UMA TIPOLOGIA DE MULHER EMPREENDEDORA DE MICROEMPRESA TAVARES, Fernanda Pereira Faculdade Santa Helena – FASH, Recife, Pernambuco, Brasil Resumo O presente trabalho teve como objetivo elaborar o perfil da mulher empreendedora de microempresa da cidade de João Pessoa - Paraíba, através do conhecimento dos seus valores e condições sócio-econômicas. O estudo de caráter puramente descritivo, foi constituído por uma amostra de 50% do total da população de mulheres empreendedoras. A coleta de dados foi realizada através de um questionário constituído de duas partes, identificando a empresa, o perfil sócio-econômico e valores das empreendedoras. Em relação às questões que dizem respeito aos valores das mulheres empreendedoras, foram analisados fatores importantes como: ética, relação empresa/meio ambiente, administração e organização humana. A análise foi apresentada a partir de tabelas e gráficos representativos das variáveis pertencentes aos fatores descritos acima. Pode-se observar, como resultado da análise, que todos os fatores são importantes para o sucesso da mulher empreendedora. Palavras-chaves: microempresa, empreendedorismo, mulher empreendedora, valores. Abstract The present work had like objective to prepare the entrepreneur woman profile of small companies in João Pessoa - Paraíba, through its values and social economical condictions knowledge. The study, purely descriptive, was established by a 50% sample of the entrepreneur woman population total. A database was made through a questionary constituted in two parts, formed by questions about the company identification, the entrepreneur social economical profile, and by questions that identify its values. Related to the questions concern to entrepreneur women values, important aspects were analysed like: ethics, company/environment relationship, business administration and human organization. The analysis was presented starting from representative diagrams and charts of the variables concern to the factors menhoned above. As the analysis result, we can observ that all the factors are very important to the entrepreneur woman success. Key Words: small company, entrepreneurship, entrepreneur woman, values. Introdução Durante os últimos anos tem-se assistido a uma crescente expansão em relação ao número de microempresas a nível nacional. Esse fato é explicado através da contribuição significativa, do ponto de vista político, econômico e social, durante o processo de criação dessas microempresas. Segundo dados do SEBRAE/NACIONAL (Guedes, 1997, p. 65-66), as micro e pequenas empresas são responsáveis por 72,20% da receita do comércio, 56,48% dos serviços e 23,06% do valor bruto da produção industrial brasileira. Isto quer dizer que as mesmas participam com 43,07% da receita/valor bruto da produção dos três setores. A participação das microempresas também é bastante visível a nível de Paraíba. De acordo com o SEBRAE/PB (1997), o surgimento das microempresas cresceu significativamente desde o início da implantação do Plano Real em 1994. O dados demonstram que as microempresas contribuem de forma efetiva na geração de novos empregos e receitas para o desenvolvimento das regiões do país. Paralelamente a essa expansão das microempresas, o número de mulheres que participam da população economicamente ativa também tem sido elevado, tanto no setor de transformação como, principalmente, no setor de prestação de serviços, onde a mulher assume, na maioria das vezes, o papel de empreendedora. Nos últimos anos, as mulheres empreendedoras são um fenômeno em crescimento em todo país. Wilkens (1989, p.180), afirma que “as mulheres estão deixando empregos seguros em troca do risco dos empreendimentos independentes cinco vezes mais depressa do que seus parceiros do sexo masculino”. Mais surpreendente do que a velocidade com a qual as mulheres adentram no mercado de trabalho é a intensidade com a qual elas estão firmando a imagem de empreendedoras. Estatísticas da SBA (Small Business Association) revelam que nos últimos anos tem sido predominante a presença feminina na criação de novos negócios. Porém, estudos e pesquisas direcionados para as microempresas, como também, para a mulher empreendedora, não se apresentam em um número considerado suficiente para um melhor entendimento e conhecimento de ambos os temas. A maioria desses estudos é voltada para a grande empresa, enfocando, quase sempre, a gerência masculina. Além disso, são poucos os pesquisadores e teóricos que atentaram para o papel da mulher frente ao mundo dos negócios. Segundo encarte do SEBRAE/NACIONAL (Guedes, 1997, p.10), publicado na “Folha de São Paulo”, as mulheres avançam com rapidez e competência na liderança dos negócios. Nos últimos anos, as mulheres empreendedoras são um fenômeno de crescimento em todo o país. Frente ao enunciado, como pensa e age a mulher empreendedora, da cidade de João Pessoa, diante do seu negócio? Qual a sua concepção