As Mudanças na Fam ília sob a Óptica Espírita 14º Encontro Sobre “O Livro dos Espíritos” Palestra Virtual Promovida pelo Canal #Espiritismo http://www.irc - espiritismo.org.br e pelo Cent ro Espírit a Léon Denis http://www.c eld.org.br Palest rant e: Leonor Capelut o & M arina Ohana Rio de Janeiro 24/02/1998 Organizadores da palestra: Moderador:“jaja” (nic k: | Moderador| ) “Médium digitador”: “Brab” (nic k: Marina_e_Leonor) Oração Inicial: <conso> A mado J esus, assist a- nos nest e dia. Que os bons espírit os nos ajude a nos e o palest rant e no t ema do dia em teu nome e em nome de Maria e, sobretudo, em nome de Deus. Agradec emos pela oportunidade de aqui est armos. Que assim seja! Apresentação do palestrante: <Marina_e_Leonor > Nos apresentando: Leonor Capeluto, trabalho no Esc ola Espírita Cristã Maria de Nazaré, no Grupo Rita de Cássia de Estudos Espíritas, no Leblon, Rio de Janeiro. Há 11 anos, há 8 anos partic ipando do trabalho de Enc ontro Sobre “O Livro dos Espíritos”, no Carnaval e este ano estamos aqui para refletir sobre as mudanç as na família. Marina Ohana, também da Esc ola Espírita Cristã Maria de Nazaré, Grupo Rita de Cássia, trabalho c om algumas tarefas na Roc inha e outras no próprio Rita e estamos aqui para c omentarmos sobre as mudanç as nos valores da família. (t) Considerações iniciais do palestrante: <Marina_e_Leonor > Nós, nessa reflexão, não temos qualquer presunç ão de determinar c omportamentos no seio da família, apenas c hamar às meditaç ões urgentes. Cada elemento da família terrestre, que sempre, c om seu livre arbít rio, poderão e dev erão dec idir quais os c aminhos mais adequados às suas sit uaç ões e dif ic uldades. O c onhec imento da Doutrina é parte importante para essa reflexão. (t) Perguntas/Respostas: <Moderador> [1] <CELD-Luno> Gostaria que falasse um pouco sobre os grandes conflitos existentes entre pais e filhos, m uitas das vezes, sem m otivos para existirem . <M arina_e_Leonor> Esses c onf lit os que, aparent ement e não t êm mot iv os at uais, est ão ligados a relaç ões não resolvidas anteriormente, isto é, de vidas passadas. A infânc ia é o momento propíc io justamente para fac ilitar esses ajustes para os quais vieram juntos nessa programaç ão familiar. Caso a infânc ia não seja trabalhada pelos pais, o c onflito na adolesc ênc ia será agravado, embora, mesmo c om muito tratamento durante a infânc ia, podem aparec er c onflitos nessa fase, já que é na adolesc ênc ia que o Espírito retoma todo o seu ac ervo e sua individualidade. O importante é que os pais tenham a c onsc iênc ia tranqüila dos trabalhos realizados. Com relaç ão ao nosso tema, lembramos que nos diz a Doutrina Espírita ser missão dos pais auxiliar os filhos no seu projeto de vida que é o Progresso. Como referênc ia c omplementar, ler “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo XIV, item 9: "A ingratidão dos filhos e os laç os de família" (Instruç ão de Santo Agostinho).(t) <Moderador> [2] <conso> No caso de inim igos, irm ãos na m esm a fam ília, qual seria o m elhor procedim ento? <Marina_e_Leonor> Primeiro, a c ompreensão da situaç ão da família que tem c omo objetivo princ ipal estabelec er laç os de afetividade e solidariedade fraterna. A rec omendaç ão é prec e diária. Além disso, imediatamente após seu adormec imento, a c onversa sinc era e aberta no sentido de provoc ar a aproximaç ão entre eles. (t) <Moderador> [3] <conso> Um ente querido pode ajudar sua fam ilia depois de desencarnado se tiver condição boa? <Marina_e_Leonor> Pode. A desenc arnaç ão não destrói os laç os familiares. (t) <Moderador> [4] <CELD> O casam ento forçado tem as m esm as possibilidades de