Ficha Técnica da cultura da Amoreira (Método Biológico) Apresentação Nomes Comuns: Amoreira Branca e Amoreira Negra Nome cientifico: Morus Alba e Morus nigra Origem: Ásia Família: Moraceae Factos Históricos: A amoreira branca cultiva-se desde a antiguidade (à 4000 anos), para alimentar os bichos-da-seda com as suas folhas. Foi introduzida na Europa pelos Gregos e Romanos, presumivelmente trazida da Pérsia. Descrição: Árvore de crescimento lento que pode alcançar os 6-14 m de altura. A copa da árvore é muito densa e tem folha caduca. Polinização/fecundação: As flores, masculinas e femininas encontra-se na mesma árvore (autofertil), não sendo necessário mais de uma árvore para ter frutos. A floração ocorre no Fim do Inverno-Primavera. Ciclo Biológico: Espécie que pode durar entre 75-200 anos e frutifica no 8-10º ano, tendo o seu máximo produtivo entre o 20-25 anos de vida. Variedades mais cultivadas: “Bellaire”, “Chaparral”, “Hempton”, “Stribling” e “Urban” (Amoreira branca); “Black Persian”, “Kaester”, “Riviera”, “Russian”, “Shangi-La” e “Wellington”, “Chelsea” (negra ou vermelho escuro) e “Collier” (roxa). Parte Comestível: O fruto, que tem o comprimento de 3-4 cm. Condições Ambientais Tipo de Clima: Temperado quente, subtropical e tropical. Solo: Prefere solos profundos, ricos, quentes, soltos, de natureza calcárea-argilosa e permeáveis. O pH deve situar-se entre os 5,57,0. CML / DEJ / Quinta Pedagógica dos Olivais Temperaturas: Óptimas: 20-25ºC Min: -10 ºC Max: 30ºC Morte da planta: -29ºC Exposição Solar: Sol pleno ou parcial. Ventos: Muito sensível a ventos fortes Altitude: 0-2000 m Quantidade de água: Tolerante à seca Humidade atmosférica: média Precipitação: 4.4-40.3 dm/anual Fertilização Adubação: Com estrume de cavalo, peru ou porco e composto. Adubo Verde: Centeio, mostarda branca e fava. Exigências nutritivas: 1:1:1 (azoto: fósforo: potássio) Técnicas de Cultivo Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente (máximo de15cm de profundidade) com uma ferramenta do tipo “actisol” ou uma fresa. Multiplicação: Por estaca (Outubro ou Fevereiro-Março), que deve ter 7 cm com um gomo. Por enxertia em amoreira branca (amoreira negra) ou através de sementes. Data de plantação: Inverno Compasso: 5 x 4m Amanhos: Poda (no Principio da Primavera e a meados do Verão) dos ramos mortos, doentes e que tenham tido muita produção. Podar acima de 1,2 metros de altura; aplicar uma camada de “mulch” à volta das árvores. Regas: por gota-a-gota, quando à seca prolongada. Entomologia e patologia vegetal Pragas: Pássaros, cochonilhas e ácaros Doenças: Míldio, doenças bactericidas e cancros. Acidentes/carências: Muito sensível a ventos fortes e humidade excessiva. CML / DEJ / Quinta Pedagógica dos Olivais Colheita e Utilização Quando colher: O fruto colhe-se na Primavera e Verão, quando atinge o tamanho final ou muda para a cor, negro, negro-violeta, roxo ou branco, consoante as variedades. A colheita deve ser feita sempre de manhã, colocando uma tela debaixo da árvore e abanando-a. Produção: 4000-10.000 kg /ha de folhas por ano. Condições de armazenamento: três dias a -0,5-0ºC com humidade relativa a 90-95%. Valor Nutricional: São frutos ricos em vitamina C, A e tem 60 calorias/100 gr. Usos: Comido em fresco (bem maduro), a polpa é sumarenta e refrescante, tendo um sabor agridoce. Também são confeccionados doces, geleias, tartes, conservas, sumos, licores, gelados ou assadas com açúcar. As folhas são o alimento base dos bichos-da-seda. A nível medicinal, o fruto tem propriedades diuréticas e refrescantes, sendo utilizado na medicina tradicional chinesa para o tratamento da constipação e diabetes. CML / DEJ / Quinta Pedagógica dos Olivais