PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO BLOCO FORMATIVO II Anexo para Pequenas Entidades Anexo para Microentidades Anexo para Entidades do Setor não Lucrativo 150 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 2.2. NCRF-PE 2.2.1. Estrutura e conteúdo das demonstrações (ponto 4 da NCRF-PE) As demonstrações financeiras a apresentar pelas entidades que adotem a NCRF-PE, publicadas pelo Portaria n.º 986/2009, de 07 de setembro, são (modelo reduzido): - Balanço; - Demonstração dos resultados por naturezas; - Demonstração dos resultados por funções (opcional); - Anexo. Os aspetos contabilísticos ou de relato financeiro que não estejam tratados na NCRF-PE, e tal omissão prejudique a prestação de informação verdadeira e apropriada sobre a posição financeira e desempenho da entidade, são tratados, supletivamente e pela ordem indicada, pelas seguintes normas: - NCRF e Normas interpretativas (NI); - Normas internacionais de contabilidade adotadas pela União Europeia; - Normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS) emitidas pelo IASB. As notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma sistemática, eliminando-se as notas não aplicáveis. Cada item apresentado na face do balanço, nas demonstrações dos resultados, das alterações no capital próprio ou dos fluxos de caixa que tenha uma nota no anexo, deve ter uma referência cruzada. De acordo com os pontos 4.16 a 4.19 da NCRF-PE, o anexo deve: a) Apresentar informação acerca das bases de preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas usadas; b) Divulgar a informação exigida pelos capítulos desta Norma que não seja apresentada na face do balanço, e da demonstração dos resultados; e 151 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO c) Proporcionar informação adicional que não seja apresentada na face do balanço e da demonstração dos resultados, mas que seja relevante para uma melhor compreensão de qualquer uma delas. As notas do anexo devem ser apresentadas pela seguinte ordem: a) Identificação da entidade, incluindo domicílio, natureza da atividade, nome e sede da empresa -mãe, se aplicável; b) Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras; c) Resumo das principais políticas contabilísticas adotadas; d) Informação desagregada dos itens apresentados na face do balanço, na demonstração dos resultados por natureza; e) Passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos; f) Divulgações exigidas por diplomas legais. 2.2.2. Anexo Em seguida apresenta-se o modelo reduzido do anexo das Pequenas entidades, publicado pela Portaria 986/2009 de 07 de setembro, a itálico, sendo incluídos comentários e exemplos em cada nota sempre que se justifique. Os exemplos utilizados foram adaptados do ponto anterior (Anexo – modelo geral), os quais resultaram da consulta, para além de outra bibliografia, de diversos relatórios e contas de empresas, conforme indicado na bibliografia, pelo que alguns casos apresentados são inspirados em notas retiradas desses relatórios. Apenas serão apresentados exemplos das notas previstos no modelo reduzido do anexo, não abrangendo a totalidade das situações possíveis. Contudo, poderão sempre consultar os exemplos apresentados no modelo geral do SNC, os quais são mais completos. 152 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO ANEXO (modelo reduzido) Modelo: O presente documento não constitui um formulário relativo às notas do Anexo, mas tão só uma compilação das divulgações exigidas nos diversos capítulos que integram a NCRF-PE. Assim, cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as divulgações que deva efetuar, sendo que as notas de 1 a 4 serão sempre explicitadas e ficam reservadas para os assuntos identificados no presente documento. Observações: A introdução ao anexo vem reforçar o já referido na NCRF-PE, designadamente que cada anexo deve ser adaptado às necessidades de cada entidade, eliminando-se as notas ou divulgações não aplicáveis ou acrescentando-se outras que contribuam para uma melhor informação prestada aos utentes das contas. Excetuam-se as notas 1 a 4 que são sempre obrigatórias. Modelo: 1 — Identificação da entidade: 1.1 — Designação da entidade: _____________________________________________________ 1.2 — Sede: ______________________________________________________________________ 1.3 — Natureza da atividade: _______________________________________________________ 1.4 — Designação da empresa-mãe: _________________________________________________ 1.5 — Sede da empresa-mãe: _______________________________________________________ Observações: Na identificação da entidade deve incluir-se pelo menos os elementos referidos na nota 1 do modelo. Contudo, podem ser acrescentados outros elementos (por exemplo, breve história da entidade) que complementem esta informação. 153 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1 — ___________________________________________________________________________ 2.2 — Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excecionais, tenham sido derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da entidade. 2.3 — Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior. 2.4 — Adoção pela primeira vez da NCRF-PE — divulgação transitória: a) Uma explicação acerca da forma como a transição dos anteriores princípios contabilísticos geralmente aceites para a NCRF-PE, afetou a sua posição financeira e o seu desempenho financeiro relatados; b) Uma explicação acerca da natureza das diferenças de transição que foram reconhecidas como capital próprio. 2.5 — Caso uma entidade dê conta de erros cometidos segundo os PCGA anteriores, as reconciliações exigidas nos parágrafos anteriores, devem distinguir entre a correção desses erros e as alterações às políticas contabilísticas. Observações: Nesta nota deve ser indicado qual o referencial contabilístico de relato (no caso, a NCRF-PE), se foram derrogadas algumas normas desse referencial e se todos os itens do balanço e demonstrações são comparáveis com o período anterior, identificando e justificando eventuais contas que não sejam comparáveis. As notas 2.4 e 2.5 aplicam-se ao primeiro ano da adoção da NCRF-PE, devendo divulgar-se uma explicação sobre as alterações no balanço e demostração dos resultados decorrentes da aplicação pela primeira vez da NCRF-PE. Devem distinguir-se as correções de erros das alterações de políticas contabilísticas. 154 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras: 2.1 - As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com a Norma Contabilística e de Relato Financeiro para as Pequenas Entidades (NCRF-PE), publicada pelo Aviso n.º 15654/2009, de 7 de Setembro, do Sistema de Normalização Contabilística (SNC) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho. Foram preparadas no pressuposto da continuidade e do acréscimo, tendo como principal base de mensuração o custo histórico. 2.2 — Não se verificaram, no decorrer do período a que respeitam as Demonstrações Financeiras, quaisquer casos excecionais que implicassem a derrogação de qualquer disposição prevista pela NCRF-PE. 2.3 — As quantias relativas ao período findo em 31 de Dezembro de 2010, incluídas nas presentes demonstrações financeiras para efeitos comparativos, estão apresentadas de forma consistente com o período corrente, sendo comparáveis com as quantias do período findo em 31 de dezembro de 2011. 2.4 – Adoção pela primeira vez da NCRF-PE Até 31 de dezembro de 2010 a Xxxx, Lda. preparou e apresentou as demonstrações financeiras de acordo com as 28 Normas de Contabilidade e de Relato Financeiro (NCRF) do SNC. Em 2011, a entidade adotou pela primeira vez a NCRF-PE, tendo refeito, para efeito de apresentação, os comparativos incluídos nas presentes demonstrações financeiras. a) Forma como a transição dos anteriores princípios contabilísticos geralmente aceites para a NCRF-PE, afetou a posição financeira e o seu desempenho financeiro relatados: A transição da aplicação das 28 NCRF do SNC para a aplicação da NCRF-PE originou o desreconhecimento de ativos por impostos diferidos no montante de xxx euros, relacionados com prejuízos fiscais reportáveis. Assim, o ativo da empresa em n-1 registou uma diminuição no montante de xxx euros e o resultado líquido um aumento no montante de xx euros. b) Natureza das diferenças de transição que foram reconhecidas como capital próprio: Em resultado do desreconhecimento do ativo referido na alínea anterior, o capital próprio – resultados transitados – registou uma diminuição no montante de xxx euros. 155 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO c) Reconciliação do balanço e demonstração dos resultados de n-1 de NCRF para NCRF-PE NCRF Ajustamentos NCRF-PE Ativo Impostos diferidos Capital próprio Resultados transitados Resultados Imposto sobre o rendimento Modelo: 3 — Principais políticas contabilísticas: 3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras: ________________________________________________________________________________ 3.2 — Outras políticas contabilísticas: ________________________________________________________________________________ 3.3 — Principais pressupostos relativos ao futuro: ________________________________________________________________________________ 3.4 — Principais fontes de incerteza das estimativas: ________________________________________________________________________________ Observações: O objetivo desta nota é facultar aos utentes das contas um resumo das principais políticas contabilísticas e bases de mensuração utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, os pressupostos utilizados em relação futuro e as fontes de incerteza que as estimativas integram. Assim, devem ser divulgadas: - as principais bases de mensuração das demonstrações financeiras, as quais incluem o custo histórico, o valor realizável, o justo valor, entre outros; - resumo das políticas contabilísticas aplicáveis às rubricas das demonstrações financeiras com maior expressão. Não se trata de uma lista exaustiva das políticas utilizadas pela entidade, uma vez que essa informação vai constar nas restantes notas do anexo; - Pressupostos relativos ao futuro, designadamente quanto à continuidade da entidade (se estiver prevista a liquidação da entidade num prazo inferior a um ano, as demonstrações financeiras têm que ser apresentadas na ótica da liquidação) e quanto a outras matérias cujo desenvolvimento possa provocar ajustamentos significativos nas contas do período seguinte, por exemplo, processos judiciais em curso; e 156 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO - Principais incertezas nas estimativas efetuadas, cujo efeito possa ser material nas demonstrações futuras. Exemplo: 3 — Principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras da entidade são as que abaixo se descrevem, tendo sido consistentemente aplicadas aos exercícios apresentados, salvo indicação contrária. 3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras: As demonstrações financeiras foram preparadas tendo por base o modelo do custo. 3.2 — Outras políticas contabilísticas relevantes: 3.2.1 – Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis são inicialmente registados ao custo de aquisição ou produção, o qual inclui o custo de compra e quaisquer outros custos diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condição necessária para funcionarem da forma pretendida. Após o reconhecimento inicial, os ativos fixos tangíveis são mensurados pelo modelo do custo, o qual consiste na sua escrituração pelo custo menos qualquer depreciação acumulada e menos quaisquer perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o modelo da linha reta (quotas constantes), em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. 3.2.2 – Inventários Os inventários são registados ao menor entre o custo e o valor líquido realizável. O valor líquido realizável corresponde ao preço de venda esperado deduzido dos custos estimados para efetuar a venda. A diferença entre o custo e o valor líquido realizável é registada em perdas por imparidade no período em que ocorrer. 157 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO O método de custeio dos inventários adotado pela empresa consiste no custo médio ponderado. 3.2.3 - Imparidade de ativos Os testes de imparidade são realizados sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual os ativos se encontram registados nas demonstrações financeiras não seja recuperável. Sempre que o valor recuperável de determinado ativo é inferior ao seu valor escriturado, é registada a respetiva perda por imparidade em resultados na rubrica “Perdas por imparidade”. Posteriormente, se a imparidade diminuir, é registada a correspondente reversão da perda por imparidade. 3.2.4 - Ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos e os passivos financeiros são mensurados: a) ao custo, deduzido de qualquer perda por imparidade; ou b) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. Contas a receber e contas a pagar Os saldos contas a receber e das contas a pagar estão mensurados ao custo menos quaisquer perdas por imparidade. Se é expectável que a sua cobrança ou pagamento ocorra dentro de um ano ou menos, são classificadas como ativo ou passivo corrente. Caso contrário são classificadas como ativo ou passivo não corrente. Instrumentos financeiros negociados em mercado regulamentado Os Instrumentos financeiros negociados em mercado regulamentado são mensurados ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. 158 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 3.3 — Principais pressupostos relativos ao futuro As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa. As perspetivas existentes para o futuro e para a continuidade das operações baseiam-se no conhecimento e acontecimentos passados, no enquadramento presente da empresa no seu sector, nas expectativas de evolução do negócio e na concretização da estratégia delineada para o futuro próximo. Não se prevê, num horizonte temporal de curto/médio prazo qualquer alteração que possa pôr em causa a validade dos pressupostos atuais e portanto não é expectável que se verifiquem ajustamentos materialmente relevantes nas quantias escrituradas dos ativos e passivos no próximo período de relato. 3.4 — Principais fontes de incerteza das estimativas As estimativas com impacto nas demonstrações financeiras da empresa são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa dos órgãos de gestão, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada, o enquadramento atual e as expetativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acredita serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa, para efeitos de relato financeiro, difira dos montantes estimados. Na eventualidade de os eventos futuros poderem vir a alterar as estimativas efetuadas, serão as mesmas corrigidas em resultados de forma prospetiva, sendo contudo convicção da gerência que alterações não colocam em causa os valores apresentados nas presentes demonstrações. Modelo: 4 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: 4.1 — Quando a aplicação de uma disposição desta Norma tiver efeitos no período corrente ou em qualquer período anterior, salvo se for impraticável determinar a quantia do ajustamento, ou puder ter efeitos em períodos futuros, uma entidade deve divulgar apenas nas demonstrações financeiras do período corrente: 159 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO a) A natureza da alteração na política contabilística; b) A natureza do erro material de período anterior e seus impactos nas demonstrações financeiras desses períodos; c) A quantia de ajustamento relacionado com o período corrente ou períodos anteriores aos apresentados, até ao ponto que seja praticável; e d) As razões pelas quais a aplicação da nova política contabilística proporciona informação fiável e mais relevante, no caso de aplicação voluntária. Observações: As divulgações desta nota prendem-se com as alterações de políticas contabilísticas, com as alterações nas estimativas contabilísticas e com os erros. Nesta nota deve ser divulgado, salvo se for impraticável e apenas nas demonstrações financeiras do período corrente, o seguinte: a) A natureza da alteração na política contabilística; b) A natureza do erro e seus impactos; c) A quantia de ajustamento relacionado com o período corrente ou anteriores; e d) Razões para a aplicação da nova política contabilística. Exemplo A mensuração indicada neste exemplo não tem continuidade com os exemplos incluídos nas notas restantes. 4 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros 4.1 — Alteração voluntária em políticas contabilísticas com efeitos no período corrente e em períodos futuros a) Natureza da alteração na política contabilística: A empresa alterou o modelo de mensuração dos terrenos e edifícios inscritos nos ativos fixos tangíveis do modelo do custo para o modelo de revalorização. b) Razões pelas quais a aplicação da nova política contabilística proporciona informação fiável e mais relevante: A gestão procedeu à alteração da política contabilística referida por considerar que o valor atual dos terrenos e edifícios, mensurado pelo modelo do custo, estava desajustado face ao 160 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO seu justo valor. Os ativos fixos em questão foram adquiridos há cerca de 20 anos, tendo sido depreciados desde essa data. A inflação verificada durante esse período e as depreciações acumuladas fazem com que o valor escriturado dos imóveis se encontre muito subavaliado. c) Quantia do ajustamento para o período corrente e com efeitos em períodos futuros: A alteração do modelo de mensuração dos ativos fixos tangíveis é de aplicação prospetiva. Assim, as quantias escrituradas em períodos anteriores não registaram qualquer ajustamento. A avaliação dos imóveis realizou-se à data de 30 de junho de 2011, da qual resultaram os seguintes valores: Valor escriturado Valor da Avaliação Diferença Terrenos Edifícios Total Em consequência, as quantias do período de 2011 escrituradas nas demonstrações financeiras registaram os seguintes incrementos: Modelo do custo Mod. Revalorização Incremento Balanço Ativos fixos tangíveis - revalorizados Reservas de revalorização Impostos diferidos Resultados Depreciações 4.2 - Alterações em estimativas contabilísticas e erros com efeitos materiais Durante o período não ocorreram alterações materiais às estimativas contabilísticas efetuadas nos períodos apresentado. Adicionalmente, não foram detetados ou reconhecidos quaisquer erros materiais. Modelo: 5 — Ativos fixos tangíveis: 5.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) Os critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta; 161 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO b) Os métodos de depreciação usados; c) As vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas; d) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período; e e) Uma reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as revalorizações, as alienações, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações. 