Ricardo Rezer (Org.) ÉTICA E CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR Ricardo Rezer (Org.) ÉTICA E CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR Chapecó, 2013 Reitor: Odilon Luiz Poli Vice-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão: Maria Aparecida Lucca Caovilla Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Claudio Alcides Jacoski Vice-Reitor de Administração: Antônio Zanin Diretora de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu: Maria Assunta Busato Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem autorização escrita do Editor. 378 E84e Ética e ciência na educação superior / Ricardo Rezer (Org.). Chapecó : Argos, 2013. 197 p. ; 23 cm. - (Debates ; 5) Inclui bibliografias Textos em português e espanhol ISBN: 978-85-7897-100-7 1. Ensino superior. 2. Ética. 3. Ciência. 4. Ensino superior – Finalidades e objetivos. I. Rezer, Ricardo. II. Título. III. Série. CDD 378 Catalogação elaborada por Caroline Miotto CRB 14/1178 Biblioteca Central da Unochapecó Todos os direitos reservados à Argos Editora da Unochapecó Av. Atílio Fontana, 591-E – Bairro Efapi – Chapecó (SC) – 89809-000 – Caixa Postal 1141 (49) 3321 8218 – [email protected] – www.unochapeco.edu.br/argos Coordenador Dirceu Luiz Hermes Conselho Editorial Rosana Maria Badalotti (presidente), Carla Rosane Paz Arruda Teo (vice-presidente), André Onghero, César da Silva Camargo, Dirceu Luiz Hermes, Maria Aparecida Lucca Caovilla, Maria Assunta Busato, Murilo Cesar Costelli, Tania Mara Zancanaro Pieczkowski, Valéria Marcondes Sumário 9 Prefácio Maria Luiza de Souza Lajus 11 Carta do reitor Odilon Luiz Poli 15 Apresentação Ricardo Rezer 21 A universidade como outra possibilidade: ética e ciência nesse caminho António Camilo Cunha 39 Ética e ciência na Educação Superior: formação para a cidadania democrática Cláudio Almir Dalbosco 67 Ética do discurso: uma possibilidade em pesquisa Ireno Antônio Berticelli 87 La transición universitaria del claustro a la empresa: tensiones éticas suscitadas por la gestión neoliberal Josep M. Blanch 109 Notas sobre Ética e Ciência na Educação Superior Ricardo Rezer 139 El sujeto en la Educación Superior Rodolfo Rozengardt 167 Expansão e inclusão na universidade: uma questão ética Tania Mara Zancanaro Pieczkowski 193 Sobre os autores Prefácio É com muita satisfação e orgulho que escrevo o prefácio a este livro organizado pelo amigo e professor Ricardo Rezer. O debate sobre Ética e ciência na educação superior é um tema extremamente relevante e atual, considerando o momento histórico em que a Educação Superior tem sido tratada como mercadoria, objeto de transações lucrativas e de interesses que contrariam os princípios éticos da produção do conhecimento voltada para o desenvolvimento da humanidade. Outro fator que torna importante esta obra é ter sua origem num debate que envolveu, inicialmente, cientistas de diferentes países: Espanha, Portugal, Argentina, Brasil e Inglaterra, confluindo para pontos comuns e ou, mesmo diferentes, no que se refere à ética, à ciência e ao ensino superior. O debate revela que o mundo carece de novas relações que sejam capazes de produzir uma sociedade livre e com direito a condições dignas de vida para todos. O ensino superior necessita, portanto, priorizar no processo de formação profissional e na produção do conhecimento uma ética cidadã, uma ciência voltada para a inovação, sim, para a produção de tecnologias também, mas que contribuam para diminuir as distâncias entre os cidadãos e não apenas para favorecer a concentração de renda em escala global, nefasta ao 9 desenvolvimento de uma sociedade que tenha o ser humano como centro de suas preocupações. Se hoje a sociedade do conhecimento é parâmetro para o próprio sistema capitalista, como o acesso à informação pode ser traduzido em novas formas de resistência e de emancipação das populações? Ciência e Ética devem constituir-se em canais capazes de produzir profundas modificações que possibilitem, pelo acesso ao conhecimento crítico, o surgimento de uma nova