sobre ética, organização humana, relação empresa/meio ambiente e administração? Diante o exposto, evidencia-se a necessidade de estudar a mulher empreendedora, especificamente a mulher empreendedora da cidade de João Pessoa, levando-se em consideração os seus valores e opiniões em relação a ética, relação empresa/meio ambiente, administração e organização humana. Portanto, o propósito deste trabalho, além de traçar uma tipologia de mulher empreendedora de microempresas, na cidade de João Pessoa, a partir da identificação de suas características sócio-econômicas e de seus valores, é também o de contribuir para a ampliação da participação tanto da mulher, como das microempresas na sociedade como um todo, servindo de estímulo e incentivo para que outros pesquisadores possam vir a desenvolver trabalhos similares. Sendo assim, esta pesquisa realizou-se na cidade de João Pessoa, envolvendo as mulheres empreendedoras de microempresas dos setores industrial, comércio e de serviços. Tal escolha fundamentou-se na curiosidade da pesquisadora em conhecer esse perfil. 1. Conceituação e características da microempresa Segundo Salomon (1986, p.84), a microempresa é aquela em que o proprietário é o principal operário e tem um determinado número de empregados que trabalham, em geral, como seus assistentes diretos. Santana (1993, p.34), na série O Empreendedor, edição SEBRAE, afirma que: “De acordo com o Estatuto da Microempresa (Lei nº 7.256, de 27.11.1984), com as alterações introduzidas pela Lei nº 8.383, de 30.12.1991, são microempresas aquelas cujo faturamento anual não ultrapassa o valor de 96.000 UFIR - Unidade Fiscal de Referência”. Continuando, o autor acrescenta que, “o SEBRAE adota, em relação às microempresas, o critério do Estatuto e, com relação às demais empresas, classifica-as pelo número de empregados” (1993, p.34). Contudo, o próprio SEBRAE, em publicação no jornal a “Folha de São Paulo(jul/1994), sob o título: “Entenda o tamanho das empresas”, define as microempresas em função do número de empregados”, seguindo a classificação adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (cf. quadro 1). Quadro 1 - Classificação das empresas quanto ao porte, de acordo com o número de funcionários. SETOR Industrial Com./Serviços ENTENDA O “TAMANHO” DAS EMPRESAS classificação por número de funcionários MICRO PEQUENA MÉDIA EMPRESA EMPRESA EMPRESA (ME) (PE) (MDE) até 19 20 a 99 100 a 499 até 09 10 a 49 50 a 99 GRANDE EMPRESA (GE) acima de 500 acima de 100 Fonte: SEBRAE - Série seu negócio na nova era, 1994. Segundo a visão de Santana (1993), Chiavenato (1995) e Silva (1996), as microempresas apresentam características específicas em relação às variáveis qualitativas e quantitativas. As variáveis qualitativas são aquelas que se referem à forma de administração e ao tipo de inserção no mercado. Dentre elas destacam-se o acesso ao mercado de capitais e às inovações tecnológicas; existência de divisão do trabalho especializado; nível de especialização da mão-de-obra; existência de relacionamento pessoal do administrador com empregados/fornecedores; relações internas/externas do tipo essencialmente pessoal; ausência de um sistema de informações para tomada de decisões; forma e o grau de concorrência; tipo de máquinas e ferramentas utilizadas; caracterização da tecnologia adotada (tradicional ou moderna; nacional ou estrangeira, capital intensivo ou trabalho intensivo); existência de participação direta do proprietário no processo de produção, comercialização e/ou prestação de serviços; existência da falta de conhecimento/utilização de modernas técnicas de administração. Por outro lado, as variáveis quantitativas são aquelas baseadas em informações colhidas no registro contábil das empresas e nos censos econômicos, quais sejam: volume de emprego; volume de produção; investimento realizado (ativo fixo); faturamento; potência instalada; produtividade; capital social; patrimônio líquido; participação no respectivo mercado. 2. Importância da microempresa Independentemente do nível de desenvolvimento de qualquer país, as microempresas têm uma substancial importância em seu processo evolutivo, contribuindo significativamente em relação ao ponto de vista econômico, político e social. Segundo dados do SEBRAE/NACIONAL (1994), com base nos censos econômicos do IBGE (PNAD/1990), a participação das microempresas, em relação ao total da participação das pequenas, médias e grandes empresas, é de 74,91% contra 25,09% no setor industrial; 90,92% contra 9,08% no setor comercial; e 93,54% contra 6,46% no setor de serviços. No que diz respeito ao total da receita/valor bruto da produção e a oferta de emprego, a participação das microempresas, somando-se os três setores de atividades, é de 16,11% contra 26,96% das pequenas, 29,23% das médias e 26,25% das grandes empresas. A participação das microempresas, a nível de Paraíba, também não poderia ser diferente (cf. quadro 2). Quadro 2 - Participação das microempresas, entre os anos de 2000 e 2003, de acordo com o setor de atividade, no Estado da Paraíba. Setor de atividade Participação das microempresas no Estado da Paraíba 2000 (%) 2001 (%) 2002 (%) 2003 (%) Indústria 21,95 26,04 14,29 15,38 Comércio 53,66 33,33 14,29 15,38 Serviços 24,39 40,63 71,42 69,24 TOTAL (Em dezena) 100 41 100 96 100 77 100 13 Fonte: SEBRAE - PB, 2003 Segundo o quadro acima, o surgimento das microempresas cresceu significativamente. Os dados demonstram que, em comparação com o ano de 2000, o índice de crescimento foi de 22,40% em 2001; 14,14% em 2002; e 9,28% em 2003. Afirma-se, também, segundo o SEBRAE/NACIONAL (Guedes, 1997, p.66), que as micro e pequenas empresas são responsáveis por 59,38% do total da mão-de-obra empregada nos três setores. Assim, nota-se que, no setor comercial corresponde a 33% do total da mão-de-obra empregada; 23% em relação ao setor de serviços; e 63,58% corresponde ao setor industrial. Sendo assim, as micro, juntamente com as pequenas empresas, respondem por 41,57% do total de empregos no país. 3. Conceitos e características do empreendedor Vários conceitos são atribuídos à figura do empreendedor: para Ansoff (1981), ele é um indivíduo cujo desejo de independência é capaz de motivá-lo, no sentido de criar sua própria empresa. Na visão de Drucker (1987), empreendedor é aquele que cria diferentes valores e satisfações, que buscam fontes de inovação e de mudança. Segundo Fillion (1991), ele é alguém que busca, indefinidamente, o aprendizado de tudo aquilo que seja necessário para a consecução dos seus objetivos. Na concepção de Thompson (1993), são pessoas criativas. E, finalmente, Chiavenato (1995) conceitua-o como indivíduo que se arrisca a perder em prol do seu empreendimento. O empreendedor, na maioria das vezes, tem um comportamento que se caracteriza por uma capacidade intrínseca de gerar novas idéias, novos produtos, de buscar caminhos mais rentáveis, lucrativos e seguros. Neves (1994), descreve uma pesquisa realizada pela ONU, em cerca de quarenta países e envolvendo empresários de sucesso, onde foram detectadas dez características comuns do comportamento de pessoas empreendedoras. Essas características são a iniciativa na busca de oportunidades; capacidade de correr riscos calculados; persistência; comprometimento; objetividade no estabelecimento de metas; capacidade para planejar e monitorar; capacidade para buscar e valorizar a informação; persuasão e redes de contatos; independência e autoconfiança; exigência de qualidade e independência. Para Naisbitt (citado por Corrêa, 1995), a principal característica do comportamento do empreendedor é a criatividade. Essa é a ferramenta que impulsiona a atividade empreendedora. Confiança, responsabilidade, determinação e criatividade são características inerentes ao empreendedor e que são apontadas por Halloran (1994). Segundo ele, o empreendedor deve ser confiante em relação ao sucesso do seu negócio mesmo que, às vezes, possa parecer que não esteja dando certo; deve ser responsável no que tange as decisões a serem tomadas; deve ser determinado para que possa atingir o seu objetivo, superando todos os obstáculos; e, finalmente, de ter criatividade, como uma vantagem diferencial em relação aos seus concorrentes. Portanto, em resumo, as principais características do comportamento do empreendedor são: simplicidade, criatividade, inovação, confiança em si mesmo e senso de missão e valores. 4. Conceitos e características da mulher empreendedora Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (PNAD/1996), a participação da mulher empreendedora, em todo território brasileiro, cresceu de 19,55% em 2001, para 21,55% em 2002. Especificamente no Estado da Paraíba esse índice diminui de 25, 58%, em 2001, para 20,33%, em 2002. Contudo, o aumento do número de mulheres empreendedoras é significativo nos setores de comércio e serviços, onde a participação salta de 43,47%, em 2001, para 58,35% em 2002. Verifica-se, então, a maior atuação da mulher no mercado de trabalho. No meio desse turbilhão de acontecimentos, a mulher, que antes era assalariada ou mesmo dona de casa, buscou aproveitar as oportunidades de abrir o seu próprio negócio, com o objetivo de se realizar profissionalmente e/ou de ajudar no rendimento familiar. Segundo dados de SEBRAE-PB (2003), durante o período entre 2000 e 2003, a participação da mulher empreendedora, no Estado da Paraíba, em relação aos setores industrial, comercial e de serviços, foi de 45,59% do total de microempresas criadas, abrangendo os três setores de atividades, sendo 16,74% correspondendo ao ano de 2000, 39,99% em 2001, 25,11% em 2002 e 4,65% em 2003. Segundo Wilkens (1989, p.20), “a empresária empreendedora é uma alma independente, uma pessoa criativa que gosta de arriscar, e que, por sua própria vontade, faz de uma idéia um empreendimento lucrativo. A verdadeira empresária empreendedora acha irresistíveis