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Jornada dos Cursos de História, Geografia e
Arquitetura: Espaço, História e Globalização
MUSEU COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
Daniela Cristina Pavani1
Marcia Regina Nava Sobreira2
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo expor a utilização dos museus pelos
universitários do curso de história, e a valorização de suas fontes de pesquisa como
recurso didático para os futuros professores, demonstrando-o como apoio na
construção da história bem como do uso desta instituição em outras áreas de
graduação, apresentando o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da
Universidade Sagrado Coração Gabriel Ruiz Pelegrina (NUPHIS) como instrumento
para a preservação da História e fonte de pesquisa disponível a todos. A
metodologia baseou-se na pesquisa bibliográfica e de campo com aplicação de
formulários respondidos por vinte universitários do curso de História da Universidade
Sagrado Coração. Os resultados obtidos mostram como a maioria dos futuros
professores de História, apesar da vontade de aprofundar seus conhecimentos
sobre as instituições museológicas e o interesse em utilizá-la como complemento do
ensino nesta área, possui falta de conhecimentos específicos neste campo ainda
pouco divulgado.
Palavras-chave: Museus. Recursos didáticos. Ensino-história. NUPHIS.
Este artigo irá tratar a forma como os universitários do curso de História
utilizarão o museu de forma didática ao lecionarem e como, no decorrer de sua
formação básica, foram incentivados a apreciar e visitar esta instituição.
A escolha deste tema está vinculada com a deficiência das escolas em
preparar o aluno para apreciar e desenvolver sua curiosidade para com a História,
problema este trazido às escolas pela falta de preparo dos alunos universitários
recém saídos da universidade.
1
2
Graduando em História pela Universidade Sagrado Coração de Bauru – SP.
Profª. Ms. do Curso de História do Centro de Humanas da Universidade Sagrado Coração de Bauru
– SP.
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O objetivo deste trabalho é mostrar como os museus podem auxiliar os
futuros professores na formação educacional de seus alunos, para isso, identificar as
dificuldades encontradas pelos universitários neste processo e o seu conhecimento
sobre estas instituições, bem como a definição que dariam para as mesmas.
A metodologia empregada para esta análise constitui em formulários,
aplicados no período de setembro e outubro de 2008 em vinte alunos do curso de
História da Universidade Sagrado Coração, sendo cinco graduandos de cada ano,
com o intuito de descobrir como o universitário deste curso se comporta para com as
instituições museológicas e outras instituições de pesquisa, como os arquivos, tendo
um exemplo, na referida universidade, o Núcleo de Documentação e Pesquisa
Histórica da Universidade Sagrado Coração “Gabriel Ruiz Pelegrina”.
Na investigação feita com os universitários constatou-se que apesar das
noções sobre a definição de museu estarem corretas, não há um consenso ao expor
as idéias, cada um descreveu de uma forma o que considera como museu, a maioria
relatou que é um lugar onde são guardadas e preservadas peças antigas de enorme
valor, que nos mostram um pouco do passado. Esta definição não está errada,
contudo é preciso acrescentar que esta instituição possui mais funções,
principalmente com relação à educação das pessoas que a visitam.
Nos museus, os objetos acabam se transformando numa espécie de resumo
da sociedade, aparecendo como grandes documentos. São lugares onde a memória
defende-se da dissipação da lembrança. Esta instituição é um legado do presente às
futuras gerações, destinada a tornar-se, no futuro, um sinal do passado. No Brasil,
não existe o hábito formado de consultar coleções e são poucos os trabalhos que
utilizaram o museu como fonte. A maioria dos pesquisadores de história pensa
sempre no documento escrito, arquivístico e bibliográfico para fazer parte dos seus
documentos, assim os museus são incluídos como instituições que não possuem
documentos para pesquisa. Atualmente, tem sido um espaço ocupado pelos
historiadores, o que obriga os profissionais de museus a se preocuparem em
aprofundar determinadas discussões de como estes podem ser mais atraentes aos
olhos da comunidade.
