PROJETO ESPECIAL
SÃO PAULO, 18 DE DEZEMBRO DE 2015
É hora de agir!
o que fazer para combater o mosquito
dengue, zika e chikungunya: entenda as doenças
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Guerra ao aedes aeGypti
diário de s. paulo - seXTa-FeiRa / 18 de deZeMBRo de 2015
30 anosde luta
um mosquito,
e ele parece mais forte do que nunca:
agora transmite três doenças
entenda a diferença entre dengue,
chikungunya e zika
contra o aedes...
A
expansão urbana
rápida e desordenada, aliada a
fatores como as
condições climáticas e o saneamento básico ineficaz, tem ocasionado
diversos surtos de dengue
no Brasil desde a década de
1980. Em mais de 30 anos de
luta contra a proliferação do
mosquito, infelizmente, o Aedes aegypti segue vencendo
a guerra.
No primeiro semestre
deste ano, o Brasil atingiu a
marca de 367 pessoas por
100 mil habitantes infectadas pelo vírus da dengue. O
limiar da epidemia, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), é de 300
por 100 mil. Só isso já seria o
suficiente para alertar os órgãos públicos e a população.
Com o surto de microcefalia
em bebês – associado ao vírus zika, também transmitido
pelo mesmo mosquito –, a situação ficou ainda mais preocupante.
Os dados são alarmantes.
Os casos de microcefalia –
condição que faz com que os
bebês nasçam com circunferência da cabeça menor que
32 centímetros, ocasionando
sequelas e até a morte – já
passam de 1.760 em 14 estados do País, principalmente
no Nordeste.
Até 14 de novembro, 1,5
milhão de casos de dengue
foram confirmados, um aumento de 176% em comparação ao mesmo período do
ano passado, quando foram
registrados 555,4 mil casos.
A região Sudeste apresenta 63,6% do total de casos
brasil
1,5 milhão de casos de dengue
6.726 casos confirmados
de chikungunya
(975.505), seguida das regiões Nordeste (278.945),
Centro-Oeste (198.555), Sul
(51.784) e Norte (30.143).
O número de mortes aumentou 79% – passando de
453 mortes, em 2014, para
811, em 2015.
Também foram registrados 17.146 casos suspeitos
de chikungunya – outra doença transmitida pelo mos-
1.760 casos de microcefalia
quito –, sendo
6.726 confirmados.
Confira,
neste
caderno, por que o
combate ao Aedes é
uma luta de todos e
saiba como você também pode e deve participar.
a dengue tem
companhia
a origem das três doenças que estão
tirando o sono dos brasileiros
dengue
O nome dengue quer dizer “câimbra súbita causada por
espíritos maus” e foi usado pela primeira vez em 1827, durante
um surto da doença no Caribe. Mas, desde o final do século 18,
já eram registradas epidemias com descrição semelhante à da
dengue na América do Norte e na Ásia.
Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti, que também é
vetor do vírus da febre amarela urbana, tenha chegado ao Brasil no período colonial. Os primeiros casos de dengue no País remontam a 1846. Devido às fortes dores musculares e nas articulações, por aqui a doença recebeu o nome popular de “febre
quebra-ossos”. Durante muito tempo, o combate aos focos do
mosquito no Brasil esteve relacionado somente à luta contra a febre amarela que, diferentemente da dengue, possui vacina eficaz.
sÃo paulo
1.615 casos por 100 mil habitantes
chikungunya
Os primeiros casos no Brasil apareceram em setembro do
ano passado, no Amapá. Antes disso, já haviam sido detectados
casos de pessoas que contraíram a virose fora do País. A origem
do nomes é africana e significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura dos doentes: eles andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.
zika
O vírus foi documentado pela primeira vez em Uganda, na
África, em um macaco usado em pesquisas sobre a febre amarela. O animal contraiu a doença na Floresta de Zika, por isso o
nome. Em 1948, o vírus foi identificado em mosquitos Aedes africanos capturados na mesma floresta.
A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no Brasil em novembro deste ano, após a constatação de
um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika.
Alguns estados do Nordeste também têm registrado um aumento incomum nos casos da síndrome de Guillain-Barré – doença rara que afeta o sistema nervoso e que pode provocar fraqueza muscular e paralisia de braços, pernas, face e musculatura
respiratória. Em 85% dos casos, há recuperação total da força
muscular e sensibilidade. O Ministério da Saúde está investigando, mas até o momento não confirma a correlação com o zika.