os novos empreendimentos e prospera dando vida às suas idéias. No entanto, a criatividade, a imaginação e uma queda pela ação compõem apenas um lado de sua personalidade; ela pode ser autocrítica, severa e controladora também. A típica empresária empreendedora sempre acha que seu caminho é a única maneira de realizar algo”. Pode-se, então, considerar a mulher empreendedora como aquela que acredita no seu talento para empreender, está sempre disposta a tomar decisões, tem capacidade de assumir riscos, identifica novas oportunidades, possui habilidades de liderança e tem conhecimento do ramo empresarial. De acordo com a revista “Mulher de Negócios” (1995, p.4-5), as mulheres empreendedoras têm as seguintes características: são inteligentes e dinâmicas, que sabem identificar no mundo dos negócios a melhor oportunidade para mostrarem seu potencial e capacidade emrpesarial; são capazes e talentosas, têm a sensibilidade para unir na vida profissional, qualidade à competência administrativa; buscam oportunidades para produzir; investem no futuro, isto é, são mulheres de iniciativa, que cada vez mais avançam no mercado de trabalho; investem antes de tudo no próprio potencial, abrem novas frentes de trabalho e geram novos empregos; estão sempre atrás de boas oportunidades para consolidar seus projetos e têm olhos abertos para novos horizontes; procuram se atualizar, ampliando os seus conhecimentos e se mantendo sempre bem informadas para se destacarem no mundo dos negócios. 5. A empreendedora e seu sistema de valores “Todo indivíduo tem o seu comportamento pré-determinado por um conjunto de fatores intrínsecos” (Pisani, 1985, p. 68). Esse indivíduo, quando está interagindo com o ambiente organizacional, é motivado a usar seu sistema de valores na solução de problemas e na tomada de decisões, determinando, assim, suas ações e opiniões diante do ambiente de trabalho. Portanto, o empreendedor, considerado um indivíduo, tem suas ações influenciadas pelos seus valores, atitudes, crenças, percepções e motivações. Segundo Schein (citado por Chiavenato, 1981), o indivíduo é concebido como um sistema de valores. Para Krech, Crutchfield e Ballachev (citados por Leone, 1995), os valores são considerados como um composto de crenças permanentes encravadas na personalidade dos indivíduos. Segundo Tamayo (1993), valores são metas que o indivíduo fixa a si próprio e que são relativas a estados de existência (valores terminais) ou a modelos de comportamento desejável (valores instrumentais). Os valores expressam interesses individuais, coletivos ou mistos, bem como diversos tipos motivacionais. Isso significa que eles são determinantes na forma de pensar, de agir e de sentir do indivíduo; são os orientadores da vida da pessoa. É por essa razão que a psicologia considera os valores como um dos motores que iniciam, orientam e controlam o comportamento humano. Leite (1994, p.47), ressaltando o fator família como principal formador do sistema de valores do indivíduo, afirma que, “além de sua importância econômica e da emulação para o trabalho que o conceito de família produz em seus chefes, institucionalmente a família decorre de forças situadas acima de nosso consciente: nossa própria identificação, as crenças e valores que cultivamos são, em grande parte, herdadas de nossos pais e avós, de forma que nossa própria visão do mundo e a interpretação do que fazemos, desde a infância, a respeito do sistema local, têm origem nas mais antigas tradições que foram sendo transmitidas, ao longo dos séculos, no aconchego do lar”. Apesar do crescente número de mulheres que abrem o seu próprio negócio ou que ingressam de alguma forma no mercado de trabalho, muitas, ainda, não conseguiram sobrepor-se a um sistema de valores, o qual a coloca no papel de mãe e esposa. Esse fato, muitas vezes, transforma-se em obstáculo à realização profissional da mulher. Segundo Bruschini (1995), os fatores familiares e domésticos pouco interferem na determinação do trabalho masculino, da mesma forma que o trabalho produtivo é parte inerente e inquestionável da identidade masculina, construída em torno desse papel provedor do homem. Com as mulheres ocorre o contrário. A manutenção de um modelo de família segundo o qual cabem a elas as responsabilidades domésticas e socializadoras, bem como a persistência de uma identidade construída em torno da figura da dona de casa, condicionam a participação da mulher no mercado de trabalho, além de outros fatores que se referem à sua qualificação e à oferta de emprego, como no caso dos homens. Wilkens (1989) confirma que o sistema de valores, originado dentro do contexto familiar, exerce influência sobre o comportamento da mulher e reforça o surgimento de estereótipos culturais, os quais podem inibi-la de querer abrir seu próprio “negócio”, mesmo que ela não tenha consciência de tal influência. Desde a infância até a idade adulta, as mulheres são pressionadas a se