Olha o sambão, aqui é o país do futebol [...] No fundo desse país Ao longo das avenidas Nos campos de terra e grama Brasil só é futebol Nesses noventa minutos De emoção e alegria Esqueço a casa e o trabalho A vida fica lá fora Dinheiro fica lá fora A cama fica lá fora A mesa fica lá fora Salário fica lá fora A fome fica lá fora A comida fica lá fora A vida fica lá fora E tudo fica lá fora SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em: www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento). Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de A) B) C) D) E) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba. ser apresentado como uma atividade de lazer. ser identificado com a alegria da população brasileira. promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol. ser associado ao desenvolvimento do país. 27 - (ENEM/2012) A) a possibilidade que o índio Potty vislumbrou em relação à comunicação que a web pode trazer a seu povo e à facilidade no envio de documentos e na conversação em tempo real. B) o uso da internet para preparação e envio de documentos, bem como a contribuição para as atividades relacionadas aos trabalhos da cultura indígena. C) a preservação da identidade, demonstrada pela conservação do idioma, mesmo com a utilização de novas tecnologias características da cultura de outros grupos sociais. D) adesão ao projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), que, em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta, possibilitou o acesso à web, mesmo em ambiente inóspito. E) a apropriação da nova tecnologia de forma gradual, evidente quando os guaranis incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida com a possibilidade de acesso à internet. 29 - (ENEM/2011) Disponível em: www.assine.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). Com o advento da internet, as versões de revistas e livros também se adaptaram às novas tecnologias. A análise do texto publicitário apresentado revela que o surgimento das novas tecnologias A) proporcionou mudanças no paradigma de consumo e oferta de revistas e livros. B) incentivou a desvalorização das revistas e livros impressos. C) viabilizou a aquisição de novos equipamentos digitais. D) aqueceu o mercado de venda de computadores. E) diminuiu os incentivos à compra de eletrônicos. A discussão sobre "o fim do livro de papel" com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro eletrônico, em "chips quânticos", sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, "coffee-table book", cópia manuscrita, arquivo PDF… Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta. TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com. 28 - (ENEM/2011) PALAVRA INDÍGENA A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da era da computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles chamam de angojhá) e windows (oventã) Quando a internet chegou àquela comunidade, que abriga em torno de 400 guaranis, há quatro anos, por meio de um projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e com antena cedida pela Star One (da Embratel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que a web traz. Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente para preparação e envio de documentos, mas perceberam que ela pode ajudar na preservação da cultura indígena. A apropriação da rede se deu de forma gradual, mas os guaranis já incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida. A importância da internet e da computação para eles está expressa num caso de rara incorporação: a do vocabulário. – Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. "A gente não está querendo chamar computador de "computador". Sugeri a eles que criassem uma palavra em guarani. E criaram aiú irú rive, "caixa pra acumular a língua". Nós, brancos, usamos mouse, windows e outros termos, que eles começaram a adaptar para o idioma deles, como angojhá (rato) e oventã (janela) — conta Rodrigo Baggio, diretor do CDI. Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que A) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia. B) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais. C) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos. D) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam. E) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros. 30 - (ENEM/2011) SE NO INVERNO É DIFÍCIL ACORDAR, IMAGINE DORMIR. Com a chegada do inverno, muitas pessoas perdem o sono. São milhões de necessitados que lutam contra a fome e o frio. Para vencer esta batalha, eles precisam de você. Deposite qualquer quantia. Você ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e dorme com a consciência tranquila. Veja. 05 set. 1999 (adaptado). Disponível em: http://www.revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 22 jul. 2010. O uso das novas tecnologias de informação e comunicação fez surgir uma série de novos termos que foram acolhidos na sociedade brasileira em sua forma original, como: mouse, windows, download, site, homepage, entre outros. O texto trata da adaptação de termos da informática à língua indígena como uma reação da tribo Sapucaí, o que revela O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estratégias persuasivas para influenciar o comportamento de seu leitor. Entre os recursos argumentativos mobilizados pelo autor para obter a adesão do público à campanha, destaca-se nesse texto A) B) a oposição entre individual e coletivo, trazendo um ideário populista para o anúncio. a utilização de tratamento informal com o leitor, o que suaviza a seriedade do problema. C) o emprego de linguagem figurada, o que desvia a atenção da população do apelo financeiro. D) o uso dos numerais "milhares" e "milhões", responsável pela supervalorização das condições dos necessitados. E) o jogo de palavras entre "acordar" e "dormir", o que relativiza o problema do leitor em relação ao dos necessitados. 31 - (ENEM/2011) No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do direito, nem pelo domínio desses instrumentos, o que, sem dúvida, viabiliza melhor participação social. A condição cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo contingente populacional. Formação de leitores e construção da cidadania, memória e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008. Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura e escrita não são suficientes para garantir o exercício da cidadania, o autor A) B) C) D) E) critica os processos de aquisição da leitura e da escrita. fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil. incentiva a participação efetiva na vida da comunidade. faz uma avaliação crítica a respeito da condição cidadã do brasileiro. define instrumentos eficazes para elevar a condição social da população do Brasil. 32 - (ENEM/2011) Entre ideia e tecnologia O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como falamos o português nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade. SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, Ano II, nº 6, 2006. O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a O Twitter se presta a diversas finalidades, entre elas, à comunicação concisa, por isso essa rede social A) é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua padrão. B) constitui recurso próprio para a aquisição da modalidade escrita da língua. C) é restrita à divulgação de textos curtos e pouco significativos e, portanto, é pouco útil. D) interfere negativamente no processo de escrita e acaba por revelar uma cultura pouco reflexiva. E) estimula a produção de frases com clareza e objetividade, fatores que potencializam a comunicação interativa. 34 - (ENEM/2011) Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável. ATALIA, M. Nossa vida.