Centro de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa
“Ide… anunciai a Boa-Nova.” (Mateus 28,19)
Prefácio
Após mais de 15 anos de utilização da Coleção Sementes – manual de catequese elaborado na
Diocese de Ponta Grossa (PR) – utilizada por catequistas de muitas regiões do Brasil, é para mim
motivo de alegria e grande esperança apresentar a nova coleção, totalmente reformulada no espírito
do Documento de Aparecida e do processo de Iniciação à Vida Cristã.
Compreendemos hoje melhor que a catequese não é uma transmissão de conteúdos de doutrina (“instrução”), nem apenas preparação para receber este ou aquele sacramento (“etapa de formatura”), mas é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário de vida, que leva
alguém ao encontro de comunhão e intimidade com Jesus Cristo e a aderir à proposta do Reino,
que é vivida na Igreja.
Duas consequências brotam dessa visão: o catequista precisa ser alguém orante, que experimenta e
vive o seu encontro pessoal com o Senhor, e assim é capaz de introduzir os catequizandos no Mistério
(mistagogia); esse processo de discipulado se realiza na comunidade eclesial, e toda a comunidade paroquial é catequizadora, com a participação da família e do sacerdote. A dinâmica toda da Catequese vai
inserir o catequizando na vida da comunidade...
Daí uma grande novidade da nova coleção: a inserção de celebrações litúrgico-catequéticas ou ritos
de Iniciação, que vão assinalando as várias etapas e introduzindo o catequizando no Mistério do Ressuscitado, levando-o a assimilar a linguagem dos símbolos, gestos, à vida de oração e contemplação, bem
como a participar de maneira ativa e frutuosa na Liturgia e na transformação da sociedade.
O primeiro volume começa com uma preciosa apresentação, que expõe de maneira clara a mística
da Iniciação à Vida Cristã, sempre iluminada pela atitude de Jesus com os discípulos de Emaús. Respeita
a psicologia das idades e os diversos momentos do ano litúrgico. Será muito útil para a preparação dos
catequistas, no início das atividades.
Parabenizando a Equipe de Animação Bíblico-Catequética da diocese e a Editora Ave-Maria por
colocar à disposição dos catequistas e das comunidades do Brasil este precioso instrumento, invoco sobre todos as bênçãos de Deus uno e trino.
Na Festa de Maria, Mãe da Divina Graça, padroeira da Diocese.
Ponta Grossa, 15 de setembro de 2011.
Dom Sergio Arthur Braschi
Apresentação
Esta edição reformulada do Manual de iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua
Comunidade faz parte da Coleção Sementes e é expressão do amadurecimento da edição publicada em
1995 na Diocese de Ponta Grossa (PR).
Reformulada com a colaboração de catequistas, religiosos, pedagogos, psicólogos e sacerdotes, esta
edição alinha o processo catequético com as orientações do Documento de Aparecida, do Diretório
Nacional de Catequese, do Estudo 97 sobre iniciação à vida cristã e das diretrizes gerais da Ação Evangelizadora da Igreja (2011-2015). Deseja oferecer à Igreja um instrumento vivo e dinâmico de transmissão
da fé, para auxiliar o “processo de iniciação à vida cristã”, que conduz a pessoa para um mergulho no
Mistério de Cristo, formando nela um coração de discípulo missionário.
É preciso tratar com zelo uma importante parcela do povo de Deus confiada à Igreja composta de
crianças e adolescentes. Para eles, a catequese de iniciação à vida cristã é fundamental para o crescimento
na fé, porque proporciona um encontro pessoal com Cristo pela escuta da Palavra, da Celebração dos
mistérios da fé e da vida comunitária.
O método de “iniciação” requer cuidado no planejamento para o êxito da ação catequética no
âmbito paroquial. Necessita também de catequistas mistagogos, isto é, que tenham segurança para
conduzir ao Mistério pela vivência da fé, da espiritualidade e do testemunho de vida de comunhão
na comunidade. Por sua vez, a comunidade também é chamada a realizar essa tarefa, que é “do
conjunto da Igreja”.
A formação e a criatividade de nossos catequistas são sempre uma qualidade a ser valorizada e estimulada. Embora o trabalho dedicado de muitos catequistas seja objeto de nosso respeito e admiração,
a iniciação de nossas crianças e adolescentes tem sido fragmentada e, às vezes, insuficiente diante dos
desafios e das urgências desta “mudança de época”.
Esta edição reformulada do manual da Coleção Sementes proporciona a diminuição da distância
entre a catequese e a liturgia, que são duas faces do mesmo Mistério, em vista da adesão a Jesus e do
discipulado.
A catequese de iniciação à vida cristã favorece a integração entre Anúncio, Celebração e Vivência
Comunitária. Sendo um método mais participativo, fomenta a conexão entre catequista, catequizandos,
família e comunidade.
A Coleção Sementes contém cinco volumes para realizar um processo global de catequese,
instruindo com os quatro pilares da doutrina (crer, celebrar, viver e rezar), favorecem a experiência
das primeiras e fundamentais noções da fé. Os três primeiros volumes preparam para a intimidade
com Cristo, a inserção e a pertença à Sua comunidade, que se expressará por meio da participação
eucarística. Os outros dois volumes confirmam a opção e a adesão a Jesus e à Sua comunidade,
consolidando no catequizando um coração de discípulo missionário para atuar, na força do Espírito
Santo, como “sal da terra e luz no mundo”. (Mateus 5,13-14)
Este manual inicia-se com uma carta de acolhida aos pais e catequizandos, um texto de
capacitação inicial para os catequistas, uma celebração de unção e de envio do catequista e um
encontro de acolhida dos catequizandos. Em seguida, sugere um encontro de reflexão sobre a
Campanha da Fraternidade.
Neste volume, a 1a unidade traz cinco temas que possibilitam a reflexão do catequizando sobre si
mesmo, sobre a própria história e sobre sua relação com a obra da criação, encerrando com a “Celebração litúrgica do Querigma”. A 2a unidade, com cinco temas, favorece a experiência da abertura para
as relações com os outros, valorizando o dom da amizade e do perdão; conclui-se com a “Celebração
litúrgica da entrega do Pai-Nosso”. Também com cinco temas, a 3a unidade aponta para a relação que
somos chamados a ter com Deus, a qual se consolida em Jesus Cristo, ao apresentar a novidade do projeto do Reino. Conduz para a experiência de oração, tendo como base o Pai-Nosso. Na 4a unidade, há
sete temas que convidam para relações fraternas na comunidade de fé, que é assistida pela Virgem Maria.
Nessa unidade, acontece a “Celebração litúrgica da Redição do Pai-Nosso”.
Cada encontro apresenta orientações e formação para o catequista e é organizado segundo os quatro
passos da metodologia do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado: Acolhida, Fundamentação bíblica, Espiritualização e Atividades de fixação para integrar a família e fomentar o compromisso
cristão.
Este manual apresenta um processo pedagógico dinâmico, cristocêntrico, litúrgico-comunitário,
orante e bíblico, que integra a família, o catequista, o catequizando e a comunidade, ajudando o catequizando a desenvolver o costume de ouvir a Palavra de Deus dentro e fora da família.
“Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os tudo o que vos ordenei” (Mateus 28,19-20). Desejosos
de que esse mandato de Jesus à Igreja aconteça de modo sempre renovado e caracterizado pela alegria,
pedimos os auxílios da Mãe da Divina Graça.
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa, PR
Carta de acolhida aos pais
e catequizandos
Queridos pais e catequizandos,
A Igreja recebe seu filho com carinho e se alegra em poder compartilhar com vocês deste momento
de especial responsabilidade para uma família cristã, que é o processo de iniciar ou conduzir uma pessoa
para a inserção na “vida” da comunidade cristã.
Contando com a participação e o compromisso da família, a Igreja deseja auxiliar nessa tarefa,
dando continuidade na missão de iniciação cristã, que significa conduzir para o encontro com o Ressuscitado, formando no cristão um coração de discípulo missionário.
Toda pessoa carrega no coração o “desejo de ser feliz”. O processo de iniciação é a resposta para esse
desejo e também a missão da Igreja de conduzir o homem para a “alegria do encontro vivo com Cristo”,
inserindo no lugar onde Ele escolheu permanecer vivo: a comunidade cristã.
A catequese inicia no ventre materno, que acolheu, com a experiência de amor, com sentimentos de
afeto e gratidão, o dom da vida em seus primeiros momentos e se estende pela convivência familiar, que
deve ser naturalmente compreendida como um núcleo de relações de amor que formam valores.
É no ambiente de um lar com pais cristãos, permeado de gestos e valores do Evangelho, que são
realizados nos filhos os primeiros e fundamentais traços que imprimirão neles uma fisionomia cristã. A
Igreja, por sua vez, aprofundará e dará continuidade a essa tarefa que se inicia na família: “Os pais são
os catequistas insubstituíveis dos seus filhos”.
“Nos primeiros anos de vida da criança, lançam-se a base e o fundamento do seu futuro. Por isso
mesmo, devem os pais compreender a importância de sua missão a esse respeito. Em virtude do batismo e do matrimônio, são eles os primeiros catequistas de seus filhos: de fato educar é continuar
o ato de geração. Nessa idade, Deus passa de modo particular ‘mediante a intervenção da família’.
As crianças têm necessidade de aprender e de ver os pais que se amam, que respeitam a Deus, que
sabem apresentar o ‘conteúdo cristão’ no testemunho e na esperança ‘de uma vida de todos os dias
vivida segundo o evangelho’. O testemunho é fundamental. A Palavra de Deus é eficaz em si mesma,
mas adquire sentido concreto quando se torna realidade na pessoa que anuncia. Isso vale de modo
particular para as crianças que ainda não têm condições de distinguir entre a verdade anunciada e a
vida daquele que a anuncia. Para a criança, não há distinção entre a mãe e o pai que rezam e a oração:
mais ainda, a oração tem especial valor porque é reza da mãe e do pai.”
(João Paulo II – discurso em Porto Alegre, RS, 1980)
“Escutai: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho,
e vieram as aves e a comeram.
Outra parte caiu no solo pedregoso e, não havendo terra bastante, nasceu logo, porque não havia terra
profunda, mas, ao surgir do sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou.
Outra parte caiu entre os espinhos; os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto.
Outras caíram em terra boa e produziram fruto, crescendo e se desenvolvendo, e uma produziu trinta,
outra sessenta e outra cem por cento.”
