QUERO CONVERSAR AGORA SOBRE ALGO PARA A VIDA SEMPRE OUVIMOS FALAR Estabelecer objetivos; lutar por eles; ser persistente; esforçar para o êxito (não para aparecer); solicitar mais da mente. • Não consigo lembrar o nome das pessoas. • Não sou bom • Você diz a você mesmo que não é bom! em • Evita fazer qq coisa ligada à matemática • Faz poucas tentativas de praticá-la matemática. • Não consigo escrever corretamente. MEMÓRIA E APRENDIZADO 7 MEMÓRIAS - JORGE ELÓI – PSICÓLOGO Roberto Godoy - NEUROCIRURGIÃO ADAPTADO - PROF. TABAJARA - 2014 “Só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço”. Se você é do tipo que: “Só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço”. MEMÓRIA • Site do Dr. DRAUZIO VARELA Roberto Godoy, médico neurocirurgião com vasta produção científica publicada Há duas maneiras pelas quais o cérebro adquire e armazena informações: 1) Memória de procedimento e 2) Memória declarativa. Essas duas formas divergem tanto no que diz respeito aos mecanismos cerebrais envolvidos, como nas estruturas anatômicas. A memória de procedimento (implicita) Memória declarativa (explícita) Armazena dados relacionados à aquisição de habilidades mediante a repetição de uma atividade que segue sempre o mesmo padrão. Nela se incluem todas as habilidades motoras, sensitivas e intelectuais, bem como toda forma de condicionamento. A capacidade assim adquirida não depende da consciência. Somos capazes de executar tarefas, por vezes complexas, com nosso pensamento voltado para algo completamente diferente. Evoca a informação levados ao nosso conhecimento através dos sentidos e de processos internos do cérebro, como associação de dados, dedução e criação de ideias. Esse tipo de memória é levado ao nível consciente através de proposições verbais, imagens, sons, etc. A memória declarativa inclui a memória de fatos vivenciados pela pessoa (memória episódica) e de informações adquiridas pela transmissão do saber de forma escrita, visual e sonora (memória semântica). PRAZO de armazenamento PRAZO de armazenamento Definitiva Ilimitada ATENÇÃO LONGO CONCENTRAÇÃO LONGO SINAPSE • Atividade elétrica cerebral • Estímulos repetitivos Memória de Trabalho CURTO Guarda Descarta CURTO Guarda (rascunho) Descarta Tempo de Armazenamento BRASILEIRO TEM MEMÓRIA CURTA !? CARACTERÍSTICA E BENEFÍCIO Em casa VANTAGENS ? DESVANTAGENS ? O QUE FAZER PARA FICAR MELHOR? it´s up to you Memória de trabalho (CURTO PRAZO) • A memória de trabalho, (parte da memória de curto prazo): atua no momento em que a informação está sendo adquirida, retém essa informação por alguns segundos e, então, a destina para ser guardada por períodos mais longos, ou a descarta. Quando alguém nos diz um número de telefone para ser discado, essa informação pode ser guardada, se for um número que nos interessará no futuro, ou ser prontamente descartada após o uso. A memória de trabalho pode, ainda, armazenar dados por via inconsciente. • A memória de curto prazo trabalha com dados por algumas horas até que sejam gravados de forma definitiva. Este tipo de memória é particularmente importante nos dados de cunho declarativo. Em caso de algum tipo de agressão ao cérebro, enquanto as informações estão armazenadas neste estágio da memória, ocorrerá sua perda irreparável. Memória de longo prazo • A memória de longo prazo é a que retém de forma definitiva a informação, permitindo sua recuperação ou evocação. Nela estão contidos todos os nossos dados autobiográficos e todo nosso conhecimento. Sua capacidade é praticamente ilimitada. • Não há uma estrutura ou uma determinada porção do cérebro reconhecidamente depositária de informações, embora se acredite que o lobo temporal esteja envolvido com a memória dos eventos do passado. Entretanto, são conhecidas várias estruturas cerebrais envolvidas com a aquisição e o processo de armazenamento de dados. Função do cérebro humano Função do cérebro humano Função do cérebro humano 1) A atividade elétrica cerebral. Assim, a informação seria guardada em circuitos elétricos, ditos reverberantes. Evidência desse mecanismo é obtida pela existência de conexões neuronais recorrentes, ou seja, por ramificações da célula nervosa (neurônio) que voltam ao seu próprio corpo, reestimulando-a. 2) É possível que esse mecanismo esteja presente na manutenção das informações nas memórias de trabalho e de curto prazo. 2) A produção de substâncias químicas que conteriam um código relacionado às informações. Esse modelo supõe que os neurônios possam sintetizar ARN (ácido ribonucleico) e que essa substância conteria um código da memória da mesma forma que o ADN (ácido desoxirribonucleico) contém a codificação genética. Embora se tenha verificado aumento da síntese de ARN em fases de aprendizado. Atualmente acredita-se que essa síntese seja responsável mais pelo funcionamento celular do que pela criação de um código químico, de forma a ter-se relegado a um segundo plano essa hipótese. 