Época. 23 mar. 2009. As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que A) a expressão "Além disso" marca uma sequenciação de ideias. B) o conectivo "mas também" inicia oração que exprime ideia de contraste. C) o termo "como", em "como morte súbita e derrame", introduz uma generalização. D) o termo "Também" exprime uma justificativa. E) o termo "fatores" retoma coesivamente "níveis de colesterol e de glicose no sangue”. 35 - (ENEM/2011) A) inauguração do museu e o grande investimento em cultura no país. B) importância da língua para a construção da identidade nacional. C) afetividade tão comum ao brasileiro, retratada através da língua. D) relação entre o idioma e as políticas públicas na área de cultura. E) diversidade étnica e linguística existente no território nacional. 33 - (ENEM/2011) Disponível em: http://www.ccsp.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado). O que é possível dizer em 140 caracteres? Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos gêneros de escrita A máxima "menos é mais" nunca fez tanto sentido como no caso do microblog Twitter, cuja premissa é dizer algo – não importa o quê – em 140 caracteres. Desde que o serviço foi criado, em 2006, o número de usuários da ferramenta é cada vez maior, assim como a diversidade de usos que se faz dela. Do estilo "querido diário" à literatura concisa, passando por aforismos, citações, jornalismo, fofoca, humor etc., tudo ganha o espaço de um tweet ("pio" em inglês), e entender seu sucesso pode indicar um caminho para o aprimoramento de um recurso vital à escrita: a concisão. Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado). O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: "Mude sua embalagem". A estratégia que o autor utiliza para o convencimento do leitor baseia-se no emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais, com vistas a A) ridicularizar a forma física do possível cliente do produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de mudanças estéticas. B) enfatizar a tendência da sociedade contemporânea de buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando tal postura. C) criticar o consumo excessivo de produtos industrializados por parte da população, propondo a redução desse consumo. D) associar o vocábulo "açúcar" à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo adoçante. E) relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo humano que não desenvolve atividades físicas, incentivando a prática esportiva. 36 - (ENEM/2011) O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011. O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hipertexto A) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente. B) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional. C) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares. D) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet. E) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa. 37 - (ENEM/2011) Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas do português de Portugal às normas do português brasileiro, mas também as chamadas normas cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVIII se pode começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado). O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para a A) desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta. B) difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII. C) existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal. D) inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país. E) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos. 38 - (ENEM/2011) O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo. NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época. 28 abr. 2008. O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é A) B) C) D) E) esclarecer que a velhice é inevitável. contar fatos sobre a arte de envelhecer. defender a ideia de que a velhice é desagradável. influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento. mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento. 39 - (ENEM/2011) Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois, da África, grande número de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe a mais notada. Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre Antônio Vieira que "as famílias dos portugueses e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa a vão os meninos aprender à escola.” TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado). A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo. O texto mostra que, no período colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da A) B) contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros. diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos indígenas. C) importância do padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa. D) origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas tupi. E) interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi. 40 - (ENEM/2011) VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997. A) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos. B) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção. C) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento. D) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção. E) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada. 43 - (ENEM/2011) O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da língua, esse uso é inadequado, pois A) B) contraria o uso previsto para o registro oral da língua. contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto. C) gera inadequação na concordância com o verbo. D) gera ambiguidade na leitura do texto. E) apresenta dupla marcação de sujeito. 41 - (ENEM/2011) MANDIOCA – mais um presente da Amazônia Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilissima podem variar de região, no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-pobre – e por motivos óbvios. Rica em fécula, a mandioca — uma planta rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro, especialmente pelos colonizadores portugueses — é a base de sustento de muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular em algumas regiões da África. O melhor do Globo Rural. Fev. 2005 (fragmento). De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome científico da mandioca. Esse fenômeno revela que A) Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado). O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração "Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor A) a identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio. B) a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. C) a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente. D) o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular. E) a percepção do sentido literal da expressão "noites do terror”, equivalente à expressão "noites de terror".. 42 - (ENEM/2011) Pequeno concerto que virou canção Não, não há por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que é capaz meu coração Não, nem há por que seguir cantando só para explicar Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah, eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim Até me consumir ou consumir toda essa dor Até sentir de novo o coração capaz de amor existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta. B) mandioca é nome específico para a espécie existente na região amazônica. C) "pão-de-pobre" é designação específica para a planta da região amazônica. D) os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região. E) a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta. 44 - (ENEM/2011) TEXTO I Onde está a honestidade? Você tem palacete reluzente Tem joias e criados à vontade Sem ter nenhuma herança ou parente Só anda de automóvel na cidade… E o povo pergunta com maldade: Onde está a honestidade? Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e felicidade… Vassoura dos salões da sociedade Que varre o que encontrar em sua frente Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente... ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010. VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 29 jun. 2011. Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor TEXTO II Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio de Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010. Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasileiro é atualizável, na medida em que ele se refere a valores e situações de um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa, evidencia-se por meio A) da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns. B) da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança. C) da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade. D) do privilégio de alguns em clamar pela honestidade. E) da insistência em promover eventos beneficentes. B) falantes que dominam a variedade padrão do português do Brasil demonstram usos que confirmam a diferença entre a norma idealizada e a efetivamente praticada, mesmo por falantes mais escolarizados. C) moradores de diversas regiões do país que enfrentam dificuldades ao se expressar na escrita revelam a constante modificação das regras de emprego de pronomes e os casos especiais de concordância. D) pessoas que se julgam no direito de contrariar a gramática ensinada na escola gostam de apresentar usos não aceitos socialmente para esconderem seu desconhecimento da norma padrão. E) usuários que desvendam os mistérios e sutilezas da língua portuguesa empregam formas do verbo ter quando, na verdade, deveriam usar formas do verbo haver, contrariando as regras gramaticais. 47 - (ENEM/2010) 45 - (ENEM/2011) É água que não acaba mais Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. "Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos", diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Época. Nº 623, 26 abr. 2010. Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza A) B) C) D) E) as suas opiniões, baseadas em fatos. os aspectos objetivos e precisos. os elementos de persuasão do leitor. os elementos estéticos na construção do texto. os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa. 46 - (ENEM/2011) Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita, que, a depender do estrato social e do nível de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até mesmo em falantes que dominam a variedade padrão, pois, na verdade, revelam tendências existentes na língua em seu processo de mudança que não podem ser bloqueadas em nome de um "ideal linguístico” que estaria representado pelas regras da gramática normativa. Usos como ter por haver em construções existenciais (tem muitos livros na estante), o do pronome objeto na posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), a nãoconcordância das passivas com se (aluga-se casas) são indícios da existência, não de uma norma única, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como conjunto de hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento). Considerando a reflexão trazida no texto a respeito da multiplicidade do discurso, verifica-se que A) estudantes que não conhecem as diferenças entre língua escrita e língua falada empregam, indistintamente, usos aceitos na conversa com amigos quando vão elaborar um texto escrito. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010. Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor, porque A) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de uma criança. B) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro linguístico usado por Calvin na apresentação de sua obra de arte. C) Calvin emprega um registro de linguagem incompatível com a linguagem de quadrinhos. D) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro linguístico informal. E) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado por este último. 48 - (ENEM/2010) 50 - (ENEM/2010) BESSINHA. Disponível em: http://pattindica.files.wordpress.com/ 2009/08/bessinha458904-jpgimage_1245119001858.jpeg (adaptado). As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é A) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”. B) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”. C) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”. D) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”. E) a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa. 49 - (ENEM/2010) 51 - (ENEM/2010) Diante do número de óbitos provocados pela gripe H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde fez um pronunciamento público na TV e no rádio. Seu objetivo era esclarecer a população e as autoridades locais sobre a necessidade do adiamento do retorno às aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomeração de pessoas e a propagação do vírus. Considerando a relação entre os usos oral e escrito da língua, tratada no texto, verifica-se que a escrita modifica as ideias e intenções daqueles que tiveram seus textos registrados por outros. B) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência de ideias ao longo do tempo. C) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade. D) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados por meio da oralidade. E) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade. Assaltantes roubam no ABC 135 mil figurinhas da Copa do Mundo Cinco assaltantes roubaram 135 mil figurinhas do álbum da Copa do Mundo 2010 na noite de quarta-feira (21), em Santo André, no ABC. Segundo a assessoria da Treelog, empresa que distribui os cromos, ninguém ficou ferido durante a ação. O roubo aconteceu por volta das 23h30. Armados, os criminosos renderam 30 funcionários que estavam no local, durante cerca de 30 minutos, e levaram 135 caixas, cada uma delas contendo mil figurinhas. Cada pacote com cinco cromos custa R$ 0,75. Procurada pelo G1, a Panini, editora responsável pelas figurinhas, afirmou que a falta dos cromos em algumas bancas não tem relação com o roubo. Segundo a editora, isso se deve à grande demanda pelas figurinhas. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado). A notícia é um gênero jornalístico. No texto, o que caracteriza a linguagem desse gênero é o uso de A) B) C) D) E) expressões linguísticas populares. palavras de origem estrangeira. variantes linguísticas regionais. termos técnicos e científicos. formas da norma padrão da língua. A) Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela correção gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu pronunciamento, o seguinte trecho: A) Diante da gravidade da situação e do risco de que nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. B) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possam conter o avanço da epidemia. C) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. D) Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. E) Diante da gravidade da situação e do risco com que nos expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. 52 - (ENEM/2010) 54 - (ENEM/2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer. Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado). Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se A) B) C) D) E) na fonologia. no uso do léxico. no grau de formalidade. na organização sintática. na estruturação morfológica. 