5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
Roteiro para o Dinamizador
Amigo dinamizador:
Para facilitar a realização da nossa tarefa vamos recordar:
1. O Objetivo dos Encontros Espíritas sobre a Mediunidade.
Estímulo ao estudo e sua conseqüência imediata: o trabalho no bem.
1.1
1.2
Advertência permanente sobre o caráter de superioridade que devemos imprimir ao
trabalho mediúnico por ser: “sublime desenvolvimento das forças da alma”
1.3
Convite ao progresso endereçado a todos os homens que desejem se compatibilizar
com a elevação (ver mensagem dos Benfeitores Espirituais do CELD para o 1o Encontro
Espírita sobre a Mediunidade).
2. O Objetivo do 5o Encontro Espírita sobre a Mediunidade.
2.1
2.2
Transmitir às pessoas uma visão superior a cerca da mediunidade e suas
conseqüências morais, psicológicas e espirituais.
Falar com propriedade da visão cristã do exercício da mediunidade.
2.3
Trabalhar principalmente os conceitos morais sobre a mediunidade conceituando-a,
sem rebuços, como fruto de um trabalho cristão.
2.4
Demonstrar vivamente o que a mediunidade cristã faz com cada um (1a vibração para
o 5 EEM - Mensagem de Baltazar).
o
O nosso estudo de O LM 18/28 forneceu-nos conclusões importantes:
1a Conclusão: “O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá ... Quem deseje
tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e
acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das idéias.”
“O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos... Quem quiser com eles instruir-se
tem que com eles fazer um curso: mas, exatamente como se procede entre nós, deverá escolher seus
professores e trabalhar com assiduidade.” (LE – Introdução VIII)
2a Conclusão: “Todo ensino metódico tem que partir do conhecido para o desconhecido (LM 19)
“Não constitui ensino unicamente o que é dado do púlpito ou da tribuna. Há também o da
simples conversação. Ensina todo aquele que procura persuadir a outro, seja pelo processo das
explicações, seja pelo das experiências”. (LM 18)
3a Conclusão: “Antes, pois, de tentarmos convencer um incrédulo, mesmo por meio dos fatos,
cumpre nos certifiquemos de sua opinião relativamente à alma, isto é, cumpre verifiquemos se ele
crê na existência da alma, na sua sobrevivência ao corpo, na sua individualidade após a morte.
.............................................................................................................................................
“Numa palavra, primeiro que o torneis ESPÍRITA, cuidai de torná-lo ESPIRITUALISTA.”
(LM 19)
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5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
4a Conclusão: “Alguns incrédulos se admiram de que os Espíritos tão poucos esforços façam para
os convencer... Para vencer a incredulidade, Deus emprega os meios mais convenientes, conforme
os indivíduos...
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Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus, nem os Espíritos, que são os executores da
Sua vontade, se lhes submetam as exigências (ESE – Cap. VII, 9)
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“O orgulho é a catarata que lhes tolda a visão” (ESSE – Cap. VII, 10)
5a Conclusão: ... “A fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se
adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la mesmo entre os mais refratários”. (ESE –
Cap. XIX, 7)
6a Conclusão: “A verdadeira fé se conjuga à humildade: aquele que a possui deposita mais
confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina,
nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vem em auxílio”. (ESE – Cap. XIX,
4)
7a Conclusão: “ Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de
órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades
para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são
árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que
abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade,
entre os ricos e os pobres, entre os grandes e pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a
fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. Se, porém, eles desviam do objetivo
providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis, ou
prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus
frutos, se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si
mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil
neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos
maus.” (ESE Cap. XIX, 10)
8a Conclusão: “Por todos os procedimentos medianímicos os Espíritos superiores se esforçam em
trazer a alma humana das profundidades da matéria para as altas e sublimes verdades que regem o
Universo, para que se revistam dos altos fins da vida e encarem a morte sem temor, para que
aprendam a desprender-se dos bens passageiros da Terra e prefiram os bens imperecíveis do
Espírito.” (Léon Denis– Espíritos e Médiuns – 2a edição CELD, pag. 47)
9a Conclusão: “O médium pode, pois, entrar em relação com o Além-Túmulo de duas maneiras:
por dissociação de seu centro psíquico, que lhe permite exercitar seus sentidos no mundo invisível e
penetrar os seus mistérios, ou pela ação direta dos espíritos sobre seu organismo fluídico, por meio
de transe, da escuta, da mesa, da prancheta, etc... O primeiro procedimento é o mais eficaz, porque
sua aplicação repetida aumenta pouco a pouco o poder de irradiação do médium e lhe abre o acesso
aos planos superiores: assim adquire a plenitude do seu “eu” pela união íntima da consciência
superior com a consciência física.
Por outro lado, essa é a finalidade geral da evolução da alma: ampliar incessantemente o
campo de suas irradiações e de suas percepções; ao mesmo tempo é uma forma de preparação para a
vida no Espaço, a possibilidade de gozar suas profundas alegrias e sua harmonia sublime.” (Léon
Denis – Espíritos e Médiuns – 2a edição CELD, pag. 47)
5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
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10a. Conclusão: “O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem, lenir corações aflitos,
consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais; essa a sua missão. É nisso também que
encontrará satisfação real.” (LM 30).