Todo objeto ao nosso redor possui uma história que acompanha a nossa
trajetória de vida e da sociedade em que vivemos, alguns objetos são tão
importantes que são recolhidos e guardados nos museus com o intuito de
representar a sociedade a qual pertencemos, contudo as pessoas não prestam
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atenção nestas coisas simples do nosso dia-a-dia, então ao visitarem um museu, o
consideram como armazenador de coisas velhas, porém se fizerem um esforço para
relacionar tais objetos de outra época com a nossa, as coisas começarão a ganhar
sentido. Perdemos importantes informações do nosso passado porque alguns
objetos não foram guardados. “Uma vez guardados nos museus, estes objetos
passam a ser considerados como parte de nosso patrimônio cultural”. São
testemunhas materiais da sociedade que os produziu e utilizou. Deste modo, estes
objetos serão estudados e darão significado a vários aspectos de nossa sociedade.
(BARBUY, 1989, p. 17)
O museu guarda objetos tridimensionais, de forma que se possa passear
em torno da História. Originados de atividades ou da própria natureza
humana, objetos dos mais variados tipos são colecionados em função de
seu conteúdo ou de sua função. (SOBREIRA; STATHOPULOS, 2001, p. 2)
Verificou-se igualmente, que vários universitários além de visitarem os
museus de suas cidades, procuraram alguns outros com o mesmo propósito,
mostrando o interesse destes em conhecer outras culturas preservadas pelo museu.
E todos expressaram a vontade de conhecer outros, denotando que existe certa
conscientização, que reforçada pelos professores, poderá obter um resultado
positivo com relação ao uso do museu como recurso didático quando forem exercer
sua profissão de educadores.
No começo do século XX a sociedade estava inquieta perante pós-revolução
industrial, contudo os museus não acompanharam este ritmo, consequentemente,
não atendendo às necessidades do público. No contexto pós-guerra, os Estados
Unidos inovam com o surgimento da expressão “Museu Dinâmico”, esta instituição
começa a oferecer várias atividades diferentes com o intuito de atrair a comunidade.
(SANTOS, 1993, p. 10)
Para Tamanini (1989, p. 196) o museu vem sendo visto apenas como protetor
dos variados objetos, de distintos povos, dos diversos períodos da História. As
experiências com a Educação Patrimonial vêm apresentá-lo com outro objetivo: o
museu como parte integrante da vida comunitária, tanto para as crianças como para
os adultos, como um lugar que educa através do olhar, pelas imagens, testemunhas
de como o homem evoluiu em sua capacidade criadora.
A educação escolar deve empregar o museu como recurso didático para
ensinar explorando todos os objetos museológicos, ou seja, toda a produção
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histórico-cultural como artefatos, poesia, desenho, música, pintura, escultura, teatro,
cinema, vídeo, fotografia, artesanato, objetos do cotidiano, arquitetura, etc. e suas
expressões nos diferentes segmentos sociais.
De acordo com o Conselho Internacional de Museus (1986), museu defini-se
como uma instituição a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, geralmente
é aberta ao público, desenvolvendo um papel de recurso educativo a ser usado por
todos os setores da população ou grupos especializados, com o objetivo de
preservação, pesquisa e comunicação por meio das exposições permanentes e
temporárias. Sendo assim, o museu não pode ser um depósito de coisas velhas, em
desuso, somente para guardar lembranças de um passado que não existem mais. A
instituição museu abriga um patrimônio cultural da humanidade, com objetivo não só
de preservação do acervo que guarda, mas para utilizar este acervo como meio de
transformação da realidade social através do testemunho que cada documento
poderá oferecer a nível individual ou no seu conjunto. Ressaltando-se que, cada
documento como suporte de informação, pode ser empregado para ensinar algo a
alguém de maneira que este possa reconhecer no passado os mais variados
elementos de uma realidade histórica; desenvolvendo a capacidade de observação,
comparação, formulação de problemas e hipóteses com um envolvimento
multidisciplinar facilitando a compreensão do espaço em que vive relacionando com
o todo.
