129 Jornada dos Cursos de História, Geografia e Arquitetura: Espaço, História e Globalização MUSEU COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA Daniela Cristina Pavani1 Marcia Regina Nava Sobreira2 RESUMO O presente artigo tem como objetivo expor a utilização dos museus pelos universitários do curso de história, e a valorização de suas fontes de pesquisa como recurso didático para os futuros professores, demonstrando-o como apoio na construção da história bem como do uso desta instituição em outras áreas de graduação, apresentando o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Sagrado Coração Gabriel Ruiz Pelegrina (NUPHIS) como instrumento para a preservação da História e fonte de pesquisa disponível a todos. A metodologia baseou-se na pesquisa bibliográfica e de campo com aplicação de formulários respondidos por vinte universitários do curso de História da Universidade Sagrado Coração. Os resultados obtidos mostram como a maioria dos futuros professores de História, apesar da vontade de aprofundar seus conhecimentos sobre as instituições museológicas e o interesse em utilizá-la como complemento do ensino nesta área, possui falta de conhecimentos específicos neste campo ainda pouco divulgado. Palavras-chave: Museus. Recursos didáticos. Ensino-história. NUPHIS. Este artigo irá tratar a forma como os universitários do curso de História utilizarão o museu de forma didática ao lecionarem e como, no decorrer de sua formação básica, foram incentivados a apreciar e visitar esta instituição. A escolha deste tema está vinculada com a deficiência das escolas em preparar o aluno para apreciar e desenvolver sua curiosidade para com a História, problema este trazido às escolas pela falta de preparo dos alunos universitários recém saídos da universidade. 1 2 Graduando em História pela Universidade Sagrado Coração de Bauru – SP. Profª. Ms. do Curso de História do Centro de Humanas da Universidade Sagrado Coração de Bauru – SP. 130 O objetivo deste trabalho é mostrar como os museus podem auxiliar os futuros professores na formação educacional de seus alunos, para isso, identificar as dificuldades encontradas pelos universitários neste processo e o seu conhecimento sobre estas instituições, bem como a definição que dariam para as mesmas. A metodologia empregada para esta análise constitui em formulários, aplicados no período de setembro e outubro de 2008 em vinte alunos do curso de História da Universidade Sagrado Coração, sendo cinco graduandos de cada ano, com o intuito de descobrir como o universitário deste curso se comporta para com as instituições museológicas e outras instituições de pesquisa, como os arquivos, tendo um exemplo, na referida universidade, o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Sagrado Coração “Gabriel Ruiz Pelegrina”. Na investigação feita com os universitários constatou-se que apesar das noções sobre a definição de museu estarem corretas, não há um consenso ao expor as idéias, cada um descreveu de uma forma o que considera como museu, a maioria relatou que é um lugar onde são guardadas e preservadas peças antigas de enorme valor, que nos mostram um pouco do passado. Esta definição não está errada, contudo é preciso acrescentar que esta instituição possui mais funções, principalmente com relação à educação das pessoas que a visitam. Nos museus, os objetos acabam se transformando numa espécie de resumo da sociedade, aparecendo como grandes documentos. São lugares onde a memória defende-se da dissipação da lembrança. Esta instituição é um legado do presente às futuras gerações, destinada a tornar-se, no futuro, um sinal do passado. No Brasil, não existe o hábito formado de consultar coleções e são poucos os trabalhos que utilizaram o museu como fonte. A maioria dos pesquisadores de história pensa sempre no documento escrito, arquivístico e bibliográfico para fazer parte dos seus documentos, assim os museus são incluídos como instituições que não possuem documentos para pesquisa. Atualmente, tem sido um espaço ocupado pelos historiadores, o que obriga os profissionais de museus a se preocuparem em aprofundar determinadas discussões de como estes podem ser mais atraentes aos olhos da comunidade. Todo objeto ao nosso redor possui uma história que acompanha a nossa trajetória de vida e da sociedade em que vivemos, alguns objetos são tão importantes que são recolhidos e guardados nos museus com o intuito de representar a sociedade a qual pertencemos, contudo as pessoas não prestam 131 atenção nestas coisas simples do nosso dia-a-dia, então ao visitarem um museu, o consideram