5.2 — As demonstrações financeiras devem também divulgar: a) A existência e quantias de restrições de titularidade e ativos fixos tangíveis que sejam dados como garantia de passivos; b) A quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis; e 5.3 — Se os itens do ativo fixo tangível forem expressos por quantias revalorizadas, deve ser divulgado o seguinte: a) A data de eficácia da revalorização; b) Os métodos e pressupostos aplicados nessa revalorização. Observações: As divulgações relativas aos ativos fixos tangíveis, são as descritas na nota 5 do modelo do anexo, acima, e prendem-se essencialmente com: - Critérios de mensuração e métodos de depreciação usados; - Vidas úteis ou taxas de depreciação; - Valores iniciais e finais do ativo bruto e depreciações e reconciliação dos saldos; - Restrições à titularidade dos ativos; e - Compromissos para aquisição de novos ativos. No caso de a empresa utilizar o modelo de revalorização deve divulgar ainda a data de eficácia das revalorizações e os métodos e pressupostos utilizados nessas revalorizações. Exemplo: 5 — Ativos fixos tangíveis 5.1 — Divulgações sobre ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis (mesmo os que se encontrem arrendados) são inicialmente registados ao custo de aquisição ou produção, o qual inclui o custo de compra e quaisquer outros 162 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO dispêndios diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condição necessária para funcionarem da forma pretendida. Subsequentemente, os ativos fixos tangíveis são mensurados pelo modelo do custo, o qual consiste na sua escrituração pelo custo menos qualquer depreciação acumulada e menos quaisquer perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o modelo da linha reta (quotas constantes), em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As vidas úteis estimadas dos principais ativos fixos tangíveis são as seguintes: Descrição Anos Terrenos - Edifícios e outras construções 20 a 30 Equipamento básico 10 a 15 Equipamento de transporte 6a8 Outros ativos 4a6 Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis e nas respetivas depreciações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte: Ano 2011 Edifícios e Terrenos outras construções Equip. Básico Equip. transporte Ativo fixo curso Total Ativo bruto Saldo em 31 Dezembro 2010 Aquisições Revalorizações Alienações Saldo final - 31 Dezembro 2011 Depreciações e perdas imparidade acumuladas Saldo em 31 Dezembro 2010 Revalorizações Depreciações do exercício Alienações Saldo final - 31 Dezembro 2011 Valor líquido 163 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Ano 2010 Elaborar mapa idêntico para n-1. O investimento realizado em equipamento básico, no montante de 100.000 €, reporta-se a um robot para a nova linha de produção, o qual entrou em funcionamento no decorrer do segundo semestre, tendo sido adquirido em regime de locação financeira. Modelo: 6 — Ativos intangíveis: 6.1 — Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de ativos intangíveis, distinguindo entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis: a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas; b) Os métodos de amortização usados para ativos intangíveis com vidas úteis finitas; c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no começo e fim do período; d) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre separadamente as adições, as alienações, as amortizações, as perdas por imparidade e outras alterações. 6.2 — Uma entidade deve também divulgar: a) Para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia escriturada desse ativo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida. a) Ao apresentar estas razões, a entidade deve descrever o(s) fator(es) que desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que o ativo tem uma vida útil indefinida; b) Uma descrição, a quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer ativo intangível individual que seja materialmente relevante para as demonstrações financeiras da entidade; c) Para os ativos intangíveis adquiridos por meio de um subsídio do governo e inicialmente reconhecidos pelo justo valor, a quantia inicialmente reconhecida e a sua quantia escriturada atualmente; d) A existência e as quantias escrituradas de ativos intangíveis cuja titularidade esteja restringida e as quantias escrituradas de ativos intangíveis dados como garantia de passivos; e) A quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos intangíveis. 164 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 6.3 — Uma entidade deve divulgar a quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto durante o período. 6.4 — Relativamente aos ativos intangíveis de carácter ambiental, uma entidade deve divulgar: a) Descrição dos critérios de mensuração adotados, bem como dos métodos utilizados no cálculo dos ajustamentos de valor, no que respeita a matérias ambientais; b) Os incentivos públicos relacionados com a proteção ambiental, recebidos ou atribuídos à entidade. Especificação das condições associadas à concessão de cada incentivo ou uma síntese das condições, caso sejam semelhantes. c) Quantia dos dispêndios de carácter ambiental capitalizadas durante o período de referência na medida em que possa ser estimada com fiabilidade. d) Quantia dos dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados e base em que tais quantias foram calculadas. e) Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos com multas e outras penalidades pelo não cumprimento dos regulamentos ambientais e indemnizações pagas a terceiros, por exemplo em resultado de perdas ou danos causados por uma poluição ambiental passada. Observações: As divulgações exigidas pelo ponto 8 - ativos intangíveis da NCRF-PE, são as descritas na nota 6 do modelo reduzido do anexo, acima, e compreendem essencialmente, separando os intangíveis gerados internamente dos restantes: - Identificação e quantia escriturada dos ativos intangíveis com vida útil indefinida bem como as razões que justificam essa classificação; - Vidas úteis e métodos de amortização para os intangíveis com vida útil finita; - Quantias iniciais e finais do ativo bruto e amortizações e reconciliação da quantia escriturada no início e fim do período; Deve ainda ser divulgado: - para ativos intangíveis individuais com valor relevante, a descrição, a quantia escriturada e o período de vida útil restante; - para ativos intangíveis adquiridos através de um subsídio do governo, reconhecidos inicialmente ao justo valor, a quantia escriturada inicial e atual; - as quantias escrituradas cuja titularidade esteja restringida ou tenham sido dados como garantia de passivos; 165 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO - a quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos intangíveis. - quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto durante o período. Relativamente aos ativos intangíveis de carácter ambiental, as divulgações a prendem-se com: - Descrição dos critérios de mensuração e métodos utilizados no cálculo dos ajustamentos de valor; - Os incentivos públicos; - Quantia dos dispêndios capitalizadas e imputados a resultados; e - Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos com multas e outras penalidades. Exemplo: 6 — Ativos intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa e os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis incluem essencialmente despesas com aquisição de marcas e aquisição da detenção de propriedade de programas de computador (quando não está associado a um ativo fixo tangível). Os ativos intangíveis são amortizados pelo método da linha reta (quotas constantes), a partir do momento em que se encontram disponíveis para uso. A vida útil estimada situa-se num período que varia entre os 3 e 5 anos, com a exceção das marcas que são amortizados durante o período de utilização exclusiva, no caso 10 anos. Todos os ativos intangíveis foram adquiridos e têm vida útil finita. 6.1 - Reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis e nas respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte: 166 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Ano 2011 Marcas Software adquiridas adquirido Total Ativo bruto Saldo em 31 Dezembro 2010 Adições Alienações Saldo final em 31 Dezembro 2011 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas Saldo em 31 Dezembro 2010 Amortizações do período Imparidades do período (nota 13) Saldo final em 31 Dezembro 2011 Valor líquido Ano 2010 Elaborar mapa idêntico para n-1. Durante o ano de 2011 a empresa suportou encargos com pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto no período no montante de xxx euros. Modelo: 7 — Locações: 7.1 — Para locações financeiras, os locatários devem divulgar para cada categoria de ativo, a quantia escriturada líquida à data do balanço. 7.2 — Para locações financeiras e operacionais, os locatários devem divulgar uma descrição geral dos acordos de locação significativos incluindo, pelo menos, o seguinte: i) A base pela qual é determinada a renda contingente a pagar; ii) A existência e cláusulas de renovação ou de opções de compra e cláusulas de escalonamento; e iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a dividendos, dívida adicional, e posterior locação. 7.3 — Os locadores devem fazer as seguintes divulgações para as locações operacionais: a) Os futuros pagamentos mínimos da locação sob locações operacionais não canceláveis no agregado e para cada um dos períodos seguintes: i) Não mais de um ano; ii) Mais de um ano e não mais de cinco anos; 167 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO iii) Mais de cinco anos; b) O total das rendas contingentes reconhecidas como rendimento durante o período; c) Uma descrição global dos acordos de locação do locador. Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as informações relativas às locações, sejam classificadas como locações financeiras ou como locações operacionais, as quais estão previstas no ponto 9 - Locações da NCRF-PE e na nota 7 do modelo reduzido do anexo, acima. Uma locação classifica-se como financeira se os riscos e vantagens inerentes à posse de um ativo são substancialmente transferidos para o locatário, independentemente do título de propriedade ser ou não transferido. Locações operacionais são todas as locações que não se classificam como financeiras. A classificação da locação depende da substância e não da forma do contrato. Exemplo: 7 — Locações A classificação das locações em locação financeira ou locação operacional é feita em função da substância do contrato e não da sua forma. Os contratos de locação são classificados como locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo subjacente. Se tais condições não se verificarem, as locações são classificadas como locações operacionais. O valor dos bens adquiridos por meio de um contrato de locação financeira é registado no balanço como ativo e a correspondente responsabilidade é registada no passivo, na rubrica “Financiamentos obtidos”. Os juros pagos e as depreciações dos ativos são registados na demonstração dos resultados no período a que respeitam, em juros e gastos similares suportados e em gastos de depreciação, respetivamente. No contrato de locação operacional o valor dos pagamentos efetuados é registado em gastos do período, numa base linear e durante o período do respetivo contrato, e reconhecidos na demonstração dos resultados. As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados. 168 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 7.1 — Locações financeiras a) Quantia escriturada líquida à data do balanço, para cada categoria de ativo A empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira: 2011 Custo Deprecia./ p. imparidade acumuladas 2010 Quantia escriturada Quantia escriturada Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte b) Descrição geral dos acordos de locação significativos Os principais contratos de locação financeira da empresa são: Bem Data Data início fim Bem Valor do Valor em Valor contrato dívida residual Contrato x Contrato y Em relação aos contratos de locação financeira não existem rendas contingentes, cláusulas de renovação ou de escalonamento ou outras restrições. No final do contrato, a empresa tem opção de compra sobre o bem locado. Modelo: 8 — Custos de empréstimos obtidos: 8.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) A política contabilística adotada nos custos dos empréstimos obtidos; b) A quantia de custos de empréstimos obtidos capitalizada durante o período; e c) A taxa de capitalização usada para determinar a quantia do custo dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização. 169 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Nesta nota deve ser divulgada a política contabilística adotada pela entidade em relação aos custos dos financiamentos obtidos, se reconhecidos como gasto no período em que sejam incorridos ou se capitalizados em ativos, se diretamente atribuíveis à sua aquisição, construção ou produção, mediante determinadas condições descritas na NCRF 10 – Custos de empréstimos obtidos. No caso de serem capitalizados, deve ser divulgada a quantia dos custos com empréstimos capitalizada e a taxa de capitalização usada. Exemplo: 8 — Custos de empréstimos obtidos Os custos incorridos com empréstimos obtidos encontram-se geralmente reconhecidos em gastos de financiamento do período, de acordo com o regime do acréscimo. Excetuam-se os custos com empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos tangíveis cujo período de tempo para ficar disponível para uso é considerável, que são capitalizados como parte desse ativo. A capitalização dos encargos financeiros tem início no momento em que se iniciam os dispêndios com o ativo e termina quando tal ativo está disponível para uso. 8.1 — Quantia de custos de empréstimos obtidos capitalizada durante o período e taxa de capitalização A empresa tem em curso a construção de um novo edifício fabril, no qual capitalizou os seguintes custos com empréstimos: Montante capitalizado Ativos fixos tangíveis em curso 2011 2010 Acumulado 5.000 4.500 10.500 5.000 4.500 10.500 A taxa média de capitalização dos custos de empréstimos obtidos no decorrer do período findo em 2011 foi de 6,5% (6% em 2010). 170 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 9 — Inventários: 9.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) As políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários, incluindo a fórmula de custeio usada; b) A quantia total escriturada de inventários e a quantia escriturada em classificações apropriadas para a entidade; c) A quantia de inventários escriturada pelo justo valor menos os custos de vender; d) A quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período; e) A quantia de qualquer ajustamento de inventários reconhecida como um gasto do período de acordo com o parágrafo 11.20; f) A quantia de qualquer reversão de ajustamento que tenha sido reconhecida como uma redução na quantia de inventários reconhecida como gasto do período de acordo com o parágrafo 11.20; g) As circunstâncias ou acontecimentos que conduziram à reversão de um ajustamento de inventários de acordo com o parágrafo 11.20; e h) A quantia escriturada de inventários dados como penhor de garantia a passivos. Observações: As divulgações a incluir nesta nota, conforme nota 9 do modelo reduzido do anexo, relacionam-se essencialmente com as políticas contabilísticas adotadas pela entidade e com as quantias escrituradas no balanço e demonstração dos resultados a título de inventários, gastos de inventários e ajustamentos e reversões de inventários. Esta informação deve ser prestada por tipo de inventários, designadamente, mercadorias, matérias-primas, consumíveis de produção, materiais, produtos e trabalhos em curso e produtos acabados. Exemplo: 9 — Inventários: 9.1 — Políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários e fórmula de custeio usada Os inventários são mensurados ao custo ou, se inferior, pelo valor realizável líquido. 171 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO O custo dos inventários incluí todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atuais. Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, os direitos de importação e outros impostos (que não sejam os subsequentemente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, de materiais e de serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos custos de compra. A imputação dos gastos gerais de fabrico fixos é baseada na capacidade normal de produção das instalações. Com o fórmula de custeio dos inventários a entidade adota o custo médio ponderado, pelo que o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante o período. 9.2 — Quantia total escriturada de inventários e quantia escriturada em classificações apropriadas Quantia bruta 2011 Perdas por imparidade Quantia líquida Quantia bruta 2010 Perdas por imparidade Quantia líquida Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados e intermédios Subprodutos, desperdícios, resíduos Produtos e trabalhos em curso Adiant. por conta de compras Adaptar o quadro em função das necessidades. 9.3 — Quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Mercadorias 2011 MP, subsid. consumo Total Mercadorias 2010 MP, subsid. consumo Total Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final Custo merc. vendidas e mat. consumidas 172 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Variação da produção Produtos acabados 2011 Produtos trab. curso 2010 Total Produtos acabados Produtos trab. curso Total Saldo inicial Regularizações Saldo final Variação nos inventários da produção 9.4 — Quantia de ajustamentos e reversões de inventários reconhecidos no período 2011 Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Saldo final Mercadorias Matérias-primas Produtos acabados Produtos e trabalhos em curso Preencher quadro idêntico, adaptado às necessidades da entidade, para n-1. As perdas acumuladas de imparidades para inventários refletem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado dos inventários por baixa rotação, obsolescência e deterioração. 9.5 — Circunstâncias ou acontecimentos que conduziram à reversão de um ajustamento de inventários Justificar, se aplicável. 9.6 — Quantia escriturada de inventários dados como penhor de garantia a passivos. Preencher, se aplicável. 173 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 10 — Rédito: 10.1 — Uma entidade deve divulgar: a) As políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços; b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente de: i) Venda de bens; ii) Prestação de serviços; iii) Juros; iv) Royalties; e v) Dividendos. Observações: Nesta nota devem incluir-se as divulgações relacionadas com o rédito proveniente da vendas de bens, prestação de serviços e uso por outros de ativos da entidade que produzam juros, royalties, e dividendos. As divulgações previstas são as políticas contabilísticas da entidade adotadas para o rédito e as quantias reconhecidas de rédito por categorias. Exemplo: 10 — Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: - Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa; 174 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO - Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade. O rédito das prestações de serviços que se iniciam e terminam no mesmo período de relato é reconhecido na data da conclusão do serviço. Quando a prestação de serviços transita de um período para outro, o reconhecimento do rédito, na data de relato, é calculado com base na fase de acabamento, determinada com base em autos de medição. O reconhecimento do rédito das prestações de serviço depende da mensuração com fiabilidade do desfecho da transação, o qual se considera verificado nas seguintes condições, cumulativas: - a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada; - seja provável que os benefícios económicos fluam para a entidade; - a fase de acabamento possa ser fiavelmente mensurada. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. 