14 Política Aparecida de Goiânia, Abril de 2015 - Edição 52 - Ano 6 Crise afeta programas, diz Marconi Divulgação / Breno Calil Governador declara que cortou despesas por causa da crise econômica no Brasil, mas prevê recuperação da economia O atual cenário econômico brasileiro, com base nos últimos indicadores, não é nada satisfatório. O Brasil teve crescimento de apenas 0,1% do PIB em 2014, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o pior resultado em cinco anos. A projeção oficial do Banco Central (BC) e do mercado para este ano é pior ainda e prevê uma retração de 0,5% da economia em 2015, além de ter uma inflação elevada. Ou seja, o Brasil está em recessão e com a economia estagnada, o que ocasiona redução da produção e aumento do desemprego. O quadro atinge também os municípios, os Estados e a própria União, que veem Kell Motta a arrecadação cair. Na semana passada, durante visita a Aparecida de Goiânia, o governador Marconi Perillo disse que o Estado de Goiás está sentindo muito os efeitos da crise e que teve de abandonar projetos por falta de recursos. “A crise realmente é séria, nós vivemos uma recessão. Tivemos muito aumento de preço e isso significa uma carestia grande e ao mesmo tempo tivemos o aumento do desemprego e a retração econômica e, como consequência, temos a diminuição da arrecadação dos Estados e municípios. Por isso nós demos uma brecada em vários programas que estavam previstos e estamos enxugando ao máximo a máquina administrativa para sairmos primeiro da crise. Eu espero que até o final do ano nós tenhamos conseguido já viabilizar novos investimentos importantes para o Estado e para os municípios”, disse Marconi. Apesar de tudo, o governador traçou uma perspectiva de recuperação econômica. Otimista, ele acredita que o País, embora atravesse hoje um momento de turbulência nas finanças, irá se recuperar nos próximos anos. “Eu imagino que este vai ser um ano de sacrifícios e dificuldades. Agora, eu estou acreditando muito no sucesso da equipe econômica do governo federal. Dando certo as estratégias deles, com certeza nós vamos voltar a ter crescimento no PIB e a ter um círculo virtuoso de desenvolvimento no País. Eu torço muito por isso, até porque o sucesso do País é o sucesso nosso”, destacou. O prefeito Maguito Vilela (PMDB) também comentou sobre a crise econômica por que passa o País. Ele prega urgência da renegociação da dívida dos Estados e municípios com a União como fator preponderante. “Beneficia o município de Aparecida, os municípios brasileiros. Tem que esperar ver o ajuste fiscal do governo federal. Mas seria melhor ainda se houvesse renegociação agora em 2015. Apesar do quadro ruim na economia nacional, Maguito disse que em Aparecida de Goiânia ele se antecipou e adotou medidas que hoje lhe permitem governar sem ter que adotar medidas de choque. “Acho que a questão econômica aca- ba exigindo esses ajustes. Todos os Estados, a União, os municípios estão fazendo ajustes. Eu ainda não estou fazendo um ajuste mais profundo porque já estava trazendo as rédeas nas mãos. Aparecida não tem problema ainda, poderá ter, mas não tem agora porque a gente vem controlando os gastos, melhorando a arrecadação. Mas mesmo assim, estamos preparados, se precisar de ajustes, vamos fazer ajustes. O que não pode é prejudicar a comunidade”, afirmou Maguito. Goiás investe em projetos de mobilidade Na área de mobilidade urbana, o secretário Vilmar Rocha já definiu projetos e processos para implantação do VLT em Goiânia, o BRT interligando Aparecida de Goiânia a Goiânia, e o Expresso Pequi – também denominado por TransPequi – trata-se do trem com velocidade de 190 km/h para transporte de passageiros entre Goiânia e Brasília. As obras devem estar prontas até 2018. Na construção da TransPequi (BrasíliaGoiânia), com capacidade para transportar 7,3 milhões de passageiros/ ano, onde cada viagem deve durar, entre Brasília e Goiânia, 1h30min. os investimentos devem superar R$ 1,8 bilhão. Em constante busca por recursos em Brasília, o secretário Vilmar Rocha, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), tem participado de reuniões com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e também com o Ministério de Cidades e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele já garantiu, em caixa, R$ 15 milhões para execução do projeto básico e o projeto executivo da TransPequi, que é o trem que vai interligar Brasília a Goiânia, passando pelo Entorno do DF. Também garantiu as promessas de liberação de recursos para tocar os projetos. “O processo está avançando”, disse Vilmar Rocha. “Escolhi esses projetos porque têm enorme reverberação na qualidade de vida das pessoas”, afirmou. “Não tem sentido, no Brasil, uma pessoa ficar de três a quatro horas dentro de um ônibus, cheio, sem arcondicionado”, afirmou. O projeto VLT (Veículo Leve Sob Trilhos), em Goiânia, avançou. “Mas será preciso fazer alterações no processo enquanto se procura definir de onde virá o dinheiro para tocar o projeto”, disse ele. “É preciso definir, porque não podemos começar um projeto e não terminá-lo”, afirmou o secretário. Outra obra que será tocada, assim que os recursos financeiros estiverem garantidos, é a do BRT (Bus Rapid Transit), que irá interligar Aparecida de Goiânia a Goiânia. A obra faz parte do PAC da Mobilidade.