como armazenador de coisas velhas, porém se fizerem um esforço para relacionar tais objetos de outra época com a nossa, as coisas começarão a ganhar sentido. Perdemos importantes informações do nosso passado porque alguns objetos não foram guardados. “Uma vez guardados nos museus, estes objetos passam a ser considerados como parte de nosso patrimônio cultural”. São testemunhas materiais da sociedade que os produziu e utilizou. Deste modo, estes objetos serão estudados e darão significado a vários aspectos de nossa sociedade. (BARBUY, 1989, p. 17) O museu guarda objetos tridimensionais, de forma que se possa passear em torno da História. Originados de atividades ou da própria natureza humana, objetos dos mais variados tipos são colecionados em função de seu conteúdo ou de sua função. (SOBREIRA; STATHOPULOS, 2001, p. 2) Verificou-se igualmente, que vários universitários além de visitarem os museus de suas cidades, procuraram alguns outros com o mesmo propósito, mostrando o interesse destes em conhecer outras culturas preservadas pelo museu. E todos expressaram a vontade de conhecer outros, denotando que existe certa conscientização, que reforçada pelos professores, poderá obter um resultado positivo com relação ao uso do museu como recurso didático quando forem exercer sua profissão de educadores. No começo do século XX a sociedade estava inquieta perante pós-revolução industrial, contudo os museus não acompanharam este ritmo, consequentemente, não atendendo às necessidades do público. No contexto pós-guerra, os Estados Unidos inovam com o surgimento da expressão “Museu Dinâmico”, esta instituição começa a oferecer várias atividades diferentes com o intuito de atrair a comunidade. (SANTOS, 1993, p. 10) Para Tamanini (1989, p. 196) o museu vem sendo visto apenas como protetor dos variados objetos, de distintos povos, dos diversos períodos da História. As experiências com a Educação Patrimonial vêm apresentá-lo com outro objetivo: o museu como parte integrante da vida comunitária, tanto para as crianças como para os adultos, como um lugar que educa através do olhar, pelas imagens, testemunhas de como o homem evoluiu em sua capacidade criadora. A educação escolar deve empregar o museu como recurso didático para ensinar explorando todos os objetos museológicos, ou seja, toda a produção 132 histórico-cultural como artefatos, poesia, desenho, música, pintura, escultura, teatro, cinema, vídeo, fotografia, artesanato, objetos do cotidiano, arquitetura, etc. e suas expressões nos diferentes segmentos sociais. De acordo com o Conselho Internacional de Museus (1986), museu defini-se como uma instituição a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, geralmente é aberta ao público, desenvolvendo um papel de recurso educativo a ser usado por todos os setores da população ou grupos especializados, com o objetivo de preservação, pesquisa e comunicação por meio das exposições permanentes e temporárias. Sendo assim, o museu não pode ser um depósito de coisas velhas, em desuso, somente para guardar lembranças de um passado que não existem mais. A instituição museu abriga um patrimônio cultural da humanidade, com objetivo não só de preservação do acervo que guarda, mas para utilizar este acervo como meio de transformação da realidade social através do testemunho que cada documento poderá oferecer a nível individual ou no seu conjunto. Ressaltando-se que, cada documento como suporte de informação, pode ser empregado para ensinar algo a alguém de maneira que este possa reconhecer no passado os mais variados elementos de uma realidade histórica; desenvolvendo a capacidade de observação, comparação, formulação de problemas e hipóteses com um envolvimento multidisciplinar facilitando a compreensão do espaço em que vive relacionando com o todo. Conforme Tamanini (1989, p. 180) “as informações trazidas nos livros didáticos não são completas, ignorando as contribuições dos vários campos de pesquisa da História, como a arqueologia”. Apesar da maioria dos universitários terem empenho em aproximar os museus da vida escolar, precisam encontrar meios mais atrativos, além das visitas normais, para chamar atenção dos estudantes e incentivá-los a continuar as visitas mesmo depois do término do período letivo e da graduação, estimulando-os a procurarem outras instituições que possibilitem o acúmulo de conhecimento. Isto precisa ser mudado rapidamente, já que menos da metade dos entrevistados tiveram este estímulo quando cursavam o Ensino Fundamental e Médio. O museu seria o lugar concebido como um caminho aberto, em oposição ao espaço “fechado” da escola. Nele o visitante é geralmente voluntário e não fica preso, sendo “cativado pela exposição durante seu percurso”, além de ficar rodeado por uma “multidão barulhenta e movimentada”. Nesse sentido, é importante haver 133 uma preparação dos educadores, dos dispositivos de recepção e de organização do tempo no museu para evitar o possível cansaço comum nessas experiências. (MARANDINO, 2005, p. 166) Com relação a empregar o museu como prática de ensino, somente um universitário considerou não ser possível, os outros dezenove mostraram-se dispostos afirmativamente, organizando visitas com o propósito, primeiramente de incentivar sua curiosidade, seguido de explicações, para depois prosseguirem com a realização de uma pesquisa. “O museu pode ensinar um pouco de tudo: de História, de Física, de Biologia, Matemática, Geografia, etc.” Basta que os educadores, principalmente os historiadores, pensem no museu além da fonte de pesquisa, acrescentando-o como método de ensino, sendo por isso necessária à instrução prévia nesta área. (NASSARALA, 2003, p. 4) Os museus precisam caracterizar o processo de transposição didática/ museográfica, no interior dessa instituição na sua dimensão de educação e comunicação, necessitam afirmar os espaços destes enquanto “locais onde se estabelecem relações pedagógicas próprias e que, em determinado momento, poderão ser utilizados pela escola ou qualquer outra instituição ou grupo social”. O museu, segundo Barbuy (1989), é o melhor veículo de propagação do conhecimento científico auxiliando a informar sobre o conhecimento, pois seus trabalhos sociais, educativos e culturais jamais poderão excluir a pesquisa que é o seu pilar, caso contrário, romperá a própria essência. Outras instituições podem auxiliar as pessoas na busca pelo conhecimento, como é o caso dos arquivos, específicos para serem utilizados em pesquisas sobre os mais variados assuntos. Com esta pesquisa através dos formulários pretendeu-se verificar como o futuro profissional de ensino do curso de História o tem utilizado. O arquivo do Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Sagrado Coração Gabriel Ruiz Pelegrina (NUPHIS) é um local para pesquisa dos universitários, porém poucos alunos se propõem fazer pesquisas neste setor, mesmo este contendo inúmeros documentos disponíveis à pesquisa para todos os interessados. O NUPHIS é um órgão de apoio da Universidade na área da pesquisa, fundado há 24 anos, no dia 17 de outubro de 1983, e tem por objetivos principais, a preservação, organização, conservação e divulgação das fontes de pesquisas 134 realizadas sobre a cidade de Bauru e Região. Atende um público estudantil do Ensino Fundamental, Médio e Superior da rede pública e privada, pesquisadores particulares e ligados a instituições e cidadãos em geral. Assim, o Núcleo tem por objetivo subsidiar, com documentos primários e secundários, estudos e ações educativas de professores nas diversas áreas do conhecimento. Possui vários arquivos e coleções de documentos, que servem como fontes de pesquisa, adquiridos através de doações e convênios com instituições públicas, dos quais se pode citar: o Poder Legislativo, contendo atas das reuniões da Câmara e processos de diversas naturezas; o Poder Judiciário, com inventários, arrolamentos e processos crimes de 1911 a 1950; o Cartório de Registro Civil com processos de casamentos de 1927 a 1994, e arquivos privados como: a Diocese de Bauru com documentos datados do século XIX e XX, e arquivos pessoais: do poeta Benedito Luis Rodrigues de Abreu (1987-1927); do cientista Luiz Gonzaga Bevilácqua (19121992); do ex-prefeito de Bauru, Edson Bastos Gasparini (1933-1983). Além de revistas, livros, monografias, dissertações e teses, mapas, documentos iconográficos, audiovisuais, jornais, objetos e peças de museu, com exposições temáticas temporárias e permanentes. Os jornais são as fontes de pesquisa mais procuradas pelos consulentes do NUPHIS, avulsos e encadernados. Podendo-se exemplificar o jornal “O Bauru” de 1906 a 1924; “A Gazeta de Bauru” de 1914; “O Correio de Bauru” de 1925; “Correio da Noroeste” dos anos de 1930/31/32/36/46; “A Tribuna Operária” de 1931; “Diário da Noroeste” 1927-1930, “Jornal de Bauru” de 1932; “A Fé” de 1950-1963; “Correio de Garça” de 1953/54 e outros jornais. O maior acervo jornalístico do NUPHIS é o do jornal Diário de Bauru, de 1946-1999; o Jornal da Cidade de 1967 aos dias atuais e o Jornal Bom Dia de novembro de 2005 aos dias de hoje. São arquivados vários títulos de suplementos e jornaizinhos de iniciativa de segmentos da comunidade, de cunho