10.1 — Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período 2011 2011 Venda de mercadorias Venda de produtos Prestação de serviços Juros Dividendos Esta informação pode ser mais desagregada, por exemplo por mercados ou tipo de produtos, se for relevante. Modelo: 11 — Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes: 11.1 — Para cada classe de provisão, uma entidade deve divulgar: a) A quantia escriturada no começo e no fim do período; b) As provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; c) As quantias usadas (isto é, incorridas e debitadas à provisão) durante o período; 175 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO d) Quantias não usadas revertidas durante o período; e) O aumento durante o período na quantia descontada proveniente da passagem do tempo e o efeito de qualquer alteração na taxa de desconto; f) A quantia de qualquer reembolso esperado, declarando a quantia de qualquer ativo que tenha sido reconhecido para esse reembolso esperado; g) Informações pormenorizadas sobre as provisões de carácter ambiental; e h) Passivos de carácter ambiental, materialmente relevantes, que estejam incluídos em cada uma das rubricas do Balanço. Não é exigida informação comparativa. 11.2 — Para cada classe de passivo contingente à data do balanço, uma entidade deve divulgar uma breve descrição da natureza do passivo contingente. 11.3 — Quando um influxo de benefícios económicos for provável, uma entidade deve divulgar uma breve descrição da natureza dos ativos contingentes à data do balanço. Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as descrições, quantias envolvidas, movimentos do período, responsabilidades e exfluxos ou influxos futuros estimados relacionadas com as provisões, os passivos contingentes e os ativos contingentes. Estas divulgações estão previstas nos parágrafos 13.30 a 13.33 da NCRF-PE, sendo as referidas na nota 11 do modelo reduzido do anexo, acima. Exemplo: 11 — Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes As provisões são reconhecidas quando a empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Quando alguma destas condições não é preenchida, a empresa procede à sua divulgação como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. 176 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 11.1 — Provisões As provisões reconhecidas pela empresa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 eram: Ano 2011 Saldo inicial Reforço/ constituição Reversão Alter. Tx desconto Utilização Saldo final Impostos Garantias a clientes Processos judiciais ... Ano 2010 Elaborar quadro idêntico para o n-1. A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazer face à previsão da indemnização a pagar no âmbito do processo judicial interposto por ... A utilização da provisão anteriormente constituída para impostos deveu-se encerramento do litígio com a Administração Tributária e ao pagamento de IRC no montante de xxx euros. 11.2 — Passivos contingentes Em 31 de dezembro de 2011 a empresa apresentava os seguintes passivos contingentes: (Descrever a natureza do passivo contingente, a estimativa do seu efeito financeiro, indicação das incertezas que se relacionam com a quantia ou momento de ocorrência de qualquer exfluxo e a possibilidade de qualquer reembolso). 11.2.x – Garantias prestadas As garantias emitidas a favor de terceiros, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, eram as seguintes: Banco X ... Beneficiário Administração tributaria Fornecedor X Descrição Reembolso IVA xxx 2011 xxx xxx xxxx 2010 xxx xxx xxxx 177 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 12 — Subsídios do Governo e apoios do Governo: 12.1 — Devem ser divulgados os assuntos seguintes: a) A política contabilística adotada para os subsídios do Governo, incluindo os métodos de apresentação adotados nas demonstrações financeiras; b) A natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do Governo de que a entidade tenha diretamente beneficiado; e c) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que tenham sido reconhecidas. Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as informações sobre os subsídios do governo recebidos ou a receber pela entidade. Os subsídios do governo podem revestir a forma de subsídio relacionados com ativos (subsídios ao investimento) ou subsídios relacionados com o rendimento (subsídios à exploração). Por outro lado, os subsídios do governo podem ser reembolsáveis ou não reembolsáveis. Os apoios do governo são ações concebidas pelo governo para proporcionar benefícios às entidades, por exemplo, permitir que estas obtenham financiamentos a taxas bonificadas. As divulgações mínimas são: - a política contabilística adotada para os subsídios e apoios do governo; - os subsídios e apoios do governo de que beneficiou; e - as condições não satisfeitas e eventuais contingências associadas. Note-se que geralmente a própria legislação e contrato de incentivos obriga a que a entidade preste determinada informação nas suas demonstrações financeiras (anexo). Exemplo: 12 — Subsídios do Governo e apoios do Governo: 12.1 — Política contabilística adotada Um subsídio do Governo é reconhecido quando haja segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e que o subsídio será recebido. 178 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Os subsídios do Governo não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis são inicialmente reconhecidos nos Capitais Próprios. Subsequentemente, relativamente ao subsídios relacionados com ativos depreciáveis, são imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende que eles compensem. Relativamente aos subsídios para ativos não depreciáveis, são mantidos nos Capitais Próprios, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer perda por imparidade. Os subsídios do Governo reembolsáveis são contabilizados como Passivos. No caso de estes subsídios adquirirem a condição de não reembolsáveis, passam a ter o tratamento dos subsídios não reembolsáveis. Os subsídios relacionados com rendimentos imputam-se ao rendimento do período, salvo se se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que se imputam aos referidos exercícios. Estes subsídios são apresentados separadamente como “Subsídios à exploração” na demonstração dos resultados. 12.2 — Natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do Governo que diretamente beneficiou Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a empresa apresentava nas suas demonstrações financeiras os seguintes Subsídios do governo: Ano 2011 Natureza Subsídios à exploração: Contrato X (POPH) Rel. Rendimentos Subsídios relacionados com ativos: Contrato Y (IAPMEI) Contrato Z Não reembolsável Reembolsável Montante total Montante recebido Capital próprio Passivo Rédito período Rédito acumulado Total Elaborar quadro igual para 2010 (n-1). Descrever os contratos em vigor, indicando, entre outros, o período de execução, montantes previstos de investimento e subsídios, taxas de comparticipação e obrigações os promotor. 179 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Apoios do governo A empresa contratou, ao abrigo do PME Invest financiamentos bancários no montante de 1.000.000 euros, tendo beneficiado de uma bonificação da taxa de juro em 1,75%. 12.3 — Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que foram reconhecidas Descrever as condições não satisfeitas e outras contingências se aplicável, por exemplo, investimento previsto não realizado, prazos não cumpridos, objetivos não cumpridos e possíveis consequências envolvidas. Modelo: 13 — Efeitos de alterações em taxas de câmbio: 13.1 — Uma entidade deve divulgar a quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados. Exemplo: 13 — Efeitos de alterações em taxas de câmbio 13.1 — Quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados Nos períodos de 2011 e 2010, as diferenças de câmbio reconhecidas em resultados foram: 2011 2010 Diferenças de câmbio desfavoráveis Outros gastos e perdas Gastos de financiamento Diferenças de câmbio favoráveis Outros rendimentos e ganhos Ganhos de financiamento Modelo: 14 — Impostos sobre o rendimento: 14.1 — Devem ser divulgados separadamente: a) Gasto (rendimento) por impostos correntes; 180 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos anteriores; c) A natureza e quantia do gasto (rendimento) de imposto reconhecido diretamente em capitais próprios. Exemplo: 14 — Impostos sobre o rendimento Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010, o imposto sobre o rendimento apresentou a seguinte decomposição: 2011 2010 Gasto (rendimento) por impostos correntes Ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos anteriores Quantia do gasto (rendimento) de imposto reconhecido diretamente em capitais próprios A quantia do gasto de imposto reconhecido diretamente nos capitais próprios resultou de … Modelo: 15 — Instrumentos financeiros: 15.1 — Uma entidade deve divulgar as bases de mensuração, bem como as políticas contabilísticas utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros, que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. 15.2 — Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, a entidade deve divulgar a respetiva cotação de mercado. 15.3 — Se uma entidade tiver transferido ativos financeiros para uma outra entidade numa transação que não se qualifique para desreconhecimento, a entidade deve divulgar, para cada classe de tais ativos financeiros: a) A natureza dos ativos; b) A natureza dos riscos e benefícios de detenção a que a entidade continue exposta; c) As quantias escrituradas dos ativos e de quaisquer passivos associados que a entidade continue a reconhecer. 181 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 15.4 — Quando uma entidade tenha dado em garantia, penhor ou promessa de penhor ativos financeiros, deverá divulgar: a) A quantia escriturada de tais ativos financeiros; e b) Os termos e condições relativos à garantia, penhor ou promessa de penhor. 15.5 — Para empréstimos contraídos reconhecidos à data do balanço, uma entidade deve divulgar as situações de incumprimento. 15.6 — As sociedades anónimas devem divulgar o número de ações representativas do capital social da entidade, as respetivas categorias e o seu valor nominal. 15.7 — A entidade deve divulgar as quantias de aumentos de capital realizados no período e a dedução efetuada como custos de emissão bem como, separadamente, as quantias e descrição de outros instrumentos de capital próprio emitidos e a respetiva quantia acumulada à data do balanço. Observações: Nesta nota devem divulgar-se as informações relacionadas com os instrumentos financeiros que se enquadrem no ponto 17 – Instrumentos financeiros da NCRF-PE. Um instrumento financeiro é definido na norma como um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Excluem-se desta norma e nota: - os investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos; - direitos e obrigações no âmbito de um plano de benefícios a empregados; - direitos no âmbito de um contrato e seguros; e - locações. Assim, em termos gerais, esta nota aplica-se às seguintes rubricas ou contas: - Meios financeiros líquidos; - Contas a receber e a pagar, exceto, devedores e credores por acréscimos, benefícios pós-emprego, impostos diferidos, diferimentos e provisões; - Investimentos noutras empresas e outros instrumentos financeiros; e - Capital, quotas próprias e outros instrumentos de capital próprio. 182 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO As divulgações a incluir nesta nota são as elencadas na nota 15 do modelo reduzido do anexo, acima, e estão relacionadas essencialmente com: - Políticas contabilísticas adotadas; - Instrumentos financeiros ao justo valor a cotação de mercado; - Ativos financeiros transferidos que não se qualifiquem para desreconhecimento; - Ativos financeiros dados em garantia ou penhor; - Incumprimentos de empréstimos obtidos; e - Aumentos de capital e quantias escrituradas de outros instrumentos de capital próprio. Exemplo: 15 — Instrumentos financeiros 15.1 - Políticas contabilísticas A empresa reconhece um ativo financeiro, um passivo financeiro ou um instrumento de capital próprio apenas quando se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento financeiro. Os instrumentos de capital próprio são reconhecidos no capital próprio quando a entidade emite tais instrumentos e os subscritores fiquem obrigados a entregar dinheiro ou outro recurso em troca dos referidos instrumentos. Os ativos e passivos financeiros são mensurados ao custo, exceto os instrumentos financeiros negociados em mercado regulamentado que são mensurados ao justo valor, com as alterações do justo valor reconhecidas em resultados. Os instrumentos de capital próprio emitidos pela própria entidade são mensurados pelo dinheiro recebido ou pelo justo valor dos recursos recebidos. À data de cada relato, a empresa avalia a existência de eventuais imparidades nos ativos financeiros mensurados ao custo ou custo amortizado. Se existir uma evidência objetiva de imparidade a empresa reconhece uma perda por imparidade. 183 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 15.2 — Cotação de mercado de instrumentos financeiros mensurados ao justo valor Quantidade Cotação 31.12.2011 Justo Valor Valor escriturado Ações xxx ... O justo valor dos ativos e passivos mensurados ao justo valor por resultados foi determinado com base na sua cotação em mercado regulado. 15.3 — Ativos financeiros transferidos para outra entidade numa transação que não se qualifique para desreconhecimento Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a empresa tinha “descontados” em bancos os seguintes títulos de clientes: 2011 Valor (Ativo) 2010 Desconto (Passivo) Valor (Ativo) Desconto (Passivo) Letras Cheques pré-datados Os ativos transferidos relativamente aos quais a entidade mantém os direitos contratuais e riscos associados continuam reconhecidos no ativo da empresa. Os ativos transferidos reportam-se ao desconto de dívidas de clientes em bancos, conforme indicado no quadro acima, mantendo-se a dívida a receber na rubrica de clientes e o produto do desconto no passivo, na rubrica de financiamentos obtidos. 15.4 – Ativos financeiros dados em garantia, penhor ou promessa de penhor a) Quantia escriturada de tais ativos financeiros A empresa deu como garantia um saldo de conta de depósitos no montante de 100.000,00 euros. b) Termos e condições relativos à garantia, penhor ou promessa de penhor O depósito no valor de 100.000,00 euros foi dado como garantia como caução num contrato com um fornecedor... 184 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 15.5 – Perdas por imparidades Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido na rubrica de perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte: Período de 2011 2011 Saldo Inicial Reforço Reversão Utilização Saldo Final Demonstração Resultados Clientes c/ corrente Clientes cob. duvidosa Outros devedores Elaborar mapa idêntico para n-1. Apesar de não ser pedido na nota, julgamos que esta informação é importante para a compreensão das contas. 15.6 – Situações de incumprimento em empréstimos obtidos Apresentar quadro com detalhe de incumprimento e descrever eventuais planos negociados para sanar a situação. 15.7 – Instrumentos de capital próprio emitidos Divulgar a descrição e quantias sobre eventuais aumentos de capital e a descrição e quantias de outros instrumentos de capital próprio. Modelo: 16 — Benefícios dos empregados: 16.1 — As entidades devem divulgar o número médio de empregados durante o ano. Exemplo: O número médio de empregados no ano de 2011 foi de xx (xx em 2010) 185 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 17 — Divulgações exigidas por outros diplomas legais: 17.1 — __________________________________________________________________________ 17.2 — __________________________________________________________________________ Observações: Nesta nota devem ser divulgadas informações exigidas por diplomas legais. As necessidades de divulgação nesta nota podem variar em função do tipo ou dimensão de entidade. Modelo: 18 — Outras informações: (Divulgações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos resultados). Observações: Nesta nota deverão ser divulgadas outras informações que não se enquadram em nenhuma das restantes notas e que possam contribuir para uma melhor compreensão da posição financeira e desempenho da entidade. Assim, a título de exemplo, nesta nota poderá (ou deverá) ser divulgado o seguinte: - Detalhe das principais rubricas de gastos e rendimentos (quadros comparativos); - Detalhe e reconciliação dos saldos entre o início e fim do período das contas de reservas, resultados transitados, excedentes de revalorização e outras variações no capital próprio se materiais; e - Detalhe de outras contas se materialmente relevantes. Deve também ser divulgada a existências de dívidas em mora, ou não, perante a Segurança Social e o Estado. 186 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 18 — Outras informações 18.1 — Fornecimentos e serviços externos Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” apresentava a seguinte composição: 2011 2010 Fornecimentos e serviços externos Subcontratos Trabalhos especializados Energia ... Outros gastos 18.2 — Outros rendimentos e ganhos e outros gastos e perdas Nos períodos de 2011 e 2010, as rubricas de outros rendimentos e ganhos apresentaram os seguintes valores: 2011 2010 Outros rendimentos e ganhos ... … 18.x — Dívidas ao estado e outros entes públicos Informa-se que a empresa à data de encerramento das contas do período de 2011 tem a sua situação “regularizada” perante a Segurança Social, tal como relativamente à Administração Tributária, não existindo, por isso, qualquer dívida em mora ao estado e outros entes públicos. Local, __ de ______ de 2012 O Técnico Oficial de Contas A Gerência 187 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 2.3. NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA PARA AS MICROENTIDADES (NC-ME) 2.3.1. Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras (ponto 4 NC-ME) A normalização contabilística para microentidades refere no ponto 2.1.3 que um conjunto completo de demonstrações financeiras para microentidades inclui: a) Um balanço; b) Uma demonstração dos resultados; e c) Um anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adotadas e outras divulgações exigidas no modelo, contratualmente, ou em diplomas legais. As demonstrações financeiras devem ser identificadas claramente e distinguidas de outra informação eventualmente publicada. Para além das informações a fazer nos atos externos (de acordo com o art.º 171º do CSC), a informação seguinte deve ser mostrada de forma proeminente e repetida quando for necessário para a devida compreensão da informação apresentada: a) O nome da entidade que relata ou outros meios de identificação, e qualquer alteração nessa informação desde a data do balanço anterior; b) A data do balanço ou o período abrangido pelas demonstrações financeiras, conforme o que for apropriado para esse componente das demonstrações financeiras; c) O nível de arredondamento usado na apresentação de quantias nas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras devem ser apresentadas pelo menos anualmente. Nos pontos 4.16 e 4.17 da NC-ME é referido que a estrutura e as informações a apresentar no anexo constam do respetivo modelo publicado em Portaria (Portaria 104/2011, de 14 de março). Nesta NCM é também referido que as notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma sistemática, mantendo a numeração constante do modelo publicado em Portaria e identificando como não aplicável qualquer nota que se encontre nessa situação. Assim, no anexo elaborado nos termos da portaria 104/2011, de 14 de março, a numeração a considerar é fixa de acordo com o que se encontra definido, e sempre que exista uma 188 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO referência que não se aplique à empresa em concreto, então nesta nota deverá ser inscrito um texto do género “Não aplicável”, ou expressão equivalente. Cada item na face do balanço e da demonstração dos resultados, que tenha merecido uma nota no anexo, deve ter uma referência cruzada, que deve ser incluída na coluna das “Notas” que consta do balanço e da demonstração dos resultados. 