PPGEE022- Análise de Sistemas Elétricos de Potência EXERCÍCIO COMPUTACIONAL DE ANÁLISE Daniel A. Martins - 201300480038 Junho de 2014 DADOS DO EXERCÍCIO. Dados de Linhas e transformadores. Tipo TRAFO LT LT LT LT LT LT LT TRAFO LT LT LT TRAFO LT Barra de origem 1 2 2 2 3 3 4 4 4 5 6 7 7 8 Barra de destino 2 3 5 6 4 6 6 9 10 7 8 8 11 9 R (pu) 0.000 0.008 0.004 0.012 0.010 0.004 0.015 0.018 0.000 0.005 0.006 0.006 0.000 0.052 X (pu) 0.006 0.030 0.015 0.045 0.040 0.040 0.060 0.070 0.008 0.043 0.048 0.035 0.010 0.048 Susceptância Capacidade (B/2) (pu) (MVA) 0.000 400 0.004 200 0.002 180 0.005 150 0.005 150 0.005 120 0.008 140 0.009 120 0.000 300 0.003 120 0.000 120 0.004 200 0.000 250 0.000 160 Dados de Barra - SBASE = 100 MVA, VBASE = 138 KV TIPO PV-SWING PQ PQ-carga PQ PQ-carga PQ-carga PQ PQ-carga PQ-carga PV-Usina PV-Usina NO. DA BARRA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 TENSÃO (PU) 1.020 1.025 1.030 TOTAL GERAÇÃO (MW) MIN MAX 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 300 250 200 750 GERAÇÃO (MVAR) MIN MAX -200 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 -180 -120 -500 200 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 180 120 500 CARGA MW 0.0 0.0 150.0 0.0 120.0 140.0 0.0 110.0 80.0 0.0 0.0 600 PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional MVAr 0.0 0.0 120.0 0.0 60.0 90.0 0.0 90.0 50.0 0.0 0.0 410 1 CASO BASE 1. Barra 1 escolhida como barra slack ou swing ou Pδ, ou barra de referência. 2. Ajustamos a geração da usina da US-11 para 150 MW e da US-10 para 200 MW. 3. Todas as tensões dentro dos limites (entre 0.95 a 1.05 p.u.) e todos os fluxos em MVA respeitados conforme mostra o relatório abaixo. Tabela obtida de "Case Information / Lines and Transformers" no PowerWorld. O resultado do fluxo de potência é mostrado na figura abaixo. Resultado do fluxo - caso base Relatório de Linhas e transformadores - caso base Relatório dos barramentos PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 2 Observações: 1. O total de geração ativa disponível no sistema é 750 MW. A demanda de carga ativa é de 600 MW. Temos então, aproximadamente, uma reserva girante de 150 MW. 2. O total de geração reativa disponível no sistema é 400 MVAr, enquanto que a demanda de reativo é de 410 MVAr. Imaginamos então que temos problemas de reativo. 3. Com os ajustes de potência nas usinas ligadas às barra 10 e 11 em 150 e 200 MW respectivamente, nenhuma restrição foi violada. O sistema se encontra em estado seguro e esta configuração foi eleita como "caso base". Apenas a potência reativa do gerador conectado à barra 11 está com valor no limite (120 MVAr), conforme mostra o relatório de gerações acima. 4. Observa-se um fluxo muito baixo, de apenas 8.2 MVA, na LT-6-8. 5. Apesar de termos estabelecido uma tensão de 1.03 p.u. na barra 11 (barra PV), o resultado do flow mostra que não é possível. O valor cai para 1.025 p.u. Apenas se elevarmos a potência reativa máxima do gerador 11 para +129 MVAr (ao invés de +120), conseguimos atingir os 1.03 p.u. solicitados. Uma maneira mais prática de conseguir isto é, por exemplo, subir o set-point de tensão da barra 1 de 1.02 para 1.03. O resultado é mostrado na figura abaixo. Caso base corrigindo o set point da barra 11 PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 3 CONTIGÊNCIA 1 - Desligamento da LT-8-9. Como a LT-8-9 transportava anteriormente apenas 21 MVA, seu desligamento não ocasiona nenhum dano grave ao sistema, conforme atestam os relatórios de linha e barras abaixo. Contingência 1 Relatório de barras Relatório de linhas e transformadores PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 4 CONTIGÊNCIA 2 - Desligamento da geração na barra 10. Contingência 2 - Perda da usina da US-10 A perda do gerador da barra 10 é uma contingência muito severa mesmo despachando a usina da barra 11 para seu limite de 200 MW, como ilustra a figura acima. Uma violação de tensão ocorre na barra da SE-9. Um afundamento de 10,8 %, como ilustra o registro de barras abaixo. Violação de tensão na SE-9 Várias violações de fluxo ocorrem: 1. Violação de potência no transformador da usina 1, que teria sido exigido em fornecer 559.9 MVA. O que corresponde a quase 38 % da sua capacidade máxima d 400 MVA. Situação, por si só, intolerável. 