53 - (ENEM/2010) Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. Esse texto é uma propaganda veiculada nacionalmente. Esse gênero textual utiliza-se da persuasão com uma intencionalidade específica. O principal objetivo desse texto é A) comprovar que o avanço da dengue no país está relacionado ao fato de a população desconhecer os agentes causadores. B) convencer as pessoas a se mobilizarem, com o intuito de eliminar os agentes causadores da doença. C) demonstrar que a propaganda tem um caráter institucional e, por essa razão, não pretende vender produtos. D) informar à população que a dengue é uma doença que mata e que, por essa razão, deve ser combatida. E) sugerir que a sociedade combata a doença, observando os sintomas apresentados e procurando auxílio médico. 55 - (ENEM/2010) Estamos em plena “Idade Mídia” desde os anos de 1990, plugados durante muitas horas semanais (jovens entre 13 e 24 anos passam 3h30 diárias na Internet, garante pesquisa Studio Ideias para o núcleo Jovem da Editora Abril), substituímos as cartas pelos e-mails, os diários intímos pelos blogs, os telegramas pelo Twitter, a enciclopédia pela Wikipédia, o álbum de fotos pelo Flickr. O YouTube é mais atraente do que a TV. LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. PERISSÉ, G. A escrita na Internet. Especial Sala de Aula. São Paulo, 2010 (fragmento). A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas Cada sistema de comunicação tem suas especificidades. No ciberespaço, os textos virtuais são produzidos combinando-se características de gêneros tradicionais. Essa combinação representa, A) A) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. B) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. C) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. D) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. E) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. na redação do e-mail, o abandono da formalidade e do rigor gramatical. B) no uso do Twitter, a presença da concisão, que aproxima os textos às manchetes jornalísticas. C) na produção de um blog, a perda da privacidade, pois o blog se identifica com o diário íntimo. D) no uso do Twitter, a falta de coerência nas mensagens ali veiculadas, provocada pela economia de palavras. E) na produção de textos em geral, a soberania da autoria colaborativa no ciberespaço. 56 - (ENEM/2010) A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Predomina no texto a função da linguagem A) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. B) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. C) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. D) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. E) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. 57 - (ENEM/2010) Carnavália Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? […] ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento). No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a) A) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas. B) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. C) gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla. D) regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica. E) termo técnico, dado que designa elemento de área específica de atividade. por pessoas do mundo inteiro. Ou seja, a relevância da informação não é determinada pela tradição cultural, como nas antigas enciclopédias, mas pela dinâmica da mídia. Assim, questiona-se a possibilidade de serem encontradas informações corretas entre sabotagens deliberadas e contribuições erradas. NÉO, A. et al. A internet que você faz. In: Revista PENSE! Secretaria de Educação do Estado do Ceará Ano 2, nº. 3, mar.-abr. 2010 (adaptado). As novas Tecnologias de Informação e Comunicação, como a Wikipédia, têm trazido inovações que impactaram significativamente a sociedade. A respeito desse assunto, o texto apresentado mostra que a falta de confiança na veracidade dos conteúdos registrados na Wikipédia A) acontece pelo fato de sua construção coletiva possibilitar a edição e reedição das informações por qualquer pessoa no mundo inteiro. B) limita a disseminação do saber, apesar do crescente número de acessos ao site que a abriga, por falta de legitimidade. C) ocorre pela facilidade de acesso à página, o que torna a informação vulnerável, ou seja, pela dinâmica da mídia. D) ressalta a crescente busca das enciclopédias impressas para as pesquisas escolares. E) revela o desconhecimento do usuário, impedindo-o de formar um juízo de valor sobre as informações. 59 - (ENEM/2010) Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes. Coluna Penalti. Carta Capital. 28 abr. 2010. O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da Republica Getúlio Vargas. As opções linguísticas de Fuzeira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem A) 58 - (ENEM/2010) A Internet que você faz Uma pequena invenção, a Wikipédia, mudou o jeito de lidarmos com informações na rede. Trata-se de uma enciclopédia virtual colaborativa, que é feita e atualizada por qualquer internauta que tenha algo a contribuir. Em resumo: é como se você imprimisse uma nova página para a publicação desatualizada que encontrou na biblioteca. Antigamente, quando precisávamos de alguma informação confiável, tínhamos a enciclopédia como fonte segura de pesquisa para trabalhos, estudos e pesquisa em geral. Contudo, a novidade trazida pela Wikipédia nos coloca em uma nova circunstância, em que não podemos confiar integralmente no que lemos. Por ter como lema principal a escritura coletiva, seus textos trazem informações que podem ser editadas e reeditadas regional, adequada à troca de informações na situação apresentada. B) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol. C) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum. D) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação. E) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor. 60 - (ENEM/2010) Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona para ser transformado, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. 62 - (ENEM/2010) Revista Cláudia. N.º 7, ano 48, jul. 2009. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é A) B) C) D) E) vender um produto anunciado. informar sobre astronomia. ensinar os cuidados com a saúde. expor a opinião de leitores em um jornal. aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. 61 - (ENEM/2010) As redes sociais de relacionamento ganham força a cada dia. Uma das ferramentas que tem contribuído significativamente para que isso ocorra é o surgimento e a consolidação da blogosfera, nome dado ao conjunto de blogs e blogueiros que circulam pela Internet. Um blog é um site com acréscimos dos chamados artigos, ou posts. Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog. Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como diários on-line. Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da web e mídias relacionadas a seu tema. A possibilidade de leitores deixarem comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante dos blogs. O que foi visto com certa desconfiança pelos meios de comunicação virou até referência para sugestões de reportagem. A linguagem utilizada pelos blogueiros, autores e leitores de blogs, foge da rigidez praticada nos meios de comunicação e deixa o leitor mais próximo do assunto, além de facilitar o diálogo constante entre eles. Disponível em: http//pt.wikipedia.org. Acesso em: 21 maio 2010 (adaptado). As redes sociais compõem uma categoria de organização social em que grupos de indivíduos utilizam a Internet com objetivos comuns de comunicação e relacionamento. Nesse contexto, os chamados blogueiros promovem discussões sobre diversos assuntos, expondo seus pontos de vista particulares e incentivando a troca de opiniões e consolidação de grupos de interesse. B) contribuem para o analfabetismo digital dos leitores de blog, uma vez que não se preocupam com os usos padronizados da língua. C) interferem nas rotinas de encontros e comemorações de determinados segmentos, porque supervalorizam o contato a distância. D) definem previamente seus seguidos, de modo a evitar que pessoas que não compactuam com as mesmas opiniões interfiram no desenvolvimento de determinados assuntos. E) utilizam os blogs para exposição de mensagens particulares, sem se preocuparem em responder aos comentários recebidos, e abdicam do uso de outras ferramentas virtuais, como o correio eletrônico. Disponível em: http://ziraldo.blogtv.uol.