2.3.2. Anexo Em seguida apresenta-se o modelo do anexo das ME, publicado pela Portaria 104/2011, de 14 de março, sendo incluídos comentários e exemplos em cada nota sempre que se justifique. Anexo para microentidades Modelo: 1 — Caracterização da entidade: 1 — Designação: ______________________________________________________________ 2 — Sede: ____________________________________________________________________ 3 — Natureza da atividade: _____________________________________________________ 4 — CAE (código e designação): _________________________________________________ 5 — Número médio de empregados durante o ano: _________________________________ Observações: Nesta nota deve ser identificada a entidade, a sua atividade e respetiva classificação de atividade económica (CAE). Deverá também ser incluída informação sobre o número médio de empregados que esta empresa manteve ao ser serviço durante o ano. Acessoriamente, pode ser incluída uma breve história da sociedade, com os acontecimentos mais importantes, bem como uma caracterização da atividade, incluindo eventuais aspetos particulares. 189 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 2 — Referencial contabilístico: 2.1 — O referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras é o instituído pelo Decreto –Lei n.º 36 -A/2011, de 9 de Março; 2.2 — Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior; 2.3 — Adoção pela primeira vez da NC-ME (divulgação transitória): uma explicação acerca da forma como a transição dos anteriores princípios contabilísticos geralmente aceites (PCGA) para a NC-ME, afetou o balanço e a demonstração dos resultados, distinguindo entre a correção desses erros e as alterações às políticas contabilísticas. Observações: Na nota 2 deve ser referido que a empresa adota referencial contabilístico para as microentidades, indicando as contas do balanço e da demonstração dos resultados que não são comparáveis com o período anterior. A nota 2.3, é de aplicação transitória, sendo aplicável essencialmente na transição do SNC para a NCM. Com a entrada em vigor do SNC, em1 de janeiro de 2010, estas empresas transitaram do POC para o SNC, e elaboraram as suas contas reportadas a 31 de dezembro de 2010 de acordo com o SNC. Com a entrada em vigor, em 9 de março de 2011, da NCM, as empresas, que optem por adotar este sistema, deverão proceder à transição, agora para a NCM. Exemplo: 2 — Referencial contabilístico: 2.1 - O referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras é o instituído pelo Decreto –Lei n.º 36 -A/2011, de 9 de Março, que inclui a Normalização Contabilística para as Microentidades. 2.2 – Como a empresa se constituiu em 07 de julho de 2010, as demonstrações financeiras, principalmente a demonstração dos resultados não é comparável com o ano anterior. 190 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 2.3 — Adoção pela primeira vez da NC -ME: No processo de transição dos anteriores princípios contabilísticos geralmente aceites (PCGA) para a NC-ME, a empresa: a) Manteve reconhecidos pela quantia escriturada todos os ativos e passivos cujo reconhecimento continue a ser exigido por esta norma; b) Reconheceu todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passou a ser exigido por esta norma, sendo a sua mensuração efetuada nos termos nela previsto; c) Desreconheceu itens como ativos ou passivos não presente norma o não permitir; e d) Efetuou as reclassificações pertinentes. Estas operações tiveram impacto no balanço. Os reconhecimentos e os desreconhecimentos, foram reconhecidos nos capitais próprios. Nestes ajustamentos de transição não foram corrigidos erros nem existiram alterações às políticas contabilísticas. Modelo: 3 — Principais políticas contabilísticas: 3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras; 3.2 — Outras políticas contabilísticas. Observações: O objetivo desta nota é facultar aos utentes das contas um resumo das políticas contabilísticas e bases de mensuração utilizadas na preparação das demonstrações financeiras Assim, devem ser divulgadas: - as principais bases de mensuração das demonstrações financeiras, as quais incluem o custo histórico, o valor realizável, entre outros; - as políticas contabilísticas aplicáveis às rubricas das demonstrações financeiras com maior expressão. Não se trata de uma lista exaustiva das políticas utilizadas pela entidade, uma vez que essa informação vai constar nas restantes notas do anexo; 191 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 3 — Principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras da entidade são as que abaixo se descrevem, tendo sido consistentemente aplicadas a transações semelhantes e aos exercícios apresentados, salvo indicação contrária. 3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram preparadas tendo por base o modelo do custo. 3.2 — Outras políticas contabilísticas Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis são mensurados pelo modelo do custo (custo de aquisição ou produção, o qual inclui o custo de compra e quaisquer outros dispêndios diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condição necessária para funcionarem da forma pretendida) o qual consiste na sua escrituração pelo custo menos qualquer depreciação acumuladas e menos quaisquer perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o modelo da linha reta (quotas constantes), em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. Ativos intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa e os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método da linha reta (quotas constantes), a partir do momento em que se encontram disponíveis para uso. Locações Os contratos de locação financeira são reconhecidos como ativos e passivos, quantias iguais ao valor presente dos pagamentos mínimos da locação, cada um determinado no início da locação. 192 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Os pagamentos mínimos da locação devem ser repartidos entre o encargo financeiro e a redução do passivo pendente. O encargo financeiro deve ser imputado a cada período durante o prazo da locação. Os juros pagos e as depreciações dos ativos são registados na demonstração dos resultados no período a que respeitam, em juros e gastos similares suportados e em gastos de depreciação, respetivamente. No contrato de locação operacional o valor dos pagamentos efetuados é registado em gastos do período, numa base linear e durante o período do respetivo contrato, e reconhecidos na demonstração dos resultados. As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados. Inventários Os inventários são mensurados ao custo ou, se inferior, pelo valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atuais. Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, os direitos de importação e outros impostos (que não sejam os subsequentemente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, de materiais e de serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos custos de compra. A imputação dos gastos gerais de fabrico fixos é baseada na capacidade normal de produção das instalações. Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação acordada, tomando em consideração a quantia líquida de quaisquer descontos comerciais e de quantidade concedidos pela entidade. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: – A entidade tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens; – A entidade não mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse, nem o controlo efetivo dos bens vendidos; 193 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO – A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada; – Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade; e – Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados. O rédito das prestações de serviços que se iniciam e terminam no mesmo período de relato é reconhecido na data da conclusão do serviço. Quando a prestação de serviços transita de um período para outro, o reconhecimento do rédito, na data de relato, é calculado com base na fase de acabamento. O rédito deve ser reconhecido nas seguintes bases: a. Os juros devem ser reconhecidos utilizando o regime de acréscimo; b. Os royalties devem ser reconhecidos segundo o regime de acréscimo de acordo com a substância do acordo relevante; e c. Os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do acionista receber o pagamento Provisões As provisões são reconhecidas quando a empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum acontecimento passado, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Quando alguma destas condições não é preenchida, a empresa procede à sua divulgação como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Subsídios do governo Um subsídio do Governo é reconhecido quando haja segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e que o subsídio será recebido. Os subsídios do Governo não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis são inicialmente reconhecidos nos Capitais Próprios. Subsequentemente, relativamente aos subsídios relacionados com ativos depreciáveis, são imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende que eles compensem. Relativamente aos subsídios para ativos não depreciáveis, são mantidos nos Capitais Próprios, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer perda por imparidade. 194 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Os subsídios relacionados com rendimentos imputam-se ao rendimento do período, salvo se se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que se imputam aos referidos exercícios. Estes subsídios são apresentados separadamente como “Subsídios à exploração” na demonstração dos resultados. Impostos sobre o rendimento Os impostos sobre o rendimento são tratados pelo método do imposto a pagar. Os impostos sobre o rendimento para períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos correntes e anteriores exceder a quantia devida para esses períodos, o excesso deve ser reconhecido como um ativo. Os passivos e os ativos por impostos sobre o rendimento dos períodos correntes e anteriores devem ser mensurados pela quantia que se espera que seja paga ou recuperada às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas à data do balanço. Ativos e passivos financeiros A empresa reconhece os ativo financeiro ou os passivos financeiros apenas quando se torne uma parte de disposições contratuais geradoras de direitos e obrigações. A empresa mensura os ativos e passivos financeiros ao custo, entendido como a quantia nominal dos direitos e obrigações contratuais envolvidos. Os ativos financeiros relativos a contas a receber e a participações de capital são mensurados ao custo de aquisição, sujeito a correções subsequentes derivadas de eventuais imparidades. Modelo: 4 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: 4.1 — Alterações de políticas contabilísticas: a) Natureza da alteração; b) Quantia de ajustamento relacionado com o período corrente. 4.2 — Alterações nas estimativas contabilísticas: a) Natureza da alteração; b) Quantia de ajustamento relacionado com o período corrente. 4.3 — Erros: a) Natureza do erro material de período anterior; b) Seu impacto nas demonstrações financeiras desses períodos. 195 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: As divulgações desta nota prendem-se essencialmente com os factos dos previsto no ponto 6 da NC-EM - Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: - Alteração de políticas contabilísticas Uma entidade deve alterar uma política contabilística apenas se a alteração: a) For exigida por uma Norma ou Interpretação; ou b) Resultar no facto de as demonstrações financeiras proporcionarem informação fiável e mais relevante sobre os efeitos das transações, outros acontecimentos ou condições, na posição financeira e no desempenho financeiro da entidade. - Alterações nas estimativas contabilísticas O efeito de uma alteração numa estimativa contabilística, deve ser reconhecido prospectivamente incluindo-o nos resultados do: a) Período de alteração, se a alteração afetar apenas esse período; ou b) Período de alteração e futuros períodos, se a alteração afetar ambas as situações. As estimativas envolvem juízos de valor os quais devem ser baseados na última informação disponível na data da estimativa. No entanto, no período ou períodos futuros será necessário rever a estimativa, ajustando os valores estimados. - Erros. A correção de um erro material de um período anterior é excluída dos resultados do período em que o erro é detetado, sendo efetuada diretamente em resultados transitados. Uma entidade deve selecionar e aplicar as suas políticas consistentemente para transações semelhantes, outros acontecimentos e condições, a menos que determinado capítulo desta Norma especificamente exija ou permita a categorização de itens para os quais possam ser apropriadas diferentes políticas. Exemplo: 4 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros 4.1 — Alteração de políticas contabilísticas a) Natureza da alteração Não aplicável. 196 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO b) Quantia do ajustamento relacionado com o período corrente Não aplicável. 4.2 - Alterações nas estimativas contabilísticas a) Natureza da alteração No processo de revisão das estimativas contabilísticas, foi revista a estimativa de vida útil dos ativos fixos tangíveis, tendo sido utilizadas para o corrente período aquelas que melhor representam o conhecimento da situação nas condições atuais. b) Quantia do ajustamento relacionado com o período corrente A alteração da vida útil estimada para os ativos fixos tangíveis teve o seguinte impacto nas demonstrações financeiras do período: Vida útil estimada Vida útil revista Impacto nas depreciações Equipamento básico: Máquinas 8 anos 6 anos 6.500,00 Esta alteração também terá impacto nas demonstrações financeiras dos períodos seguintes. 4.3 — Erros a) Natureza do erro material de período anterior Durante o presente exercício, foi detetada uma fraude, referente a um desvio de dinheiro, ocorrido no ano anterior, cuja correção e impacto foram reconhecidos no presente período. b) Seu impacto nas demonstrações financeiras desses períodos A correção deste erro detetado nas demonstrações financeiras do ano anterior teve um impacto nos resultados transitados, tendo sido reconhecida a perda no montante de 8.750,00 euros. Modelo: 5 — Ativos fixos tangíveis: 5.1 — Vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas; 5.2 — Quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada no início e no fim do período; 197 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 5.3 — Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as alienações, os abates e as depreciações; 5.4 — Restrições de titularidade e ativos fixos tangíveis que sejam dados como garantia de passivos; 5.5 — Compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis. Observações: As divulgações exigidas pela NC-ME para os ativos fixos tangíveis, reportam-se: às estimativas da vida útil; descriminação das quantias brutas escrituradas e depreciações no inicio e no fim do período; Quadro indicativo das aquisições e alienações efetuadas durante o período; Restrições de titularidade; Compromissos para aquisição de ativos. Exemplo: 5 — Ativos fixos tangíveis 5.1 — Vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas As vidas úteis estimadas dos principais ativos fixos tangíveis são as seguintes: Descrição Anos Terrenos - Edifícios e outras construções 25 a 30 Equipamento básico 12 a 15 Equipamento de transporte 6a8 198 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 5.2 — Quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada no início e no fim do período Início do período Descrição Quantia escriturada bruta Terrenos Edifícios e construções Depreciações 100.000 outras Equipamento básico Equipamento Fim do período de transporte Quantia escriturada bruta Depreciações 100.000 300.000 75.000 300.000 87.500 150.000 100.000 165.000 107.000 50.000 25.000 75.000 37.500 5.3 — Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as alienações, os abates e as depreciações Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis e nas respetivas depreciações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte: Ano 2011 Edifícios e Terrenos outras construções Equip. Básico Equip. transporte Total Ativo bruto Saldo em 31 Dezembro 2010 150.000 50.000 600.000 Aquisições 20.000 25.000 45.000 Alienações -5.000 Saldo final - 31 Dezembro 2011 100.000 100.000 300.000 -5.000 300.000 165.000 75.000 640.000 Saldo em 31 Dezembro 2010 -75.000 -100.000 -25.000 -200.000 Depreciações do exercício -12.500 -12.000 -17.500 -42.000 Depreciações e perdas imparidade acumuladas Alienações Saldo final - 31 Dezembro 2011 Valor líquido 5.000 5.000 0 -87.500 107.000 -37.500 -237.000 100.000 212.500 58.000 37.500 403.000 Ano 2010 Elaborar mapa idêntico para n-1. 199 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 5.4 — Restrições de titularidade e ativos fixos tangíveis que sejam dados como garantia de passivos Os terrenos e edifícios encontram-se hipotecados a uma instituição financeira como garantia de um financiamento, até ao montante máximo de 250.000,00 euros. Parte do equipamento básico, designadamente as máquinas de produção pesadas encontra-se penhorado como garantia num processo em curso. 5.5 — Compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis A empresa celebrou um contrato promessa de compra de um equipamento pesado, cuja aquisição se concretizará no prazo de 6 meses. Modelo: 6 — Ativos intangíveis: 6.1 — Divulgar se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas; 6.2 — Quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada no começo e fim do período; 6.3 — Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as alienações, os abates e as amortizações; 6.4 — Para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia escriturada desse ativo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida; 6.5 — Quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos intangíveis; 6.6 — Quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto durante o período; 6.7 — Incentivos públicos relacionados com a proteção ambiental, recebidos ou atribuídos à entidade, com especificação das respetivas condições; 6.8 — Dispêndios de carácter ambiental capitalizados durante o período; 6.9 — Dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados. 200 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: As divulgações exigidas para os ativos intangíveis, reportam-se essencialmente à explicação da definição das vidas úteis, bem como das explicações sobre as variações verificadas nestas contas, entre outras. Exemplo: 6 — Ativos intangíveis 6.1 — Divulgar se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas Para os ativos intangíveis foi estimada uma vida útil de 4 anos. 6.2 — Quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada no começo e fim do período Início do período Descrição Quantia escriturada bruta 10.000 Outros ativos intangíveis Fim do período Depreciações Quantia escriturada bruta Depreciações 5.000 10.000 7.500 6.3 — Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as alienações, os abates e as amortizações Outros ativos Total intangíveis Ativo bruto Saldo em 31 Dezembro 2010 10.000 10.000 Adições 0 0 Alienações 0 0 10.000 10.000 Saldo em 31 Dezembro 2010 -5.000 -5.000 Amortizações do período -2.500 -8.500 Saldo final em 31 Dezembro 2011 -7.500 -7.500 2.500 2.500 Saldo final em 31 Dezembro 2011 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas Valor líquido 201 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Ano 2010 Elaborar mapa idêntico para n-1. 6.4 — Para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia escriturada desse ativo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida Não aplicável. 