1O. Tema: O que caracteriza um estudo sério, é a continuidade que se lhe dá. (LM 18)
Nesse momento, precisamos levar aos encontristas os principais aspectos debatidos na 1a
aula (15.01.98) de aprofundamento sobre o tema:
1o) “A Ciência Espírita é uma ciência que se aprende. .... Que se estuda. Não se pode ser
Espírita sem estudar.”
2o) “Estudar é aplicar-se no conhecimento de alguma coisa.”
3o) “Não se pode dizer que verdadeiramente se conhece Doutrina Espírita, se não estudamos
todos os livros de Kardec”.
Como conduzir os encontristas a essas conclusões?
Durante os instantes de recepção aos encontristas, ao solicitar que eles se conheçam, se
apresentem, peça-lhes que digam se estão estudando regular e metodicamente a Doutrina Espírita.
Freqüentam regularmente Cursos, Encontros no CELD? Em outras Casas Espíritas? Interessam-se
pelo estudo de temas doutrinários específicos? O que vieram buscar no Encontro sobre a
Mediunidade?
Alerte os seus monitores para escreverem em um relatório as respostas mais apresentadas.
O dinamizador que estiver lhe apoiando deverá neste momento estar bem atento aos
depoimentos dos encontristas. Procurará grupar em duas ou três chaves as principais motivações
para o comparecimento a um Encontro de estudo sobre a Mediunidade. Deverá observar também o
hábito de estudo sistemático da Doutrina Espírita. Atentará para os temas doutrinários que
despertam mais interesse nos encontristas. Provavelmente as dúvidas estarão dentro destes temas.
A seguir peça aos encontristas que, resumidamente, apresentem seus depoimentos em
relação à Mediunidade. São médiuns em trabalho? Abandonaram tarefas mediúnicas regulares?
Estão procurando orientação para iniciar atividade mediúnica regular? Desejam realizar seu trabalho
mediúnico de acordo com a Doutrina Espírita?
Ouça atentamente as pessoas. Não se apresse em dar respostas definitivas sobre situações
particulares.
Os monitores e o 2o dinamizador devem tentar incluir em seu relatório o resumo das
principais motivações e testemunhos dos encontristas para o exercício da mediunidade.
Pergunte as pessoas que estão em trabalho mediúnico no CELD, como foi a entrada delas na
atividade. Peça o testemunho dos seus monitores, ou do 2o dinamizador se nenhum encontrista
corresponder espontaneamente ao seu convite.
Enfatize no(s) relato(s) a maneira por vezes, “ingênua” pela qual se deu a nossa entrada na
tarefa mediúnica. Como era limitada a nossa compreensão do trabalho mediúnico ...
1o) Achávamos que todo Espírita depois de algum tempo de freqüência à Casa Espírita
deveria obrigatoriamente tornar-se médium;
2o) Pensávamos que o exercício mediúnico seria a solução de uma série de dificuldades da
nossa existência: doenças inexplicáveis, crônicas; confusões do raciocínio; mal-estares; pesadelos
repetidos; etc. ...
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5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
3o) Desejo de trabalhar ostensivamente com os Bons Espíritos.
Observe se os encontristas se identificam com as situações que você está apresentando.
Nesse momento eles começam a relatar espontaneamente as suas expectativas para o trabalho
mediúnico?
Tente apreender qual é a visão da Mediunidade que os encontristas estão trazendo.
Apresente as conclusões da aula de 15.01.98:
1a) “O desenvolvimento da mediunidade é um episódio na vida da criatura que se
aplica ao estudo da Doutrina Espírita.”
2a) “O estudo da Doutrina Espírita norteia o exercício mediúnico ao fornecer
critérios para a distinção entre bons e maus Espíritos.”
3a) “A observação da natureza dos fenômenos que ocorrem junto ao médium permite
o conhecimento da qualidade dos Espíritos que acompanham o médium.”
4a) “A aceitação do compromisso com uma tarefa de cunho espiritualizante, por
exemplo, o passe permite a convivência com o Mundo Espiritual Superior.” Daí um
aprendizado para o candidato ao exercício da Mediunidade orientada pela Casa Espírita.
Aprendizado de disciplina, aprendizado de boa vontade, sublimação das intenções,
aprendizado da indulgência e da compaixão, desenvolvimento da sensibilidade mediúnica.
Mostre ao encontrista que a boa vontade do encarnado é sempre aproveitada pela
Espiritualidade. Apesar da nossa visão ingênua, fragmentária, incompleta, sobre o compromisso do
trabalho mediúnico, sobre o Mundo Espiritual, a Casa Espírita oferece-nos diversas frentes de
trabalho espiritualizante que renovam nossas concepções sobre os Espíritos e o Mundo Espiritual.
São oportunidades de assegurar-nos da realidade do Mundo dos Espíritos.
Peça agora aos companheiros que deram testemunhos, depoimentos sobre o modo como
iniciaram suas atividades mediúnicas que falem um pouco sobre sua visão atual da mediunidade.
Procure extrair desses relatos a importância do estudo metódico doutrinário, particularmente
sobre a Mediunidade, na mudança de perspectiva sobre o exercício mediúnico. Ressalte como a
convivência com outros médiuns, com os Espíritos, com Espíritos Benfeitores e sofredores, com os
encarnados modificou a nossa visão do trabalho mediúnico.
