MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Campus Avançado de Poços de Caldas Rodovia José Aurélio Vilela, 11999 (BR 267 km 533) - Cidade Universitária - Poços de Caldas/MG. CEP 37715-400 Fone: (35) 3697-4600 (QJHQKDULD4XtPLFD 32d26'(&$/'$6²-8/+2'( 3 5 2 - ( 7 2 3 2 / Ì 7 , & 2 3 ( ' $ * Ð * , & 2 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Comissão de Elaboração, Acompanhamento e Avaliação do Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Química Cláudio Antônio de Andrade Lima– Professor de 3º grau Érika Coaglia Trindade Ramos– Professor de 3º grau Giselle Patrícia Sancinetti– Professor de 3º grau Marcos Vinícius Rodrigues– Professor de 3º grau Maria Gabriela Nogueira Campos – Professor de 3º grau (presidente da comissão) Neide Aparecida Mariano– Professor de 3º grau Paulo Roberto Alves Pereira– Professor de 3º grau Dados Institucionais Fundação: A Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA) foi fundada no dia 03 de abril de 1914, por João Leão de Faria. Federalização: A federalização ocorreu com a publicação, no DOU de 21 de dezembro de 1960, da lei nº 3.854/60. A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se através do Decreto nº 70.686 de 07 de junho de 1972. Transformação em Universidade Transformação em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) ocorreu pela lei nº 11.154 em 29 de julho de 2005. Endereços: Sede: Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 - Centro CEP: 37 130-000 Alfenas-MG Tel: (35) 3299-1062 Fax: (35) 3299-1063 email: [email protected] Home Page: http://www.unifal-mg.edu.br Campus Avançado de Poços de Caldas: Rodovia José Aurélio Vilela, 11999, Km 533 Cidade Universitária – Poços de Caldas CEP 37715-400 Tel: (35) 3697-4600 2 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Campus Avançado de Varginha: Avenida Alfredo Braga de Carvalho, 303 Parque Industrial JK - Varginha/MG CEP: 37062-440 Telefone: (35) 3214-1761 3 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Dirigentes Reitor Prof. Dr. Paulo Márcio de Faria e Silva Vice- Reitor Prof. Dr. Edmêr Silvestre Pereira Júnior Pró-Reitora de Graduação Profa. Dra. Lana Ermelinda da Silva dos Santos Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Prof. Dr. Antônio Carlos Doriguetto Pró-Reitora de Extensão Profa. Dra. Maria de Fátima Sant’Anna Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários Prof. Dr. Marcos Roberto de Faria Diretor do Campus de Poços de Caldas Prof. Dr. Rodrigo Fernandes da Costa Marques Diretor do Instituto de Ciência e Tecnologia -ICT Prof. Dr. Cláudio Antônio de Andrade Lima 4 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ SUMÁRIO Página 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 07 2. PRINCÍPIOS ORDENADORES E IDENTIDADE INSTITUCIONAL ........................... 09 2.1. Histórico da Instituição ............................................................................................. 09 2.2. Concepção político-filosófica ................................................................................... 11 2.3. Princípios e objetivos institucionais .......................................................................... 13 2.4. Ideário Pedagógico .................................................................................................. 14 3. CONCEPÇÃO E FINALIDADE DO CURSO................................................................ 16 3.1. Justificativa .............................................................................................................. 16 3.2. Caracterização geral do município de Poços de Caldas ......................................... 19 3.3. Objetivos do curso ................................................................................................... 22 3.4. Perfil do egresso ...................................................................................................... 23 3.5. Competências e habilidades .................................................................................... 24 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ................................................................................. 25 4.1. Acesso ao Curso ...................................................................................................... 25 4.2.Vagas......................................................................................................................... 25 4.3. Regime Didático e Duração do Curso....................................................................... 25 4.4. Estrutura Curricular................................................................................................... 25 4.4.1 Base Legal.............................................................................................................. 25 4.5. Ementário das unidades curriculares obrigatórias ................................................... 31 5. METODOLOGIA DE ENSINO ..................................................................................... 41 6. ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO CURSO........................................................... 43 7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES............................................................................ 44 8. ESTÁGIO SUPERVISIONADO................................................................................... 45 9. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO............................................................... 46 10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ................... 47 11. ESTRUTURAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS .................................. 48 11.1. Biblioteca ................................................................................................................ 48 11.2. Informatização ........................................................................................................ 49 11.3. Recursos Humanos ................................................................................................ 50 11.4. Infraestrutura do campus Poços de Caldas ........................................................... 51 5 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 12. PROJETO URBANÍSTICO DO CAMPUS DE POÇOS DE CALDAS ....................... 59 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 67 6 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 1. INTRODUÇÃO A expansão do ensino superior no Brasil, além de atender a um legítimo desejo da sociedade, é uma condição sine qua non para a sustentabilidade do desenvolvimento do país, tornando imperativo para as Universidades Públicas elevar, de forma acentuada, suas taxas de crescimento de matrículas, seja na graduação, seja na pós-graduação. Para fazer frente aos desafios deste novo milênio e as crescentes e diversas necessidades da sociedade moderna e do mundo do trabalho contemporâneo surge, também, a necessidade de propostas pedagógicas inovadoras que contemplem flexibilidade curricular e adoção de metodologia que compatibilizam recursos públicos disponíveis com elevado incremento de matriculas e excelência da qualidade do ensino. Esse projeto está inserido no Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais - REUNI (BRASIL-DECRETO Nº 6.096, 2007) que, após amplo debate ocorrido em todos os segmentos da comunidade universitária e aprovação pelo Conselho Superior, pela Resolução nº 056/2007, de 7/12/2007, resultou na adesão da UNIFAL-MG que, em contrapartida, assumiu compromissos dentre os quais: • Implantação de currículos arrojados, consistentes e enxutos, incorporando atividades acadêmicas de cunho multidisciplinar; • Flexibilização curricular; • Criação de novos cursos, voltados para a inovação; • Adoção de metodologias de ensino mais aptas ao trabalho com turmas de tamanho variado, com formação de equipes didáticas mistas, integradas por docentes, estudantes de pósgraduação, monitores e bolsistas; • Direcionamento de parte significativa da expansão das vagas de graduação para cursos que tenham maior potencial de contribuição para o desenvolvimento sustentado e para a eqüidade social; • Aprimoramento dos processos seletivos de ingresso, de modo a reduzir sua seletividade social; • Fortalecimento das políticas de apoio a alunos oriundos das camadas mais empobrecidas da sociedade; • Expansão de vagas prioritariamente dirigida ao turno noturno. É nesse contexto que surgiu a criação dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BCT), e das Engenharias Ambiental e Urbana, de Minas e Química para o campus de Poços de Caldas. Assim, esse documento sintetiza as discussões e trabalhos relacionados à 7 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ estruturação curricular da Engenharia de Química e será o instrumento norteador do itinerário formativo do curso. 8 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 2. PRINCÍPIOS ORDENADORES E IDENTIDADE INSTITUCIONAL 2.1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO A Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), originalmente, Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA), foi fundada no dia 03 de abril de 1914, por João Leão de Faria, com a implantação do curso de Farmácia e, no ano seguinte, foi implantado o curso de Odontologia. Foi reconhecida pela Lei Estadual nº 657, de 11 de setembro de 1915, do Governo do Estado de Minas Gerais. Primeira Diretoria: João Leão de Faria, Diretor; Amador de Almeida Magalhães, Vice-Diretor; Nicolau Coutinho, Tesoureiro e José da Silveira Barroso, Secretário. Em 11 de setembro de 1916, doações angariadas por uma comissão de alunos possibilitaram a criação da biblioteca. O reconhecimento nacional realizado pelo então Ministério da Educação e Saúde Pública consta no Art. 26 do Decreto 19.851 e, em 23 de março de 1932, quando foi aprovado o novo regulamento, enquadrando-a nas disposições das leis federais. A Lei nº 3.854, de 18 de dezembro de 1960, determinou sua federalização, estando sua direção a cargo do Prof. Paulo Passos da Silveira. A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se por meio do Decreto nº 70.686, de 07 de junho de 1972. Esta transformação favoreceu a implantação do curso de Enfermagem e Obstetrícia, autorizado pelo Parecer nº 3.246, de 5 de outubro de 1976 e Decreto nº 78.949, de 15 de dezembro de 1976 e reconhecido pelo Parecer do CFE nº 1.484/79, Portaria MEC nº 1.224, de 18 de dezembro de 1979. Sua criação atendia, nessa época, à política governamental de suprimento das necessidades de trabalho especializado na área de saúde. Em 1999, foram implantados os cursos de Nutrição, Ciências Biológicas e a Modalidade Fármacos e Medicamentos, para o curso de Farmácia, todos autorizados pela Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999, com início em 2000. A mudança para Centro Universitário Federal (EFOA/Ceufe) ocorreu em 1º de outubro de 2001, pela da Portaria do MEC nº 2.101. Visando atender às exigências legais das Diretrizes Curriculares, o curso de Ciências Biológicas foi desmembrado em modalidades originando os cursos de Ciências Biológicas (Licenciatura), com início no segundo semestre de 2002, aprovado pela Resolução 005/2002, do Conselho Superior, de 12 de abril de 2002, e Ciências Biológicas (Bacharelado), com início no primeiro semestre de 2003, baseado na Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999. Em 2003, iniciou-se o curso de Química (Bacharelado), aprovado pela Resolução 002/2003, de 13 de março de 2003, do Conselho Superior. Em 29 de julho de 2005, foi transformada em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), pela Lei 11.154. Atendendo às políticas nacionais para a expansão do ensino superior, a UNIFAL-MG implantou em 2006 os cursos de Matemática (Licenciatura), Física (Licenciatura), Ciência da 9 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Computação e Pedagogia, além de ampliar o número de vagas para o curso de Química (Bacharelado) de 20 para 40. Em 2007, foram implantados os cursos de Química (Licenciatura), Geografia (Bacharelado), Geografia (Licenciatura), Biotecnologia, mais as Ênfases Ciências Médicas e Ciências Ambientais no curso de Ciências Biológicas e ampliou a oferta de vagas, para o curso de Nutrição; em 2008, o curso de Ciências Biológicas com Ênfase em Ciências Médicas foi transformado no de Biomedicina. O ano de 2009 inaugurou os cursos de História (Licenciatura), Letras (Licenciatura/Bacharelado), de Ciências Sociais (Licenciatura/Bacharelado) e o curso de Fisioterapia, no primeiro semestre, no campus de Alfenas. Além disso, atendendo às tendências de expansão das Instituições Federais de Ensino Superior, foi aprovada pelo Conselho Superior da UNIFAL-MG, a criação dos campi nas cidades de Varginha e Poços de Caldas e, de outro, em Alfenas. Foram criados, para o campus de Varginha, os cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia, Ciências Atuariais, Administração Pública e Ciências Econômicas, e os cursos de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, Engenharia Ambiental e Urbana, Engenharia de Minas, e Engenharia Química, para o campus de Poços de Caldas, com início no primeiro semestre de 2009. No segundo semestre de 2009, foram oferecidas as licenciaturas a distância em Química e Ciências Biológicas, com pólos em Campos Gerais e Boa Esperança, respectivamente. A Pós-graduação, iniciada na Instituição na década de 80, oferece vários cursos de Especialização presenciais, na área de saúde, no campus de Alfenas: Gerontologia, Farmacologia Clínica, Análises Clínicas, Atenção Farmacêutica, Endodontia, Implantodontia, Periodontia, Terapêutica Nutricional, entre outros. O campus de Varginha oferece Controladoria e Finanças. Na área de Educação, é oferecido o curso “Teorias e Práticas na Educação”, na modalidade a distância, nos pólos: Bambuí, Bragança Paulista, Franca, Santa Isabel e Serrana. Há, na UNIFAL-MG, os seguintes programas de pós-graduação Stricto Sensu, recomendados pela Capes: Ciências Fisiológicas, Ciências Farmacêuticas, Enfermagem, Biociências Aplicada à Saúde, Química, Ciência e Engenharia de Materiais, Ecologia e Tecnologia Ambiental. Os Programas de Pós-graduação contam com o apoio da Capes e da Fapemig por meio de bolsas concedidas aos alunos, além do Programa Institucional de Bolsas da UNIFAL-MG. Em 2009, iniciaram-se o Mestrado e o Doutorado em Ciências Fisiológicas, integrando o Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis). 