6.5 — Quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos intangíveis Não aplicável. 6.6 — Quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto durante o período Não aplicável. 6.7 — Incentivos públicos relacionados com a proteção ambiental, recebidos ou atribuídos à entidade, com especificação das respetivas condições Não aplicável. 6.8 — Dispêndios de carácter ambiental capitalizados durante o período Não aplicável. 6.9 — Dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados Não aplicável. Modelo: 7 — Locações: 7.1 — Quantia escriturada líquida à data do balanço por cada categoria de ativo em locações financeiras; 7.2 — Descrição geral de acordos de locações financeiras e operacionais e informação sobre: renda contingente a pagar, cláusulas de renovação, opções de compra e eventuais restrições impostas. Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as informações relativas às locações, sejam classificadas como locações financeiras ou como locações operacionais, as quais estão previstas na NC-ME § 9. 202 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Uma locação classifica-se como financeira se os riscos e vantagens inerentes à posse de um ativo são substancialmente transferidos para o locatário, independentemente do título de propriedade ser ou não transferido. Locações operacionais são todas as locações que não se classificam como financeiras. A classificação da locação depende da substância e não da forma do contrato. Exemplo: 7 — Locações 7.1 — Quantia escriturada líquida à data do balanço por cada categoria de ativo em locações financeiras A empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira: 2011 Custo 2010 Deprecia./ p. imparidade acumuladas Quantia escriturada Quantia escriturada Equipamento básico 50.000 -25.000 25.000 27.500 Equipamento de transporte 25.000 -15.000 10.000 15.000 75.000 -40.000 35.000 42.500 7.2 — Descrição geral de acordos de locações financeiras e operacionais e informação sobre: renda contingente a pagar, cláusulas de renovação, opções de compra e eventuais restrições impostas Em relação aos contratos de locação financeira não existem rendas contingentes, cláusulas de renovação ou de escalonamento ou outras restrições. No final do contrato, a empresa tem opção de compra sobre o bem locado. Modelo: 8 — Inventários: 8.1 — Indicação do sistema de inventário e forma de custeio utilizados; 203 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 8.2 — A quantia de qualquer ajustamento de inventários reconhecida como um gasto do período; 8.3 — A quantia de qualquer reversão de ajustamento que tenha sido reconhecida como uma redução na quantia de inventários reconhecida como gasto do período; 8.4 — A quantia escriturada de inventários dados como penhor de garantia a passivos e contingências. Observações: As divulgações a incluir nesta nota, conforme NC-ME § 11, relacionam-se essencialmente com as políticas contabilísticas adotadas pela entidade (na nota correspondente), sistema de inventário, gastos de inventários e ajustamentos e reversões de inventários. Esta informação deve ser prestada por tipo de inventários, designadamente, mercadorias, matérias-primas, consumíveis de produção, materiais, produtos e trabalhos em curso e produtos acabados. No anexo não é solicitada informação sobre as quantias escrituradas no balanço e demonstração dos resultados a título de inventários. No entanto esta informação parece-nos importante, e poderá ser uma conclusão para a divulgação do sistema de inventário e forma de custeio. Exemplo: 8 — Inventários: 8.1 — Indicação do sistema de inventário e forma de custeio utilizados A empresa utiliza o sistema de inventário intermitente. Com o fórmula de custeio dos inventários a entidade adota o custo médio ponderado, pelo que o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante o período. 204 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Quantia total escriturada de inventários Quantia bruta 2011 Perdas por imparidade Quantia líquida Quantia bruta 2010 Perdas por imparidade Quantia líquida Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados e intermédios Subprodutos, desperdícios, resíduos Produtos e trabalhos em curso Adiant. por conta de compras Como resultado dos consumos ocorridos, o custo das mercadorias vendida e das matérias consumidas no período ascende a: Mercadorias 2011 MP, subsid. consumo Total Mercadorias 2010 MP, subsid. consumo Total Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final Custo merc. vendidas e mat. consumidas A variação dos inventários da produção ascende a: Produtos Acabados 2011 Produtos trab. curso 2010 Total Produtos acabados Produtos trab. curso Total Saldo inicial Regularizações Saldo final Variação dos inventários da produção 205 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 8.2 — A quantia de qualquer ajustamento de inventários reconhecida como um gasto do período 2011 Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Saldo final Mercadorias Matérias-primas Produtos acabados Produtos e trabalhos em curso 8.3 — A quantia de qualquer reversão de ajustamento que tenha sido reconhecida como uma redução na quantia de inventários reconhecida como gasto do período 2011 Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Saldo final Mercadorias Matérias-primas Produtos acabados Produtos e trabalhos em curso 8.4 — A quantia escriturada de inventários dados como penhor de garantia a passivos e contingências Não aplicável. Modelo: 9 — Rédito: 9.1 — Divulgar: a) Os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços; b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente de: i) Venda de bens; ii) Prestação de serviços; 206 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO iii) Juros; iv) Royalties; e v) Dividendos. Observações: Nesta nota devem incluir-se as divulgações relacionadas com o rédito proveniente da vendas de bens, prestação de serviços e uso por outros de ativos da entidade que produzam juros, royalties, e dividendos. Também deverão ser divulgados os métodos para determinar a fase de acabamento das prestações de serviços. Exemplo: 9 — Rédito a) Os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços O rédito das prestações de serviços é reconhecido pela fase de acabamento, calculada com base nas horas de trabalho realizadas sobre o valor das horas de trabalho previstas e necessárias para concluir o serviço. b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente de 2011 2011 Venda de mercadorias Venda de produtos Prestação de serviços Juros Dividendos Modelo: 10 — Provisões: 10.1 — Para cada classe de provisão, divulgar: a) A quantia escriturada no começo e no fim do período; b) As provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; 207 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO c) As quantias usadas (isto é, incorridas e debitadas à provisão) durante o período; d) Quantias não usadas revertidas durante o período. Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as descrições, quantias envolvidas, movimentos do período, responsabilidades e exfluxos ou influxos futuros estimados relacionadas com as provisões. Exemplo: 10 — Provisões 10.1 — Para cada classe de provisão As provisões nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são: Ano 2011 Saldo Reforço/ inicial constituição Reversão Utilização Saldo final Impostos Garantias a clientes Processos judiciais ... Ano 2010 Elaborar quadro idêntico para o ano de 2010. Modelo: 11 — Subsídios do Governo: 11.1 — Devem ser divulgados os assuntos seguintes: a) A natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras; b) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao subsídio do Governo; e c) Quantia de qualquer reembolso de subsídio que tenha sido reconhecido como um gasto. 208 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as informações sobre os subsídios e apoios do governo recebidos ou a receber pela entidade. Os subsídios do governo podem revestir a forma de subsídio relacionados com ativos (subsídios ao investimento) ou subsídios relacionados com o rendimento (subsídios à exploração). Por outro lado, os subsídios do governo podem ser reembolsáveis ou não reembolsáveis. Os subsídios do governo reembolsáveis deverão ser tratados/divulgados conforme os financiamentos. O reconhecimento dos subsídios ou apoios do governo dependem de vários requisitos. O anexo pode ser assim a única demonstração financeira a prestar esta informação. As divulgações mínimas são: - a política contabilística adotada para os subsídios e apoios do governo; - os subsídios do governo de que beneficiou; e - as condições não satisfeitas e eventuais contingências associadas. Exemplo: 11 — Subsídios do Governo: 11.1 — Devem ser divulgados os assuntos seguintes a) A natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a empresa apresentava os seguintes Subsídios do governo: Ano 2011 Natureza Montante total Montante recebido Capital próprio Passivo Rédito período Rédito acumulado Subsídios à exploração: Contrato X (POPH) Rel. Rendimentos Subsídios relacionados com ativos: Contrato Y (IAPMEI) Não reembolsável Total 209 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Elaborar quadro igual para 2010 (n-1). Descrever os contratos em vigor, indicando, entre outros, o período de execução, montantes previstos de investimento e subsídios, taxas de comparticipação e obrigações os promotor. b) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao subsídio do Governo Descrever as condições não satisfeitas e outras contingências se aplicável, por exemplo, investimento previsto não realizado, prazos não cumpridos, objetivos não cumpridos e possíveis consequências envolvidas. c) Quantia de qualquer reembolso de subsídio que tenha sido reconhecido como um gasto Não aplicável. Modelo: 12 — Impostos sobre o rendimento: 12.1 — Devem ser divulgados separadamente: a) Gasto (rendimento) por impostos sobre o rendimento; b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos sobre o rendimento de períodos anteriores. Observações: O tratamento contabilístico dos impostos é o método do imposto a pagar, sendo que no anexo deverão ser efetuadas divulgações nas quais se explica o valor do gasto por impostos sobre o rendimento. Exemplo: 12 — Impostos sobre o rendimento 12.1 — Devem ser divulgados separadamente a) Gasto (rendimento) por impostos sobre o rendimento O gasto do imposto sobre o rendimento poderá ser explicado no quadro que se segue: 210 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Saldo final Resultado antes de Impostos Diferenças para lucro tributável: Depreciações não aceites como gastos …… Lucro tributável/prejuízo fiscal Taxa de imposto Coleta Tributação autónoma Imposto sobre o rendimento b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos sobre o rendimento de períodos anteriores Não aplicável. Modelo: 13 — Ativos e passivos financeiros: 13.1 — Quando ativos financeiros tenham sido dados em garantia, penhor ou promessa de penhor, divulgar: a) A quantia escriturada de tais ativos financeiros; e b) Os termos e condições relativos à garantia, penhor ou promessa de penhor. 13.2 — Para empréstimos contraídos reconhecidos à data do balanço, divulgar as situações de incumprimento. 13.3 — Por cada natureza de ativos financeiros em imparidade, divulgar: a) A quantia da imparidade acumulada no começo e no fim do período; b) As perdas por imparidade reconhecidas no período; c) Quantias de quaisquer reversões de perdas por imparidade durante o período. 13.4 — Por cada natureza de ativos financeiros, divulgar as quantias reconhecidas como gastos no período por se terem tornado irrecuperáveis. Observações: Nesta nota deverão ser efetuadas as divulgações sobre ativos financeiros e passivos financeiros tais como: 211 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO – Caixa; – Depósitos à ordem e outros depósitos; – Clientes; – Fornecedores; – Outros impostos que não sejam impostos sobre o rendimento; – Financiamentos obtidos; – Sócios; – Outras contas a receber e a pagar; – Investimentos financeiros. Todos os ativos e passivos financeiros são mensurados pelo método do custo, devendo ser verificada a existência de eventuais imparidades nos ativos. Poderá ser apresentado no anexo um quadro resumo dos ativos e passivos financeiros, comparativo entre os vários períodos apresentados. Exemplo: 13 — Ativos e passivos financeiros A empresa tem os seguintes ativos e passivos financeiros: 2011 Quantia bruta Ativos financeiros Caixa Depósitos à ordem Clientes Investimentos financeiros 250 10.500 7.630 6.600 Passivos financeiros Fornecedores Financiamentos obtidos Estado 15.000 10.000 3.550 Imparidade 2010 Quantia escriturada Quantia bruta 250 10.500 5.600 5.600 150 320 8.900 6.600 15.000 10.000 3.550 12.000 10.000 2.560 2.030 1.000 Imparidade 1.000 Quantia escriturada 150 320 7.900 6.600 12.000 10.000 2.560 13.1 — Quando ativos financeiros tenham sido dados em garantia, penhor ou promessa de penhor, divulgar a) A quantia escriturada de tais ativos financeiros A empresa deu como garantia um saldo de conta de depósitos no montante de 5.000,00 euros. 212 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO b) Os termos e condições relativos à garantia, penhor ou promessa de penhor O depósito no valor de 5.000,00 euros foi dado como garantia como caução num contrato com um fornecedor. 13.2 — Para empréstimos contraídos reconhecidos à data do balanço, divulgar as situações de incumprimento A empresa solicitou a prorrogação do prazo de liquidação dos empréstimos bancários, estando a renegociar com as instituições financeiras as condições daqueles empréstimos. Tendo sido aceite a prorrogação de prazo, e estando a decorrer as negociações, então não existirão situações de incumprimento a divulgar. 13.3 — Por cada natureza de ativos financeiros em imparidade, divulgar a) A quantia da imparidade acumulada no começo e no fim do período Saldo inicio Imparidades em: Clientes Investimentos financeiros Aumento 1.000 1.000 Reversão 1.030 1.000 2.030 Saldo final 2.030 1.000 3.030 b) As perdas por imparidade reconhecidas no período No período foram reconhecidos gastos em perdas por imparidade nos seguintes ativos: Perdas Imparidade período Imparidades em: Clientes Investimentos financeiros 1.030 1.000 2.030 c) Quantias de quaisquer reversões de perdas por imparidade durante o período Não aplicável 13.4 — Por cada natureza de ativos financeiros, divulgar as quantias reconhecidas como gastos no período por se terem tornado irrecuperáveis Foi reconhecido como incobrável um crédito sobre um cliente no montante de 600,00 euros. Relativamente a este cliente não tinha sido reconhecida qualquer perda por imparidade em períodos anteriores. 213 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 14 — Capital próprio: 14.1 — Forma como se realizou o capital social e seus aumentos ou reduções, apenas no exercício em que tiveram lugar; 14.2 — Número e valor nominal das ações/quotas subscritas no capital, durante o exercício; 14.3 — Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de capitais próprios, constantes do balanço, para além das referidas anteriormente. Observações: A referência a ações não se aplicam a microentidades, uma vez que por definição as sociedade anónimas não podem aplicar a NCM, independentemente do dimensão da empresa. Nesta nota do anexo deverão ser divulgadas informações quanto ao capital próprio, justificando os movimentos das rubricas constantes do capital próprio. Exemplo: 14 — Capital próprio 14.1 — Forma como se realizou o capital social e seus aumentos ou reduções, apenas no exercício em que tiveram lugar O capital social foi totalmente realizado em dinheiro. Durante o presente exercício, o capital social foi aumentado de 5.000,00 euros para 15.000,00, por entradas de dinheiro efetuadas pelos atuais sócios da empresa. 14.2 — Número e valor nominal das ações/quotas subscritas no capital, durante o exercício Valor nominal quota Inicial Sócio X Sócio Y Sócio Zs 2.000,00 2.000,00 1.000,00 5.000,00 Aumento capital 5.000,00 3.000,00 2.000,00 10.000,00 Diminuição capital Alienação quotas Valor nominal quota final 7.000,00 5.000,00 3.000,00 15.000,00 214 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 14.3 — Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de capitais próprios, constantes do balanço, para além das referidas anteriormente Para além do aumento de capital, as rúbricas do capital próprio tiveram os seguintes movimentos: Valor Inicial Capital Quotas próprias Outros instrumentos de capital próprio Prémios de emissão Reservas Resultados transitados Excedentes de revalorização Outras variações no capital próprio 5.000,00 Aumento Diminuição 10.000,00 Valor final 15.000,00 10.000,00 10.000,00 250,00 300,00 150,00 2.730,00 8.750,00 400,00 5.720,00 15.550,00 12.880,00 8.750,00 19.680,00 Outros instrumentos de capital próprio A empresa mantém prestações suplementares, constituídas, por entradas em dinheiro, e de acordo com deliberação em assembleia geral de 21 de outubro de 2010, sem qualquer movimento em 2011. Reservas Da aplicação do resultado líquido de 2010, no montante de 2.880,00 euros, foi deliberado em assembleia de 31 de março, aplicar este resultado em reversas no montante de 150,00 euros. Resultados transitados Da aplicação do resultado líquido de 2010, no montante de 2.880,00 euros, foi deliberado em assembleia de 31 de março, manter em resultados transitados o montante de 2,730,00 euros. Foi efetuada uma correção de exercícios anteriores, pelo facto de ter sido detetada uma fraude, que teve impacto nos resultados transitados no valor de 8.750,00 euros. Modelo: 15 — Divulgações exigidas por outros diplomas legais: 15.1 — ... 15.2 — ... 215 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Todas as informações exigidas por contratos, legislação específica, programas comunitários a que a empresa se candidatou, deverão ser divulgados no anexo do período a que respeitam. Modelo: 16 — Outras informações: (Divulgações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos resultados.) Observações: A empresa pode optar por divulgar informação, por considerar relevante para o leitor das demonstrações financeiras, entre a qual destacamos: Estrutura de gastos; Gastos, rendimentos e resultados por áreas de negócio; Descriminação dos principais gastos e rendimentos; Outras informações. Deve também ser divulgada a existências de dívidas em mora, ou não, perante a Segurança Social e o Estado. Exemplo: 16 — Outras informações: Informa-se que a empresa à data de encerramento das contas do período de 2011 tem a sua situação “regularizada” perante a Segurança Social, tal como relativamente à Administração Tributária, não existindo, por isso, qualquer dívida em mora ao estado e outros entes públicos. Local, ___ de _________ de 2012 O Técnico Oficial de Contas A Gerência 216 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 2.4. Normalização contabilística para as entidades do setor não lucrativo 2.4.1. Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras (ponto 3 NCRF-ESNL) A normalização contabilística para entidades do setor não lucrativo refere no ponto 3.1.4 que um conjunto completo de demonstrações financeiras para estas entidades inclui: a) Um balanço; b) Uma demonstração dos resultados; c) Uma demonstração dos fluxos de caixa; e d) Um anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adotadas e outras divulgações exigidas pela NCRF-ESNL. As demonstrações financeiras devem ser identificadas claramente e distinguidas de outra informação publicada. Para além das informações a fazer nos atos externos (de acordo com o art.