Lembre enfaticamente aos encontristas que se desde o início da nossa busca de
desenvolvimento da mediunidade tivéssemos procurado no estudo da Doutrina Espírita a noção
correta do que é a mediunidade e o seu papel no progresso do Espírito humano teríamos
economizado tempo, esforços e evitado decepções.
Apresente agora a 1a Conclusão do nosso estudo:
“O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá ... Quem deseje
tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e
acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das idéias.”
“O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos... Quem quiser com eles
instruir-se tem que com eles fazer um curso: mas, exatamente como se procede entre nós,
deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade.” (LE – Introdução VIII)
Lembre aos encontristas:
“Por todos os procedimentos medianímicos os Espíritos superiores se esforçam em
trazer a alma humana das profundidades da matéria para as altas e sublimes verdades que
regem o Universo, para que se revistam dos altos fins da vida e encarem a morte sem temor,
para que aprendam a desprender-se dos bens passageiros da Terra e prefiram os bens
imperecíveis do Espírito.” (Léon Denis– Espíritos e Médiuns – 2a edição CELD, pag. 47)
5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
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Insista na compreensão do motivo pelo qual a Doutrina Espírita foi revelada ao homem da Terra:
“Não esqueçais que o fim essencial, exclusivo, do Espiritismo é a vossa melhora e que,
para o alcançardes, é que os Espíritos tem a permissão de vos iniciarem na vida futura,
oferecendo-vos dela exemplos de que podeis aproveitar. Quanto mais vos identificardes com o
mundo que vos espera, tanto menos saudosos vos sentireis desse onde agora estais. Eis, em
suma, o fim atual da revelação.” (LM 292, 22a)
Assegure-se nesse ponto que os encontristas estejam compreendendo os seguintes pontos básicos:
1o) A Doutrina Espírita tem uma visão própria sobre a mediunidade;
2o) Essa visão comporta dois aspectos: a noção de que a mediunidade é instrumento de
progresso para os Espíritos que aceitem o compromisso com a tarefa e, a mediunidade é meio de
facilitar ao homem terreno a compreensão das reais características dos Espíritos e do Mundo
Espiritual.
Pergunte agora aos encontristas em que o conhecimento da Ciência Espírita modificou a sua
visão sobre o mundo, sobre as condições da vida corpórea, sobre a finalidade da vida.
Ouça, medite, conclua:
“O Espiritismo... entende com todas as questões que interessam a Humanidade; tem
imenso campo, e o que principalmente convém é encará-lo pelas suas conseqüências.
................................................................................................................................................
Forma-lhe sem dúvida a base a crença nos Espíritos, mas essa crença não basta para
fazer de alguém um Espírita esclarecido. ...”(LM 18)
Sugira aos encontristas que pensem sobre o modo Espírita de realizar todas as suas
atividades: na vida profissional, no lar, na Casa Espírita. Peça que eles reflitam se o conhecimento
doutrinário que já adquiriram conseguiu modificar seus pontos de vista humanos sobre o mundo e a
vida.
Ouça os comentários que alguns encontristas desejem fazer nesse momento. Observe nesses
comentários a compreensão da idéia de Deus e dos Espíritos.
As pessoas não conseguem ver a relação entre o conhecimento doutrinário e as decisões que
precisam tomar a cada instante? Demonstram exclusivamente uma visão “religiosa” da Doutrina
Espírita? Parecem relacionar Espiritismo exclusivamente com prática mediúnica?
Comece então a dinamização do 2o Tema: Estudo comparativo entre Espiritualismo e
Espiritismo. (LM 19)
2o Tema: Estudo comparativo entre Espiritualismo e Espiritismo (LM 19)
Tente obter dos encontristas o entendimento sobre a expressão: “Espírita esclarecido”.
Quais seriam as características do Espírita esclarecido? O que os encontristas consideram
que seriam os atributos dessa criatura?
Ouça atentamente as opiniões.
Provavelmente as pessoas apresentarão algumas dessas idéias:
1a) É alguém que acredita nos Espíritos;
2a) É o trabalhador da Casa Espírita, o médium;
3a) É o conhecedor de Doutrina Espírita, o divulgador;
4a) É quem pratica a caridade.
Explique que o Espírita esclarecido é aquele que apreendeu todas as conseqüências do
conhecimento espírita tanto do ponto de vista moral quanto do ponto de vista da realidade do
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5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
Mundo Invisível. O Espírita esclarecido compreendeu por antecipação as condições da vida
espiritual.
Comente com os encontristas fatos da vivência na Casa Espírita, na qual ficou evidenciado
que as criaturas não possuíam ainda a correta noção de Mundo Invisível e vida espiritual. Use algum
exemplo da aula de 16.02.98 (por exemplo, o caso do senhor, conhecedor de Doutrina Espírita que
recusa a mensagem mediúnica de orientação por não concordar com os conselhos do Benfeitor
Espiritual), ou solicite do 2o dinamizador um relato em que pessoa(s) com noções doutrinárias,
convivendo na Casa Espírita, ao atravessar situações de conflito desesperam-se, ou até abandonam a
Casa Espírita.
Provavelmente nesse momento os encontristas animar-se-ão para fornecer seus próprios
relatos. Ouça-os atentamente.
Pergunte agora: Se essas pessoas já sabiam que eram Espíritos imortais subordinados a
uma Lei de Justiça e Bondade porque tiveram dificuldade de atravessar equilibradamente suas
crises? Porque agiram como criaturas que nada conhecessem da vida espiritual? Qual a natureza
de sua crença?
