Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses 2009 (análise à página de entrada) Estudo qualitativo sobre a aplicação das WCAG 1.0 do W3C Jorge Fernandes / Setembro 2009 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Índice Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------------------------2 Âmbito e objectivos do estudo ------------------------------------------------------------------------------------3 Ferramentas de avaliação automática utilizadas no estudo e respectivos testes -------------------------3 Metodologia----------------------------------------------------------------------------------------------------------4 Caracterização do Universo em análise-------------------------------------------------------------------------5 Resultados------------------------------------------------------------------------------------------------------------7 Casos especiais ---------------------------------------------------------------------------------------------------7 Utilização do símbolo de acessibilidade à Web ---------------------------------------------------------------9 Conformidade WCAG 1.0 ------------------------------------------------------------------------------------- 10 Legenda das imagens ------------------------------------------------------------------------------------------ 12 Botões Gráficos ------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 Javascript-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 Inserção de elementos multimédia---------------------------------------------------------------------------- 18 iFrame ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 Frame ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 21 Gramática de (x)HTML ---------------------------------------------------------------------------------------- 22 Tamanho de letra (unidade de medida) ---------------------------------------------------------------------- 25 Formulários ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 Hiperligações e Listas de Hiperligações (Menus) ---------------------------------------------------------- 26 Cabeçalhos ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 27 Teclas de atalho e saltos nas páginas ------------------------------------------------------------------------ 28 Tabelas de dados ----------------------------------------------------------------------------------------------- 29 Conclusões e Recomendações----------------------------------------------------------------------------------- 31 Conclusão e discussão dos resultados ----------------------------------------------------------------------- 31 Recomendações ------------------------------------------------------------------------------------------------- 33 Referências--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 38 Anexos -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 40 Anexo I - Recolha dos dados eXaminator dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 de Agosto de 2009. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 41 Anexo II - Recolha dos dados TAW – Test Accesibilidad Web dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 de Agosto de 2009. ---------------------------------------------------------------------------- 49 Anexo III - Notas Gerais --------------------------------------------------------------------------------------- 54 Anexo IV – Índice de Figuras --------------------------------------------------------------------------------- 55 Anexo V – Índice de Tabelas ---------------------------------------------------------------------------------- 56 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Introdução Nos últimos 10 anos (1999 – 2009) a presença na Internet dos Municípios Portugueses duplicou. 307 dos 308 municípios têm hoje um sítio na Internet. O forte incentivo do Governo Português para a crescente presença na Internet dos Municípios fica igualmente evidenciado pelo significativo número de autarquias que receberam financiamento por parte dos programas operacionais, como foi o caso do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POS-C)1. Com o presente estudo a Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação (SUPERA) pretende observar em particular um dos requisitos de qualidade dos conteúdos Web referenciado no Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Directa e Indirecta do Estado (Oliveira J. 2003). De que forma os conteúdos Web dos municípios cumprem os requisitos de acessibilidade constantes das Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG) 1.0 (Chisholm W. 1999) do Consórcio World Wide Web (W3C)? Mais do que determinar o nível de conformidade para com as WCAG 1.0, procuramos neste estudo, pela primeira vez em Portugal, decompor os níveis de conformidade nos seus diversos pontos de verificação e descer a análise ao nível dos testes (critérios de sucesso), geralmente, implementados nos validadores automáticos. Trata-se de uma análise feita apenas à primeira página dos sítios e a recolha foi feita, no essencial, com validadores automáticos. Dizemos no essencial, porque efectivamente ocorreram alguns procedimentos de validação manual. No final foi possível determinar os indicadores tradicionais neste tipo de estudo: presença do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página do sítio; determinação do nível de conformidade, mas também chegar a um conjunto de recomendações que visam orientar os responsáveis pelos sítios Web dos municípios na correcção das falhas encontradas. O presente estudo contém vários exemplos (imagens, excertos de código) retirados da amostra em análise, referenciando sempre a sua fonte. Disponibilizamos igualmente os dados recolhidos, agregados por teste (ver anexo I - eXaminator) e por ponto de verificação (ver anexo II - TAW). Nunca apresentamos a totalidade dos dados compilados para um único município. Os nomes dos municípios aparecem citados apenas em quadros de boas práticas ou, por questões pedagógicas, para ilustrar um aspecto em particular. Mais do que um retrato actual dos conteúdos Web dos Municípios Portugueses, o presente estudo deixa um vasto conjunto de soluções que visam incrementar a acessibilidade a pessoas com necessidades especiais aos conteúdos das autarquias portuguesas. 1 54,5% dos municípios portugueses afirmam explicitamente, afixando o logótipo do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento na primeira página, terem tido financiamento. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 2 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Âmbito e objectivos do estudo Em Portugal, os diversos estudos existentes sobre acessibilidade Web (Accenture 2002, Accenture 2003, Santos L. 2006, Gonçalves R. 2009), dão-nos essencialmente um indicador de grandeza global relacionado com o nível de conformidade para com as directrizes de acessibilidade do W3C: 15.2% dos sítios da Administração Directa e Indirecta do Estado na Internet estão em conformidade ‘A’ (Accenture 2002), 13.8% dos sítios da Administração Directa e Indirecta do Estado na Internet estão em conformidade ‘A’ (Accenture 2003), 15% dos sítios Web dos municípios estão em conformidade ‘A’ (Santos L. 2006), 9.4% das 1000 maiores empresas portuguesas estão em conformidade ‘A’ (Gonçalves R. 2009). Perante os valores de conformidade, alguns dos estudos têm tendência em efectuar agregações sectoriais dos sítios e a procurar razões, mais ou menos plausíveis, para as diferenças de conformidade encontradas, por sector (Gonçalves R. 2009). O presente estudo decompõe o nível de conformidade nos seus pontos de verificação e procura, nos testes dos validadores, práticas que permitam delinear soluções para as falhas encontradas. Assim, mais do que um estudo que demonstre uma tendência global, é objectivo localizar as razões que estão na origem de um determinado resultado. São objectivos do presente estudo: - identificar quais são as principais falhas que ocorrem na concepção dos conteúdos Internet municipais potenciadoras de gerar barreiras de acessibilidade, principalmente a utilizadores com necessidades especiais; identificar conteúdos Web de Municípios que constituam boas práticas; com base nas boas práticas localizadas nos municípios, pretende-se dar exemplos de criação de conteúdos sem barreiras; determinar o nível global de conformidade para com a versão 1.0 das Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web do W3C das páginas de entrada na Internet dos 308 municípios. Ferramentas de avaliação automática utilizadas no estudo e respectivos testes Numa avaliação com ferramentas automáticas deve-se, no mínimo, fazer uso de duas ferramentas (W3C/WAI 2008). No presente estudo foram utilizados dois validadores automáticos de acessibilidade Web: o TAW – Test Accesibilidad Web e o eXaminator. O TAW é uma ferramenta da Fundação CTIC - Centro Tecnológico de la Información y la Comunicación2. Foi utilizada a versão 3.08 para instalação em Mac OS 10.5.8 destinada a avaliar as WCAG 1.0. Quanto ao eXaminator é uma ferramenta desenvolvida pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, disponível gratuitamente na Internet3. Na compilação da informação para o presente estudo foi criado um directório sectorial designado de municípios, no qual se introduziram as diversas páginas de entrada submetidas à análise. 2 3 TAW: http://www.tawdis.net. eXaminator: http://www.acesso.umic.pt/webax/examinator.php. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 3 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Metodologia 1º passo: compilação de todos os URLs dos municípios junto do sítio Web da ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses (http://www.anmp.pt/). 2º passo: introdução dos URLs correspondentes às páginas de entrada de cada sítio Web: - sempre que a página contém elementos <frame> são introduzidas as páginas que se encontram apostas em cada um dos elementos <frame>; - sempre que a página de entrada contém poucos elementos (e.g. páginas de redireccionamento ou de apresentação) é adicionada uma página interior que configure uma página típica de entrada (ver a definição de casos típicos abaixo). - páginas de entrada construídas só com tecnologia Flash ou com erros básicos de HTML (ver mais à frente definição), assim como as que têm poucos elementos HTML, mesmo numa segunda página, são devidamente identificadas e mereceram tratamento particular. 3º passo: recolha e análise dos dados do eXaminator, e segmentação da amostra em 2 grupos: - sítios Web em que, não existe nenhuma página pertencente à categoria de “casos especiais eXaminator” porque compostas por poucos elementos, porque têm erros básicos de HTML ou porque fazem uso exclusivo de tecnologia Flash; - sítios Web em que, as páginas de entrada – pelo menos uma das suas páginas, no conceito de página de entrada do presente estudo - são compostas por “casos típicos” (i.e. não pertencentes ao grupo dos casos especiais eXaminator): 4ª passo: introdução no TAW de todos os sítios Web categorizados por “casos típicos”. Sempre que o TAW não consiga efectuar a análise das páginas, por dificuldades de redireccionamento ou impossibilidade de determinação do modelo de análise, são extraídos os resultados para a prioridade 1 do TAW a partir dos testes obtidos pelo eXaminator (ver anexo III). Para a prioridade 1, a bateria de testes do TAW é um subconjunto da bateria de testes do eXaminator, pelo que este exercício é perfeitamente transparente. Para responder aos objectivos do estudo não nos limitámos, apenas, à contabilização dos erros obtidos pelas duas ferramentas para cada prioridade mas a recolher a natureza do erro. No caso do eXaminator, as estatísticas ficam, por defeito, organizadas pela natureza do erro encontrado (ocorrências por teste). No caso do TAW é necessário recolher manualmente essa informação para cada uma das páginas (nº de erros por ponto de verificação). 5º passo: identificação, na recolha efectuada, de boas práticas e de falhas típicas que sirvam para ilustrar situações a evitar e enumerar possíveis soluções. A recolha de informação decorreu nos meses de Junho, Julho e Agosto de 2009. Para todos os sítios que passaram os testes de prioridade 1 do TAW e não passaram os testes de prioridade 1 implementados no eXaminator foi feita uma validação manual para determinar a importância dessa mesma detecção para a efectiva acessibilidade funcional do sítio. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 4 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Caracterização do Universo em análise O estudo tem por universo os sítios Web dos 308 municípios portugueses. Verifica-se que 307 municípios estão online, sendo que destes, 6 encontram-se em construção. Dos 301 sítios identificados para análise, verificou-se impossibilidade em utilizar a ferramenta automática eXaminator em 7 deles. Assim, a recolha de dados recaiu sobre um total de 294 sítios Web. Tabela 1 - URLs compilados e situação global dos sítios Situação Global do sítio Total URLs compilados Erro/Not Found Sítios online Em construção Sítios com conteúdos Impossível de avaliar automaticamente Por impossibilidade na determinação do modelo de validação Por usar document.write() Redireccionado automaticamente para uma página com mensagem de erro Sítios avaliados Total 308 1 307 6 301 3 3 1 294 O município de Vila Flor é o único que não se encontra na Internet. Todavia, verificase que o domínio www.cm-vilaflor.pt se encontra registado em nome do respectivo município desde 5 de Março de 2009. Nas diversas tentativas de acesso realizadas o resultado foi sempre “server can’t find” (ver Figura 1). Figura 1 - fotografia do ecrã tirada a 28 de Junho do domínio www.cm-vilaflor.pt. Erro: “Can’t find the server” SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 5 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Dos 307 municípios online, 6 têm o sítio Web “em construção” (ver Tabela 2). Tabela 2 - Lista dos Municípios com sítio Web “em Construção” a 28 de Junho de 2009 Murça Sabrosa Alfândega da Fé Vila do Porto Cuba Tarouca http://www.cm-murca.pt http://www.cm-sabrosa.pt http://www.cm-alfandegadafe.pt http://www.cm-viladoporto.pt http://www.cm-cuba.pt http://www.cm-tarouca.pt Dos 301 sítios com conteúdos, a validação automática não foi possível levar a efeito em 7 sítios. Em 3 deles, porque as páginas Web são integralmente escritas através de uma função em javascript que dá pelo nome de document.write(). Quando tal acontece, as ferramentas de validação de acessibilidade não conseguem fornecer dados fiáveis. Este tipo de páginas dependem de javascript activo no navegador do utilizador. Geralmente, quando se escreve uma página Web usando esta função, as tecnologias de apoio, usadas por pessoas com deficiência, têm dificuldade em identificar os diversos elementos da página. Por outro lado, a dependência de javascript para fazer aparecer os conteúdos é, por si só, uma violação das regras básicas (prioridade 1) de acessibilidade (ver ponto de verificação 6.3 das WCAG 1.0). No caso do município de Lamego a página de entrada apresentada ao validador eXaminator encaminha automaticamente a ferramenta para uma página que contém a mensagem de erro: ”a resolução definida para o seu monitor (Área do Ecrã) não lhe permite visualizar correctamente este Site. Por favor, ajuste a Área do Ecrã para um valor mínimo de 1024 x 768” (ver figura seguinte). Figura 2 - Câmara Municipal de Lamego. Mensagem de erro: ”a resolução definida para o seu monitor (Área do Ecrã) não lhe permite visualizar correctamente este Site. Por favor, ajuste a Área do Ecrã para um valor mínimo de 1024 x 768”. Nos restantes 3 sítios, as razões de não validação estão relacionadas: (1) com o número excessivo de redireccionamentos quando se entra na