“ O QUE ELE DISSE O QUE DISSERAM DELE Sem ter direito de comer nem o que planto, só não entendo é tanta terra e pouco dono. um dos mais autênticos poetas regionalistas do Pago Gaúcho. Quer escrevendo ou improvisando versos, revela-se sempre um pajador de grande mérito, parece que saído das páginas de José Hernandez ou Jayme nasceu em São de um Hilário Ascasubi, misto Luiz Gonzaga, mas naquele de Martin Fierro e Santos Vega. momento, tremeram os Rui Cardoso Nunes, coautor alicerces dos quatro pontos de Dicionário de Regionalismo cardeais do Rio Grande, porque do RS nascia o grande inimitável pajador desta terra, que terá o Eu diria que a desenvoltura calendário mudado para antes de Jayme Caetano Braun e depois de Jayme Braun. improvisando, participa da Balbino Marques da Rocha, natureza do milagre. poeta, autor de Poemas Mozart Pereira Soares, Campeiros poeta, ensaista, professor universitário, autor de Jayme Caetano Braun é Pastoral Missioneira Não há meia mentira, tampouco meia verdade. O QUE DIZEM DELE AGORA Por longe que um homem vá, nunca fugirá de si. A lembrança de um ausente tem mais força que a presença! Coração é um órgão nobre, ... que bate do mesmo jeito no rico como no pobre. A vida é um crédito aberto que é preciso utilizar ... porque na conta da vida não adianta saldo médio. Lei que a vida promulga essa gente não revoga. Não tenho a terra própria porque a história que eu escrevi me deserdou no testamento. Eu preferia morrer se me chegasse a faltar a vontade de cantar e o direito de querer. Não há virtude maior que a fraternidade e a compreensão da verdade do que tem e do sem teto. Era meu tudo que havia na terra que já foi séria, onde exploram a miséria e comem a geografia. O que trazia alma pura em todas as dimensões, o Autor de mil sermões Jayme é uma cascata humana. Pedro Leite VillasBôas, bibliógrafo , autor de Dicionário Bibliográfico Gaúcho Jayme Caetano Braum foi e segue sendo insuperável no improviso rimado, em especial nas pajadas em décima. Dotado de uma memória surpreendente, era capaz de guardar dados assombrantes, como fez em uma das edições do Musicanto de Santa Rosa. Ele leu, em 10 minutos, um livreto de aproximadamente 30 páginas, revisou algumas e apresentou cinco noites do festival, improvisando sobre aqueles dados. Jayme era incrível e continuará sendo, para orgulho de seus conterrâneos missioneiros e do Rio Grande do Sul. Luiz Carlos Borges, músico, cantor e compositor Há um poema do Jayme que diz: De volta ao mundo potreiro do meu calvário de penas, onde até as almas serenas precisam não esquecer que mais que muito aprender vale aprender “cosas buenas”. Cada vez que contato com seus versos e canções me bate à porta esse ensinamento: a vida há de valer eternamente muito mais pela qualidade do que pela quantidade. Cada verso seu evoca uma esperança, aponta um caminho, deseja um tempo em que todo homem compreenda que um destino não é melhor que outro - que somos todos muito estranhos e sobretudo muito iguais a nós mesmos. E que para cada Martin Fierro há de haver sempre um Sargento Cruz, ombro a ombro pela escuridão e pelas claridades do mundo. Vinícius Brum, cantor, compositor e coordenador de tradição e folclore da SMC Jayme foi gênio da poesia e do improviso. Um Camões riograndense que descreveu em versos a história, os costumes e o cotidiano do gaúcho. Foi meu amigo. Ficou em mim, como um mestre e às vezes me reaparece em forma de uma grande saudade. João de Almeida Neto, cantor e compositor Jayme Caetano Braun era um homem muito culto. Podia exercer sua poesia em qualquer terreno que quisesse. Um exemplo disso é o trecho de um poema seu, escrito aos