::: Este encarte é parte integrante do jornal DIARIO DE S.PAULO e não pode ser vendido separadamente. Todo seu conteúdo editorial é de total
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Guerra ao aedes aeGypti
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três doenças
D
engue, zika e chikungunya são três
infecções transmitidas pelos mesmos
vetores: os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus (considerado o
segundo vetor das doenças e
menos comum, presente principalmente em áreas rurais).
Após ser picada por um
mosquito infectado, a pessoa
começa a apresentar os sintomas dentro de quatro a dez
dias – é o chamado período de
incubação.
As três doenças possuem
sintomas parecidos, mas algumas caraterísticas podem
ajudar a diferenciá-las (veja
no quadro).
Não existe tratamento específico para as infecções por
esses vírus. A orientação do
Ministério da Saúde é que, na
presença de qualquer sintoma,
o paciente procure a unidade
de saúde mais próxima. Além
disso, deve fazer repouso e ingerir bastante líquido durante
os dias de manifestação dos
sintomas. Alguns medicamen-
tos, como ácido acetilsalicílico
e outros anti-inflamatórios,
podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue. Por
isso, ao apresentar os sintomas, a pessoa nunca deve se
automedicar.
sintomas
dengue
zika
chikungunya
febre
acima de 38ºc,
de 4 a 7 dias
sem febre ou
subfebril de até
38ºc, de 1 a 2
dias
febre alta, maior
que 38ºc, de 2 a
3 dias
machas na pele
a partir do 4º dia
(30%-50% dos
casos)
no 1º e 2º dias
(90%-100% dos
casos)
de 2 a 5 dias
(50% dos casos)
dor nos
músculos
frequente
menos frequente
menos frequente
dor nas
articulações
menos frequente
e leve
menos frequente,
de leve a
moderada
frequente, de
moderada a
intensa
edema
(inchaço) das
articulações
raro
frequente, de leve
intensidade
frequente, de
moderado a
intenso
conjuntivite
raro
presente em 50%90% dos casos
presente em 30%
dos casos
dor de cabeça
frequente e
intensa
moderada
moderada
coceira
leve
de moderada a
intensa
leve
É preciso fazer teste?
Durante epidemias, situação em que se encontra o Brasil
atualmente, nem todos os casos suspeitos são confirmados
por exame laboratorial. A maior
parte dos casos são confirmados por critério clínico, ou seja,
o médico faz o diagnóstico a
partir dos sintomas.
Para o diagnóstico de dengue e chikungunya, já há testes
de sangue que detectam os anticorpos que o organismo produz para combater as doenças.
Já no caso da zika, por enquanto, o que está disponível tanto
na rede pública quanto na rede
privada é o chamado teste molecular, de alta complexidade e
alto custo – e, por isso mesmo,
solicitado apenas em casos
considerados mais graves.
atençÃo para os sintomas
febre, coceira, manchas avermelhadas, dor no corpo
todo, na cabeça ou atrás dos olhos. se sentir algum
desses sintomas, beba bastante água e procure uma
unidade de saúde. se, mesmo depois do atendimento,
continuar com dor forte na barriga e vômito, volte
imediatamente à unidade de saúde. pode ser a forma
grave das doenças.
fadiga
vÔmito
diarreia
Fonte: Ministério da Saúde
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Guerra ao aedes aeGypti
cara a cara
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com o inimigo
saiba como
reconhecer o
mosquito aedes
aegypti
mosquito mutante
“o mosquito aedes aegypti pode matar. por isso ele não pode
nascer.” este é o tema da campanha do ministério da saúde para
este ano. o mosquito que transmite três doenças graves – dengue,
chikungunya e zika – precisa ser combatido. mas ele não é um
adversário fácil.
segundo uma pesquisa recente do instituto butantan, unidade ligada
à secretaria de estado da saúde de são paulo e um dos maiores
centros de pesquisa biomédicas do mundo, o mosquito possui
patrimônio genético muito variável, o que permite que se adapte
facilmente a novos ambientes e temperaturas.
entre outras coisas, o estudo demonstrou que o mosquito sofre
até mesmo alterações no tamanho e no formato da asa em cada
estação do ano, o que indica sua rápida variação evolutiva.