primeira página (é o caso da Câmara de Tomar); e (2) impossibilidade, por parte do eXaminator, na determinação da linguagem de marcação e consequentemente do modelo de validação a utilizar. Estas razões foram compiladas com o auxilio do validador para (x)HTML do W3C (http://validator.w3.org). SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 6 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 3 - Lista dos Municípios em que não foi possível usar o validador de acessibilidade eXaminator Sítio Web do Município Figueiró dos Vinhos Fundão Nordeste Freixo de Espada à Cinta URL Razão da não validação http://www.cm-figueirodosvinhos.pt document.write() http://www.cm-fundao.pt http://www.cm-nordeste.pt document.write() document.write() Impossível de determinar o modelo de verificação Página com demasiados redireccionamentos (>7) Impossível de determinar o modelo de verificação Mensagem de erro relacionada com prévia parametrização da resolução de ecrã http://www.cm-freixoespadacinta.pt Tomar http://www.cm-tomar.pt Odivelas http://www.cm-odivelas.pt Lamego http://www.cm-lamego.pt Resultados Casos especiais Dos 294 sítios em que foi possível usar o eXaminator, verificou-se que 84 (28.6%) configuram aquilo a que o eXaminator designa de casos especiais, nos quais a análise carece de maiores cuidados de abordagem. Nestes 84 sítios Web, a primeira página é composta por uma ou mais das seguintes situações (definição de casos especiais): (1) (2) (3) (4) contém poucos elementos; encontra-se construída integralmente em Flash; a sua estrutura assenta em Frames; a página contém erros básicos de construção que impedem a análise. São erros básicos de HTML: existência de múltiplas declarações gramaticais (DTD – Document Type Definition), nenhum ou vários elementos <body>, nenhum ou vários elementos <head>. De acordo com a metodologia definida, sempre que na introdução de páginas no sistema nos deparámos com uma ou várias daquelas situações na primeira página dos municípios, introduzimos outras páginas da sua vizinhança. No caso de páginas cuja estrutura assenta em elementos <frame>, usámos a metodologia internacionalmente recomendada para estes casos: avaliar as páginas que se encontram inseridas em cada um dos elementos <frame>. Depois desta pesquisa de páginas válidas, na vizinhança da primeira página, verificámos que em 31 dos sítios não foi possível localizar páginas válidas. Nos restantes 53 sítios especiais foi possível agregar páginas, na vizinhança da página de entrada, válidas. Estes 53 sítios especiais foram assim somados aos restantes 210 sítios típicos, perfazendo assim um total de 263 sítios para análise mais detalhada pelo eXaminator. Dos 31 Municípios não contabilizados pelo eXaminator na análise, há 8 que dependem em exclusivo de tecnologia Flash (ver Tabela 4). SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 7 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 4 - Sítios não contabilizados: assentes em Tecnologia Flash Município Aljustrel Corvo Crato Observações Marvão Para além da construção em Frames da página de entrada, foram introduzidas mais 2 páginas. Ambas as páginas encontram-se construídas em tecnologia Flash. Moura Penamacor Santa Cruz Vila Nova de Poiares Para além da construção em Frames da página de entrada, foram introduzidas mais 3 páginas. Duas delas estão totalmente construídas em tecnologia Flash. A terceira tem poucos elementos para ser analisada. Nos restantes 23 sítios Web, as primeiras páginas, contêm erros classificados, pelo eXaminator, de muito básicos: - 19 com mais do que um elemento <body>; 2 em que para além do elemento <body> a mais, têm também múltiplas declarações gramaticais (DTD); e há ainda 2 páginas de entrada com mais do que um elemento <head>. Identificam-se explicitamente na Tabela 5 os municípios onde este tipo de problema foi localizado. Este tipo de problema básico na construção de uma página Web deve ser prioritariamente resolvido pelos responsáveis dos conteúdos de cada um dos sítios. É uma espécie de ponto prévio, mesmo antes de tentarem resolver ou identificar outros potenciais problemas de acessibilidade. Tabela 5 - Sítios não contabilizados: erro básico de construção Município Aguiar da Beira Braga Caldas da Rainha Castanheira de Pêra Elvas Esposende Lagoa (Faro) Mafra Nelas Oliveira do Hospital Penalva do Castelo Observações Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A página contém mais do que uma declaração gramatical de tipo de código (DTD). Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A página contém mais do que uma declaração gramatical de tipo de código (DTD). Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A página contém mais do que uma declaração gramatical de tipo de código (DTD). Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <head>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 8 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 6 (continuação) - Sítios não contabilizados: erro básico de construção Município Portalegre Póvoa de Varzim Santa Comba Dão Santarém São Pedro do Sul São Vicente Satão Tondela Vila Nova de Gaia Vila Nova de Paiva Viseu Vouzela Observações Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <head>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A primeira página contém ainda redireccionamento que vai ter à página onde foi localizado o erro básico. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análise confiável. A página contém mais do que um elemento <body>. Utilização do símbolo de acessibilidade à Web [D] Figura 3 - Símbolo de Acessibilidade à Web Desde 1999, com a publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 97/99 de 26 de Agosto com o título “Acessibilidade dos sítios da Administração Pública na Internet pelos Cidadãos com Necessidades Especiais” que passou a ser prática corrente a afixação do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página. Principalmente em sítios públicos. A sua afixação, tão-somente, "denota, por parte dos webmasters, preocupação em dotar o sítio com funcionalidades de acessibilidade que vão ao encontro das necessidades dos utilizadores com deficiência" (NCAM4). A afixação do símbolo de acessibilidade passou igualmente a ser considerado indicador (Oliveira J. 2003) nos estudos sobre presença online da Administração Directa e Indirecta do Estado e, por extensão, surgiram também nas análises feitas aos conteúdos das autarquias. 4 National Center for Accessible Media: http://ncam.wgbh.org/webaccess/symbolwinner.html SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 9 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Dos 301 municípios com conteúdos online, 37,5% disponibilizam o símbolo de acessibilidade à Web. Constatou-se também que é prática generalizada a forma incorrecta como o símbolo é afixado na página. O procedimento correcto pode ser consultado em: http://www.acesso.umic.pt/pub/simbolo.htm. Tabela 7 - Afixação do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página dos municípios (2009) Sim Não Total Municípios 113 37,5% 188 62,5% 301 100,0% Nota: o total 301 corresponde ao total dos 308 municípios menos os sítios em construção (6) e o sítio que não está online (1). Conformidade WCAG 1.0 Tendo em conta os dois validadores automáticos de acessibilidade Web utilizados, constata-se a existência de discrepâncias nos resultados obtidos por ambas, no que diz respeito à aferição da conformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0: - 1.7% (5/294) das páginas de entrada dos municípios portugueses estão em conformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0, de acordo com os resultados recolhidos pelo eXaminator (ver Tabela 9); 4.1% (12/294) das páginas de entrada dos municípios portugueses estão em conformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0, quando analisados os resultados recolhidos pelo TAW (ver Tabela 10). Nenhum dos dois validadores utilizados localizou páginas de entrada nos sítios Web municipais conformes com o nível ‘AA’ das WCAG 1.0. A discrepância ocorrida na aferição da conformidade ‘A’ entre as duas ferramentas está relacionada com a diferença de testes implementados. Esta diferença é usual ocorrer nas várias ferramentas existentes. Essa é uma das razões pela qual a metodologia de avaliação de acessibilidade dos sítios Web do W3C recomenda a utilização de mais do que uma ferramenta na mesma avaliação. A diferença não está relacionada com a implementação de testes que não são contemplados nas WCAG 1.0, mas com a identificação de determinados aspectos relacionados com estas, que algumas ferramentas contemplam e outras não. No caso concreto do presente estudo verifica-se que o ponto de verificação 6.3, de prioridade 1: “6.3 - Certifique-se que as páginas são usáveis quando scripts, applets, ou outros objectos programáveis se encontram desactivados ou não são suportados.” Este ponto de verificação é tratado pelo TAW apenas como um aviso. No caso do eXaminator, ele procura a existência do elemento <noscript> no <body> da página. No eXaminator depreende-se que, pelo facto de não existir o elemento <noscript>, não existirá o correspondente equivalente alternativo. Aliás a lógica de análise é muito semelhante ao que sucede com as imagens e a existência do atributo alt. Se não tem o atributo alt, de certeza, que não tem legenda. Mesmo nas imagens decorativas SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 10 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 deve existir um alt=”” (vazio). Assim, a diferença entre os 12 sítios identificados pelo TAW como estando conformes com o nível ‘A’ e os 5 sítios identificados pelo eXaminator, reside na detecção do elemento <noscript> no <body> da página. É reconhecido que os desenvolvimentos javascript podem estar apenas relacionados com efeitos de estilo, não perturbadores da acessibilidade funcional da página, mas também podem estar relacionados com o controlo de elementos estruturais. E sabe-se que, quando estão relacionados com este último, são altamente lesivos para a acessibilidade funcional. É o caso do desenvolvimento dos menus, geralmente dos menus principais, dos sítios Web construídos com base em tecnologia javascript. Numa análise manual à listagem dos 7 municípios portugueses que passam no TAW e não passam no eXaminator verifica-se que em 4 deles se perdem informações e que nos restantes 3 o uso de javascript é inofensivo. Dos 4 onde se perdem informações, há 2 onde a perda é de extrema importância, uma vez que estamos a falar da perda do menu principal dos respectivos sítios (sintetiza-se na SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 11 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 8 os resultados da avaliação manual a estes sítios). Um desses exemplos graves é o município de Alvito em que o menu principal se encontra construído em javascript. Sintetizam-se assim as barreiras de acessibilidade encontradas neste menu: - - - não é possível manipular o menu com o teclado, o que influencia a acessibilidade de pessoas cegas, que não usam o rato, mas também dos utilizadores com disfunções neuromotoras graves que os impossibilitam de fazer uso das mãos ou mesmo da cabeça para controlar o rato e que usam programas de selecção por varrimento; o menu não se encontra devidamente estruturado como lista de opções, o que impossibilita a qualquer tecnologia, nomeadamente às tecnologias de apoio, a identificação das opções e das subopções. Qualquer pessoa cega se confrontará não com um menu mas com um monte de opções; quando se desactivam os estilos, as hiperligações transformam-se num monte de texto e perdem mesmo a hiperligação; as próprias hiperligações dependem do suporte de javascript, o que dificulta a identificação das hiperligações por parte de quem usa tecnologias de apoio, nomeadamente leitores de ecrã; Sendo o menu principal um dos elementos principais de navegação no sítio, presente em todas as páginas, os problemas atrás referenciados, são, sem dúvida, uma enorme barreira à acessibilidade. É preciso notar que o presente sítio tem o símbolo de acessibilidade à Web afixado e denota, efectivamente, cuidados para com as directrizes de acessibilidade. No entanto, o uso “inocente” de javascript, não detectável pelo TAW, introduz problemas graves de acessibilidade. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 12 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 8 - Análise manual à informação manipulada pelo javascript existente nas 7 páginas de entrada dos sítios adicionados à lista de conformidade ‘A’ pelo TAW Município Alvito Baião Penela Figueira da foz Leiria Mondim de Basto Gondomar Informação Manipulada. O que se perde sem javascript? perde-se a estrutura do menu principal perde-se a estrutura do menu principal perdem-se 2 opções de menu: “Turismo” e “Museu do Rabaçal” um dos dois scripts faz perder a informação da data de hoje e o outro faz perder a galeria de imagens existente no topo da página script relacionado com uma detecção feita pelo Google; não se perde nada do conteúdo Importância para a acessibilidade (*) 5 5 3 2 1 efeito de estilo no menu 1 efeito de estilo no menu 1 (*) 1 – nada importante, 2 – pouco importante, 3 – importante , 4 – muito importante, 5 – extremamente importante. Tabela 9 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ das WCAG 1.0, de acordo com o eXaminator Município Lisboa Pombal Velas Marinha Grande Batalha URL http://www.cm-lisboa.pt http://www.cm-pombal.pt http://cm-velas.azoresdigital.pt/ http://www.cm-mgrande.pt http://www.cm-batalha.pt Tabela 10 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ das WCAG 1.0, de acordo com o TAW Município Lisboa Pombal Velas Marinha Grande Batalha Figueira da Foz Leiria Mondim de Basto Alvito Gondomar Penela Baião URL http://www.cm-lisboa.pt http://www.cm-pombal.pt http://cm-velas.azoresdigital.pt/ http://www.cm-mgrande.pt http://www.cm-batalha.pt http://www.figueiradigital.pt http://www.cm-leiria.pt http://www.cm-mondimdebasto.pt http://www.cm-alvito.pt http://www.cm-gondomar.pt http://www.cm-penela.pt http://www.cm-baiao.pt Legenda das imagens No caso das imagens a regra geral é: todas as imagens devem ter uma legenda, mesmo as que sejam consideradas meramente decorativas. Em termos técnicos é extremamente simples adicionar uma legenda a uma imagem. O elemento <img> (imagem) dispõe do atributo alt (alternativo) que tem como função comportar a legenda da imagem. A legenda deve ser concisa. Por exemplo, o SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 13 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 validador CynthiaSays5 chega mesmo a aconselhar uma legenda não superior a 80 caracteres. O validador Bobby definia como valor máximo os 150 caracteres. Apresenta-se na Figura 4 o exemplo correcto do Município de Pombal. O código utilizado para afixar a imagem com a respectiva legenda é: <img src="main_images/simbolo_municipio.gif" alt="Município de Pombal" style=" width:214px; height:77px;"> Repare-se na boa prática de legendar a imagem de acordo com a sua função, evitandose, neste caso, correctamente, o desnecessário prefixo “logótipo de...”