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010. O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia das de outras campanhas, pode ser identificada A) pela seleção do público alvo da campanha, representado, no cartaz, pelo casal de jovens. B) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura uma ordem aos usuários e não usuários: diga não às drogas. C) pela ausência intencional do acento grave, que constrói a ideia de que não é a droga que faz a cabeça do jovem. D) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a seriedade do tema e a ambiência amena que envolve a cena. E) pela criação de um texto de sátira à postura dos jovens, que não possuem autonomia para seguir seus caminhos. 63 - (ENEM/2010) S.O.S Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. A) S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, n.º 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). O assunto tratado no fragmento é relativo à lingua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas prórias do uso A) regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil. B) literário, pela conformidade com as normas da gramática. C) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos. D) coloquial, por meio do registro de informalidade. E) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade. 64 - (ENEM/2010) 66 - (ENEM/2010) Expressões Idiomáticas O American Idol islâmico Expressões idiomáticas ou idiomatismo são expressões que se caracterizam por não identificar seu significado através de suas palavras individuais ou no sentido literal. Não é possível traduzi-las em outra língua e se originam de gírias e culturas de cada região. Nas diversas regiões do país, há várias expressões idiomáticas que integram os chamados dialetos. Quem não gosta do Big Brother diz que os reality shows são programas vazios, sem cultura. No mundo árabe, esse problema já foi resolvido: em The Millions’ Poet (“O Poeta dos Milhões”), líder de audiência no golfo pérsico, o prêmio vai para o melhor poeta. O programa, que é transmitido pela Abu Dhabi TV e tem 70 milhões de espectadores, é uma competição entre 48 poetas de 12 países árabes — em que o vencedor leva um prêmio de US$ 1,3 milhão. Mas lá, como aqui, o reality gera controvérsia. O BBB teve a polêmica dos “coloridos” (grupo em que todos os participantes eram homossexuais). E Millions’ Poet detonou uma discussão sobre os direitos da mulher no mundo árabe. Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 24 abr. 2010 (adaptado). O texto esclarece o leitor sobre as expressões idiomáticas, utilizando-se de um recurso metalinguístico que se caracteriza por A) influenciar o leitor sobre atitudes a serem tomadas em relação ao preconceito contra os falantes que utilizam expressões idiomáticas. B) externar atitudes preconceituosas em relação às classes menos favorecidas que utilizam expressões idiomáticas. C) divulgar as várias expressões idiomáticas existentes e controlar a atenção do interlocutor, ativando o canal de comunicação entre ambos. D) definir o que são expressões idiomáticas e como elas fazem parte do cotidiano do falante pertencente a grupos regionais diferentes. E) preocupar-se em elaborar esteticamente os sentidos das expressões idiomáticas existentes em regiões distintas. 65 - (ENEM/2010) O Chat e sua linguagem virtual GARATTONI, B. O American Idol islâmico. SuperInteressante. Edição 278, maio 2010 (fragmento). No trecho “Mas lá, como aqui, o reality gera controvérsia”, o termo destacado foi utilizado para estabelecer uma ligação com outro termo presente no texto, isto é, fazer referência ao A) B) C) D) E) vencedor, que é um poeta árabe. poeta, que mora na região da Arábia. mundo árabe, local em que há o programa. Brasil, lugar onde há o programa BBB. programa, que há no Brasil e na Arábia. 67 - (ENEM/2010) Texto I Chão de esmeralda O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa conversa acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de comunicação síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo na internet, basta escolher a sala que deseja “entrar”, identificar-se e iniciar a conversa. Geralmente, as salas são divididas por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros. Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que identificará o participante durante a conversa. Algumas salas restringem a idade, mas não existe nenhum controle para verificar se a idade informada é realmente a idade de quem está acessando, facilitando que crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados para sua faixa etária. Me sinto pisando Um chão de esmeraldas Quando levo meu coração À Mangueira Sob uma chuva de rosas Meu sangue jorra das veias E tinge um tapete Pra ela sambar É a realeza dos bambas Que quer se mostrar Soberba, garbosa Minha escola é um catavento a girar É verde, é rosa Oh, abre alas pra Mangueira passar BUARQUE, C.; CARVALHO, H. B. Chico Buarque de Mangueira. Marola Edições Musicais Ltda. BMG. 1997. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. AMARAL, S. F. Internet: novos valores e novos comportamentos. In: SILVA, E. T. (Coord.). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003. (adaptado). Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrência de diálogos instantâneos com linguagem específica, uma vez que nesses ambientes interativos faz-se uso de protocolos diferenciados de interação. O chat, nessa perspectiva, cria uma nova forma de comunicação porque A) possibilita que ocorra diálogo sem a exposição da identidade real dos indivíduos, que podem recorrer a apelidos fictícios sem comprometer o fluxo da comunicação em tempo real. B) disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes assuntos com pessoas pré-selecionadas por meio de um sistema de busca monitorado e atualizado por autoridades no assunto. C) seleciona previamente conteúdos adequados à faixa etária dos usuários que serão distribuídos nas faixas de idade organizadas pelo site que disponibiliza a ferramenta. D) garante a gravação das conversas, o que possibilita que um diálogo permaneça aberto, independente da disposição de cada participante. E) limita a quantidade de participantes conectados nas salas de bate-papo, a fim de garantir a qualidade e eficiência dos diálogos, evitando mal-entendidos. Texto II Quando a escola de samba entra na Marquês de Sapucaí, a plateia delira, o coração dos componentes bate mais forte e o que vale é a emoção. Mas, para que esse verdadeiro espetáculo entre em cena, por trás da cortina de fumaça dos fogos de artifício, existe um verdadeiro batalhão de alegria: são costureiras, aderecistas, diretores de ala e de harmonia, pesquisador de enredo e uma infinidade de profissionais que garantem que tudo esteja perfeito na hora do desfile. AMORIM, M.; MACEDO, G. O espetáculo dos bastidores. Revista de Carnaval 2010: Mangueira. Rio de Janeiro: Estação Primeira de Mangueira, 2010. Ambos os textos exaltam o brilho, a beleza, a tradição e o compromisso dos dirigentes e de todos os componentes com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Uma das diferenças que se estabelece entre os textos é que A) o artigo jornalístico cumpre a função de transmitir emoções e sensações, mais do que a letra de música. B) a letra de música privilegia a função social de comunicar a seu público a crítica em relação ao samba e aos sambistas. C) a linguagem poética, no Texto I, valoriza imagens metafóricas e a própria escola, enquanto a linguagem, no Texto II, cumpre a função de informar e envolver o leitor. D) ao associar esmeraldas e rosas às cores da escola, o Texto I acende a rivalidade entre escolas de samba, enquanto o Texto II é neutro. E) o Texto I sugere a riqueza material da Mangueira, enquanto o Texto II destaca o trabalho na escola de samba. 