o alvo
o aedes aegypti tem características bem particulares
mede menos de 1 centímetro.
tem cor café ou preta, com listras brancas no corpo e nas pernas.
costuma picar principalmente nas primeiras horas da manhã e à tarde.
voa baixo e, por isso, pica com mais frequência a região dos pés e tornozelos.
a picada é quase indolor, pois sua saliva possui uma substância anestésica.
foge do sol forte, mas pode picar na sombra, mesmo nos horários mais
quentes do dia.
a fêmea deposita seus ovos em diferentes locais e tipos de depósitos, o que
propicia a dispersão dos focos do mosquito.
o primo indesejado
considerado vetor secundário do vírus da dengue, o aedes albopictus
apresenta características morfológicas semelhantes e a mesma
capacidade de proliferação do aedes aegypti. no entanto, ele é mais
comumente encontrado em zonas rurais e, diferentemente do aedes
aegypti, não tem preferência por sangue humano, alimentando-se
também do sangue de outros animais, como cachorros, gatos e bois.
a olho nu, é muito comum confundir as duas espécies, pois as duas
têm patas rajadas. no entanto, um olhar mais atento ao tórax e à
coloração dos mosquitos pode diferenciá-los. o aedes aegypti tem
várias linhas no tórax, ao passo que o aedes albopictus apresenta
uma única linha longitudinal. além disso, o aedes albopictus tem
coloração mais escura.
um jogo para matar aedes
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo criou o aplicativo “SP
x Dengue”, que ajuda a população de forma simples e prática. Além de
informações sobre o combate ao Aedes aegypti e sobre as doenças que
ele transmite, o aplicativo conta com um jogo interativo cuja meta é exterminar o mosquito. O download gratuito para celular e tablet com sistema iOS ou Android.
vacina contra a dengue
O Instituto Butantan, de São Paulo, já recebeu autorização da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a última fase de testes
da vacina contra os quatro subtipos da dengue. A dose será aplicada em cerca de 17 mil pessoas. Esta fase deverá durar entre um semestre e um ano e
meio, e só então as doses poderão ser produzidas em larga escala. O Hospital das Clínicas e a Santa Casa de São Paulo farão o recrutamento das pessoas que participarão do estudo. A eficácia da vacina pode chegar a 80%
dos casos, mas não protege contra os vírus da zika vírus ou da chikungunya.
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o que É boato
e o que É verdade
informaçÃo É fundamental para a sociedade
conseguir vencer o aedes, mas há muita
boataria rolando nas redes sociais
o aedes
aegypti pode transmitir
mais de uma doença ao
mesmo tempo.
Segundo estudos conduzidos
pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), é possível que um
mosquito transmita dengue e
chikungunya ao mesmo tempo
a um paciente. Ainda não há
estudos, porém, que avaliem
a possibilidade de o zika ser
transmitido simultaneamente.
o repelente
deve ser usado de duas
em duas horas.
Muita atenção: esse tipo de
produto deve ser usado de
acordo com a recomendação
contida em sua embalagem.
Em excesso, os repelentes
podem causar intoxicação.
o mosquito
da dengue não chega a
andares altos.
Quem mora em prédios altos
deve ter a mesma preocupação de quem mora em casa.
Os mosquitos podem chegar a
andares altos pelo elevador ou
até mesmo voando.
não é possível
tratar a dengue.
Ainda não existe um antiviral
específico contra o vírus da
dengue, mas existe tratamento. Em caso de suspeita,
a primeira atitude é procurar o
serviço de saúde. O paciente
deve ingerir muito líquido e fazer repouso, e não deve tomar
nenhum remédio sem consultar o médico.
usar repelente
ar-condicionanão é o vírus
é garantido contra picadas. do e ventilador combatem zika que causa microcefalia, mas sim a vacina
Quem não é alérgico pode usar o mosquito.
contra rubéola.
o repelente – que, assim como Com a temperatura e a umidaalho e complexo B, confunde o
mosquito. Porém, mesmo com
o repelente, não se está livre
das picadas.
as picadas só
acontecem nas pernas.
O mosquito prefere a região
das pernas, mas, se elas estiverem cobertas, ele vai picar o
braço ou qualquer outra área
exposta do corpo.
para matar os
ovos do mosquito, basta secar os reservatórios de água.