(Marcos 4,3-8)
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Essa exposição pretende estimular a família, os sacerdotes, catequistas, catequizandos e toda a comunidade a tomar consciência da necessidade de olhar sempre para o campo semeado, e a fazê-lo a
partir de uma perspectiva de fé e de misericórdia. (Diretório Geral para Catequese no 14)
Catequizando, a parábola “Saiu o semeador a semear” (Marcos 4,3) é fonte inspiradora para a
evangelização. A semente é a Palavra de Deus, que será lançada no seu coração em cada encontro de
catequese. O semeador é Jesus Cristo. Ele anunciou o Evangelho na Palestina há 2 mil anos e enviou os
seus discípulos a semeá-lo pelo mundo, e assim fazem hoje os catequistas e a “ação do conjunto da Igreja
em suas pastorais e movimentos”. (Diretório Geral para Catequese no 15)
Jesus Cristo hoje, presente na Igreja por meio do Espírito, continua a semear amplamente a
Palavra do Pai no campo do mundo. Ele deseja lançar “sementes de vida” em seu coração por meio
do seu catequista.
Lemos na parábola que a qualidade do terreno é sempre muito variada. A semente do Evangelho
cai “à beira do caminho” (Marcos 4,4), quando não é realmente escutada; cai “em solo pedregoso”
(Marcos 4,5), sem que possa penetrar profundamente na terra; cai “entre os espinhos” (Marcos 4,7) e
é imediatamente sufocada no coração daqueles que se fazem distraídos porque têm outras preocupações. Mas a parábola conta que há sementes que caem “em terra boa” (Marcos 4,8), isto é, no coração
aberto e disposto à relação pessoal com Deus, que deseja ser solidário com o próximo, e a semente
produz frutos abundantes!
Com qual dessas situações você deseja que seu coração se assemelhe neste ano catequético?
Caríssimos pais e catequizandos, meditando sobre isso, iniciemos com coragem, dinamismo e decisão a participação nesse processo.
Seja bem-vindo, catequizando! Junto com seus pais e nossa comunidade, faremos um bonito caminho de “iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua Comunidade”!
“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o
melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.”
(Documento de Aparecida no 29)
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa (PR)
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Capacitação inicial para os catequistas
Querido(a) catequista: “Semeai, o resto fará o Senhor!”
Retomando essas palavras, que o saudoso Papa “Beato João Paulo II” dirigiu aos catequistas em
determinada ocasião, deixemo-nos animar por esse apelo tão significativo que projeta sobre a ação de
catequizar a ação do próprio Deus, o qual generosamente nos inspira a espalhar a semente da Palavra
capaz de fazer, misteriosamente, a vida germinar.
A capacitação que segue deve ser organizada pela Coordenação Paroquial de Catequese destinada
ao grupo de catequistas e contém:
1. Definição de catequese
2. Conteúdo específico de cada tempo
3. Metodologia e pedagogia do manual
4. Desenvolvimento psicológico da criança entre 8 e 9 anos
5. Os quatro pilares para edificação da fé
6. Celebrações litúrgicas com ritos de iniciação cristã
1. Definição de catequese
A catequese é uma ação da Igreja, e também um ressoar da experiência de intimidade com o Senhor
que precisa estar impressa na vida daqueles que se sentem chamados a cumprir a tarefa da transmissão
da fé que Jesus nos deu quando disse: “Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os a observar tudo que
vos ordenei” (Mateus 28,19).
“A catequese é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário e não apenas
uma instrução” (Catequese Renovada 282).
“A catequese compreende um ensino da doutrina cristã, de maneira orgânica (viva) e sistemática
(processo), com o fim de iniciar na plenitude da vida cristã” (Catechesi Tradendae 18, Catequese hoje).
“Ela é em primeiro lugar, uma ação eclesial, pela qual a Igreja transmite a fé que ela mesma vive.
O catequista é um porta-voz da Comunidade e não de uma doutrina pessoal” (Catequese Renovada 45).
Para que fazer catequese?
“A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. A recepção do sacramento
é consequência de uma adesão à proposta do Reino, vivida na Igreja” (Diretório Nacional de Catequese
50). O serviço da catequese tem como finalidade “fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão e intimidade com Jesus Cristo”. Fazer catequese é um ato de amor, “é o conjunto
dos esforços realizados na Igreja para fazer discípulos” (CT1). O serviço da catequese não é uma simples
instrução a respeito de textos, normas ou regras, afinal a Palavra que transmitimos é Pessoa, é a “Palavra
de Deus” que se fez carne (João 1,14) e, portanto, trata-se de ensinar, com aquilo que está impresso em
nossa vida, um jeito de se relacionar com o Senhor.
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Partilhando com o grupo:
•Retomandoasafirmaçõescontidasnotextoacima,busquepalavrasqueajudemaaprofundar o sentido do que é catequese e a relação com o “ser catequista”.
•Oquevocêspodemcomentarsobreasexpressõesdotexto:“conjuntodeesforços”,“parafazer discípulos”, “processo dinâmico”, “intimidade com Jesus”, “ensino de modo orgânico e
sistemático”, “transmitir a fé que a Igreja vive sendo porta-voz da Comunidade”, “a Palavra
que transmitimos é Pessoa”, “ensinar, com aquilo que está impresso em nossa vida, um jeito
de se relacionar com o Senhor”.
•OqueháemcomumcomojeitodefazercatequesequeaIgrejaapresentaeomododefazer
catequese em sua Comunidade?
•NoquevocêachaquesuaComunidadeprecisacresceremrelaçãoàcatequese?
•Depoisdasreflexõesfeitas,emsuaopinião,quaisasatitudesquecompõemoperfildocatequista hoje?
Por que utilizar um manual para fazer catequese?
Fazer catequese com um manual é realizar “um itinerário educativo que vai além da simples transmissão
de conteúdos doutrinais desenvolvidos nos encontros catequéticos. Os manuais oferecem um processo participativo que dá acesso às Sagradas Escrituras, à liturgia, à doutrina da Igreja, à inserção na vida da comunidade
eclesial e às experiências de intimidade com Deus” (Diretório Nacional de Catequese 152).
O manual apresenta um conjunto de passos e operações necessárias para instruir alguém em determinada
etapa do processo. Ele tem como pano de fundo um caminho, porém, ele sozinho não é todo o caminho catequético; catequese é muito mais do que apenas aquele momento isolado do encontro. Os momentos de catequese
acontecem também na família, na vida em comunidade, nas celebrações e em tantas outras atividades.
O manual é um “ajudante”. A eficácia do processo é facilitada por um bom manual, mas também
exige preparo, formação, criatividade e planejamento do catequista, participação da Comunidade, da
família e do sacerdote.
Dinamizando o tema
Formar grupos de até 10 pessoas e entregar 1 kit em embalagem de plástico contendo:
•3canudinhos
•1folhacolorida
•5palitosdesorvete
•1bexiga
•1pedaçodebarbante
•1pedaçodepapelcartão
•1pedaçodefitacrepecoladanopróprioplástico
•1guardanapo
Em seguida, pedir a cada grupo que, utilizando o material do kit, monte em equipe “algo que seja útil para
percorrer um caminho”. Depois alguns grupos podem apresentar o que montaram explicando o significado.
Conclusão: perceber que a utilidade do manual é como a de um kit, no qual as coisas não estão
prontas ou acabadas, mas nele se encontram recursos para que, mediante planejamento, participação e criatividade seja possível expressar o que se deseja.
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2. Conteúdo específico de cada tempo
Conhecendo o itinerário que o processo da Coleção Sementes desenvolve no catequizando nos
cinco tempos:
1o Tempo
Conhecer-se e
Relacionar-se
1o Tempo
Eu comigo mesmo
e com o mundo
Eu e o outro
Eu e Deus
1o Tempo
Relações fraternas
vividas em
Comunidade
2o Tempo
Deus se revela:
Palavra/Criação
2o Tempo
Ele nos chama a
viver este Projeto
em Comunidade
2o Tempo
Jesus anuncia:
O Reino e as
Bem-Aventuranças
2o Tempo
Maria do Sim
Jesus, a nova
Aliança
2o Tempo
Faz Aliança
Dá a Lei do Amor
Fala pelos profetas
3o Tempo
Vivendo a Lei
do Amor em
Comunidade
3o Tempo
Crer no Deus
Uno e Trino em
Comunidade
3o Tempo
Experimentar os gestos
salvíficos de Jesus em
Comunidade
4o Tempo
Eu, adolescente:
razão e
liberdade
4o Tempo
O agir do discípulo:
vida de oração e
cultivo de fé
4o Tempo
Faço opções, posso
servir a comunidade
discipulado
4o Tempo
Firmar as
convicções de fé
na comunidade
4o Tempo
Dialogar em família
Respeitar as
diferenças
5o Tempo
Serviço
aos irmãos
5o Tempo
A força do Espírito
na história e na Igreja
é força para a missão
5o Tempo
Assumir a vocação e
missão para servir a comunidade e a Sociedade
DISCÍPULO
MISSIONÁRIO
Olhando o organograma, podemos compreender o ponto de partida e de chegada que cada um dos
manuais desenvolve, e ter uma visão de conjunto do itinerário desenvolvido ao longo de cada tempo.
As áreas do 1o Tempo representam o manual Sementes de Vida. Ao longo do ano cada encontro
realiza um processo, por meio de um conteúdo, que conduz a uma experiência com o Deus, que chama
para relações fraternas na comunidade.
As áreas do 2o Tempo representam o percurso realizado com o manual Sementes de Esperança, o
qual lançará as bases da Revelação do Deus da Aliança, que em Jesus nos chama para a experiência de
Salvação na Comunidade.
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As áreas do 3o Tempo ajudam a compreender que o manual Sementes de Comunhão, sintetizando
os mandamentos e o símbolo da fé (credo), consolida a inserção na comunidade pela participação no
mistério sacramental da presença eucarística do Ressuscitado.
Fica claro que ao longo dos três anos acontece um processo de inserção na Comunidade e a expressão dessa pertença comunitária é a vida eucarística.
Depois podemos ver nas áreas do 4o e do 5o Tempo as etapas desenvolvidas pelo manual Sementes
de Participação. Já inserido na experiência da comunidade, o catequizando retomará o conhecimento e a
compreensão de si nessa fase de pré-adolescência e adolescência, seguindo no processo de maturidade da fé.
Firmando suas convicções na comunidade, poderá aprofundar suas opções para o serviço de discipulado e,
experimentando a atuação e a força do Espírito, poderá tornar-se também missionário.
Esta é a visão de conjunto da catequese de iniciação que a Coleção Sementes realiza por meio da
metodologia aplicada nos cinco tempos. Deseja inserir a pessoa no mistério do encontro com o Ressuscitado presente na Comunidade em vista de formar no catequizando um coração de discípulo missionário da Igreja para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Refletindo com o grupo
• Esta visão de conjunto que a Coleção Sementes apresenta contribui de que forma para
realização do serviço catequético?