68 - (ENEM/2010) No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado). O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que A) MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Campanha publicitária de loja de eletroeletrônicos. Revista Época. N.º 424, 03 de jul. 2006. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo configurações específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é A) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. B) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. C) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 69 - (ENEM/2010) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. B) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo. C) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência. D) mesmo traz ideia de concessões, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade não é algo naturalmente esperado. E) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio. 71 - (ENEM/2010) Riqueza ameaçada Boa parte dos 180 idiomas sobreviventes está ameaçada de extinção – mais da metade (110) é falada por menos de 500 pessoas. No passado, era comum pessoas serem amarradas em árvores quando se expressavam em suas línguas, lembra o cacique Felisberto Kokama, um analfabeto para os nossos padrões e um guardião da pureza de seu idioma (caracterizado por uma diferença marcante entre a fala masculina e a feminina), lá no Amazonas, no Alto Solimões. Outro Kokama, o professor Leonel, da região de Santo Antônio do Içá (AM), mostra o problema atual: “Nosso povo se rendeu às pessoas brancas pelas dificuldades de sobrevivência. O Contato com a língua portuguesa foi exterminando e dificultando a prática da nossa língua. Há poucos falantes, e com vergonha de falar. A língua é muito preconceituada entre nós mesmos”. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, nº 26 , 2007. O desaparecimento gradual ou abrupto de partes importantes do patrimônio linguístico e cultural do país possui causas variadas. Segundo o professor Leonel, da região de Santo Antônio do Içá (AM), os idiomas indígenas sobreviventes estão ameaçados de extinção devido ao A) Pela evolução do texto, no que se refere à linguagem empregada, percebe-se que a garota A) deseja afirmar-se como nora por meio de uma fala poética. B) utiliza expressões linguísticas próprias do discurso infantil. C) usa apenas expressões linguísticas presentes no discurso formal. D) se expressa utilizando marcas do discurso formal e do informal. E) usa palavras com sentido pejorativo para assustar o interlocutor. 70 - (ENEM/2010) O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área. medo que as pessoas tinham de serem castigadas por falarem a sua língua. B) número reduzido de índios que continuam falando entre si nas suas reservas. C) contato com falantes de outras línguas e a imposição de um outro idioma. D) desaparecimento das reservas indígenas em decorrência da influência do branco. E) descaso dos governantes em preservar esse patrimônio cultural brasileiro. 72 - (ENEM/2010) Testes Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca. Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado). Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma reação irônica no trecho: “Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver”. B) “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos”. C) “Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet”. D) “Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte”. E) “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise”. A) 73 - (ENEM/2010) 74 - (ENEM/2010) Texto I Sob o olhar do Twitter Vivemos a era da exposição e do compartilhamento. Público e privado começam a se confundir. A ideia de privacidade vai mudar ou desaparecer. O trecho acima tem 140 caracteres exatos. É uma mensagem curta que tenta encapsular uma ideia complexa. Não é fácil esse tipo de síntese, mas dezenas de milhões de pessoas o praticam diariamente. No mundo todo, são disparados 2,4 trilhões de SMS por mês, e neles cabem 140 toques, ou pouco mais. Também é comum enviar e-mails, deixar recados no Orkut, falar com as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, receber chamados em qualquer parte, a qualquer hora. Estamos conectados. Superconectados, na verdade, de várias formas. [...] O mais recente exemplo de demanda por total conexão e de uma nova sintaxe social é o Twitter, o novo serviço de troca de mensagens pela internet. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet, como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores” – gente que acompanha o emissor. Podem ser 30, 300 ou 409 mil seguidores. MARTINS, I; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009 (fragmento adaptado). Texto II Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam as escolhas linguísticas que o compõem. O texto da campanha publicitária e o da charge apresentam, respectivamente, composição textual pautada por uma estratégia A) expositiva, porque informa determinado assunto de modo isento; e interativa, porque apresenta intercâmbio verbal entre dois personagens. B) descritiva, pois descreve ações necessárias ao combate à dengue; e narrativa, pois um dos personagens conta um fato, um acontecimento. C) injuntiva, uma vez que, por meio do cartaz, diz como se deve combater a dengue; e dialogal, porque estabelece uma interação oral. D) narrativa, visto que apresenta relato de ações a serem realizadas; e descritiva, pois um dos personagens descreve a ação realizada. E) persuasiva, com o propósito de convencer o interlocutor a combater a dengue; e dialogal, pois há a interação oral entre os personagens. MARTINS, I; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009. Da comparação entre os textos, depreende-se que o texto II constitui um passo a passo para interferir no comportamento dos usuários, dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto I A) B) adverte os leitores de que a internet pode transformar-se em um problema porque expõe a vida dos usuários e, por isso, precisa ser investigada. ensina aos leitores os procedimentos necessários para que as pessoas conheçam, em profundidade, os principais meios de comunicação da atualidade. C) exemplifica e explica o novo serviço global de mensagens rápidas que desafia os hábitos de comunicação e reinventa o conceito de privacidade. D) procura esclarecer os leitores a respeito dos perigos que o uso do Twitter pode representar nas relações de trabalho e também no plano pessoal. E) apresenta uma enquete sobre as redes sociais mais usadas na atualidade e mostra que o Twitter é preferido entre a maioria dos internautas. 