Neuropsychological functioning in adolescent marijuana users: Subtle deficits detectable after a month of abstinence KRISTA LISDAHL MEDINA,1,2 KAREN L. HANSON,2,3 ALECIA D. SCHWEINSBURG,2,4 MAIRAV COHEN-ZION,1,2 BONNIE J. NAGEL,5 and SUSAN F. TAPERT1,2 1 2 3 4 5 Department of Psychiatry, University of California, San Diego, California Psychology Department, VA San Diego Healthcare System, San Diego, California Department of Psychology, San Diego State University, California Department of Psychology, University of California, San Diego, California Department of Psychiatry, Oregon Health and Science University, Portland, Oregon Introdução 50% dos alunos 12ª ano já experimentaram maconha, 5% uso diário (Johnston, 2005) Uso antes dos 15 anos aumenta 7x risco de transtorno uso substâncias no futuro (SAMHRA, 2004) Introdução Estudos animais - alterações celulares na PFC, hipocampo e cerebelo em ratos (Carta, 1998) e primatas (Harper, 1977) fMRI mostram alterações PFC, hipocampo e cerebelo em adultos usuários maconha (Block, 2000; Gruber&Yurgelun-Todd, 2005) Introdução Meta análise (11 estudos) uso crônico de maconha - déficits sutis mas persistentes na memória e aprendizado (Grant, 2003); Déficits velocidade de processamento, atenção, memória operacional, função viso espacial e executiva (Bolla, 2002, Solowij, 2002) Introdução Substância branca se desenvolve até o final dos 20’s anos (Nagel, 2006) Substância cinzenta tem pico de volume dos 12-14 anos, decai devido a poda sinaptica “pruning” (Toga, 2006) striatum, DLPFC – últimas áreas de mielinização. Adolescência: período de vulnerabilidade Objetivo Caracterizar efeitos neuropsicológicos decorrente do uso de maconha em adolescentes sem comorbidades psiquiátricas após cerca de 1 mês de abstinência. Hipóteses Adolescentes usuários de maconha irão apresentar pior cognição em áreas associadas às funções frontais, cerebelar e hipocampal, comparados com controles após 23 dias abstinência; Velocidade de processamento, atenção complexa, aprendizado e funções executivas. Partcipantes – inclusão Adolescentes entre 16 e 18 anos, com representante legal - consentir e prover história médica e psiquiátrica; Partcipantes - exclusão Não DSM-IV Eixo I, (-) uso substâncias; condições neurológicas; perda de consciência > 2 min, uso de álcool prenatal (> 4 drinks/dia ou > 7/semana); complicações parto ou (<33 semanas gestação); distúrbio aprendizagem; parente 1º grau com história Bipolar I ou psicose; canhotos; visão ou audição não corrigida; Uso de substâncias durante 28 dias abstinência (5 foram excluídos) Participantes Maconha Uso > 60 x/vida; Uso último mês; Uso <100x/vida outras drogas (≠ mac, álcool, nicot) Não uso pesado álcool (Calaham criteria) Controles <5 x/vida mac; 0 último mês; Sem uso outras drogas (≠ álcool, nicotina) Não uso pesado álcool (Calaham criteria) Inventários e Screenings Strutured Clinical Interview (SCI); NIMH Diagnostic Interview Schedule for Children (C-DISC-4.0); Customary Drinking and Drud Use Record (CDDR) Time Line Follow Back (TLFB) Parent Version SCI, SES, C-DISC-4.0, TLFB Beck Depresion Scale (BDI) Spielberg State-Trait Anxiety Inventory (IDATE) Bateria Neuropsicológica Bateria híbrida escores Z em domínios cognitivos 1. Velocidade Psicomotora; 2. Atenção Complexa; 3. Sequenciamento; 4. Memória Verbal Lógica; 5. Memória Verbal Aprendizado Listas; 6. Função Viso Espacial e Memória; 7. Funções Verbais; 8. Planejamento e Solução de Problemas. Análises dados Análise Demográfica; Grupo e escores compostos (primary analysis); – Grupo e performance neuropsicológica controlado por sintomas