SOCIEDADE & AMBIENTE
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O vento
O vento
que balança o berço
do ser humano
é
aquele que leva para longe a
fumaça (poluição) que a mão
do "homem" produziu.
Brisa na face, alivia o calor do
dia. Renova a energia contida no
organismo, trás inspiração, revela
a tranqüilidade do tempo. O vento de hoje é originário da formação terrestre, portanto possui alguns bilhões de anos, aproximadamente 4,5 bilhões, não ocorreram, neste período trocas totais, apenas alterações em porcentagens dos gases que o compõem. Essas mudanças foram
necessárias para suprir as necessidades orgânicas das vidas nas
suas respectivas épocas.
Sabemos, hoje, que a quantidade necessária de oxigênio,
para conseguirmos respirar
normalmente, é de 21%. Caso
esta porcentagem aumentasse para 25, poderíamos ter autocombustões de pastagens
secas ou qualquer material inflamável que estivesse exposto ao sol. No caso desta taxa
ser de 18% a possibilidade de
termos problemas respiratórios
se agravariam, pois nossa capacidade respiratória estaria prejudicada significativamente. Não
teríamos como respirar adequadamente, então a extinção atravessaria nosso caminho na existência terrestre. O ser humano
faria algo como a extinção de sua
própria espécie, ou seja exterminar com aquele que se diz inteligente. Seria isto algo possível? O
que pode-se dizer que impossível, no todo não é, há formas de
acontecer sim e não são poucas.
É possível a taxa cair para
18%? A resposta, pode ser sim.
Tanto que em alguns lugares,
esta porcentagem já existe e a
população tem estimativa de
Vida diminuída em vários anos,
e as doenças relacionadas ao sistema respiratório aumentaram
muito (no texto: "A poluição no
mundo"), publicada, neste espaço, tratou sobre o assunto.
O vento que envolve o berço
do ser humano terrestre, é
aquele que mantêm a vida assim como a conhecemos. Quando as alterações ocorrerem, poderemos deixar de existir. O que
seria a extinção da espécie humana. Outros tipos de vida,
que não usam o oxigênio como
gás responsável pela respiração e trocas, na fotossíntese
(por exemplo),... se adaptaria
a outras formas de trocas gasosas. Desta maneira a vida
será outra: com novas necessidades, novas maneiras de agir,
novas interpretações, novas...
Esse mesmo vento que existe a bilhões de anos, que passou pelos pulmões dos dinossauros e está, agora passando pelos nossos pulmões e por toda
forma de vida que dele depende, irá permanecer por mais
tempo. Nós não estaremos mais
a respirar, mas as 'novas' formas
de vida continuarão o seu ciclo.
O vento sacode a poeira, refresca a vida, embala a rede,
levanta a pipa, eleva os balões,
traz consigo a esperança e um
novo olhar, uma nova manhã
um outro dia, o vento sopra em
todas as direções.
Claudio Rogério Trindade
Associado da AIPAN - Professor da
EFA e da Rede Pública Municípal/Ijuí Membro do Círculo dos Escritores de Ijuí Letra Fora da Gaveta (CEI - LFG) e Membro
da Academia Internacional ... ALPAS 21 de
Cruz Alta.
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2015 / TRINDADE, Claudio Rogério O vento