Uma mordida de polvo e a visita dos mais jovens
exploradores oceânico de Moçambique
Postado por Paul Rose em Explorers Journal em 7 de abril de 2014
Para o mês de abril 2014, Paul Rose, o líder da expedição da National Geographic Mares
Límpidos, comandará um grupo de cientistas importantes e cinematógrafos em conjunto com
a National Geographic Emerging Explorer Andrea Marshall e a Marine Megafauna Foundation
para explorar, pesquisar e registrar o que esperam ser um dos recifes mais saudáveis do
Leste Africano, onde residem gigantes do oceano incluindo arraias-manta, dugongos e mais.
A equipe observa um grupo de estrelas do mar enquanto mergulha em Inhambane,
Moçambique. Foto por Manu San Félix.
A maré estava baixando rapidamente ao nosso redor e em apenas duas horas os dois barcos
da nossa expedição haviam ficado presos em uma pequena piscina azul de água do mar do
tamanho de um campo de futebol e rodeado por centenas de quilômetros quadrados de
bancos de areia. Este é certamente o dia de mergulhos mais rasos da nossa expedição, no
entanto, poderia facilmente ser o mais importante.
Hoje, os nossos mergulhos científicos focaram nas águas rasas bem produtivas da zona
intertidal dos estuários, os berçários protegidos do mar que são lugares tão mágicos. A água
estava tão rasa que poderíamos ficar de pé. Nos abaixamos para explorar a vida marinha e
fomos imediatamente recebidos por cavalos marinhos. Amamos os míticos cavalos marinhos.
Eles acasalam por toda a vida, vivem em pequenas camas de algas e os machos dão luz aos
filhos, o que é um talento bastante oportuno para nos lembrarmos do dia de hoje, Dia da
Mulher de Moçambique.
O cientista principal, Alan Friedlander com um polvo juvenil. Foto por Manu San Félix.
Um jovem polvo mostrou quem manda no berçário ao morder o nosso cientista líder, o Alan.
A mordida foi forte suficiente para fazê-lo dar um berro pelo seu regulador, e logo em seguida,
um caranguejo se aproximou e fez uma longa viagem sob a sua tábua de escrever
subaquática. Jovens estrelas do mar, cardumes enormes de peixes jovens e uma sensação de
vitalidade juvenil eram óbvios sinais que os estuários da costa de Moçambique são vitais à
saúde do oceano.
Naquela tarde nos sentimos privilegiados de ver o futuro das águas moçambicanas pelos olhos
da próxima geração quando nos juntamos aos Nemos Pequenos, um grupo de crianças locais,
entre 7 e 16 anos, que aprenderam a nadar, estudaram o ambiente do oceano e estavam por
fazer os seus primeiros mergulhos com snorkel. A felicidade delas era contagiosa e eu cantei e
dancei com elas e apostamos corridas frenéticas durante a nossa caminhada pelas planícies
de maré até o recife.
Mergulhadores observaram este cavalo marinho em Inhambane, Moçambique durante a
expedição Mares Límpidos. Foto por Manu San Félix.
As crianças não hesitaram em entrar no mar e começarem a explorar, e em poucos minutos
tínhamos dezesseis pequenos e felizes aventureiros do oceano zumbindo sobre a superfície,
mergulhando, cuidadosamente examinando a vida marinha, me mostrando ouriços-do-mar,
estrelas marinhas, caranguejos, peixes-anjos, anêmonas e camarões, e exercendo o tradicional
ritual de todas as crianças quando entram na água: elas não querem sair. Não querem. A
ventania começou, a superfície se tornou mais áspera, a maré começou a subir rapidamente,
as crianças começaram a tremer de frio, o sol começou a baixar, e o tempo passou de maneira
feliz, infinita e juvenil. Mas crianças não querem sair da água, e se não fosse pelos grupo de
líderes dedicados e talentosos da Nemos Pequenos, todos ainda estaríamos por lá.
Os jovens daqui são um lembrete impressionante de que todos precisamos do mar e que é
essencial que tenhamos a experiência da vastidão, poder, promessa e liberdade imensurável
do maior ecossistema da Terra. Hoje foi um dia maravilhoso e creio que todos nos tornamos
crianças pequenas curtindo o mar!
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A expedição Mares Límpidos: Moçambique é patrocinado pela Blancpain e Davidoff Cool
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