. Apenas um reparo à linha de código apresentada atrás. Os atributos width e height podem, e devem, fazer parte integrante do elemento <img> (imagem) e não como propriedades de estilo, como se encontra definido actualmente. Assim, o código correcto será: <img src="main_images/simbolo_municipio.gif" alt="Município de Pombal" width=”214” height=”77”> Logótipo do Município de Pombal quando visto num browser em modo gráfico. Logótipo do Município de Pombal quando visto num browser em modo texto.. Figura 4 - Exemplo de uma boa prática de legendagem de imagens. Retirado do Município de Pombal (http://www.cm-pombal.pt). No caso dos municípios portugueses verifica-se que 80% das páginas contêm imagens por legendar (ver Figura 5). Ao observarmos os resultados por elemento, das 15395 imagens existentes na amostra, 61% delas têm legenda (ver Figura 6). Dos dois indicadores podemos concluir que a regra é conhecida, e seguida na maioria das vezes, mas a sua observância não é consistente ao longo da página. Em 69% das páginas há, pelo menos, duas ou mais imagens sem legenda (ver ocorrências na Tabela 12). Tabela 12 - Nº de páginas com imagens com e sem legenda Ocorrências por página % Páginas em que todas as imagens têm legenda 56 20% Páginas em que há 1 imagem sem legenda 30 11% Páginas em que há várias imagens sem legenda 191 69% Total de páginas 277 Nota: Universo de sítios Web: 263; Media de páginas por sítio: 1.05 5 Validador CynthiaSays: http://www.cynthiasays.com/. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 14 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Figura 5 - % de Páginas com Imagens com e sem legenda Figura 6 - Do total das 15395 imagens localizadas na amostra, qual a % das que têm o atributo alt? 61% Para mais informações sobre como legendar imagens leia o tutorial: Como legendar imagens de uma página Web - http://www.acesso.umic.pt/tutor/imagens_1/index.htm. Botões Gráficos À semelhança do que sucede com as imagens, todos os botões gráficos têm de ter legenda. Em termos de código, um botão gráfico tem uma configuração semelhante a: <input type="image" name="c_22420$imageSearch" id="c_22420$imageSearch" src="/images/cmagueda/bt_pesquisar.gif" alt="Pesquisar" style="border-width:0px;" /> Figura 7 – Exemplo de um botão gráfico correctamente legendado. Retirado da página de entrada da Câmara Municipal de Águeda. Em 60% das páginas, todos os botões gráficos aí existentes têm legenda. Quando se analisa o elemento “botões gráficos” (<input type=”image”>), de per si, verifica-se que 66% têm o texto alternativo. A explicação para a quase coincidência dos dois valores reside no facto de estarmos a analisar a página de entrada, onde é vulgar existir um único botão gráfico: geralmente o botão que acciona o motor de busca. Tabela 13 - Nº de páginas com botões gráficos com e sem legenda Ocorrências por página Páginas em que todos os botões têm legenda Páginas em que há 1 botão sem legenda Páginas em que há vários botões sem legenda Total de páginas com botões gráficos 51 26 8 85 % 60% 31% 9% SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 15 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Figura 8 - % de Páginas com Botões Gráficos com e sem legenda Mapa de imagens 76% das páginas que fazem uso de mapas de imagem têm todas as áreas definidas legendadas. Tabela 14 - Nº de páginas com mapas de imagem com e sem áreas legendadas Ocorrências pot página Páginas em que todas as áreas têm legenda Páginas em que pelo menos há 1 área sem legenda Total de páginas com mapas de imagem 19 6 25 % 76% 24% Figura 9 - % de Páginas com Mapas de Imagem com e sem legenda Para além dos excelentes resultados dos mapas de imagem na observância do ponto de verificação 1.1 de prioridade 1, 8% dos mapas de imagem (5/65) respondem ainda a requisitos de prioridade 3, como é o caso do ponto de verificação 1.5 das WCAG 1.0: 1.5 - Até que os agentes do utilizador alcancem o equivalente textual dos links existentes nas regiões activas dos mapas de imagem "client-side", forneça SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 16 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 links textuais redundantes para cada região activa do mapa. [ponto de verificação de prioridade 3 das WCAG 1.0] Apresenta-se a seguir um exemplo de um mapa de imagem que cumpre o ponto 1.1 de prioridade 1 e o ponto 1.5 de prioridade 3, retirado da página de entrada da Câmara Municipal de Ribeira de Pena. O mapa de imagem é composto por duas peças essenciais: uma imagem principal “galeria.png”, a qual é dividida em áreas hiperligadas. No caso do exemplo abaixo, o mapa de imagem tem apenas uma área. <img src="images/galeria.png" width="163" height="270" border="0" usemap="#Map" /> <map name="Map" id="Map"> <area shape="rect" coords="2,4,160,267" href="/galeria" alt="Galeria de Imagens" /> </map> Figura 10 – Exemplo de um mapa de imagem retirado da primeira página do Município de Ribeira de Pena (http://www.cm-rpena.pt/). Para além da correcta legendagem (alt=”Galeria de imagens”) e da correcta verificação do ponto 1.1 de prioridade 1, o Município de Ribeira de Pena disponibiliza ainda uma hiperligação redundante, indispensável ao acesso à galeria de imagens por quem utilize agentes de utilizador que não consigam aceder às áreas definidas num mapa de imagem. <li class="level1 item12"> <a class="level1 item12" href="http://www.cm-rpena.pt/galeria"> <span>Galeria</span></a> </li> Figura 11 - Exemplo de boa prática de redundância ao mapa de imagem da Figura 10 existente na página de entrada do Município de Ribeira de Pena. Verifica-se que o link “/galeria” que se encontra no mapa de imagem é o mesmo www.cm-rpena.pt/galeria que está inserido no menu. Por exemplo, se visualizar no seu browser uma página, em modo texto, que tenha um mapa de imagem, o mais provável é que não consiga ver as diversas áreas definidas no mapa. Na altura em que redigimos este trabalho apenas o browser Firefox, um dos muitos agentes de utilizador existentes, tem suporte para visualizar áreas de um mapa de imagem em modo texto. Javascript A linguagem javascript tem como particularidade ser processada integralmente pela máquina do utilizador. Significa isto que, se a máquina do utilizador não dispuser de suporte para esta linguagem, as funcionalidades fornecidas por esta tecnologia não estarão disponíveis. Esta simples assumpção, ajuda a compreender um dos requisitos de acessibilidade: 6.3 - Certifique-se que as páginas são usáveis quando scripts, applets, ou outros objectos programáveis se encontram desactivados ou não são suportados. Se isto não for possível, forneça informação equivalente numa página alternativa acessível. A possibilidade de uma construção alternativa ao javascript cabe, geralmente, no SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 17 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 elemento <noscript>. Outro princípio importante está relacionado com o manuseio das funções disponibilizadas em javascript: têm de ser acessíveis aos utilizadores que usam dispositivos apontadores, como é o caso do rato, ou por quem usa teclado. Incluem-se igualmente nesta última categoria, utilizadores que fazem uso de sistemas de selecção por varrimento. Em termos técnicos, esta segunda exigência das directrizes de acessibilidade é colmatada com o uso de manipuladores de eventos de javascript. Estes manipuladores podem ser de dois tipos: dispositivo-independentes e dispositivo-redundantes. Os primeiros, porque contemplam, teoricamente, qualquer dispositivo, são preferíveis aos segundos. No presente estudo, a análise à implementação destes critérios de acessibilidade assentam nas perguntas: “como é feito o tratamento do elemento <noscript>?“ e “quais são os manipuladores de eventos javascript utilizados?” Quanto à primeira pergunta, verifica-se que 80% das páginas que usam elementos javascript não dispõem de uma correcta implementação do equivalente alternativo, ou melhor, o correspondente <noscript> não se encontra presente. Há 1% que faz uso do elemento <noscript> mas o mesmo encontra-se vazio. Na prática, 81% dos elementos <script> não dispõem de equivalente alternativo (ver Figura 12). Em 63% das páginas há mesmo vários elementos javascript e nenhum elemento <noscript>, o que, mesmo numa análise automática, evidencia a não construção de uma alternativa que seja processada pelo servidor, que entre em funcionamento no caso do computador do utilizador não o conseguir fazer. Se observarmos a presença do elemento <script> no corpo da página (<body>) e a presença do elemento que pode conter o seu equivalente alternativo, ou seja o elemento <noscript>, verifica-se que em apenas 10% dos elementos <script> se encontra o elemento que poderá conter o seu equivalente alternativo – ver Tabela 15. A aferição de um correcto equivalente alternativo só pode ser feita manualmente (veja a análise efectuada na SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 18 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 8). Tabela 15 - presença dos elementos <script> e <noscript> no total da amostra Elemento <script> no <body> da página Elemento <noscript> Elemento <noscript> vazio Nº 2265 215 2 Tabela 17 - disponibilização de equivalentes alternativos aos elementos javascript Ocorrências Usam-se vários <script> no <body> e o mesmo número de <noscript> Usa-se 1 <script> no <body> e <noscript> Usa-se 1 <script> no <body> mas não <noscript> Usa-se <script> no <body> mas <noscript> está vazio Usam-se vários <script> no <body> mas nenhum <noscript> % 9 4% 39 16% 42 17% 2 1% 156 63% Total 248 Figura 12 - % Páginas com <scripts> sem e com elemento <noscript> Tabela 18 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript utilizados (dispositivo-independente Vs. Rato-dependente) Nº Manipuladores de eventos javascript Rato-dependente 3177 2757 Nº Dispositivo-independente onmouseover onfocus onmouseout onblur 324 166 Tabela 19 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript utilizados (soluções redundantes para o rato e para o teclado) Nº Solução Redundante Rato-dependente 2792 Nº Teclado-dependente onclick onkeypress 643 Do balanceamento dos manipuladores de eventos é possível concluir que para 10 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 19 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 implementações de manipuladores do tipo dispositivo-dependente apenas há 1 dispositivo-independente. No caso das soluções redundantes, o rácio é na ordem dos 4 para 1, ou seja em 4 implementações apenas uma contém uma abordagem redundante (utilizável com rato ou com teclado). Inserção de elementos multimédia A utilização crescente da tecnologia Flash é um processo natural atendendo ao potencial que esta tecnologia tem na apresentação de elementos multimédia. Por exemplo, a sua utilização na disponibilização de vídeos é hoje muito frequente e popular nomeadamente impulsionada por plataformas como o Youtube ou o GoogleVideo. Do ponto de vista de acessibilidade há duas precauções que devem ser tidas em conta na sua utilização: ! ! Por um lado, não se recomenda ainda a construção de um sítio Web integralmente em Flash. Os agentes de utilizador, nomeadamente as tecnologias de apoio usadas por pessoas com deficiência, denotam ainda muita dificuldade no manuseio de elementos em Flash. São exemplo disso, os leitores de ecrã usados por pessoas com deficiência da visão mas também a notória dificuldade dos navegadores Web em manipular estes objectos usando apenas o teclado. Por outro lado, é importante que a afixação dos elementos Flash se faça de acordo com os standards do W3C, nomeadamente usando para o efeito o elemento <object>. No caso dos municípios portugueses verifica-se que 2.7% (8/294) (ver Tabela 4 Sítios não contabilizados: assentes em Tecnologia Flash) dos sítios na Internet estão construídos em exclusivo em tecnologia Flash. De notar que, no essencial, estamos a falar de páginas de entrada ou na vizinhança desta, o que amplifica bastante a barreira à acessibilidade aos conteúdos por uma grande quantidade de utilizadores com necessidades especiais. Relativamente à aposição de elementos como: banners em Flash, logótipos em Flash e outro tipo de imagens individuais em Flash, há uma utilização bastante mais frequente. 37% (141/380) das páginas da amostra têm elementos Flash. Verificase também que, na sua grande maioria, os elementos Flash são posicionados recorrendo ao elemento <embed>, o qual não pertence ao standard W3C. Recomendam, mesmo assim, as directrizes de acessibilidade do W3C que, quando se utiliza o elemento <embed> se deve igualmente proporcionar um equivalente alternativo, posicionando-o no elemento <noembed>. Em 96% das páginas de entrada dos municípios portugueses isso não ocorre (ver Tabela 20). Tabela 20 - % de páginas com elemento <embed> acompanhado de <noembed> Ocorrências Utiliza-se <embed> acompanhado de <noembed> Utiliza-se <embed> sem <noembed> Total 4 102 106 % 3.8% 96.2% SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 20 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Figura 14 - % páginas que fazem uso do elemento <embed> SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 21 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Para o posicionamento dos objectos multimédia o W3C recomenda a utilização do elemento <object>. Só por si, este elemento é suficiente para posicionar os elementos multimédia, nomeadamente os elementos Flash6. Ou seja, dispensa-se o uso do elemento proprietário <embed>. Da amostra de páginas dos municípios constata-se que em 10 utilizações do elemento <object> usa-se, de forma redundante, o elemento <embed> em 9 dos casos. Esta prática é desaconselhável, mas ao ser utilizada deve ser feita sempre em conjunto com o elemento <noembed>. iFrame A grande maioria dos agentes de utilizador actuais, nomeadamente as tecnologias de apoio usadas por pessoas com deficiência, conseguem trabalhar com os conteúdos existentes nos elementos <iframe>. Isto para concluir que, apesar de 86% (24/28) das páginas onde foram localizados <iframe> não disporem de concepções equivalentes, a evolução tecnológica dos agentes de utilizador leva-nos a concluir que a sua não existência, não será uma barreira para a generalidade dos utilizadores de tecnologias de apoio. Pela evolução tecnológica actual tudo leva a crer que este elemento será cada vez mais utilizado, mas é preciso chamar a atenção para as questões de segurança. Este elemento é bastante vulnerável às questões de segurança na Internet. Por esta razão e para se protegerem, há muitos utilizadores, nomeadamente empresas, que desactivam nos seus browsers o suporte para este tipo de elemento. Pelo que, sempre que possível, é preferível fazer com que o trabalho de fusão de conteúdos, que este elemento possibilita, seja feito pelo servidor, servindo ao utilizador páginas que não façam uso do elemento <iframe>. Tabela 21 - % páginas com iFrames sem e com concepção alternativa Ocorrências iFrames com equivalente alternativo iFrames sem equivalente alternativo Total de páginas 4 24 28 % 14% 86% Feita uma análise manual aos 4 sítios onde se localizaram equivalentes alternativos para <iframe>, verificou-se que nenhum deles era realmente um equivalente alternativo ao conteúdo disponibilizado pelo <iframe>. Nos 4 municípios: - Viana do Castelo (http://www.cm-viana-castelo.pt/); - Montemor-o-Velho (http://www.cm-montemorvelho.pt/); - Seixal (http://www.cm-seixal.pt/servicosonline/publico.asp) e - Oliveira de Frades (www.cm-ofrades.com) foi localizado um equivalente alternativo do tipo “O seu browser não suporta iFrames”: 6 Veja-se como exemplo de inserção de elementos multimédia apenas com <object> as páginas: http://www.umic.pt/ e http://www.b-on.pt/e-learning/. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 22 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 <iframe marginwidth="0" marginheight="0" frameborder="0" id="myframeB" name="myframeB" width="100%" height="100%" scrolling=no src="home/index.html" onload="javascript: toggleLoadingMsg( 'none' );"> O seu browser não suporta iFRAMES </iframe> Figura 15 – excerto de código retirado do sítio Web do Município do Seixal (http://www.cmseixal.pt/servicosonline/publico.asp) Frame As regras de acessibilidade contemplam dois cuidados essenciais a ter quando se usam Frames: - primeiro, todos os Frames têm de ter o atributo title, o qual confere ao <frame> a sua designação (requisito de prioridade 1); - segundo, é necessário desenvolver uma alternativa equivalente à estrutura de Frames (requisito de prioridade 1). Este desenvolvimento alternativo deve ser colocado no elemento <noframes>. A construção de páginas com o elemento Frame foi localizado em 5.5% ( 21/380) das páginas de entrada dos municípios. Relativamente à utilização do atributo title verifica-se que em todas as páginas onde foram localizados Frames, havia pelo menos um atributo title em falta. Ou seja, todas as páginas dos municípios que fazem uso de Frames violam esta regra de prioridade 1. Quanto à segunda regra de acessibilidade, a tabela seguinte sintetiza os resultados obtidos automaticamente. Tabela 22 - Conteúdos alternativos localizados no elemento <noframes> Ocorrências Em <noframes> existe pelo menos 1 link Em <noframes> não existe nenhum link O elemento <noframes> está vazio Falta o elemento <noframes> Total 2 16 2 1 21 % 9.5% 76.2% 9.5% 4.8% Mesmo tratando-se de uma recolha efectuada com validadores automáticos, a sua análise permite concluir que o conteúdo encontrado no elemento <noframes> em 86% das páginas (ver figura abaixo) não serve de equivalente alternativo a quem não consiga, por qualquer razão, aceder aos conteúdos existentes nos frames. Por exemplo, uma construção alternativa a uma página Web de entrada de um sítio onde não foi localizado um único link é, no mínimo, insólito. Isso mesmo foi encontrado em 76,2% das páginas que usam frames. A Figura 17 apresenta assim um resultado que se pode considerar um falso positivo. Feita uma análise manual aos 2 sítios que supostamente têm uma construção alternativa posicionada no elemento <noframes> constata-se que, de facto, têm um link para uma construção sem frames válida, apesar do uso do link “aqui” constituir uma violação das regras de acessibilidade (i.e. não compreensível fora do contexto). SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 23 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 <NOFRAMES> Clique <A HREF="main.php">aqui</A> para entrar. </NOFRAMES> Figura 15 - Estrutura alternativa à construção sem Frames. Apesar de simples, funciona eficazmente como alternativo. Retirado da página de entrada do Município de Ilhavo (http://www.cm-ilhavo.pt/). Figura 17 - Equivalente alternativo concebido em <noframes>. Nota: análise manual comprova que este resultado positivo, na verdade trata-se de um “falso positivo” Gramática de (x)HTML Existem, hoje em dia, várias versões em uso de linguagens de marcação. Por essa razão é importante referenciar explicitamente qual a versão que estamos a usar. Geralmente, essa identificação corresponde à primeira linha de código existente na página. Algo como: <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Figura 17 - linha de código para identifcar a gramática utilizada na página. Neste caso em concreto XHTML 1.0 strict. No caso dos municípios, cerca de 20% das páginas analisadas não contemplam esta referência. Isto faz com que os agentes de utilizador escolham uma versão, por defeito, para interpretarem os conteúdos existentes na página. Por vezes, o uso da versão, por defeito, traz resultados indesejáveis, fazendo com que a informação não se apresente de forma harmoniosa em todos os agentes de utilizador, incluindo aqui os navegadores Web e as próprias tecnologias de apoio. Tabela 23 - % páginas com declaração explícita da gramática (x)HTML Ocorrências Há declaração de DTD Não há declaração de DTD % 221 79.8% 56 20.2% 277 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 24 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Mas a situação mais grave, dada a sua elevada extensão, é a existência de erros de gramática da linguagem de marcação. Quase 90% das páginas analisadas têm mais de 25 erros de HTML nas suas páginas. Para além dos erros de (x)HTML é também elevado (> a 80%) o número de erros de CSS. Ambos os pontos contribuem para a violação de um dos pontos de verificação das WCAG 1.0 de prioridade 2: 3.2 - Crie documentos validando a notação com a gramática formal publicada. (WCAG 1.0, prioridade 2). Tabela 24 - % de páginas com erros de (x)HTML Ocorrências Nenhum erro < de 10 erros >=10 e <= 25 erros > de 25 erros Total de páginas 2 12 18 216 248 % 0.8% 4.8% 7.3% 87.1% Tabela 25 - % de Folhas de Estilo com erros de CSS Ocorrências Sem erros Com erros Total de páginas % 44 17.2% 212 82.8% 256 Em termos de versões da linguagem de marcação de hipertexto (HTML), pode-se afirmar que os municípios portugueses estão a usar, na grande maioria (80%), versões actualizadas. Cerca de 50% usam mesmo versões de marcação de origem XML. A mais utilizada é XHTML 1.0 Transitional. Tabela 26 - Versão (x)HTML utilizada Ocorrências XHTML 1.1 XHTML 1.0 Strict XHTML 1.0 Transitional HTML 4.01 Transitional HTML 4.01 Frameset HTML 4.01 HTML 4.0 Transitional HTML 3.2 final Total de páginas 14 6 120 82 6 3 42 1 274 % 5.1% 2.2% 43.8% 29.9% 2.2% 1.1% 15.3% 0.4% O aparecimento das folhas de estilo em cascata em meados da década de 90 do século XX (Andrew R. 2006), fez com que o W3C começasse a considerar obsoleto os elementos e os atributos que entretanto tinha adicionado às diversas versões da sua linguagem de marcação. Com a introdução das folhas de estilo, por via da linguagem de código CSS – Cascading Style Sheet, deu aos designers e editores Web a possibilidade de separarem as suas criações online em dois: por um lado a marcação SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 25 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 da estrutura dos documentos feita em (x)HTML e por outro o seu estilo marcado via CSS. Esta separação abriu novos horizontes de transformação da informação por parte dos agentes de utilizador, nomeadamente das tecnologias de apoio usadas por pessoas com deficiência. Esta separação é, hoje, fundamental para que as tecnologias de apoio adeqúem correctamente a apresentação dos conteúdos às necessidades dos utilizadores, nomeadamente àqueles que têm necessidades especiais. A pergunta que se põe é: até que ponto os sítios Web dos municípios portugueses fazem esta separação clara entre estilo e estrutura dos documentos? Em cerca de 42% das páginas não se localizaram elementos obsoletos mas em termos de atributos obsoletos a situação é bem mais grave. Em cerca de 96% das páginas analisadas foram detectados atributos obsoletos, sendo que em 85% das páginas a proliferação deste tipo de atributos é mesmo superior a 10 por página. Tabela 27 - Utilização de elementos de HTML para controlo da apresentação Ocorrências Não se utilizam elementos de apresentação Utilizam-se de 1 a 5 elementos Utilizam-se > 5 elementos 116 61 100 277 % 41.9% 22.0% 36.1% Tabela 28 - Utilização de atributos de HTML para controlo da apresentação Ocorrências Não se utilizam atributos de apresentação Utilizam-se de 1 a 10 atributos Utilizam-se > 10 atributos % 11 4.0% 32 11.5% 234 84.5% 277 Figura 18 - Utilização de elementos e atributos de apresentação no código (x)HTML Para além dos elementos e atributos de apresentação que se tornaram obsoletos com o aparecimento das folhas de estilo (CSS), também a disposição dos elementos na página, ou se preferirem no ecrã ou na impressora, passou a poder ser feita por via das CSS. No entanto, é importante não esquecer que a Web esteve praticamente 5 anos sem CSS e os criadores de páginas Web tiveram, também durante esse tempo, necessidade de disporem os elementos nas suas páginas. Encontraram um forte aliado para isso: o elemento <table>. Num dos erros, já assumido por Tim Berners-Lee (Andrew R. 2006) - o de não ter dotado a linguagem de marcação de hipertexto, na sua origem, de um método para atribuir estilo diversificado aos conteúdos – os designers Web passaram a usar o elemento <table>, originalmente concebido para construir tabelas de dados, para formatar páginas: as chamadas tabelas-layout. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 26 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 A utilização de tabelas-layout é, assim, um erro que perdura vai para 20 anos. No caso do presente estudo verifica-se que, ainda depois de passados 15 anos de Tim BernersLee ter emendado a mão, mais de 90% das páginas faz uso do elemento <table> para dispor os elementos. Geralmente o uso de tabelas-layout não se resume à utilização de uma tabela por página. Na presente amostra constata-se que existem cerca de 29 tabelas-layout por página. Esta proliferação de tabelas é algo que prejudica a transformação dos conteúdos por parte das tecnologias de apoio, dificultando o acesso aos utilizadores que fazem uso destas tecnologias. Tabela 29 - Utilização de CSS para estruturar layout de páginas Web Ocorrências Usa-se CSS e não há tabelas-layout Usa-se CSS mas há >=1 tabela-layout Não se usa CSS e não há tabelas-layout Não se usa CSS e há >=1 tabela-layout Total de páginas 15 253 0 1 269 % 5.6% 94.1% 0.0% 0.4% Tamanho de letra (unidade de medida) Em mais de 90% das páginas foram localizadas unidades de medida absolutas, nomeadamente a unidade de medida ‘px’. Esta unidade de medida representa um obstáculo ao redimensionamento do tamanho da letra, particularmente para os utilizadores do navegador Internet Explorer. Aliás, hoje em dia, a unidade de medida ‘px’ é considerada absoluta apenas pelo Internet Explorer. De notar ainda, da recolha de dados feita com o TAW, que 77,2% das páginas fazem uso de unidades absolutas para dimensionar os “contentores” de informação (width e height), principalmente nas tabelas-layout. O TAW detecta uma média de 57 erros deste tipo por página. Tabela 30 - Unidades de medida absolutas no tamanho da letra Ocorrências % Não se usam medidas absolutas 23 8.6% Usam-se medidas absolutas na CSS 146 54.3% Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML 4 1.5% Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML e nas CSS 96 35.7% Total de Páginas 269 Formulários A inexistência de etiquetas (label) para os campos de edição é o dado mais relevante da amostra no que diz respeito ao elemento formulário: 82% das páginas onde se encontraram formulários estão nesta situação. Uma vez que da amostra constam as primeiras páginas, o mais provável é estarmos perante o formulário do motor de busca em que apenas é colocado o campo de edição sem a correspondente etiqueta. Se juntarmos a este dado, o facto de 81% das páginas em que foram localizados campos de edição não terem texto por defeito inserido (um requisito de prioridade 3), o mais provável é que a generalidade dos utilizadores de tecnologias de apoio entrem no campo de edição do motor de busca e não se apercebam disso. Isto é particularmente relevante para os utilizadores de leitores de ecrã. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 27 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Tabela 31 – Nº de páginas em que se encontram associações entre a <label> (etiqueta) e o <input> (campo de edição) Ocorrências Todas as <label> com for e os <input> com id Todas as <label> com for mas nem todos os <input> têm id <label> sem for e posicionamento não implicito <input> sem <label> Total de páginas 33 1 5 186 225 % 14.7% 0.4% 2.2% 82.7% Uma análise aos atributos do elemento <label> dá-nos também conta da elevada quantidade de elementos sem o atributo ‘for’. Em 86% dos elementos <label> não existe o atributo ‘for’ o que significa que não existe em 86%, com toda a certeza, a associação explicita entre a etiqueta e o respectivo controlo. <label for="mod_login_username" class="ja-login-user"> <span>Nome de Utilizador</span> <input name="mod_login_username" id="mod_login_username" type="text" class="inputbox" alt="username" size="10" /> </label> Figura 19 - Exemplo correcto de uma associação implicita (<label> envolve campo <input>) e de uma associação explicita (feita com os atributos for e id). Exemplo retirado da página de entrada do Município de Valpaços (http://www.valpacos.pt/portal/), com uma ligeira correcção: o atributo name = id. Para mais informações sobre cuidados de acessibilidade a ter na marcação de formulários leia o tutorial: Como criar formulários acessíveis em http://www.acesso.umic.pt/tutor/form_1/index.htm. Hiperligações e Listas de Hiperligações (Menus) Mais do que o uso do mesmo texto em múltiplas hiperligações de uma página, mais do que hiperligações coladas, as hiperligações activadas apenas por via de javascript são ainda a principal barreira a quem usa tecnologias de apoio. Pelo TAW é possível constatar que 65,8% (173/263) das páginas de entrada dos municípios portugueses têm hiperligações cuja activação depende de javascript. Um outro aspecto também relevante, nos nossos dias, para quem usa tecnologias de apoio, nomeadamente leitores de ecrã, é a abertura de hiperligações em novas janelas sem aviso prévio do utilizador. No caso dos municípios portugueses, o atributo “target” foi localizado em cerca de 20% das 28301 hiperligações compiladas. Tabela 32 - Hiperligações com texto repetido que apontam destinos diferentes Ocorrências Páginas sem hiperligações com texto repetido Páginas com mais de 3 hiperligações com texto repetido Total de páginas 63 214 277 % 22.7% 77.3% Apesar dos dois aspectos inicialmento citados serem menos obstrutivos, em termos de acessibilidade, eles aparecem, no presente estudo, de forma muito expressiva: - o uso do mesmo texto em múltiplas hiperligações com destinos diferentes é prática corrente nos municípios portugueses (mais de 77% das páginas contêm mais de 3 hiperligações com o mesmo texto). Falamos de links com SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 28 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 - textos como: “ver mais…”, “clique aqui”, “mais…”, etc; o uso de hiperligações adjacentes, ou seja coladas umas às outras, é prática em 77% das primeiras páginas. Tabela 33 - Nº de páginas onde foram localizadas hiperligações adjacentes / colados Ocorrências Páginas sem links adjacentes Páginas com links adjacentes 110 167 277 % 22.7% 77.3% Agrupar as hiperligações em listas é uma prática que deve ser usada na estruturação de todos os menus. Pela informação recolhida automaticamente, é relevante constatar que em 53% das páginas com mais de 25 hiperligações, 25% a 50% desses mesmos links encontramse marcados em listas. Em princípio, isto é indiciador da boa prática de marcação de todos os menus como listas de opções do tipo: <ul> <li>opção 1</li> <li>opção 2</li> </ul> Figura 20 – Exemplo de marcação de um menu (lista de opções, ou seja lista de hiperligações Cabeçalhos A inexistência de uma marcação dos conteúdos que constituem cabeçalhos é a falha mais preponderante nas páginas de entrada dos municípios em termos estruturais. Cerca de 74% das páginas não têm um único cabeçalho marcado. Nas 36% das páginas que utilizam a marcação de cabeçalhos, 48% fazem-no incorrectamente: ou utilizam mais do que um cabeçalho <h1> ou erram a ordem sequencial hierárquica (h1, h2, h3, h4, h5, h6) a que a sua utilização está obrigada. Para validar a correcta utilização de cabeçalhos aconselha-se a usar a opção “outline” do validador de HTML do W3C existente em: http://validator.w3.org. Tabela 34 - Nº de páginas em que se utilizam marcação de conteúdos com cabeçalhos (<h1>...