10 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ As atividades de pesquisa dos discentes de graduação são viabilizadas mediante os Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica, sendo eles: Pibic/CNPq (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq); PibICT/Fapemig (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica/Fapemig) e Probic/UNIFAL-MG (Programa de Bolsas de Iniciação Científica). Para alunos procedentes do Ensino Médio da comunidade, estão disponíveis o PibICT-Júnior/Fapemig e o Probic-Júnior/UNIFAL-MG. As ações de extensão, hoje consolidadas, e a criação da Universidade da Terceira Idade (Unati) representam outra via de direcionamento dos trabalhos acadêmicos, a qual possibilita o contato e o intercâmbio permanentes entre o meio universitário e o social, intensificando as relações transformadoras entre ambas, por meio de processos educativos, culturais e científicos, visando a melhoria da qualidade do ensino e pesquisa, a integração com a comunidade e ao fortalecimento do princípio da cidadania, bem como ao intercâmbio artístico-cultural. Reconhecida, nacionalmente, pela qualidade do ensino, aos 96 anos, a UNIFAL-MG, mais uma vez, se prepara para outras conquistas com a implantação de novos cursos presenciais e pólos para o ensino a distância. Dentre os cursos presenciais foram aprovados, recentemente, pelo Conselho Superior: Medicina, Terapia Ocupacional, Serviço Social e Filosofia, em trâmite no MEC e ainda sem data prevista para implantação. Desta maneira, como Instituição Pública de Ensino Superior, a UNIFAL-MG acredita responder, efetivamente, às demandas educacionais da sociedade e participar dos problemas e desafios impostos pelas comunidades local, regional e nacional. 2.2. Concepção político-filosófica A UNIFAL-MG considera que a educação superior em nossos dias adquire um papel relevante em virtude das mudanças aceleradas de ordem científica e técnica que incidem diretamente no desenvolvimento socioeconômico e cultural do país. Esse pressuposto determina a necessidade de se redefinirem e aperfeiçoarem-se as funções da universidade com relação à formação e capacitação permanente de recursos humanos, à investigação científica que sustenta essas mudanças e aos serviços necessários à sociedade em correspondência com tal desenvolvimento. Esse aperfeiçoamento implica o estabelecimento de relações e inter-relações adequadas com os demais níveis do sistema educativo, com o mundo do trabalho e com a infra-estrutura que promove o desenvolvimento científico e tecnológico. Constitui, por isso mesmo, um elemento de primeira ordem para as relações com o Estado, especialmente as que se referem à responsabilidade de garantir que o ensino superior cumpra suas finalidades. 11 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Dentro dessa perspectiva, a instituição concebe como uma unidade, docência - produção investigação, orientada pelos princípios básicos de articulação sistemática da formação acadêmica dos estudantes universitários com sua futura atividade profissional. Para tanto, será necessária à inserção destes estudantes direta e efetivamente na prática do trabalho e de investigação científica em todos os anos de sua formação. A descentralização acadêmica, expressa na autonomia de cada curso, permite definir seu currículo e traçar as diretrizes da formação profissional de acordo com o nível de desenvolvimento científico e tecnológico alcançado, as características regionais e o diagnóstico dos recursos humanos e materiais com que conta. Pressupõe a orientação das ações acadêmicas a partir dos princípios de liberdade acadêmica, autonomia administrativa e responsabilidade de dar respostas às exigências que a sociedade coloca. A consideração de que as universidades são instituições fundamentais para a promoção e desenvolvimento da cultura adquire, na UNIFAL-MG, uma conotação particular ao se integrar como elemento fundamental a uma política dirigida não só a formar indivíduos altamente capacitados no plano científico e técnico, mas também cidadãos conscientes, capazes de assumir suas responsabilidades individuais e sociais em um mundo conturbado por múltiplos conflitos, onde simultaneamente se estreitam cada vez mais as relações interculturais favorecidas pelos avanços da tecnologia da informática e das comunicações. Assim, busca fortalecer a formação do cidadão para afirmação da identidade cultural como base imprescindível para inserir-se no mundo e compreender os problemas mais urgentes e transcendentes que o afetam. Somente compreendendo a necessidade de preservar o patrimônio histórico e cultural da nação bem como a defesa da soberania e da independência, assim como das conquistas e direitos alcançados, pode um povo integrar-se ao concerto das demais nações para alcançar um desenvolvimento humano sustentável e uma cultura de base. Para isto, empenha-se em garantir em primeiro lugar o acesso real à educação voltada para o trabalho e para a vida, para a possibilidade efetiva de exercer a democracia desde os primeiros anos. Uma educação na qual o diálogo substitua o monólogo; e valores humanos, tais como a solidariedade e honestidade, façam do homem um ser verdadeiramente superior. A instituição considera necessária a formação humana com uma perspectiva ambiental que permita promover o desenvolvimento econômico e social sustentável em oposição às múltiplas manifestações de depredação e extermínio dos recursos naturais que põem em perigo a própria existência da humanidade. Propõe-se, portanto, promover uma preparação intelectual que propicie a capacidade de pensar por si mesmo para tomar decisões conscientes e a criação de uma atitude de aperfeiçoamento permanente, envolvendo docentes, discentes e técnicos- administrativos. Nesse 12 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ sentido, se compromete e propõe continuar com esta intencionalidade em prol da formação de profissionais com plena consciência de seus deveres e responsabilidades, de cidadãos com uma ampla cultura científica, técnica e humanista e com o desenvolvimento e sistematização de efetivas habilidades profissionais, com capacidade para resolver, de maneira independente e criativa, os problemas atuais básicos que se apresentam em sua esfera de atuação. 2.3. Princípios e objetivos institucionais A UNIFAL-MG está voltada para a formação de profissionais nos seguintes campos de especialização: Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia; Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia; Biomedicina; Biotecnologia; Ciência da Computação; Ciências Biológicas, Bacharelado (com ênfase em Ciências Ambientais) e Licenciatura (presencial e a distância); Ciências Sociais, Bacharelado e Licenciatura; Enfermagem; Farmácia; Física, Licenciatura; Fisioterapia; Geografia, Bacharelado (com ênfase em Análise Ambiental e Geoprocessamento) e Licenciatura; História, Licenciatura; Letras, Bacharelado e Licenciatura (Português-Espanhol); Matemática, Licenciatura; Nutrição; Odontologia; Pedagogia; Química, Bacharelado (com Atribuições Tecnológicas) e Licenciatura (presencial e a distância). Tem-se caracterizado, historicamente, pela busca de excelência no ensino, pelo atendimento às demandas regionais, estendendo sua atuação a outras áreas do entorno regional, e pela atenção às necessidades sociais. A UNIFAL-MG vem se ocupando, além da área do ensino nos níveis de graduação e de pósgraduação, com atividades de pesquisa e de extensão, de acordo com as perspectivas consideradas relevantes para a formação universitária oferecida. Do ponto de vista educacional, é concebida como instituição de ensino, dinâmica e contemporânea, atuante na produção de novos conhecimentos científicos e tecnológicos e com forte articulação com o meio social. Assim, o modernizar e o humanizar apresentam-se como duas dimensões complementares do processo educativo, expressando a busca do equilíbrio entre a produção e transmissão do conhecimento e a formação integral do homem e do cidadão em um contexto de mudanças nos campos cultural, social, econômico e da ciência e tecnologia. A UNIFAL-MG se concebe, do ponto de vista social, atuando em parceria com outras instituições, como responsável pelo desenvolvimento de sua área de abrangência, objetivando contribuir para a solução dos problemas existentes no meio local e regional, por meio de ações extensionistas que facilitem o intercâmbio da comunidade acadêmica com o social, na promoção do desenvolvimento de ambos. 13 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ O trabalho institucional visa formar profissionais dotados de ampla perspectiva cultural, cientifica e tecnologicamente competentes, aptos a interpretar e responder às questões colocadas através do meio social. Pretende ainda fortalecer a investigação científica, a extensão, a preservação ambiental e a difusão dos bens culturais, buscando a promoção de bem estar do indivíduo e da sociedade. Esses objetivos relacionam-se às estratégias desenvolvidas pela instituição com vistas a: • Avaliar e reestruturar as ações no ensino, pesquisa e extensão com base nos resultados e análises produzidas pela comissão responsável pelo programa institucional de avaliação; • Favorecer e estimular a participação de discentes, docentes e corpo técnico-administrativo nos diversos programas da instituição; • Favorecer e estimular a integração de alunos de graduação nos projetos de pesquisa e extensão em desenvolvimento; • Valorizar e incentivar o debate, o questionamento, a criatividade, o trabalho em equipe e a liberdade de pensamento; • Incorporar as reações de seus beneficiários como uma das bases para definição e formulação das políticas, diretrizes e ações relativas ao ensino, à pesquisa e à extensão. 2.4. Ideário pedagógico A UNIFAL-MG propõe-se a desenvolver o seu ideário pedagógico com base nas seguintes considerações: • Compreensão da educação como parte da sociedade, entendida como uma totalidade dialética, indissociável dos aspectos econômicos, culturais, políticos, antropológicos, entre outros; • Consideração do momento histórico presente, com todas as suas dificuldades e possibilidades, como base para projetar o futuro e compreender o passado; • Entendimento do homem como ser integral, síntese resultante de múltiplas determinações e relações sociais; • Assunção do trabalho humano como categoria universal que reflete as condições sociais da existência humana e que se constitui uma forma de realização pessoal; • Comprometimento com o avanço do conhecimento científico, filosófico e cultural; • Busca do avanço técnico associado ao bem estar social, à qualidade de vida, ao respeito aos direitos humanos e ao equilíbrio ecológico; • Compromisso com a superação das desigualdades sociais; 14 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ • Identificação das necessidades e problemas sociais como ponto de partida para reflexão teórica, para busca de soluções práticas, e a intervenção na realidade como ponto de transição para o desempenho profissional; • Busca de superação das dicotomias ensino-pesquisa, ensino-extensão, graduação-pósgraduação de modo a garantir a integração eficiente e eficaz do trabalho universitário; • Assunção do acadêmico como sujeito de seu próprio processo educativo, devendo por isso a instituição proporcionar-lhe as condições e os requisitos essenciais para que possa construir seu projeto de vida; • Orientação ao acadêmico em face à escolha profissional para adoção de postura profissional comprometida com o desenvolvimento da região e do país; • Compromisso com a formação continuada face à necessidade atual de aprender a aprender como condição para se tornar agente transformador da realidade. Assim apresentam-se como condições necessárias para desenvolvimento do ideário pedagógico que a UNIFAL-MG propõe-se a desenvolver: • Aquisição de fundamentação teórica sólida, instrumentalização técnica e conhecimento da realidade, para intervenção no mundo físico e social; • Valorização da mentalidade científica e técnica nos estudos e trabalhos que desenvolverem; • Aprendizagem comprometida com o processo de libertação e de auto-realização dos acadêmicos, por meio de uma metodologia ativa de caráter científico-reflexivo; • Educação de natureza reflexiva e crítica, formadora de sujeitos conscientes e participantes de sua realidade histórico-social; • Organização do trabalho acadêmico de forma flexível e redirecionada para o alcance dos propósitos institucionais; • Preparação para o enfrentamento de problemas reais e consciência de que a sua solução exige contribuições interdisciplinares e transversalidade do conhecimento. 15 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 3. CONCEPÇÃO E FINALIDADE DO CURSO DE ENGENHARIA DE QUÍMICA A elaboração de um Projeto Pedagógico para a UNIFAL – campus Poços de Caldas implica em analisar o contexto real e o escolar definindo ações, estabelecendo o que alcançar, criando percursos e fases para o trabalho, definindo tarefas para os atores envolvidos e acompanhando e avaliando a trajetória percorrida e os resultados parciais e finais. O Projeto Pedagógico Institucional foi o alicerce para a criação da grade curricular e dos correspondentes conteúdos programáticos na medida em que se contemplou a realidade das relações humanas no mercado de trabalho e as formas de distribuição física de bens tangíveis e intangíveis através dos canais de distribuição e as suas multi-relações intrínsecas e extrínsecas, num contexto globalizado, visando atender as necessidades organizacionais no desenvolvimento local, regional, nacional e internacional. Os Projetos Pedagógicos, em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, serão acompanhados pela Coordenação de Curso, Direção, Docentes e Discentes num compromisso conjunto pela qualidade. A Coordenação de Curso, com o apoio do Núcleo Docente Estruturante – NDE, terá como uma das principais atribuições acadêmicas, o acompanhamento e a análise do andamento do projeto pedagógico. Contudo, a Direção e os Professores também serão responsáveis pela consolidação e pela qualidade do mesmo. A Direção, sobretudo na logística institucional administrativa para o desenvolvimento de cada projeto de curso da faculdade e os professores especificamente, encaminhando a parte voltada para a dimensão didático-pedagógica do curso. Todos com a consciência coletiva de responsabilidade de avaliar constantemente os trabalhos desenvolvidos e a qualidade dos cursos oferecidos. As Atividades Acadêmicas permanentes de ensino, pesquisa e extensão estarão integradas de forma a se reforçarem mutuamente. O compromisso maior da UNIFAL – campus Poços de Caldas é com o ensino de qualidade. Assim, a pesquisa na Instituição terá característica empírica de aplicação prática. Contarão como pesquisa: os trabalhos discentes de conclusão de curso - TCC, as pesquisas de iniciação científica e demais atividades desenvolvidas nas disciplinas. A extensão será incentivada pelas semanas de estudos e jornadas que serão organizadas sob a responsabilidade da coordenadoria de curso, as visitas técnicas desenvolvidas por professores fora e dentro do Campus. A natureza da pesquisa possível nesta realidade educacional será voltada quase que inteiramente para as questões do ensino, estando aí a integração legítima entre Pesquisa e Ensino. 