sociedade que avance rumo a uma realidade concreta em que os direitos sejam efetivamente garantidos para todos e que não sejam mínimos, apenas de sobrevivência, mas que permitam a plena existência do ser humano. Cabe à Universidade desvencilhar-se da simples submissão às amarras mercantis e, pautada por uma ética garantidora de direitos e uma ciência que permita a emancipação dos sujeitos, contribuir incansavelmente para que, de forma inovadora, construa junto com a sociedade caminhos para avançar na direção de uma racionalidade realmente democrática, cidadã e inclusiva. O III Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unochapecó pretendia uma reflexão crítica a respeito do papel da Universidade no mundo atual, elegendo para tal o caminho da ética e da ciência, e resultou na organização desta obra que, ao possibilitar ampliar tal debate, se torna um instrumento de reflexão permanente de um ensino superior comprometido com o destino da humanidade naquilo que ela tem de mais caro, que são os seres humanos. Chapecó, outubro de 2012. Maria Luiza de Souza Lajus Vice-reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unochapecó (Gestão 2008-2011). 10 Carta do reitor Em um tempo de profundas mudanças sociais, a educação superior não poderia ser uma exceção. Novos modelos institucionais marcam presença no cenário, incluindo faculdades dedicadas exclusivamente à oferta de cursos de formação profissional, criadas e geridas como negócio lucrativo, e universidades que, em todo o mundo, experimentam profundas transformações internas e estabelecem fortes relações com a sociedade externa, assumindo, deliberadamente, posição ativa na promoção do desenvolvimento econômico e social da sociedade. Sob o conceito de universidade empreendedora, muitas instituições assumem posição de vanguarda no processo de inovação, em estreita vinculação com o setor produtivo, agregando à sua missão a atuação direta no processo de desenvolvimento econômico da sociedade. Expandindo seu foco tradicional na geração e socialização do conhecimento, passam a incluir no horizonte de investigação a superação de desafios concretos enfrentados no ambiente produtivo, em articulação e interação com os atores da sociedade (empresas e governos). Novas estruturas voltadas diretamente à promoção da inovação produtiva (Núcleos de Inovação e Transferência de Tecnologia, In- 11 cubadoras, Parques Tecnológicos etc.) passaram a fazer parte da sua organização, modificando sensivelmente o ambiente tradicional da universidade. Em lugar de uma Universidade preocupada com a produção e divulgação de saberes (ciência, arte e cultura) e do pensamento crítico e criativo, preocupada com a formação do homem e do saber humano, passamos a conviver com uma universidade posicionada como vetor do desenvolvimento econômico e da inovação, essencial à competitividade e ao sucesso na nova sociedade do conhecimento e orientada por novos critérios como a eficiência e a produtividade. Essa parece ser, aliás, a tônica predominante em toda a sociedade, cada vez mais globalizada e integrada pelas tecnologias da informação. Novas fronteiras se rompem a cada dia, a cada nova descoberta científica, a cada avanço das tecnologias da informação, permitindo a criação de mecanismos de aproximação entre as pessoas e organizações, inimagináveis há algumas poucas décadas. Ao mesmo tempo, as pessoas parecem sentir-se cada vez mais assoberbadas e envolvidas em um ritmo de tal modo frenético que parecem ter, a cada dia que se passa, cada vez menos tempo para si mesmas e para os outros. Mudanças de tal monta, evidentemente, não poderiam deixar de provocar reações de estranhamento e de questionamento do seu sentido ético existencial e, até mesmo, reações de oposição e resistência, como, por exemplo, o movimento slow life que, em vários países, reage a essa cultura de competição, eficiência econômica e rapidez e propõe uma vida mais calma, relaxada e confortável e a busca da felicidade acima da eficiência econômica. E a universidade, nessa sua nova configuração, para