<h6>) Ocorrências Utiliza-se <h1> e a ordem está correcta Utiliza-se <h1> mas a ordem não está correcta Utiliza-se mais do que um <h1> Não se utilizam cabeçalhos Total páginas 29 13 18 167 227 % 12.8% 5.7% 7.9% 73.6% Idioma dos conteúdos Em matéria de acessibilidade há, no que diz respeito à marcação dos idiomas, duas regras. Uma delas, bastante simples de operacionalizar, principalmente para quem usa sistemas de gestão de conteúdos: a marcação do idioma principal da página. A outra regra, bastante mais trabalhosa de implementar, é a marcação de todas as alterações de idioma que ocorrem ao longo da página. Curiosamente, a mais simples de SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 29 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 implementar é um ponto de verificação de prioridade 3 e a mais trabalhosa corresponde a um ponto de verificação de prioridade 1 das WCAG 1.0. No ponto relativo ao uso de linguagens de marcação, já constatámos que as páginas de entrada dos municípios portugueses usavam maioritariamente linguagens actualizadas, de raíz XML. Quando tal sucede, a marcação do idioma principal da página faz-se recorrendo a dois atributos - lang e xml:lang - posicionados no elemento <html>. Algo como: <html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml” lang=”pt-PT” xml:lang=”pt-PT”> Figura 21 - Exemplo de marcação do idioma principal em Português, na sua variante Europeia, numa página XHTML. Tendo em atenção a aplicação destes dois atributos constata-se que 77% das páginas de entrada dos municípios não faz a marcação do idioma principal. Tabela 35 - Identificação do idioma principal da página Ocorrências Correctamente identificado Usa-se lang mas a DTD é XHTML e falta xml:lang Não se utiliza nem lang nem xml:lang Total de páginas % 60 21.7% 3 1.1% 214 77.3% 277 Relativamente à mudança de idioma ao longo da página, a ferramenta por nós utilizada (eXaminator) permite quantificar quantas vezes numa página ele foi utilizado. Foi assim possível determinar que a mudança de idioma ocorreu em 30 páginas da amostra, ou seja em cerca de 10% das páginas de entrada. A marcação de idioma revela-se hoje em dia útil para os utilizadores de leitores de ecrã, nomeadamente para selecção do idioma do sintetizador de fala a usar para leitura de uma página ou de um excerto de uma página. Esta técnica é igualmente usada pelos leitores de ecrã para seleccionar a tabela de caracteres braille adequada a um determinado idioma. Hoje em dia os sistemas de indexação de informação na Web, como é o caso do Google, fazem igualmente uso desta marcação. Teclas de atalho e saltos nas páginas Os utilizadores com necessidades especiais solicitam com frequência às suas tecnologias de apoio o varrimento da página de uma forma não linear. Podem solicitar o varrimento, leitura, por cabeçalhos, por parágrafos, por listas, por formulários, por tabelas e também recorrendo a bookmarks (marcas-referência) que lhes permitem direccionar a sua tecnologia e consequentemente a sua leitura para um determinado local da página. Geralmente estas ‘marcas-referência’ estão relacionadas com as teclas de atalho. É hoje comum termos 3 teclas de atalho: uma tecla de atalho para o motor de busca (alt 1), uma tecla de atalho para o corpo da página (alt 2) e uma tecla de atalho para o menu principal (alt 3). Esta é uma lógica que deriva do Teste do Camião (Trunk Test) de Steve Krug expressa no seu livro “Don’t Make Me Think” (Krug S. 2000: 87). Esta seria uma boa prática a implemntar nos municípios portugueses. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 30 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 No caso dos municípios portugueses não é, de todo, prática corrente o uso de teclas de atalho, nem a utilização de “marcas-referência” que permitam dar saltos na página. Em 78% das páginas não se usam teclas de atalho e nas páginas com mais de 125 links, cerca de 83% delas não faz uso de marcas-referência. Tabela 36 - Nº de páginas com teclas de atalho em elementos activos Ocorrências Usam-se teclas de atalho Usam-se teclas de atalho em excesso (> 10) Não se usam teclas de atalho em nenhum dos elementos activos (a,input,area); nº elementos <75 Não se usam teclas de atalho em nenhum dos elementos activos; nº elementos > 75 54 8 % 19% 3% 110 40% 105 38% Total de Páginas 277 Tabela 37 - Bookmarks (marcas-referência) ou hiperligações que permitem saltar por entre a informação da página Ocorrências Bookmarks (> 25 e < 75 links) Bookmarks (> 75 e < 125 links) Bookmarks (> 125 links) Pags sem Bookmark 95 59 40 Total páginas 127 71 51 % (sem book) 75% 83% 78% Tabelas de dados Do total das tabelas localizadas (8922) o eXaminator infere que apenas cerca de 1% delas possam estar a ser usadas como tabelas de dados. Quando observamos o elemento <table> por página, verificamos que 81% das páginas que fazem uso de tabelas, estas não têm os cabeçalhos identificados, prática que deve ser usada em tabelas-layout. Por oposição, este resultado também significa que em 19% das páginas há tabelas com cabeçalhos marcados, o que poderá indiciar a presença de tabelas de dados. O eXaminator localiza apenas uma página onde todas as tabelas aí existentes se encontram com as colunas-cabeçalho identificadas. Trata-se da página de entrada do Município de Miranda do Douro. A análise manual a essa página permitiu constatar nessa página a existência de um calendário cujos cabeçalhos, ou seja os dias da semana, se encontram correctamente marcados pelo elemento <th> (table header). Os calendários são, efectivamente, um tipo de conteúdo que configura aquilo a que se designa informação tabular, e que deve ser marcada com uma tabela de dados. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 31 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Figura 22 - Exemplo de uma tabela de dados com as células cabeçalho correctamente identificadas. Retirado de Câmara Municipal de Miranda do Douro: http://www.cm-mdouro.pt/. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 32 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Conclusões e Recomendações Apresentam-se a seguir as principais conclusões do presente estudo, organizadas em duas grandes secções: • • Conclusão e discussão dos resultados, em que se evidenciam os principais resultados e se confrontam os dados com estudos similares. Recomendações, em que se deixa uma síntese das principais acções a ter em conta para corrigir as falhas encontradas. Conclusão e discussão dos resultados Universo de sítios em análise Em 2007, apenas a Câmara Municipal de Velas e a Câmara Municipal de Ourique não dispunham de sítio online. No entanto, dos 306 Municípios online, apenas 287 foram realmente analisados, uma vez que 3 se encontravam “em construção”, 5 “em reestruturação” e 11 apresentavam “erro no acesso” (Santos L. 2008). Tabela 38 - Evolução dos sítios Web Municipais online (1999 – 2009) Ano X = Nº de URLs % (x/308) 1999 153 49.7% 2001 222 72.1% 2003 259 84.1% 2005 303 98.4% 2007 306 99.4% 2009 307 99.7% Dois anos depois, verifica-se, no presente estudo, que são 307, os municípios com presença na Internet. Todavia, todos têm URL. Não está na Web o município de Vila Flor. Em 2007, o estudo da Universidade do Minho dava conta que havia apenas 2 municípios sem presença na Internet, mas não conseguiu aceder a 11 sítios. Ou seja, na realidade é como se 13 autarquias não tivessem presença na Internet. Se compararmos estes treze sítios de 2007 com o único caso de 2009, verifica-se que a presença online dos municípios portugueses, em 2009, é substancialmente melhor. Na realidade falta apenas um município para se atingir o pleno. Relativamente aos sítios em construção, dos 307 municípios online, 6 têm o sítio Web “em construção”. Menos dois que em 2007 (Santos L. 2008)7. O ano de 2009, em termos de presença online dos municípios portugueses, revela-se o melhor ano de sempre, com 301 sítios Web em pleno funcionamento, ou seja 98%. Símbolo de Acessibilidade à Web Em 2005 (Santos L. 2006) 19% das páginas de entrada dos sítios Web municipais tinham afixado o símbolo de acessibilidade à Web. Em 2009 o número de sítios Web 7 Os 8 sítios “em construção” resultam do somatório dos sítios “em construção” com os sítios “em reestruturação” que constam do estudo citado. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 33 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 municipais com o símbolo ascende a 37,1%. Apesar dos estudos mais recentes sobre a presença online das autarquias portuguesas não disporem deste indicador (Santos L. 2008), tudo nos leva a crer que a sua expressão é positiva, quando comparada com aquilo que se encontra na generalidade dos estudos da Administração Directa e Indirecta do Estado. Nestes últimos, o valor mais expressivo é de 33.1%, verificado em 2003 (Accenture 2003). De salientar também que ambas as Resoluções do Conselho de Ministros sobre o tema da acessibilidade Web, a RCM 97/99 de 26 de Agosto e a RCM 115/07 de 2 de Outubro, têm como grupo-alvo a Administração Directa e Indirecta do Estado, o que torna o valor alcançado neste indicador pelos municípios portugueses algo de verdadeiramente excepcional. Conformidade para com as WCAG 1.0 No presente estudo o nível de sítios Web em conformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0 do W3C oscila consoante o validador automático utilizado. Medido com o TAW, são 12 as páginas de entrada dos municípios que passam a bateria de testes para os pontos de verificação de prioridade 1. Se usarmos o eXaminator, são 5. O porquê da diferença encontra-se explicado no ponto relativo à “Conformidade” deste relatório (ver Tabela 9 eTabela 10). Embora não se possa tomar nenhum dos valores (1.7% ou 4.1%) como “o verdadeiro” mas apenas como um indicador de tendência, a análise manual feita aos 7 sítios que se encontram na diferença permitem afirmar, no presente estudo, que o indicador de conformidade ‘A’ recolhido pelo eXaminator é mais real do que o inferido pelo TAW. Tomando o valor obtido como indicador de uma tendência, constata-se que ele é, por si só, baixo, mas quando comparado com outros estudos congéneres verifica-se que ele é, também, dos mais baixos recolhidos em Portugal. Os estudos feitos no passado em Portugal foram igualmente feitos com o suporte de ferramentas automáticas cujas métricas estão mais próximas do TAW do que do eXaminator. O estudo sobre as 1000 maiores empresas portuguesas (Gonçalves R. 2009) foi mesmo feito com a mesma versão do TAW: o TAW 3.08. Os outros estudos anteriores foram feitos com o Bobby, cujas métricas são similares ao TAW8. Tendo em conta esta configuração, verifica-se que os 4.1% dos municípios portugueses em conformidade ‘A’ do presente estudo contrastam, mesmo assim, com os resultados obtidos no passado: 15% dos sítios dos municípios em 2005 (Santos L. 2006), 13.8% dos sítios da Administração Directa e Indirecta do Estado na Internet em 2003 (Accenture 2003), 9.4% das 1000 maiores empresas portuguesas em 2009 (Gonçalves R. 2009). 8 A versão 3.02 do Bobby tinha os seguintes testes de prioridade 1 implementados: • “Provide alternative text for all images” (1.1); • “Provide alternative text for each APPLET” (1.1); • “Provide alternative text for all image-type buttons in forms” (1.1); • “Provide alternative text for all image map hot-spots” (1.1); • “Each FRAME must reference an HTML file” (6.2); • “Give each frame a title” (12.1). A violação de um qualquer destes pontos resultava num erro de prioridade 1. Com excepção de “Provide alternative text for each APPLET”, todos os outros estão igualmente implementados no TAW 3.08. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 34 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Geralmente, os estudos de acessibilidade dos conteúdos da Web ficam-se pelas conclusões relativas ao nível de conformidade, nº de erros em cada um desses níveis e pela recolha da presença do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página. Mesmo a nível europeu, o único estudo que desmonta os níveis de conformidade e os próprios pontos de verificação foi publicado em 2005 aquando da Presidência da União Europeia pelo Reino Unido com o título “eAccessibility of public sector services in the European Union” (UK Presidency 2005). Os valores globais mostram tendências de conformidade para com as WCAG 1.0 semelhantes ao presente estudo: 3% com conformidade ‘A’ e nenhum dos 436 sítios com ‘AA’. Ao confrontar algumas das suas métricas com as recolhidas no presente estudo verificamos que a natureza das falhas encontradas e a respectiva extensão são semelhantes. A falha de legenda nas imagens é ligeiramente mais grave nos municípios portugueses do que a detectada nos serviços públicos dos Estados Membros da União Europeia: 80% vs 64%; que a legendagem das áreas dos mapas de imagem é ligeiramente melhor: 40% vs 50%; páginas sem cabeçalhos é bastante pior nos municípios portugueses: 74% vs 28%; erros de HTML: 90% vs 100% e níveis iguais de código obsoleto na ordem dos 95%. Perante os resultados de conformidade alcançados o que é afinal necessário fazer? Quais são, afinal, os principais problemas encontrados nas páginas dos municípios portugueses? É essa pergunta, que exige uma resposta qualitativa, que nos fez, no presente estudo, usar o eXaminator e retirar, do próprio TAW, um outro tipo de dados (não ao nível da conformidade mas ao nível dos pontos de verificação). Essa recolha qualitativa permite apresentar a seguir um conjunto de 14 recomendações ao nível dos diversos elementos que compõem um conteúdo Web. Para cada um deles apresenta-se também a situação encontrada nos sítios das autarquias. Recomendações Imagens ## Recomendação 1 – legende todas as imagens, mapas de imagens e botões gráficos. Situação encontrada: 81,7% (215/263) das páginas de entrada dos municípios portugueses com presença na Internet violam o ponto de verificação 1.1 das WCAG 1.0 (recolha efectuada com o TAW). Entre outros elementos, incluem-se neste ponto a legendagem de imagens, mapas de imagem e botões gráficos. Dos dados recolhidos pelo eXaminator é possível discriminar este resultado por cada um destes 3 elementos e concluir que a situação não é uniforme: • • • em 80% das páginas há imagens sem legenda; em 40% das páginas há botões gráficos sem legenda; em 24% das páginas há áreas de mapas de imagem sem legenda. Relativamente ao primeiro elemento, os resultados do eXaminator permitem ainda analisar com mais atenção a extensão do problema. Das 15395 imagens inspeccionadas pelo validador, no total da amostra, 61,1% delas têm legenda. Este dado curioso, à primeira vista incongruente, revela simplesmente que a legendagem SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 35 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 das imagens não está a ser consistentemente colocada em todas elas. É de notar que 11% das páginas têm apenas 1 imagem por legendar e 69% têm 2 ou mais imagens por legendar. Javascript ## Recomendação 2 – para todas as funcionalidades que façam uso de tecnologia javascript tenha sempre em atenção dois cuidados: (1) verifique que é possível manusear os diversos elementos/funcionalidades javascript com o rato e com o teclado e; (2) verifique que os conteúdos/funcionalidades se encontram disponíveis quando se desactiva o suporte para javascript. Situação encontrada: Quanto ao primeiro aspecto, verifica-se que dos manipuladores de eventos utilizados nas páginas é possível concluir que para 10 implementações de manipuladores do tipo dispositivo-dependente apenas há 1 implementação com manipuladores dispositivoindependente. No caso das soluções redundantes, o rácio é na ordem dos 4 para 1, ou seja em 4 implementações apenas uma contém uma abordagem redundante (utilizável com rato ou com teclado). Quanto ao segundo aspecto, cerca de 80% dos sítios não disponibilizam uma implementação alternativa ao javascript. Uma vez que estamos a falar de páginas de entrada é importante verificar se esta tecnologia não estará a controlar elementos como os menus principais. Da análise manual efectuada verificou-se que 2 em 7 municípios usam esta tecnologia para este efeito, ou seja, algo como 60 municípios. Sítios em Flash ## Recomendação 3 – evite construir páginas totalmente dependentes de tecnologia Flash. Sempre que o faça recomendamos que observe o ponto de verificação 11.4 de prioridade 1 das WCAG 1.0 (tome nota que não se trata de uma versão texto da página): Se, depois de todos os esforços, não conseguir criar uma página acessível, forneça um link para uma página alternativa que use as tecnologias W3C na sua versão acessível, com informação equivalente (ou com as mesmas funcionalidades), que seja actualizada tantas vezes quantas as páginas inacessíveis (originais). Situação encontrada: Apenas 2.7% das páginas de entrada dos municípios portugueses na Internet estão construídos totalmente em tecnologia Flash. Inserção de elementos multimédia ## Recomendação 4 – para inserir objectos multimédia use o elemento <object> e disponibilize um equivalente alternativo sincronizado (legendagem, língua gestual, áudiodescrição) e/ou no corpo do elemento <object> (transcrição textual, legenda, descrição longa). Evite o uso do elemento <embed> mas se o usar disponibilize o equivalente alternativo em <noembed>. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 36 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Situação encontrada: No caso dos municípios portugueses verifica-se que em 10 utilizações do elemento <object> usa-se, de forma redundante, o elemento <embed> em 9 dos casos. Apesar deste último não fazer parte das especificações do W3C, o seu uso não se revela grave para a acessibilidade. Mais grave é a inexistência de concepções equivalentes que sirvam todos aqueles, que por qualquer razão, não consigam aceder ao elemento multimédia: 96% das páginas de entrada dos sítios dos municípios portugueses faz uso de <embed> mas não usa <noembed>, ou seja não constroi um equivalente alternativo. Hiperligações ## Recomendação 5 – não faça depender a activação das hiperligações da existência de suporte para javascript. Evite a utilização de textos iguais para hiperligações com destinos diferentes, nomeadamente não compreensíveis fora do contexto como: “clique aqui”, “saiba mais” ou “mais...”. Situação encontrada: Pelo validador TAW é possível constatar que 65,8% (173/263) das páginas de entrada dos municípios portugueses têm hiperligações cuja activação depende de javascript. Este tipo de construções, mesmo quando os browsers têm javascript activo, costumam dificultar o acesso às tecnologias, nomeadamente às tecnologias de apoio usadas por pessoas com deficiência. É usual os utilizadores cegos queixarem-se que o seu leitor de ecrã não localiza facilmente hiperligações cuja activação depende desta tecnologia. Mais de 77% das páginas contêm mais de 3 hiperligações com texto igual cujo destino é diferente. Frames ## Recomendação 6 – Evite a utilização de construções que assentem no elemento <frame>. Em vez disso faça uso de CSS. Caso use <frame> não se esqueça de rotular cada frame (atributo title) – ponto de verificação 12.1 de prioridade 1 das WCAG 1.0 – e de disponibilizar uma versão alternativa, sem frames, usando para o efeito o elemento <noframes>. Situação encontrada: O elemento <frame> foi localizado em 5.5% (21/380) das páginas. Relativamente à utilização do atributo title verifica-se que em todas as páginas onde foram localizados <frame>, havia pelo menos um atributo title em falta. Ou seja, todas as páginas dos municípios que fazem uso de Frames violam esta regra de prioridade 1. Em 95% das páginas onde existem Frames há, hipoteticamente, uma construção alternativa equivalente. Usa-se o termo hipoteticamente porque o validador eXaminator demonstra, mesmo automaticamente, que tal hipótese é falsa. 10% dos elementos <noframes> estão vazios e 76% não têm um único link. Conclui-se que o elemento <noframes> em 86% das páginas não serve de equivalente alternativo a SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 37 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 quem não consiga, por qualquer razão, aceder aos conteúdos existentes nos Frames. Gramática de (X)HTML e CSS ## Recomendação 7 – Crie documentos validando a notação com a gramática formal publicada (ponto de verificação 3.2 de prioridade 2 das WCAG 1.0). Separe integralmente o conteúdo estruturado (i.e. HTML) do estilo (i.e. CSS) do documento. Situação encontrada: Cerca de 20% das páginas analisadas não contemplam a referência à versão da linguagem HTML utilizada. Isto faz com que os agentes de utilizador, nomeadamente os browsers, escolham uma versão, por defeito, - guess work - para interpretarem os conteúdos existentes na página, o que, por si só, é potenciador de problemas de acesso. Mas a situação mais grave, dada a sua elevada extensão, é a existência de erros de gramática da linguagem de marcação. Quase 90% das páginas analisadas têm mais de 25 erros de HTML. 80% dos municípios portugueses usam versões actualizadas de HTML – Linguagem de Marcação de HiperTexto. Cerca de 50% usam mesmo versões de marcação de origem XML. A mais utilizada é XHTML 1.0 Transitional (44%). Para além dos erros de (x)HTML é também elevado (> a 80%) o número de erros presentes nas folhas de estilo. 58% das páginas analisadas usam elementos obsoletos e 96% usam atributos obsoletos. Em 85% das páginas a proliferação deste tipo de atributos é mesmo superior a 10 por página. Isto demonstra que as páginas HTML estão ainda cheias de elementos e atributos que deveriam estar colocados na folha de estilo (CSS) externa. Tabelas de dados e tabelas-layout Recomendação 8 – Não use o elemento <table> para construir layouts de páginas. Em vez disso, use CSS para posicionar os elementos na página. Situação encontrada: O elemento <table> foi criado por Tim Berners-Lee para formatar tabelas de dados. No entanto, desde muito cedo que este elemento passou também a servir de estrutura para formatar páginas. O posicionamento dos elementos por CSS é possível, substitui o uso de tabelas-layout, torna a manutenção das páginas mais fácil e agiliza a transformação dos conteúdos por parte dos agentes de utilizador, requisito fundamental para a acessibilidade dos conteúdos. Da observação dos validadores de acessibilidade actuais, nomeadamente do TAW e do eXaminator, constata-se que um conteúdo que tenha pretensões de estar em conformidade “AAA” ou mesmo “AA” não pode usar o elemento <table> para organizar layouts de páginas. No caso dos municípios portugueses, mais de 90% das páginas fazem uso do elemento <table> para dispor os elementos na página. Geralmente, o uso de tabelaslayout não se resume à utilização de uma tabela por página. Na presente amostra constata-se que existem, em média, cerca de 29 tabelas-layout por página. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 38 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Do total de tabelas localizadas (8922) o eXaminator infere que apenas cerca de 1% delas possam estar a ser usadas como tabelas de dados. Unidades de medida ## Recomendação 9 – Evite a utilização de unidades de medida absolutas. No caso do tamanho das letras use apenas medidas relativas. Situação encontrada: Pelos testes efectuados pelo eXaminator constata-se que em mais de 90% das páginas existem tamanhos de letra que recorrem à unidade de medida “absoluta” px. Dos testes feitos pelo TAW resulta que 77,2% dos sítios usam medidas absolutas no dimensionamento dos diversos elementos existentes na página. O ponto de verificação 3.4 de prioridade 2 das WCAG 1.0 é particularmente importante para pessoas com baixa visão que necessitam com alguma frequência de solicitar a ampliação de conteúdos ao próprio browser. Formulários ## Recomendação 10 – Associe explicitamente os rótulos aos respectivos controlos. A associação define-se por efectuar explicitamente no código uma associação entre o rótulo (<label for=”associar”>) e o controlo (<input id=”associar” name=”associar”>). A associação é feita entre os dois elementos pelos respectivos atributos ‘for‘ e ‘id’ (ponto de verificação 12.4 de prioridade 2 das WCAG 1.0). Situação encontrada: A inexistência de etiquetas (label) para os campos de edição é o dado mais relevante da amostra no que diz respeito ao elemento formulário: 82% das páginas onde se encontraram formulários estão nesta situação. Uma vez que da amostra constam as primeiras páginas, o mais provável é estarmos perante o formulário do motor de busca em que apenas é colocado o campo de edição sem a correspondente etiqueta. Menus como listas ## Recomendação 11 – Faça uso da correcta notação para as listas (<ul>...<ol>) e para os seus pontos de enumeração (<li>). Aconselha-se a sua utilização em todos os menus existentes nas páginas. O aspecto visual do menu, construído como lista, deve ser controlado por CSS, quer se trate de um menu com disposição vertical ou horizontal (ponto de verificação 3.6 de prioridade 2 das WCAG 1.0). Situação encontrada: Pela informação recolhida automaticamente, é relevante constatar que em 53% das páginas com mais de 25 hiperligações, 25% a 50% dessas hiperligações encontram-se marcadas em listas. Atendendo a que estamos a analisar as primeiras páginas dos sítios, podemos inferir que cerca de metade das páginas contêm menus que se encontram marcados como listas. Cabeçalhos ## Recomendação 12 – Use os elementos cabeçalho (<H1>...<H6>) para transmitir SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 39 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 a estrutura dos documentos e utilize-os de acordo com as especificações (ponto de verificação 3.5 de prioridade 2 das WCAG 1.0). Situação encontrada: A inexistência de uma marcação dos conteúdos que constituem cabeçalhos é a falha estrutural mais preponderante nas páginas de entrada dos municípios. Cerca de 74% das páginas não têm um único cabeçalho marcado. Nos 36% das páginas que utilizam a marcação de cabeçalhos, 48% fazem-no incorrectamente: ou utilizam mais do que um cabeçalho <h1> ou erram a ordem sequencial hierárquica (h1, h2, h3, h4, h5, h6). Idioma principal da página ## Recomendação 13 – Identifique o idioma principal do documento (ponto de verificação 4.3 de prioridade 3 das WCAG 1.0). Identifique claramente quaisquer alterações de idioma no texto de um documento (ponto de verificação 4.1 de prioridade 1 das WCAG 1.0). Situação encontrada: 77% das páginas de entrada dos municípios portugueses não têm o idioma principal marcado. Relativamente à mudança de idioma ao longo da página, a ferramenta por nós utilizada (eXaminator) permite quantificar quantas vezes numa página ele foi utilizado: em 30 páginas da amostra foram encontradas mudanças de idioma marcadas, ou seja em cerca de 10% da amostra de páginas. Teclas de atalho ## Recomendação 14 – Utilize teclas de atalho para encaminhar o utilizador para zonas-chave da página. Actualmente consideram-se zonas-chave [definidas a partir do Trunk Test de Steve Krug (Krug S. 2000)]: o motor de busca, o corpo principal da página e o menu principal. Situação encontrada: No caso dos municípios portugueses não é, de todo, prática corrente o uso de teclas de atalho, nem a utilização de “marcas-referência” que permitam dar saltos na página. Em 78% das páginas não se usam teclas de atalho e nas páginas com mais de 125 links, cerca de 83% delas não faz uso de marcas-referência (bookmarks). Referências Accenture. (Dezembro 2003). Relatório Final - Avaliação Externa de Web Sites dos Organismos da Administração Directa e Indirecta do Estado. 2ª edição. Retirado em 14 de Julho de 2009 de http://www.acesso.umic.pt/estudos/accenture_2003.pdf. Accenture. (Fevereiro 2002). Relatório Final - Avaliação Externa de Web Sites dos Organismos da Administração Directa e Indirecta do Estado. Retirado em 14 de Julho de 2009 de http://www.acesso.umic.pt/estudos/accenture_2002.doc. Andrew R. & Shafer D. (2006). HTML Utopia: Designing without tables using CSS (2nd Edition). Vitoria (Austrália): SitePoint Pty. Ltd. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 40 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Chisholm W., Vanderheiden G. & Jacobs I. (1999). Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web 1.0. Retirado em 14 de Julho de 2009 de http://www.utad.pt/wai/wai-pageauth.html. Gonçalves R., Pereira J., Martins J., Mamede H. & Santos V. (Setembro 2009). Acessibilidade Web: ponto de situação das maiores empresas portuguesas. Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação. Retirado em 18 de Setembro de 2009 de http://www.apdsi.pt/contents/files/2009/09/18/9648e02ac569cdf79a14f80c5dfed756.p df. Krug S. (2000). Don’t Make Me Think: a common sense approach to Web usability. Indianapolis (EUA): New Riders Publishing. Oliveira J., Santos L. & Amaral L, (2003). Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Directa e Indirecta. Guimarães: Gávea - Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informação da Universidade do Minho. Retirado a 2 de Julho 2009 de http://hdl.handle.net/1822/306. Santos L. & Amaral L. (2006). A presença na Internet das câmaras municipais portuguesas 2005. Lisboa: UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento. Retirado a 2 de Julho 2009 de http://hdl.handle.net/1822/9079. Santos L. & Amaral L. (2008). Presença na Internet das câmaras municipais portuguesas em 2007: estudo sobre local eGovernement em Portugal. Guimarães: Gávea - Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informação da Universidade do Minho. Retirado a 2 de Julho 2009 de http://hdl.handle.net/1822/8443. UK Presidency of EU 2005. (Novembro 2005). eAccessibility of public sector services in the European Union. Retirando em 20 de Outubro 2007 de http://fastlink.headstar.com/coi2. W3C/WAI. (2008). Preliminary Review of Web Sites for Accessibility. Retirado em 14 de Julho 2009 de http://www.w3.org/WAI/eval/preliminary.html. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 41 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Anexos SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 42 Anexo I - Recolha dos dados eXaminator dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 de Agosto de 2009. Directório: Municípios 2009 (recolha feita entre 15 Junho a 31 Agosto) Recolha de dados (R = nº de páginas - casos típicos) Teste 1. Texto alternativo nas imagens. 2. Texto alternativo nos botões gráficos. 3. Texto alternativo nas áreas de um mapa de imagem. 4. Conteúdo alternativo para scripts. Ocorrências R %r Todas as imagens têm alt 56 20% Há uma imagem sem texto alternativo 30 11% Há várias imagens sem texto alternativo 191 69% Todos os botões gráficos têm o atributo alt 51 60% Há um botão gráfico sem texto alternativo 26 31% Há vários botões gráficos sem texto alternativo 8 9% Todas as áreas têm o atributo alt 19 76% Há áreas sem o atributo alt 6 24% Usam-se vários <script> no <body> e todos estão acompanhados de <noscript> 9 4% Usa-se <script> no <body> e <noscript> 39 16% Usa-se <script> no <body> mas não se usa <noscript> 42 17% Usa-se <script> no <body> mas o <noscript> está vazio 2 1% 156 63% Usam-se vários <script> no <body> e não existe nenhum <noscript> 5. Conteúdo alternativo para elementos embutidos. 6. Conteúdo alternativo para applets. 7. Utilização de Flash. Utiliza-se <embed> acompanhado de <noembed> 4 4% 102 96% Utiliza-se <applet> com texto alternativo 0 0% Utiliza-se <applet> sem texto alternativo 1 100% Usa-se um elemento flash 9 69% Usam-se vários elementos flash 4 31% Utiliza-se <embed> sem <noembed> Ponto de verificação P1 WCAG 1.1 x WCAG 1.1 x WCAG 1.1 x WCAG 1.1 x WCAG 1.1 x WCAG 1.1 x WCAG 1.1 x P2 P3 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Ponto de verificação P1 WCAG 1.1 x -- WCAG 1.1 x 3 -- WCAG 1.1 x Utilizam-se mapas de imagem do tipo servidor 1 -- WCAG 9.1 x Há links redundantes às áreas 2 8% Não há links redundantes às áreas 23 92% Não se localizaram cores de fundo nem cores de texto afixadas no código html 0 0% Teste 8. Conteúdos alternativos para iframe. 9. Ficheiros de som. 10. Ficheiros multimédia. 