Os ovos do Aedes aegypti
chegam a sobreviver 450 dias
em ambiente seco. Por isso,
além de retirar a água dos recipientes, é preciso lavá-los com
sabão e bucha.
comer alho e
tomar vitaminas do complexo b ajuda a evitar a
picada.
Essas substâncias alteram o
odor do suor, confundindo o
mosquito, mas isso não é suficiente para evitar a picada.
a preocupação com água parada deve
existir apenas no verão e
na época das chuvas.
O mosquito se reproduz o ano
todo. Além disso, os ovos conseguem sobreviver por mais
de um ano em ambiente seco.
de mais baixas, a capacidade
do mosquito de encontrar sua
vítima é inibida. Porém, o ar-condicionado e o ventilador
não matam o mosquito, que
voltará assim que a temperatura subir novamente.
misturar
água sanitária na água
ajuda a eliminar as larvas.
A água sanitária é capaz de
inibir a evolução das larvas do
mosquito da dengue. A dose
recomendada é: um copo
(200mL) de água sanitária para
cada 20 litros de água. Mas
atenção: isso não garante a
eliminação de todas as larvas.
o vírus zika
pode ser transmitido pelo
leite materno.
Especialistas indicam que é um
risco em potencial, mas ainda
faltam evidências científicas
que o comprovem. A amamentação só deve ser interrompida
por orientação médica.
quem tem
dengue pela segunda vez
necessariamente desenvolve o tipo hemorrágico.
O risco de desenvolver dengue
hemorrágica é maior depois
que já se teve a doença, mas
nem sempre isso acontece.
Inclusive, pessoas que nunca
apresentaram os sintomas de
dengue também podem desenvolver dengue hemorrágica.
O Ministério da Saúde já
confirmou a relação entre o
vírus zika e o surto de microcefalia na região Nordeste.
O Instituto Evandro Chagas,
órgão do Ministério em Belém
(PA), encaminhou o resultado
de exames realizados em um
bebê, nascido no Ceará, com
microcefalia e outras malformações congênitas. Em
amostras de sangue e tecidos,
foi identificada a presença do
vírus zika.
fazer o
teste não é fundamental.
O diagnóstico preciso é importante, sim, mas do ponto
de vista epidemiológico.
Do ponto de vista clínico, o
importante não é identificar
de qual doença se trata, mas
saber identificar os sinais
de gravidade. No caso da
zika, cujo teste ainda é muito
dispendioso, os diagnósticos
vêm sendo feitos principalmente a partir dos sintomas.
chikungunya é a que mais debilita
A cada dez pessoas picadas
e infectadas com dengue,
apenas duas desenvolvem os
sintomas e ficam prostradas
sem poder sair de casa. No
caso da chikungunya, a cada
dez pessoas picadas e infectadas, nove têm sintomas que
debilitam. Segundo o Ministério
da Saúde, os sintomas da zika
se manifestam em apenas 18%
dos casos de infecção.
o zika provoca
doenças neurológicas em
crianças e idosos.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou em nota que, até
o momento, não há qualquer
comprovação científica que
ligue ocorrências de problemas
neurológicos em crianças e
idosos ao vírus zika. A nota foi
divulgada nas redes sociais para
desmentir mensagens que circulam em grupos de WhatsApp.
quem
está com dengue não
pode tomar aspirina.
Nenhum remédio à base de ácido
acetilsalicílico, como Aspirina e AS,
pode ser tomado em caso de suspeita de dengue. Esse composto
pode favorecer o aparecimento de
manifestações hemorrágicas.
É possível
pegar dengue mais de uma vez.
Existem quatro sorotipos de
vírus da dengue. Se uma mesma pessoa for picada por um
mosquito que transmita o vírus
de um tipo diferente do que ela
já teve, poderá desenvolver a
doença novamente, com risco
até de uma forma mais grave.
o vírus zika pode
ser transmitido pelo sêmen.
Até hoje, foram raros os casos
documentados indicando que o
zika pode ser transmitido pelo
sexo. O vírus tem características biológicas parecidas com a
dengue e com a febre amarela e,
para essas doenças, transmissão sexual não tem relevância
como alerta para saúde pública.
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Guerra ao aedes aeGypti
liçÃo de
casa
para combater o
aedes aegypti, É
preciso eliminar
a água parada
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ações
Preencha os pratos de vasos de plantas com areia.
