Composições Narrativas Histórias Jocosas 94B – O porco roubado Umas pessoas roubaram um porco. E depois andaram a bigiar, a andar buscas nas casas a ber adonde é que ele estaba. Quando chegou a casa donde desconfiabam, a dona deitou o porco num berço e ‘pois pôs-se a embelá-lo: - Quem me dera cá a tua mãe ah ah aha. Quem me dera cá a tua mãe ahaha. E eles: - Então? - A mãe foi à fonte, ela está-se a demorar e eu quero ber se o calo. Teresa Carvalho, 72 anos, Louredo 97/B – Um rapaz ia todas as noites p’ra casa da namorada. E depois estaba ao lume, mas era muito fumo, da lenha. E depois o fumo ia sempre p’ra ele e o namorado disse p’o rapaz: - Olha, se disseres “O fumo só bai p’os bonitos! O fumo só bai p’os bonitos!”… e depois dou-te umas calças, se disseres isso! Ao outro dia foi p’ra lá e disse: - O fumo só bai p’os moncas! O fumo só bai p’os moncas! Tenho as calças no cu, nunc’as rompas! Teresa Carvalho, 72 anos, Louredo 99/B – Era um francês, um pai português e o filho português. E o francês era caçador e depois o pai diz assim p’o filho: - Olha, bai falar com aquele senhor e pergunta-le se quer bender a espingarda. E ele chegou lá: - Diz o meu pai se quer bender a espingarda! O pai: - Ah, o meu filho é que sabe falar bem o francês! E diz o pai: - O que ele disse? - Ele disse que num cumpri pá! E diz ele: - Então ele que te disse? - Ele disse que num cumpri pá! - Atão isso num percebo nada que quer dizer! - Olhe… disse que num bende qu’era do pai! Teresa Carvalho, 72 anos, Louredo 98/B – Era uma bez um rapaz qu’andaba a namorar. E depois estabam a namorar, estabam lá a… estabam assentados à fogueira - não é? – e depois o rapaz disse-le: - Ah, eu salto-te, eu salto-te! Ela agarrou, arreganhou-le as pernas e disso: - Então salta p’ra aí! E ele saltou, foi à broa, ao forno. Não quis saber! Silvana Barreira, 65 anos, Louredo 100/B – Era um francês que gostaba de bir à aldeia e depois n’aldeia já se sabe…bão arrear as calças ó detrás de uma meda de palha ou assim… Depois habia outro que foi… andaba a tirar a palha p’ra deitar aos porcos. - Oh seu carbalho… - Oh on fê caca on né pá tranquile… Silvana Barreira, 65 anos, Louredo