onde estará caminhando? Qual o sentido ético dessas transformações pelas quais vem passando? Terá a universidade abandonado sua missão clássica 12 de ser um espaço de consciência crítica da sociedade sobre si mesma e de produção livre e independente da ciência e da cultura? Haverá espaço para a busca do bem comum nessa nova configuração da ação universitária, ou terá ela se rendido inevitavelmente à invasão capitalista e à exploração comercial de seu potencial? Essas são justamente as interrogações que este livro vem-nos propor. Recusando-se ao conformismo e assumindo a difícil tarefa da crítica e da interrogação dos sentidos dos novos modelos institucionais presentes na educação superior e dos novos afazeres cotidianos da comunidade universitária, esta excelente obra nos convida a uma reflexão inquietante e, por vezes, até incômoda. Mas, por outro lado, profundamente necessária e pertinente, possibilitando que, no afã da (re)construção de uma universidade sustentável e sintonizada com os novos apelos da sociedade, não percamos de vista o sentido existencial do que fazemos. Ciência para quem? Como fazer da universidade um bem público neste novo cenário? Ouso dizer que é praticamente impossível passar ileso por sua leitura. Por isso tenho convicção de que trará grande contribuição à compreensão do novo momento pelo qual passamos no contexto da educação superior e à orientação ético-política das ações das instituições e das pessoas no seu interior. Boa leitura. Chapecó, outubro de 2012. Odilon Luiz Poli Reitor da Unochapecó. 13 Apresentação Esta obra coletiva é resultado do III Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unochapecó, ocorrido em setembro de 2011, na Unochapecó. O evento teve por objetivo problematizar, refletir e discutir, de forma crítica, as aproximações e distanciamentos entre ética e ciência nas diferentes dimensões da Educação Superior. Para tal, procurou abrir espaço para diferentes perspectivas, diferentes culturas, diferentes formas de pensar as relações entre ética e ciência na Educação Superior. Os autores da proposta são oriundos de cinco diferentes instituições de ensino superior de quatro diferentes países, nomeadamente, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Chapecó, Brasil); Universidade de Passo Fundo (Passo Fundo, Brasil); Universidade do Minho (Braga, Portugal); Universidade Autônoma de Barcelona (Barcelona, Espanha); e Instituto Superior de Educación Física de La Pampa (General Pico, Argentina). Este grupo, oriundo de diferentes contextos, permitiu uma diversidade de olhares ao tema central, que em muito pode contribuir com o debate em questão. Inclusive, a escrita na língua original de cada texto foi preservada, com o objetivo de ampliar a riqueza da obra, da mesma forma que permite uma compreensão mais 15 elaborada sobre o contexto no qual cada texto se edificou, cada qual a sua maneira, trazendo um importante arcabouço cultural arraigado em cada um dos escritos. Com este pano de fundo, a obra se apresenta na direção de contribuir com o debate acerca da histórica ruptura entre filosofia e ciência, neste caso, no âmbito da universidade. Como desdobramento disso, é possível considerar as dificuldades em encontrar “brechas” em nossa agenda cotidiana que permitam discutir, por exemplo, as “origens” do conhecimento com o qual lidamos, na condição de docentes que fazem pesquisa, ensino e/ou extensão, bem como refletir acerca do compromisso ético de pensarmos nosso próprio trabalho. Neste caso, uma postura importante para a discussão trata-se do esforço de recuperar os nexos entre filosofia e ciência no cotidiano do trabalho docente, na feitura de pesquisas, no trabalho de extensão e na docência. Eis aí uma boa oportunidade de articular então, ética e ciência, pensando esta articulação como possível “temática transversal” para o desenvolvimento da própria universidade, esforço que ilustrou o pano de fundo dos capítulos que constituem esta obra. Nesta direção, propomo-nos a contribuir no processo de alargar a dimensão da reflexão sobre