Conforme Tamanini (1989, p. 180) “as informações trazidas nos livros
didáticos não são completas, ignorando as contribuições dos vários campos de
pesquisa da História, como a arqueologia”.
Apesar da maioria dos universitários terem empenho em aproximar os
museus da vida escolar, precisam encontrar meios mais atrativos, além das visitas
normais, para chamar atenção dos estudantes e incentivá-los a continuar as visitas
mesmo depois do término do período letivo e da graduação, estimulando-os a
procurarem outras instituições que possibilitem o acúmulo de conhecimento. Isto
precisa ser mudado rapidamente, já que menos da metade dos entrevistados
tiveram este estímulo quando cursavam o Ensino Fundamental e Médio.
O museu seria o lugar concebido como um caminho aberto, em oposição ao
espaço “fechado” da escola. Nele o visitante é geralmente voluntário e não fica
preso, sendo “cativado pela exposição durante seu percurso”, além de ficar rodeado
por uma “multidão barulhenta e movimentada”. Nesse sentido, é importante haver
133
uma preparação dos educadores, dos dispositivos de recepção e de organização do
tempo no museu para evitar o possível cansaço comum nessas experiências.
(MARANDINO, 2005, p. 166)
Com relação a empregar o museu como prática de ensino, somente um
universitário considerou não ser possível, os outros dezenove mostraram-se
dispostos afirmativamente, organizando visitas com o propósito, primeiramente de
incentivar sua curiosidade, seguido de explicações, para depois prosseguirem com a
realização de uma pesquisa.
“O museu pode ensinar um pouco de tudo: de História, de Física, de Biologia,
Matemática, Geografia, etc.” Basta que os educadores, principalmente os
historiadores, pensem no museu além da fonte de pesquisa, acrescentando-o como
método de ensino, sendo por isso necessária à instrução prévia nesta área.
(NASSARALA, 2003, p. 4)
Os museus precisam caracterizar o processo de transposição didática/
museográfica, no interior dessa instituição na sua dimensão de educação e
comunicação, necessitam afirmar os espaços destes enquanto “locais onde se
estabelecem relações pedagógicas próprias e que, em determinado momento,
poderão ser utilizados pela escola ou qualquer outra instituição ou grupo social”.
O museu, segundo Barbuy (1989), é o melhor veículo de propagação do
conhecimento científico auxiliando a informar sobre o conhecimento, pois seus
trabalhos sociais, educativos e culturais jamais poderão excluir a pesquisa que é o
seu pilar, caso contrário, romperá a própria essência.
Outras instituições podem auxiliar as pessoas na busca pelo conhecimento,
como é o caso dos arquivos, específicos para serem utilizados em pesquisas sobre
os mais variados assuntos. Com esta pesquisa através dos formulários pretendeu-se
verificar como o futuro profissional de ensino do curso de História o tem utilizado.
O arquivo do Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade
Sagrado Coração Gabriel Ruiz Pelegrina (NUPHIS) é um local para pesquisa dos
universitários, porém poucos alunos se propõem fazer pesquisas neste setor,
mesmo este contendo inúmeros documentos disponíveis à pesquisa para todos os
interessados.