adaptarem a um padrão feminino que tem lados tanto positivos como negativos. Esse padrão resulta-se em um sistema de valores no qual a mulher se vê presa em uma casa de espelhos: para onde quer que ela olhe, sua imagem é distorcida. Essa mesma autora menciona, ainda, exemplos de mulheres que perceberam que as características de empatia, o tato e a compreensão, que estão inerentes no seu sistema de valores, são qualidades colocadas a favor do sucesso empresarial. A capacidade de entender as pessoas, de ser flexível e a intuição para solucionar problemas, resulta em ações positivas por parte das mulheres empreendedoras de sucesso que quebraram seus espelhos, apreendendo novos valores. “A capacidade de entender as pessoas permite que a mulher enxergue além da superfície e descubra os problemas reais; significa uma força na qual a mulher deve confiar plenamente” (Wilkens, 1989, p.47-57). Apesar de encontrarmos ainda, na nossa sociedade, mulheres submissas, verifica-se, também, que muitas já adentraram no mercado de trabalho, principalmente, na área empresarial. Mulheres instruídas que pertencem a diversas classes sociais criam o seu próprio “negócio”, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país, e quebram rótulos e estereótipos que, até então, as colocavam em um papel de total decadência e discriminação perante a sociedade como um todo. Sendo assim, “a mulher , enquanto profissional e empreendedora, cria o ambiente desejado para que ela possa ser o que ela é como ser humano completo e para que possa usar todos os seus recursos pessoais quando e onde forem adequados”, ressalta Wilkens (1989, p.49). 6. Objetivos da Pesquisa 6.1. Objetivo geral O objetivo geral desta pesquisa consiste em traçar uma tipologia de mulher empreendedora de microempresas na cidade de João Pessoa, a partir da identificação de suas características sócio-econômicas e de seus valores. 6.2. Objetivos específicos - identificar o perfil sócio-econômico das mulheres empreendedoras de microempresa; - identificar os valores das empreendedoras, à respeito de temas sobre ética, relação empresa/meio ambiente, administração e organização humana. 7. Dimensões do modelo da pesquisa Definiu-se três dimensões para esta pesquisa: identificação da empresa, os valores da empreendedora e o seu perfil sócio-econômico. Em relação à identificação da empresa, constituiu-se as seguintes variáveis: constituição jurídica, setor de atividade, filiação a algum grupo, número de empregados, tipo de mercado e ano de criação. Em relação ao perfil sócio-econômico da empreendedora, têm-se as seguintes variáveis: estado civil, número de filhos, idade, local de nascimento, grau de instrução, curso e/ou seminário de atualização, renda mensal, propriedade, origem social paterna, origem social materna, experiência anterior, experiência atual, tempo dedicado à empresa e religião. Em relação aos valores da empreendora, escolheu-se os seguintes fatores para formar esta dimensão: a empreendedora e sua ética (refere-se à opinião da mulher em relação à sua visão quanto a vida profissional, vida extra-profissional, vida pessoal, vida política e religião, propriedade, tradição e sucessão); a empreendedora e sua concepção sobre a relação empresa/meio ambiente (refere-se à opinião da mulher em relação à sua visão quanto ao liberalismo, intervencionismo, atitude face à lei, crescimento, independência; cooperação, responsabilidade social, qualidade dos sua concepção sobre a produtos e responsabilidade); a empreendedora e administração (refere-se à opinião da mulher em relação à sua visão quanto a incerteza, risco, eficácia, lucro, métodos científicos, inovação, mudança, planejamento e controle); a empreendedora e sua concepção sobre a organização humana (refere-se a opinião da mulher em relação à sua visão quanto ao poder, autoridade, formalismo, comunicação, conflito, negociação, relacionamento empreendedora/empregados, relacionamento no trabalho e relações trabalhistas). 8. População e amostra da pesquisa A população da pesquisa compreendeu as mulheres empreendedoras das microempresas industriais, comerciais e de serviços, fundadas no período entre 1994 e 1997, na cidade de João Pessoa, totalizando 93 microempresas. Por se tratar de um estudo puramente descritivo, a nossa amostra foi extraída aleatoriamente, desde que a percentagem selecionada significasse um resultado verídico e consistente para efeitos estatísticos. Sendo assim, para a população do número de mulheres empreendedoras, indicadas nesta pesquisa, a amostra significativa correspondeu a 50% desse total, dividido proporcionalmente de acordo com o ano e setor de atividade, ou seja, 10 microempresas de atividades no setor industrial, 15 de atividades no comércio e 21 de atividades de serviços, totalizando 46 microempresas. 