3.1. Justificativa Esse projeto está inserido no Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais - REUNI (DECRETO Nº 6.096, 2007) que após amplo debate ocorrido em todos os 16 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ segmentos da comunidade universitária e aprovação pelo Conselho Superior, pela Resolução nº 056/2007, de 7/12/2007, resultou na adesão da UNIFAL-MG. O REUNI é uma das ações integrantes do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em reconhecimento ao papel estratégico das universidades federais para o desenvolvimento econômico e social. A necessidade de expansão da Educação Superior em nosso país é premente, visto que de acordo com a recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) - Indicadores Sociais 2009, em média nacional, apenas 24,31% dos jovens brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, têm acesso ao ensino superior. O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001-2010 é o documento que organiza prioridades e propõe metas a serem alcançadas em dez anos seguintes e a meta era triplicar as vagas nas universidades, para atingir 36% da população de 18 a 24 anos. Em sua formulação, o REUNI teve como principais objetivos: garantir às universidades as condições necessárias para a ampliação do acesso e permanência na educação superior; assegurar a qualidade por meio de inovações acadêmicas; promover a articulação entre os diferentes níveis de ensino, integrando a graduação, a pós-graduação, a educação básica e a educação profissional e tecnológica; e otimizar o aproveitamento dos recursos humanos e da infraestrutura das instituições federais de educação superior. O Programa REUNI também elencou como principais metas: a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90%; elevação gradual da relação aluno/professor para 18 alunos para 1 professor; aumento mínimo de 20% nas matrículas de graduação e o prazo de cinco anos, a partir de 2007 – ano de início do Programa – para o cumprimento das metas. Para que um país tenha desenvolvimentos sociais, humanos e econômicos torna-se imperativo investir em educação e, em particular, numa sólida cultura científica da sua juventude de modo a reverter algumas estatísticas que colocam o País numa posição bastante desvantajosa em relação às sociedades mais desenvolvidas conforme apresentada pela UFBA (2010), a saber: • Numa avaliação comparativa internacional de desempenho de estudantes do Ensino Fundamental de 41 países (PISA, 2005), o Brasil ficou em 39º lugar em Matemática e Ciências, com média de 396, numa escala de 0 a 800; • Mais de 70% dos professores de Matemática e Ciências Naturais que atuam na Educação Básica no Brasil não possuem licenciatura nas áreas específicas; • No Brasil, de cada 100 titulados apenas 7 o são em engenharia, enquanto na Coréia do Sul este número salta para 22 engenheiros. Na China, o percentual de matrículas em cursos superiores de ciência e tecnologia é da ordem de 50%; 17 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ • As engenharias representam apenas 11% da pós-graduação brasileira; • O Brasil tem apenas 12 mestres em engenharia por cada grupo de 100.000 habitantes, enquanto nos EUA este número é de 160. • Em termos de doutores nesta mesma área, o Brasil tem apenas 4 em cada grupo de 100.000 habitantes, enquanto na Alemanha este número salta para 30; • A participação do setor de alta tecnologia na produção de países como os EUA e a Coréia do Sul varia entre 20 e 35%. No Brasil, somente 100 empresas das 30.000 que dispõem de setores de PD (Pesquisa e Desenvolvimento) introduziram inovações. A área de PD destas empresas é 4 vezes menor que a aquisição de máquinas, só 7% delas mantêm relação com Universidades e Institutos de Pesquisa e 70% dessas atribuem uma baixa importância à essa relação. Estes dados estatísticos evidenciam as deficiências da educação científica no Brasil e colocam em risco o “projeto de nação”, as expectativas de desenvolvimento econômico e tecnológico e a conseqüente superação da pobreza e das desigualdades sociais. Atualmente formam-se no Brasil cerca de 20 mil engenheiros por ano, enquanto que nos demais países em desenvolvimento, tais como China e Índia, o número ultrapassa os 200 mil; além disso, cerca de 70% das pós graduações nestes últimos está voltada para as áreas das Engenharias. De acordo com as estatísticas apresentadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), formam-se anualmente no Brasil cerca de 10 mil doutores e 30 mil mestres. De acordo com SILVA, P.R.(2008) no texto de referência “A Nova Formação em Engenharia Frente aos Desafios do Século XXI”, apresentado no III Seminário Nacional do REUNI, a Engenharia está presente em todas as ações, planos governamentais e institucionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) quer seja no desenvolvimento econômico e social propriamente dito, até a geração de tecnologias avançadas que permitirão uma maior competitividade do país no mercado internacional, constituindo seu valor e importância em fato incontestável. Por outro lado registra à falta de engenheiros em número e qualidade suficientes para suprir as demandas atuais e futuras, sobretudo no que se concerne às tecnologias inovadoras. Segundo estatísticas do CONFEA, o estoque de engenheiros em 2008 era de 620mil em todo o país, uma proporção de 6 para 1000 pessoas economicamente ativas, número este bem abaixo a de países desenvolvidos como EUA e Japão, que apresentam uma relação de 25/1.000. A China e Índia forma, respectivamente 300 mil e 200 mil engenheiros por ano, contra menos de 30.000 no Brasil. Há, portanto, bastante espaço para a expansão da oferta de vagas em curso de engenharia, sobretudo em áreas de alta tecnologia. Segundo a Federação Nacional dos Engenheiros, para que o 18 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Brasil mantenha seu ritmo de crescimento, o número de engenheiros formados deve ser dobrado nos próximos 10 anos. Em relação à tecnologia, cabe resgatar dados divulgados pelo MEC sobre CT&I onde as empresas no Brasil não têm tradição de investimento, com participação inferior a 16%, enquanto que nos EUA e Coréia do Sul é 80%, e 53% na França, para citar alguns exemplos. Dos 84% não oriundos da iniciativa privada no Brasil, 97% são da produção científica das universidades, em sua grande maioria, feita em áreas básicas, não dirigidas a inovação tecnológica que transformam conhecimentos em produtos ou ferramentas produtivas. Ainda, segundo SILVA, P.R.(2008), não somente pela argumentação do MEC, mas também a de inúmeras opiniões de especialistas e pesquisadores de outros órgãos do setor produtivo e da ciência e tecnologia é preciso que se coloque, com urgência, o ensino de engenharia na perspectiva de uma formação mais abrangente, global, interdisciplinar, com visão holística do meio, considerando não somente os aspectos técnicos da produção e produtividade, mas, sobretudo os impactos da engenharia, tornando-a mais socialmente justa. Assim, a UNIFAL-MG busca integrar e contribuir com o incremento da inovação tecnológica, pesquisa científica, educação científica e tecnológica com a formação de mão-de-obra qualificada para o mundo do trabalho. 3.2. Caracterização geral do município de Poços de Caldas O Município de Poços de Caldas está localizado na região Sul do Estado de Minas Gerais, onde possui localização estratégica, com proximidade a grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Sua microrregião é uma das mais desenvolvidas do estado de Minas Gerais. O município se destaca também no turismo, como estância hidroclimática, e se encontra na área de abrangência da Rota Tecnológica, cujo objetivo é promover o desenvolvimento regional integrado dos municípios situados em uma faixa de 50 km em torno da rodovia BR 459, que liga a Rodovia Presidente Dutra à Fernão Dias. Destacam-se neste eixo os municípios de Lorena, Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Poços de Caldas, que possuem um desenvolvimento tecnológico caracterizado por importantes instituições de ensino superior e várias indústrias. Na escala hierárquica dos centros urbanos brasileiros, classificados pelo IBGE, Poços de Caldas caracteriza-se como "capital regional" em função da centralidade que a cidade desempenha sobre outros municípios no processo de distribuição de bens e serviços, polarizando 23 pequenas cidades no seu entorno. No período 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Poços de Caldas cresceu 8,10%, passando de 0,778 em 1991 e para 0,841 no ano 2000. 19 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a longevidade com 39,5%; seguida pela renda com 34,2%; e pela educação com 26,3%. Hoje, a expectativa de vida em Poços de Caldas é de 76 anos. Outro fator importante é a diminuição da mortalidade infantil, passando de 20,70 mortes por mil nascidos vivos, em 1991, para 13,27 por mil nascidos vivos em 2000. Contribuindo ainda mais, a renda do cidadão poços-caldense cresceu 34,2%, elevando o patamar de crescimento do IDH. No entanto, o destaque da cidade está na educação. Em 1991, o índice já era considerado de alto desenvolvimento (0,836) e cresceu mais de 26% na última pesquisa pela Fundação João Pinheiro alcançando (0,886). A taxa de analfabetismo de Poços de Caldas é inferior a 7,0% entre a população adulta com mais de 25 anos. Poços de Caldas se destaca ainda no ranking de responsabilidade social. Depois de Belo Horizonte, Poços de Caldas é o município que apresentou o melhor resultado no Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Segundo dados divulgados pela prefeitura local, 99,43% da população da cidade vivem em domicílios com água encanada e banheiro. A cidade conta com um bom número de estradas de acesso às principais cidades da Região Sudeste e à capital federal. Quanto ao transporte ferroviário, importante meio de escoamento de produção, o município possui ligação aos principais centros urbanos do país. Conta, ainda, com um aeroporto com pista de asfalto de 1.250 metros. A economia do município é diversificada, com atividades nos seguintes setores: turismo, mineração, indústria, agropecuária, comércio e prestação de serviços. O diferencial é o fato de ser estância hidromineral. A arrecadação municipal anual perfaz o total de R$ 200.000.000,00 por ano. A mineração tem um papel importante na economia do município, com a extração de bauxita, urânio, urânio,molibdênio, tório, argila e terras raras, além das fontes de águas frias e termais. O setor industrial é diversificado, com produção de refratários, alimentos (chocolate, doces, bebidas e carne), confecção de roupas, cristais, fertilizantes, fibras químicas para indústria têxtil, cabos elétricos dentre outros. A Tabela 3.1 registra a pujança do município nos setores industrial e de mineração: Tabela 3.1. Principais ramos industriais do município de Poços de Caldas (MG). Estrutura Empresarial 2007 Indústrias extrativas - Número de unidades locais Indústrias de transformação Produção e distribuição de eletricidade, gás e água Construção 128 unidades 636 unidades locais 6 unidades locais 173 unidades Fonte: IBGE, 2007. 20 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Quanto ao ensino superior, Poços de Caldas abriga três universidades privadas (Unifenas, Pitágoras e PUC Minas) e uma pública (Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, além da UNIFAL), que oferecem diversos cursos de graduação e especialização, conforme observa-se nas Tabelas 3.2 e 3.3. Tabela 3.2. Cursos Superiores de Graduação oferecidos em Poços de Caldas (MG). Área do Conhecimento Autarquia Particular Administração - 2 Ciência da Computação - 1 Ciências Contábeis (Virtual) - 1 Arquitetura e Urbanismo - 1 Comunicação Social: Publicidade e Propaganda - 1 Direito - 2 Enfermagem - 2 Educação física - 1 Farmácia - 1 Fisioterapia - 1 Medicina Veterinária - 1 Nutrição - 1 Pedagogia 1 1 Psicologia - 2 Engenharia Eletrica – Automação e Telecomunicação - 1 Engenharia de Produção - 2 Engenharia Civil - 1 Turismo - 1 21 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Tabela 3.3. Cursos de Especialização (Lato Sensu) oferecidos em Poços de Caldas (MG). Cursos Autarquia Privado Total Auditoria em Saúde Coordenação/Supervisão Pedagógica Direito Ambiental Direito Público Municipal Docência no Ensino Superior: novas linguagens Enfermagem em Cuidados Intensivos no Adulto Filosofia e Desafios da Modernidade - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 História da Arte Saúde Ocupacional Urgência e Emergência - 1 1 1 1 1 1 Desenvolvimento e Gestão de Negócios em Turismo Direito Empresarial Direito processual - 1 1 1 1 1 1 MBA em Gestão Executiva de Negócios Direito Trabalhista e Previdenciário Assistência a Pacientes com Feridas Total 0 1 1 1 16 1 1 1 16 Diante do exposto, evidencia-se a importância da consolidação de cursos superiores na área da ciência e tecnologia, o que corrobora com a proposta por hora apresentada neste projeto. 3.3. Objetivos do curso O Curso de Engenharia Química deverá formar engenheiros químicos com vocação para área de Materiais e Processos, ou seja, o aluno poderá cursar além de todas as unidades curriculares comuns aos cursos de Engenharia Química, unidades optativas curriculares com ênfase nas áreas de Processos e Materiais. Objetivos Específicos O Curso visa formar profissionais altamente qualificados para atuarem nas diversas atividades do campo da Engenharia Química, aptos para: • Supervisionar, coordenar e prestar orientação técnica, assistência, assessoria e consultoria e direção, execução e fiscalização de obras e serviços técnicos; • Realizar estudos, planejamento, projeto e execução de equipamentos e instalações industriais; 22 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ • Efetivar o estudo da viabilidade econômica e da elaboração de orçamento; • Desempenhar cargo e função técnica especializada, conduzir trabalhos técnicos, operar, manter e instalar equipamentos; • Realizar experimentos, ensaios e divulgação técnico, científico; • Desenvolver ensino, pesquisa e extensão universitária ligada à sua área de atuação. 