Depois da partilha em grupo, os catequistas se reúnem conforme os tempos nos quais ministrarão
catequese e leem o que segue.
3. Metodologia e pedagogia do manual
Este manual foi preparado com carinho para você, que acredita no serviço catequético e faz do
encontro de catequese uma ocasião festiva de convivência, de partilha e de encontro vivo com o Senhor,
tornando a “catequese um caminho que, pelo Encontro com Jesus, forma discípulos”.
No início de cada encontro você encontrará os objetivos a serem alcançados, o material de apoio a ser
utilizado para dinamizar o encontro e um texto de formação e preparação, que servirá para seu aprofundamento pessoal e sua preparação espiritual sobre o tema a ser desenvolvido em cada encontro.
Você perceberá que cada um dos encontros possui quatro passos: Acolhimento (VER), Fundamentação
(ILUMINAR), Espiritualização (CELEBRAR) e Atividades de fixação (AGIR CRISTÃO). Se olharmos para a
pedagogia que Jesus utilizou no episódio de Emaús (Lucas 24) identificamos que os quatro passos realizados nos
encontros são inspirados nesse processo, que servirá para levar os catequizandos à experiência de um encontro vivo
e transformador. O catequizando precisa perceber na atividade do catequista os mesmos gestos de Jesus.
O Senhor encontrou os discípulos no caminho e se pôs a caminhar com eles, perguntando dos fatos
da vida (é a acolhida-ver), em seguida iluminou os anseios e a vida deles a partir da Palavra (é a
fundamentação-iluminar). Isto despertou nos discípulos o desejo de permanecerem juntos,
a ação de graças (é a espiritualização-celebrar). A experiência foi tão marcante e significativa, que reorientou e enviou os discípulos para a missão (é a atividade, o agir cristão).
Nossos encontros conservam a mesma pedagogia de Jesus. É importante compreender e desenvolver
bem o passo a passo que propomos. Além disso, remetemos o catequizando para uma reflexão e vivência
de fé com a família e também para uma prática de discipulado que pedirá um compromisso concreto
no intervalo da semana.
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No desenvolvimento do encontro aparecem traços da espiritualidade e metodologia da “Leitura
Orante da Palavra”, que o catequista poderá utilizar para introduzir progressivamente o catequizando
num mergulho mais profundo no Mistério, através das questões:
• O que Deus falou para mim neste texto? (após a fundamentação)
• O que sinto vontade de dizer a Deus? (após a espiritualização)
• Transformando a oração em compromisso de ação cristã (na atividade e compromisso do “agir cristão”)
Como desenvolver a metodologia dos quatro passos em um encontro?
1o passo – Acolhimento: esse passo tem por finalidade fazer presente os fatos da vida dos catequizandos para compreender a realidade deles (“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles perguntando: sobre o que conversais pelo caminho?”, Lucas 24,15-17). Aplicando os métodos sugeridos e as
técnicas de entrosamento, pode durar em torno de 10 a 15 minutos.
2o passo – Fundamentação: depois de perceber a realidade através do acolhimento, o catequista
iluminará os fatos da vida com a Palavra de Deus ( “explicava-lhes a Escritura”, Lucas 24, 27). Ela reconduz nossa história para Deus e para o serviço. Esse passo precisa ser participativo e de construção do
conhecimento, e leva por volta de 20 minutos para ser desenvolvido.
3o passo – Espiritualização: a experiência fará brotar neles o reconhecimento da bondade de Deus,
conduzindo-os para espiritualização. Será o momento de experimentar a relação comunitário-pessoal
com o Deus da Vida (“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes”, Lucas 24, 30). As técnicas
para esse momento sugerem um período de 15 minutos.
4o passo – Atividades de fixação: para concluir o ciclo desse processo, é preciso que a experiência
de fé seja assimilada por eles em vista de lançá-los na integração com a família e no compromisso de
atividades transformadoras (“levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém”, Lucas 24, 33). Esse
momento pode acontecer num período de 15 minutos.
O intuito do processo é levar os catequizandos para a experiência de Encontro vivo com Jesus. O
catequista perceberá no desenvolvimento do tema o modo de realizar cada passo, gerando uma relação
viva entre eles, sem tornar cansativo ou vazio cada momento do processo e ainda sem trabalhar mecanicamente em função do relógio.
Refletindo com o grupo
• Você já havia percebido a relação existente entre a pedagogia que Jesus utilizou com os discípulos de Emaús e a metodologia que desenvolvemos em cada Encontro?
• Na sua opinião, é importante desenvolver no encontro catequético os quatro passos da
metodologia que o manual apresenta? Por quê?
4. Desenvolvimento psicológico da criança entre 8 e 9 anos
Para lançar as sementes do ensino da fé neste tempo é preciso considerar “o terreno” que as acolherá. Este subsídio desenvolve o aprendizado considerando o desenvolvimento psicológico da criança
entre 8 e 9 anos e seu modo de aprender.
Esses catequizandos têm por referência a convivência com pai e mãe, contudo, já demonstram uma tendência em descobrirem-se e abrirem-se para novas relações. A criança gosta e já é capaz de pensar. Quando lhes são
oferecidos meios para estimular seu raciocínio, surgem oportunidades para desenvolver seu potencial.
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Nessa fase do desenvolvimento da criança acontece a estruturação do caráter: a índole, a firmeza de
vontade, da individualidade ou do seu jeito de ser. Os alicerces do caráter são assentados nos primeiros
sete anos de vida. Essa é também a fase da descoberta de suas habilidades pessoais e relacionais. A criança
deseja fazer parte do grupo, anseia “tornar-se grande, cooperando na realização de coisas em conjunto”;
chamamos isso de “fase da indústria”.
Para estimular as crianças desse Tempo é importante:
• Iniciar o encontro com um diálogo, percebendo a realidade deles e o que já sabem sobre o assunto relacionado àquele tema, estimulando o pensar (momento do Acolhimento – Ver).
• Aproveitar o “erro” da criança para estimular o raciocínio, a construção de pensamentos e a
participação no grupo (momento da Fundamentação – Iluminar).
• Compreender que elas aprendem o conteúdo quando são utilizados recursos como: gestos, símbolos, gravuras e recortes – dinamismo (momento da Espiritualização – Celebrar).
• Incentivar a criatividade, estimular suas construções (momento das Atividades de Fixação – Agir).
• Reforçar a cooperação, fazendo trabalhos em duplas, trios ou grupos maiores.
Compreendendo o processo realizado por essas crianças com atividades que necessitam de tempo e
paciência, identificamos o perfil do catequista deste Tempo.
Refletindo com o grupo
• Com referência ao desenvolvimento psicológico da criança a partir de 8 anos, comente
com o grupo o que mais lhe chamou atenção.
• Conhecendo os estímulos desta fase da criança, você se identifica com o perfil de catequista
para este Tempo?
5. Os quatro pilares para edificação da fé
É importante que o catequista saiba que o conjunto dos temas deste manual procura apresentar
progressivamente conteúdos que fazem parte dos quatro pilares que a Igreja nos apresenta para edificar
a fé. Por meio desses quatro pilares ou grandes temas, desenvolvemos com a metodologia do manual
uma catequese bíblica, litúrgica, celebrativa, vivencial e orante, ajudando a pessoa a sistematizar ou
compreen­der a fé revelada na Escritura.
Os quatro pilares são:
1o Crer (temas sobre a Revelação – no organograma com o coração)
2o Celebrar (temas sobre Liturgia e Sacramento – no organograma com a estrela)
3o Viver (temas sobre mandamentos para o agir – no organograma com a seta)
4o Rezar (temas sobre Oração – no organograma com a cruz)
CRER
REVELAÇÃO
CELEBRAR
LITURGIA E
SACRAMENTO
VIVER
MANDAMENTOS
BEMAVENTURANÇAS
AGIR CRISTÃO
REZAR
ORAÇÃO
CELEBRAÇÕES
LITÚRGICOCATEQUÉTICAS
6. Celebrações litúrgicas com ritos de iniciação cristã
Uma novidade nesta edição reformulada do manual são as celebrações litúrgico-catequéticas ou
ritos de iniciação (no organograma com o sol). Elas contêm elementos inspirados no processo da “Ini18
ciação à vida cristã”, aproximando a catequese da celebração litúrgica, afinal, aquilo que é ensino da
catequese torna-se “vida celebrada” na liturgia.
Elas ajudam a iniciar progressivamente nas celebrações litúrgicas e a descobrir a linguagem dos ritos,
dos símbolos, dos gestos e das posturas, dando acesso à vida de oração e contemplação. Também permitem acompanhar o Ano litúrgico para vivência eclesial e uma participação mais ativa, plena e frutuosa na
liturgia. Integram o catequizando, a família e a comunidade, proporcionando que todos compreendam a
vitalidade e a força que esses mistérios possuem de atualizar no tempo a presença viva de Deus.
As celebrações litúrgico-catequéticas são excelentes oportunidades para compreensão do processo
feito pois, além de colaborarem na inserção do catequizando na vida da comunidade, permitem salientar
seu papel catequizador. O catequista pode avaliar, pela convivência entre os catequizandos, se as atitudes
deles estão sendo permeadas pelos valores do Evangelho. Tudo isso substitui as insuficientes “provas”,
porque a catequese não é um curso sobre fé e religião, mas deseja imprimir na vida as atitudes cristãs,
para que a pessoa saiba proceder tendo o Evangelho como critério de ação.
Partilhando com o grupo:
•O que você compreendeu sobre a importância das celebrações dos ritos de iniciação?
•Em grupos de duas pessoas, verifique abaixo o conjunto de temas que será trabalhado neste
Tempo e identifique, conforme os símbolos, para qual dos quatro pilares cada um deles
pertence. Verifique os momentos onde estão as celebrações de ritos de iniciação.
Capacitação
inicial para os
catequistas
Celebração de
unção e envio
do catequista
Encontro de
acolhida dos
catequizandos
Encontro sobre
a Campanha
da Fraternidade
Celebração litúrgica
de apresentação
dos catequizandos
Quem sou eu? Deus
me conhecer e me
chama pelo nome
Quem sou eu?
Sou pessoa,
vivo em família
Eu e minha
identidade
cristã
Sou batizado,
tenho uma
missão
O cristão tem uma
relação especial
com a obra da Criação
Celebração
Litúrgica
do Querigma
Conhecer-se
e dar-se a
conhecer
Ter um amigo
é encontrar
um tesouro
Vivendo a amizade,
encontramos
o amigo Jesus!
Amizade...