3) O modelo conexionista, pressupõe a alteração das conexões entre os neurônios. Todos os neurônios emitem ramificações que se comunicam com as de outros neurônios, tendo umas, caráter estimulante e outras, caráter inibitório para a célula a que se destinam. A transmissão do impulso nervoso é feita no ponto de encontro dessas ramificações com a célula alvo, ponto esse denominado sinapse. A hipótese é que haveria alteração da função sináptica criando novos circuitos neuronais e seriam esses circuitos que codificariam as informações. Esse modelo tornou-se bastante plausível depois que se comprovou, experimentalmente, o aumento da resposta sináptica com a aplicação de estímulos repetitivos. Amnésia e Esquecimento A FUNÇÃO DA ATENÇÃO • Ao contrário da amnésia em que há perda de uma capacidade, o esquecimento é uma falha na retenção ou na evocação dos dados da memória. Em maior ou menor grau, ocorre com qualquer pessoa. • O desuso provocaria um enfraquecimento dos circuitos da memória. • Com a idade, as pessoas têm dificuldade em relação aos fatos recentes, enquanto fatos remotos marcantes permanecem. • Há, no entanto, outro aspecto importante a ser considerado. Não é possível evocar uma informação, se ela não foi devidamente arquivada. • Para que o ser humano possa reter na memória determinada informação, é necessário que sua atenção esteja voltada para isso. • Sem atenção, não há qualquer possibilidade de guardar-se um fato e, sem guardá-lo, não há como recuperá-lo depois. • O combate ao esquecimento deve levar em conta a atenção e o poder de concentração, bem como os fatores que o facilitam ou o dificultam. Também se deve atentar para os fenômenos do desuso e da interferência de novos aprendizados. FATORES PROBLEMA NÃO É COM A MEMÓRIA, MAS COM O CIRCUITO-PROCESSO QUE LEVA ATÉ A MEMÓRIA. SENSORIAL CURTO PRAZO 7 Memórias VISUAL / AUDITIVA do Ser Humano PROCESSUAL • O cérebro humano está sujeito a estímulos externos através dos sentidos, a estímulos internos advindos do organismo e a estímulos de ordem emocional. A MEMORIA HUMANA E A ESCRITA • O interesse pessoal sobre determinado assunto • A vivência de fatos com alta carga emocional • Problemas diários, a ansiedade e, em muitos casos, a depressão, são fatores que turvam a atenção. • Interferência entre as memórias explícitas e implícitas. • Toda atividade humana, inclusive as puramente intelectuais, tendem a ser automatizadas (exemplo a leitura automática). PRIMING O QUE PODE INTERFERIR? EPISÓDICA SEMÂNTICA • Por volta do ano 3.100 a.C., surgiu a escrita. • Com os gregos no período clássico, a escrita tornouse o principal instrumento na transmissão do saber e, paralelamente, um instrumento de poder político. • Sócrates considera a escrita como algo que limita o pensamento, que engessa as ideias (sábio virtual). Um discurso escrito, dizia ele, será sempre o mesmo, repetido inúmeras vezes sem que se lhe possa agregar novas ideias (ironicamente, se hoje sabemos muito da filosofia de Sócrates, é porque Platão a escreveu) • Sabemos que, com treinamento intenso e adequado, uma pessoa pode reter uma sequência de 50, 100 algarismos. • Com papel e lápis, qualquer um terá a mesma sequência guardada, com um mínimo de esforço 7 Memórias do Ser Humano Memória sensorial • Existem vários processos de memória, fundamentais ao funcionamento do humano normal, e sem eles não conseguiríamos fazer a nossa vida normal. A memória influencia inúmeros processos mentais complexos, como a linguagem, a escrita, a inteligência, a criatividade, etc. • A memória mais popular é a memória episódica, representa onde todas as nossas experiências ficam guardadas. Porém existem outros tipos, igualmente importantes de memória. • Memória sensorial – Onde o processo de interação com o mundo começa, é a capacidade de os nossos sentidos visuais e auditivos perceberem a informação, de forma a existir continuidade à nossa perceção. Esta memoria é muito rápida (menos de segundo), escapando muitas vezes, à nossa consciência. Memória a curto prazo Memória episódica Memória processual • Memória a curto prazo – Também chamada memória de trabalho, refere-se à informação relevante unicamente para o momento atual, porem irrelevante a longo prazo. As ordens do chefe ou as tarefas que fogem à rotina. Esta pode durar entre segundo a horas. • Memória episódica – Refere-se a onde guardamos toda a nossa experiência de vida. Lembrarmos de momentos passados deve-se à memória episódica. É a principal responsável por novas aprendizagens. Vendo ou vivendo algo uma vez, podemos ter acesso a ele as vezes que desejarmos. • Memória processual – Onde guardamos, as aprendizagens mais ou menos automáticas, fugindo à consciência. Essencialmente aptidões e processos motores, como escrever ou andar de bicicleta, dirigir. Alguns autores defendem ainda uma memória muscular, como a sequencia de movimentos musculares na elaboração de determinada tarefa, como lançar uma bola, fazer uma drible, etc. Memoria visual/auditiva Memória Priming • Memoria visual/auditiva – Capacidade de retermos imagens ou sons a longo prazo. Especialmente desenvolvida em artistas, pintores, desenhadores ou músicos e cantores. Não é difícil identificar uma imagem ou som conhecido, porém é essencial uma boa memoria visual/ auditiva para conseguir reproduzir. • Memória Priming – Também chamada de memória de representação perceptual. Descoberta à umas décadas, e utilizada essencialmente nas neurociências. A memória Priming refere-se à rede de conhecimento, que o nosso cérebro ativa perante um estímulo, seja ele palavra, som, imagem, etc. Representa tudo o que associamos a determinado estimulo captado pelos nossos sentidos. CONSIDERAÇÕES • A memória é essencial na aprendizagem. Ela está presente na aquisição, manutenção e aperfeiçoamento de competências. • Melhore a sua memória e melhorará muitas outras capacidades e competências. A memória está implicitamente relacionada com processos, como a linguagem, imaginação, criatividade, inteligência, etc. • Exercite e cuide a sua memória, ela tornará uma pessoa melhor e mais competente. fim O CÉREBRO