Arte Cristã Primitiva Arte que se desenvolveu na Europa no final da Antiguidade. Uma arte que surgiu num período em que os cristãos eram perseguidos, e muitos condenados a morte. A mais violenta dessas perseguições ocorreu entre 303 e 305, sob o governo de Diocleciano. Após a morte de Jesus Cristo, seus discípulos passaram a divulgar seus ensinamentos. Primeiro na Judéia, e depois a comunidade cristã começou a se dispersar por várias regiões do Império Romano. A arte das Catacumbas Devido as perseguições, os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mortos em galerias subterrâneas, denominadas catacumbas. Dentro dessas galerias, o espaço destinado a receber o corpo das pessoas era pequeno. Os mártires, porém, eram sepultados em locais maiores, que passaram a receber em seu teto e em suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura cristã. A arte das Catacumbas • Não era uma arte executada por grandes artistas, mas por homens do povo, convertidos à nova religião. Inicialmente essas pinturas limitavam-se a representações dos símbolos cristãos: a cruz - símbolo do sacrifício de Cristo; a palma símbolo do martírio; a âncora símbolo da salvação; e o peixe símbolo preferido dos artistas cristãos, pois as letras da palavra "peixe", em grego (ichtys), coincidiam com a letra inicial de cada uma das palavras da expressão Iesous Christos, Theou Yios, Soter, que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador". A arte das Catacumbas As pinturas cristãs te, mais tarde, começaram a aparecer cenas do Antigo e do Novo Testamento. Mas o tema predileto dos artistas cristãos era a figura de Jesus Cristo, o Redentor, representante como o Bom Pastor. A arte do cristianismo oficial Em 313, o Imperador Constantino permitiu que o cristianismo fosse livremente professado e converteu-se à religião cristã. Em 391 o Imperador Teodósio oficializou-o como a religião do império. Começaram a surgir então os primeiros templos cristãos. Externamente, esses templos mantiveram as características da construção romana destinada à administração da justiça e chegaram mesmo a conservar o seu nome basílica. Já internamente, como era muito grande o número de pessoas convertidas à nova religião, os construtores procuraram criar amplos espaços e ornamentar as paredes com pinturas e mosaicos que ensinavam os mistérios da fé aos novos cristãos e contribuíram para o aprimoramento de sua espiritualidade. Além disso, o espaço interno foi organizado de acordo com as exigências do culto.