Riqueza que
se partilha
O perdão
consolida
a amizade
Celebração Litúrgica
da entrega do
Pai-Nosso
Deus me
fala-posso
ouvir
Deus me
fala-posso
responder
Jesus nos
apresenta Deus
como nosso Pai
Pai Nosso: nossos
3 compromissos
com o Pai
Igreja - Jesus
vivendo no
meio de nós
Celebração Litúrgica
da Redição
do Pai Nosso
Sou Igreja,
vivo em
Comunidade
A IgrejaCorpo
de Cristo
Conhecendo a
identidade e a
missão da Igreja
Pai Nosso: nossos
4 compromissos
com os irmãos
Minha Igreja
tem uma
Mãe - Maria
Maria de
tantos
nomes
Esperando o
nascimento
de Jesus
Celebração
de Natal
Anexo
litúrgicocatequético
Objetivo do conjunto dos encontros do 1o Tempo: percorrer pedagógica e mistagogicamente
(com espírito orante e segurança) um caminho que favoreça “abertura nas relações”, proporcionando
um encontro pessoal através da relação com Deus Pai em Jesus. Destacar que a inserção na experiência
do Mistério da vida cristã na comunidade amadurece essas relações.
Essa experiência deve ser adquirida com alegria e entusiasmo. O verdadeiro cristão só existe quando a pessoa for equilibrada e harmônica. Para isso é importante conhecer no que cremos, celebrar com a
19
comunidade aquilo que cremos, viver de acordo com a fé e manter a esperança da fé pela oração. Medite
sobre isso!
Os catequizandos devem ser incentivados na troca de experiências, na convivência com simplicidade e naturalidade.
A eficácia do trabalho fundamenta-se na experiência de fé, no testemunho e participação comunitária do catequista, na busca permanente de formação e na criatividade para preparar e desenvolver os
encontros, virtudes próprias de quem ama.
Para concluir a formação, vamos meditar no que segue:
Grupo 1: não se faz catequese com a soma dos conteúdos dos encontros ou através de “provas”. O
fundamental é acompanhar o catequizando ao longo do caminho e perceber no processo o conjunto de
ações cristãs que estão sendo gravadas no coração e nos gestos do catequizando.
Grupo 2: a catequese não se resume somente ao momento do encontro com o catequista, ou ao
manual, outras atividades catequéticas são necessárias para que aconteça o Encontro pessoal com Jesus:
a vida da comunidade deve ser catequizadora, a ação dos pais cristãos deve catequizar, o testemunho
pessoal do catequista deve ser coerente, enfim, a catequese não vai bem quando o “conjunto da vida e
do testemunho cristão da Comunidade dos batizados vai mal”.
Todos: catequese é um processo dinâmico, não se resume a fórmulas mágicas, ela depende também
de um catequista orante, mistagogo, que experimenta e vive o encontro pessoal com o Senhor, capaz
de conduzir com segurança os catequizandos para o mistério de Cristo presente na Comunidade. Que
tenhamos um coração dócil e disposto para um aprendizado constante, e o Espírito do Senhor nos conduzirá, Amém!
Desejamos a todos um ano catequético repleto da luz e da sabedoria de Deus.
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa – PR
20
Celebração de unção e envio do catequista
cumpram fielmente a sua missão de anunciar a Tua
Palavra. Que eles possam introduzir nossos catequizandos, adolescentes e adultos, no conhecimento e
no encontro vivo com o Vosso Filho para melhor
participarem dos Mistérios da Fé. Concedei também que nossa comunidade seja uma “comunidade
Material de apoio:
catequizadora”, na qual as pessoas possam encon
• cópia desta celebração para dirigente, sa- trar, pelo nosso testemunho, a presença de Jesus
cerdote e catequistas
Cristo, que dá sentido para a vida. Isso Vos pedimos
• velas para todos os catequistas
em nome do Vosso Filho, na unidade do Espírito
• círio pascal aceso
Santo. Amém.
• Bíblia (cada catequista deve levar a sua)
• óleo (para o padre abençoar e ungir os caDirigente:
tequistas)
– Cantemos todos juntos:
(Combinar os cantos antecipadamente com a equipe
“Vem, vem, vem, vem Espírito Santo de Amor,
da celebração litúrgica.)
vem a nós, traz a Igreja um novo vigor”. (2 vezes)
Sugerimos que essa celebração seja realizada preferencialmente em um horário de missa com a comunidade, pais e catequizandos. Poderá ser adaptada se não for
possível contar com a presença de um sacerdote.
Após o Oremos, depois da Comunhão
Dirigente:
O sacerdote, diácono, ministro, comentarista
ou coordenador(a) de catequese convida os cate– Agora os catequistas voltados para a Palavra de
quistas para que se dirijam o mais próximo possí- Deus no Ambão, segurando sua Bíblia, colocam uma
vel da mesa da Palavra (Ambão).
das mãos sobre ela e rezam.
(Enquanto eles se emcaminham ao local, o dirigente
explica à comunidade:)
Catequistas:
– Senhor, com o batismo nos tornastes
Dirigente:
mensageiros de Vossa Palavra. Nós, catequistas,
– Queridos irmãos e irmãs, alegremo-nos, acolhemos com gratidão e alegria o convite que
pois hoje é um dia especial para nossa comuni- nos fizestes para colaborarmos no crescimento
dade. Neste momento os catequistas receberão da do Corpo de Cristo. Dai-nos a Vossa graça para
Igreja e de nossa comunidade a oração de envio educarmos na fé e animarmos nossa comunipara que cumpram com a graça de Deus a sua dade. Que o Teu Espírito seja nossa força para
missão de introduzir nossos catequizandos no co- que, como profetas, anunciemos Tua presença
nhecimento da fé, favorecendo o encontro vivo pela Palavra.
com Cristo.
“Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar!” (2 vezes)
(O catequista, com a sua Bíblia aberta, se aproxima.)
(O Círio deve estar aceso e ao redor deve haver
uma vela para cada catequista.)
Sacerdote ou diácono (impondo a mão sobre
os catequistas, reza):
Dirigente:
– Pai de bondade, abençoai nossos catequistas,
– Agora os catequistas se dirigem para perto do Cía fim de que, movidos pelo Vosso Espírito Santo, rio Pascal e estendem a mão em direção a ele, rezando.
21
Catequistas:
– Cristo Ressuscitado, dai-nos a luz do Teu
Espírito e imprime em nós os Teus pensamentos,
a Tua maneira de ver a história, de compreender e
julgar a vida, de amar sem medida, de agir como
servos sempre em favor da vida. Ajuda-nos a promover os pequenos e fracos, a anunciar a esperança,
para que, unidos na comunidade, possamos realizar
o projeto da fraternidade, da justiça e da paz onde
vivemos, levando Tua Palavra como luz para o mundo. Amém.
(Os catequistas pegam suas velas segurando
também a Bíblia.)
Dirigente:
– Neste momento o sacerdote, junto com a
comunidade, estende as mãos sobre os catequistas
para proferir a Oração da unção e envio para o serviço de educar na fé e de promover o encontro dos
catequizandos com Cristo Ressuscitado.
(Os catequistas, com as mãos livres, se ajoelham.)
Sacerdote e comunidade:
– Pai de bondade, que ungistes Vosso Filho
com o Espírito Santo, nós Vos pedimos que, volvendo Vosso olhar em favor dos nossos catequistas, derrame sobre eles Vossa unção para que eles anunciem
com vigor, coragem e entusiasmo Vossa Palavra que
Dirigente:
é Vida, fazendo-nos vitoriosos em todo combate.
– Agora o sacerdote acende uma vela no Círio
(Enquanto isso, unge as mãos dos catequistas e o
e transmite desta luz para a vela da coordenadora,
povo canta.)
que a comunicará para os catequistas. Enquanto
isso, acompanhemos esse gesto cantando.
Canto:
Canto:
“Envia teu Espírito Senhor / A nós descei divina
luz”. (ou outro canto oportuno)
“Dentro de mim existe uma luz, que me leva
por onde deverei andar...”
(Bênção para toda a comunidade e canto final.)
Ei, catequista! ... Não se
esqueça de começar a preparar
junto com o padre, os
pais e catequizandos a
próxima celebração!
22
Encontro de acolhida
dos catequizandos
Objetivos:
• Acolher os catequizandos para criar um ambiente familiar.
• Ajudá-los a compreender os valores que aprenderão nos encontros da catequese.
Material de apoio:
• Bíblia
• flores
• vela
• 1 balão colorido para cada catequizando
(verde, amarelo, azul, branco e vermelho)
• 1 cartão verde com a palavra ESPERANÇA • 1 cartão amarelo com a palavra ALEGRIA
• 1 cartão azul com a palavra AMIZADE
• 1 cartão branco com a palavra PAZ
• 1 cartão vermelho com a palavra
AMOR
• folha A4 (para cada catequizando)
• giz de cera para uso comum
Preparação do ambiente:
• Preparar a sala, deixando-a com um ambiente alegre e festivo, destacando a Bíblia com a vela
e as flores.
Início do encontro:
• Receber os catequizandos com alegria e um abraço carinhoso de acolhida, desejando-lhes
boas-vindas.
Dinâmica de acolhida
1a parte – desenhando a família
Objetivo: “quebrar o gelo” para criar um ambiente familiar.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Pedir para que todos se sentem em círculo.
2. Dizer o nome e em seguida explicar a todos para que façam (inclusive o catequista) um
desenho de si próprios com sua família.
3. Distribuir as folhas A4 para cada catequizando e deixar no centro a caixa de giz de cera
para uso comum.
4. Após terminar a atividade, cada um, começando pelo catequista, mostra ao grupo o desenho que fez apresentando a si e sua família.
2a parte – descobrindo os valores da catequese
Objetivo: ajudá-los a compreender o que é um encontro de catequese e os valores que aprenderão.
23
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Continuar em círculo.
2. Distribuir 1 balão para cada catequizando, com as cores sugeridas no material de apoio,
e colocar no centro do círculo os cartões, voltados para baixo, já confeccionados com as
palavras: ALEGRIA, AMOR, PAZ, AMIZADE e ESPERANÇA.
3. Dizer a todos: “nestes encontros de catequese vamos experimentar a presença viva de Jesus,
vamos conhecer seus ensinamentos e aprender a colocar em prática na nossa vida o que Ele
nos pedir. Vamos procurar fazer dos nossos encontros momentos cheios de ... (o catequista
pede que alguém desvire o cartão amarelo e que todos leiam a palavra que apareceu – ALEGRIA).
4. Pedir para que os catequizandos que estiverem com o balão amarelo encham, amarrem e
segurem seu balão.
5. Prosseguir com a seguinte fala: “além da alegria, em nossos encontros vamos ouvir falar
que Jesus nos ensinou a ter muito... (o catequista pede que alguém desvire o cartão vermelho
e que todos leiam a palavra que apareceu – AMOR).