depressivos e uso de álcool Tarefas Neuropsicológicas (post hoc); – Análise de regressão para determinar quais as tarefas neuropsicológicas foram preditoras dos grupos Padrão uso substâncias (secondary analysis); – Examinar o relacionamento dose-resposta e funções neuropsicológicas através de regressões múltiplas Resultados Discussão Objetivo foi investigar se o uso de maconha está associado com funcionamento neuropsicológico em adolescentes depois 1 mês abstinência; Discussão Adolescentes usuários de maconha quando comparados com controles apresentaram pior: – Atenção Complexa, – Habilidade de Sequenciamento, – Memória Lógica Verbal, – Lentificação Psicomotora Discussão Encontrou-se relação dose-resposta entre uso de maconha na vida e os mesmos domínios cognitivos, mesmo depois de controlar para uso álcool. Discussão Uso maconha na adolescência pode ter impacto negativo na neuromaturação e desenvolvimento cognitivo, com conseqüências piores que o uso na vida adulta; Início de uso de maconha na adolescência pode interferir no “pruning” da substância cinzenta e na mielinização da substância branca, especialmente na PFC (Block 2002; Egerton 2006; Lundqvist, 2001). Discussão Não é sabido se a abstinência continuada nos adolescentes pode restabelecer os déficits neurocognitivos e o neurodesenvolvimento; Estes achados são congruentes com estudos animais, uso precoce está associado com alterações morfométricas, eletrofisiológicas e cogntivas entre os adultos (Pope, 2003; Wilson, 2000). Discussão Maior uso de álcool na vida esteve relacionado com melhor performance na velocidade psicomotora e atenção complexa (não esperado!); Existem algumas evidências que os efeitos do uso combinado de maconha e álcool trazem menos danos que o uso de álcool isolado (Agosti, 2002; Martin, 1996; SAHSA, 2004). Discussão Implicações clínicas importantes: Usuários de maconha tiveram performance 0,65 DP pior que controles na habilidade de sequenciamento; Metade dos “senior high school” já experimentaram e 5% usa diariamente maconha, qq diferença é preocupante (Johnston, 2005). Discussão Resultados podem subestimar as dificuldades cognitivas entre adolescentes, de acordo com as outras comorbidades psiquiátricas; Dificuldades cognitivas sutis podem trazer prejuízos na vida escolar e profissional (Lynskey & Hall, 2000) Discussão IQ e Habilidades Verbais foram semelhantes (mac x contr), entretanto usuários apresentaram piores médias (3,0 vs 3,4) e mais problemas de comportamento na escola (26% vc 0%) Resultado direto dos riscos dos efeitos da intoxicação aguda, alterações no sono, humor e abstinência entre os usuários (Tarter, 2006) Limitações metodológicas Diferenças neurocognitivas pré existentes aumentam risco uso (Nigg, 2004); Diferenças observadas podem ser resultados de efeitos amotivacionais; Usou-se escores compostos, dificuldade replicabiliade em outras amostas; Não generalizáveis para outras amostras com diferentes períodos de abstinência, padrão de uso, gênero, etnia e renda parental. Conclusão Adolescentes usuários de maconha depois de 1 mês de abstinência qdo comparados com controles, demonstram déficits sutis nas áreas: – Velocidade Psicomotora; – Atenção Complexa; – Planejamento e Sequenciamento; – Memória Verbal. Conclusão Aumento da freqüência de uso na vida está associado com piora na performance nas mesmas áreas; Implicações clínicas incluem educação dos pais e adolescentes sobre o potencial dano ao longo prazo do uso pesado e precoce de maconha; Estudos longitudinais são fundamentais para se avaliar a trajetória cognitiva dos adolescentes ao longo do tempo.