3.4. Perfil do Egresso Na concepção do perfil do formado busca-se respeitar o estabelecido na resolução CNE/CES nº 11 de 11/03//2002 em seu Art. 3º determina que “O Curso de Graduação em Engenharia tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade” Ainda, a atual proposta define um profissional capaz de: - Aprender de forma autônoma e contínua; - Atuar inter/multi/transdiciplinarmente; - Pautar-se na ética e na solidariedade enquanto ser humano, cidadão e profissional; - Gerenciar e incluir-se em processos participativos de organização pública ou privada; - Empreender formas diversificadas de atuação profissional; - Buscar maturidade, sensibilidade e equilíbrio ao agir profissionalmente; - Produzir e divulgar novos conhecimentos, tecnologias, serviços e produtos; - Comprometer-se com a preservação da biodiversidade no ambiente natural e construído; com sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida. Deste modo, a atual proposta propõe que: O egresso do Curso de Engenharia Química da UNIFAL-MG deverá ser um engenheiro com sólida formação técnico-científica e profissional que esteja capacitado a desenvolver, aprimorar e difundir desde os conhecimentos básicos da engenharia química, incluindo a produção e a utilização de métodos computacionais avançados aplicados, passando por serviços, produtos e processos relativos à indústria química, à petroquímica, à de alimentos e correlatas até novas tecnologias em áreas como a biotecnologia, materiais compostos e de proteção à vida humana e ao meio ambiente; que esteja capacitado a julgar e a tomar decisões, avaliando o impacto potencial ou real de suas 23 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ ações, com base em critérios de rigor técnico-científico e humanitários baseados em referenciais éticos e legais; que esteja habilitado a participar, coordenar ou liderar equipes de trabalho e a comunicar-se com as pessoas do grupo ou de fora dele, de forma adequada à situação de trabalho; que esteja preparado para acompanhar o avanço da ciência e da tecnologia em relação à área e a desenvolver ações que aperfeiçoem as formas de atuação do Engenheiro Químico. 3.5. Competências e Habilidades Em consonância com a Resolução CNE/CES n º11, de 11 de março de 2002, o Engenheiro Químico formado pela UNIFAL-MG possuirá as seguintes competências e habilidades gerais: - Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à Engenharia Química; - Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados dos empreendimentos químicos; - Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos na área da Engenharia Química; - Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia Química - Identificar, formular e resolver problemas de Engenharia Química; - Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas aplicadas à Engenharia Química; - Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas na área de Engenharia Química; - Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas aplicados à Engenharia Química - Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; - Atuar em equipes multidisciplinares; - Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; - Avaliar o impacto das atividades industriais no contexto social e ambiental; - Avaliar a viabilidade econômica de projetos de Engenharia Química; - Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional. É importante ressaltar que este conjunto de habilidades e competências listado pode ser atendido através das unidades curriculares específicas presentes na grade curricular. No entanto, outros devem ser entendidos como objetivos presentes na formação para o adequado exercício profissional. Portanto, pressupõe-se que devam ser trabalhados através das metodologias, recursos e práticas de ensino que serão adotadas como formas de operacionalização das unidades curriculares previstas na grade curricular. 24 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 4.1 Acesso ao Curso O acesso ao curso de Engenharia Química será dado de acordo com a Resolução n° 016/2011, de 01/07/2011, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de Alfenas. 4.2 Vagas O curso possui um número de 40 vagas semestrais. 4.3 Regime Didático e Duração do Curso O regime acadêmico do curso será do sistema de créditos. Os créditos das unidades curriculares são correspondentes as cargas horárias de atividades teóricas (T) e práticas (P) sendo estas constituídas de atividades laboratoriais e/ou de campo. O curso oferece ao estudante durante o BCT, Unidades Curriculares Diretivas que tem objetivo de auxiliar o processo de escolha dentre outras engenharias. Após o ingresso no curso de Engenharia Química, o estudante deve cumprir uma carga horária de unidades curriculares obrigatórias e optativas curriculares, além de atividades formativas, estágio supervisionado e o trabalho de conclusão de curso (TCC). O curso tem a duração prevista de 10 (dez) semestres letivos, sendo 6 (seis) destes cursados no Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BCT). O tempo de integralização do BCT é de 3 anos, no mínimo, e de 4,5 anos, no máximo, e o tempo da parte específica do curso de Engenharia Química é de no mínimo 2 anos e no máximo 3 anos. O período máximo de permanência no curso é de 7,5 anos somando-se o limite de 4,5 anos para o BCT e 3 anos para a Engenharia Química. 4.4 Estrutura Curricular 4.4.1 Base Legal A estrutura curricular do curso de Engenharia Química foi feita considerando-se a necessidade de atender diversas obrigações do CNE (Conselho Nacional de Educação), a saber: a) PARECER CNE/CES No 184/2006 estabelece a carga horária mínima dos cursos de engenharia em 3600 horas, envolvendo: aulas, exercícios, laboratórios, tutoriais, estagio, pesquisa, etc. b) RESOLUCAO CNE/CES No 11/2002 institui diretrizes curriculares nacionais de cursos de graduação em engenharia. Em linhas gerais, esta resolução define a estrutura do curso de 25 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ engenharia como sendo composto por três núcleos de conhecimentos, sem menção a disciplinas ou unidades curriculares, que são: - Núcleo de conteúdos básicos (30% da carga horária mínima). - Núcleo de conteúdos profissionalizantes (15% da carga horária mínima) - Núcleo de conteúdos específicos, representado por extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes. Alem destes núcleos de conteúdos, a resolução define a necessidade de um mínimo de 160 horas de estágios curriculares e a realização de um trabalho final de curso (TCC), como atividade de síntese e integração de conhecimentos. A Tabela 4.1 apresenta a Distribuição do Conteúdo para o curso de Engenharia Química de acordo com a resolução supracitada. Tabela 4.1: Distribuição do Conteúdo para o curso de Engenharia Química. Conteúdo Carga Horária Porcentagem Básico 1.998 45% Profissionalizante 1.584 36% Específico 576 13% Estágio Supervisionado 180 4% Atividades Complementares 36 1% TCC 36 1% Total 4.410 100% 26 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Gráfico 4.1. Distribuição do Conteúdo de acordo com a RESOLUCAO CNE/CES No 11/2002. Para o acadêmico que enseja uma formação nos cursos de Engenharia a partir do BCT, deverá passar por um segundo processo de seleção interno, caso o número de interessados seja maior que o número de vagas disponíveis para a engenharia. 27 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 4.1. Itinerário formativo do curso de Engenharia Química. A Tabela 4.2 apresenta a dinâmica curricular do curso de Engenharia Química, incluindo-se as unidades curriculares do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, com as suas unidades curriculares obrigatórias e diretivas do curso de Engenharia Química, junto à estratificação da carga horária semanal correspondente as atividades teóricas, práticas, de complementação tutorial e total. As unidades curriculares dessa dinâmica curricular são obrigatórias para o aluno ingressante que almeja graduar-se em Engenharia Química. O aluno da Engenharia Química poderá, a seu critério, cursar ainda unidades curriculares optativas diversas, em função da oferta das mesmas durante o período de graduação. Essas unidades não aparecem na Tabela 4.2 uma vez que estas não são obrigatórias. 28 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Tabela 4.2: Descrição da dinâmica curricular da Engenharia Química, codificação e carga horária semanal. Dinâmica Bacharelado em Ciência e Tecnologia 1º Período Código Unidades curriculares At. At. A. C. T.* Teórica Prática ICT 11 Funções Matemáticas 4 0 2 ICT 13 Álgebra Linear 4 0 2 ICT 12 Informática e recursos computacionais 2 2 0 ICT 31 Estrutura Atômica e Molecular 2 0 1 ICT 33 Química Experimental I 0 2 0 ICT 21 Bases experimentais das Ciências Naturais 0 2 0 ICT 41 Técnicas de Comunicação e Expressão 2 0 2 ICT 51 Introdução às Tecnologias e Engenharias 2 0 2 Total 16 6 9 2º Período ICT 14 Funções de várias variáveis 4 0 1 2 0 1 ICT 15 Introdução às Equações Diferenciais Ordinárias ICT 16 Matemática Computacional 0 2 0 ICT 22 Fenômenos Mecânicos 4 2 2 ICT 32 Transformações Químicas 4 0 1 ICT 34 Química Experimental II 0 2 0 ICT 23 Ciências Ambientais 2 0 0 ICT 42 Filosofia e Metodologia da Ciência 2 0 1 ICT 52 Projeto Multidisciplinar I 0 0 2 Total 18 6 8 3º Período ICT 17 Metodologia e Algoritmos Computacionais 2 2 0 ICT 18 Estatística e Probabilidade 4 0 1 ICT 24 Fenômenos Térmicos 4 2 2 ICT 35 Transformações Bioquímicas 4 0 1 ICT 43 Política e Direitos Humanos 2 0 0 ICT 36 Geologia 2 2 0 ICT 53 Projeto Multidisciplinar II 0 0 2 Total 18 6 6 4º Período ICT 25 Energia e Meio Ambiente 2 0 0 ICT 26 Fenômenos eletromagnéticos 2 2 0 ICT 27 Mecânica dos Fluidos 4 2 0 ICT 28 Técnicas de Representação 2 2 0 ICT 44 Direito e Legislação Ambiental 2 0 0 ICT 54 Projeto Multidisciplinar III 0 0 2 ICT 37 Fundamentos de Biologia 0 2 0 Total (sem diretivas) 12 8 2 ICT 300 Princípios da Engenharia Química 4 0 0 Total (com diretivas) 5º Período ICT 29 Operações Unitárias I 4 2 0 ICT 210 Ciência e Tecnologia dos Materiais 4 2 0 ICT 19 Modelagem Física e Computacional 2 2 0 Total CH total 6 6 4 3 2 2 4 4 31 108 108 72 54 36 36 72 72 558 5 3 90 54 2 8 5 2 2 3 2 32 36 144 90 36 36 54 36 576 4 5 8 5 2 4 2 30 72 90 144 90 36 72 36 540 2 4 6 4 2 2 2 22 4 26 36 72 108 72 36 36 36 396 72 468 6 6 4 108 108 72 29 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ ICT 55 Projeto Multidisciplinar IV 0 ICT 45 Empreendedorismo e Inovação 2 Total (sem diretivas) 12 ICT 301 Engenharia das Reações Químicas 4 Total (com diretivas) 6º Período ICT 211 Instrumentação e Controle 2 ICT 46 Gestão de projetos e produtos 2 ICT 47 Relações Internacionais e Globalização 2 ICT 56 Projeto Multidisciplinar V 0 ICT 212 Engenharia do trabalho 2 ICT 38 Tópicos de Física Quântica 0 ICT 48 Ciência e Sociedade 2 Total (sem diretivas) 10 ICT 302 Operações Unitárias II 2 Total (com diretivas) 7º Período Código Unidades curriculares At. Teórica ICT Fundamentos de Processos Orgânicos – 0 prática ICT Fundamentos de Processos Orgânicos – 2 teórica ICT Termodinâmica 4 ICT Engenharia Biotecnológica 4 ICT Química dos Elementos 2 ICT 0 0 6 2 2 0 2 0 2 2 20 6 26 36 36 360 108 468 2 2 0 0 0 2 0 6 2 0 0 0 2 0 0 0 2 0 4 4 2 2 2 2 2 18 4 22 72 72 36 36 36 36 36 324 72 396 At. Prática 2 A. C. T.* Total CH total 0 2 36 0 0 2 36 0 0 2 0 0 0 4 4 4 72 72 72 2 14 2 6 0 0 2 20 36 360 At. Teórica At. Prática A. C. T.* Total CH total 2 4 4 0 0 2 0 0 0 2 4 6 36 2 4 16 2 0 4 0 0 0 4 2 20 360 At. Teórica At. Prática A. C. T.* Total CH total 4 0 0 4 36 2 2 0 4 72 4 4 0 0 0 0 4 4 72 Métodos de Análise Química Total 8º Período Código ICT 214 ICT 213 ICT ICT ICT Unidades curriculares Engenharia Econômica Engenharia de Sólidos I Operações Unitárias III Fundamentos e Aplicações Transferência de Massa Controle de Processos Optativa Curricular (4 créditos) de Total 72 108 72 72 9º Período Código ICT ICT ICT ICT Unidades curriculares Processos das Indústrias Química e de Alimentos Engenharia das Reações Químicas Heterogêneas Optativa Curricular (4 créditos) Controle da Poluição 72 30 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ ICT 215 Qualidade e Produtividade Projetos em Engenharia Química Total Código 10º Período At. Teórica 0 0 0 Total 0 Unidades curriculares ICT 216 ICT 217 ICT 2 0 16 Estágio Supervisionado TCC Atividades Complementares 36 0 2 4 0 0 0 2 2 20 360 At. Prática 10 4 2 14 A. C. T.* Total CH total 0 0 0 0 10 4 2 14 180 72 36 288 72 *A.C.T.: Aula de Complementação Tutorial De acordo com a Tabela 4.2, a distribuição das atividades curriculares do curso de Engenharia de Química totalizam uma carga horária de 4410 horas. 4.5. Ementário das unidades curriculares obrigatórias 1º Período ICT 11 - FUNÇÕES MATEMÁTICAS 6(4-0-2) Funções reais de uma variável real. Limite e continuidade. Derivada. Regras de derivação. Máximos e mínimos. Noções de integração. Teorema fundamental do cálculo. Métodos de integração. Aplicações da integral. ICT 13 - ÁLGEBRA LINEAR 6(4-0-2) Introdução a vetores. Espaços vetoriais reais. Subespaços. Combinação linear. Dependência e independência linear. Geradores. Base e dimensão. Transformações lineares. Núcleo e imagem. Autovalores e autovetores. Produto interno, projeções, ortogonalidade. Matrizes reais. Sistemas. Diagonalização. ICT 12 - INFORMÁTICA E RECURSOS COMPUTACIONAIS 4(2-2-0) Teórica: História da computação. Conceitos fundamentais de computação: organização de computadores, sistemas operacionais, banco de dados, redes. Álgebra booleana. Base binária e hexadecimal. Prática: Introdução a ferramentas computacionais. Linguagem de programação. ICT 31 – ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR 3(2-0-1) O estudo da Química, A matéria: substâncias puras e misturas, elementos e compostos, as fases, misturas homogêneas e misturas heterogêneas, os estados da matéria, as propriedades da matéria, as leis das transformações químicas. Evolução dos modelos atômicos. Estrutura eletrônica dos átomos, Princípio de Aufbau, princípio de exclusão de Pauli, Regra de Hund, Periodicidade Química, Descoberta da lei periódica, Principais famílias ou grupos, Periodicidade e configurações eletrônicas, Propriedades periódicas, Periodicidade nas propriedades químicas, Ligação iônica: estrutura de rede cristalina, energia de rede, ciclo de Born-Haber, Ligação covalente: estrutura de Lewis, geometria molecular, interações intermoleculares, modelo RPECV e Teoria da ligação de Valência(TLV) e Teoria do Orbital Molecular (TOM). ICT 33 - QUÍMICA EXPERIMENTAL I 2(0-2-0) 31 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Segurança no laboratório de química, conhecimento das principais vidrarias, principais montagens laboratoriais e procedimentos de separação de misturas. Erros de medida (rendimento de reação, massa e volume), observação de espectros atômicos, propriedades periódicas dos elementos, introdução ao preparo de soluções, determinação da solubilidade e forças intermoleculares. ICT 21 - BASES EXPERIMENTAIS DAS CIÊNCIAS NATURAIS 2(0-2-0) Importância da experimentação nas ciências. Experimentos selecionados de Física, Química, Biologia e Ciência da Terra. ICT 41 - TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 4(2-0-2) Estudo dos diversos usos e funções da língua(gem) no mundo contemporâneo. Leitura, interpretação e produção de textos em Língua Portuguesa. Reflexão sobre diferentes gêneros textuais que compõem e configuram os saberes linguístico-discursivos privilegiados na sociedade letrada. Discussão sobre os gêneros enquanto formas, discursos e produção de conhecimento. ICT 51 - INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS E ENGENHARIAS 4(2-0-2) Estruturas física e organizacional e regime acadêmico na UNIFAL-MG. Evolução da sociedade: o papel fundamental da Tecnologia e Engenharia. Bacharelado em Ciência e Tecnologia: objetivos e áreas de atuação. Continuidade de estudos do Bacharel em Ciência e Tecnologia: licenciaturas, engenharias e pós-graduação. O trabalho coletivo, inter e multidisciplinar no exercício profissional. Desafios tecnológicos e científicos na atuação do Engenheiro. Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (PIEPEX). Elaboração de trabalhos científicos. 2º Período ICT 14 - FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 5(4-0-1) Funções reais de várias variáveis reais. Limite e continuidade. Derivadas parciais. Derivada direcional e gradiente. Maximização e minimização. Integrais múltiplas e aplicações. ICT 15 - INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 3(2-0-1) Equações diferenciais de 1ª ordem. Equações diferenciais de 2ª ordem. Sistemas de equações diferenciais. Aplicações. ICT 16 - MATEMÁTICA COMPUTACIONAL 2(0-2-0) Fórmula de Taylor, erro e precisão. Métodos iterativos desenvolvidos em linguagem de programação: resolução de equações a uma variável, resolução de sistemas lineares, derivação numérica, integração numérica, métodos numéricos para equações diferenciais ordinárias. Ferramentas computacionais: planilhas eletrônicas, linguagem de programação, software matemático. ICT 22 - FENÔMENOS MECÂNICOS 8(4-2-2) Grandezas, medidas, classificação de erros e propagação de incertezas. Algarismos significativos. Noções de tratamento estatístico de dados. Introdução aos conceitos fundamentais da estática, cinemática e dinâmica. Gráficos de dispersão, barras de erro e ajuste de reta. Leis da conservação da energia e do movimento linear. Sistemas de partículas e colisões. Dinâmica de rotações. Conservação do movimento angular. Construção de gráficos em escalas mono-log e di-log. Movimento oscilatório: movimento harmônico simples, oscilações amortecidas e forçadas, ressonância. ICT 32 - TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS 5(4-0-1) Gases: Variáveis de estado, Leis de Boyle, Charles e Gay-Lussac, Lei do gás ideal. Leis das Transformações Químicas: Lei de Lavoisier, Lei de Proust, Leis de Dalton. Estequiometria: Definição 32 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ de estequiometria, Fórmulas Químicas, Massa Mol e massa molar, Equações Químicas, balanceamento, Estequiometria de reação, Reagente limitante e reagente em excesso, pureza e rendimento. Reações Químicas em Solução Aquosa: Funções Químicas Inorgânicas, Reações ácidos-base. Precipitação e complexação, Balanço de cargas (Número de Oxidação). Reações de transferência de elétrons, Estequiometria em solução aquosa, Análise titrimétrica. Soluções: Suspensão, Dispersão e Soluções, Unidades de Concentração, Diluição e Misturas. Equilíbrio Químico: Constante de Equilíbrio (Kc), Princípio de Le Chatelier, Equilíbrio Iônico da água, Produto de Solubilidade. ICT 34 - QUÍMICA EXPERIMENTAL II 2(0-2-0) Práticas laboratoriais envolvendo conceitos da disciplina de Transformações Químicas: reações ácido-base, titulação e padronização, solução tampão, estequiometria de reação, propriedades dos gases, reações de precipitação, reações de transferência de elétrons, síntese orgânica, medidas de propriedades físicas como ponto de fusão e ponto de ebulição, equilíbrio químico, cinética química e termoquímica. ICT 23 - CIÊNCIAS AMBIENTAIS 2(2-0-0) A questão ambiental; Conceitos fundamentais em meio ambiente; A Interdisciplinaridade na questão ambiental; Desenvolvimento sustentável; Principais problemas ambientais; Legislação ambiental fundamental. ICT 42 - FILOSOFIA E METODOLOGIA DA CIÊNCIA 3(2-0-1) Conceituação dos diferentes tipos de conhecimento humano (senso comum, mito, filosofia e ciência). Resgate histórico da gênese e do desenvolvimento da ciência e de seus métodos (indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo e dialético). A classificação das ciências (formais e factuais / naturais e sociais). A pesquisa científica, sua natureza e pré-requisitos. A elaboração e apresentação dos trabalhos acadêmicos, suas etapas e elementos constituintes. O processo de produção do projeto de pesquisa. A observação às normas da UNIFAL-MG para a produção científica. ICT 52 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR I / PIEPEX 2(0-0-2) Elaboração e desenvolvimento de projetos multidisciplinares. Metodologia científica no desenvolvimento de projetos. Planejamento experimental no desenvolvimento de projetos. Métodos de experimentação e análise. Resultados, discussão e síntese de trabalhos multidisciplinares. Técnicas de apresentação e defesa de projetos. 3º Período ICT 17 - METODOLOGIA E ALGORITMOS COMPUTACIONAIS 4(2-2-0) Complexidade de algoritmos. Pilhas e filas, listas ligadas e aplicações. Algoritmos de ordenação. Grafos e árvores. ICT 18 - ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE 5(4-0-1) Estatística descritiva. Probabilidade, variáveis aleatórias e distribuições. Amostragem e distribuições de amostragem. Teoria da estimação e da decisão. Regressão. ICT 24 – FENÔMENOS TÉRMICOS 8(4-2-2) Temperatura e calor. Sistemas termodinâmicos. Variáveis termodinâmicas e sua natureza macroscópica. Lei zero da termodinâmica: equilíbrio térmico. Primeira lei da termodinâmica. Processos irreversíveis e entropia. Segunda lei da termodinâmica. Máquinas térmicas: eficiência e ciclos. Introdução à transferência de calor. Modos de transferência e equacionamento básico. 33 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ ICT 35 - TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS 5(4-0-1) Estrutura de biomoléculas: Aminoácidos, Peptídeos, Proteínas, Lipídeos e Carboidratos. Propriedades de Enzimas. Metabolismo de carboidratos, lipídeos, aminoácidos e sua integração. Estrutura e propriedade do DNA e RNA. Transcrição e tradução gênica. ICT 43 - POLÍTICA E DIREITOS HUMANOS 2(2-0-0) Conceituação de política. Identificação e análise da origem, do desenvolvimento e dos diferentes tipos de poder político e seus desdobramentos na América Latina e no Brasil. Apresentação dos conceitos de cidadania e a incidência do termo na realidade contemporânea. Conceituação de direitos humanos. Identificação e análise da origem e do desenvolvimento dos direitos humanos como fruto da luta política das sociedades de diferentes épocas históricas. Compreensão das formas de discriminação, sobretudo as que mais se manifestam na realidade sócio-histórica brasileira. Análise das políticas públicas vigentes e em processo de formulação relacionadas aos direitos humanos no Brasil. Análise das políticas públicas de Direitos Humanos no Brasil, as vigentes e em processo de formulação. ICT 36 – GEOLOGIA 4(2-2-0) Origem do universo e formação da Terra. Estrutura e composição da Terra. História geológica da Terra: tempo geológico. Tectônica global. Minerais, rochas e recursos energéticos. Processos endógenos e exógenos. Ambientes de sedimentação: aquático e terrestre. ICT 53 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR II / PIEPEX 2(0-0-2) Elaboração e desenvolvimento de projetos multidisciplinares. Metodologia científica no desenvolvimento de projetos. Planejamento experimental no desenvolvimento de projetos. Métodos de experimentação e análise. Resultados, discussão e síntese de trabalhos multidisciplinares. Técnicas de apresentação e defesa de projetos. 4º Período ICT 25 - ENERGIA E MEIO AMBIENTE 2(2-0-0) Visão integrada da matriz energética do Brasil. Impacto ambiental das diversas fontes e formas de conversão. ICT 26 - FENÔMENOS ELETROMAGNÉTICOS 4(2-2-0) Experiência de Millikan e a quantização da carga. Força eletrostática. Campo e potencial elétricos. Capacitância. Campo magnético. Indução eletromagnética. Circuitos elétricos. ICT 27 - MECÂNICA DOS FLUÍDOS 6(4-2-0) Estática dos fluídos. Propriedades dos fluidos. Escoamento em regime laminar e turbulento. Leis fundamentais: conservação de massa. quantidade de movimento linear.Equação de Bernoulli. Equação de energia. Máquinas hidráulicas. Perda de carga e coeficiente de atrito. Análise dimensional e semelhanças. ICT 28 - TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO 4(2-2-0) Introdução ao desenho técnico. Normatização em desenho técnico. Projeções e vistas ortográficas. Desenhos em perspectiva. Cortes e secções. Escalas e dimensionamento. Hachuras e Símbolos básicos do Desenho Técnico. Introdução ao desenho assistido por computador (CAD); modelagem bidimensional e tridimensional. Desenho de conjunto e detalhes. Representação gráfica utilizada nas engenharias. ICT 44 - DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 2(2-0-0) 34 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Tratados Internacionais e a Constituição Federal de 1988 acerca do meio ambiente. Poderes públicos, movimentos sociais e entidades coletivas na defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos. Princípios gerais de Direito Ambiental e Urbanístico. Políticas públicas e seus instrumentos em matéria ambiental e urbanística. Sistema Nacional do Meio Ambiente. Aspectos históricos e jurídicos da tutela do meio ambiente. Responsabilidade jurídica em matéria ambiental (civil, administrativa e penal). Legislação federal sobre água, resíduos, poluição, unidades de conservação, fauna, flora, uso e parcelamento do solo,espaços rurais, saneamento, acessibilidade e direito de vizinhança. ICT 54 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR III / PIEPEX 2(0-0-2) Desenvolvimento de Projetos vinculados ao PIEPEX, sob orientação docente, buscando a integração do conhecimento e interdisciplinaridade no estágio atual de formação, particularmente envolvendo temas das diversas áreas de engenharia. ICT 37 - FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA 2(0-2-0) Bases citológicas e Microscopia. Diversidade e classificação dos seres vivos. Métodos básicos em identificação e classificação biológica. PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA QUÍMICA 4(2-2-0) Fundamentos de físico-química. Método de análise de problemas de balanços materiais. Balanços de massa e de energia. Aplicações de balanço de massa e energia combinadas em processos químicos e operações unitárias. 5º Período ICT 29 - OPERAÇÕES UNITÁRIAS I 6(4-2-0) Conceitos e classificação de Operações de Processos Unitários. Operações envolvendo sólidos particulados: Análise granulométrica. Peneiramento. Cominuição. Moagem e Britagem. Sedimentação. Filtração. Flotação. Ciclonagem. Centrifugação. Separação Inercial. Transporte de sólidos. ICT 210 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS 6(4-2-0) Classificação e definição dos materiais para engenharia – metais, cerâmicas, polímeros e compósitos. Estruturas dos materiais. Imperfeições no arranjo cristalino. Correlação entre ligações e propriedades dos materiais. Diagramas de equilíbrio. Processamento de materiais. Critérios de seleção. Aplicações dos materiais. ICT 19 - MODELAGEM FÍSICA E COMPUTACIONAL 4(2-2-0) Atividades em modelação matemática ciência e engenharia. Técnicas de modelagem em pesquisa operacional, equações diferenciais e métodos numéricos. Aplicações. Uso de modelos matemáticos na simulação de processos. ICT 55 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR IV / PIEPEX 2(0-0-2) Desenvolvimento de Projetos vinculados ao PIEPEX, sob orientação docente, buscando a integração do conhecimento e interdisciplinaridade no estágio atual de formação, particularmente envolvendo temas das diversas áreas de engenharia. ICT 45 - EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 2(2-0-0) Características empreendedoras dos indivíduos (liderança, motivação, aprendizagem, comunicação organizacional, etc.) e das organizações. Desenvolvimento do espírito empreendedor por meio de exercícios teórico-práticos que visem ao aprender a empreender e por técnicas de negociação 35 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ (pesquisa de mercado, elaboração de planos de negócio e outros). Criatividade e a inovação na perspectiva das atuais transformações das relações sociais, políticas, culturais, financeiras e comerciais e da importância dos valores humanísticos, como a ética, a solidariedade e a consciência ecológica, fundamentais para o desenvolvimento sustentado. Detecção de oportunidades. ENGENHARIA DAS REAÇÕES QUÍMICAS 6(4-2-0) Reatores químicos e cinética química. Cinética das reações homogêneas. Teorias da cinética de reações elementares em fase gasosa e líquida. Reações complexas. Catálise homogênea. Reatores ideais. 