6. Pedir para que os catequizandos que estiverem com o balão vermelho encham, amarrem
e segurem seu balão.
7. O catequista deve continuar motivando o encontro e pedindo que alguém vá desvirando
os cartões, sempre associando a palavra que aparecer com aquilo que experimentarão em
cada encontro.
8. Ao desvirarem o cartão branco com a palavra PAZ, pedir para que os catequizandos que
estiverem com o balão branco encham, amarrem e segurem seu balão. Desvirando o AZUL
com a palavra AMIZADE, pedir para que os catequizandos que estiverem com o balão azul
encham, amarrem e segurem seu balão; desvirando o VERDE com a palavra ESPERANÇA,
pedir para que os catequizandos encham, amarrem e segurem seu balão verde.
9. Terminada a dinâmica, pedir que todos joguem os balões para o alto como sinal de que
desejamos espalhar estes sentimentos.
10. Para encerrar o momento, pedir que cada um segure um balão e diga: “para que possamos
ser contagiados por estes sentimentos vamos estourar nossos balões”.
Compromisso para o catequizando realizar com sua família
O catequista explica que cada catequizando deve trazer para o encontro seguinte uma caixinha pequena vazia (creme dental, sabonete ou chá) encapada com
papel de presente.
Dentro dela os pais devem colocar uma mensagem dirigida a seu filho e a todos os catequizandos de
sua turma e uma lembrança (à sua escolha), que deve servir para todo o grupo de catequizandos.
Oração final:
(Orientar os catequizandos para que peguem as cinco palavras dos cartões que
foram utilizadas na dinâmica e se dirijam até a mesa na qual está a Bíblia.
Explicar que irá dizer a frase de início da oração e em seguida todos deverão completar a oração,
lendo as palavras do cartão e colocando-as sobre a Bíblia.)
Catequista:
– Jesus, nestes encontros de catequese, ajuda-nos a viver a/o...
(Os catequizandos leem cada uma das palavras escritas nos cartões e os colocam sobre a Bíblia.)
24
Envio:
Encerrar o encontro com um abraço em cada catequizando, convidando-os a voltar com alegria
para a próxima catequese.
Lembrá-los de trazerem a atividade proposta e que vão realizar em casa com os pais.
LEMBRETE
Catequista, não se esqueça de se reunir com os outros catequistas do 1o Tempo para preparar a
Celebração de Acolhida dos Catequizandos. Por meio de um bilhete, um telefonema
ou pessoalmente, avise os pais a respeito da data e horário da celebração e verifique
as informações da celebração para poder orientar os catequizandos.
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Encontro sobre a Campanha
da Fraternidade
Objetivos:
• Descobrir o tema e o lema da Campanha da
Fraternidade do ano corrente, refletir sobre a
questão e definir ações concretas.
• Mobilizar-separaumavidamaiscristãefraterna.
• Concluirquefraternidadeéalgoqueseconstrói no dia a dia.
Material de apoio:
• Bíblia
• 1malaoucaixa(para abrigar material sobre a Campanha da Fraternidade)
• cópiadaoraçãodaCampanhadaFraternidade (para cada catequizando)
• CDcomohinoeocartazdacampanha
do ano corrente
• 1rádio
• gravuraserevistas(sobre o tema, para recorte)
• livros(para pesquisa)
• tesoura
• papelbobinaoucartolina
• cola
(Há um subsídio fornecido pela CNBB chamado Encontro Catequético com Crianças e
Adolescentes, que possui várias dinâmicas para
reflexão sobre o tema. Pode ser previamente adquirido em livrarias católicas.)
Preparação do encontro:
• ColocardentrodeumamalaoucaixagrandemateriaisreferentesaotemadaCampanha
(livros, gravuras, recortes, símbolos e o cartaz da Campanha do ano corrente).
• Decorarasaladoencontrocomsímbolosqueremetamaotemadacampanha.
Acolhimento – ver a realidade
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)
Dinâmica: descobrindo a família dos meus amigos
Objetivo: interação dos catequizandos entre si e com as famílias para gerar um
ambiente mais comunitário na catequese.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Motivar, com carinho, os catequizandos a partilhar o compromisso da
acolhida da catequese anterior que realizaram com a família.
2. Orientar cada catequizando, um de cada vez, a pegar a caixinha que encapou com papel de presente e ler a mensagem que foi escrita pelos seus
pais a todos.
3. Depois de ler a mensagem para o grupo, devem também mostrar a lembrança que seus pais enviaram.
26
4. Após a partilha de todos, motivar os catequizandos a trocar as mensagens
entre si e cada deve anotar um recadinho de agradecimento atrás da mensagem que os pais escreveram.
5. Cada catequizando pega novamente a mensagem que seu pai escreveu,
coloca na caixinha e levará aos pais para que leiam o agradecimento que
seus amigos escreveram.
Fundamentação – iluminar
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)
Desde 1962, a Igreja convida as comunidades do Brasil a refletir, no decorrer
da Quaresma, sobre alguma questão social, ambiental, religiosa ou econômica,
propondo a elas um gesto concreto de testemunho da fraternidade cristã, de conversão e de mudança de vida.
A Campanha da Fraternidade provoca nas comunidades cristãs um sentimento profundo de solidariedade, considerando que existem muitas necessidades com as quais podemos ser mais fraternos.
Desde então, em cada ano que chega é proposto um tempo de reflexão que se fundamenta num apelo
profundo de conversão na vida de cada cristão e de gestos concretos em relação a uma temática proposta.
Estamos vivendo com a Igreja o tempo da Quaresma. O espírito quaresmal acentua a necessidade
de fraternidade, estimula um compromisso com um novo tipo de evangelização e nos faz olhar com
carinho para as necessidades apresentadas.
Cada cristão é chamado a refletir sobre as ações concretas que podem ser realizadas em favor do próximo e em relação às temáticas apresentadas na Campanha da Fraternidade. Para isso, faz-se necessária uma
conversão do coração, acrescida de um esforço, a fim de beneficiar a própria vida, a do outro ou a realidade.
O amor cristão não é puramente sentimento interior; é, sim, um comportamento expresso por atitudes concretas, dentro e fora da comunidade, de hospitalidade, solidariedade, respeito, testemunho (Mateus 25,37-40).
Quando o cristão vive os ensinamentos de Jesus e os leva a sério, ele se transforma e se compromete
com a comunidade e a sociedade. Sabe colocar generosamente em comum os dons que tem e aquilo que
lhe pertence. Consequentemente, acontece a justiça, a verdadeira fraternidade, e aparecem ações que
amenizam a pobreza e a miséria e, sobretudo, promovem a dignidade do ser humano, porque um cristão
supre a necessidade do outro, partilhando livre e cons­cien­temente o que possui.
Dinâmica: cenário da Campanha da Fraternidade
Objetivo: descobrir o tema, o lema e a reflexão proposta pela Campanha
do ano.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Aos poucos, retirar da mala o material que irá compor um cenário sobre a campanha daquele ano e conversar com eles para descobrirem
juntos o tema, o lema e a reflexão proposta.
2. Depois de compor o cenário e refletir, ouvir e cantar, juntos, o hino da
campanha do ano em curso.
O que Deus falou para mim neste texto?
27
Espiritualização – celebrar
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)
(Convidar os catequizandos para se aproximarem do cenário que já foi composto.
Rezar a oração da Campanha da Fraternidade, que deve ser distribuída a cada um pelo catequista,
motivando o grupo para que se una à Igreja do Brasil em gestos concretos que manifestem a fraternidade.
Este momento será concluído com um dos cantos da Campanha da Fraternidade,
que poderá ser escolhido a critério do catequista.)
O que sinto vontade de dizer a Deus?
Atividades de fixação – agir cristão
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)
1. O catequista divide a turma em três grupos.
2. Cada grupo ficará responsável por uma das atividades abaixo:
a) fazer uma manchete para o jornal relacionada com o tema da Campanha.
b) recortar imagens que ilustrem o tema da Campanha;
c) elaborar uma pequena matéria ou reportagem com as atitudes concretas que podem ser desenvolvidas em relação ao tema da campanha.
3. Após o término da atividade nos grupos, e com o auxílio do catequista, todos organizarão a
montagem do jornal no papel de bobina ou na cartolina.
Atenção: o catequista poderá dar continuidade às reflexões sobre a Campanha da Fraternidade
em outros encontros, utilizando outros materiais ou o subsídio da CNBB que foi indicado no
material de apoio.
Vivendo a fé em família –
transformando a oração em compromisso de ação cristã
Rezar com sua família a oração da Campanha da Fraternidade e comentar com eles o
que a Campanha pede para estarmos atentos, relembrando a experiência vivida na montagem do jornal.
Procurar colocar em prática as atitudes concretas sugeridas no jornal confeccionado no encontro.
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Celebração Litúrgica de apresentação dos catequizandos
Aos pais, sacerdotes e catequistas
Na realização do processo de iniciação à vida
cristã, a Igreja propõe dentro do Ano Litúrgico um
momento para o início do processo e um momento para a recepção sacramental. Lembrando que a
finalidade deste processo é uma vida de intimidade
com Cristo e a inserção na Sua Comunidade que
se expressa na vida sacramental, seguem algumas
pistas e sugestões pastorais para a celebração litúrgica de apresentação dos catequizandos, inspirada
nos elementos do processo catecumenal da iniciação à vida cristã.
A celebração que se segue é uma maneira de
inspirar nossa catequese nos ritos que fazem parte
do processo da iniciação à vida cristã. Lembrando
que iniciação vem da palavra latina in-ire, que indica a maneira, o modo, a forma ou o jeito pelo
qual conduzimos uma pessoa que deseja fazer a experiência de um encontro vivo com Cristo.
Iniciação não é tanto o que se diz, ou ensina.
Antes, é o modo como se diz a fé, a qual deve estar
impressa no coração e nos gestos de quem conduz
aquele que deseja crescer no mistério de Cristo.
“A Iniciação Cristã é um desafio que devemos
encarar com decisão, coragem e criatividade, visto
que em muitas partes a Iniciação Cristã tem sido pobre e fragmentada. Ou educamos na fé, colocando
as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e
convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão de Evangelizar” (Doc. Ap. 287).
Esta celebração deseja contribuir na compreen­
são da comunidade, dos pais e dos catequizandos a
respeito do papel de cada um nessa tarefa – junto
com a Igreja – em educar mediante o testemunho
do primeiro anúncio que desperta a fé (querigma).
A comunidade que já recebeu esse anúncio agora o
transmite pelos seus gestos. Iniciação não se limita
a um período de preparação imediata para a recepção deste ou daquele sacramento. Claro que uma
boa catequese conduz a isso, mas não como ponto
de chegada, e sim como força para desenvolver um
caminho no discipulado.