Ouça as opiniões dos encontristas. Por exemplo:
1a) É muito difícil aceitar certas dores (a morte, as doenças);
2a) Não dá para compreender como é que os Espíritos não evitam sofrimentos para o
trabalhador da Casa Espírita;
3a) Como entender que uma criatura que está procurando “fazer a caridade” sofra
determinadas situações?
Lembre aos encontristas que a dificuldade de compreender a Justiça Divina é própria das
crenças espiritualistas não-espíritas. Recorde-lhes que tradicionalmente o Antigo Espiritualismo nos
forneceu a idéia antropomórfica de Deus. Acostumamo-nos a vê-Lo como um soberano que
dispensa graça e proteção aos súditos favoritos. Também estamos acostumados a pensar em Deus
como um Senhor terrível, que precisa ter sua cólera aplacada através de oferendas. Quando mais
materializados fazíamos sacrifícios, até mesmo da vida humana; mais tarde empregamos o
mecanismo das “promessas”. A verdade é que acreditamos poder dobrar a Justiça Divina.
Relate aos encontristas algum caso do seu conhecimento no qual um médium espírita
revolta-se em situação de dor, de dano ou de perda.
Provavelmente os encontristas dirão que essas pessoas não são Espíritas. Mostre-lhes que
elas tem a crença em Deus e nos Espíritos.
5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
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Faça então a distinção entre o Antigo Espiritualismo e o Novo Espiritualismo:
ANTIGO ESPIRITUALISMO
NOVO ESPIRITUALISMO OU ESPIRITISMO
Acredita haver em si alguma coisa Crença na existência dos Espíritos e nas relações
mais do que matéria
do mundo material com os seres do Mundo
Invisível (LE Introdução I)
Crença em Deus com dificuldade de Compreensão de Deus como Suprema Vontade
compreensão da sua Justiça
Inteligente (LE no 1)
Justiça das aflições (ESE, cap. V, item 3)
Crença em condições inalteráveis de Progresso infinito do Espírito humano
vida
espiritual
(Céu,
Inferno, (LE nos. 116 e 126)
Purgatório)
Unicidade da existência
Pluralidade das vidas corpóreas (LE no. 166)
O homem terreno como protótipo de Diferentes categorias de mundos habitados
perfeição
(ESE, Cap. III, itens 3 a 5)
Discuta exaustivamente a idéia de Deus na Doutrina Espírita.
Mostre como a mediunidade estabeleceu a realidade do Mundo Espiritual, através de
comunicações concordantes.
Faça o encontrista perceber que apenas a Doutrina Espírita foi capaz de conciliar a
Justiça e a Bondade Divinas. Insista em mostrar a clareza das notícias sobre o Mundo Espiritual,
obtidas através de médiuns espíritas ( Francisco Cândido Xavier/André Luiz). Lembre ao
encontrista que esses relatos não são apenas descritivos. Dão-nos a precisa noção das Leis Morais
que regem as Sociedades Espirituais. Mostram a influência recíproca entre homens e Espíritos.
Depois de mostrar os Fundamentos da Doutrina Espírita, retome os exemplos e relatos
anteriores.
Demonstre aos encontristas que as atitudes observadas são espiritualistas mas não são
atitudes de Espíritas esclarecidos. Nesses casos faltou maturação do conhecimento doutrinário. As
criaturas se transferiram de crença mas não alteraram substancialmente a natureza de sua crença.
Ajude os encontristas a perceberem que a Doutrina Espírita, a mediunidade foram meios de
demonstrar a essas criaturas a realidade da existência do Espírito. O primeiro passo foi torná-las
Espiritualistas, provar-lhes a existência de um princípio moral, inteligente, pré-existente e
sobrevivente ao corpo carnal. Torná-las Espíritas é dar-lhes a completa convicção das
conseqüências de ser “Espírito Imortal”.
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5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
3o Tema: Mistérios ocultos aos doutos e aos prudentes - Estudo sobre o materialismo e a
incredulidade (LM 20 a 25)
Nesse momento os encontristas devem ter compreendido que:
1o) Conhecimento doutrinário necessita estudo sério, metódico, de toda a Codificação para
correta compreensão do pensamento de Kardec e suas conseqüências em todos os aspectos da vida
humana;
2o) A mediunidade precisa ser compreendida em seu aspecto moral, além do fenomênico;
3o) A dificuldade de reformularmos arraigadas concepções de Deus e dos Espíritos.
Convide os encontristas ao estudo do texto do LM que discute o Materialismo e a
Incredulidade.
Utilize um quadro sinóptico para facilitar a compreensão do pensamento de Kardec
MATERIALISMO/ MATERIALISTAS
Por sistema
Por falta de coisa melhor
Negação absoluta da idéia de Deus
Interpretação própria da vida
Vaga aspiração pelo futuro
Recusa em aceitar a visão espiritualista da
vida após a morte
Utilize exemplos para facilitar a compreensão dos conceitos. Na aula de 15.01.98
encontramos um materialista católico! A aula de 16.03.98 refere-se a um Espírito desencarnado
materialista! Nas referências bibliográficas da mesma aula (no 1), o relato de “Chico da Porteira”
mostra como um desencarnado pode desconhecer a localização do mundo espiritual.
Na obra “Memórias de um Suicida”, (Yvonne A Pereira), Belarmino de Queiroz e Sousa,
discípulo de Augusto Comte, mostra o raciocínio do materialista sistemático (1a Parte, Cap. III pags.