75 - (ENEM/2010) O presidente lula assinou, em 29 de setembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As novas regras afetam principalmente o uso dos acentos agudo e circunflexo, do trema e do hífen. Longe de um consenso, muita polêmica tem-se levantado em Macau e nos oito países de lingua portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, GuinéBissau, Moçambique, Portugal, são Tomé e Príncipe e Timor leste. Comparando as diferentes opiniões sobre a validade de se estabelecer o acordo para fins de unificação, o argumento que, em grande parte, foge a essa discussão é A) “A Academia (Brasileira de Letras) encara essa aprovação como um marco histórico. Inscreve-se, finalmente, a Língua Portuguesa no rol daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unificação de seu sistema de grafar, numa demonstração de consciência da política do idioma e de maturidade na defesa, difusão e ilustração da língua da Lusofonia.” SANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponível em: http://academia.org.br. Acesso em: 10 nov. 2008. B) “Acordo ortográfico? Não, obrigado. Sou contra. Visceralmente contra. Filosoficamente contra. Linguisticamente contra. Eu gosto do “c” do “actor” e o “p” de “cepticismo”. Representam um patrimônio, uma pegada etimológica que faz parte de uma identidade cultural. A pluralidade é um valor que deve ser estudado e respeitado. Aceitar essa aberração significa apenas que a irmandade entre Portugal e o Brasil continua a ser a irmandade do atraso.” 76 - (ENEM/2010) Maurício e o leão chamado Millôr Livro de Flavia Maria ilustrado por cartunista nasce como um dos grandes títulos do gênero infantil Um livro infantil ilustrado por Millôr há de ter alguma grandeza natural, um viço qualquer que o destaque de um gênero que invade as livrarias (2 mil títulos novos, todo ano) nem sempre com qualidade. Uma pegada que o afaste do risco de fazer sombra ao fato de ser ilustrado por Millôr: Maurício - O Leão de Menino (CosacNaify, 24 páginas, R$ 35), de Flavia Maria, tem essa pegada. Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010 (fragmento). Como qualquer outra variedade linguística, a norma padrão tem suas especificidades. No texto, observam- se marcas da norma padrão que são determinadas pelo veículo em que ele circula, que é a Revista Língua Portuguesa. Entre essas marcas, evidencia-se A) a obediência às normas gramaticais, como a concordância em “um gênero que invade as livrarias”. B) a presença de vocabulário arcaico, como em “há de ter alguma grandeza natural”. C) o predomínio de linguagem figurada, como em “um viço qualquer que o destaque”. D) o emprego de expressões regionais, como em “tem essa pegada”. E) o uso de termos técnicos, como em “grandes títulos do gênero infantil”. 77 - (ENEM/2010) COUTINHO, J. P. Folha de São Paulo, Ilustrada. 28 set. 2008, E1 (adaptado). C) “Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas com vista à internacionalização do português como identidade e marca econômica.” “É possível que o (Femando) Pessoa, como produto de exportação, valha mais do que a PT (Portugal Telecom). Tem um valor econômico único.” RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal. Disponível em: http:// ultimahora.publico.clix.pt. Acesso em: 10 nov. 2008. D) “É um acto cívico batermo-nos contra o Acordo Ortográfico.” “O acordo não leva a unidade nenhuma.” “Não se pode aplicar na ordem interna um instrumento que não está aceito internacionalmente” e nem assegura “a defesa da língua como património, como prevê a Constituição nos artigos 9º e 68º.” MOURA, V. G. Escritor e eurodeputado. Disponível em: www.mundoportugues.org. Acesso em: 10 nov. 2008. E) e) “Se é para ter uma lusofonia, o conceito [unificação da língua] deve ser mais abrangente e temos de estar em paridade. Unidade não significa que temos que andar todos ao mesmo passo. Não é necessário que nos tornemos homogéneos. Até porque o que enriquece a língua portuguesa são as diversas literaturas e formas de utilização.” RODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Português do Oriente, sediado em Macau. Disponível em: http://taichungpou.blogspot.com. Acesso em: 10. nov. 2008 (adaptado). APADRINHE. IGUAL AO JOÃO, MILHARES DE CRIANÇAS TAMBÉM PRECISAM DE UM MELHOR AMIGO. SEJA O MELHOR AMIGO DE UMA CRIANÇA. Anúncio assinado pelo Fundo Cristão para Crianças CCF-Brasil. Revista IstoÉ. São Paulo: Três, ano 32, n° 2079, 16 set. 2009. Pela forma como as informações estão organizadas, observa-se que, nessa peça publicitária, predominantemente, busca-se A) B) C) D) E) conseguir a adesão do leitor à causa anunciada. reforçar o canal de comunicação com o interlocutor. divulgar informações a respeito de um dado assunto. enfatizar os sentimentos e as impressões do próprio enunciador. ressaltar os elementos estéticos, em detrimento do conteúdo veiculado. 78 - (ENEM/2010) O novo boca a boca Tomara que não seja verdade, porque, se for, os críticos, comentaristas, os chamados formadores de opinião, todos corremos o risco de perder nossa razão de ser e nossos empregos. Há uma nova ameaça à vista. Dizem que a Internet será em breve, já está sendo, o boca a boca de milhões de pessoas, isto é, vai substituir aquele processo usado tradicionalmente para recomendar um filme, uma peça, um livro e até um candidato. Não mais a orientação transmitida pela imprensa e nem mesmo as dicas dadas pessoalmente – tudo seria feito virtualmente pelos mecanismos de mobilização da rede. VENTURA, Z. O Globo, 19 set. 2009 (fragmento). Segundo o texto, a Internet apresenta a possibilidade de modificar as relações sociais, na medida em que estabelece novos meios de realizar atividades cotidianas. A preocupação do autor acerca do desaparecimento de determinadas profissões deve-se A) às habilidades necessárias a um bom comunicador, que podem ser comprometidas por problemas pessoais. B) à confiabilidade das informações transmitidas pelos internautas, que superam as informações jornalísticas. C) ao número de pessoas conectadas à Internet, à rapidez e à facilidade com que a informação acontece. D) aos boatos que atingem milhões de pessoas, levando a população a desacreditar nos formadores de opinião. E) aos computadores serem mais eficazes do que os profissionais da escrita para informar a sociedade. 79 - (ENEM/2010) Diego Souza ironiza torcida do Palmeiras O Palmeiras venceu o Atlético-GO pelo placar de 1 a 0, com um gol no final da partida. O cenário era para ser de alegria, já que a equipe do Verdão venceu e deu um importante passo para conquistar a vaga para as semifinais, mas não foi bem isso que aconteceu. O meia Diego Souza foi substituído no segundo tempo debaixo de vaias dos torcedores palmeirenses e chegou a fazer gestos obscenos respondendo à torcida. Ao final do jogo, o meia chegou a dizer que estava feliz por jogar no Verdão. — Eu não estou pensando em sair do Palmeiras. Estou muito feliz aqui — disse. Perguntado sobre as vaias da torcida enquanto era substituído, Diego Souza ironizou a torcida do Palmeiras. —Vaias? Que vaias? — ironiza o camisa 7 do Verdão, antes de descer para os vestiários. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 29 abr. 2010. A progressão textual realiza-se por meio de relações semânticas que se estabelecem entre as partes do texto. Tais relações podem ser claramente apresentadas pelo emprego de elementos coesivos ou não ser explicitadas, no caso da justaposição. Considerando-se o texto lido, A) B) no primeiro parágrafo, o conectivo já que marca uma relação de consequência entre os segmentos do texto. no primeiro parágrafo, o conectivo mas explicita uma relação de adição entre os segmentos do texto. C) entre o primeiro e o segundo parágrafos, está implícita uma relação de causalidade. D) no quarto parágrafo, o conectivo enquanto estabelece uma relação de explicação entre os segmentos do texto. E) entre o quarto e o quinto parágrafos, está implícita uma relação de oposição. 