Tudo isso deve ser realizado visando a uma
melhor compreensão do processo que a catequese
deseja realizar por meio de um caminho que conduza ao discipulado.
Sendo assim, o que se segue pode ser reelaborado ou simplificado ou, ainda, feito de modo
espontâneo, desde que aquilo que for feito contribua para o encantamento com a fé dos envolvidos.
Rito de apresentação dos catequizandos
O objetivo desta celebração é auxiliar a comunidade, os pais e os catequizandos a perceber
o caminho de fé que a catequese propõe. Os catequizandos devem perceber que estão iniciando
um processo por meio do qual serão auxiliados
a despertar progressivamente para o significado
da fé, que vão amadurecer passo a passo; uma fé
trinitária, a qual possibilitará um encontro vivo
com a pessoa de Jesus. Essa experiência é uma tarefa de conjunto da Igreja comunicada pelos pais,
fiéis e catequistas, e necessita ser vivida em uma
comunidade.
O rito de apresentação dos catequizandos é
uma acolhida feita pela comunidade para celebrar
o momento no qual os catequizandos darão os primeiros passos no despertar para a vivência da fé
em comunidade, aprendendo os primeiros gestos
de conversão. Pressupõem-se o começo da vivência
da fé e também o desenvolvimento do sentido de
pertencer e agir como membro da Igreja.
Preparando a celebração
1. Combinar com o pároco a data, horário
e desenvolvimento da celebração na qual
acontecerá o “Rito de Apresentação dos
Catequizandos”. Recomenda-se que esse
rito seja realizado em um dos horários normais de missa da comunidade.
2. Comunicar com antecedência aos pais e catequizandos a data e horário da celebração, preparando-os sobre seus detalhes,
29
orientando-os quanto às ações realizadas durante o rito. Os catequizandos
devem ser informados de que no dia
dessa celebração devem chegar com antecedência e permanecer em fila na porta da Igreja.
3.O catequista confecciona um símbolo
que entregará para cada catequizando
apresentado, como sinal do caminho que
irão trilhar (sugerimos uma pequena sandália em E.V.A).
4. Prever que o Círio Pascal esteja aceso no
presbitério.
5. O catequista deverá reservar o lugar para
os catequizandos na Igreja. Os pais podem ficar normalmente na assembleia.
6. O grupo de catequistas reúne os catequizandos que participarão do rito, se possível na porta da Igreja ou no início do
átrio, a fim de que ali esperem ser chamados pelo sacerdote para a apresentação.
Iniciando a celebração
A missa inicia com o canto e a procissão de
entrada normalmente.
Ao chegar ao presbitério, o sacerdote faz o sinal da cruz, acolhe e esclarece a comunidade:
– Caríssimos irmãos, neste dia, nossa comunidade se alegra porque acolherá os catequizandos
do 1o tempo, os quais iniciarão sua caminhada na
educação da fé cristã, em vista de uma pertença
mais efetiva à comunidade. Essa responsabilidade
de educar na fé começa desde o ventre materno,
prolonga-se em casa com os gestos de fé dos pais,
que “são os catequistas insubstituíveis dos seus
filhos”, prosseguindo também com o auxílio da
comunidade que deve ser catequizadora. Nossos
catequistas são enviados em nome da Igreja e de
nossa comunidade para acompanhar esses catequizandos no processo do despertar da fé. Acolhamos os pais, catequizandos e catequistas com
uma salva de palmas.
(O sacerdote saúda espontaneamente os catequizandos,
que permanecem ainda na porta de entrada, e com
afabilidade dirige-lhes a palavra para exprimir a
30
alegria e o contentamento da Igreja pelo caminho
espiritual que a partir de hoje iniciarão
dando agora um passo importante.)
Sacerdote aos catequizandos:
– Caríssimos catequizandos, com alegria a
Igreja os toma pela mão para que vocês percorram um caminho de despertar para o aprendizado da fé por meio do encontro vivo com Jesus.
Vocês estão dispostos a percorrer esse caminho
com a ajuda dos seus pais, da comunidade e dos
catequistas?
Catequizandos (Combinar antes para que possam responder algo como o exemplo e, se houver condições pastorais, o sacerdote poderá perguntar o nome
de cada um dos catequizandos.):
– Sim, estamos dispostos.
Primeira adesão
Sacerdote:
– Catequista, leve até os catequizandos o
Círio Pascal, que simboliza a Luz do Céu,
pois é a luz do Ressuscitado que acompanhará e iluminará o caminho deles.
(O catequista, ao pegar o Círio Pascal, se
dirige até a porta onde estão os catequizandos. Chegando lá, posiciona-se à frente deles e os convida a entrar, trazendo-os até o
presbitério. Enquanto isso, pode-se cantar:
“Deixa a luz do céu entrar” ou outro canto
conveniente.)
Sacerdote:
– Estendamos num instante de silêncio nossa
mão, deixando a luz de Deus iluminar nossa vida.
(O padre pode adaptar esta oração para melhor
compreensão das crianças.)
Caríssimos catequizandos, Deus comunica a
sua luz a todos os homens que vêm a este mundo, e
a partir das coisas criadas manifesta-lhe as suas perfeições invisíveis, para que o ser humano saiba dar
graças ao seu Criador. Vós seguistes a luz de Deus e,
por isso, agora, abre-se diante de vós o caminho do
evangelho. Vocês caminharão para conhecer o Deus
lado dos filhos, motivando toda a comunidade
a que olhe para o Círio Pascal e examine como
tem sido seu caminho de fé, pedindo a luz de
Deus pelas vezes que andamos nas trevas. (Instante de silêncio.)
Em seguida os pais recebem dos catequistas
uma sandália que simbolizará o caminho que seus
filhos percorrerão. O sacerdote motiva os pais a
entregá-la a seus filhos, dizendo:
Compromisso para pais e comunidade
– Meu filho(a), caminhe na luz de Deus!
Em seguida, dirigindo-se aos pais e a todos os
Enquanto isso, todos cantam o canto penifiéis, o sacerdote interroga-os com estas palavras
tencial.
ou outras semelhantes:
vivo que fala verdadeiramente aos homens, e esse é
o ponto de partida de tudo o mais. Guiados pela luz
de Cristo, começarão a descobrir a Sua sabedoria.
Apoiando cada vez mais sua vida em Jesus, vocês
acabarão por acreditar Nele de todo o coração. Aqui
vocês vão percorrer o caminho da fé, e Cristo vos
conduzirá, na caridade, à posse da vida eterna.
Sacerdote:
– Caríssimos pais, irmãos e irmãs da comunidade, estão dispostos a ajudá-los a encontrar Cristo e a segui-lo?
Todos:
– Sim, estamos dispostos. (As respostas podem ser
projetadas ou contidas numa folha com esta celebração.)
Hino de Louvor
Para concluir o rito e continuar a celebração
da missa, o sacerdote pede aos pais que entreguem
seus filhos aos catequistas, pois eles, em nome da
Igreja e da comunidade, os auxiliarão a conduzi-los
nesse caminho de fé.
Enquanto a comunidade canta o Hino de
Louvor, os catequistas conduzem os catequizandos
Ato penitencial
aos bancos reservados e os pais retornam aos seus
Depois, o sacerdote, dirigindo-se aos pais, lugares.
convida-os a vir ao presbitério para ficarem ao
O sacerdote prossegue a missa normalmente.
31
1 Unidade
a
Eu e minha
história
1o Encontro
Quem sou eu?
Deus me conhece e me
chama pelo nome
Objetivos:
• Reconhecer-se como pessoa querida, amada, conhecida por Deus e pelos outros.
• Valorizar o próprio nome e o dos outros.
• Identificar-se pelos nomes.
• Respeitar o nome de Deus.
Material de apoio:
• Bíblia
• frase para o mural: “Bem-vindos”
• cartões em formato de mão com uma mensagem bíblica diferente para cada catequizando
• fita adesiva para colar os cartões-crachás,
• 1 grande coração em cartolina escrito no centro Deus
• uma grande mão recortada pelo catequista, que simbolizará a mão de Deus
• tinta guache
• papel toalha para limpar as mãos
Formando e preparando o catequista para o encontro
Toda a história da Escritura é uma história de conhecimento recíproco, ou seja: Deus se faz conhecer por aquilo que é e o homem se deixa conhecer por Deus. Quando na Bíblia se usa a palavra
“conhecer”, não se entende isso em sentido de ter informações sobre uma pessoa, mas ter uma relação. Afinal, conhecemos realmente uma pessoa quando vivemos junto com ela. Pois bem, Deus e o
homem empreenderam uma longa caminhada de séculos e séculos para construir juntos essa relação
de conhecimento recíproco. O homem livremente se abre a Deus e Deus se abre ao homem, o que
permite à humanidade ter uma imagem correta sobre Deus, abandonando as imagens erradas (é isso
que significa a palavra “idolatria”). A meta de toda a nossa Escritura é bem sintetizada nas palavras de
Jesus, quando diz: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas conhecem a mim, assim
como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (João 10,14-15).
Para que haja uma história é necessária uma relação de amizade; quando alguém quer ser nosso amigo, a sua primeira preocupação é saber o nosso nome. Alguém nos chama pelo nome apenas
quando não somos só uma entre tantas pessoas; somos alguém diferente, importante. Pois bem, na
Escritura notamos que Deus chama sempre pelo nome toda pessoa com a qual deseja ter uma relação
especial, um compromisso único. Eis alguns casos:
• o caso de Abraão em ocasião do sacrifício de Isaac: “Deus pôs à prova Abraão e lhe disse:
Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!” (Gênesis 22,1);
• o caso de Samuel: “o Senhor chamou o menino: Samuel, Samuel! Este respondeu: Eis-me
aqui!” (1Samuel 3,4);
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• DeussedirigeaoprofetaIsaíascomestaspalavras:“EusouoSenhor,oDeusdeIsrael,quete
chama pelo teu nome” (Isaías 45,3);
• nosEvangelhosafiguradeMadalenanosdáosentidodaimportânciadonome,poiselareconhece o Senhor ressuscitado quando ouve pronunciar o próprio nome: ”Disse-lhe Jesus: ‘Maria!’ Ela,
aproximando-se, exclamou em hebraico: ’Rabbuni!’, que quer dizer: ’Mestre!’” (João 20,16).
Ter um nome é ter uma identidade perante Deus. É conhecer e deixar-se conhecer por aquilo
que somos: Deus não quer apenas saber o nosso nome, mas quer conhecer o nosso nome! Na oração
que Jesus dirigiu ao Pai disse: “Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também
estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a
fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles” (João 17,25-26).