9. Coleta de dados A coleta dos dados foi realizada através de um questionário, utilizado como instrumento de pesquisa, aplicado pela própria autora e por uma estudante do curso de administração, previamente treinada. Como forma de assegurar um resultado mais consistente e verídico, o questionário foi previamente testado por um grupo de cinco mulheres empreendedoras, de profissões diversas. 10. Instrumento de coleta de dados O questionário utilizado nesta pesquisa foi uma adaptação feita por Leone (1995) de um instrumento construído por Valência Del Toro e Durand, do Institut de Gestion de Rennes, França. Esse questionário se constitui de duas partes: a primeira, formada por questões sobre a identificação da empresa e o perfil sócio-econômico das empreendedoras; a segunda, por questões que identificam seus valores. A estrutura do mesmo contemplou questões fechadas {dicotômicas, de múltipla escolha, escala de Likert) e questões abertas, identificadas por variáveis do tipo qualitativa e quantitativa, mensuradas nos níveis das escalas nominal, ordinal e intervalar. As questões referentes à primeira parte do questionário foram de natureza objetiva e subjetiva, totalizando vinte e oito perguntas, enquanto que a segunda apresenta questões de natureza objetiva, numa escala de tipo Likert, pontuada em sete pontos, totalizando noventa e seis perguntas. Sendo assim, o questionário compreendeu cento e vinte e quatro questões organizadas segundo as dimensões e variáveis retidas. 11. Tratamento dos dados O SPSS (Statistical Package for Social Sciences) for Windows – versão 6.01, foi utilizado na construção de um banco dos dados coletados. Através desse, efetuou-se a consistência das informações e, em seguida, procedeu-se a análise estatística através da construção de tabelas de freqüências, cruzamentos das variáveis pertinentes ao levantamento da identificação da empresa e o perfil sócio-econômico das mulheres empreendedoras, constantes da primeira parte do questionário. A seguir, procedeu-se a análise exploratória das variáveis constantes na segunda parte do referido questionário, concernentes à dimensão dos valores (ética, relações empresa/meio ambiente, administração e organização humana), efetuando-se, em seguida, a construção das tabelas de freqüência para estudo dessas variáveis. Finalmente, foram construídos gráficos de análise das variáveis pertinentes a cada um dos pólos. 12. Conclusões Gerais 12.1. Perfil das mulheres empreendedoras de microempresa, quanto às suas características sócio-econômicas Os resultados desta pesquisa nos levaram a concluir que as microempreendedoras entrevistada são casadas, não possuem filhos, tem até 34 anos e são nascidas no Estado da Paraíba. Quanto à questão de educação, a maioria é graduada em cursos das áreas de ciências humanas, letras e artes, pela Universidade Federal da Paraíba; fizeram cursos e seminários na área de marketing, com duração de menos de um mês. Elas não tem mais de 5 anos de experiência como empreendedora, tem renda mensal até 10 salários mínimos e são donas exclusivas (proprietárias) de seus negócios. Descendem de pais funcionários públicos, profissionais liberais e trabalhadores urbanos/rurais e de mães que não trabalharam fora de casa. A maioria delas era estudante e dona de casa antes de se tornar empreendedora. Elas dedicam 8 horas por dia aos negócios, pertencem a religião católica e, finalmente, metade delas já teve antes um único emprego e a outra metade já teve dois ou mais empregos. 12.2. Perfil das mulheres empreendedoras de microempresa, quanto aos seus valores 12.2.1. Em relação à sua ética: A realização profissional através do trabalho é primordial para a maioria das empreendedoras, como também, elas acreditam que a qualidade da administração e a atualização dos conhecimentos devem ser mantidas através de cursos de reciclagem. Ter seu próprio negócio é melhor do que ocupar um cargo de alto nível numa grande empresa, segundo a maioria delas. No entanto, a maioria das microempreendedoras entrevistadas preferem dar prioridade à vida familiar do que à vida profissional e acreditam que a realização extra-profissional deve superar a realização profissional. Quanto à questão da vida pessoal, a maioria afirma que dirigir uma empresa não significa ocupar o mais alto nível da escala social, e concordam, também, que confessar abertamente sobre determinado assunto, mesmo perante seus colaboradores, deve ser uma forma da empreendedora adquirir conhecimento. Para elas, é mais importante valorizar a sua auto-realização como empreendedoras do que o status proporcionado pelo seu cargo. No que diz respeito a vida política das microempreendedoras entrevistadas, a maioria concorda que a participação política delas não deve se limitar apenas ao direito do voto e que deve haver coerência entre suas idéias políticas e a forma como administram suas empresas. Quanto a idéia de confundir princípios religiosos e gerência da empresa, as empreendedoras acreditam que esses são assuntos que devem ser tratados separadamente. Para as microeempreendedoras, o capital social da empresa deve ser controlado por um grupo reduzido de pessoas e é importante que o patrimônio e o poder de direção permaneçam nas mãos da família, evitando, desta forma, a transferência do capital para os empregados. Contudo, uma grande parte delas, afirmam que o estilo de direção da empreendedora não deve levar em conta a tradição familiar, que a orientação do fundador da empresa deve ser conservada pelos seus sucessores e, também, elas não precisam se aposentar antes ou aos 65 anos de idade. 