º 171º do CSC), e para as entidades abrangidas pelo CSC, a informação seguinte deve ser mostrada de forma proeminente e repetida quando for necessário para a devida compreensão da informação apresentada: a) O nome da entidade que relata ou outros meios de identificação, e qualquer alteração nessa informação desde a data do balanço anterior; b) A data do balanço ou o período abrangido pelas demonstrações financeiras, conforme o que for apropriado para esse componente das demonstrações financeiras; c) A moeda de apresentação; e d) O nível de arredondamento usado na apresentação de quantias nas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras devem ser apresentadas pelo menos anualmente. Quando se altera a data do balanço de uma entidade e as demonstrações financeiras anuais sejam apresentadas para um período mais longo ou mais curto do que um ano, uma entidade deve divulgar: a) O período abrangido pelas demonstrações financeiras; b) A razão para usar um período mais longo ou mais curto; e c) A não inteira comparabilidade das quantias comparativas. 217 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Nos pontos 4.1 e 4.2 da NC-ESNL é referido que a estrutura e as informações a apresentar no anexo constam do respetivo modelo publicado em Portaria (Portaria 105/2011, de 14 de março). Na NC-ESNL é também referido que o anexo deve: a) Apresentar informação acerca das bases de preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas usadas; b) Divulgar a informação exigida pelos capítulos desta Norma que não seja apresentada na face do balanço e da demonstração dos resultados; e c) Proporcionar informação adicional que não seja apresentada na face do balanço e da demonstração dos resultados, mas que seja relevante para uma melhor compreensão de qualquer uma delas. As notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma sistemática. A minuta de anexo a utilizar por estas entidades refere que cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as divulgações que deva efetuar, sendo que as notas de 1 a 4 serão sempre explicitadas. Cada item na face do balanço e da demonstração dos resultados, que tenha merecido uma nota no anexo, deve ter uma referência cruzada, que deve ser incluída na coluna das “Notas” que consta do balanço e da demonstração dos resultados. As notas do anexo devem ser apresentadas pela seguinte ordem: a) Identificação da entidade, incluindo domicílio, natureza da atividade, nome e sede da entidade-mãe, se aplicável; b) Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras; c) Resumo das principais políticas contabilísticas adotadas; d) Informação desagregada dos itens apresentados na face do balanço, na demonstração dos resultados por natureza; e) Passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos; f) Indicação do número de pessoal cooperante, número de voluntários e de beneficiários, órgãos sociais ou qualquer outra informação que aumente a qualidade da informação contida nas Demonstrações financeiras; g) Divulgações exigidas por diplomas legais. Na portaria 105/2011, de 14 de março, no que respeita ao anexo, não foi publicada uma “minuta de anexo”, sendo referido que as divulgações a efetuar pelas ESNL correspondem às publicadas através do anexo n.º 10 da Portaria n.º 986/2009, de 7 de setembro (minuta de 218 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO anexo para as pequenas entidades), constando do presente documento apenas as alterações que decorrem das especificidades das ESNL. 2.4.2. Anexo Em seguida apresenta-se o modelo do anexo das ESNL, adaptando o publicado no anexo 10 da Portaria 986/2007, de 7 de setembro, com as alterações referidas na portaria 105/2011, de 14 de março, sendo incluídos comentários e exemplos em cada nota sempre que se justifique. Em itálico, estão apresentadas as notas que constam da legislação. Anexo para entidades setor não lucrativo Modelo: O presente documento não constitui um formulário relativo às notas do Anexo, mas tão só uma compilação das divulgações exigidas nos diversos capítulos que integram a NCRF-ESNL. Assim, cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as divulgações que deva efetuar, sendo que as notas de 1 a 4 serão sempre explicitadas e ficam reservadas para os assuntos identificados no presente documento. Observação: Como é referido na introdução do modelo do anexo, este documento é apenas uma compilação das divulgações exigidas pela NCRF-PE, que deverá ser adaptado para as divulgações exigidas pela NC-ESNL. Assim, cada entidade, face à sua dimensão, natureza e informação apresentada na face das restantes demonstrações financeiras deve elaborar o seu próprio anexo, apresentando apenas as divulgações exigidas pelos pontos da NC-ESNL que se aplicam à entidade. Apenas as notas 1 a 4 do modelo são de apresentação obrigatória. As ESNL, de acordo com a NC-ESNL deverão proceder à superação de lacunas conforme disposto no ponto 2.3. da NCRF-ESNL, pela ordem a seguir indicada: NCRF e Normas Interpretativas (NI); Normas Internacionais de Contabilidade, adotadas ao abrigo do Regulamento n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho; 219 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações (SIC e IFRIC). Modelo: 1. — Identificação da entidade 1.1 — Designação da entidade: 1.2 — Sede: 1.3 — Natureza da atividade: 1.4 — Designação da empresa-mãe: 1.5 — Sede da empresa-mãe: Observações: Nesta nota deve ser identificada a entidade, a sua atividade bem como a identificação e sede da “entidade” que é a empresa-mãe. Por opção, pode ser incluída uma breve história da sociedade, com os acontecimentos mais importantes, bem como uma caracterização da atividade, incluindo eventuais aspetos particulares. Modelo: 2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1 — 2.2 — Indicação e justificação das disposições do SNC (NCRF-ESNL) que, em casos excecionais, tenham sido derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da entidade. 2.3 — Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior. 2.4 — Adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL — divulgação transitória: a) Uma explicação acerca da forma como a transição dos anteriores princípios contabilísticos geralmente aceites para a NCRF-ESNL, afetou a sua posição financeira e o seu desempenho financeiro relatados; 220 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO b) Uma explicação acerca da natureza das diferenças de transição que foram reconhecidas como fundo patrimonial. 2.5 — Caso uma entidade dê conta de erros cometidos segundo os PCGA anteriores, as reconciliações exigidas nos parágrafos anteriores, devem distinguir entre a correção desses erros e as alterações às políticas contabilísticas. Observações: Na nota 2 deve ser indicado qual o referencial contabilístico de relato (no caso, o SNC, aplicando a NCRF-ESNL), se foram derrogadas algumas normas desse referencial e se todos os itens do balanço e demonstrações são comparáveis com o período anterior, identificando e justificando eventuais contas que não sejam comparáveis. A nota 2.4, é de aplicação transitória, tendo sido aplicável na transição para o SNC, elencando qual a informação a divulgar. No que respeita à transição, estabelece o DL 36-A/2011, de 9 de março que a normalização contabilística para as ESNL aplica-se a partir do exercício que se inicie em 1 de Janeiro de 2012, ou em data posterior, sem prejuízo do disposto no número seguinte. No entanto, as entidades podem optar por aplicar a normalização contabilística para as ESNL ao exercício que se inicie em 1 de Janeiro de 2011, ou em data posterior. Exemplo: 2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1 - As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as disposições do Sistema de Normalização Contabilística (SNC) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, emitidas e em vigor à data de 31 de Dezembro de 2011, e de acordo com o disposto na NCRFESNL. As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade e do acréscimo, tendo como principal base de mensuração o custo histórico. 2.2 — Não se verificaram, no decorrer do período a que respeitam as demonstrações financeiras, quaisquer casos excecionais que implicassem a derrogação de qualquer disposição prevista na NCRF-ESNL. 2.3 — As quantias relativas ao período findo em 31 de Dezembro de 2010, incluídas nas presentes demonstrações financeiras para efeitos comparativos, estão apresentadas de forma consistente com o período corrente, sendo comparáveis com as quantias do período findo em 31 de dezembro de 2011. 221 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 2.4 — Adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL a) Uma explicação acerca da forma como a transição dos anteriores princípios contabilísticos geralmente aceites para a NCRF-ESNL, afetou a sua posição financeira e o seu desempenho financeiro relatados Deverão ser explicitadas os ajustamentos decorrentes da aplicação da NCRF-ESNL, tendo em consideração o disposto no ponto 5 desta norma, que refere que no balanço de abertura relativo à primeira aplicação a entidade deve: a) Manter reconhecidos pela quantia escriturada todos os ativos e passivos cujo reconhecimento continue a ser exigido por esta norma; b) Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido por esta norma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nela previstos, não sendo contudo permitida, em caso algum, a utilização da base de mensuração do justo valor à data da transição; c) Desreconhecer itens como ativos ou passivos se a presente norma o não permitir; e d) Efetuar as reclassificações pertinentes. b) Uma explicação acerca da natureza das diferenças de transição que foram reconhecidas como fundo patrimonial Os ajustamentos relativos a diferenças de consolidação devem ser reconhecidos no fundo patrimonial, devendo no anexo ser explicitadas as diferenças, por recurso a um quadro do tipo: Fundo patrimonial PCGA anteriores Ajustamento transição NCRF-ESNL Fundos Excedentes técnicos Reservas Resultados transitados Excedentes de revalorização Outras variações nos fundos patrimoniais Total Fundo Patrimonial Modelo: 3 — Principais políticas contabilísticas: 3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras 222 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 3.2 — Outras políticas contabilísticas 3.3 — Principais pressupostos relativos ao futuro 3.4 — Principais fontes de incerteza das estimativas Observações: O objetivo desta nota é facultar aos utentes das demonstrações financeiras um resumo das principais políticas contabilísticas e bases de mensuração utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, os pressupostos relativos ao futuro e as fontes de incerteza que as estimativas integram. Assim, devem ser divulgadas: - as principais bases de mensuração das demonstrações financeiras, as quais incluem o custo histórico, o custo corrente, o valor realizável, o valor presente, entre outros; - as políticas contabilísticas aplicáveis às rubricas das demonstrações financeiras com maior expressão. Não se trata de uma lista exaustiva das políticas utilizadas pela entidade, uma vez que essa informação vai constar nas restantes notas do anexo; - Pressupostos relativos ao futuro, designadamente quanto à continuidade da entidade (se estiver prevista a liquidação da entidade num prazo inferior a um ano, as demonstrações financeiras têm que ser apresentadas na ótica da liquidação) e quanto a outras matérias cujo desenvolvimento possa provocar ajustamentos significativos nas contas do período seguinte, por exemplo, processos judiciais em curso. - Principais incertezas nas estimativas efetuadas, cujo efeito possa ser material nas demonstrações futuras, por exemplo, na estimativa dos encargos com o pessoal, estimativa da vida útil dos ativos. Exemplo: 3 — Principais políticas contabilísticas: As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras da entidade são as que abaixo se descrevem, tendo sido consistentemente aplicadas aos exercícios apresentados, salvo indicação contrária. 3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram preparadas tendo por base o modelo do custo, com exceção para algumas situações específicas destas entidades, tais como bens do ativo atribuídos a título gratuito e inventários a serem oferecidos no âmbito da atividade da ESNL. Os terrenos encontram-se mensurados pelo modelo de revalorização. 223 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 3.2 — Outras políticas contabilísticas 3.2.1 – Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis são inicialmente registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra e quaisquer outros custos diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condição necessária para funcionarem da forma pretendida. Os bens do ativo fixo tangível atribuídos a título gratuito, com o custo desconhecido, são mensurados ao justo valor, ao valor pelo qual se encontram segurados, ou ao valor pelo qual figuravam na sua contabilidade. Os terrenos encontram-se mensurados pelo modelo de revalorização. As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o modelo da linha reta (quotas constantes), em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. Os bens do património histórico, artístico e cultural não são depreciados. 3.2.2 – Inventários Os inventários são registados ao menor entre o custo e o valor líquido realizável. O valor líquido realizável corresponde ao preço de venda esperado deduzido dos custos estimados para efetuar a venda. A diferença entre o custo e o valor líquido realizável é registada em perdas por imparidade no período em que ocorrer. O método de custeio dos inventários adotado pela empresa consiste no custo médio ponderado. Uma ESNL pode deter inventários cujo contributo para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras da entidade ou os serviços potenciais que lhes estão associados não estão diretamente relacionados com a capacidade da entidade gerar fluxos de caixa, designadamente nos casos e, que a ESNL distribui certas mercadorias sem contrapartida. Nestes casos, os contributos para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras da entidade ou os serviços potenciais dos inventários são refletidos através da quantia que a 224 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO entidade teria de pagar para comprar inventários equivalentes. Assim, estes inventários são mensurados pelo custo histórico ou custo corrente, dos dois o mais baixo. 3.2.3 - Ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a entidade se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos e os passivos financeiros são mensurados: a) ao custo, deduzido de qualquer perda por imparidade b) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. 3.2.4 – Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda. Venda de bens O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: - Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa; Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade. 225 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Prestações de serviços O rédito das prestações de serviços que se iniciam e terminam no mesmo período de relato é reconhecido na data da conclusão do serviço. Quando a prestação de serviços transita de um período para outro, o reconhecimento do rédito, na data de relato, é calculado com base na fase de acabamento. O reconhecimento do rédito depende da mensuração com fiabilidade do desfecho da transação que envolve a prestação de serviços, o qual se considera verificado nas seguintes condições, cumulativas: - a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada; - seja provável que os benefícios económicos fluam para a entidade; - a fase de acabamento possa ser fiavelmente mensurada. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. 3.3 — Principais pressupostos relativos ao futuro As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade. As perspetivas existentes para o futuro e para a continuidade das operações baseiam-se no conhecimento e acontecimentos passados. Não se prevê, num horizonte temporal de curto/médio prazo qualquer alteração, legislativa ou relacionada com a atividade exercida, que possa pôr em causa a validade dos pressupostos atuais e portanto não é expectável que se verifiquem ajustamentos materialmente relevantes nas quantias escrituradas dos ativos e passivos no próximo período de relato. 3.4 — Principais fontes de incerteza das estimativas As estimativas com impacto nas demonstrações financeiras da empresa são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa dos órgãos de gestão, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada, o enquadramento atual e as expetativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acredita serem razoáveis. Os eventos futuros poderem vir a alterar as estimativas efetuadas, pelo que nesse momento as mesmas serão alteradas de forma prospetiva. 226 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo (Anexo NCRF): 4 — Fluxos de caixa: 4.1 — Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes que não estão disponíveis para uso: 4.2 — Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários. Observações: Esta nota é dedicada ás divulgações e comentários exigidos pela NCRF 2 – Demonstração dos fluxos de caixa. No que respeita às demostrações financeiras das ESNL, estas entidades deverão apresentar a demonstração dos fluxos de caixa, pelo que superando esta lacuna, deverão ser efetuadas as divulgações constantes da NCRF 2 – Demonstração dos fluxos de caixa, que sugerimos sejam incluídas na ordem prevista no anexo para as entidades que aplicam as 28 NCRF. Uma entidade deve divulgar a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes que não estejam disponíveis para uso. Exemplo: 4 — Fluxos de caixa: A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a NCRF 2, utilizando o método direto. A empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. 4.1 — Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes que não estão disponíveis para uso Todas os saldos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso. 4.2 — Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários Em 31 de Dezembro de 2011 e em 31 de Dezembro de 2010, o saldo de caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis, líquidos de descobertos bancários, detalha-se como segue: 227 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 2011 2010 Numerário Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis Aplicações de tesouraria 100 1.000 500 150 1.100 600 Caixa e seus equivalentes 1.450 1.750 Modelo: 5 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: 5.1 — Quando a aplicação de uma disposição desta Norma tiver efeitos no período corrente ou em qualquer período anterior, salvo se for impraticável determinar a quantia do ajustamento, ou puder ter efeitos em períodos futuros, uma entidade deve divulgar apenas nas demonstrações financeiras do período corrente: a) A natureza da alteração na política contabilística; b) A natureza do erro material de período anterior e seus impactos nas demonstrações financeiras desses períodos; c) A quantia de ajustamento relacionado com o período corrente ou períodos anteriores aos apresentados, até ao ponto que seja praticável; e d) As razões pelas quais a aplicação da nova política contabilística proporciona informação fiável e mais relevante, no caso de aplicação voluntária. Observações: As divulgações desta nota prendem-se essencialmente com os factos dos previstos no ponto 6 da NCRF-ESNL – Politicas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: - Alteração de políticas contabilísticas Uma entidade deve alterar uma política contabilística apenas se a alteração: a) For exigida por uma Norma ou Interpretação; ou b) Resultar no facto de as demonstrações financeiras proporcionarem informação fiável e mais relevante sobre os efeitos das transações, outros acontecimentos ou condições, na posição financeira e no desempenho financeiro da entidade. - Alterações nas estimativas contabilísticas O efeito de uma alteração numa estimativa contabilística, deve ser reconhecido prospectivamente incluindo -o nos resultados do: 228 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO a) Período de alteração, se a alteração afetar apenas esse período; ou b) Período de alteração e futuros períodos, se a alteração afetar ambas as situações. As estimativas envolvem juízos de valor os quais devem ser baseados na última informação disponível na data da estimativa. No entanto, no período ou períodos futuros será necessário rever a estimativa, ajustando os valores estimados. - Erros. A correção de um erro material de um período anterior é excluída dos resultados do período em que o erro é detetado, sendo efetuada diretamente em resultados transitados. Uma entidade deve selecionar e aplicar as suas políticas consistentemente para transações semelhantes, outros acontecimentos e condições, a menos que determinado capítulo desta Norma especificamente exija ou permita a categorização de itens para os quais possam ser apropriadas diferentes políticas. Exemplo: 5 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: 5.1 — Quando a aplicação de uma disposição desta Norma tiver efeitos no período corrente ou em qualquer período anterior, salvo se for impraticável determinar a quantia do ajustamento, ou puder ter efeitos em períodos futuros, uma entidade deve divulgar apenas nas demonstrações financeiras do período corrente a) A natureza da alteração na política contabilística A ESNL alterou o modelo de mensuração dos terrenos inscritos nos ativos fixos tangíveis do modelo do custo para o modelo de revalorização, por considerar com desta forma as demonstrações financeiras apresentam uma informação fiável e mais relevante da posição financeira da entidade. (Esta opção obriga à aplicação dos impostos diferidos pela totalidade do referido na NCRF 25, com as divulgações constantes do Anexo incluído no ponto 2.1. deste manual.) b) A natureza do erro material de período anterior e seus impactos nas demonstrações financeiras desses períodos Durante o presente exercício, foi detetada uma fraude, referente a um erro na valorização dos inventários do ano anterior, cuja correção e impacto foram reconhecidos no presente período. 