68, 69, 70 - 15a edição FEB)
Veja se o encontrista compreendeu claramente os conceitos de Kardec. Ele percebeu que
encarnado ou desencarnado, materialista é todo Espírito que concentra seus ideais exclusivamente
na vida terrena?
Comente agora algum dos exemplos das aulas no qual a criatura, mesmo religiosa, mostra
comportamento materialista. (ver aula de 16.02.98, caso do Espírita que não compreende mensagem
de Espírito familiar).
Na obra “Memórias de um Suicida”, (Yvonne A Pereira), Jerônimo de Araújo Silveira,
suicida declara-se católico militante e reafirma sua crença na existência de Deus (1a Parte, Cap. III,
pags. 65, 70 e 71 - 15a edição FEB). Camilo Cândido Botelho representa outra variedade de
materialista, aquele que “não descria da existência de um Ser Superior presidindo à Sua Criação, é
certo, mas que, considerando uma Incógnita a desafiar possibilidades humanas de lhe decifrar os
enigmas, não somente deixava de associar o respeito a esse Ser à sua vida, como, principalmente,
não lhe dava quaisquer satisfações do que fazia ou pretendia para regalo dos próprios caprichos e
paixões. ... Arrastava a dissonante ignorância da descrença na possibilidade de existirem leis
onipotentes, irremissíveis, partindo da Divindade Criadora e Orientadora para dirigir a Criação.”
(idem, 1a Parte, Cap. III, pags. 73 e 74).
Verifique se os encontristas compreenderam com clareza os diversos matizes com que o
materialismo pode se apresentar.
5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
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Apresente agora os conceitos Kardequianos sobre a Incredulidade.
INCREDULIDADE/INCRÉDULOS
De má vontade
Por interesse ou de má fé
Por pusilanimidade
Por orgulho
Por espírito de contradição
Por negligência
Por leviandade
Por decepções
Mostre aos encontristas que a incredulidade difere do materialismo sistemático por admitir a
existência de Deus, a existência de um princípio não-material no homem; enfim, os princípios
espiritualistas.
Utilize os casos da aula de 02.04.98 para fazer a distinção entre a incredulidade por má
vontade, por interesse e por má fé. Lembre-se de O LM cap. XXVIII, item 306 Médiuns
interesseiros.
A característica comum a esses gêneros de incrédulos é o temor da reforma que o
Espiritismo impõe aos seus seguidores. Podemos categorizar como incrédulos os médiuns que
recusam-se a aceitar a disciplina necessária ao exercício mediúnico com finalidade de elevação.
Recuam ante a obrigação de reformar-se e abrir mão de seus interesses pessoais. A incredulidade se
opõe ao devotamento (LM 197 – Médiuns devotados).
Lembre aos encontristas que Kardec advertiu sobre “uma infinidade de matizes” da
incredulidade.
Finalmente discuta com os encontristas a incredulidade por decepção. Mostre que ela deriva
da falta de reflexão sobre o conteúdo doutrinário. Atinge as criaturas que confundem médiuns,
doutrinadores, expositores, trabalhadores com Doutrina Espírita.
Esclareça as dúvidas sobre os conceitos de Kardec e conclua:
“Antes, pois, de tentarmos convencer um incrédulo, mesmo por meio dos fatos,
cumpre nos certifiquemos de sua opinião relativamente à alma, isto é, cumpre verifiquemos se
ele crê na existência da alma, na sua sobrevivência ao corpo, na sua individualidade após a
morte.
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“Numa palavra, primeiro que o torneis ESPÍRITA, cuidai de torná-lo
ESPIRITUALISTA.” (LM 19)
Lembre que a incredulidade é o resultado de incompleto estudo do Espiritismo. Aqueles que
se aprofundam no estudo da Ciência Espírita testemunham:
“O Espiritismo foi para mim, como para muitos outros, o alargamento de meu horizonte
mental e a penetração do céu, a transformação da fé em fatos reais; sem ele, não se pode
comparar a vida senão a uma viagem efetuada no fundo da adega de um barco, com as escotilhas
fechadas, em que o viajante não percebesse outra claridade que a de uma vela, e ao qual se lhe
permite, em uma esplêndida noite estrelada, subir a ponte e contemplar pela primeira vez o
prodigioso espetáculo do firmamento resplandecente da glória de Deus.”
(Sir Arthur Conan Doyle - A Nova Revelação - Palavras de Gérald Massey - Apud Léon Denis, Espíritos e
Médiuns, pg. 39 e 40, 2a edição CELD)
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5o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE — 1998
4o Tema: A Crença e a Mediunidade (LM 26, 27)
Amigo dinamizador, retomando o estudo facilite o aprendizado pelos encontristas.
É A HORA DO SONO!!! Mude a disposição das cadeiras, use outra técnica de exposição, peça
ao 2o dinamizador que assuma agora a tarefa, ...
Retome a discussão do Tema pedindo aos encontristas que façam a correlação entre o estudo
da parte da manhã e o exercício da mediunidade.
Peça a eles que durante 15 a 20 minutos, em pequenos grupos de 3 a 5 pessoas, elaborem
essa correlação.
Faça perguntas:
1o) Que idéias discutidas no período da manhã forneceram elementos para alterar o seu
conceito sobre a Mediunidade?