alcançar resultados satisfatórios que um casam ento não forçado? <Marina_e_Leonor> Depende dos c ônjuges. Sua formaç ão moral e religiosa, que determina a vontade de que o empreendimento dê c erto. (t) <Moderador> [5] <Wania> Com o relacionarm os progresso com o m om ento atual da sociedade, onde as fam ílias se desfazem e se organizam , m uitas vezes, com os cônjuges pertencendo ao m esm o grupo? <Marina_e_Leonor> As maneiras das pessoas se relac ionarem hoje em dia mostram que mudanç as estão ac ont ec endo. S ó relac ionaremos que houv e progresso nos indiv íduos env olv idos se c onseguirmos observ ar benefíc ios na situaç ão moral dos c omponentes desse grupo. (t) <Moderador> [6] <conso> Podem os tom ar passe para ajudar os nossos irm ãos fam iliares quando houver um a obsessão? <Marina_e_Leonor> O passe é individual. Podemos tomar passe para nos fortalec er para lidarmos c om a situaç ão, pela energia, pela aquisiç ão de c ondiç ões íntimas. É importante entender que NÃO EXIST E passe refletido. (t) <Moderador> [7] <CELD> Para se form ar um lar tranqüilo e feliz, basta que os cônjuges se tenham unido por necessidade de am or e com panheirism o, pelo anseio de dar-se inteiram ente a alguém ou pelo desejo de possuir um lar e filhos? <Marina_e_Leonor> Isso é muito importante, mas não é c ondiç ão sufic iente, já que é no dia- a- dia da c onvivênc ia que esses desejos serão t est ados. ( t ) <Moderador> [8] <CELD> O hom em só alcançará a felicidade através do casam ento? <Marina_e_Leonor> Absolutamente não. Exemplos inúmeros estão nos mostrando evoluç ão extraordinária sem c asamento. Citamos os nossos queridos Divaldo Franc o, Chic o Xavier. Lembrando que a verdadeira felic idade do ser humano será c onseguida através do amor a Deus e ao próximo c onforme a Lei Magna deixada por Jesus. O c asamento é uma das formas de se treinar esse amor. (t) <Moderador> [9] <CELD> É correto afirm ar que se o lar falhar nos seus deveres para com a criança, m uito provavelm ente a criança tam bém falhará nos seus deveres para consigo m esm a, para com a fam ília e a sociedade, e para com Deus? <Marina_e_Leonor> Não é c orreto afirmar, no entanto lembramos que é na família que está a grande oportunidade de reformulaç ão de c onsc iênc ias. (t) <Moderador> [10] <Wania> Leonor, você poderia nos falar um pouco sobre a poligam ia, na visão da Doutrina Espírita? <Marina_e_Leonor> "A Poligamia é uma lei humana c uja aboliç ão marc a um progresso soc ial. O c asamento, segundo os objet iv os de Deus, dev e ser f undado sobre a af eiç ão dos seres que se unem. Com a poligamia, não há af eiç ão real, mas sensualidade" (Questão 701 de “O Livro dos Espíritos”) (t) <Moderador> [11] <CELD-André> O que pensar nos tipos de fam ílias dos tem pos m odernos: hom ossexuais com filhos adotivos ou de experiências heterossexuais anteriores? Onde está o progresso? <Marina_e_Leonor> Aonde há exerc íc io da afetividade e da solidariedade fraterna, há progresso. Podemos ler em “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRIT ISMO”, Cap. XI, item 9: "Disse Jesus: 'Amai o vosso próximo c omo a vós mesmos'. Ora, qual o limite c om relaç ão ao próximo? Será a família? A seita? A naç ão? Não, é a humanidade inteira". É de foro íntimo de c ada um entender se o exerc íc io que está fazendo dentro da relaç ão é de solidariedade, desenvolvimento de laç os f rat ernos, ou se est á baseado nas sensaç ões e na busc a da sensualidade. ( t ) <Moderador> [12] <conso> E no caso de um hom ossexual na fam ília? Com o devem os proceder? <Marina_e_Leonor> Ac eitaç ão c om amor. Se tivermos oportunidade, proc uremos esc larec er a nossa posiç ão de