PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Nome: LUCINEI DOS SANTOS DIAS PANHAN
Módulo: VI
Atividade 3: A mediação pedagógica no uso da Web 2.0 que possibilite a aprendizagem por
meio da autoria
Mediador pedagógico: GISLAINE SARTÓRIO
A mediação pedagógica no uso da Web 2.0 que possibilite a aprendizagem por meio da
autoria
Durante muito tempo, a internet servia apenas como uma fonte de pesquisa onde
os usuários tinham acesso à informação postada por algumas pessoas e podemos dizer
que não era possível participar desta elaboração.
Com a “chegada” da Web 2.0 os internautas passaram a participar e contribuir
com estas pesquisas, inserindo e interagindo com o conteúdo exposto. Certamente, esta
participação deve-se ao incentivo da criatividade, estimulando o compartilhamento de
informações. Um exemplo é o site Wikipédia, Wikisemed onde cada internauta
contribui com informações sobre determinado assunto formando assim um grande texto
colaborativo.
O conceito de Web 2.0 é reconhecido como tendo sido proposto em 2004 por
Tim O’Reilly para designar uma nova geração de serviços Web em que o
utilizador é, também ele, um produtor de conteúdos.
De acordo com Simão (2006, p. 149) “A designação de Web 2.0 não é
inocente e segue toda a terminologia usada para atualizações (update) e
evoluções (upgrade) de programas informáticos”.
A possibilidade de diferentes formas de comunicação e interação propiciadas
pelo desenvolvimento tecnológico, a qual caracteriza a sociedade em rede, propiciou
que a educação online
participasse
deste
contexto
evolutivo
utilizando
as
tecnologias emergentes. Um exemplo concreto é o uso das tecnologias que compõem a
Web para o ensino online, como as ferramentas da Web 2.0.
Nesse contexto, Moran (2003) caracteriza a educação online como “um conjunto
de ações de ensino-aprendizagem desenvolvidas por meios telemáticos, como a
Internet, a videoconferência e a teleconferência”.
A Educação online para alguns teóricos pode ser composta por cursos totalmente
virtuais, sem contato físico - passando por cursos semi presenciais – ou por cursos
presenciais com atividades complementares fora da sala de aula, utilizando a
Internet.
Para SANTOS:
A educação online redimensiona o conceito de “distância”
proporcionando a inserção de novos elementos como a
interatividade e a aprendizagem colaborativa, ou seja “além de
aprender com o material, o participante aprende na dialógica
com outros sujeitos envolvidos (...) através de processos de
comunicação síncronos (...) e assíncronos (...)” (SANTOS, 2005).
A Web 2.0 é uma plataforma onde a acessibilidade torna-se muito fácil, tanto
para comentar como para produzir e publicar trabalhos tornando cada vez mais fácil de
publicar conteúdos para ensinar e aprender. A Web 2.0 deu-se início com textos com
hiperligações, associando imagem, som e vídeos facilitando a publicação online e a
interação entre os cibernantes tornando realidade. Existe uma diversidade de
ferramentas que facilita o trabalho do professor e educadores como os blogs, youtube,
podcast, software Audacity, wiki, Goggle docs, Orkut, twitter e outros ambientes
virtuais.
A plataforma de ensino quando permite a interatividade conjunta entre os
atores participantes, possibilita ao aluno uma melhor compreensão e assimilação
do conteúdo oferecido, facilitando o processo de ensino e aprendizagem. Assim , o
conhecimento
coletivo encontra nesta situação um
campo propício para sua
propagação e desenvolvimento. Assim, no momento que se utiliza uma plataforma
adequada, com recursos da Web 2.0, a interação ocorre de forma simultânea entre todos
os atores deste processo (professores, tutores e alunos) estabelecendo um elo entre
eles e agregando aos mesmos, valores comuns a fim de identificá-los como uma
equipe
Os ambientes virtuais de aprendizagem caracterizam-se por um espaço
fecundo na Internet que possibilita a construção de novos saberes.
A Web 2.0 nos possibilita um desenvolvimento de ambientes, tornando-os
espaços de aprendizagem cada vez mais ricos e funcionais, nos quais alunos,
tutores e professores se redefinem, compartilham e reconstroem conteúdos, com
base na colaboração e na interação dinâmica.
A Educação que prepare para a vida, apropriada das novas linguagens
audiovisuais e informática. Não se trata apenas do uso do computador como uma
simples ferramenta, substituta do livro didático ou do quadro e giz, e sim como um
possível instrumento pedagógico motivador. A Web 2.0 tornou possível uma
experiência envolvente, onde o usuário sente o desejo de retornar à página, seguindo
esta filosofia, Google, Orkut, Messenger, Wikipédia, entre outros tornaram-se
ferramentas amplamente utilizadas em todo o mundo, aplicações que aproveitam a
expansão do acesso à rede.