2o) Houve modificação no seu entendimento da finalidade da Mediunidade? Qual foi a
modificação?
3o) Qual seria o roteiro mais apropriado ao médium iniciante? Por onde começar? Que
valores buscar?
Observe se as conclusões apresentadas englobaram as idéias:
1a) O desenvolvimento da mediunidade é um episódio na vida do Espírita, como participante
de uma Doutrina que ele se aplica a conhecer e praticar;
2a) A mediunidade é um dos meios de progresso fornecido ao Espírito encarnado;
3a) A mediunidade praticada por quem tem conhecimento doutrinário rende muito mais;
4a) Tanto o médium sensitivo (LM 164) quanto o médium involuntário (LM 161) ou
ostensivo precisam de fundamentos filosóficos para o exercício mediúnico;
5a) Esses fundamentos balizarão o exercício mediúnico, por inserir a intercessão nos limites
da Lei de Causa e Efeito. O comportamento ético mediúnico fundamenta-se no reconhecimento de
que a ação espiritual não se realiza fora dos limites estabelecidos pela Lei de Deus.
Conclua:
“É necessário abordar o terreno da experimentação com uma prudência extremada,
depois de estudos teóricos suficientes.
O Espiritismo é a ciência que regula essas relações e nos ensina a conhecer, a atrair, a utilizar
as forças benéficas do mundo invisível, a separar as más influências e, ao mesmo tempo, a
desabrochar os poderes escondidos, as faculdades ignoradas que dormem no fundo de todo
ser humano.”
( Léon Denis – Espíritos e Médiuns, cap. I, pag. 26 – 2a edição CELD)
Mostre aos encontristas que a Visão Espírita da Mediunidade é mais abrangente e profunda
do que a visão habitual.
A naturalidade que se estabeleceu na convivência entre Espíritos e homens geram algumas
atitudes equivocadas:
1a) solicitação de intervenções dos Espíritos em quaisquer circunstancias de nossas vidas;
2a) a ilusão de que é possível obter sempre orientações infalíveis do mundo espiritual;
3a) atitudes da mais completa passividade ante a influenciação espiritual.
Apresentemos aos encontristas essas noções através LM 291, 19a e 20a, Notas de Kardec.
“Os nossos Espíritos protetores podem, em muitas circunstâncias, indicar-nos o melhor
caminho, sem, entretanto, nos conduzirem pela mão, ... Para progredir, precisa o homem,
muitas vezes, adquirir experiência à sua própria custa.
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Fora abusar da condescendência dos Espíritos familiares e equivocar-se quanto à
missão que lhes cabe o interrogá-los a cada instante sobre as coisas mais vulgares, como o
fazem certos médiuns. ... Esta mania denota pequenez nas idéias, ao mesmo tempo que a
presunção de supor, quem quer seja, que tem sempre um Espírito servidor às suas ordens,
sem outra coisa mais a fazer senão cuidar dele e dos seus mínimos interesses. Além disso,
quem assim procede aniquila o seu próprio juízo e se reduz a um papel passivo, sem utilidade
para a vida presente e indubitavelmente prejudicial ao adiantamento futuro.
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(Isso) desapontará sem dúvida os que imaginam que os Espíritos nada de melhor tem a
fazer do que nos servirem de auxiliares clarividentes e nos ajudarem, não a subirmos para o
Céu, mas a nos prendermos à Terra.”
“Não procureis na mediunidade um objetivo de mera curiosidade ou de simples
diversão; considerai-a de preferência um dom do Céu, uma coisa sagrada, que deveis utilizar
com respeito, para o bem de vossos semelhantes.”
(Léon Denis – No Invisível – cap. V pag. 62, 7a edição FEB)
Os encontristas compreenderam a visão Espírita da finalidade do exercício mediúnico?
Ainda surgem questionamentos com a visão “ser médium é exercer a caridade”, “ser médium é
preservativo da loucura”, “trabalho para não ficar com a vida atrapalhada”?
Lembre: “A visão cristã diz-nos que agir mediunicamente é trabalhar em favor do próximo
criando condições de erguimento das criaturas; é dedicar-se infinitamente ao que se propõe; é o
de iluminar o seu interior lembrando que a mediunidade é luz que se acende e se carrega dentro
de si; é criar condições internas e externas para que os Bons Espíritos venham sem se sentirem
com mal estar por estar junto de um médium; é enfim, fazer da sua força mediúnica um
instrumento de paz e de elevação.” (grifo nosso) (Baltazar, 1a vibração para o 5o EEM).
Conclua:
“Por todos os procedimentos medianímicos os Espíritos superiores se esforçam em
trazer a alma humana das profundidades da matéria para as altas e sublimes verdades que
regem o Universo, para que se revistam dos altos fins da vida e encarem a morte sem temor,
para que aprendam a desprender-se dos bens passageiros da Terra e prefiram os bens
imperecíveis do Espírito.”
(Léon Denis – Espíritos e Médiuns – cap. III, pag. 47 – 2a edição CELD)
Alerte os encontristas que as dificuldades do médium em permanecer de modo produtivo e elevado
na tarefa mediúnica relacionam-se com:
1a) conceito pessoal sobre o exercício da mediunidade;
2a) sentimento “experimentador” no trato com a mediunidade (LM 27 Espíritas
experimentadores);
3a) dificuldade em abandonar posturas de incredulidade e materialismo, procurando
construir em si mesmo o devotamento (LM 197, Médiuns devotados)
Daí a resistência ao exercício ininterrupto da mediunidade assim como as dificuldades em
entender mensagens dirigidas ao cerne da criatura (LM 226, 4a e Nota de Kardec).