Viver com Jesus nos dá uma identidade nova, faz de nós pessoas diferentes, como disse certa vez
Isaías: “Te darei um nome novo, que a boca do Senhor designará“ (Isaías 62,2). É por isso que Jesus um
dia mudou o nome de Simão para “Pedro”, porque ele havia adquirido uma personalidade nova, uma
relação mais profunda com Jesus, resistente como uma pedra: Jesus disse-lhe em resposta: “És feliz,
Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas o meu Pai que está
no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja“ (Mateus16,18).
Depois do estudo do texto, procure rezar, meditar e vivenciar a Palavra preparando-se
para o Encontro.
Acolhimento – Ver a realidade
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)
(Preparar a sala do encontro usando sua criatividade e fixar a frase no mural: “Bem–vindos”.)
Dinâmica: conhecendo meu amigo
Objetivo: ajudá-los no entrosamento, conhecendo melhor o nome dos amigos e
um pouco de sua história.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Receber com alegria os catequizandos e entregar-lhes os cartões em formato de mão contendo a mensagem bíblica diferente para cada um pedindo que tenham uma caneta em mãos.
2. Motivar os catequizandos para que formem duplas, ficando um de frente
para o outro segurando o cartão que receberam.
3. Cada catequizando deve escrever o nome de seu amigo no cartão que
esteja segurando.
4. Em seguida, deve repetir o nome do amigo, lendo para ele a mensagem
do cartão e colocando-o no peito do amigo, como crachá.
5. Motivar as duplas para conversarem sobre o que gostam de fazer e por
que vieram à catequese.
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O catequista conclui, dizendo: vamos criar cada vez mais um espírito de “família”, acolhendo-nos
fraternalmente. Deus criou as pessoas para serem amigas. Ele é nosso amigo e nos ama assim como somos.
Vamos olhar bem os nossos amigos e perceber que somos diferentes porque cada um de nós é único (alguns
segundos de silêncio). Mesmo sendo diferentes, estamos aqui para crescer como pessoas, sendo amigas
umas das outras, por isso nos acolhamos, cantando:
Canto: “Tomado pela mão”
(repetir o refrão 2 vezes)
Tomado pela mão com Jesus eu vou, sigo como ovelha que encontrou o Pastor
Tomando pela mão com Jesus eu vou, aonde ele for.
Fundamentação – Iluminar
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)
Buscaremos sempre na Palavra de Deus a luz que iluminará nossos encontros. Vamos
recebê-la cantando:
(Enquanto cantam, o catequista coloca a Bíblia num lugar de destaque.)
Canto: “Pela Palavra de Deus” (Frei Luiz Turra, Paulinas COMEP, ou outro canto que favoreça a
reflexão do tema)
Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar,
ela é luz e verdade, precisamos acreditar.
Quando Deus Pai anunciou, por intermédio do anjo Gabriel, o nascimento do seu Filho entre os
homens, deu-lhe um nome: Jesus, nome pelo qual o chamamos até os dias de hoje (Lucas 2,1ss).
Na convivência entre pessoas, é importante que elas se chamem pelo nome, com respeito e carinho;
pois o nome traz consigo sua história, suas virtudes e o jeito de ser de cada pessoa.
Na Bíblia, encontramos uma citação na qual o próprio Deus diz que nos conhece pelo nome.
“... nada temas, pois eu te chamo pelo nome. És meu, és precioso a meus olhos. Eu te aprecio e te
amo” (Isaías 43,1).
As pessoas que acreditam em Deus não precisam ter medo. Ele nos dá a segurança de que somos
Dele e por isso nos diz: “És meu, és precioso a meus olhos”.
Jesus pronunciará nosso nome com amor. Ele se apresenta como o Bom Pastor que nos conhece e acolhe.
“Eu sou o Bom Pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim” (João 10,14).
“Eu, o Senhor, chamei-te realmente, e te segurei pela mão” (Isaías 42,6).
Neste texto, quando a Bíblia nos fala, “Eu, o Senhor”, ela nos apresenta Deus Pai como Criador,
que nos conhece e chama pelo nome. Ele nos ama, por isso nos protege, nos acompanha, conhece toda
a nossa vida e “nos segura pela mão”.
“...Teu nome está gravado na palma da minha mão” (Isaías 49,16).
O catequista pergunta aos catequizandos:
– Por que as pessoas escrevem alguma coisa na palma da mão? (Deixar que falem.)
Depois da partilha diz:
38
– Somente quando desejamos não esquecer aquilo que é muito importante escrevemos na palma
das mãos. Se Deus escolheu escrever nossos nomes na palma de sua mão, então somos importantes,
amados por Deus, e Ele não quer esquecer-se de nós.
Dinâmica: na mão de Deus
Objetivo: compreender que todos nós temos nosso nome e nossa vida gravada
nas mãos de Deus.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Colocar no centro a grande mão e convidar os catequizandos a escreverem seus nomes nela, simbolizando que todos nós temos nosso nome e
nossa vida gravada nas mãos de Deus.
O que Deus falou para mim neste texto?
Espiritualização – Celebrar
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)
(Apresentar um cartaz representando um coração com a palavra “Deus” no centro.)
Deus nos conhece e nos chama pelo nome. Ele nos ama com amor eterno, sabe de
nossas vidas, está sempre conosco, nos traz no seu coração bondoso de Pai.
Devemos gostar do nosso nome e agradecer diariamente ao Senhor, como vamos fazer agora.
Dinâmica: Deus me ama
Objetivo: perceber que estamos no coração de Deus.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Pegar o cartaz em forma de coração e colocá-lo no centro, próximo da
grande mão, convidando os catequizandos a molharem suas mãos em
tinta guache e carimbá-las no cartaz, dizendo: “Obrigado, Senhor, porque me chamo…” (dizer o nome completo).
O amor de Deus por nós é tão grande que em seu coração cabemos todos. Ele nos ama e nos traz
no seu coração. Por isso, como seus filhos queridos, agradeçamos o nome que temos.
Oração: vamos agora rezar, façamos juntos o sinal da cruz e reflitamos:
Fazendo o sinal da cruz: Em nome do Pai (mão no centro da testa, que pode indicar o Pai que
pensou em criar o mundo),
Do Filho (mão no centro do peito perto do coração, lembrando que Jesus é o centro de nossa vida
e nos amou dando sua vida por nós),
E do Espírito Santo (mão que vai do ombro esquerdo para o direito indicando que o Espírito Santo
nos envolve e abraça).
Invocando a proteção do Anjo da Guarda:
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador.
Se a ti me confiou a piedade divina,
Sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém.
O que sinto vontade de dizer a Deus?
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Atividades de fixação – Agir cristão
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)
O grupo pode ler junto este propósito e depois realizar individualmente a atividade:
1. Neste ano, participarei da catequese junto com este grupo tão querido que hoje conheci. Cada um de nós se esforçará para criar um espírito de família. Juntos vamos
conhecer e amar a Deus Pai, deixando nosso coração aberto para que Deus possa nos amar.
2. Com muito carinho e capricho, desenhe em seu manual o cartaz do “Coração de Deus” e copie
o nome de cada um de seus amigos.
Vivendo a fé em família –
Transformando a oração em compromisso de ação cristã
1. Peça que seus pais ou responsáveis leiam para você o texto que está em Isaías
43,1. Depois pergunte como eles já sentiram essa experiência de Deus que
cuida, protege e ama por meio de um fato concreto da vida.
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana
1. Para ter sempre presente “Deus na vida”, durante a semana procure rezar ao ir à
escola ou ao voltar dela a oração invocando o nome de Jesus com ternura e respeito.
“Jesus meu bom amiguinho, me leve sempre para o bom caminho.”
2. Quem você poderá ensinar a rezar esta oração nesta semana? Faça isso!
Material para o próximo encontro: além do seu material de catequese, levar giz de cera.
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2o Encontro
Quem sou eu?
“Sou pessoa,
vivo em família”
Objetivos:
• ReconhecerafamíliacomoumpresentedeDeusparanós.
• Percebercomoéminhafamília,opapeleamissãodecadaum.
Material de apoio:
• Bíblia
• ¼folhadepapelA4branca(para cada catequizando)
• gizdecera
• fitaadesiva
• umaimagemougravuradaSagradaFamília
• umcartazgrandedeumacasa(conforme modelo abaixo, para fixar no mural)
Formando e preparando o catequista para o encontro
Quando olhamos no mais profundo de nós mesmos, encontramos uma incrível vontade de sermos
amados e de poder dar amor a alguém. É esta a raiz mais profunda do homem; ninguém é feliz se não se
sente amado ou sabendo que ninguém deseja o seu amor. O amor está na essência de cada um de nós, é
isso que nos faz diferentes de todos os seres viventes. Apenas o homem sabe e pode aprender a amar. Um
outro ser, um animal, por exemplo, apenas pode se “apegar” a alguém do qual recebeu algum benefício.
O homem, ao contrário, é capaz de construir o amor, que não é apenas um sentimento passageiro, mas
sim uma relação estável, firme, segura, uma relação que é capaz de superar até as desavenças, as contra42
riedades e o mal recebido. Jesus nos mostrou como isso é possível; toda vez que aprendemos a perdoar
nós também fazemos o mesmo. O amor, embora já esteja presente no homem, deve ser descoberto,
alimentado, construído na liberdade para tornar-se consciente. Ninguém nasce amando. Mesmo que a
sua vida seja alimentada pelo amor recebido desde o seio da própria mãe, aprendemos a amar!
Mas como aprendemos o que é o amor? Onde aprendemos como se ama? Como podemos desenvolver aquilo que nos fará felizes ao longo da nossa vida?
O amor não se improvisa, se constrói. O sentimentalismo é apenas um impulso afetivo, mas não
é amor. Então, o que é o amor?
Nunca alguém poderá nos dar uma definição de amor, porque todos nós somos diferentes e cada
um expressa essa belíssima qualidade de modo diferente; o amor não é algo teórico. Por outro lado,
podemos perfeitamente aprender “como” se ama e saber perfeitamente como reconhecer o amor,
mesmo em circunstâncias difíceis. Pois bem, a família é a preferencial escola do amor; não é a única,
mas a preferencial, aquela que Deus escolheu para o seu próprio Filho. Jesus não podia deixar de nascer numa família, porque é na família que cresce o amor e se descobre a sua grandeza. Embora Filho
de Deus, embora Amor feito homem, Jesus “aprendeu” a arte de amar com Maria e José, aprendeu
“como” se ama através do amor dos dois, assim como nos sugere o Evangelista Lucas: “Jesus crescia em
sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lucas 2,52) e também o autor da carta aos
hebreus (hebreus 5,8). Deus nos deu a família para aprender como se ama e como Ele ama, porque
Deus é comunhão de amor trinitário.