12.2.2. Em relação à sua concepção sobre a relação empresa/meio ambiente: As empresas deveriam ser totalmente livres em suas ações, deixando a concorrência e o mercado agirem sem interferências, segundo a maioria das empreendedoras. A interferência do Estado nos princípios de livre concorrência não deve existir e, em relação a interferência deste no que diz respeito à concessão de subsídios, metade das microempreendedoras concorda e outra metade é contra. Quanto à concorrência internacional, esta não deve ser considerada pela empreendedora como uma agressão desleal, mas como um desafio para melhorar a competitividade e o dinamismo da empresa. Para elas, o desenvolvimento da empresa requer, por parte do governo, uma legislação mais flexível e se apresentam insatisfeitas em relação a legislação vigente no país, mas, mesmo assim, não se aproveitam da ambigüidade da lei em prol do seu próprio benefício. Quanto ao crescimento, elas acreditam que a empresa deve buscar seu crescimento mesmo que ele seja através de competição entre seus concorrentes ou que seja necessário uma redução nos lucros. Para elas, é importante dominar o mercado, aproveitando as oportunidades oferecidas pelo mercado externo como uma forma de conseguir também o crescimento contínuo da empresa. É interessante, também, a fusão com outras empresas e que isso pode representar crescimento e/ou melhoria na rentabilidade da empresa. Segundo a opinião das microempreendedoras, a independência da empresa face a organismos externos, como governo, bancos ou outras empresas deve ser mantida a qualquer preço e a dependência em clientes ou fornecedores deve ser evitada. No que se refere à cooperação, metade das microempreendedoras discordam em apoiar o governo e a outra metade tem idéias contrárias. Para o crescimento da empresa, segundo elas, é essencial a cooperação entre as empresas no que diz respeito à compra, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, como também, é necessária a cooperação internacional como uma das condições fundamentais para esse desenvolvimento. Para as empreendedoras, toda empresa deve participar financeiramente do desenvolvimento econômico e social da comunidade onde se localiza, e que a empresa deve buscar combater a poluição do meio ambiente, incentivando e facilitando, também, a participação de seus empregados em obras sociais mantidas pela comunidade. Quanto à questão da qualidade dos produtos, para a maioria delas, essa qualidade deve ser mantida até mesmo como uma forma de respeito ao consumidor, e que é importante, também, a qualidade da estética do produto. Ainda, segundo elas, a empresa não deve fazer publicidade enganosa, sugerindo ao mercado qualidades que seus produtos não possuem e a difamação de produtos concorrentes deve ser evitada, não somente pela empresa, mas também por seus revendedores. 12.2.3. Em relação à sua concepção sobre administração: A empresa não deve lançar um novo produto ou explorar um novo mercado se não estiver convencida de que a probabilidade de sucesso será elevada, segundo a maioria das empreendedoras. No entanto, sobre a possibilidade de inovar nas áreas pouco exploradas e de grande incerteza, metade delas concordam, enquanto que, a outra metade tem opinião contrária. Mesmo assim, a maioria, concorda que se deve aceitar grandes riscos para se obter resultados importantes. As empreendedoras afirmam que o objetivo fundamental de sua empresa é mesmo o lucro máximo, as atividades que não geram lucro devem ser suprimidas e as tarefas só devem ser automatizadas desde que venham trazer rentabilidade para a empresa. Para elas, no que se refere a eficácia, a competição entre colaboradores estimula o dinamismo interno da empresa. Para a maioria das microempreendedoras, novos métodos científicos (técnicos ou de administração) devem ser adotados pela empresa, mesmo quando sua lucratividade em outras empresas ainda não tenha sido comprovada, e que preferem apoiar suas decisões em métodos racionais, ao invés de apostar na sua intuição. No entanto, elas preferem não arriscar nas inovações, mesmo acreditando que a inovação é condição fundamental de sobrevivência para a empresa e que deve ser introduzida na empresa sem vacilação. Elas ainda afirmaram que, confiam em métodos já conhecidos, habituais, comprovados, pois isso representa, para elas, uma segurança para a empresa, mesmo concordando que, para se evitar resistências às mudanças, é necessário permitirse a participação dos empregados no processo, como também, dar-se informações a todos os envolvidos. Segundo as empreendedoras, o planejamento de uma empresa deve ser detalhado, mesmo que isto interfira na flexibilidade da mesma e que os planos devem ser de longo prazo, embora concordem que as previsões possam ser de curto prazo. Para elas, dirigir já significa planejar e é importante um controle aplicado em todas as unidades da empresa, de forma permanente e minuciosa. 