O NUPHIS é um órgão de apoio da Universidade na área da pesquisa,
fundado há 24 anos, no dia 17 de outubro de 1983, e tem por objetivos principais, a
preservação, organização, conservação e divulgação das fontes de pesquisas
134
realizadas sobre a cidade de Bauru e Região. Atende um público estudantil do
Ensino Fundamental, Médio e Superior da rede pública e privada, pesquisadores
particulares e ligados a instituições e cidadãos em geral. Assim, o Núcleo tem por
objetivo subsidiar, com documentos primários e secundários, estudos e ações
educativas de professores nas diversas áreas do conhecimento. Possui vários
arquivos e coleções de documentos, que servem como fontes de pesquisa,
adquiridos através de doações e convênios com instituições públicas, dos quais se
pode citar: o Poder Legislativo, contendo atas das reuniões da Câmara e processos
de diversas naturezas; o Poder Judiciário, com inventários, arrolamentos e
processos crimes de 1911 a 1950; o Cartório de Registro Civil com processos de
casamentos de 1927 a 1994, e arquivos privados como: a Diocese de Bauru com
documentos datados do século XIX e XX, e arquivos pessoais: do poeta Benedito
Luis Rodrigues de Abreu (1987-1927); do cientista Luiz Gonzaga Bevilácqua (19121992); do ex-prefeito de Bauru, Edson Bastos Gasparini (1933-1983). Além de
revistas,
livros,
monografias,
dissertações
e
teses,
mapas,
documentos
iconográficos, audiovisuais, jornais, objetos e peças de museu, com exposições
temáticas temporárias e permanentes.
Os jornais são as fontes de pesquisa mais procuradas pelos consulentes do
NUPHIS, avulsos e encadernados. Podendo-se exemplificar o jornal “O Bauru” de
1906 a 1924; “A Gazeta de Bauru” de 1914; “O Correio de Bauru” de 1925; “Correio
da Noroeste” dos anos de 1930/31/32/36/46; “A Tribuna Operária” de 1931; “Diário
da Noroeste” 1927-1930, “Jornal de Bauru” de 1932; “A Fé” de 1950-1963; “Correio
de Garça” de 1953/54 e outros jornais. O maior acervo jornalístico do NUPHIS é o do
jornal Diário de Bauru, de 1946-1999; o Jornal da Cidade de 1967 aos dias atuais e
o Jornal Bom Dia de novembro de 2005 aos dias de hoje. São arquivados vários
títulos de suplementos e jornaizinhos de iniciativa de segmentos da comunidade, de
cunho literário, político, humorístico e cultural.
Apesar de tudo isso, os alunos do curso de História pouco utilizam esta fonte
para estudos, como foi comprovado na pesquisa com os formulários, onde pouco
mais da metade dos universitários já visitaram o Núcleo, sendo que menos da
metade destes o fizeram por vontade própria, pois foram levados, em aula, pelos
professores. Não há unanimidade quando são questionados se usariam documentos
históricos como prática de ensino, os dois entrevistados que responderam
negativamente alegam que a sala de aula é um lugar inapropriado, e que os alunos
135
de hoje são desinteressados. O trabalho do professor de História é justamente este,
fazer com que o estudante saia da estagnação a qual está exposto, despertando-o
para o prazer de descobrir a história. Os outros dezoito entrevistados consideram
possível trabalhar com documentos históricos, primeiramente explicando aos alunos
o que é um documento, como deve ser manuseado, depois os incentivando à
pesquisa nos mesmos, sempre com orientação, para demonstrar-lhes o quanto é
delicado e importante na construção da história.
O homem está sempre preocupado em preservar sua história e sua memória.
Ele tem acesso ao seu passado através de relatos ou depoimentos de testemunhas
oculares, documentos, textos, etc. Ele tem um papel cultural importante, além de
abrigar os registros do tempo, é um veículo a serviço do conhecimento e da
informação que contribui para o desenvolvimento da sociedade.
Um museu deve ser um centro de informação e reflexão, onde o homem se
reencontra com o belo, a história e a memória estando inserido dentro das
prioridades da vida urbana contribuindo para o desenvolvimento social e cultural da
humanidade.
O museu precisa agir sobre a mudança da realidade, a partir de uma relação
entre o objeto preservado com o frequentador, levando a sensibilização da releitura
do acervo trazendo a tona a função educativa do museu, mostrando o espaço e o
objeto como peças integrantes no processo de conscientização do indivíduo, embora
ainda exista uma falta de visão do aspecto pedagógico por parte de administradores
de museus e de profissionais da educação dificultando a mudança.
Há
necessidade
de
se
começar
experiências educativas e
aplicar
metodologias para o futuro dos museus estarem mais próximos de serem geradores
de cultura.