as filosofias implícitas no cotidiano do trabalho desenvolvido na Educação Superior, inclusive, suspeitando de nosso próprio trabalho e das atitudes investigativas que empreendemos. Entendemos que um esforço como este pode permitir, como professores da Educação Superior, interrogarmo-nos coletivamente sobre o significado das diferentes dimensões com as quais nos envolvemos, bem como para quê e para quem a universidade produz ciência, fortalecendo o conhecimento sobre nós mesmos e sobre aquilo que fazemos. Da mesma forma, a obra se propõe a evidenciar a complexidade da Educação Superior, o que pressupõe de antemão, conexões entre diferentes conhecimentos, entre estes e a sociedade, a cultura e as espe16 cificidades tratadas nas diferentes dimensões deste âmbito, e também reconhecer e enfrentar os “porquês” pelos quais a própria universidade se justifica em um mundo globalizado, pautado por uma agenda neoliberal. Tal pretensão se traduz no exercício coletivo ora proposto, que pressupõe a presença da ética como capacidade de interrogação sobre aquilo que fazemos em nosso cotidiano. Partindo desses breves comentários, esta obra coletiva intenta exercitar uma postura ética de interrogação acerca do próprio “ser-professor” e do pano de fundo que orienta o desenvolvimento das pesquisas, do cotidiano, das escolhas, dos conhecimentos, bem como as dúvidas, certezas (sempre provisórias) e dilemas presentes na Educação Superior, como uma perspectiva coletiva de lidar com maior tranquilidade em meio à complexidade inerente a este contexto. As questões aqui abordadas se destinam a compor um ambiente para as discussões que serão desenvolvidas por cada um dos autores, considerando o contexto das diferentes instituições às quais fazem parte. Sem dúvida, um esforço como este pode e deve derivar distintas questões, comentários e críticas nos diferentes cenários em que for abordado pelos leitores, o que representa, em última instância, um esforço de diálogo, de interlocução entre diferentes horizontes na direção a possibilidades de entendimento. Enfim, compreendemos que uma obra coletiva que se propõe a discutir as relações entre ética e ciência nas diferentes dimensões da Educação Superior representa um esforço importante, especialmente em tempos de apressamento, atarefamento e (aparente) barateamento da capacidade intelectual docente, inclusive, no âmbito da Educação Superior. Chapecó, outubro de 2012. Ricardo Rezer Organizador. 17 Sobre os autores António Camilo Cunha: licenciado em Ensino da Educação Física pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Brando (1999); mestre em Ciências de Educação – Metodologia da Educação Física, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (1995); doutor em Estudos da Criança pelo Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho (2001); agregado (Livre Docência) em Ciência do Desporto pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Atualmente é professor no Instituto de Educação – Departamento de Teoria de Educação, Expressões Artísticas e Física da Universidade do Minho – Portugal. É autor, juntamente com João Manuel Petrica, do livro O Pensamento do Professor (Braga: Casa do Professor). Também é autor da obra Os Professores (também) são pessoas, juntamente com Adriana Maria Stadnik e Beatriz Pereira (Viseu: Vislis, 2009). Além destes, é autor das obras Ser Professor – bases de uma sistematização teórica (Braga: Casa do Professor, 2008); Formação de professores – a investigação por questionário e entrevista (Vila Nova de Famalicão; Magnólia, 2008); 193 Pós-modernidade, socialização e profissão dos professores (de educação física). (Lisboa: Vislis, 2008); e A Educação Física em Portugal: os desafios na formação de professores (Porto: Estratégias Criativas, 2007). Cláudio Almir Dalbosco: professor do curso de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF/RS) e pesquisador produtividade do CNPq. Doutorou-se em Filosofia pela Universität Kassel, Alemanha, no ano de 2001. Suas pesquisas mais recentes estão focadas sobre o tema