229 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO A correção deste erro detetado nas demonstrações financeiras do ano anterior teve um impacto nos resultados transitados, tendo sido reconhecida a perda no montante de 10.600,00 euros. Modelo: 6 — Ativos fixos tangíveis: 6.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) Os critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta; b) Os métodos de depreciação usados; c) As vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas; d) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período; e e) Uma reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as revalorizações, as alienações, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações; f) O montante e natureza dos bens de património histórico, artístico e cultural. 6.2 — As demonstrações financeiras devem também divulgar: a) A existência e quantias de restrições de titularidade e ativos fixos tangíveis que sejam dados como garantia de passivos; b) A quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis; e 6.3 — Se os itens do ativo fixo tangível forem expressos por quantias revalorizadas, deve ser divulgado o seguinte: a) A data de eficácia da revalorização; b) Os métodos e pressupostos aplicados nessa revalorização. Observações: As divulgações a efetuar devem estar de acordo com o referido no ponto 7 da NCRF-ESNL, e devem ter em consideração as especificidades para estas entidades, designadamente quanto à divulgação dos bens imóveis de património histórico, artístico e cultural. As informações divulgadas devem relacionar-se apenas com as situações aplicáveis à entidade, podendo ser mais ou menos desenvolvidas em função da sua materialidade e utilidade para a compreensão das demonstrações financeiras. 230 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 6 — Ativos fixos tangíveis 6.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar a) Os critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta Os ativos fixos tangíveis são inicialmente registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra e quaisquer outros custos diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condição necessária para funcionarem da forma pretendida. Os terrenos e edifícios, não classificados como património histórico, artístico e cultural, encontram-se mensurados pelo modelo de revalorização Os bens do ativo fixo tangível atribuídos a título gratuito, com o custo desconhecido, são mensurados ao valor pelo qual se encontram segurados. b) Os métodos de depreciação usados; As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o modelo da linha reta (quotas constantes), em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. Os bens do património histórico, artístico e cultural não são depreciados. c) As vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas; As vidas úteis estimadas dos principais ativos fixos tangíveis são as seguintes: Descrição Anos Terrenos - Edifícios e outras construções 25 a 30 Equipamento básico 12 a 15 Outros ativos 4a6 d) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período 231 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Início do período Quantia escriturada bruta Descrição Fim do período Depreciações Quantia escriturada bruta Depreciações 0 300.000 0 Bens de domínio público Bens de património histórico, artístico e cultural 300.000 Bens imóveis Outros ativos fixos tangíveis Terrenos 100.000 100.000 Edifícios e out.construções 300.000 75.000 300.000 87.500 Equipamento básico 150.000 100.000 165.000 107.00 Outros ativos 50.000 25.000 75.000 37.500 e) Uma reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as revalorizações, as alienações, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações Ano 2011 Bens Edifícios e Imóveis (património) Terrenos outras construções Equip. Equip. Básico transporte Total Ativo bruto Saldo em 31 Dezembro 2010 300.000 100.000 300.000 Aquisições Revalorizações 150.000 50.000 900.000 20.000 25.000 45.000 150.000 150.000 Alienações -5.000 -5.000 Saldo final - 31 Dezembro 2011 300.000 250.000 300.000 165.000 75.000 1.090.000 Saldo em 31 Dezembro 2010 -75.000 -100.000 -25.000 -200.000 Depreciações do exercício -12.500 -12.000 -17.500 -42.000 Depreciações e perdas imparidade acumuladas Alienações 5.000 5.000 Saldo final - 31 Dezembro 2011 Valor líquido 0 0 -87.500 107.000 -37.500 -237.000 300.000 250.000 212.500 58.000 37.500 853.000 232 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Ano 2010 Elaborar mapa idêntico para n-1. f) O montante e natureza dos bens de património histórico, artístico e cultural Descrição do bem Natureza Quantia escriturada …. …. …. Total de património histórico, artístico e cultural 300.000 6.2 — As demonstrações financeiras devem também divulgar: a) A existência e quantias de restrições de titularidade e ativos fixos tangíveis que sejam dados como garantia de passivos; Os terrenos propriedade da ESNL encontram-se hipotecados como garantia de um financiamento bancário, no montante de 300.000,00 euros. 6.3 — Se os itens do ativo fixo tangível forem expressos por quantias revalorizadas, deve ser divulgado o seguinte: a) A data de eficácia da revalorização; Os terrenos propriedade da ESNL, que não se são estão incluídos nos imóveis de património histórico, artístico e cultural, foram revalorizados em 31 de dezembro de 2011. b) Os métodos e pressupostos aplicados nessa revalorização. A revalorização dos terrenos teve como suporte um relatório emitido por um perito avaliador, do qual consta o valor de mercado daqueles terrenos, bem como os pressupostos utilizados na avaliação. 233 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 7 — Ativos intangíveis: 7.1 — Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de ativos intangíveis, distinguindo entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis: a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas; b) Os métodos de amortização usados para ativos intangíveis com vidas úteis finitas; c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no começo e fim do período; d) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre separadamente as adições, as alienações, as amortizações, as perdas por imparidade e outras alterações. 7.2 — Uma entidade deve também divulgar: a) Para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia escriturada desse ativo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida. Ao apresentar estas razões, a entidade deve descrever o(s) factor(es) que desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que o ativo tem uma vida útil indefinida; b) Uma descrição, a quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer ativo intangível individual que seja materialmente relevante para as demonstrações financeiras da entidade; c) Para os ativos intangíveis adquiridos por meio de um subsídio do governo e inicialmente reconhecidos pelo justo valor, a quantia inicialmente reconhecida e a sua quantia escriturada atualmente; d) A existência e as quantias escrituradas de ativos intangíveis cuja titularidade esteja restringida e as quantias escrituradas de ativos intangíveis dados como garantia de passivos; e) A quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos intangíveis. 7.3 — Uma entidade deve divulgar a quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto durante o período. Observações: Um ativo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se, for identificável, e cumprir as condições de reconhecimento definidas no ponto 3 da NCRF-ESNL. 234 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 7 — Ativos intangíveis: 7.1 — Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de ativos intangíveis, distinguindo entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis: a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Um ativo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se, for identificável, e cumprir as condições de reconhecimento definidas no ponto 3 da NCRF-ESNL. Os ativos intangíveis incluem essencialmente despesas com aquisição de outros ativos intangíveis, e a vida útil estimada situa-se num período que varia entre os 3 e 5 anos. b) Os métodos de amortização usados para ativos intangíveis com vidas úteis finitas Os ativos intangíveis são amortizados pelo método da linha reta (quotas constantes), a partir do momento em que se encontram disponíveis para uso. c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no começo e fim do período Início do período Descrição Quantia escriturada bruta 30.000 Fim do período Depreciações Quantia escriturada bruta Depreciações 10.000 30.000 20.000 Bens de domínio público Outros ativos intangíveis Outros ativos intangíveis 235 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO d) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre separadamente as adições, as alienações, as amortizações, as perdas por imparidade e outras alterações Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis e nas respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte: Ano 2011 Outros ativos intagíveis Total Ativo bruto Saldo em 31 Dezembro 2010 Adições 30.000 0 30.000 0 0 Saldo final em 31 Dezembro 2011 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas 30.000 30.000 Saldo em 31 Dezembro 2010 -10.000 -10.000 Amortizações do período -10.000 -10.000 Saldo final em 31 Dezembro 2011 -20.000 -20.000 10.000 10.000 Alienações Valor líquido Ano 2010 Elaborar mapa idêntico para n-1. 2010 Modelo: 8 — Locações: 8.1 — Para locações financeiras, os locatários devem divulgar para cada categoria de ativo, a quantia escriturada líquida à data do balanço. 8.2 — Para locações financeiras e operacionais, os locatários devem divulgar uma descrição geral dos acordos de locação significativos incluindo, pelo menos, o seguinte: i) A base pela qual é determinada a renda contingente a pagar; ii) A existência e cláusulas de renovação ou de opções de compra e cláusulas de escalonamento; e iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a dividendos, dívida adicional, e posterior locação. 236 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as informações relativas às locações, sejam classificadas como locações financeiras ou como locações operacionais. Uma locação classifica-se como financeira se os riscos e vantagens inerentes à posse de um ativo são substancialmente transferidos para o locatário, independentemente do título de propriedade ser ou não transferido. Locações operacionais são todas as locações que não se classificam como financeiras. A classificação da locação depende da substância e não da forma do contrato. Exemplo: 8 — Locações: 8.1 — Para locações financeiras, os locatários devem divulgar para cada categoria de ativo, a quantia escriturada líquida à data do balanço. A empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira: 2011 Quantia escriturada escriturada 150.000 100.000 -50.000 -25.000 100.000 75.000 125.000 100.000 250.000 -75.000 175.000 225.000 Custo Edifícios e outras construções Equipamento básico 2010 Deprecia./ p. imparidade acumuladas Quantia 8.2 — Para locações financeiras e operacionais, os locatários devem divulgar uma descrição geral dos acordos de locação significativos incluindo, pelo menos, o seguinte: i) A existência e cláusulas de renovação ou de opções de compra e cláusulas de escalonamento Os principais contratos de locação financeira da empresa são: Data Data início fim Contrato x 2.2008 2.2017 Edifício x 100.000 85.000 10.000 Contrato y 3.2010 3.2014 Máquina y 75.000 50.000 5.000 175.000 135.000 15.000 Bem Valor do Valor em Valor contrato dívida residual 237 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 9 — Custos de empréstimos obtidos: 9.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) A política contabilística adotada nos custos dos empréstimos obtidos; b) A quantia de custos de empréstimos obtidos capitalizada durante o período; e c) A taxa de capitalização usada para determinar a quantia do custo dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização. Observações: Nesta nota deve ser divulgada a política contabilística adotada pela entidade em relação aos custos dos financiamentos obtidos, se reconhecidos como gasto no período em que sejam incorridos ou se capitalizados em ativos, se diretamente atribuíveis à sua aquisição, construção ou produção, mediante determinadas condições descritas no ponto 10 – Custos de empréstimos obtidos. Exemplo: 9 — Custos de empréstimos obtidos: 9.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar a) A política contabilística adotada nos custos dos empréstimos obtidos O custo dos empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do período em que são incorridos. Modelo: 10 — Inventários: 10.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) As políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários, incluindo a fórmula de custeio usada; b) A quantia total escriturada de inventários e a quantia escriturada em classificações apropriadas para a entidade; c) A quantia de inventários escriturada pelo justo valor menos os custos de vender; d) A quantia de inventários escriturada pelo custo corrente; e) A quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período; 238 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO f) A quantia de qualquer ajustamento de inventários reconhecida como um gasto do período de acordo com o parágrafo 11.19 da NCRF-ESNL; g) A quantia de qualquer reversão de ajustamento que tenha sido reconhecida como uma redução na quantia de inventários reconhecida como gasto do período de acordo com o parágrafo 11.19 da NCRF-ESNL; h) As circunstâncias ou acontecimentos que conduziram à reversão de um ajustamento de inventários de acordo com o parágrafo 11.19 da NCRF-ESNL; e i) A quantia escriturada de inventários dados como penhor de garantia a passivos. Observações: As divulgações a incluir nesta nota relacionam-se essencialmente com as políticas contabilísticas adotadas pela entidade e com as quantias escrituradas no balanço e demonstração dos resultados a título de inventários, gastos de inventários e ajustamentos e reversões de inventários. Deverão ser consideradas as divulgações específicas para estas entidades, designadamente pelo fato de estas entidades manterem, frequentemente, inventários cujo objetivo não é a venda. Exemplo: 10 — Inventários: 10.1 — As demonstrações financeiras devem divulgar: a) As políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários, incluindo a fórmula de custeio usada Os inventários são mensurados ao custo ou, se inferior, pelo valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atuais. Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, os direitos de importação e outros impostos (que não sejam os subsequentemente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, de materiais e de serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos custos de compra. A ESNL detém inventários cujo contributo para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras da entidade ou os serviços potenciais que lhes estão associados não estão diretamente 239 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO relacionados com a capacidade da entidade gerar fluxos de caixa. Ou seja, a ESNL detém inventários, que distribui sem qualquer contrapartida. Nestes casos, os contributos para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras da entidade ou os serviços potenciais dos inventários são refletidos através da quantia que a entidade teria de pagar para comprar inventários equivalentes. Assim, estes inventários são mensurados pelo custo histórico ou custo corrente, dos dois o mais baixo. Com o fórmula de custeio dos inventários a entidade adota o custo médio ponderado, pelo que o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante o período. b) A quantia total escriturada de inventários e a quantia escriturada em classificações apropriadas para a entidade Quantia bruta 2011 Perdas por imparidade Quantia líquida Quantia bruta 2010 Perdas por imparidade Quantia líquida Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados e intermédios Subprodutos, desperdícios, resíduos Produtos e trabalhos em curso Adiant. por conta de compras c) A quantia de inventários escriturada pelo justo valor menos os custos de vender; A ESNL detém inventários mensurados pelo valor realizável líquido menos custos de vender: Quantia bruta 2011 Perdas por imparidade Quantia líquida Quantia bruta 2010 Perdas por imparidade Quantia líquida Quantia bruta 2010 Perdas por imparidade Quantia líquida Mercadorias d) A quantia de inventários escriturada pelo custo corrente; A ESNL detém inventários mensurados pelo custo corrente: Quantia bruta 2011 Perdas por imparidade Quantia líquida Mercadorias 240 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO e) A quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período; Custo das mercadorias vendida e das matérias consumidas Mercadorias 2011 MP, subsid. consumo Total Mercadorias 2010 MP, subsid. consumo Total Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final Custo merc. vendidas e mat. consumidas Modelo: 11 — Rédito: 11.1 — Uma entidade deve divulgar: a) As políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços; b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente de: i) Venda de bens; ii) Prestação de serviços; iii) Juros; iv) Royalties; e v) Dividendos. Observações: Nesta nota devem incluir-se as divulgações relacionadas com o rédito proveniente da vendas de bens, prestação de serviços e uso por outros de ativos da entidade que produzam juros, royalties, e dividendos. 