Este passo é importante, pois somente treze entrevistados tiveram contato
com documentos históricos, isto no Ensino Superior, então é importante que desde
cedo, a criança possa ter contato com os mesmos, sendo estimulados ainda
pequenos, para não ficarem ignorantes neste aspecto.
Os resultados obtidos na pesquisa, de modo geral, demonstram que os
universitários do curso de História sabem o básico sobre as instituições museais,
contudo, somente treze estão preparados para trabalhar adequadamente com os
arquivos, os outros sete não mostraram muito interesse pelo assunto.
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Na pesquisa de opinião com professores de Ensino Fundamental realizada,
“[…] quando o professor responde que é preciso primeiro conhecer o museu, antes
de levar o aluno para a visita técnica, esta admitindo que não faz uso dessa prática
educacional enquanto recurso didático, talvez por não ter sido preparado para tal”.
(FONSECA; RONQUE, 2003, p. 22)
Na nova grade curricular do curso de História foi incluída a disciplina Políticas
Educativas de Preservação Cultural, que tem como um dos objetivos preparar o
universitário para desenvolver práticas pedagógicas junto a arquivos e museus no
ensino de História.
Portanto, nas escolas de ensino básico e também nas de ensino superior é
preciso que os professores procurem cada vez mais divulgarem e estimularem os
estudantes a ampliarem seus conhecimentos sobre cultura, patrimônio e as
instituições que preservam estes elementos, que a cada dia estão sobressaindo-se
na história, que já possui campos destinados ao estudo das particularidades das
sociedades, como é o caso da História Social, que estuda cada sociedade, e da
História Cultural que estuda as diferentes culturas dos diversos períodos, é preciso
que as crianças cresçam sabendo destas informações para que não construam uma
opinião distorcida dos fatos e das especificidades de cada sociedade.
TEACHING AS MUSEUM APPEALS FOR THE TEACHING OF HISTORY
ABSTRACT
The present article has as objective to expose the utilization of museums by
the students of university of the History course and the valuation of its source of
research as didactic recourse to the future teachers, showing it as support in the
History construction well as of the use this institution in another areas of graduation,
showing the Core of Documentation and Historical Research of University: Sagrado
Coração Gabriel Ruiz Pelegrina (NUPHIS) as instrument to the preservation of
History e source of research available for everyone. The methodology was based on
the bibliographic research and at field with application of answered formularies by
twenty students of the History course at the Sagrado Coração University, The results
obtained show like most of the History future teachers in spite of the wish of get
deeper their knowledge about the museological institution and the interest in use it as
complement of teaching in this area with absence of specific knowledge in this kind of
even being little divulged.
Keywords: Museums. Didactic recourse. Teaching-History. NUPHIS.
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REFERÊNCIAS
BARBUY, H. Museu e Geração de Cultura. In : Cadernos Museológicos, 2. Rio de
Janeiro : MINC/SPHAN/ PRÓ-MEMÓRIA, dez. 1989. p. 36-40.
FONSECA, A. C. B. da; RONQUE, M. A. Museu: ação educativa e cultural. Bauru,
SP: [s.n.], 2003.
MARANDINO, M. Museus de Ciências como espaços de educação. In:
FIGUEIREDO, B. G.; VIDAL, D. G. (Org.). Museus: dos gabinetes de curiosidades à
museologia moderna. Belo Horizonte: Argvmentvn; Brasília, DF: CNPq, 2005. p. 165175.
NASSARALA, N. L. R. Apresentação. In: FONSECA, A. C. B. da; RONQUE, M. A.
Museu: ação educativa e cultural. Bauru, SP: [s.n.], 2003, p. 3-4.
SANTOS, M. C. T. M. Repensando a ação cultural e educativa dos museus. 2.
ed. Salvador: Centro Editoria e Didático da UFBA, 1993.
SOBREIRA, M. R. N., STATHOPULOS, S. O desafio dos museus. Jornal da
Cidade, Bauru, 3 jun. 2001, p. 2.