A história, porém nos mostra como foi difícil para o homem descobrir a beleza do amor na família “nuclear” (que significa: formada de um núcleo de pai, mãe, filhos) que é a forma mais madura
e correspondente ao projeto de Deus. Assim, podemos dizer que a família entendida deste modo não
é apenas a união de duas pessoas quaisquer, mas de duas pessoas unidas conforme a ideia que Deus,
fonte de amor, tem como lugar onde se aprende o Seu Amor.
A melhor escola de amor a encontramos na Família de Nazaré: José e Maria têm tudo para afastar-se um do outro; têm todas as motivações para desacreditar; mas escolhem acreditar um no outro
e, os dois juntos, acreditar em Deus e no Seu desejo. É a família que sabe olhar para Deus e encontra,
neste olhar, a própria unidade. Não faltam as incompreensões: “Filho, por que fizeste assim conosco?
Teu pai e eu, aflitos, estávamos à Tua procura”... Eles não compreenderam as palavras que Jesus lhes
dissera” (Lucas 2, 48.50). As incompreensões servem sempre como uma escada para subir até o ponto
mais alto do amor.
Depois do estudo do texto, procure rezar, meditar e vivenciar a Palavra preparando-se
para o Encontro.
Acolhimento – Ver a realidade
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)
É agradável e realmente muito bom encontrá-los novamente. Estamos unidos para
refletir sobre as coisas lindas do amor de Deus e construir a grande família dos filhos
de Deus. Vendo-os tão dispostos, fico feliz e os convido para que, de mãos dadas em
ciranda, possamos cantar.
43
Canto:
Amigo, que bom! Que bom que você veio!
Amigo, ô, ô, que bom que você veio, ô, ô!
Foi Jesus quem o chamou, ô, ô!
e você aceitou.
Amigo, que bom! Que bom que você veio! (bis)
Dinâmica: minha família, nossa família
Objetivo: perceber como cada catequizando enxerga sua família e levá-lo a
refletir que a família de todos nós forma a família de Deus.
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)
1. Colocar, no mural, um grande cartaz de uma casa, onde serão colocados,
posteriormente, os desenhos que os catequizandos fizerem de sua família,
simbolizando os tijolos da parede.
2. Distribuir ¼ folha A4 e o giz de cera para cada catequizando.
3. Orientá-los para que façam uma moldura em torno da folha e desenhem
a sua família.
4. Pedir para que cada um apresente o desenho que representa sua família.
5. Após a apresentação, cada um coloca o desenho que fez de sua família
como se fossem os tijolos da parede do desenho da casa fixada no mural,
formando a família de Deus.
Fundamentação – Iluminar
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)
Deus Pai nos criou para relacionarmo-nos com outras pessoas, que convivem conosco
dia­riamente, que nos ajudam e nos orientam, partilham conosco os bons e os maus momentos, passando a fazer parte de nossa família.
A família é a primeira comunidade na qual ingressamos desde o momento em que nascemos. Independentemente das características próprias das pessoas que a compõem, precisamos amar, respeitar
e honrar nossa família, pois ela é o lugar de acolhida, encontro, participação, doação, amor e perdão.
A família de Jesus nos dá um lindo exemplo.
(O catequista coloca no mural o cartaz da Sagrada Família ou uma imagem na mesa.)
Pedir aos catequizandos que digam juntos:
– Jesus, Maria e José, a minha família, vossa é.
Vamos ler a palavra e refletir:
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa” (Lucas 2,41).
Olhando para a família de Jesus, podemos aprender que eles eram unidos e sabiam viver e celebrar
juntos os momentos festivos. Na vida de família é muito importante que os pais e responsáveis participem
das celebrações e atividades da Igreja, assim como Maria e José fizeram quando levaram Jesus ao templo.
44
Vamos refletir juntos e depois partilhar:
– Quais as atividades que vocês realizam juntos em família?
“... Maria e José voltaram da festa e o Menino Jesus ficou sem que seus pais percebessem. Pensando
que ele estivesse com seus companheiros de viagem, andaram o caminho de um dia e o buscaram
entre os parentes e conhecidos, mas não o encontraram e voltaram a Jerusalém a procura Dele”
(Lucas 2,43-45).
Deus Pai havia confiado Jesus a Maria e José. Jesus sabia disso e valorizava isso; e Ele tinha uma
grande missão. Nessa ocasião, não ter voltado com seus pais não significa que Jesus tivesse sido desobediente. Ao ficar em Jerusalém, Ele estava fazendo a vontade de Deus, o seu Pai.
– Alguma vez vocês já se envolveram tanto com algo que naquele momento era importante e se
esqueceram de comunicar antes os seus pais, deixando-os preocupados?
Também podemos perceber que na família de Jesus há um grande amor e preocupação de uns para
com os outros.
“Quando Maria e José encontraram Jesus novamente, sua mãe lhe disse: Meu filho, que nos fizeste?
Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição” (Lucas 2,48).
Como Jesus era um grande presente de Deus Pai confiado a Maria e José, eles cuidavam dele com
muito zelo e preocupação; e até sentiram medo e angústia quando sentiram a sua ausência.
– O que você acha que seus pais sentem quando vocês estão ausentes? Por quê?
Quando saíram do templo, Jesus ficou lá com os doutores, e seus pais nem perceberam. Andaram
muito: Maria pensava que Ele estava com José, e José achava que o menino estava com Maria. Quando notaram sua falta, ficaram preocupados e foram à sua procura. Nossos pais também se preocupam
conosco, fazem tudo para sermos felizes e para nos encaminhar bem na vida. (Exemplo: preocupação
quando ficamos doentes, quando viajamos, preocupação com a nossa vida estudantil, procurando nos
ensinar a amar a Deus e a respeitá-Lo etc.)
Quando encontraram Jesus, Maria disse:
– Meu filho! Por que você fez isso conosco?
“Jesus voltou para casa e ali viveu com humildade e obediência a seus pais” (Lucas 2,51).
Jesus ajudava nas tarefas que podia e sabia executar: buscar água para a mãe, pegar os materiais
para José, estudar as Escrituras. Gostava de estar junto dos amigos. Enfim, vivia o verdadeiro espírito de
família com José e Maria.
Jesus fez questão de ter uma família. Nasceu e viveu entre os homens. Sua família sempre o ajudou,
respeitou, acolheu, incentivou e educou.
Em nosso convívio humano e familiar, existem pessoas que nos são tão queridas que fazem por
nós tudo o que José e Maria faziam por Jesus. Quem são essas pessoas? Vamos identificá-las e escrever
o nome delas.
Nem sempre nossa família é constituída como a família de Nazaré, com o pai, a mãe, mas todos
temos pessoas que nos amam e nos acolhem: avós, professores, catequistas, parentes, amigos, pessoas que
nos criam e nos educam. Essas pessoas são as que constituem também nossa família.
Independentemente das pessoas que constituem nossa família, todos precisamos aceitar nossa história e nossa família. Respeitá-la, honrá-la, pois a família é o lugar de acolhida, encontro, amizade, ajuda, participação, amor e doação.
45
Marque um X naquilo que você aprende com sua família:
Na família, aprendemos a
( X ) conviver e respeitar pais e irmãos;
( X ) assumir as dificuldades com tranquilidade;
( ) não atender aos pedidos dos nossos pais;
( X ) construir novos conhecimentos;
( X ) dividir trabalhos e responsabilidades;
( ) não respeitar as pessoas da nossa família;
( X ) perdoar e cultivar amigos;
( X ) conhecer e amar nosso Deus.
O que Deus falou para mim neste texto?
Espiritualização – Celebrar
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)
É na família e em família que aprendemos a amar nosso Deus.
Peçamos com muita fé a Deus Pai que abençoe nossa família e que nos faça estimados
e obedientes como Jesus. Rezemos juntos:
(O catequista convida os catequizandos a estenderem a mão direita em direção ao cartaz
da casa com o desenho das famílias e rezar.)
– Jesus, Maria e José, a minha família, vossa é.
Oração:
– Jesus, meu bom amigo, tu, que tiveste uma família exemplar, atende, Senhor, o meu pedido.
Todos:
– Abençoa e protege as famílias do mundo inteiro, cuida de meus pais, protege sempre meus irmãos
e a mim também. Ajuda-me a ser um filho educado, amável e obediente. Amém.
Oração pela família: (Pe. Zezinho, SCJ)
Sol nascente, sol poente
1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente.
Que nenhuma família termine por falta de amor.
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente.
E que nada no mundo separe um casal sonhador.
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte.
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois.
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte.
Que eles vivam do ontem no hoje em função de um depois.
46
Que a família comece e termine sabendo aonde vai.
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.
Abençoa, Senhor, as famílias. Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também!
2. Que marido e mulher tenham força de amar sem medida.
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão.
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida.
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.
Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos.
Que o ciúme não mate a certeza de amor entre os dois.
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho…
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!
O que sinto vontade de dizer a Deus?
Atividades de fixação – Agir cristão
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)
1.
Localize no quadro abaixo:
a) três palavras que identifiquem o bom filho (obedecer – respeitar – amar);
b) os nomes dos pais de Jesus (Maria – José);
c) duas tarefas importantes para seus pais ou responsáveis (catequizar – educar).
A AMOVmar Ia LML J D
CADBEML RU Z I VAEe
JOSEZBXWY KVLMBd
EF I DQT AMA RMOPQU
S I MEumi PE HT POUc
PNKCAtequizarRa
SO I EOEQ A I UT PEOr
QWYRESP E I T ARGH E
Vivendo a fé em família –
Transformando a oração em compromisso de ação cristã
Em nossa família existe amor, respeito, perdão, trabalho, momentos de oração etc.
1. Convide seus pais para ler em família o texto de Lucas 2,41-52.
2. Depois de lerem o texto, ensine-os a rezar a oração que você aprendeu no encontro da catequese:
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMÍLIA, VOSSA É.
47
3. Agora, com a ajuda dos pais e de seus irmãos, descubra em que sua família se parece com a Sagrada Família: Jesus, Maria e José.
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana
Num momento em que sua família estiver reunida, assuma o compromisso de
ler esta oração para eles a cada dia desta semana:
Senhor, ensina-nos a viver bem em família.
Que os pais do mundo inteiro sejam como José;
as mães, como Maria;
e os filhos cresçam queridos e obedientes como Jesus.
Fica conosco, Senhor,
para que juntos possamos formar a grande família
dos filhos de Deus neste mundo. Amém.
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMÍLIA, VOSSA É.
Material para o próximo encontro: trazer escrito para o próximo encontro os nomes dos avós
paternos e dos avós maternos.
48
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