12.2.4 Em relação à sua concepção sobre a organização humana: Para a maioria das empreendedoras, o exercício do poder não tem grande importância, a desobediência de um empregado não deve ser punida com demissão e a empresa não deve ser gerenciada com espírito militar, mesmo que para sobreviver às batalhas econômicas atuais. Não se tornou empreendedora apenas para exercer poder, mas concorda a descentralização do poder como objetivo fundamental da direção da empresa e que sua autoridade deve prevalecer de maneira clara. Quanto à questão do formalismo, as empreendedoras acreditam que deve haver definição clara de funções, mas, ao mesmo tempo, afirmam que as relações entre empreendedoras e empregados devem ser explícitas. As decisões importantes devem ser das empreendedoras, em qualquer grupo, alguém precisa ter a responsabilidade de dirigi-lo, e, finalmente, a coordenação das atividades da empresa deve depender mais delas do que de procedimentos formais. É necessário informar a política geral da empresa aos empregados, contudo, metade das empreendedoras discordam em relação as informações concernentes a aspectos contábeis ou financeiros, enquanto que a outra metade concorda com a idéia. Ao que diz respeito às informações referentes à tarefas ou em rede, as empreendedoras concordam que sejam repassadas aos empregados e para que haja uma maior integração de “papéis” de cada um, é necessário que a empreendedora delegue o maior número possível de responsabilidades. As empreendedoras acreditam que pode-se evitar greves a partir da escuta de reclamações dos empregados e que a solução de conflitos entre empregados deve partir sempre das partes envolvidas. No entanto, quando esse conflito envolve a empreendedora e os empregados, elas acreditam que isso pode ser resolvido por intermédio do sindicato, como também, acreditam que uma crise que termina em greve não é devido a uma falta de negociação por parte da empreendedora. As microempreendedoras têm confiança em delegar tarefas importantes para seus empregados e também confiam na competência desses. Quanto a resolução de problemas pessoais dos empregados, elas admitem que isso não faz parte da responsabilidade da empreendedora. No entanto, elas afirmam que os objetivos da empreendedora não deve ser opostos àqueles dos empregados e que a política da empresa deve ter como objetivo assegurar o bem-estar do empregado, mesmo em detrimento da produtividade. Para elas, a empreendedora é uma participante na empresa tal qual os outros, os empregados devem ter um papel ativo, tanto na preparação de uma decisão, quanto no seu desempenho, e grupos autônomos constituem uma alternativa para o sucesso da empresa. No que diz respeito as relações trabalhistas, as empreendedoras afirmam que devem ter condições de trabalhos mais favoráveis que seus empregados, como também, salários mais elevados, como recompensa pelas responsabilidades que assumem. A empresa não deve limitar o número de empregados estrangeiros, mesmo que isto implique em solicitar o Ministério do Trabalho exceções à Lei. Para elas, a religião de um empregado não deve ter nenhuma importância e que as empreendedoras têm responsabilidade de proteger seus empregados. No que concerne ao sindicato, metade delas afirmam que as empresas não devem tentar enfraquecer essa força, enquanto que a outra metade opinou ao contrário. Contudo, para a maioria delas, as empreendedoras não devem negar aos sindicatos o direito de defesa dos interesses dos empregados, sob o pretexto de que suas ações impedem o bom andamento da empresa. 13. Referências Bibliográficas 01. ANSOFF, Igor H. Do Planejamento Estratégico à Administração Estratégica. São Paulo: Atlas, 1981. 02. BRUSCHINI, Cristina. Desigualdade de Gênero no Mercado de Trabalho Brasileiro: o trabalho da mulher no Brasil e nas regiões Nordeste e Sudeste na década de oitenta. Brasília: CFEMEA, 1995. 03. CHIAVENATO, Idalberto. Vamos Abrir um Novo Negócio? São Paulo: Makron Books, 1995. 04. ____________. Teoria Geral da Administração. São Paulo: McGraw-Hill, 1981. 05. CORRÊA, Volnei Alves. Novos Empreendimentos: uma nova concepção no processo de formação de empreendedores. Revista de Administração Contemporânea. V. 1, n. 3, 1995. 06. DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e Espírito Empreendedor (Entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 1987. 07. 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