11. Mapas de imagem do tipo servidor. 12. Links redundantes para áreas. 13. Informação transmitida através da cor. 14. Contraste das cores. Ocorrências R %r Usa-se <iframe> com conteúdo alternativo 4 14% Usa-se <iframe> sem conteúdo alternativo 24 86% Há ficheiros de som entrelaçados na página 2 Há ficheiros multimédia entrelaçados na página. Deve-se verificar se existem textos ou conteúdos alternativos adequados 1 100% Definição de cores de texto na CSS 0 0% Definição de cores de texto na CSS + Localizaram-se imagens 0 0% 127 100% Não se usam imagens 0 -- Há declaração de DTD 221 80% Não há declaração de DTD 56 20% Nenhum erro 2 1% Menos de 10 erros 12 5% Entre 10 e 25 erros 18 7% Mais de 25 erros 218 87% Definição de cores de texto no HTML 15. Uso de imagens quando existe uma linguagem de programação apropriada para as substituir. 16. Declaração do tipo de documento/Sintaxe. 17. Validação do código (X)HTML. WCAG 1.5 WCAG 2.1 Não se localizaram cores de fundo nem cores de texto afixadas no código html, mas existem imagens/multimédia, pelo que se deve verificar também as cores das imagens e dos objectos multimédia P2 P3 x x WCAG 2.2 x WCAG 3.1 x WCAG 3.2 x WCAG 3.2 x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 44 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Teste 18. Validação do código das folhas de estilo CSS. 19. Elementos HTML de apresentação. 20. Atributos de apresentação. 21. Utilização de CSS. 22. Utilização de medidas absolutas. 23. Utilização de cabeçalhos. Ocorrências R %r Nenhum erro de CSS 44 17% CSS contém erros 212 83% Não se utilizam elementos de apresentação HTML 116 42% Usam-se entre 1 e 5 elementos de apresentação HTML 61 22% Usam-se mais de 5 elementos 100 36% Não se utilizam atributos de apresentação HTML 11 4% Usam-se entre 1 e 10 atributos de apresentação HTML 32 12% Usam-se mais de 10 atributos de apresentação HTML 234 84% Usa-se CSS e não há tabelas-layout 17 6% Usa-se CSS mas há >= 1 tabela-layout 259 94% Não se usa CSS e não há tabelas-layout 0 0% Não se usa CSS e há >= 1 tabela-layout 1 0% Não se usam medidas absolutas 23 8% Usam-se medidas absolutas nas CSS 150 54% 4 1% Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML e nas CSS 100 36% Usa-se h1 e a ordem dos cabeçalhos está correcta 29 13% Usa-se h1 mas a ordem dos cabeçalhos está incorrecta 13 7% Há mais do que um h1 18 10% Não se usam cabeçalhos Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML Ponto de verificação P1 P2 WCAG 3.2 x WCAG 3.3 x WCAG 3.3 x WCAG 3.3 x WCAG 3.4 x WCAG 3.5 x 167 84% 24. Utilização de listas. Existe <li>, <dt> ou <dd> mas não existe <ul>, <ol> ou <dl> 1 -- WCAG 3.6 x 25. Citações devidamente codificadas. Existe BLOCKQUOTE ou Q com atributo CITE e/ou LANG 0 -- WCAG 3.7 x 26. Mudanças de idioma ao longo da página. Foram identificadas na página algumas mudanças de idioma 31 -- WCAG 4.1 Existe pelo menos 1 acrónimo (<acronym>) ou abreviatura (<abbr>) 3 -- WCAG 4.2 27. Identificação de abreviaturas ou acrónimos. P3 x x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 45 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Teste 28. Identificação do idioma principal da página. Ocorrências R %r Identifica-se o idioma principal: em HTML (lang); em XHTML (lang e xml:lang); em XHTML 1.1 (xml:lang) 60 22% Usa-se LANG mas a DTD é XHTML e falta xml:lang 3 1% A DTD é XHTML mas lang é diferente de xml:lang 0 0% 214 77% Não se utiliza lang nem xml:lang 29. Cabeçalhos em tabelas de dados. 30. Atributos de associação nas células. 31. Utilização de tabelas para maquetar a página (tabela-layout). 32. Summary/Resumos nas tabelas de dados. Todas as tabelas têm células de cabeçalho 1 0% Alguma(s) tabela(s) não têm células de cabeçalho 33 13% Nenhuma tabela tem células de cabeçalho 227 87% Todas as células de cabeçalho têm atributos de associação 23 68% Algumas células de cabeçalho e de dados têm atributos de associação 0 0% Apenas algumas células de cabeçalho têm atributos de associação 0 0% Nenhuma das várias células de cabeçalho têm atributos de associação 10 29% Nenhuma célula de cabeçalho tem atributos de associação 1 3% Não existem tabelas-layout 16 6% Há tabelas e algumas são layout 33 12% Há <= 5 tabelas-layout 64 23% Há > 5 tabelas-layout 163 59% Todas as tabelas de dados têm o atributo summary 11 21% Há tabelas de dados e apenas algumas delas têm o atributo summary (localizou-se <caption> às vezes 0 0% Há tabelas de dados e apenas algumas delas têm o atributo summary 23 43% Há tabelas e algumas têm o atributo summary sem serem tabelas de dados 19 36% Ponto de verificação P1 P2 WCAG 4.3 x WCAG 5.1 x WCAG 5.2 x WCAG 5.3 WCAG 5.5 P3 x x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 46 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Ocorrências R %r Ponto de verificação 33. Abreviaturas nas células de cabeçalhos. Usa-se pelo menos uma abreviatura numa tabela de dados 13 -- WCAG 5.6 34. Links activados com javascript. Há links que são activados unicamente através de <script> 183 -- WCAG 6.3 Usam-se apenas manipuladores independentes 18 8% Usam-se manipuladores de forma redundante 0 0% Usam-se manipuladores dependentes sem redundância 81 35% Usam-se manipuladores dependentes exclusivamente do rato 132 57% Usa-se <blink> 0 37. Utilização do elemento marquee. Usa-se <marquee> 38. Recomeçar automático da página. Teste 35. Manipulação de eventos. 36. Utilização do elemento blink. 42. Novas janelas. x -- WCAG 7.2 x 19 -- WCAG 7.3 x A página reinicia automaticamente através de um elemento <meta> 0 -- WCAG 7.4 x Usa-se redireccionamento automático através de um elemento <meta> para aceder a esta página 0 0% WCAG 7.5 x 6 P3 x x A página tem redireccionamento automático através de um elemento <meta> 41. Utilização de accesskey. P2 WCAG 6.4 39. Redireccionamento automático da página. 40. Utilização de tabindex. P1 100% Usa-se tabindex em todos os elementos activos 0 0% Não se usa tabindex em todos os elementos activos 12 100% Usam-se teclas de atalho 54 19% Usam-se teclas de atalho em excesso (> 10) 8 3% Não se usam teclas de atalho em nenhum dos elementos activos (a,input,area); n! elementos <75 110 40% Não se usam teclas de atalho em nenhum dos elementos activos; nº elementos > 75 105 38% Há links com o atributo target 185 -- WCAG 9.4 x WCAG 9.5 x WCAG 10.1 x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 47 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Teste 43. Etiquetas para controlos de formulário. 44. Caracteres por defeito. 45. Links adjacentes. 46. Versão (X)HTML. 47. Elementos obsoletos. 48. Atributos obsoletos. 49. Blocos de informação. Ocorrências R %r Todas as etiquetas envolvem os campos de edição 8 11% Todas as etiquetas estão associadas com id/for mas nem todas envolvem os campos de edição 47 66% Há etiquetas que não envolvem os campos de edição e não estão associadas com id/for 16 23% Todos os controlos têm textos pré-definidos 40 19% Nem todos os controlos têm textos pré-definidos 174 81% Todos os links estão separados por caracteres imprimíveis 110 40% Há links adjacentes que não estão separados por caracteres imprimíveis 167 60% XHTML Strict 19 9% XHTML 104 47% HTML 4.01 Strict 0 0% HTML 4.01 (melhor Strict) 67 30% HTML 4.0 (antiquada) 30 14% HTML anterior a 4.0 1 0% Não se usam elementos obsoletos em HTML 155 56% Há pelo menos 10 elementos obsoletos em HTML 69 25% Há mais de 10 elementos obsoletos em HTML 53 19% Não se usam atributos obsoletos em HTML 5 2% Há pelo menos 10 atributos obsoletos em HTML 28 10% Há mais de 10 atributos obsoletos em HTML 244 88% < de 30 palavras por bloco 174 63% >= 30 e < 60 palavras por bloco 42 15% >= 60 e < 100 palavras por bloco 17 6% > 100 palavras por bloco 22 8% Nenhum bloco 21 8% Ponto de verificação WCAG 10.2 P1 P2 P3 x WCAG 10.4 x WCAG 10.5 x WCAG 11.1 x WCAG 11.2 x WCAG 11.2 x WCAG 12.3 x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 48 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Teste 50. Associação de etiquetas com controlos. Ocorrências R %r Todas as <label> têm 'for' e os <input> um 'id' 33 15% Todas as label> têm 'for' mas nem todos os <input> têm um 'id' 1 0% Há <label> sem 'for' 0 0% Etiquetas sem 'for' que não envolvem o controlo 51. Destino dos links. 5 2% Faltam <label>s 186 83% O texto de todos os links é distinto 63 23% Existem pelo menos 3 links com texto igual que apontam diferentes destinos 0 0% 214 77% Há mais de 3 links com texto igual que apontam diferentes destinos 52. Extensão dos links. 53. Título da página. Há pelo menos 3 links com mais de 15 palavras 0 Mais de 3 links com mais de 15 palavras 0 Sem tÌtulo 13 65% Mais de um tÌtulo 7 35% 255 99% A página tem um tÌtulo com arte-ASCII 0 0% A página tem um tÌtulo com uma extensão inadequada 2 1% O tÌtulo é uma sucessão de caracteres separados por espaços 0 0% > 50% dos links em listas (> 25 links) 60 24% > 50% dos links em listas (< de 25 links) 9 4% > 25% e < 50% dos links em listas (> de 25 links) 132 53% > 25% e < 50% dos links em listas (< de 25 links) A página tem um tÌtulo que deve verificar manualmente 54. Título da página. 55. Agrupar links. 49 20% < 20% dos links em listas (> de 25 links) 0 0% < 20% dos links em listas (< de 25 links) 0 0% Nenhum link em listas (< de 25 links) 0 0% Nenhum link em listas (> de 25 links) 0 0% Ponto de verificação P1 P2 WCAG 12.4 x WCAG 13.1 x WCAG 13.1 x WCAG 13.2 x WCAG 13.2 x WCAG 13.5 P3 x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 49 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Teste 56. Formas para saltar os grupos de links. 57. Informação sobre documentos relacionados. 58. Complemento visual do texto. 59. Títulos para painéis. 60. Equivalente alternativo a Frames. 61. Página alternativa acessível. Ocorrências R %r Não há bookmarks (> 25 e < 75 links) 95 49% Não há bookmarks (> 75 e < 125 links) 59 30% Não há bookmarks (> 125 links) 40 21% Existem elementos <link> em metadados 55 20% Não existem elementos <link> em metadados 222 80% A página contém mais informação gráfica que textual (Quantidade de gráficos > 10% da Quantidade de palavras) 0 Não se complementa o texto com informação gráfica (até 500 palavras) 0 Não se complementa o texto com informação gráfica (mais de 500 palavras) 0 Há frames e alguns deles não têm o atributo title 20 -- Em <noframes> existe pelo menos um link 2 10% Em <noframes> não existe nenhum link 16 76% O elemento <noframes> está vazÌo 2 10% Falta o elemento <noframes> 1 5% Usa-se tecnologÌa Flash e não existem links para outras páginas 13 -- Ponto de verificação P1 P2 P3 WCAG 13.6 x WCAG 13.9 x WCAG 14.2 x WCAG 12.1 x WCAG 1.1 x WCAG 11.4 x SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 50 Anexo II - Recolha dos dados TAW – Test Accesibilidad Web dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 de Agosto de 2009. Pontos de Verificação Níveis de prioridade Sites / páginas com erros Nº de sites com erros Nº erros por página Média de erros por página Sites com erros (%) P1 P2 P3 1.1 215 5455 25.4 81.7% x 6.2 21 55 2.6 8.0% x 6.3 173 1263 7.3 65.8% x 12.1 (*) -- -- -- -- x 3.2 50 50 1.0 19.0% x 3.3 9 9 1.0 3.4% x 3.4 203 11665 57.5 77.2% x 3.5 210 217 1.0 79.8% x 3.6 16 22 1.4 6.1% x 4.3 167 170 1.0 63.5% x 5.5 210 6367 30.3 79.8% x 7.3 7.4 7.5 17 1 1 19 1 1 1.1 1.0 1.0 6.5% 0.4% 0.4% 11.2 223 22490 100.9 84.8% 1.5 19 138 7.3 7.2% 12.3 36 36 1.0 13.7% 5.6 8 30 3.8 3.0% x x x x x x x 159 457 2.9 60.5% 147 269 1.8 55.9% Total de pontos de verificação analisados automaticamente pelo TAW 3 11 (*) O ponto de verificação 12.1 diz respeito a Frames. Atendendo à metodologia utilizada as páginas que foram submetidas ao TAW não continham este tipo de elemento. 12.4 10.4 nota: compilam-se abaixo os testes efectuados pelo validador TAW para cada um dos pontos de verificação das WCAG1.0. Esta recolha foi feita por inferência a partir dos resultados obtidos para os municípios portugueses. Para imagens, mapas de imagem e botões gráficos: Ponto de verificação 1.1 das WCAG1.0 - Forneça um equivalente textual para todo o elemento não textual. Pode ser feito através do atributo alt ou longdesc, ou no conteúdo do elemento. Isto abrange: imagens, representações gráficas de texto, incluindo símbolos, regiões de mapas de imagem, animações, como é o caso dos GIFs animados, applets e objectos programados, arte ASCII, frames, programas interpretáveis, imagens utilizadas em listas como sinalizadores de pontos de enumeração, espaçadores, botões gráficos, sons (reproduzidos com ou sem interacção do utilizador), ficheiros de áudio independentes, pistas áudio de vídeo e trechos de vídeo (prioridade 1). O TAW assinala erro neste ponto se: • não detecta a presença do atributo alt no elemento imagem (<img>); • não detecta a presença do atributo alt no elemento <area> que define as x x 5 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 • áreas num mapa de imagem; não detecta a presença do atributo alt no elemento botão gráfico (<input type=”image” …>). Para iFrame: Ponto de verificação 6.2 das WCAG1.0 - Certifique-se que o equivalente para conteúdo dinâmico é actualizado quando se dá a alteração dinâmica do conteúdo (prioridade 1). O TAW assinala erro neste ponto se: • detecta o elemento <iframe> e verifica que o corpo do elemento não tem um equivalente alternativo (e.g. <iframe frameborder="0" scrolling="no" src ="http://www.cm-cantanhede.pt/meteo/" width="100%" height="300"></iframe>). Para Frame: Ponto de verificação 12.1 das WCAG1.0 - Forneça um título (atributo title) para cada <frame>, facilitando assim a sua identificação e navegação (prioridade 1). O TAW assinala erro neste ponto se: • não detecta o atributo title no elemento <frame>. Para scripts: Ponto de verificação 6.3 das WCAG1.0 - Certifique-se que as páginas são usáveis quando scripts, applets, ou outros objectos programáveis se encontram desactivados ou não são suportados. Se isto não for possível, forneça informação equivalente numa página alternativa acessível (prioridade 1). O TAW assinala erro neste ponto se: • encontra links que dependem de javascript (<a href=”javascript:AbrirPopUp();”>). Para HTML: Ponto de verificação 3.2 das WCAG1.0 - Crie documentos validando a notação com a gramática formal publicada (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • não localiza a linha de identificação da linguagem utilizada (DTD – Document Type Definition). Para CSS: Ponto de verificação 3.3 das WCAG1.0 - Use folhas de estilo para controlar a disposição dos elementos na página e a forma de os apresentar (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • detecta propriedades de apresentação inseridas nos elementos HTML. Sugere que se use uma CSS externa para o efeito. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 52 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Para unidades relativas: Ponto de verificação 3.4 das WCAG1.0 - Use unidades relativas em vez de absolutas nos valores dos atributos da linguagem de notação e valores das propriedades das folhas de estilo (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • detecta os atributos height e width com valores absolutos nos elementos HTML, incluíndo nas propriedades CSS posicionadas na página (em linha). Para listas: Ponto de verificação 3.6 das WCAG1.0 - Faça uso da correcta notação para as listas (<ul>...