SOCIEDADE & AMBIENTE Site: www.aipan.org.br Fone: (55) 3333-0256 O vento O vento que balança o berço do ser humano é aquele que leva para longe a fumaça (poluição) que a mão do "homem" produziu. Brisa na face, alivia o calor do dia. Renova a energia contida no organismo, trás inspiração, revela a tranqüilidade do tempo. O vento de hoje é originário da formação terrestre, portanto possui alguns bilhões de anos, aproximadamente 4,5 bilhões, não ocorreram, neste período trocas totais, apenas alterações em porcentagens dos gases que o compõem. Essas mudanças foram necessárias para suprir as necessidades orgânicas das vidas nas suas respectivas épocas. Sabemos, hoje, que a quantidade necessária de oxigênio, para conseguirmos respirar normalmente, é de 21%. Caso esta porcentagem aumentasse para 25, poderíamos ter autocombustões de pastagens secas ou qualquer material inflamável que estivesse exposto ao sol. No caso desta taxa ser de 18% a possibilidade de termos problemas respiratórios se agravariam, pois nossa capacidade respiratória estaria prejudicada significativamente. Não teríamos como respirar adequadamente, então a extinção atravessaria nosso caminho na existência terrestre. O ser humano faria algo como a extinção de sua própria espécie, ou seja exterminar com aquele que se diz inteligente. Seria isto algo possível? O que pode-se dizer que impossível, no todo não é, há formas de acontecer sim e não são poucas. É possível a taxa cair para 18%? A resposta, pode ser sim. Tanto que em alguns lugares, esta porcentagem já existe e a população tem estimativa de Vida diminuída em vários anos, e as doenças relacionadas ao sistema respiratório aumentaram muito (no texto: "A poluição no mundo"), publicada, neste espaço, tratou sobre o assunto. O vento que envolve o berço do ser humano terrestre, é aquele que mantêm a vida assim como a conhecemos. Quando as alterações ocorrerem, poderemos deixar de existir. O que seria a extinção da espécie humana. Outros tipos de vida, que não usam o oxigênio como gás responsável pela respiração e trocas, na fotossíntese (por exemplo),... se adaptaria a outras formas de trocas gasosas. Desta maneira a vida será outra: com novas necessidades, novas maneiras de agir, novas interpretações, novas... Esse mesmo vento que existe a bilhões de anos, que passou pelos pulmões dos dinossauros e está, agora passando pelos nossos pulmões e por toda forma de vida que dele depende, irá permanecer por mais tempo. Nós não estaremos mais a respirar, mas as 'novas' formas de vida continuarão o seu ciclo. O vento sacode a poeira, refresca a vida, embala a rede, levanta a pipa, eleva os balões, traz consigo a esperança e um novo olhar, uma nova manhã um outro dia, o vento sopra em todas as direções. Claudio Rogério Trindade Associado da AIPAN - Professor da EFA e da Rede Pública Municípal/Ijuí Membro do Círculo dos Escritores de Ijuí Letra Fora da Gaveta (CEI - LFG) e Membro da Academia Internacional ... ALPAS 21 de Cruz Alta.