Mostre ao encontrista que o exercício equilibrado, ininterrupto da mediunidade é prova de
adesão voluntária ao esforço de elevação. Recorde:
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“Mediunidade é assim e antes de tudo, uma poderosa arma com que aqueles médiuns, ou
aqueles seres dela investidos, demonstrarão a Deus, a si próprios, a seus Guias Espirituais e ao
mundo sua grande transformação, sua exata transformação para o bem.
Eles mostrarão que deixaram um dos aspectos mais tristes de sua existência, ou seja: a
incredulidade, a má vontade, a ligação com as forças do mal...” (Yvonne Pereira, mensagem em
03.06.98, no CELD, por Altivo Pamphiro).
Lembre aos encontristas que o Espiritismo deixa sempre intacta a liberdade do homem.
“Quando, por qualquer razão ou desculpas o médium alegar esta ou aquela circunstância, para o
abandono da sua tarefa, devemos recordar a estas criaturas que, em verdade, ninguém lhe oporá
obstáculos para que ele deixe o serviço do bem, mas que a própria Vida, a própria necessidade
que ele possui indicará obstáculos que o farão passar por circunstâncias tristes de sofrimento até
o ponto em que ele, arrependido, volte-se para o serviço do bem.
E isto não significa, propriamente dito, um castigo, como muitos usam a palavra, mas tão somente,
uma decorrência, uma vez que aquele que abandona as tarefas, liga-se a forças que o
comandavam anteriormente, isto é, a força de tristeza, quando não de maldade, a forças que o
retém em ângulos de sofrimento.” (Baltazar, 2a vibração para o 5o EEM).
Insista, invista na clara compreensão dos conceitos:
“MEDIUNIDADE É FORÇA A SERVIÇO DO BEM DE JESUS NA TERRA”
“MEDIUNIDADE É FORÇA A SERVIÇO DA ELEVAÇÃO MORAL E ESPIRITUAL
DAQUELE QUE A PRATICA” (grifo nosso) (Baltazar, 2a Vibração para o 5o EEM)
Leia:
“A caridade é impossível sem a fé. Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo
entre os que nenhuma religião têm; porém essa caridade austera, que só com abnegação se
pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la,
porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.”
(ESE - cap. XI, item 13)
“(A fé) mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo
desenvolvimento dos filhos que gerou (a Esperança e a Caridade).
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“É a base da regeneração.
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“Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas Suas promessas, mas sabendo porque
acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do fim que vos apontamos e
dos meios que vos trazemos para o atingirdes.” (ESE – cap. XIX, item 11)
Mostre aos encontristas que o exercício mediúnico distanciado da base doutrinária Espírita
nos faz incertos (LM 26). Isto é, “conhecemos mediunidade, sabemos portanto da existência dos
Espíritos, mas não temos no Espiritismo um roteiro. A mediunidade torna-se para nós um
experimento, não um roteiro de vida, de comportamento.”
É necessário o Padrão Espírita de vida e de exercício mediúnico (mensagem de
Emmanuel na apostila da 2a aula, em 16.02.98)
Leve os encontristas a compreenderem a distinção entre incertos (LM 26) e espíritas
imperfeitos (LM 27), usando os conceitos de Emmanuel na mensagem Vigiando e Orando
(apostila da 5a aula, em 07.05.98).
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Incertos são aqueles que tem notícias fragmentárias sobre a Doutrina Espírita. Conhecem
alguns dos seus conceitos, mas não tem noção do conjunto doutrinário e, portanto, tem dificuldade
em compreender as conseqüências morais do Espiritismo.
Espíritas imperfeitos tem dificuldade em abandonar comportamentos inferiores nos quais se
comprazem. São os servidores “meio-sombra” e “meio-luz” a que se refere Emmanuel. Explique
que somos todos nós a caminho da posição de verdadeiro Espírita ou Espírita-Cristão.
Observe se os encontristas estão conseguindo compreender que, em relação à mediunidade,
há necessidade do Espírito do médium remover com decisão barreiras interiores para que possa
atingir o status de bom médium (LM 197).
Trabalhe com os encontristas os conceitos da mensagem “Os fantasmas da mente” de
Albano do Couto (Seareiros de Volta, Waldo Vieira, pg. 25, 2a edição FEB). Lembre que “no abuso
da autoridade, no envilecimento do sexo e na paixão do dinheiro”, encontram-se matrizes para a
obsessão disfarçada e a perda de oportunidades de progresso e trabalho no bem.
(A obra Os Mensageiros, de André Luiz/Francisco Cândido Xavier estuda nos cap. 7 a 12,
diversos mecanismos de fuga ao trabalho mediúnico superior. Releia para recordar.)
Concluindo: Deixe claro a participação consciente do Espírito do médium na tarefa mediúnica.