literário, político, humorístico e cultural. Apesar de tudo isso, os alunos do curso de História pouco utilizam esta fonte para estudos, como foi comprovado na pesquisa com os formulários, onde pouco mais da metade dos universitários já visitaram o Núcleo, sendo que menos da metade destes o fizeram por vontade própria, pois foram levados, em aula, pelos professores. Não há unanimidade quando são questionados se usariam documentos históricos como prática de ensino, os dois entrevistados que responderam negativamente alegam que a sala de aula é um lugar inapropriado, e que os alunos 135 de hoje são desinteressados. O trabalho do professor de História é justamente este, fazer com que o estudante saia da estagnação a qual está exposto, despertando-o para o prazer de descobrir a história. Os outros dezoito entrevistados consideram possível trabalhar com documentos históricos, primeiramente explicando aos alunos o que é um documento, como deve ser manuseado, depois os incentivando à pesquisa nos mesmos, sempre com orientação, para demonstrar-lhes o quanto é delicado e importante na construção da história. O homem está sempre preocupado em preservar sua história e sua memória. Ele tem acesso ao seu passado através de relatos ou depoimentos de testemunhas oculares, documentos, textos, etc. Ele tem um papel cultural importante, além de abrigar os registros do tempo, é um veículo a serviço do conhecimento e da informação que contribui para o desenvolvimento da sociedade. Um museu deve ser um centro de informação e reflexão, onde o homem se reencontra com o belo, a história e a memória estando inserido dentro das prioridades da vida urbana contribuindo para o desenvolvimento social e cultural da humanidade. O museu precisa agir sobre a mudança da realidade, a partir de uma relação entre o objeto preservado com o frequentador, levando a sensibilização da releitura do acervo trazendo a tona a função educativa do museu, mostrando o espaço e o objeto como peças integrantes no processo de conscientização do indivíduo, embora ainda exista uma falta de visão do aspecto pedagógico por parte de administradores de museus e de profissionais da educação dificultando a mudança. Há necessidade de se começar experiências educativas e aplicar metodologias para o futuro dos museus estarem mais próximos de serem geradores de cultura. Este passo é importante, pois somente treze entrevistados tiveram contato com documentos históricos, isto no Ensino Superior, então é importante que desde cedo, a criança possa ter contato com os mesmos, sendo estimulados ainda pequenos, para não ficarem ignorantes neste aspecto. Os resultados obtidos na pesquisa, de modo geral, demonstram que os universitários do curso de História sabem o básico sobre as instituições museais, contudo, somente treze estão preparados para trabalhar adequadamente com os arquivos, os outros sete não mostraram muito interesse pelo assunto. 136 Na pesquisa de opinião com professores de Ensino Fundamental realizada, “[…] quando o professor responde que é preciso primeiro conhecer o museu, antes de levar o aluno para a visita técnica, esta admitindo que não faz uso dessa prática educacional enquanto recurso didático, talvez por não ter sido preparado para tal”. (FONSECA; RONQUE, 2003, p. 22) Na nova grade curricular do curso de História foi incluída a disciplina Políticas Educativas de Preservação Cultural, que tem como um dos objetivos preparar o universitário para desenvolver práticas pedagógicas junto a arquivos e museus no ensino de História. Portanto, nas escolas de ensino básico e também nas de ensino superior é preciso que os professores procurem cada vez mais divulgarem e estimularem os estudantes a ampliarem seus conhecimentos sobre cultura, patrimônio e as instituições que preservam estes elementos, que a cada dia estão sobressaindo-se na história, que já possui campos destinados ao estudo das particularidades das sociedades, como é o caso da História Social, que estuda cada sociedade, e da História Cultural que estuda as diferentes culturas dos diversos períodos, é preciso que as crianças cresçam sabendo destas informações para que não construam uma opinião distorcida dos fatos e das especificidades de cada sociedade. TEACHING AS MUSEUM APPEALS FOR THE TEACHING OF HISTORY ABSTRACT The present article has as objective to expose the utilization of museums by the students of university of the History course and the valuation of its source of research as didactic recourse to the future teachers, showing it as support in the History construction well as of the use this institution