Lave as laterais e as bordas dos vasos e
dos pratos de planta com bucha, para remover
possíveis ovos do mosquito.
Nas plantas que acumulam água, como
bromélias e espadas de São Jorge, ponha água
só na terra.
Vasos de plantas aquáticas também devem
ser limpos com bucha e sabão, uma vez por
semana.
Uma vez por semana, retire a água da
bandeja externa da geladeira e lave-a com
escova e sabão.
Bandejas de ar-condicionado limpas
impedem o acúmulo de água.
Bandejas de geladeira também podem se
tornar criadouros para o mosquito, por isso é
importante limpá-las.
Ao menos uma vez por semana, lave com
bucha e sabão os potes de água de animais
domésticos, como cães e gatos.
para eliminar a dengue, a chikungunya
e a zika é preciso eliminar o mosquito
aedes aegypti, cuja reprodução ocorre em
qualquer lugar onde haja água parada,
desde pratos de plantas até buracos em
árvores. ou seja: é dificílimo combater
o mosquito. a única saída efetiva é a
sociedade se mobilizar e adotar medidas
simples no dia a dia, cada um dentro da
sua própria casa.
Não deixe ralos
entupidos. Pelo menos
uma vez por semana,
lave todos os ralos com
sabão.
Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o
surgimento de criadouros.
Jogue tampinhas, garrafas,
latinhas e embalagens
plásticas no lixo; para guardar
as recicláveis, seque bem e
deixe fora da chuva.
Guarde latas, baldes, potes
e outros recipientes com a
boca para baixo.
Mantenha caixas d’água fechadas, com
tampas sem rachaduras ou cobertas com tela
tipo mosquiteiro.
Uma vez ao ano, no
mínimo, lave as caixas
d’água com escova e
sabão.
cuidados adicionais
há ainda medidas que não eliminam o mosquito, mas
evitam a picada. confira:
espirais ou vaporizadores elétricos devem ser usados.
mosquiteiros devem ser
usados principalmente nas casas
com crianças, cobrindo as camas
e outras áreas de repouso, tanto
durante o dia quanto à noite.
repelentes podem ser
aplicados no corpo – atenção para
os que podem ser usados por
crianças e idosos.
telas usadas em portas e
janelas são eficazes contra a entrada de mosquitos.
Feche os ralos que
não estiverem sendo usados.
Não deixe acumular água embaixo de
torneiras de bebedouros e filtros de água.
Piscinas devem
ser tratadas com
cloro ou cobertas.
Mantenha lagos,
cascatas e espelhos
d’água sempre
limpos. Uma boa
ideia é criar neles peixes que se alimentem de
larvas.
Pneus devem ser furados ou guardados,
secos, em locais cobertos.
Deixe lonas,
aquários, bacias
e brinquedos
protegidos da
chuva.
Entulhos ou
sobras de obras
devem ser cobertos, destinados ao lixo ou
“Operação Cata-Bagulho”.
Lixo acumulado também pode juntar
água parada. Se a coleta não está sendo feita
devidamente, procure o órgão responsável.
Nunca jogue lixo em terrenos baldios.
Não acumule materiais descartáveis. Se
forem destinados à reciclagem, guarde-os
em lugar coberto.
Limpe as calhas com frequência, retirando
folhas, galhos e tudo o que possa impedir a
água de correr.
Faça a manutenção das calhas,
desamassando-as ou trocando-as sempre
que necessário.
o combate deve ser feito uma
vez por semana
a recomendação da fundação oswaldo cruz (fiocruz) é que os
cuidados de limpeza sejam feitos uma vez por semana. isso porque
o ciclo de vida do mosquito (do ovo até a fase adulta) leva
cerca de sete a dez dias.
o ovo do aedes aegypti é bem escuro e menor que um
grão de areia, por isso é difícil enxergá-lo. ele é depositado pela
fêmea do mosquito nas paredes dos criadouros, perto da
superfície da água.
a partir dos ovos, nascem as larvas, que vivem na água. por seu tamanho (algo como
a cabeça de uma agulha de costura), dificilmente se vê onde estão.
mas se a verificação e eliminação dos criadouros for realizada uma vez por semana, é
possível interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos.
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O QUE FAZER PARA COMBATER O MOSQUITO DENGUE, ZIKA E