TAMANINI, E. Museu, arqueologia e o público: um olhar necessário. In: FUNARI, P.
P. (Org.). Arqueologia, história e cultura material. Campinas: UNICAMP Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas, 1998. p. 178-220.
WITTER, J. S. Realidades e desafios dos acervos museais da USP - Museu
Paulista. In: SEMANA DOS MUSEUS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,
2.,1999, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.], 1999, p. 23-25.
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO
1- Para você, o que é um museu?
Locais onde peças importantes são conservadas, bem como
documentos históricos.
Lugar onde ficam expostas, peças antigas, de enorme valor.
Lugar onde ficam peças antigas e coleções raras.
Local onde são guardados e expostos artigos, objetos de arte ou
históricos.
Lugar de resgate da história da cidade ou país.
Onde nos encontramos com nosso passado.
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Lugar escolhido para arquivar as obras históricas de uma cidade,
que conta a história de um povo, guardando objetos, documentos,
etc.
Ambiente que serve para aprimorar o conhecimento.
Lugar apropriado para a preservação, evitar o desgaste, da vida útil
dos patrimônios materiais e imateriais.
Local que se reserva ao estudo de objetos do passado para a
transmissão de conhecimento.
Local de preservação da História de modo físico, escrito,
fotografado, filmado, etc.
Instituição onde se resgata, através de objetos, depoimentos, o
passado, sempre fazendo um paralelo com o nosso presente.
Forma de preservar o nosso passado.
Lugar onde as pessoas podem ter contato com a história.
Lugar maravilhoso, onde são expostos todos os tipos de objetos,
documentos, que confirmam ou não os fatos históricos.
Lugar onde valoriza a história, que vai mostrar a realidade.
Referência do passado, lugar para uma viagem ao tempo.
Estabelecimento onde estão reunidas as únicas e mais belas peças
que contam a nossa história e mostram a nossa identidade.
2- Já visitou algum museu?
SIM
20
Quais?
Capitolino (Roma)
Louvre
MAFRA (Portugal)
Masp
Museu Alexandre Chito (Lençóis Paulista)
Museu da Inconfidência (Ouro Preto)
Museu da Marinha (RJ)
Museu de Avaí
Museu de Barra Bonita
Museu de Jaú
Museu de Santiago (Chile)
Museu de Santos
Museu do Café
Museu do Ipiranga
Museu do Vaticano
Museu dos Imigrantes
Museu dos Soldados Constitucionalistas
Museu Ferroviário de Bauru
Museu Histórico de Bauru
Museu Imperial (Petrópolis)
Museu Mariano Procópio (Juiz de Fora)
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NÃO
0
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Museu Municipal de Sorocaba
Museu Nacional de Roma
NUPHIS
Pinacoteca
01
01
01
01
3- Em caso negativo, gostaria de visitar um museu?
(não houve casos)
4- Você já visitou o Núcleo de Pesquisa e Documentação da USC?
SIM
NÃO
13
07
Por quê?
SIM
Pesquisas
Aulas Práticas
Trabalho pedido pelo professor
03
09
03
NÃO
Falta de Tempo
Ainda não teve oportunidade
Não mora em Bauru, viabilidade difícil
Não conhecia
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5- Você gostaria de conhecer outros museus?
SIM
NÃO
20
0
6- Como poderíamos aproximar o museu da vida escolar?
Organizando excursões para visitas
Comunicando a importância da arte para as crianças
Tirando o lado negativo que o museu passa para as pessoas
Transformando o museu em um lugar mais atrativo e mais
didático.
Organizando visitas, desde que o aluno tenha algum
conhecimento prévio.
No começo, através de visitas, não só como lazer, mas com
aulas explicativas.
Ensinando com visitas interativas.
Levando periodicamente os alunos aos museus municipais.
Comunicar a importância deste para as crianças.
Com planejamento de excursões.
Através de visitas guiadas e trabalhos de pesquisa.