in another areas of graduation, showing the Core of Documentation and Historical Research of University: Sagrado Coração Gabriel Ruiz Pelegrina (NUPHIS) as instrument to the preservation of History e source of research available for everyone. The methodology was based on the bibliographic research and at field with application of answered formularies by twenty students of the History course at the Sagrado Coração University, The results obtained show like most of the History future teachers in spite of the wish of get deeper their knowledge about the museological institution and the interest in use it as complement of teaching in this area with absence of specific knowledge in this kind of even being little divulged. Keywords: Museums. Didactic recourse. Teaching-History. NUPHIS. 137 REFERÊNCIAS BARBUY, H. Museu e Geração de Cultura. In : Cadernos Museológicos, 2. Rio de Janeiro : MINC/SPHAN/ PRÓ-MEMÓRIA, dez. 1989. p. 36-40. FONSECA, A. C. B. da; RONQUE, M. A. Museu: ação educativa e cultural. Bauru, SP: [s.n.], 2003. MARANDINO, M. Museus de Ciências como espaços de educação. In: FIGUEIREDO, B. G.; VIDAL, D. G. (Org.). Museus: dos gabinetes de curiosidades à museologia moderna. Belo Horizonte: Argvmentvn; Brasília, DF: CNPq, 2005. p. 165175. NASSARALA, N. L. R. Apresentação. In: FONSECA, A. C. B. da; RONQUE, M. A. Museu: ação educativa e cultural. Bauru, SP: [s.n.], 2003, p. 3-4. SANTOS, M. C. T. M. Repensando a ação cultural e educativa dos museus. 2. ed. Salvador: Centro Editoria e Didático da UFBA, 1993. SOBREIRA, M. R. N., STATHOPULOS, S. O desafio dos museus. Jornal da Cidade, Bauru, 3 jun. 2001, p. 2. TAMANINI, E. Museu, arqueologia e o público: um olhar necessário. In: FUNARI, P. P. (Org.). Arqueologia, história e cultura material. Campinas: UNICAMP Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 1998. p. 178-220. WITTER, J. S. Realidades e desafios dos acervos museais da USP - Museu Paulista. In: SEMANA DOS MUSEUS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2.,1999, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.], 1999, p. 23-25. APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO 1- Para você, o que é um museu? Locais onde peças importantes são conservadas, bem como documentos históricos. Lugar onde ficam expostas, peças antigas, de enorme valor. Lugar onde ficam peças antigas e coleções raras. Local onde são guardados e expostos artigos, objetos de arte ou históricos. Lugar de resgate da história da cidade ou país. Onde nos encontramos com nosso passado. 01 02 01 02 01 01 138 Lugar escolhido para arquivar as obras históricas de uma cidade, que conta a história de um povo, guardando objetos, documentos, etc. Ambiente que serve para aprimorar o conhecimento. Lugar apropriado para a preservação, evitar o desgaste, da vida útil dos patrimônios materiais e imateriais. Local que se reserva ao estudo de objetos do passado para a transmissão de conhecimento. Local de preservação da História de modo físico, escrito, fotografado, filmado, etc. Instituição onde se resgata, através de objetos, depoimentos, o passado, sempre fazendo um paralelo com o nosso presente. Forma de preservar o nosso passado. Lugar onde as pessoas podem ter contato com a história. Lugar maravilhoso, onde são expostos todos os tipos de objetos, documentos, que confirmam ou não os fatos históricos. Lugar onde valoriza a história, que vai mostrar a realidade. Referência do passado, lugar para uma viagem ao tempo. Estabelecimento onde estão reunidas as únicas e mais belas peças que contam a nossa história e mostram a nossa identidade. 2- Já visitou algum museu? SIM 20 Quais? Capitolino (Roma) Louvre MAFRA (Portugal) Masp Museu Alexandre Chito (Lençóis Paulista) Museu da Inconfidência (Ouro Preto) Museu da Marinha (RJ) Museu de Avaí Museu de Barra Bonita Museu de Jaú Museu de Santiago (Chile) Museu de Santos Museu do Café Museu do Ipiranga Museu do Vaticano Museu dos Imigrantes Museu dos Soldados Constitucionalistas Museu Ferroviário de Bauru Museu Histórico de Bauru Museu Imperial (Petrópolis) Museu Mariano Procópio (Juiz de Fora) 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 NÃO 0 01 01 01 02 02 01 01 02 02 01 01 01 02 07 01 01 01 07 05 01 01 139 Museu Municipal de Sorocaba Museu Nacional de Roma NUPHIS Pinacoteca 01 01 01 01 3- Em caso negativo, gostaria de visitar um museu? (não houve casos) 4- Você já visitou o Núcleo de Pesquisa e Documentação da USC? SIM NÃO 13 07 Por quê? SIM Pesquisas Aulas Práticas Trabalho pedido pelo professor 03 09 03 NÃO Falta de Tempo Ainda não teve oportunidade Não mora em