<ol>) e para os seus pontos de enumeração (<li>) (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • Identifica o uso do elemento lista (i.e. <ul>, <ol>) sem opções (i.e. <li>). Para idioma dos conteúdos: Ponto de verificação 4.3 das WCAG1.0 - Identifique o idioma principal do documento (prioridade 3). O TAW assinala erro neste ponto se: • não detectar o atributo lang no elemento <html>. Para conteúdos em movimento: Ponto de verificação 7.3 das WCAG1.0 - Enquanto os agentes do utilizador não permitam congelar o movimento do conteúdo, não use movimento nas páginas (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • Detecta o elemento <marquee>, o qual introduz elementos como banners em movimento. É preciso notar que o elemento <marquee> não faz parte da linguagem de marcação do W3C. Para redireccionamento e reiniciar de páginas: Ponto de verificação 7.4 das WCAG1.0 - Não crie páginas de reiniciar periódicamente automáticas, até que os agentes do utilizador possibilitem interromper o processo (prioridade 2). Ponto de verificação 7.5 das WCAG1.0 - Não use a notação para redireccionar páginas automaticamente até que os agentes do utilizador disponham da capacidade para interromper o processo. Em vez disso, aconselha-se a configurar o servidor para executar esse redireccionamento (prioridade 2). O TAW assinala erro nestes pontos se: • localizar procedimento para redireccionar / reiniciar ao nível dos elementos metadados (<meta http-equiv=refresh content=0; URL=http….>). SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 53 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Para gramática de marcação: Ponto de verificação 11.2 das WCAG1.0 - Evite o uso de notação desactualizada das tecnologias do W3C (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • Encontrar elementos e atributos de HTML obsoletos. Para elementos mapas de imagem: Ponto de verificação 1.5 das WCAG1.0 - Até que os agentes do utilizador alcancem o equivalente textual dos links existentes nas regiões activas dos mapas de imagem "client-side", forneça links textuais redundantes para cada região activa do mapa (prioridade 3). O TAW assinala erro neste ponto se: • os links existentes nas áreas do mapa de imagem (<area … href=”link.html”>) não tiverem uma representação redundante fora do mapa de imagem (i.e. <a href=”link.html” …>). Para elementos cabeçalho e parágrafos: Ponto de verificação 12.3 das WCAG1.0 - Divida grandes blocos de informação em grupos mais geríveis e apropriados (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • se confronta com a inexistência de elementos cabeçalho (<h1>…<h6>) nem parágrafos (<p>). Ponto de verificação 3.5 das WCAG1.0 - Use os elementos cabeçalho (<h1>...<h6>) para transmitir a estrutura dos documentos e utilize-os de acordo com as especificações (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • não encontrar elementos cabeçalho no documento. Para tabelas de dados: Ponto de verificação 5.6 das WCAG1.0 - Use abreviaturas na designação dos cabeçalhos das tabelas (prioridade 3). O TAW assinala erro neste ponto se: • texto contido nos elementos cabeçalho (<th>) de uma tabela (<table>) é superior a 15 caracteres. Deixa-se aqui uma nota de comentário a este teste: compreende-se o princípio de obrigação de síntese nos cabeçalhos das tabelas de dados, contudo parece excessivo considerar erro sempre que o texto contido no cabeçalho ultrapassa os 15 caracteres. Quanto muito este teste deveria resultar não num erro mas num aviso. Ponto de verificação 5.5 das WCAG1.0 - Providencie sumários para as tabelas (prioridade 3). SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 54 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 O TAW assinala erro neste ponto se: • não localizar o atributo summary no elemento <table>. De notar que o atributo summary deve ser utilizado apenas em tabelas de dados. Ao fazer esta detecção para todos os elementos <table>, sem distinguir entre tabelas de dados e tabelas layout, os criadores do TAW estão, implicitamente, a indicar que ao nível da conformidade ‘AAA’ o elemento <table> deve ser usado apenas para marcar tabelas de dados. Para formulários: Ponto de verificação 12.4 das WCAG1.0 - Associe explicitamente os rótulos aos respectivos controlos. Em HTML essa associação faz-se geralmente através do elemento <label> (prioridade 2). O TAW assinala erro neste ponto se: • campo de edição (<input>) não tiver nenhuma etiqueta (<label>) associado. Ponto de verificação 10.4 das WCAG1.0 - Até que os agentes de utilizador consigam manipular controlos vazios correctamente, inclua caracteres predefinidos de preenchimento nas caixas de edição e nas áreas de texto (prioridade 3). O TAW assinala erro neste ponto se: • os campos de edição (<input>) dos formulários se encontram vazios (atributo value=””). SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 55 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Anexo III - Notas Gerais TAW Vs. eXaminator No presente estudo a compilação dos erros detectados pelo TAW foi feita por ponto de verificação das WCAG1.0. Contudo, e apesar de ser um nível de análise mais profundo, e qualitativamente mais rico, que as recolhas feitas em estudos congéneres (Accenture 2002, Accenture 2003, Santos L. 2006, Gonçalves R. 2009), aconselha-se a descer ainda mais um degrau: recolha de erros por teste. A qualidade dos dados a este nível é incomparavelmente superior. Este é, aliás, o patamar, por defeito, do eXaminator, o qual permite rápidas agregações de informação em qualquer um destes patamares de análise. No caso do TAW a recolha de dados, por ponto de verificação e por teste, é possível mas é uma tarefa manual e altamente consumidora de mão-deobra. Era importante que as futuras versões do TAW permitissem maior flexibilidade na agregação dos resultados por teste, por ponto de verificação, por conformidade, por página, por sítio, por categoria. Teste de prioridade 1 do TAW estão totalmente contidos nos testes de prioridade 1 do eXaminator A partir dos dados recolhidos pelo eXaminator para a prioridade 1 é possível chegar aos resultados do TAW para a prioridade 1. A definição de prioridade 1 para o TAW resulta do somatório de: O TAW assinala erro no ponto 1.1 se: • não detecta a presença do atributo alt no elemento imagem (<img>) (= ao teste 1 do eXaminator); • não detecta a presença do atributo alt no elemento <area> que define as áreas (=ao teste 3 do eXaminator). O TAW assinala erro neste ponto 6.2 se: • detecta o elemento <iframe> e verifica que o corpo do elemento não tem um equivalente alternativo (e.g. <iframe frameborder="0" scrolling="no" src ="http://www.cm-cantanhede.pt/meteo/" width="100%" height="300"></iframe>) (= ao teste 8 do eXaminator). O TAW assinala erro neste ponto 6.3 se: • encontra links que dependem de javascript (<a href=”javascript:AbrirPopUp();”>) (= ao teste 34 do eXaminator). Todas estas métricas têm correspondência no eXaminator, atrás referenciado respectivamente entre parêntesis. Ferramentas automáticas – nota ao W3C É importante que o W3C encontre um mecanismo que leve os criadores de ferramentas de validação de acessibilidade de conteúdos Web a tornarem públicos os testes que as ferramentas incorporam à luz das WCAG. Esse mecanismo poderá passar por tornar essa publicação obrigatória para figurar na Base de Dados “Web Accessibility Evaluation Tools List Search”9 que o próprio Consórcio mantém. 9 Web Accessibility Evaluation Tools List Search: http://www.w3.org/WAI/ER/tools/. SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 56 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Anexo IV – Índice de Figuras Figura 1 - fotografia do ecrã tirada a 28 de Junho do domínio www.cm-vilaflor.pt. Erro: “Can’t find the server”.............................................................................. 5 Figura 2 - Câmara Municipal de Lamego. Mensagem de erro: ”a resolução definida para o seu monitor (Área do Ecrã) não lhe permite visualizar correctamente este Site. Por favor, ajuste a Área do Ecrã para um valor mínimo de 1024 x 768”. .... 6 Figura 3 - Símbolo de Acessibilidade à Web ............................................................. 9 Figura 4 - Exemplo de uma boa prática de legendagem de imagens. Retirado do Município de Pombal (http://www.cm-pombal.pt). ...........................................13 Figura 5 - % de Páginas com Imagens com e sem legenda........................................14 Figura 6 - Do total das 15395 imagens localizadas na amostra, qual a % das que têm o atributo alt? 61% ..............................................................................................14 Figura 7 – Exemplo de um botão gráfico correctamente legendado. Retirado da página de entrada da Câmara Municipal de Águeda. .........................................14 Figura 8 - % de Páginas com Botões Gráficos com e sem legenda ............................15 Figura 9 - % de Páginas com Mapas de Imagem com e sem legenda ........................15 Figura 10 – Exemplo de um mapa de imagem retirado da primeira página do Município de Ribeira de Pena (http://www.cm-rpena.pt/)..................................16 Figura 11 - Exemplo de boa prática de redundância ao mapa de imagem da Figura 10 existente na página de entrada do Município de Ribeira de Pena. Verifica-se que o link “/galeria” que se encontra no mapa de imagem é o mesmo www.cmrpena.pt/galeria que está inserido no menu........................................................16 Figura 12 - % Páginas com <scripts> sem e com elemento <noscript> .....................18 Figura 13 - % páginas que fazem uso do elemento <embed> ..................................19 Figura 14 – excerto de código retirado do sítio Web do Município do Seixal (http://www.cm-seixal.pt/servicosonline/publico.asp) .......................................21 Figura 15 - Estrutura alternativa à construção sem Frames. Apesar de simples, funciona eficazmente como alternativo. Retirado da página de entrada do Município de Ilhavo (http://www.cm-ilhavo.pt/). ..............................................22 Figura 16 - Equivalente alternativo concebido em <noframes> ............................22 Figura 17 - linha de código para identifcar a gramática utilizada na página...............22 Figura 18 - Utilização de elementos e atributos de apresentação no código (x)HTML24 Figura 19 - Exemplo correcto de uma associação implicita (<label> envolve campo <input>) e de uma associação explicita (feita com os atributos for e id). Exemplo retirado da página de entrada do Município de Valpaços (http://www.valpacos.pt/portal/), com uma ligeira correcção: o atributo name = id. .....................................................................................................................26 Figura 20 – Exemplo de marcação de um menu (lista de opções, ou seja lista de hiperligações) ...................................................................................................27 Figura 21 - Exemplo de marcação do idioma principal em Português numa página XHTML. ...........................................................................................................28 Figura 22 - Exemplo de uma tabela de dados com as células cabeçalho correctamente identificadas. Retirado de Câmara Municipal de Miranda do Douro: http://www.cm-mdouro.pt/. ..............................................................................30 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 57 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 Anexo V – Índice de Tabelas Tabela 1 - URLs compilados e situação global dos sítios ........................................... 5 Tabela 2 - Lista dos Municípios com sítio Web “em Construção” a 28 de Junho de 2009 .................................................................................................................. 6 Tabela 3 - Lista dos Municípios em que não foi possível usar o validador de acessibilidade eXaminator ................................................................................. 7 Tabela 4 - Sítios não contabilizados: assentes em Tecnologia Flash .......................... 8 Tabela 5 - Sítios não contabilizados: erro básico de construção ................................. 8 Tabela 6 - Afixação do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página dos municípios (2009).............................................................................................10 Tabela 7 - Análise manual à informação manipulada pelo javascript existente nas 7 páginas de entrada dos sítios adicionados à lista de conformidade ‘A’ pelo TAW .........................................................................................................................12 Tabela 8 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ das WCAG 1.0, de acordo com o eXaminator......................................................................12 Tabela 9 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ das WCAG 1.0, de acordo com o TAW ................................................................................12 Tabela 10 - Nº de páginas com imagens com e sem legenda .....................................13 Tabela 11 - Nº de páginas com botões gráficos com e sem legenda...........................14 Tabela 12 - Nº de páginas com mapas de imagem com e sem áreas legendadas ........15 Tabela 13 - presença dos elementos <script> e <noscript> no total da amostra .........................................................................................................................17 Tabela 14 - disponibilização de equivalentes alternativos aos elementos javascript ..17 Tabela 15 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript utilizados (dispositivo-independente Vs. Rato-dependente) ..............................................18 Tabela 16 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript utilizados (soluções redundantes para o rato e para o teclado) ...........................................18 Tabela 17 - % de páginas com elemento <embed> acompanhado de <noembed> .19 Tabela 18 - % páginas com iFrames sem e com concepção alternativa......................20 Tabela 19 - Conteúdos alternativos localizados no elemento <noframes>.............21 Tabela 20 - % páginas com declaração explícita da gramática (x)HTML...................22 Tabela 21 - % de páginas com erros de (x)HTML .....................................................23 Tabela 22 - % de Folhas de Estilo com erros de CSS ................................................23 Tabela 23 - Versão (x)HTML utilizada......................................................................23 Tabela 24 - Utilização de elementos de HTML para controlo da apresentação...........24 Tabela 25 - Utilização de atributos de HTML para controlo da apresentação.............24 Tabela 26 - Utilização de CSS para estruturar layout de páginas Web .......................25 Tabela 27 - Unidades de medida absolutas no tamanho da letra ................................25 Tabela 28 – Nº de páginas em que se encontram a associação entre a <label> (etiqueta) e o <input> (campo de edição) ......................................................26 Tabela 29 - Hiperligações com texto repetido que apontam destinos diferentes.........26 Tabela 30 - Nº de páginas onde foram localizadas hiperligações adjacentes / colados .........................................................................................................................27 Tabela 31 - Nº de páginas em que se utilizam marcação de conteúdos com cabeçalhos (<h1>...<h6>) .............................................................................................27 Tabela 32 - Identificação do idioma principal da página ...........................................28 Tabela 33 - Nº de páginas com teclas de atalho em elementos activos.......................29 Tabela 34 - Bookmarks (marcas referência) ou hiperligações que permitem saltar por entre a informação da página ............................................................................29 Tabela 35 - Evolução dos sítios Web Municipais online (1999 – 2009) ....................31 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 58 Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses ‘09 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 59