espírit os imort ais e as dif ic uldades que c arregamos em nossa enc arnaç ão c omo result ado de opç ões equiv oc adas feitas no passado e que se apresentam no momento c om oportunidade de retific aç ão. "A educ aç ão, se bem ent endida, é a c hav e do progresso moral. Quando se c onhec er a art e de manejar os c arac t eres c omo se c onhec e a de manejar as inteligênc ias, poder- se- a endireitá- los, c omo se endireita as plantas jovens" (LE, Comentário de Kardec sobre Q. 917) (t) <Moderador> [13] <CELD-André> Então o casam ento entre hom ossexuais, estaria na Lei de Deus? Esclareça-m e. <Marina_e_Leonor> No planeta em que vivemos, ainda há a nec essidade da c onjugaç ão sexual para a formaç ão de nov os c orpos. S egundo os c onhec iment os que adquirimos na Dout rina Espírit a o c asament o ent re homossexuais não é um proc edimento natural (da Natureza). (t) <Moderador> [14] <conso> Quando um casam ento não tem interesses de com unhão, m as sim m ateriais? <M arina_e_Leonor> A rc aremos c om as responsabilidades das nossas esc olhas, porque f oge à f inalidade perspíc ua do c asamento. (t) <Moderador> [15] <CELD-KK> A fam ília para determ inadas religiões e sociedades é algo indissolúvel, tem pos atrás a m anutenção destas fam ílias era som ente para m anter aparências de respeito e felicidade. Hoje, observa-se fam ílias se desfazendo com certa facilidade. O que está correto? A fam ília de "porta retrato" ou esta que se dissolve na prim eira "chuva forte"? <Marina_e_Leonor> Nem uma nem outra. O equilíbrio é fruto do entendimento real da finalidade do c asamento. (t) <Moderador> [16] <Wania> Há pessoas que dizem que os laços de fam ília são apenas resultado de costum es sociais. Com o entender a questão das fam ílias terrenas e espirituais? <Marina_e_Leonor> A c onstituiç ão de laç os de família é ume nec essidade do Espírito. A família terrena é um instrumento para a c onstruç ão da família espiritual. (t) <Moderador> [17] <Maratonista> O que nos diz da constituição da fam ília quando se fala de "adoção"? Poderia se considerar que se está desviando a criança adotada de seu "Carm a" ao adotá-la? <Marina_e_Leonor> Nós assumimos a responsabilidade da problemátic a do ser adotado. Diz- nos Joana de Angelis que os filhos rec usados em outras etapas alc anç ar- nos- ão o lar ou a intimidade por proc essos transversos. (t) <Moderador> [18] <conso> E quando as fam ílias, os casais, principalm ente agora, não querem ter filhos? <Marina_e_Leonor> O c asal que hoje opta por uma união sem filhos não atende a todas as finalidades do c asamento segundo a Doutrina Espírita. "A reproduç ão é uma Lei da Natureza sem ela o mundo c orporal perec eria" (LE, 686). Segundo um planejamento feito anteriormente (no Plano Espiritual), um c asal pode c hegar a nunc a ter filhos, atendendo a tarefas humanitárias. (t) <Moderador> [19] <CELD-Margarida> Com o o Espiritism o encara a dissolução do casam ento? <Marina_e_Leonor> Joana de Ângelis nos diz: "Não ac orrentes a ti aquele que c ontigo não quer mais c aminhar". Jesus, em determinado momento, disse: "Moisés permitiu que desses c arta de divórc io pela dureza dos vossos c oraç ões." No Livro dos Espíritos, questão 697: "A indissolubilidade do c asamento é uma lei humana muito c ontrária à da Natureza, mas os homens podem modific ar suas leis, só as da Natureza são imutáveis". Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. XXII, item 5: "O divórc io é uma lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de f at o, est á separado. Não é c ont rário à lei de Deus, pois que apenas ref orma o que os homens hão f eit o e só é aplic ável nos c asos em que não se levou em c onta a Lei Divina." (t) <Moderador> [20] <Maratonista/Wania> - duas perguntas interligadas> Fale-nos, por favor, dos problem as que as fam ílias enfrentam atualm ente com a "enxurrada" de adolescentes grávidas que vem os atualm ente! Qual a posição da Doutrina Espírita em relação ao planejam ento fam iliar, controle da natalidade? <Marina_e_Leonor> Emmanuel é a favor do planejamento familiar. A dific uldade em instalá- lo está no desnível ou na falta de c ondiç ão moral do c asal. Quanto às adolesc entes grávidas, tão c omum nos dias de hoje, é resultado da liberalidade e da falta de limites que, muitas vezes, não foram dados em c asa e também c omo efeito da influênc ia da mídia, falta de diálogo, etc . Como enfrentar? Ac olhendo- as, amparando- as e dando a elas a noç ão da responsabilidade dos seus próprios at os, sem, no ent ant o, assumir suas t aref as. ( t ) <Moderador> [21] <Spyryt> com o analisarm os os anticonceptivos e a fam ília? <Marina_e_Leonor> Segundo Chic o Xavier, os antic onc eptivos representam a miseric órdia divina, impedindo que se c ometam c rimes maiores, c omo o aborto. (t) <Moderador> [22] <Maratonista> Diante de vossa resposta à questão 18: " um casal pode chegar a nunca ter filhos, atendendo a tarefas hum anitárias.", poderíam os dizer que um casal que não pode ter filhos agiria de acordo com a Caridade se os adotasse? Seria esse um cam inho de atendim ento a essas "tarefas hum anitárias"? <Marina_e_Leonor> Certamente sim. Se eles desejam filhos e não os têm é porque c ertamente estão num proc esso de reabilitaç ão, que eles podem apressar c om a adoç ão de c rianç as desvalidas. (t) Considerações finais do palestrante: <Marina_e_Leonor > Vivemos uma époc a de grandes transformaç ões. Segundo Léon Denis "c ada séc ulo tem uma partic ular missão na história". E o séc ulo XX parec e ter um papel mais destac ado: deverá assentar as bases do mundo de regeneraç ão. Para isso, ent ret ant o, é prec iso que os v alores do passado sejam reexaminados e se destrua o que não poderá para c ontribuir c om a nova ordem a ser estabelec ida. Muitos ac reditam que a família esteja sofrendo, hoje, um proc esso de extinç ão. O estudo da família pertenc e ao âmbito da soc iologia, e estudiosos dessa c iênc ia c onsideram a f ase at ual c omo um proc esso de t ransf ormaç ão por que passa esse agrupament o humano, para adequar- se a um novo c ontexto. Enquanto no passado, a família era vista c omo agrupamento de pessoas ligadas pelos laç os da c onsangüinidade, o c onc eit o hoje se ampliou, c onsiderando os soc iólogos que se podem ac eitar c omo família um c asal e seus filhos, um c asal sem filhos ou mesmo pessoas que se unem por afinidade. O c onc eito atual aproxima- se bastante da idéia espírita, já que em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” aprendemos que os v erdadeiros laç os não são os da c onsangüinidade, mas os laç os da af inidade espirit ual. Dev emos tranqüilizar, pois, os c oraç ões, porque a família não está em extinç ão, o proc esso é de transformaç ão. (Retirado do livro "Os c aminhos do Amor" de Dalva Silva Souza, 2a. ediç ão, FEB) (t) Oração Final: <CIEP_PAN> Senhor Jesus, mestre querido, agradec emos em nome de Deus mais essa oportunidade de aprendizado, de debat es f rat ernos para o c resc iment o de t odos. A benç oa, senhor, os espírit os responsáv eis por esse t rabalho, os espírit os da Casa de Léon Denis e da Casa de Rit a de Cássia, assim c omo os amigos ligados ao Canal #Espiritismo, que eles se sintam fortalec idos no empreendimento que fazem pelo esc larec imento em T eu nome, Senhor. Permanec e c onosc o, Mestre. Que assim seja!