Iluminismo e Pedagogia, com destaque para autores como John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant. Possui vários artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais e vários livros, entre os quais se destacam: Ding an sich und Erscheinung: Perspektiven des transzendentalen Idealismus bei Kant (Königshausen & Neumann, 2002); Educação e Maioridade, organizado juntamente com Hans-Georg Flickinger (Cortez, 2005); Pedagogia filosófica: cercanias de um diálogo (Paulinas, 2007); em coautoria com Heinz Eidam, Moralidade e Educação em Kant (Unijuí, 2009); Pragmatismo, teoria crítica e educação (Autores Associado, 2010); Educação natural em Rousseau (Cortez, 2011); Kant & a Educação (Autêntica, 2011). Ireno Antônio Berticelli: licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP) e em Pedagogia pela Universidade de Passo Fundo (UPF). É mestre em Educação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) e doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS). Exerceu a docência no Programa de Mestrado em Ciências Ambientais durante seis anos na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (SC), onde atua na graduação desde 1990. É autor dos livros: A origem normativa da prá194 tica educacional na linguagem (Unijuí, 2004); Epistemologia e educação: da complexidade, auto-organização e caos (Argos, 2006); Educação em perspectivas epistêmicas pós-modernas (Argos, 2010) e de uma série de artigos em revistas de educação. Seu campo predileto de investigação é a epistemologia da educação. Josep M. Blanch: Doctor en Psicología, Diplomado en Ciencias Sociales y Catedrático de Psicología Social Aplicada en la Universidad Autónoma de Barcelona; donde fue Decano y Director de Departamento y actualmente dirige el Máster en Rehabilitación Psicosocial en Salud Mental. Es director del Grupo de Investigación PETRO (Personas que Trabajan en Organizaciones) y coordinador de un equipo internacional de investigación organizado en torno a la red coLABORando y al proyecto Trabajar bajo la Nueva Gestión Pública. Estudia la dimensión psicosocial de la metamorfosis del trabajo y la relación entre los cambios en las condiciones de trabajo y la construcción de la subjetividad. Ha publicado media docena de libros como autor y otros tantos como editor, una treintena de artículos en revistas especializadas, más de sesenta capítulos de libro y otra treintena de informes técnicos de investigación para instituciones públicas de ámbito español, europeo y alguna latinoamericana. Ricardo Rezer: licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria (1992), mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003) e doutor em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010), com Estágio Sandwich na Universidade do Porto (Portugal). Trabalha na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), onde é professor do Curso de Educação Física e dos Programas de 195 Pós-Graduação em Ciências da Saúde e em Educação, do qual é coordenador adjunto. É autor, juntamente com Michel A. Saad, do livro Futsal e futebol: possibilidades e limites para a prática pedagógica... (Argos, 2005) e também organizador do livro O fenômeno esportivo: ensaios críticos reflexivos... (Argos, 2006). Além disso, é autor de diversos artigos publicados em periódicos brasileiros. Desde 1992 atua no campo da Educação Física, transitando entre os campos da Educação e da Saúde, principalmente com os seguintes temas: Epistemologia e Prática Pedagógica; Trabalho docente na Educação Superior; Formação Profissional; Hermenêutica e Pedagogia do Esporte. Rodolfo Rozengardt: Profesor en Educación Física por el Instituto Superior de Educación Física Dr. Romero Brest (1980); Licenciado en Educación Física por la Universidad Nacional de La Pampa (2000); Especialista en Metodología de la investigación científica por la Universidad Nacional de Lanús (2003); Actualmente es profesor y Rector en el Instituto Superior de Educación Física de La Pampa, miembro de la Red Internacional de Investigación pedagógica en