Bauru, viabilidade difícil Não conhecia 02 03 01 01 5- Você gostaria de conhecer outros museus? SIM NÃO 20 0 6- Como poderíamos aproximar o museu da vida escolar? Organizando excursões para visitas Comunicando a importância da arte para as crianças Tirando o lado negativo que o museu passa para as pessoas Transformando o museu em um lugar mais atrativo e mais didático. Organizando visitas, desde que o aluno tenha algum conhecimento prévio. No começo, através de visitas, não só como lazer, mas com aulas explicativas. Ensinando com visitas interativas. Levando periodicamente os alunos aos museus municipais. Comunicar a importância deste para as crianças. Com planejamento de excursões. Através de visitas guiadas e trabalhos de pesquisa. Através de uma interação maior com as escolas, sem muita burocracia. Freqüentando mais e incentivando as crianças. Estimulando passeios desde a infância. Primeiramente, levando os alunos até lá e tentando mudar a idéia que lá só tem coisas velhas. Difícil, mas programaria visitas, primeiro trabalho de 02 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 140 conscientização, porém o desinteresse é grande. Dando boas aulas de história antes da visita. O museu nada mais é que a história viva e bem mais atraente para a memorização da matéria. Com visitas de conscientização. 01 01 01 7- No Ensino Fundamental e Médio, os professores costumavam levá-los ao museu? SIM NÃO 09 11 01 – menos que o necessário 01 – não freqüentemente 01 – às vezes 01 – uma vez 8- Você usaria o museu como prática de ensino? SIM 19 NÃO 01 Como? Proporia um tema para pesquisa pessoal e depois uma visita a um museu, na parte proposta para a pesquisa. Como suporte de determinado assunto. Levando o aluno ao conhecimento sobre o que vem a ser um museu, despertando a sua curiosidade. Organizando pesquisas com fundo educativo. Museu como fonte de pesquisa. Através de visitas técnicas. Para pesquisas. Para apresentar ao aluno fatos históricos importantes. Através de métodos metodológicos. Através de visitas guiadas, trabalhos de pesquisa. Trazendo o concreto, o visual pro aluno, para ele ter mais contato com o passado-presente. Uma certa matéria aplicada em aula, utilizar o museu como complemento. Primeiro em sala de aula, com informações básicas e pesquisa, depois o passeio e finalmente uma avaliação. Mostrando a realidade da época, através do museu passar várias visões. Promover excursões. Para muitos alunos, só é possível entender a história quando a vemos e sentimos, e nada melhor do que um museu. Trabalhando com as memórias, com o passado. Usaria de tal forma que os alunos visitando museus, lhes seriam apresentados componentes históricos. 9- Na sua formação, você recebeu informações sobre como pesquisar utilizando-se de documentos? 01 01 01 01 01 01 02 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 141 SIM 12 NÃO 08 10- Você acha que trabalhar com documentos em sala de aula é possível? SIM 18 NÃO 02 De que modo? SIM Contrapondo com os dias de hoje. Mostrar como nós descobrimos o que aconteceu “antigamente” como se descobre a história. Buscando temas cotidianos podemos apresentar uma documentação e desvendá-la com os alunos, fazendo perguntas para o documento. Tomando os devidos cuidados. Primeiramente, inserir o documento no contexto histórico e a parti daí trabalhar com o documento. Orientando antecipadamente para não danificarem os documentos. Antes de qualquer visualização é necessário uma boa aula sobre o assunto. Levantando dados, pesquisa. Principalmente jornais antigos. Deixá-los manusear, para análise e pesquisa. Uma análise de fontes primárias e secundárias. Com orientação do professor. Através de aulas preparadas pelo professor, com o uso da criatividade. Primeiro, levando o aluno ao conhecimento sobre o que vem a ser um documento, parta despertar a sua curiosidade. Estratégias diversas e atraentes, com pesquisa, avaliação e seminários. Desde que os alunos estejam conscientes de que aquele material é único. Proporia que também buscassem pesquisar além da sala de aula. Apresentando os documentos aos alunos, estimulando estudos sobre os mesmos. Explicando sobre a importância do mesmo. Trazendo informações básicas e interessantes aos alunos, com jornais retratando fatos importantes do passado. Explorando o conteúdo do mesmo, por ser um documento de época, nos passará muita informação. NÃO Não, por causa do desinteresse dos alunos. Há uma dinâmica atrasada. Algum tempo atrás, sim. Não, porque deve ter um lugar apropriado, que a sala de aula não é. 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01