Através de uma interação maior com as escolas, sem muita
burocracia.
Freqüentando mais e incentivando as crianças.
Estimulando passeios desde a infância.
Primeiramente, levando os alunos até lá e tentando mudar a
idéia que lá só tem coisas velhas.
Difícil, mas programaria visitas, primeiro trabalho de
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conscientização, porém o desinteresse é grande.
Dando boas aulas de história antes da visita.
O museu nada mais é que a história viva e bem mais atraente
para a memorização da matéria.
Com visitas de conscientização.
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7- No Ensino Fundamental e Médio, os professores costumavam levá-los ao
museu?
SIM
NÃO
09
11
01 – menos que o necessário
01 – não freqüentemente
01 – às vezes
01 – uma vez
8- Você usaria o museu como prática de ensino?
SIM
19
NÃO
01
Como?
Proporia um tema para pesquisa pessoal e depois uma visita a um
museu, na parte proposta para a pesquisa.
Como suporte de determinado assunto.
Levando o aluno ao conhecimento sobre o que vem a ser um
museu, despertando a sua curiosidade.
Organizando pesquisas com fundo educativo.
Museu como fonte de pesquisa.
Através de visitas técnicas.
Para pesquisas.
Para apresentar ao aluno fatos históricos importantes.
Através de métodos metodológicos.
Através de visitas guiadas, trabalhos de pesquisa.
Trazendo o concreto, o visual pro aluno, para ele ter mais contato
com o passado-presente.
Uma certa matéria aplicada em aula, utilizar o museu como
complemento.
Primeiro em sala de aula, com informações básicas e pesquisa,
depois o passeio e finalmente uma avaliação.
Mostrando a realidade da época, através do museu passar várias
visões.
Promover excursões.
Para muitos alunos, só é possível entender a história quando a
vemos e sentimos, e nada melhor do que um museu.
Trabalhando com as memórias, com o passado.
Usaria de tal forma que os alunos visitando museus, lhes seriam
apresentados componentes históricos.
9- Na sua formação, você recebeu informações sobre como pesquisar
utilizando-se de documentos?
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SIM
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NÃO
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10- Você acha que trabalhar com documentos em sala de aula é possível?
SIM
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NÃO
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De que modo?
SIM
Contrapondo com os dias de hoje.
Mostrar como nós descobrimos o que aconteceu “antigamente”
como se descobre a história.
Buscando temas cotidianos podemos apresentar uma
documentação e desvendá-la com os alunos, fazendo perguntas
para o documento.
Tomando os devidos cuidados. Primeiramente, inserir o
documento no contexto histórico e a parti daí trabalhar com o
documento.
Orientando antecipadamente para não danificarem os
documentos.
Antes de qualquer visualização é necessário uma boa aula sobre o
assunto.
Levantando dados, pesquisa. Principalmente jornais antigos.
Deixá-los manusear, para análise e pesquisa.
Uma análise de fontes primárias e secundárias.
Com orientação do professor.
Através de aulas preparadas pelo professor, com o uso da
criatividade.
Primeiro, levando o aluno ao conhecimento sobre o que vem a ser
um documento, parta despertar a sua curiosidade.
Estratégias diversas e atraentes, com pesquisa, avaliação e
seminários.
Desde que os alunos estejam conscientes de que aquele material
é único. Proporia que também buscassem pesquisar além da sala
de aula.
Apresentando os documentos aos alunos, estimulando estudos
sobre os mesmos.
Explicando sobre a importância do mesmo.
Trazendo informações básicas e interessantes aos alunos, com
jornais retratando fatos importantes do passado.
Explorando o conteúdo do mesmo, por ser um documento de
época, nos passará muita informação.
NÃO
Não, por causa do desinteresse dos alunos. Há uma dinâmica
atrasada. Algum tempo atrás, sim.
Não, porque deve ter um lugar apropriado, que a sala de aula não
é.
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Download

museu como recurso didático para o ensino de história.