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31-08-2015
Relatório – Peso na Saúde
O projeto foi implementado durante os meses de Julho e Agosto, em 18 praias.
Foram avaliados 954 indivíduos adultos, 57% do sexo feminino. As idades dos
participantes variaram entre os 18 e os 92 anos, sendo a mediana de 46 anos (media
46,5; desvio padrão 16,5 anos).
Relativamente à avaliação do índice de massa corporal verificou-se que 49% dos
participantes tinham excesso de peso ou obesidade – 38,6% excesso de peso; e,
10,5% obesidade (dentro da obesidade temos: 9,0% obesidade grau 1; 1,4%
obesidade grau 2 e 0,1% obesidade grau 3).
A análise por sexo mostra que 44% das mulheres tinham excesso de peso ou
obesidade versus 54% dos homens (p<0,007).
Face à questão – como classifica o seu peso? – 41% dos participantes afirmaram que
tinham excesso de peso e 1% obesidade.
Existe uma diferença importante entre os reais valores de obesidade, 11%, e a
percentagem de indivíduos que se classifica a si próprio como sendo obeso (1%).
Os homens dizem ter excesso de peso em 37% dos casos e obesidade em 1% e as
mulheres dizem ter excesso de peso em 45% dos casos e obesidade em 1%.
A diferença entre o peso indicado pelos participantes e o peso registado no
momento da avaliação foi inferior a 1kg, mostrando que as pessoas têm uma noção
bastante exata do seu peso.
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Quando questionados sobre quando se pesaram pela última vez, 10% dos homens e
9% das mulheres afirmaram pesarem-se todos os dias. 31% dos homens e 34% das
mulheres disseram ter-se pesado na última semana; 29% e 28%, respetivamente
homens e mulheres, pesaram-se no último mês e cerca de 10% fizeram-no, pela
última vez, há mais de 6 meses.
Aproximadamente 34% dos participantes referiu ter aumentado de peso mais de 2kg
no último ano. A análise por sexo mostra que a percentagem de indivíduos que
aumentou mais de 2 kg no último ano foi maior no sexo feminino, 36% versus 32%
dos indivíduos do sexo masculino.
Vinte seis por cento dos participantes fizeram dieta para perda de peso nos últimos
2 anos, sendo os valores de 22% para o sexo masculino e de 28% para o sexo
feminino.
Dos indivíduos que afirmaram ter feito dieta para perda de peso, nos últimos 2 anos,
71% refere que fez dieta 1 ou 2 vezes, 17% 3 a 5 vezes, 4% 6 a 10 vezes e 8% mais de
10 vezes.
Quando se avalia o grau de satisfação face ao peso atual, apenas 34% dos
participantes referiu estar confortável com o seu peso atual, sendo esta
percentagem de 40% para os homens e de 30% para as mulheres.
Trinta e dois por cento dos participantes gostavam de perder 2 a 3 kg e 26%
gostavam de perder mais de 4 kg. São os indivíduos do sexo feminino os que
afirmaram que gostariam de perder mais peso (mais de 4kg), 28% versus 24% para o
sexo masculino.
Foi solicitado aos participantes que atribuíssem um grau de importância de 1 a 5, ao
peso no que diz respeito à saúde, imagem/estética, condição física e risco de
doença. No que concerne à saúde, 44% dos homens atribuíram o fator de
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importância 4, e 28% o fator 5. Enquanto que, 37% das mulheres atribuíram 4 e 36%
atribuíram 5.
A importância do peso na imagem foi classificada como sendo 4 por 36% dos
homens e como sendo 5 por 13%. As mulheres classificaram-na como 4 em 40% dos
casos e como 5 em 20%.
A importância do peso na condição física foi valorizada como 4 por 44% dos homens
e 41% das mulheres e como 5, por 27% dos homens e 27% das mulheres.
Por último, a importância do peso no risco de doença foi classificada como 4 por
36% dos homens e 34% das mulheres e como 5, por 32% dos homens e 39% das
mulheres.
Globalmente, 4% dos participantes afirmam não atribuir nenhuma importância ao
peso como factor de risco de doença.
O grau de motivação para efetuar mudanças de estilo de vida no sentido de o tornar
mais saudável no que diz respeito ao peso e alimentação foi classificado como
nenhum por 3% dos participantes, pouco por 7%, algum por 39%, muito por 35% e
muitíssimo por 16%. A motivação é maior nas mulheres com 18% a responder
“muitíssimo” versus 13% dos homens.
No grupo de participantes com excesso de peso ou obesidade, 34% dizem ter muita
motivação para efetuar mudanças no estilo de vida e 15% muitíssima motivação.
A importância atribuída à imagem corporal/peso na relação intima/ conjugal foi
classificada como muita ou muitíssima por 35% dos participantes. No entanto, este
valor desce para 26% se considerarmos os participantes com excesso de peso ou
obesidade.
A importância atribuída à imagem corporal/peso na relação com amigos foi
classificada como muita ou muitíssima por 23% dos participantes. Nos indivíduos
com excesso de peso ou obesidade a percentagem desce para 16%
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No que concerne às relações profissionais, a importância atribuída à imagem
corporal/peso foi classificada como muita ou muitíssima por 24% dos participantes.
Nos indivíduos com excesso de peso ou obesidade a percentagem é de 19%.
Dos indivíduos com excesso de peso ou obesidade, 69% afirmaram que isso não os
condiciona em nada. Vinte e dois por cento referem cansar-se com facilidade; 8% diz
ter complexos por causa do peso; 5% diz evitar expor o corpo em púbico; e, 4% diz
evitar realizar desportos.
Menos de um quarto (23%) dos indivíduos com excesso de peso ou obesidade
afirmou já ter ido a uma consulta médica com o objetivo de perder peso, e destes,
73% fizeram-no por iniciativa própria, 21% por recomendação de um outro médico e
6% por recomendação de familiares ou amigos.
No que diz respeito a consulta de nutrição, os valores são semelhantes. 24% dos
indivíduos com excesso de peso ou obesidade já foi a uma consulta de nutrição e na
maioria dos casos, por iniciativa própria (70%).
Mais de metade (52%) dos participantes com excesso de peso ou obesidade
referiram nunca ter falado com o seu médico de família sobre este assunto.
Dos indivíduos com excesso de peso ou obesidade, 12% estão atualmente a fazer
dieta para perda de peso.
Relativamente à condição física, classificam-na como má ou muito má em 17% dos
casos e como boa ou muito boa em 25%.
Trinta por cento afirmaram ser sedentários e 36% pouco ativos.
Os participantes foram questionados relativamente às refeições que fazem ao longo
do dia tendo-se obtido os seguintes resultados – pequeno-almoço 91%; lanche da
manha 37%; almoço (faca e garfo) 69%; almoço ligeiro (tipo sandes) 31%; lanche da
tarde 59%; jantar (faca e garfo) 61%; jantar ligeiro – 39%; ceia 15%.
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