6º Período ICT 211 - INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 4(2-2-0) Calibração estática de instrumentos. Instrumentos de primeira e segunda ordem. Instrumentação Industrial: Medidas de Pressão, Força, Temperatura, Vazão, Nível e Densidade. Transmissores Pneumáticos e Eletrônicos. Sensores de aproximação e de contato. Noções Preliminares de Controle de Processos: Controladores Pneumáticos e Eletrônicos. Controle digital em instrumentação. Controle de sistemas com microprocessadores. ICT 46 - GESTÃO DE PROJETOS E PRODUTOS 4(2-2-0) Compreensão da cultura organizacional, a partir da consideração das relações entre o indivíduo e a organização, no processo de gestão de projetos, produtos e serviços. Reflexão sobre os indivíduos, grupos, papéis e valores no mundo do trabalho e as responsabilidades, reordenamentos, competitividades e contradições aí presentes. Gerenciamento de projetos, englobando processos e áreas do conhecimento, processo de desenvolvimento de produtos – PDP, etapas genéricas do PDP, estrutura do produto, medição de desempenho, gestão de portfólio, Software de gestão, ferramentas para DP (QFD, FMEA, Technology Roadmapping, outros). ICT 47 - RELAÇÕES INTERNACIONAIS E GLOBALIZAÇÃO 2(2-0-0) Introdução histórica e conceitual às Relações Internacionais. Comunidades Internacionais. Teorias da Globalização. Sistemas internacionais. Órgão das relações entre os Estados e organizações internacionais. Mecanismos de resolução de conflitos internacionais. Acordos e Tratados internacionais. Política Externa Brasileira. ICT 56 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR V / PIEPEX 2(0-0-2) Desenvolvimento de Projetos vinculados ao PIEPEX, sob orientação docente, buscando a integração do conhecimento e interdisciplinaridade no estágio atual de formação, particularmente envolvendo temas das diversas áreas de engenharia. ICT 212 - ENGENHARIA DO TRABALHO 2(2-0-0) Conceitos principais de ergonomia e engenharia do trabalho. Ergonomia aplicada ao projeto de postos de trabalho. Influências externas. Informatização; antropometria estática e dinâmica. Estudo do ambiente de trabalho: agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Noções básicas de segurança e higiene do trabalho. Segurança de sistemas. Gerenciamento de Riscos. Identificação e análise de riscos de processos e operações. Normas e legislação. ICT 38 - TÓPICOS DE FÍSICA QUÂNTICA 2(0-2-0) Radiação do corpo negro e a quantização de energia. Efeito fotoelétrico. Espectros de energia. Difração de raios-X e linhas de emissão. O átomo de Bohr. Dualidade onda-partícula e o Princípio de Incerteza. A equação de Schröedinger: funções de onda e autovalores. Probabilidades, valores esperados. Aplicações da equação de Schöedinger: tunelamento, átomos hidrogenóides e o conceito de orbital. Decaimentos radioativos. 36 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ ICT 48 - CIÊNCIA E SOCIEDADE 2(2-0-0) Conceituação de ciência e de sociedade. Identificação e análise das origens das ciências e sua classificação e divisão. Contribuições teórico-metodológicas das ciências para a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, éticos e legais, nas relações entre os indivíduos e a sociedade. OPERAÇÕES UNITÁRIAS II 4(2-2-0) Trocadores de calor. Evaporação. Secagem de sólidos. Cristalização. 7º Período ENGENHARIA BIOTECNOLÓGICA 4(4-0-0) Principais processos biotecnológicos. Cinética das reações enzimáticas. Estequiometria da atividade celular e Formação de Produto. FUNDAMENTOS DE PROCESSOS ORGÂNICOS - teórica 2(2-0-0) Processos industriais e fundamentos da orgânica. Síntese das reações. FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS ORGÂNICOS - prática 2(0-2-0) Sínteses de produtos orgânicos. TERMODINÂMICA 4(4-0-0) Relações de Grandezas Termodinâmicas. Equilíbrio de Fases. Equilíbrio Químico. Ciclos Motores e de Refrigeração. Reações Químicas e Combustão. Psicrometria. MÉTODOS DE ANÁLISE QUÍMICA 4(2-2-0) Amostragem. Interpretação estatística de resultados analíticos. Métodos de análise clássicos e instrumentais: análise gravimétrica, volumetria de neutralização, volumetria de precipitação, volumetria de complexação, volumetria de óxido-redução, espectrofotometria, absorção atômica e fotometria de chama, turbidimetria e nefelometria, potenciometria, condutimetria, métodos cromatográficos. QUÍMICA DOS ELEMENTOS 4(2-2-0) Ocorrência, processos industriais de obtenção, estrutura, propriedades, compostos e principais aplicações dos elementos da tabela periódica. 8º Período ENGENHARIA DE SÓLIDOS I 4(4-0-0) Estado de tensão. Esforços Solicitantes. Estudo das tensões e deformações no carregamento axial. Estudo das tensões e deformações na torção. Estudo das tensões e deformações na flexão. Carregamento transversal. Carregamento combinado. Análise de tensões e deformações. Critérios de Resistência. Flambagem. CONTROLE DE PROCESSOS 4(2-2-0) Introdução ao controle de processos, exemplos em malha aberta e malha fechada. Modelagem do comportamento estático e dinâmico de processos químicos. Técnicas de Linearização. Técnicas de Perturbação. Análise do comportamento dinâmico de processos químicos (resposta dinâmica): exemplos e análise. Transformada de Laplace e resposta temporal. Propriedades básicas de sistemas realimentados. Comportamento em regime permanente, estabilidade e estudo de casos. 37 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Projeto e controladores industriais, controladores P, PI e PID. Sistemas feedback, feedforward e em cascatas. Análise e projeto de sistemas de controle feedback. OPERAÇÕES UNITÁRIAS III - FUNDAMENTOS E APLICAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE MASSA 6(4-2-0) Introdução à transferência de massa. Transferência de massa por difusão e convecção. Destilação. Extração. Lixiviação. Absorção. Adsorção. Secagem. Cristalização. Operações em estágios e colunas de recheio. ENGENHARIA ECONÔMICA 2(2-0-0) Conceitos de engenharia econômica e matemática financeira básica. Métodos de análise de investimento. Obtenção de dados de custos e a estruturação de problemas. Formação de preço. Análise sob condições de risco, incerteza e depreciação. Juros simples e compostos. 9º Período ENGENHARIA DAS REAÇÕES QUÍMICAS HETEROGÊNEAS 4(2-2-0) Introdução. Velocidade das reações catalíticas gás-sólido. Reatores heterogêneos catalíticos. Reações catalisadas por sólidos. Reator catalítico de leito fixo. Reatores trifásicos. QUALIDADE E PRODUTIVIDADE 2(2-0-0) Controle e Dimensionamento de Estoques, Curva ABC. Principais programas de melhoria: caracterização e aplicação; Benchmarking, Ciclo PDCA, Reengenharia dos Processos de Negócios (BPR), Kaizen, Six Sigma. PROCESSOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICA E DE ALIMENTOS 4(4-0-0) Aplicação dos fundamentos da química e engenharia química aos processos químicos industriais. Apresentação da indústria química brasileira do ponto de vista econômico e estratégico. Descrição e discussão sobre obtenção dos principais produtos químicos inorgânicos, orgânicos e produtos da indústria de fermentação e alimentos, bem como das propriedades e aplicações dos produtos, da sua situação no Brasil e das implicações decorrentes para o meio ambiente. Visualização dos processos químicos na escala real na indústria. PROJETOS EM ENGENHARIA QUÍMICA 2(2-0-0) Projeto de Processos da Indústria Química. Pesquisa Bibliográfica. Definição do fluxograma de processo. Balanços materiais e energéticos. Dimensionamento das unidades de processo. Estudo da viabilidade econômica do processo. CONTROLE DA POLUIÇÃO 4(4--0) Fundamentos e caracterização da Poluição Ambiental. Técnicas e metodologias para análise de parâmetros de interesse ambiental. Aspectos institucionais e legais. Tecnologias para Controle da Poluição Ambiental. 10º Período ICT 216 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO 10(0-10-0) Estágio em empresas públicas ou privadas, órgãos da administração direta, institutos e centros de pesquisa, ligados ou não a universidades. Desenvolvimento de atividades compatíveis com a formação técnico-teórica do engenheiro de minas. O estágio supervisionado será desenvolvido em conformidade com o respectivo regulamento. 38 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ ICT 217 – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 4(0-4-0) Disciplina de orientação individual do trabalho de conclusão de curso. Requisito essencial e obrigatório para obtenção do diploma, desenvolvido mediante controle, orientação e avaliação docente, por meio da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso e da defesa do Trabalho perante Banca Examinadora, conforme regulamento específico. ATIVIDADES COMPLEMENTARES Para obter a sua graduação, o acadêmico deverá cumprir, no mínimo, 36 (trinta e seis) horas em estudos de atividades complementares, regulamentados pelo Colegiado do Curso de Engenharia Química Além das disciplinas supra citadas, os alunos deverão cursar no mínimo 8 créditos em unidades curriculares optativas, as quais estão divididas em duas ênfases: Materiais e Processos. Unidades Curriculares Optativas do curso de Engenharia Química Ênfase em Materiais: TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS 4(2-2-0) Técnicas de caracterização e análise microestrutual. Técnicas de caracterização térmica de materiais: Dilatometria, Termogravimetria, Análise térmica diferencial, Calorimetria diferencial de varredura. Técnicas de caracterização mecânica. Técnicas de caracterização química. Técnicas de caracterização física. CORROSÃO E PROTEÇÃO 4(2-2-0) Princípios básicos da corrosão. Formas de corrosão. Mecanismos de corrosão. Revestimentos resistentes à corrosão. Técnicas de medida de corrosão. Materiais resistentes à corrosão. Prevenção da corrosão. MATERIAIS CERÂMICOS 4(2-2-0) Estrutura, propriedade e aplicações dos materiais cerâmicos. Matérias-primas. Preparo de matérias-primas. Estrutura de silicatos e óxidos. Diagramas de equilíbrio de fases. Tratam ento térmico. Fontes naturais e industriais. Formulação de produtos cerâmicos. Caracterização e propriedades físicas e coloidais de partículas cerâmicas. MATERIAIS POLIMÉRICOS 4 (2-2-0) Estrutura, propriedade e aplicações dos materiais poliméricos. Classificação. Introdução a físico-química dos polímeros. Medidas de massas moleculares e sua distribuição. Cristalinidade de polímeros. Estado amorfo. Polímeros no estado fundido. Propriedades e aplicações dos plásticos de uso geral e de engenharia. Propriedades e aplicações dos principais termoplásticos, elastômeros e Termofixos. MATERIAIS METÁLICOS 4(2-2-0) Estrutura, propriedade e aplicações dos materiais metálicos. Mecanismo de endurecimento. Tensões e deformações. Elasticidade e plasticidade. Classificação dos aços. Ligas Ferrosas. Ferros fundidos. Aços inoxidáveis. Ligas não ferrosas. Siderurgia. 39 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Ênfase em Processos ENGENHARIA DE PROCESSOS 4(2-2-0) O processo como um sistema. As etapas de criação de um processo. Síntese de processo. Geração de rotas químicas e de fluxogramas otimizados de reação, separação, integração energética, controle e do processo completo. Sistemas especialistas. Métodos de otimização. Análise de processos: estratégias de cálculo, aplicação de métodos numéricos para a resolução de sistemas algébricos de otimização e de avaliação econômica, ao dimensionamento ótimo e a simulação de processos. Incerteza e risco. Complexos industriais. Uso de técnicas computacionais aplicadas à análise e à síntese de processos industriais e do meio ambiente. GESTÃO INDUSTRIAL 4(4-0-0) Os objetivos da indústria. Organização funcional e operacional. Fornecedor e cliente. Controle orçamentário. Custo específico industrial. Organogramas. Programas de produção. Qualidade e manutençao. Treinamento da mão-de-obra. Auditoria. Banco de dados. Política de meio ambiente. Comunidades. ORGANIZAÇÃO PARA A PADRONIZAÇÃO 2(2-0-0) Apresentação das normas internacionais de padronização. ISO’s 9000 e 14000. TÓPICOS EM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 2(2-0-0) Processos de fabricação. Tecnologias atuais. 40 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 5. METODOLOGIA DE ENSINO Parte-se da concepção de que um ensino eficaz deve ser de qualidade e, portanto, organizado em função dos alunos aos quais é dirigido de forma a assegurar que o tempo concedido para o trabalho em sala de aula seja efetivamente dedicado à aprendizagem. A organização do currículo do curso prevê dois momentos distintos e complementares: 1º) alunos em atividades de ensino junto com o professor: neste momento é o professor quem direciona o processo ou as relações de mediação entre o conteúdo e o aluno, no qual o professor, dentre outras coisas, orienta o desenvolvimento de atividades de estudo; 2º) alunos sozinhos ou em grupos em atividades supervisionadas de aprendizagem, ou seja, em contato direto com o objeto de conhecimento: neste momento é o próprio aluno quem conduz seu processo de aprender, por meio das relações de estudo e a partir das orientações recebidas em sala de aula. Os princípios metodológicos que dão sustentabilidade a essa organização curricular são: a) O ensino e, portanto, a aprendizagem extrapola as atividades desenvolvidas em sala de aula; b) O saber não é pré-fabricado, mas tem necessidade de ser (re)construído por cada aluno; c) O processo de (re)construção do saber precisa ser conduzido / guiado / orientado para o sujeito assumi-lo como seu (relações de mediação); d) Nas relações de mediação acontece o desenvolvimento das operações lógicas (ativação dos processos mentais) e das operações estratégicas (influencia o desenvolvimento das atividades intelectuais); e) Não é o professor quem faz as aprendizagens e sim o aluno: o aprender depende muito do envolvimento pessoal do aluno. f) A aprendizagem é um processo contínuo e intencional que exige esforço pessoal do aluno, e não está limitada a reprodução do conteúdo. g) Os professores precisam ter capacidade para orientar a organização do tempo do aluno, por meio do planejamento de atividades que orientem os momentos de estudo; Enfim, acredita-se na necessidade do aluno assumir uma postura de apropriação e compreensão do conteúdo em estudo, o que exige do professor o planejamento das preleções semanais e também de atividades de fixação, reforço e revisão da matéria para serem desenvolvidas de forma individualizada, ou em grupos, pelos alunos após cada encontro didático em sala de aula. A Avaliação de Aprendizagem (regida pela Circular Normativa – CN-DA n° 01 é realizada por meio do acompanhamento contínuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nas provas escritas ou 41 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ trabalhos de avaliação de conhecimento, nos exercícios de classe ou domiciliares, nas outras atividades escolares e provas parciais. Compete ao professor da disciplina ou ao Coordenador do Curso, quando for o caso, elaborar os exercícios escolares sob forma de provas de avaliação e demais trabalhos, bem como julgar e registrar os resultados. Os exercícios escolares e outras formas de verificação do aprendizado previstas no plano de ensino da disciplina, e aprovadas pelo órgão competente, sob forma de avaliação, visam à aferição do aproveitamento escolar do aluno. A metodologia empregada consta de aulas expositivas, atividades práticas e experimentais em laboratório ou campo, com equipamentos e aplicativos adequados para cada atividade. Desenvolvimento de projetos, atividades de iniciação científica e de extensão também complementam o instrumental pedagógico. O curso está estruturado de forma a organizar os conteúdos por meio de unidades curriculares, seminários, práticas, projetos dentre outros. 42 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 6. ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO CURSO O Coordenador de curso tem uma função de amplo espectro e alto grau de complexidade. Cabe-lhe a tarefa de favorecer a construção de uma equipe coesa, engajada e, sobretudo, convicta da viabilidade operacional das prioridades consensualmente assumidas e formalizadas na proposta de trabalho da instituição. O coordenador exerce, no espaço da autonomia que lhe foi conferida, seu papel de elemento-chave no gerenciamento do curso, o que exige ações de articulação e mobilização da equipe, tendo sempre em vista o aperfeiçoamento do fazer pedagógico na instituição. Para isso, cabe ao coordenador a execução das seguintes atividades: I - coordenar os trabalhos dos membros docentes que desenvolvem aulas e atividades de ensino, pesquisa ou extensão relacionadas com o respectivo curso, sob as diretrizes do respectivo projeto pedagógico; II - supervisionar o cumprimento das atribuições de cada docente do curso dando ciência de irregularidades às instâncias superiores; III - representar o curso junto às autoridades e órgãos da Instituição; IV - convocar e presidir as reuniões de docentes das várias áreas de estudo ou disciplinas afins que compõem o curso; V - coordenar a elaboração e sistematização das ementas, bibliografia de apoio e programas de ensino das disciplinas do currículo pleno do curso para compor o respectivo projeto pedagógico e acompanhar seu desenvolvimento; VI - compatibilizar os conteúdos programáticos necessários à formação profissional prevista no perfil do curso; VII - fomentar e incentivar a produção científica e intelectual do corpo docente; VIII - supervisionar e fiscalizar a execução das atividades programadas, bem como a assiduidade e a produção científica e intelectual dos professores, constituindo um banco de dados da mesma; IX - auxiliar na coordenação do processo de avaliação do desempenho do pessoal docente, técnicoadministrativo e da infra-estrutura; X - apresentar, anualmente, ao Diretor da unidade, relatório de suas atividades e das do seu curso, bem como as indicações bibliográficas necessárias para o próximo período letivo; XI - exercer as demais atribuições que lhe sejam delegadas pelo Diretor do Instituto, as previstas na legislação ou neste Regimento. 43 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES As atividades complementares têm o objetivo de propiciar uma formação complementar e interdisciplinar ao discente, incentivando o desenvolvimento de diversas atividades ao longo da graduação. As atividades complementares para o curso de Engenharia Química são as previstas no Regulamento Geral dos cursos de graduação da UNIFAL, sendo: a) Monitoria no Ensino Superior; b) Atividades de pesquisa; c) Disciplinas ou Unidades curriculares Optativas Livres; d) Participação em eventos; e) Estágios de Interesse Curricular; f) Visitas técnicas; g) Atividades de representação acadêmica; g) Participação no Programa de Educação Tutorial (PET) ou Programa Interno Tutorial (PIT): i) Participação no Programa Bolsa Assistência (conforme regulamentação do órgão competente); j) Publicações. A coordenação do curso estabelecerá normas especificas para regulamentação das atividades formativas do curso. 44 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 8. ESTÁGIO SUPERVISIONADO (obrigatório) O Estágio Supervisionado tem por objetivo oferecer oportunidade de aprendizagem aos estagiários, constituindo-se em instrumento de integração, de treinamento prático, de aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano. Esse estágio pode ocorrer dentro e fora da UNIFAL-MG, mediante celebração de convênio. Os orientadores devem apresentar à Comissão de Estágio o planejamento de estágio no início do semestre e o respectivo relatório no início do semestre seguinte em formulários simplificados, de acordo com os calendários divulgados pela Comissão. O estágio de interesse curricular, não obrigatório, está articulado com a proposta de inserção do egresso do BCT no mercado de trabalho, contribuindo para a formação do estudante inclusive com a finalidade de promover a integração universidade – empresa. Consistem em atividades realizadas pelos acadêmicos do BCT em indústrias, empresas, centros de pesquisa ou universidades, em que se propicia a aplicação e ampliação dos conhecimentos e habilidades desenvolvidas ao longo do processo formativo, disponibilizando condições para exercício da competência técnica, por meio do contato direto com as atividades fins do egresso do BCT. Além deste estágio não obrigatório, para graduar-se no curso de Engenharia Química, o discente deverá cumprir um estágio obrigatório, cujas atividades são semelhantes àquelas supra citadas. 45 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 9. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC é resultado de um trabalho de pesquisa teórica ou de uma implementação prática que deve ser apresentada pelos alunos, no último ano como parte dos requisitos obrigatórios para conclusão do seu curso. A dinâmica curricular do curso apresenta uma unidade curricular especifica para oferecer suporte à orientação e desenvolvimento dos projetos de TCC. A coordenação do curso constituirá uma Comissão específica para o TCC que irá regular e publicar um guia específico com as normas e regras a serem cumpridas pelos discentes e orientadores. 46 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO O acompanhamento e a avaliação do processo de formação ocorre em consonância aos objetivos, competências e habilidades estabelecidas no projeto pedagógico em cada um dos seus períodos por instrumentos individuais e coletivos inseridos nas unidades curriculares, projetos de integração e atividades complementares bem como, pelo programa vigente de avaliação institucional coordenado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA-UNIFAL-MG) em atendimento às exigências da legislação em vigor (SINAES). O processo de avaliação dos projetos de integração também oportuniza a interlocução entre os diversos membros envolvidos em sua dinâmica e se apóia, principalmente, na racionalidade da avaliação quantitativa. O Núcleo Docente Estruturante das Engenharias, instituído através da Portaria n° 1.656, de 06/12/2010, cumprindo as atribuições previstas na Resolução n° 021/2010, de 09/11/2010, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE, acompanhará o projeto pedagógico do curso, avaliando-o e atualizando-o, de forma a consolidar os objetivos existentes nas propostas. O colegiado do curso também faz uso de diferentes abordagens e indicadores para o acompanhamento do projeto pedagógico avaliando e buscando continuamente o aprimoramento do currículo e do aprendizado, ouvindo toda a comunidade acadêmica e os setores externos que interagem com o campus de Poços de Caldas. As formas de avaliação de cada unidade curricular e das atividades acadêmicas obrigatórias devem atender aos objetivos do curso, ser aprovadas pelo Colegiado de Curso e constar nos programas de ensino. Os procedimentos de avaliação da aprendizagem obedecerão ao disposto no Regulamento Geral dos Cursos de Graduação. Em função do caráter inovador e transformador dos Bacharelados Interdisciplinares, poderão adotadas modalidades de avaliação condizentes com a proposta a ser regulamentada pelo colegiado de curso. Neste último caso, deverão ser considerados os aspectos relevantes aos processos de avaliação: • Definição de critérios e objetivos da avaliação; • Clareza quanto aos métodos e instrumentos utilizados; • Adequação dos instrumentos de avaliação às atividades pedagógicas / institucionais. 47 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 11. ESTRUTURAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS 11.1. Biblioteca O Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alfenas é uma estrutura organizada com bibliotecas nos três campi: Alfenas; Poços de Caldas e Varginha. Cada uma das bibliotecas foi concebida como espaço de ação cultural, para promover o suporte e o apoio às atividades de pesquisa, ensino e extensão, no âmbito da graduação e pós-graduação, de forma a oferecer subsídios às diferentes linhas de pesquisa acadêmica. O Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alfenas disponibiliza serviços ao seu corpo social e à comunidade local. Periodicamente, a política de desenvolvimento de coleções é revisada, com a finalidade de garantir a sua adequação à comunidade universitária, aos objetivos da biblioteca e aos da própria Instituição. Campus de Poços de Caldas: A Biblioteca Setorial do Instituto de Ciência e Tecnologia, campus de Poços de Caldas, possui 450m² de área construída, contendo 4 salas para estudo em grupo, com capacidade para 6 assentos em cada uma, salão com 30 cabines para estudos individuais, área comum para estudo em grupo com 120 assentos. Possui um acervo informacional de aproximadamente 595 títulos, totalizando 2392 exemplares; 101 títulos de periódicos nacionais, não possuindo periódicos importados devido ao acesso ao portal de periódicos da CAPES; 739 fascículos; 10 assinaturas; 116 exemplares de materiais especiais (CDs, DVDs). A consulta ao acervo é aberta à comunidade em geral. A Biblioteca oferece aos usuários os seguintes serviços cooperativos e convênios: • Orientação bibliográfica (manual e automatizada); • Comutação bibliográfica; • Empréstimo domiciliar; • Empréstimo entre as bibliotecas da UNIFAL-MG; • Normalização bibliográfica; • Visitação orientada; • Treinamento de usuários; • Serviços de alerta de periódicos; • Exposição e divulgação de últimas aquisições; • Catalogação na fonte; • Reserva de livros; 48 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ • Levantamento bibliográfico quando solicitado; • Serviço de Disseminação de Informação - SDI; • Acesso ao portal de periódicos da CAPES. A Biblioteca Setorial do Instituto de Ciência e Tecnologia - ICT participa de intercâmbio entre bibliotecas e outras IES por meio de permuta da Revista Científica da Universidade Federal de Alfenas, com publicação anual. As bibliotecas da UNIFAL-MG possuem convênio com a Rede Bibliodata-FGV, rede nacional de catalogação cooperativa, visando a agilização dos serviços de catalogação, redução dos custos, além da difusão dos acervos bibliográficos. A Biblioteca possui o software de gerenciamento Sophia, que permite a integração dos acervos e serviços das 3 bibliotecas da UNIFAL-MG, e também disponibilizam serviços de renovação, reservas e consulta ao catálogo, via web. A Biblioteca também possui um laboratório de informática (em implantação) com 10 computadores ligados à internet. 11.2. Informatização A instituição coloca à disposição da comunidade acadêmica um amplo sistema de equipamentos de informática. O número total de computadores instalados nos campus de Alfenas, Poços de Caldas e Varginha ultrapassam as 500 unidades. Esses equipamentos se encontram disponíveis para as atividades administrativas, técnicas e de coordenação nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Especificamente para o corpo discente, no campus de Poços de Caldas estão à disposição 04 laboratórios de Informática (02 em fase de implantação), com 40 computadores instalados em rede em cada um e com possibilidade de acesso à internet. Além destes, há outro laboratório na Biblioteca (em implantação), com 10 computadores (e com previsão de mais 10 máquinas) em rede, também com possibilidade de acesso à Internet. Há ainda 30 computadores instalados ou em fase de instalação nas salas de aula, laboratórios e setor administrativo. São realizadas manutenções preventivas, como política de manutenção dos equipamentos e acompanhamento das novas tendências com programas atualizados. Ao final de cada semestre é estudada pelos docentes e pela equipe da tecnologia da informação a viabilidade de implantação de novos softwares. Considerando a modalidade de Educação a Distância, a UNIFAL-MG conta com um sistema chamado de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Nesse sentido, foi criado o Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD) como um órgão de apoio, responsável pela coordenação, supervisão, assessoramento e pela prestação de suporte técnico a execução de atividades na área de Educação Aberta e a Distância (EAD). 49 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ O CEAD oferece cursos que atendam ao conceito de Educação a Distância como forma de ensino, que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados. O sistema emprega como ferramentas padrão para os cursos oferecidos pela Universidade, a plataforma CEDERJ e a plataforma Moodle. 11.3. Recursos Humanos A seguir estão tabulados os recursos humanos diretos vinculados ao BCT e também à Engenharia Química, oriundos da pactuação da UNIFAL com MEC no programa REUNI em termos de corpo docente e técnicos administrativos em educação, respectivamente, Tabela 9.1 e Tabela 9.2. Tabela 11.1. Efetivo e Previsão de Corpo Docente Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia 2009 2010 2011 2012 TOTAL 25 19 21 21 86 Tabela 11.2. Efetivo e Previsão de Técnicos Administrativos em Educação (TAE) Campus Poços de Caldas / MG 2009 2010 2011 2012 TOTAL 15 6 20 20 61 Dentre as atividades desenvolvidas pelos Docentes do Instituto de Ciência e Tecnologia, a Pesquisa exerce papel fundamental pela intensa interação com as atividades de Ensino e Extensão demandada pelo Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. Em função do perfil de formação do Corpo Docente (85% de Doutores e 15% de Mestres), sua maior parte (78%) participa como Líder de Grupo ou Pesquisador em diferentes Grupos de Pesquisa registrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a saber: Biotecnologia Ambiental, Limnologia, Matemática Pura e Aplicada, Modelagem de Sistemas Biológicos, Química de Materiais, Química do Estado Sólido e Tecnologia em Materiais Cerâmicos e Metálicos. Aproximadamente três quartos dos Docentes participam ou participaram de Projetos de Pesquisa nos últimos cinco anos. Desde a implantação do campus de Poços de Caldas vários Projetos foram aprovados, em grande parte com financiamento de Agências de Fomento: A publicação em periódicos internacionais também é significativa, visto que dois terços dos docentes publicaram pelo menos um artigo em revistas científicas nos últimos 5 anos, demonstrando a abrangência e qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo. Em periódicos nacionais a 50 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ participação também é relevante, já que 41% dos docentes publicaram pelo menos um artigo em revista nacional no período considerado. No anexo II estão listados os atuais docentes vinculados ao curso de Engenharia Química, suas principais linhas de pesquisa e o link para acesso ao currículo Lattes. 