80 - (ENEM/2010) Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil. Serafim da Silva Neto afirma: “No português brasileiro não há positivamente, influência das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixasse marcas no português do Brasil. ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado). No final do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada “demótico”, e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-François Champollion voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução. Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que A) B) cada língua é unica e intraduzível. elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes dessa língua. C) a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que a produzia é extinta. D) o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical, assim como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. E) o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, o que possibilitou a comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. TEXTO: 1 - Comum à questão: 81 A carreira do crime Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado. O tráfico oferece aos jovens de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa nao ultrapassa 6%. Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escolas, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema. A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezivel. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime. Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan, 2003. 81 - (ENEM/2010) Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para A) uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico. B) a constatação de que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos. C) a informação de que as políticas sociais compensatórias eliminarão a atividade criminosa a longo prazo. D) o convencimento do leitor de que para haver a superação o do problema do narcotráfico é preciso aumentar a ação policial. E) uma exposição numérica realizada com o fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e sem riscos. TEXTO: 2 - Comum à questão: 82 Tampe a panela Parece conselho de mãe para a comida não esfriar, mas a ciência explica como é possível ser um cidadão ecossustentável adotando o simples ato de tampar a panela enquanto esquenta a água para o macarrão ou para o cafezinho. Segundo o físico Cláudio Furukawa, da USP, a cada minuto que a água ferve em uma panela sem tampa, cerca de 20 gramas do líquido evaporam. Com o vapor, vão embora 11 mil calorias. Como o poder de conferir calor do GLP, aquele gás utilizado no botijão de cozinha, é de 11 mil calorias por grama, será preciso 1 grama a mais de gás por minuto para aquecer a mesma quantidade de água. Isso pode não parecer nada para você ou para um botijão de 13 quilos, mas imagine o potencial de devastação que um cafezinho despretensioso e sem os devidos cuidados pode provocar em uma população como a do Brasil: 54,6 toneladas de gás desperdiçado por minuto de aquecimento da água, considerando que cada família brasileira faça um cafezinho por dia. Ou 4 200 botijões desperdiçados. Superinteressante. São Paulo: Abril, n° 247, dez. 2007. 82 - (ENEM/2010) O contato com textos exercita a capacidade de reconhecer os fins para os quais este ou aquele texto é produzido. Esse texto tem por finalidade A) B) C) D) E) apresentar um conteúdo de natureza científica. divulgar informações da vida pessoal do pesquisador. anunciar um determinado tipo de botijão de gás. solicitar soluções para os problemas apresentados. instruir o leitor sobre como utilizar corretamente o botijão. Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra "mentira", como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. "Meia-verdade", por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma "Meiaverdade". Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição. Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed. 2120, ano 42, nº 27, 8 jul. 2009. 83 - (ENEM/2011) O recurso gráfico utilizado no anúncio publicitário – de destacar a potencial supressão de trecho do texto – reforça a eficácia pretendida, revelada na estratégia de A) ressaltar a informação no título, em detrimento do restante do conteúdo associado. B) incluir o leitor por meio do uso da 1ª pessoa do plural no discurso. C) contar a história da criação do órgão como argumento de autoridade. D) subverter o fazer publicitário pelo uso de sua metalinguagem. E) impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto. 84 - (ENEM/2011) Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, bem como os argumentos nele mobilizados, constata-se que o objetivo do autor do texto é A) informar os consumidores em geral sobre a atuação do Conar. B) conscientizar publicitários do compromisso ético ao elaborar suas peças publicitárias. C) alertar chefes de família, para que eles fiscalizem o conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia. D) chamar a atenção de empresários e anunciantes em geral para suas responsabilidades ao contratarem publicitários sem ética. E) chamar a atenção de empresas para os efeitos nocivos que elas podem causar à sociedade, se compactuarem com propagandas enganosas. TEXTO: 4 - Comum às questões: 85, 86 TEXTO: 3 - Comum às questões: 83, 84 Disponível em: http://www.wordinfo.info. Acesso em: 27 abr. 2010. 85 - (ENEM/2011) O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa evolução ocorreu de várias formas. No que concerne à evolução digital, o homem percorreu longo trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em um problema físico habitual, ilustrado na imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do usuário, uma vez que A) a evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de cabeça, o estresse e a falta de atenção à família. B) a vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas se tem diminuído problemas de visão cansada. C) a utilização demasiada do computador tem proporcionado o surgimento de cientistas que apresentam lesão por esforço repetitivo. D) o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera várias ações antes feitas pelas pessoas, tornando-as sedentárias ou obesas. E) o uso contínuo do computador de forma inadequada tem ocasionado má postura corporal. 86 - (ENEM/2011) O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar A) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico. B) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade. C) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina. D) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social E) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador. GABARITO: 1) Gab: E 2) Gab: E 3) Gab: E 4) Gab: D 5) Gab: D 6) Gab: A 7) Gab: B 8) Gab: D 9) Gab: A 10) Gab: B 11) Gab: A 12) Gab: A 13) Gab: E 14) Gab: E 15) Gab: B 16) Gab: A 17) Gab: A 18) Gab: E 19) Gab: A 20) Gab: B 21) Gab: A 22) Gab: A 23) Gab: B 24) Gab: B 25) Gab: D 26) Gab: D 27) Gab: A 28) Gab: C 29) Gab: D 30) Gab: E 31) Gab: D 32) Gab: B 33) Gab: E 34) Gab: A 35) Gab: D 36) Gab: E 37) Gab: C 38) Gab: E 39) Gab: E 40) Gab: B 41) Gab: D 42) Gab: A 43) Gab: A 44) Gab: A 45) Gab: B 46) Gab: B 47) Gab: D 48) Gab: B 49) Gab: E 50) Gab: C 51) Gab: C 52) Gab: A 53) Gab: E 54) Gab: B 55) Gab: B 56) Gab: E 57) Gab: B 58) Gab: A 59) Gab: D 60) Gab: E 61) Gab: A 62) Gab: C 63) Gab: C 64) Gab: D 65) Gab: A 66) Gab: C 67) Gab: C 68) Gab: A 69) Gab: D 70) Gab: D 71) Gab: C 72) Gab: E 73) Gab: E 74) Gab: C 75) Gab: C 76) Gab: A 77) Gab: A 78) Gab: C 79) Gab: C 80) Gab: B 81) Gab: D 82) Gab: A 83) Gab: D 84) Gab: A 85) Gab: E 86) Gab: A