1o) Procurar conhecimento prévio ao exercício de sua tarefa;
2o) Compreender o objetivo superior do exercício mediúnico, não falseando sua tarefa por
uma visão utilitarista da comunicação com o Mundo Invisível;
3o) Alcançar a visão progressiva da mediunidade, isto é, mediunidade como fator de
desenvolvimento das potências da alma;
4o) Reconhecer o compromisso permanente com seus Guias Espirituais;
5o) Aproveitar a convivência com os bons Espíritos para crescer interiormente;
6o) Não esquecer dos cuidados e treinamento pré-encarnatórios que o médium recebe
cuidando de multiplicar o talento recebido;
8o) Cultivar boa vontade incessante no trabalho mediúnico;
9o) Construir o espírito de serviço em seu coração;
10o) Compreender que a mediunidade é mais um dos meios de progresso que a Bondade
Divina ofertou ao homem para atingir a perfeição.
Explique aos encontristas que todas as idéias discutidas durante o dia aplicam-se aos
médiuns de faculdades ostensivas ou aos médiuns inspirados, que muitas vezes ignoram que a
comunicação com o Mundo Invisível é mais corriqueira do que supõem.
“Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo
pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na
categoria dos médiuns inspirados. Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade
intuitiva... A espontaneidade é o que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último
gênero.
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Sob este aspecto, pode dizer-se que todos são médiuns.” (LM 182)
5o Tema: Os Espíritas-cristãos (LM 28)
Os médiuns Espíritas-cristãos
Convide os encontristas a montar frases ou desenhos nos quais fiquem claramente
evidenciadas as dificuldades para a adesão irrestrita ao programa de elevação mental contínua que
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a Espiritualidade Superior tenta implantar na Terra. Peça-lhes que em palavras ou frases curtas
identifiquem as dificuldades do Espírito do médium em aderir a este programa.
Solicite ainda que relacionem os fatores que consideraram mais importantes para a
realização da tarefa mediúnica.
Monte com a colaboração dos encontristas um quadro em que fiquem expostas as
conclusões a que eles chegaram.
Avise que aqueles que assim desejarem podem deixar de forma anônima, sugestões para os
próximos encontros.
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Os fantasmas da mente
Revendo arquivos e arquivos espirituais, assinalamos queda lamentáveis daquelas almas
chamadas pelo Senhor, em todos os tempos, a compromissos na Seara do Aperfeiçoamento Humano
e, especialmente, neste último século, as que foram convocadas para servir à Doutrina Espírita.
Justo, assim, venhamos a destacar que dentre todas as provas humanas em que sucumbem os
tarefeiros mais promissores, três existem mais graves e mais freqüentes: o abuso da autoridade, o
envilecimento do sexo e a paixão do dinheiro.
Vejamos alguns exemplos.
Nos excessos do poder, surpreendemos, a cada passo: a concorrência a posições destacadas
nas galerias de mando terrestre, em prélios acirrados e violentos nos quais grandes esperanças e
sublimes projetos da Espiritualidade são impiedosamente exterminados nos desvarios da
inteligência; a transposição de forças, que deveriam ser criteriosamente aproveitadas nas
construções doutrinárias, para o endeusamento da personalidade e conseqüente procrastinação de
serviços ligados à emancipação coletiva e ao aprimoramento humano.
Nos desregramentos afetivos são comuns: a fuga aos compromissos sentimentais assumidos,
com a destruição de uniões e lares organizados pela esfera superior, na condição de bases destinadas
à reencarnação de elevados missionários dispostos a contribuir na redenção da Terra, exalçando o
futuro; a rendição da pessoa às teias da aventura emocional, em cujos fios viscosos pululam
entidades vampirizantes, interessadas na hipnose de condição inferior, sob a qual tombam
numerosas almas sensíveis, situadas no campo terrestre para efeitos gloriosos da mediunidade.
Nos delírios da usura repontam calamidades das mais encontradiças: a capitulação diante de
tentações infelizes, no manuseio de altas subvenções dessa ou daquela procedência, em cuja trama
caracteres bem intencionados se vêem envolvidos nos jogos da apropriação indébita, fantasiada de
competência; a vinculação gradativa a propinas douradas, à margem do serviço fraterno, propelindo
sorrateiramente a criatura para os desvios absconsos do profissionalismo religioso.
Os Espíritos Mentores permitem que o seareiro do bem seja testado, de modo a lhe
verificarem as forças para que se lhe dilatem encargos e ações.
Geralmente, o companheiro em falência não é a única pessoa a se prejudicar em semelhantes
defecções e, por esse motivo, às vezes, os Orientadores Maiores julgam mais acertado que o
problema surja de imediato, para prevenir quedas futuras, piores e mais espetaculares de
comunidades inteiras.
Todos os caminhos da obsessão disfarçada que apontamos constituem aferidores espirituais
dos cultivadores do Bem e da Luz, conscientes das próprias responsabilidades, sem qualquer
tangente à desculpa por deterem consigo forças suficientes para superá-los. E, por isso mesmo,
quando caem, não encontram apoio algum dentro de si mesmos para eximir-lhes a culpabilidade,
adotando, então, o afastamento das tarefas, a estagnação das próprias vidas e a perda da
oportunidade evolutiva que a reencarnação lhes oferecia.
Precatem-se, pois, nossos irmão domiciliados na esfera física, porquanto, no abuso da
autoridade, no envilecimento do sexo e na paixão do dinheiro, se levanta a trilogia sinistra dos mais
perigosos fantasmas da mente, a lançar muita gente boa e capaz nas sarjetas da sombra e nos
despenhadeiros da inutilidade.
Albano do Couto
Seareiros de Volta
Médium: Waldo Vieira
Edição FEB