Nº 058/ Junho de 2014 / 1ª Quinzena
Nº 058/ Junho de 2014 / 1ª Quinzena
Vivência Marista
E ele respondeu: “Pois é maninho!!! Quando Deus
quer, é assim.”
Em minha caminhada na educação Marista vivenciei detalhes que fez a diferença,
me levou a repensar a educação como herança primordial para os nossos filhos.
O aprendizado presente na filosofia marista e nesta caminhada de vida me deixa
muito feliz, especialmente quando conhecemos pessoas que já tiveram a benção
de poder desfrutar desse universo mariano. Contudo, podemos ver, em
pequenas singularidades, este universo rico em acolhimento e muitos outros
adjetivos.
Mas, neste momento, trago como lembrança, em nossa convivência na gráfica, a
singular pessoa do Irmão Armindo, mais conhecido como “Irmão Luisinho”.
Como este ser, que para mim é um santo no meio de nós, foi de fundamental
importância em minha trajetória marista.
Pude beber, ao longo de três anos, em sua companhia, de coisas maravilhosas e
bonitas vindas de um ser humano. Com seus pequenos gestos que começava
com uma balinha e se estendia em um poço de paciência, conhecimento cristão e
de mundo. Fez-me repensar hábitos de vida que, em nossa dura rotina, não
damos conta de tais particularidades.
Em muitos momentos suas palavras me marcaram, mas a que mais me lembro
foi quando, em um daqueles dias de muitos pedidos de urgência, ele disse assim:
- “Fred você sabe quais são as três pequenas virtudes?”
Eu lhe disse:
- “Não, Irmão!”
E ele respondeu:
- “Paciência, paciência e paciência!”.
E com este conselho pude, ao logo do tempo, ver que na vida tudo tem o seu
momento, que não adianta a gente se aborrecer, nem entrar em desespero e sim
chamar por Deus e seguir em frente fazendo a minha parte, pois nada como um
dia após o outro, para não trazer paz em nossa caminhada na terra.
Aquele homem ajudou-me a discernir melhor os meus passos como homem,
como amigo e em todos os segmentos da vida terrena.
Outro momento que me marcou bastante foi quando lhe perguntei: “Com que
idade ele decidiu ser Irmão Marista? Ele me respondeu que foi aos 09 anos
quando falou a seu pai. Disse que tinha recebido o convite de um Irmão Marista,
para estudar e dar início à vida religiosa. Seu pai prontamente aceitou,
respondendo: “Eu não impedi seus irmãos de seguirem o que quiserem e não é
você que eu vou impedir! Então siga seu caminho.”
Quando ele me falou aquilo, eu em seguida lhe respondi: “Irmão isso é coisa de
Deus porque, qual o pai que não ia barrar um filho de nove anos para sair do seio
da sua família, para ir estudar interno em outra cidade?”
E ele respondeu: “Pois é maninho!!! Quando Deus quer, é assim.”
Fred Cristóvão Monteiro Neves
Técnico em Serviços Gráficos
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Vitamina N.058