Educación Física escolar (Argentina – Brasil). Autor de trabajos de investigación y publicaciones en revistas nacionales y extranjeras: Anuario de la Universidad de La Pampa; Revista del Colegio Brasilero de Ciencias del Deporte; Revista Pensar la práctica, (Universidad de Goias); Lecturas en Educación Física y deportes (efdeportes. com). Participante en el libro “Diccionario crítico de Educación Física (Fernando González y Paulo Fensterseifer (Org., Ed. Unijui, Brasil, 2005). Autor-coordinador del libro “Apuntes de historia para profesores de Educación Física”, Miño y Dávila, 2006. Ex director de la revista Gaceta Gymnos en Educación Física y deportes y Papeles de Investigación en Educación Física y deportes; Director de la revista 196 La Pampa en Movimiento; coordinador y autor del libro “Historia de la Educación Física y sus instituciones”, Miño y Dávila, 2011. Tania Mara Zancanaro Pieczkowski: professora da área de Ciências Humanas e Jurídicas na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) desde 1999. Licenciada em Pedagogia (Fundeste); especialista em Educação Especial pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc – Campus Chapecó); especialista em Docência na Educação Superior pela Unochapecó; mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF); doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Coordenadora do Curso de Pedagogia no período de 2003 a 2006; coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico da Unochapecó (NAP), no período de 2005 a 2008. Atualmente, é diretora de ensino na Unochapecó. Participa como pesquisadora do grupo de pesquisa Abordagens do Processo Educativo. Atua na graduação e pós-graduação lato sensu nas disciplinas de Fundamentos da Educação Especial, Psicologia da Educação, Psicologia do Desenvolvimento Infantil, Estimulação Essencial, Estágios, Educação e inclusão de pessoas com necessidades especiais, Trabalho pedagógico com pessoas com necessidades educacionais especiais, Estimulação essencial, Teoria e Metodologia do Ensino Superior, entre outras. 197 Argos Editora da Unochapecó www.unochapeco.edu.br/argos Título Organizador Colaboradores Coleção Coordenador Assistente editorial Assistente de vendas Secretaria Divulgação, distribuição e vendas Ética e ciência na educação superior Ricardo Rezer António Camilo Cunha Cláudio Almir Dalbosco Ireno Antônio Berticelli Josep M. Blanch Rodolfo Rozengardt Tania Mara Zancanaro Pieczkowski Debates, n. 5 Dirceu Luiz Hermes Alexsandro Stumpf Neli Ferrari Leonardo Favero Neli Ferrari Felipe Alison Zuanazzi Projeto gráfico e capa Alexsandro Stumpf Diagramação Caroline Kirschner Alexsandro Stumpf Preparação dos originais Revisão dos textos em português Revisão dos textos em espanhol (externa à editora) Formato Tipologia Papel Felipe Flores Kupske Carlos Pace Dori Felipe Flores Kupske Rodrigo Junior Ludwig Marina Leivas Waquil (mestre e doutoranda em Teorias Linguísticas do Léxico, pela UFRGS) 16 X 23 cm Adobe Caslon Pro entre 10 e 14 pontos Capa: Supremo 280 g/m2 Miolo: Pólen Soft 80 g/m2 Número de páginas 197 Tiragem 800 Publicação Impressão e acabamento 2013 Gráfica e Editora Pallotti – Santa Maria (RS) Este livro está à venda: www.travessa.com.br www.livrariacultura.com.br Esta obra coletiva é resultado do III Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unochapecó, ocorrido em setembro de 2011 na Unochapecó. Os autores da proposta são oriundos de quatro países, onde atuam em diferentes Instituições de Ensino Superior: Unochapecó e UPF (Brasil), Uminho (Portugal), UAB (Espanha) e ISEF (Argentina). Esta proposta foi construída na perspectiva de lançar diferentes olhares acerca das relações entre ética e ciência na Educação Superior. A obra também se propõe a reconhecer e enfrentar os porquês pelos quais a própria Universidade se justifica em um mundo globalizado, pautado por uma agenda neoliberal; esforço necessário em tempos de apressamento, atarefamento e (aparente) barateamento da capacidade intelectual docente no âmbito da Educação Superior. ISBN 978-85-7897-100-7