241 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 11 — Rédito: 11.1 — Uma entidade deve divulgar a) As políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: - Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa; Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade. O rédito das prestações de serviços que se iniciam e terminam no mesmo período de relato é reconhecido na data da conclusão do serviço. Quando a prestação de serviços transita de um período para outro, o reconhecimento do rédito, na data de relato, é calculado com base na fase de acabamento. O reconhecimento do rédito das prestações de serviço depende da mensuração com fiabilidade do desfecho da transação, o qual se considera verificado nas seguintes condições, cumulativas: - a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada; - seja provável que os benefícios económicos fluam para a entidade; - a fase de acabamento possa ser fiavelmente mensurada. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. 242 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente de 2011 2011 Venda de mercadorias Venda de produtos Prestação de serviços Juros Dividendos Modelo: 12 — Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes: 12.1 — Para cada classe de provisão, uma entidade deve divulgar: a) A quantia escriturada no começo e no fim do período; b) As provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; c) As quantias usadas (isto é, incorridas e debitadas à provisão) durante o período; d) Quantias não usadas revertidas durante o período; e) O aumento durante o período na quantia descontada proveniente da passagem do tempo e o efeito de qualquer alteração na taxa de desconto; f) A quantia de qualquer reembolso esperado, declarando a quantia de qualquer ativo que tenha sido reconhecido para esse reembolso esperado; Não é exigida informação comparativa. 12.2 - Indicação do valor dos Fundos Permanentes por modalidade associativa das Mutualidades e do património líquido que lhes está afeto, bem como do respetivo grau de cobertura face às Provisões matemáticas necessárias. 12.3 — Para cada classe de passivo contingente à data do balanço, uma entidade deve divulgar uma breve descrição da natureza do passivo contingente. 12.4 — Quando um influxo de benefícios económicos for provável, uma entidade deve divulgar uma breve descrição da natureza dos ativos contingentes à data do balanço. 12.5 — A finalidade deste quadro é a de resumir os principais requisitos de reconhecimento deste capítulo, para provisões e passivos contingentes. 243 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Nesta nota devem ser divulgadas as descrições, quantias envolvidas, movimentos do período, responsabilidades e exfluxos ou influxos futuros estimados relacionadas com as provisões, os passivos contingentes e os ativos contingentes. No que respeita ao setor mutualista, as responsabilidades assumidas relativamente a períodos futuros com as modalidades complementares de Segurança Social subscritas pelos Associados, resultarão de estudos actuariais anualmente efetuados. Nestas modalidades incluem -se, nomeadamente, subsídios de funeral, subsídios por morte, subsídio de sobrevivência, pensões de reforma, capital de reforma, rendas vitalícias, subsídios a prazo, planos de poupança e capitais de previdência. Deve ser construída informação de resultados relativa aos fundos permanentes relacionados com cada uma das modalidades acima referenciadas, destinados a garantir as responsabilidades assumidas e que não deve ser inferior ao valor das provisões criadas para o efeito. Exemplo: 12 — Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes 12.1 — Para cada classe de provisão, uma entidade deve divulgar As provisões são reconhecidas quando a ESNL tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Quando alguma destas condições não é preenchida, a empresa procede à sua divulgação como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. a) A quantia escriturada no começo e no fim do período; As provisões reconhecidas pela empresa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 eram: 244 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Ano 2011 Saldo inicial Reforço/ constituição Reversão Utilização Alter. Tx desconto Saldo final Processos judiciais … Provisões específicas do setor ... Ano 2010 Elaborar quadro idêntico para o n-1. b) As provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes Explicação dos reforços das provisões efetuados no período. c) As quantias usadas (isto é, incorridas e debitadas à provisão) durante o período Explicação sobre as reversões de provisões. 12.2 - Indicação do valor dos Fundos Permanentes por modalidade associativa das Mutualidades e do património líquido que lhes está afeto, bem como do respetivo grau de cobertura face às Provisões matemáticas necessárias. Explicação das provisões específicas do setor mutualista com indicação dos pressupostos incluídos nos estudos atuariais. Modelo: 13 — Subsídios do Governo e apoios do Governo: 13.1 — Devem ser divulgados os assuntos seguintes: a) A política contabilística adotada para os subsídios do Governo, incluindo os métodos de apresentação adotados nas demonstrações financeiras; b) A natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do Governo de que a entidade tenha diretamente beneficiado; c) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que tenham sido reconhecidas; d) Benefícios sem valor atribuído, materialmente relevantes, obtidos de terceiras entidades; e e) Principais doadores/Fontes de fundos 245 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Os subsídios, incluindo subsídios não monetários, só devem ser reconhecidos após existir segurança de que: a) A entidade cumprirá as condições a eles associadas; e b) Os subsídios serão recebidos. A maneira pela qual um subsídio é recebido não afeta o método contabilístico a ser adotado com respeito ao subsídio. Por conseguinte, um subsídio é contabilizado da mesma maneira, quer ele seja recebido em dinheiro, quer como redução de um passivo. Um empréstimo perdoável (incluindo os subsídios a fundo perdido) é tratado como um subsídio quando haja segurança razoável de que a entidade satisfará as condições de perdão do empréstimo. Os subsídios não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis devem ser inicialmente reconhecidos nos Fundos patrimoniais e subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para balanceá-los com os custos relacionados que se pretende que eles compensem. Um subsídio não reembolsável pode tomar a forma de transferência de um ativo não monetário, tal como terrenos ou outros recursos, para uso da entidade. Nestas circunstâncias é usual avaliar o justo valor do ativo não monetário e contabilizar quer o subsídio quer o ativo por esse justo valor. Caso este não possa ser determinado com fiabilidade, tanto o ativo como o subsídio serão de registar por uma quantia nominal. Os subsídios que são concedidos para assegurar uma rentabilidade mínima ou compensar deficits de exploração de um dado exercício imputam -se como rendimentos desse exercício, salvo se se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que se imputam aos referidos exercícios. Estes subsídios devem ser apresentados separadamente como tal na demonstração dos resultados. Outros apoios São exemplos de outros apoios que não têm valor atribuído: os conselhos técnicos e de comercialização gratuitos a concessão de garantias os empréstimos sem juros ou a taxas de juros baixas a disponibilização, sem gastos associados para o beneficiário, de instalações, equipamentos ou outros. 246 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Estes benefícios devem ser divulgados, principalmente quanto à natureza, extensão e duração do apoio. Exemplo: 13 — Subsídios do Governo e apoios do Governo 13.1 — Devem ser divulgados os assuntos seguintes a) A política contabilística adotada para os subsídios do Governo, incluindo os métodos de apresentação adotados nas demonstrações financeiras Os subsídios do Governo não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis são inicialmente reconhecidos nos Fundos Patrimoniais. Subsequentemente, relativamente aos subsídios relacionados com ativos depreciáveis, são imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende que eles compensem. Relativamente aos subsídios para ativos não depreciáveis, são mantidos nos Fundos Patrimoniais, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer perda por imparidade. Os subsídios relacionados com rendimentos imputam-se ao rendimento do período, salvo se se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que se imputam aos referidos exercícios. Estes subsídios são apresentados separadamente como “Subsídios à exploração” na demonstração dos resultados. b) A natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do Governo de que a entidade tenha diretamente beneficiado Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a empresa apresentava nas suas demonstrações financeiras os seguintes Subsídios do governo: 247 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Ano 2011 Natureza Montante total Montante recebido Fundo Patrimonial Rédito período Passivo Rédito acumulado Subsídios à exploração: Contrato X (POPH) Rel. Rendimentos Subsídios relacionados com ativos: Contrato Y (IAPMEI) Não reembolsável Contrato Z Reembolsável Total Elaborar quadro igual para 2010 (n-1). Descrever os contratos em vigor, indicando, entre outros, o período de execução, montantes previstos de investimento e subsídios, taxas de comparticipação e obrigações os promotor. c) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que tenham sido reconhecidas Para manter os apoios e subsídios do governo deverão ser mantidas as condições definidas nos contratos, entre as quais: Não existirem dívidas ao estado, nem à segurança social … Descrever as condições não satisfeitas e outras contingências se aplicável, por exemplo, investimento previsto não realizado, prazos não cumpridos, objetivos não cumpridos e possíveis consequências envolvidas. d) Benefícios sem valor atribuído, materialmente relevantes, obtidos de terceiras entidades A ESNL tem alguns apoios, sem valor atribuído, obtidos de terceiras entidades: Tipo de apoio: conselhos técnicos e de comercialização gratuitos concessão de garantias empréstimos sem juros ou a taxas de juros baixas Disponibilização de instalações Disponibilização de equipamento … Extensão Duração 248 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO e) Principais doadores/Fontes de fundos Os principais doadores são os constantes da lista anexa: Quantia escriturada Bem doado Doador Modelo: 14 — Efeitos de alterações em taxas de câmbio: 14.1 — Uma entidade deve divulgar a quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados. Observações: As informações a divulgar são essencialmente as diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados, as diferenças de câmbio reconhecidas no capital próprio e os motivos para utilizar ou alterar uma moeda funcional diferente da moeda de relato. Exemplo: 14 — Efeitos de alterações em taxas de câmbio: 14.1 — Uma entidade deve divulgar a quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio, divulgadas pelo Banco de Portugal: Moeda 2011 2010 Data de balanço Média do ano Data de balanço Média do ano Xxx xx xx xx xx Yyy xx xx xx xx 249 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO As diferenças de câmbio reconhecidas em resultados nos períodos de 2011 e 2010 foram: 2011 2010 Diferenças de câmbio desfavoráveis Outros gastos e perdas Gastos de financiamento Diferenças de câmbio favoráveis Outros rendimentos e ganhos Ganhos de financiamento Modelo: 15 — Impostos sobre o rendimento: 15.1 — Devem ser divulgados separadamente: a) Gasto (rendimento) por impostos correntes; b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos anteriores; c) A natureza e quantia do gasto (rendimento) de imposto reconhecido diretamente em fundos patrimoniais. Observações: O tratamento contabilístico dos impostos é o método do imposto a pagar, sendo que no anexo deverão ser efetuadas divulgações nas quais se explica o valor do gasto por impostos sobre o rendimento. No caso de a ESNL optar por mensurar os ativos fixos tangíveis pelo modelo de revalorização, então deverá aplicar a NCRF 25 na integra, e como tal proceder às divulgações efetuadas no anexo (modelo geral). Exemplo: 15 — Impostos sobre o rendimento: 15.1 — Devem ser divulgados separadamente: a) Gasto (rendimento) por impostos correntes; 250 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO O gasto do imposto sobre o rendimento poderá ser explicado no quadro que se segue: Atividade isenta IRC Atividade sujeita a IRC Resultado antes de Impostos Diferenças para lucro tributável: Depreciações não aceites como gastos …… Lucro tributável/prejuízo fiscal Taxa de imposto Coleta Tributação autónoma Imposto sobre o rendimento Modelo: 16 — Instrumentos financeiros: 16.1 — Uma entidade deve divulgar as bases de mensuração, bem como as políticas contabilísticas utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros, que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. 16.2 — Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, a entidade deve divulgar a respetiva cotação de mercado. 16.3 — Se uma entidade tiver transferido ativos financeiros para uma outra entidade numa transação que não se qualifique para desreconhecimento, a entidade deve divulgar, para cada classe de tais ativos financeiros: a) A natureza dos ativos; b) A natureza dos riscos e benefícios de detenção a que a entidade continue exposta; c) As quantias escrituradas dos ativos e de quaisquer passivos associados que a entidade continue a reconhecer. 16.4 — Quando uma entidade tenha dado em garantia, penhor ou promessa de penhor ativos financeiros, deverá divulgar: a) A quantia escriturada de tais ativos financeiros; e b) Os termos e condições relativos à garantia, penhor ou promessa de penhor. 16.5 — Para empréstimos contraídos reconhecidos à data do balanço, uma entidade deve divulgar as situações de incumprimento. 251 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Observações: Nesta nota deverão ser efetuadas as divulgações sobre ativos financeiros e passivos financeiros tais como: – Caixa; – Depósitos à ordem e outros depósitos; – Clientes; – Fornecedores; – Outros impostos que não sejam impostos sobre o rendimento; – Financiamentos obtidos; – Sócios; – Outras contas a receber e a pagar; – Investimentos financeiros. Todos os ativos e passivos financeiros são mensurados pelo método do custo, devendo ser verificada a existência de eventuais imparidades nos ativos. Os instrumentos financeiros negociados em mercado líquido e regulamentado, devem ser mensurados ao justo valor, reconhecendo –se as variações deste por contrapartida de resultados do período. Poderá ser apresentado no anexo um quadro resumo dos ativos e passivos financeiros, comparativo entre os vários períodos apresentados. Exemplo: 16 — Instrumentos financeiros: A empresa tem os seguintes ativos e passivos financeiros: 2011 Quantia bruta Ativos financeiros Caixa Depósitos à ordem Clientes Investimentos financeiros 250 10.500 7.630 6.600 Passivos financeiros Fornecedores Financiamentos obtidos Estado 15.000 10.000 3.550 Imparidade 2.030 1.000 2010 Quantia escriturada Quantia bruta 250 10.500 5.600 5.600 150 320 8.900 6.600 15.000 10.000 3.550 12.000 10.000 2.560 Imparidade 1.000 Quantia escriturada 150 320 7.900 6.600 12.000 10.000 2.560 252 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO 16.1 — Uma entidade deve divulgar as bases de mensuração, bem como as políticas contabilísticas utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros, que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. Os ativos e os passivos financeiros são mensurados: a) ao custo, deduzido de qualquer perda por imparidade b) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados, se estivermos perante instrumentos financeiros negociados em mercado líquido e regulamentado. 16.2 — Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, a entidade deve divulgar a respetiva cotação de mercado. Os ativos mensurados pelo seu justo valor são os seguintes: Descrição do ativo Cotação Quantia escriturada 16.3 — Se uma entidade tiver transferido ativos financeiros para uma outra entidade numa transação que não se qualifique para desreconhecimento, a entidade deve divulgar, para cada classe de tais ativos financeiros: a) A natureza dos ativos A ESNL procedeu ao desconto numa instituição de crédito de letras aceites como forma de pagamento de uma transação comercial. b) A natureza dos riscos e benefícios de detenção a que a entidade continue exposta; A ESNL continua exposta ao risco de crédito relacionado com a eventual incobrabilidade daqueles títulos, situação que não foi considerada como provável. c) As quantias escrituradas dos ativos e de quaisquer passivos associados que a entidade continue a reconhecer. O valor de letras descontadas em instituições de crédito ascende a 65.000,00 euros. 253 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Modelo: 17 — Benefícios dos empregados: 17.1 — As entidades devem divulgar o número médio de empregados durante o ano. 17.2 — Número de membros dos órgãos diretivos e alterações ocorridas no período de relato financeiro. 17.3 — Informação sobre as remunerações dos órgãos diretivos. Observações: No caso das ESNL, a divulgação do número médio de empregados deverá ser efetuada indicando separadamente o número médio de empregados e o número médio de voluntários. Exemplo: 17 — Benefícios dos empregados 17.1 — Número médio de empregados durante o ano Número médio empregados Funcionários Voluntários Modelo: 18 — Divulgações exigidas por outros diplomas legais: 18.1 — 18.2 — Observações: Todas as informações exigidas por contratos, legislação específica, programas comunitários a que a empresa se candidatou, deverão ser divulgados no anexo do período a que respeitam. 254 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Por outro lado, o art.º 66-A do CSC refere outras divulgações que deverão ser consideradas: a) Sobre a natureza e o objetivo comercial das operações não incluídas no balanço e o respetivo impacto financeiro, quando os riscos ou os benefícios resultantes de tais operações sejam relevantes e na medida em que a divulgação de tais riscos ou benefícios seja necessária para efeitos de avaliação da situação financeira da sociedade; Separadamente, sobre os honorários totais faturados durante o exercício b) financeiro pelo revisor oficial de contas ou pela sociedade de revisores oficiais de contas relativamente à revisão legal das contas anuais, e os honorários totais faturados relativamente a outros serviços de garantia de fiabilidade, os honorários totais faturados a título de consultoria fiscal e os honorários totais faturados a título de outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria. Modelo: 19 — Outras informações: (Divulgações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos resultados). Observações: A empresa pode optar por divulgar informação, por considerar relevante para o leitor das demonstrações financeiras, entre a qual destacamos: Estrutura de gastos; Gastos, rendimentos e resultados por áreas de negócio; Descriminação dos principais gastos e rendimentos; Outras informações. Deve também ser divulgada a existências de dívidas em mora, ou não, perante a Segurança Social e o Estado. 255 PREPARAÇÃO DAS NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOSSIER FISCAL – ORGANIZAÇÃO Exemplo: 19 — Outras informações: Informa-se que a empresa à data de encerramento das contas do período de 2011 tem a sua situação “regularizada” perante a Segurança Social, tal como relativamente à Administração Tributária, não existindo, por isso, qualquer dívida em mora ao estado e outros entes públicos. Local, ___ de _________ de 2012 O Técnico Oficial de Contas A Direção/ A Gerência 256