11.4. Infraestrutura do campus Poços de Caldas Salas, biblioteca e Laboratórios (Ano de construção - 2009/2010) Prédio A – Administração 28 Salas de Professores – 2 em cada sala Professores 3 Salas de Reunião Uso geral 1 Copa Uso geral 2 Banheiros Uso geral 6 Salas Administrativas Uso administrativo Figura 11.1. Planta baixa do Prédio A – Administração 51 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.2: Vistas do prédio administrativo em 12/05/2011. Prédio A – Biblioteca 1 Sala de acesso à internet Uso geral 3 Salas Administrativas Uso administrativo 1 Balcão de atendimento Uso administrativo Espaço para acervo de livros e outros Uso geral Espaço para estudos individuais e em grupo Uso geral Figura 11.3. Planta baixa do Prédio A – Biblioteca. 52 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.4. Prédio A – Biblioteca - Área de circulação 53 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.5. Vistas do Prédio A – Biblioteca em 12/05/2011. Prédio B – Salas de aulas 1 Sala para DRCGA Sala A – 99 alunos Sala B – 56 alunos Sala C – 99 alunos Sala D – 99 alunos Sala E – 56 alunos Sala F – 144 alunos Sala G – 56 alunos 2 Laboratórios de Informática – 50 alunos 4 Banheiros 1 Elevador 2 Salas de apoio 1 Depósito 1 Sala de material de limpeza 1 Sala de elétrica 54 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.6. Prédio B – salas de aula (primeiro andar) Figura 11.7: Prédio B – salas de aula (segundo andar) 55 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.8: Vistas do Prédio B – salas de aula em 12/05/2011. Prédio C – Laboratórios Principais Aulas Práticas Química Experimental e II Química dos Elementos Laboratório Multiusuário II Química experimental I Bases Exp. Ciências Naturais Engenharia das Reações Químicas Laboratório Multiusuário III Bases Exp. Ciências Naturais Geologia Fundamentos da Biologia Mineralogia Geologia Estrutural Petrologia Dep Minerais e Caracterização de Minérios Laboratório Multiusuário IV Métodos de Análise Químicas Ecologia Geral e Aplicada Poluição Ambiental Laboratório Multiusuário V Fenômenos Mecânicos Física Moderna Laboratório Multiusuário VI Fenômenos Térmicos Fenômenos Eletromagnéticos Princípios da Eng Química Laboratório de Ciências da Engenharia I Mecânica de Fluidos Hidrologia Laboratório de Ciências da Engenharia II Ciência e Tecnologia de Materiais Operações Unitárias I Laboratório da Pós-Graduação Engenharia de Materiais Denominação Laboratório Multiusuário I 56 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.9: Plantas baixas dos laboratórios didáticos. Figura 11.10: Vistas do prédio de laboratórios didáticos em 12/05/2011. 57 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 11.11: Vistas do Restaurante Universitário em 12/05/2011. Figura 11.12: Vistas das novas salas de aula em construção em 12/05/2011. 58 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 12. PROJETO URBANÍSTICO DO CAMPUS DE POÇOS DE CALDAS O campus Poços de Caldas está localizado na região oeste do município próximo à divisa com o estado de São Paulo. A gleba destinada à implantação do campus possui uma área total de 50 hectares, com inclinação de 10 a 20% em sua maior parte, e uma parcela com declividade média entre 5 a 10%. As obras de infraestrutura urbana e das edificações tiveram início em 2008 para o atendimento inicial as necessidades do Bacharelado em Ciência e Tecnologia O planejamento da ocupação futura do campus foi estabelecido do Plano Diretor, determinando a distribuição e usos e as restrições em relação a tipologia construtiva. O projeto urbanístico e o Plano Diretor de Ocupação do campus de Poços de Caldas foram elaborados buscando promover a convivência e interação entre a comunidade acadêmica, e desta com a sociedade. Este princípio induziu o estudo do significado da cidade de Poços de Caldas para conduzir seus signos e valores para dentro do campus, no intuito de evitar que esse novo Campus se transforme numa ilha isolada destinada apenas aos usuários da universidade. O desfio maior foi criar um diálogo coerente entre a cidade que irá receber a UNIFAL-MG e o campus que será implantado. Neste sentido, a conformação espacial foi desenvolvida a partir da analise de aspectos físicoambientais, funcionais e sócio-econômicos. A topografia, clima, vegetação e paisagem foram itens condicionantes do desenvolvimento da proposta, que buscou conciliar as necessidades funcionais das atividades acadêmicas e a sua interação. De acordo com o Plano Diretor do Município de Poços de Caldas, aprovado em 2006, o Campus da UNIFAL-MG de Poços de Caldas localiza-se na “zona de adensamento restrito” (ZAR). Nesta área a expansão urbana do município está sendo desestimulada, possuindo restrições de ocupação com intenção de promover a proteção da recarga do aqüífero hídrico e termal, manutenção e/ou diminuição do escoamento da água superficial, e para tanto impõe também parâmetros urbanísticos de adensamento restrito. O terreno é envolvido pela paisagem montanhosa com vistas admiráveis num campo aberto á margem da rodovia BR 267, que liga a cidade ao interior de São Paulo. O campus será um elemento de destaque na paisagem, sua topografia do campus favorece a sua visibilidade, sendo visto por completo pelas pessoas que circulam na rodovia. 59 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 12.1: Vista geral da área do campus antes do início das obras. Figura 12.2: Foto de satélite com localização do campus de Poços de Caldas. O projeto de implantação do campus buscou a valorização da cidade de Poços de Caldas, através da água, das duas árvores que são destaque no terreno e procura também instigar a vinda de expressões artísticas voltadas para os minérios, que integra a intenção de valorizar a cidade que está recebendo o campus com a especificidade dos cursos que serão oferecidos, como as Engenharias Ambiental, Minas e Química. Uma grande praça de convívio é prevista para demarcar a entrada e se destaca como centro de congruência para receber todos os usos do campus em seu entorno, estimulando a integração, ambiência entre os usuários e o espaço e em consonância com o projeto pedagógico do BCT. 60 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 12.3. Identificação do local da Praça de convívio e vetor de ligação entre as árvores. Em referência a Poços de Caldas, é proposto a colocação da água na grande praça, remetendo ao ciclo da água, como elemento intempérico formador das rochas e solos. A água cairá de um elemento vertical construído com rochas e percorrerá a praça até um espelho d’água, no centro da grande praça, destaque na entrada principal do campus e será palco para um anfiteatro. A antiga estrada que corta o terreno de norte a sul se transforma numa via de pedestre que ao passar pelo espelho d’água se integra com o ambiente em forma de deck de madeira. Figura 12.4. Maquete virtual da praça, no centro o espelho d’água. O fato de trazer para dentro do campus a água como componente principal transforma o campus num parque universitário, onde a entrada á margem do espelho d’água, faz ligação visual diretamente com a área esportiva do campus, no ponto mais alto do terreno que se destaca como mirante, vivência e diversidade. 61 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Desenhado com o objetivo de estimular caminhadas contemplativas e pontos de encontro dos usuários, além da função de servir de articulação entre os diversos pavilhões proporcionado pela topografia menos íngreme, o projeto ressalva o aspecto paisagem e arte no caminho dos minerais, onde considerou diferentes tipos de revestimentos ou marcos feitos de minerais ao longo do caminho dos pedestres, que ao mesmo tempo permite a fruição da área de uso cotidiano e sua conexão com diversos pontos, seja de uso ou de contemplação e pesquisa. Esse eixo privilegia a vista e liga diagonalmente orgânica todo o campus, com pequenas lanchonetes e praças ao longo do caminho. Figura 12.5. Identificação Caminho dos minerais e área esportiva. No entorno do espelho d’água, a praça de convívio recebe a Biblioteca, o Restaurante Universitário, a área de prestação de Serviço, o Museu e o Auditório do campus. No sistema didático – pedagógico o núcleo básico é o inicio do processo de formação, estando localizado no centro da área. Dos primeiros anos de graduação, irá em direção às áreas especificas elaborando um vetor natural de ocupação do terreno ligado ao crescimento do aluno, que parte do básico em rumo ao específico numa linguagem coerente com a paisagem topográfica. A área específica envolve o núcleo básico e ganha força no terreno, onde propositalmente transforma-o num núcleo. Essa essência acomoda o circuito coeso de distribuição do zoneamento e desenvolvimento intelectual do aluno. A Administração fica estrategicamente posicionada em local de fácil acesso em relação à entrada principal e as demais áreas do campus. Sua localização facilita o controle administrativo do campus. O comércio fica próximo ao local destinado a hospedagem e alojamento e o 62 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ empreendedorismo se centraliza entre o núcleo básico, a área específica e ainda num local de fácil acesso para receber os visitantes. A área destinada à moradia faz divisa com a gleba de expansão urbana e área de hospedagem fica entre a administração e a área de moradia, se destacando na fachada oeste da gleba. A área de manutenção e serviço fica próxima ao acesso secundário do campus e teve sua implantação definida para privilegiar o funcionamento voltado para o abastecimento de água e energia elétrica, a saída do esgoto e ainda ao estacionamento de Vans. Figura 12.6. Mapa esquemático de zoneamento de uso do campus. As vias formam um anel entorno de toda ocupação, onde se destaca os dois acessos, o principal á oeste e o secundário ao sul do terreno, com diversos “cul de sac’ s” que distribui a área de estacionamento próxima a todas as zonas projetadas. Naturalmente, a ciclovia interliga livremente diversas áreas do campus junto ao caminho dos minerais, conformando um percurso contemplativo. 63 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 12.7. Vista oeste do campus Poços de Caldas da UNIFAL-MG Figura 12.8. Vista sul do campus Poços de Caldas da UNIFAL-MG ‘ A implantação da primeira fase do campus está finalizada com a construção de quatro edifícios e infraestrutura de acessos, incluindo pavimentação, abastecimento d’água, drenagem pluvial, rede de esgoto e paisagismo do entorno das edificações. O Bloco A abriga a Biblioteca, administração e sala de professores. A biblioteca funcionará neste prédio até que seja construído a Biblioteca Central no espaço destinado para este uso. O Bloco B possui salas de aulas e laboratórios de informática. Neste prédio funcionará o Departamento de Registro Geral Acadêmico. No Bloco C estão instalados os laboratórios do BCT, sendo cinco laboratórios multiusuários, dois laboratórios Ciências Ambientais. Neste prédio também possui um laboratório destinado a pós-graduação. O Bloco D é destinado ao restaurante universitário, cantina e serviços gerais. 64 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 12.9. Vista Zoneamento do campus e distribuição dos usos 65 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ Figura 12.10. Localização da Implantação das primeiras edificações (Primeira Etapa) No prédio B existe ainda uma sala de multimídia, laboratórios de informática, mais salas de aula e laboratórios para unidades curriculares das Engenharias. O corpo docente, discente e técnicos administrativos e educacionais (TAEs) têm participado do processo de implantação do campus, inclusive com atividades de pesquisa e extensão que envolvem questões pertinentes ao campus, em especial o grupo Universidade Sustentável. Esse grupo visa incentivar a universidade a adotar um Sistema de Gestão Ambiental exemplar, com ações já em andamento como o programa de neutralização das emissões de dióxido de carbono gerado no transporte da comunidade universitária e funcionamento da UNIFAL em Poços por meio de plantio de arvores pela própria comunidade. Aproveitamento de água de chuva, inclusive para composição do espelho d’água mencionado no projeto de implantação. Gestão de resíduos sólidos, controle de produtos e resíduos perigosos e incentivo às práticas de produção mais limpa. 66 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA FILHO, N. Protopia - Notas Sobre a Universidade Nova. Editora da UFBA, Salvador, 2007. ALMEIDA FILHO, N. Universidade Nova: Textos Críticos e Esperançosos. Editora UnB e EDUFBA, Brasília/Salvador, 2007 ANDIFES - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR. Reforma Universitária: Proposta da ANDIFES para a Reestruturação da Educação Superior no Brasil. ANDIFES, 2004. BRASIL, Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Diário Oficial da União, Brasília, 25 de abril de 2007. BRASIL, Ministério de Minas e Energia. Plano Nacional de Mineração 2030. Brasília: MME, 2010. DECLARAÇÃO DE BOLONHA - Declaração conjunta dos Ministros da Educação Europeus. Bolonha, 1999. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Indicadores e análises de desenvolvimento humano. Disponível em: http://www.fjp.gov.br IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTATÍSTICA. Perfil dos Municípios Brasileiros. IBGE, 2007. MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - Reuni 2008 - Relatório de Primeiro Ano. Brasília, 2009. ________________. Projeto de Expansão da Educação Superior - Universidade Federal do ABC. Secretaria de Educação Superior, MEC/SESU, Brasília, 2006. PISA-2005 - PROGRAMME FOR INTERNATIONAL STUDENT ASSESSTMENT. Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento, 2005. 67 À × À ȀǦ ȋͶͷͷȌ SILVA, P.R. A Formação Profissional Unificada - Engenharia Tronco. CONFEA - Anais – 6º CNP, Rio de Janeiro, 2007. ________________. A Nova Formação em Engenharia Frente aos Desafios do Século XXI. Texto Referência para o 8º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros. Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros. FISENGE, Brasília, abril 2008. UFABC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. Projeto Pedagógico. Santo André, 2006. Disponível em: http://www.ufabc.edu.br/images/stories/pdfs/institucional/projetopedagogico.pdf. Acesso em 10 de janeiro de 2010. UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. Salvador, 2010. Disponível em: http://cacetufba.files.wordpress.com/2010/05/projetobi-ct-2009-29abril2010-final-prograd.pdf. Acesso em 15 de janeiro de 2010. 68