Alguns especialistas afirmam que não há um conceito formado para o que é
Web 2.0; de fato, estamos desenvolvendo e moldando esse conceito. Como já foi dito, a
principal característica dessa mudança na internet é o aproveitamento da inteligência
coletiva. Além disso, a Web 2.0 se baseia no desenvolvimento de uma rede de
informações onde cada usuário pode não somente usufruir, mas sim, contribuir também.
Segundo BENKLER (2006), surgiram no mundo virtual outros modos de
produção, mais solidários, desinteressados, a exemplo da Wikipédia, uma enciclopédia
de qualidade reconhecida feita por inúmeros contribuintes sem renumeração
Neste contexto as ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0 podem tornar-se
aliadas ao professor, numa educação que se pretenda reflexiva e emancipatória.
Desenvolvimento: Tais ferramentas atraem a atenção dos alunos, pela própria proposta
filosófica na qual estão inseridas, e se utilizadas como instrumento motivacional podem
facilitar o aprendizado das disciplinas menos aceitas pelos estudantes, como a
matemática. Evidente que a simples presença de tecnologias como estas não é garantia
de maior qualidade na educação. Se usado apenas como aplicação de técnicas por meio
de máquinas ou apertando teclas não atingirá nenhum objetivo pedagógico. Uma
proposta pedagógica bem elaborada em um contexto interdisciplinar é o que torna
possível um aprendizado cooperativo, motivador e eficaz.
Freire (2000) enfatiza a importância de se estabelecer uma necessária relação
entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles
têm. Assim esses saberes atualmente envolvem o uso de computadores e, em particular,
das ferramentas da web 2.0,exemplo mais claro dessa característica é a Wikipédia, onde
cada usuário tem a oportunidade de adicionar informações livremente.
Cabe ao professor construir ambientes desafiadores, em que a tecnologia ajude a
promover o desenvolvimento da autonomia, da criatividade, da sistematização do
conhecimento.
Nesse sentido, “professores e alunos desenvolvem ações em parceria, por meio
da colaboração, da partilha, da comunicação e da interação com o meio ambiente e com
a cultura circundante” (Graziola Junior & Schlemmer, 2008).
Em suma, a perspectiva de educação ao longo da vida, o aluno deixa de ser o
receptor de informações para ser o responsável pela construção do seu conhecimento,
usando o computador e Internet para buscar, selecionar, relacionar informações
significativas na exploração, reflexão e representação de suas próprias idéias.
Para Demo (2005) na escola queremos que todo aluno se torne autor ,sendo
sendo essa habilidade não menos essencial no professor.Essa pretensão não é diferente
daquela autonomia.
Ser professor não é dar aula , precisa ter consciência do seu papel como
mediador neste processo, utilizando as tecnologias em geral, incluindo as ferramentas
da web 2.0, pra refletir sobre o conhecimento e como os alunos aprendem, além de
planejar um trabalho criativo e motivador. Assim, é importante reforçar que não basta
utilizar novos instrumentos para antigas práticas, uma aula repleta de recursos não
compensa a falta de mudança nos moldes da educação, que ainda tem o professor no
centro do processo ensino - aprendizagem e a escola como detentora única do
verdadeiro conhecimento.
REFERENCIAS
ALMEIDA, F. J. de. Educação e informática: os computadores na escola. 4 ed. São
Paulo: Cortez, 2009.
BENKLER, Y. 2006. The Wealth of Networks - How social production transforms
markets and freedom. Yale Univ. Press, New York.
DEMO, P. 2005. Leitores para sempre. Mediação, Porto Alegre.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 16 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
GRAZIOLA JUNIOR, P. G. ; SCHLEMMER, E . Aprendizagem com Mobilidade
(M-Learning): Novas possibilidades para as Práticas Pedagógicas e a Formação
Docente? In: 14º CIAED - Congresso Internacional ABED de Educação a Distância
"Mapeando o Impacto da EaD na Cultura do Ensino-Aprendizagem", 2008, São Paulo SP. Anais do 14º CIAED - Congresso Internacional ABED de Educação a Distância,
2008. 2.
MORAN, J. M. Contribuições para uma pedagogia da educação online. In:
SILVA, Marco (org.). Educação online: teorias, práticas, legislação, formação
corporativa. São Paulo: Loyola, p. 39-50, 2003.
O’REILLY, Tim. O que é Web 2.0: Padrões de design e modelos de negócios para a
nova geração de softwares. Disponível em: http://
www.literaturaportuguesaweb2.pbwiki.com. Acesso em 13 ago 2011.
SANTOS, E.O. Articulação nos saberes na Web 2.0 – Por uma rede
interdisciplinar e interativa de conhecimento em ambientes virtuais de
aprendizagens .In: Silva,M. (org). Educação online:teorias, prática, legislação e
formação cooperativa.São Paulo:Loyola, pág-218,230.
SIMÃO, J. (2006). Relação entre os Blogs e Webjornalismo. Revista Prisma, nº
3, Outubro, pp. 148-164.
http://www.brasilescola.com/informatica/web-20.htm Acesso em 16 de agosto 2011.
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