2. A LT-2-3 atingiria um fluxo de 250.9 MVA. O que corresponde a 25 % a mais da sua capacidade máxima de 200 MVA. 3. Seria exigido da LT-2-6 178.1 MVA. O que corresponde a 18.7 % da sua capacidade de 150 MVA. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 5 4. Mesmo a LT-7-8 suportaria 206.7 MVA. O que corresponde a 3.35 % a mais da sua capacidade máxima. Não tão grave assim. Violações de limites em linhas e transformadores O sistema não tem como suportar a perda. Imaginando que esta seria uma contingência transitória, dificilmente alguém permitiria que a US-10 ficasse parada por mais que alguns instantes, a medida paliativa seria, segundo nosso entendimento, um corte de carga. Como não há possibilidade de um corte seletivo de carga, uma primeira proposta seria cortar a menor delas. No caso, a carga da SE-8. O resultado, mostrado abaixo, apresenta apenas uma violação. Medida paliativa para a contingência 2 - Corte da carga da SE-8 Neste caso, Não há violação de tensão, como mostra o relatório de Tensões nos barramentos abaixo. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 6 Tensão nos barramentos - Medida paliativa para a contingência 2 - corte na carga da SE-9 Duas violações de fluxo são observadas, conforme mostra o relatório de violações abaixo. Uma sobrecarga de apenas 9 % na US-1, devido principalmente a uma maior exigência de energia reativa e uma violação de apenas 3 % de sobrecarga no transformador que lida as barras 2 e 3. Esta sobrecarga, acreditamos, poderá ser suportada por algum tempo. Naturalmente, se houvesse a possibilidade de corte seletivo de carga, poder-se-ia reduzir as cargas das subestações 5 e 8 de forma a colocar o sistema em uma situação segura. Relatório de linhas e transformadores PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 7 CONTIGÊNCIA 3 - Desligamento simultâneo das linhas 4-3, 4-6 e 8-9. O resultado do fluxo de potência é mostrado abaixo. Contingência 3 - Perdas das linhas 3-4, 4-6 e 8-9 Neste caso há um ilhamento. Duas barras são agora estabelecidas como slack-bar (swing), como mostra o resumo do caso abaixo. As barras SE-1 e SE-10. A usina US-10 agora só atende a carga da SE-9 e, portanto, dela só é exigido 82 MW e 56 MVAr para atender a carga mais perdas. Nenhuma tensão de barra é violada, como mostra o relatório de tensões nos barramentos abaixo. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 8 Contingência 3 - Relatório de tensões de barra Entretanto, como ilustra o relatório de violações de transformadores e linhas, abaixo, o sistema agora apresenta violações de fluxo intoleráveis US-1, uma solicitação de 9.4 % além do máximo permitido. Uma violação de 3.7 % da linha 2-3, esta, por sua vez, tolerável. Provavelmente o sistema não se sustentaria por causa do afundamento de frequência provocado pela sobrecarga em US-1. Contingência 3 - Relatório de fluxos em transformadores e linhas A recuperação o mais breve possível da linha LT2-3, por exemplo, recuperaria o sistema, conforma atesta o fluxo abaixo. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 9 Entretanto, observa-se que as violações são muito dependentes da quantidade de reativo que o sistema exige. Assim, caso seja frequente o ilhamento do sistema, pode-se dotar a barra de uma das cargas de um banco de capacitores. No caso, escolhemos a barra 3. Para determinar qual o valor em MVAr deste banco, simulamos a presença de um compensador síncrono e estabelecemos um set-point de tensão de 0,98 p.u. de forma a que ele nos calcule um valor não muito alto em MVAr por causa do preço de um banco de capacitores. A figura abaixo ilustra que um banco de 100 MVAr manteria o sistema em estado seguro mesmo com a perda simultâneas das três linhas de transmissão, como ilustra a figura abaixo. Contingência 3 - Calculando o Banco de Capacitores Desta forma, um banco de capacitores de 100 a 150 MVAr instalado na barra 3 permitiria que o sistema ficasse em estado seguro mesmo depois do ilhamento, como mostra a figura abaixo. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 10 Corrigindo com a instalação de um banco de capacitores PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 11 CONTIGÊNCIA 4 - Desligamento da carga da barra 9. O resultado do fluxo é mostrado na figura abaixo. Contigência 4 - Perda da carga da SE-9 Nenhum limite de tensão é violado e os fluxos em linhas e transformadores são mostrados abaixo. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 12 PROJETO DA SUBESTAÇÃO 12. A figura abaixo mostra o diagrama após a inclusão de uma nova linha de 50 km, ligando a subestação SE-77 à nova subestação SE-12 para atender uma carga de 60 MW e 30 MVAr. Fluxo máximo na LT11-12 - Podemos admitir que a LT-11-12 deve admitir um fluxo máximo em MVA ligeiramente superior a √60 + 30 = 67,082 MVA. Admitimos assim, um fluxo máximo de 100 MVA nesta linha, oferecendo, então uma margem de 23 %. Determinação da resistência e reatância da linha - Numa tensão base de 138 kV, a corrente aproximada máxima que esta linha vai transportar será 724 Ampères. Utilizando a tabela da referência (2), reproduzida em anexo, encontramos, para uma temperatura de 75 °C em CA, o tipo Osprey, suportanto 800 Ampères de corrente, os seguintes valores: R = 0.1243 Ω/km, XL = 0.3581 Ω/km, Então, BC = 1/XC = 5.66 x 10-6 Siemens/km. O que vai corresponder a R = 6,215 Ω, linha de 50 km. XC = 0.2146 MΩ/km. XL = 17,905 Ω e BC = 0.2830 x 10-3 Siemens para a Como ZBASE = V2BASE / SBASE = 190.44 Ω. (usando BC(p.u.) = ZBASE x BC) R = 0.032635 e XL = 0.09402 e BC = 0.0538 p.u. A figura abaixo ilustra o resultado de um fluxo após termos re-despachado as Usinas US-10 e US-11 para 240 e 190 MW respectivamente. Nova subestação - SE12 com 60 MW x 30 MVAr PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 13 Não há violação de tensão nem de potência e as tabelas de barramentos e fluxos são mostradas abaixo. Relatório de tensões nas barras Relatório de fluxos em transformadores e linhas PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 14 Figura - Perfil de tensões após a inclusão da SE-12 A figura acima demonstra que não há violação de tensões após a inclusão da SE-12. Apenas a subestação incluída apresenta a tensão no limite mínimo sugerido pelas normas. Figura 1 - Limites (em % MVA) atingidos pelas linhas de transmissão A figura acima ilustra que os limites máximos (MVA) dos equipamentos não é ultrapassado. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 15 PLANEJAMENTO PARA OS PRÓXIMOS 5 ANOS. Supondo um crescimento linear de 10 % ao ano, utilizando as cargas atuais. {(1.1)5 = 1.61051} NO. DA BARRA 3 5 6 8 9 12 TOTAL CARGA ATUAL (MW) 150.0 120.0 140.0 110.0 80.0 60.0 660.0 APÓS 5 ANOS (MW) 241,57 193,26 225,47 177,15 128,84 96,63 1062,92 Valores de carregamento para o horizonte de 5 anos Executando um fluxo CC, teremos o seguinte resultado para o horizonte de cinco anos. Resultado do Fluxo CC para próximos 5 anos. Como ilustra o Relatório de fluxos em transformadores e linhas, abaixo, haverá uma demanda superior a 1000 MW, contra os 750 MW atuais. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 16 Fluxo CC para o horizonte de 5 anos Como as violações de fluxo ocorrem no trafo 1-2 e nas linhas LT-2-3, LT-2-5 e LT-2-6 e, supondo que as usinas das barras 10 e 11 não poderão mais ser pontecializadas, as alternativas que surgem são: 1. Repontecializar a usina da Barra 1, o transformador 1-2 e as linhas 2-3, 2-5 e 2-6. O que poderá ser bastante oneroso. 2. Instalar uma usina diretamente conectada a barra 5 que, se a versão do PowerWorld permitisse (apenas 12 barras), acreditamos, tem chance de reduzir os fluxos nas linhas atualmente violadas para valores seguros. Desta forma não seria necessário repotencializar nenhum dos equipamentos. Esta usina deveria ter a capacidade aproximada de 250 MW. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 17 BIBLIOGRAFIA. 1. "Steady-state Power System Security Analysis with PowerWorld Simulator", Power World Corporation, disponível em http://www.powerworld.com/files/S01SystemModeling.pdf. 2. "Condutores Nus", Nexans Cabos de alumínio - disponível em http://www.nexans.com.br/eservice/Brazil-pt_BR/fileLibrary/Download_540134436/SouthAmerica/files/NUS_2011.pdf. 3. "ET720 – Sistema de de Energia Elétrica I - Catpítulo 5 - Parte 2", UNICAMP - FEE - DSEE - disponível em http://www.dsee.fee.unicamp.br/~ccastro/cursos/et720/Cap5-parte2.pdf. 4. “Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica”, Alcir José Monticelli, Editora Edgar Blucher, 1983. 5. “Power System Analysis”, John J. Grainger e William D. Stevenson Jr., McGraw-Hill, Inc. 1994. 6. “Power System Analysis”, Hadi Saadat, McGraw-Hill, 1999. PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 18 ANEXO PPGEE0022 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência - Exercício Computacional 19