Comunicado de Imprensa
COSEC e APICCAPS desenvolvem estudo sobre
sector do Calçado
 O Sector do Calçado dispõe de uma situação de tesouraria mais
favorável que a média nacional.
 Sector do Calçado com tensão de tesouraria reduzida e rácio de
ciclo de tesouraria estável.
 Empresas exportadoras e de maior dimensão com melhor
equilíbrio financeiro e menor tensão de tesouraria
Porto, 12 de Fevereiro de 2014 – A COSEC, seguradora líder em Portugal nos ramos do
Seguro de Créditos e Caução, em parceria com a Associação Portuguesa dos Industriais de
Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS), desenvolveu um
estudo intitulado “Gestão de Tesouraria: Realidade no Sector do Calçado” com o objetivo de
analisar os rácios de funcionamento e o comportamento de pagamento no sector do Calçado,
considerando a realidade das empresas associadas da APICCAPS.
O estudo
(1)
surge na sequência da preocupação da União Europeia para dissuadir os atrasos
de pagamentos nas transações comerciais
1
e pretende demonstrar às empresas que a
compreensão dos rácios de tesouraria e a implementação de boas práticas a este nível são
essenciais na redução de custos, na definição de estratégias eficazes de gestão de tesouraria
e na otimização do relacionamento com clientes e fornecedores.
As empresas enfrentam na atualidade inúmeros desafios que implicam procurar novas formas
de financiamento, muita vezes de difícil acesso face às restrições ao crédito. Dessa forma, é
importante que estejam atentas a indicadores que lhes permitam melhorar as suas politicas de
crédito, com a definição de estratégias eficazes de gestão de fundo de maneio e a otimização
do relacionamento com clientes e fornecedores.
1
Traduzida para a diretiva 2011/7/UE e transporta para a legislação portuguesa com o DL 62/2013.
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Os indicadores base deste estudo, que utilizou informação da base de dados da COSEC
aplicada a 278 empresas associadas da APICCAPS, são:

Tensão de Tesouraria (TT): Diferença para o tempo decorrido de pagamento a
fornecedores face ao prazo de recebimento de clientes.

Ciclo de Tesouraria (CT): Tempo decorrido entre a compra de matérias primas e demais
fatores produtivos (no caso das empresas industriais) até à venda de produtos acabados e
recebimento do respetivo pagamento. Este ciclo, além do prazo médio de pagamento e
recebimento, inclui as existências e respetivos custos.
A Tensão de Tesouraria e Ciclo de Tesouraria no Sector do Calçado
Em relação aos dados analisados, o sector do Calçado consegue manter uma tensão de
tesouraria excelente face à média verificada a nível nacional, apontando para uma evolução
positiva entre 2010 e 2012.
Apesar da Tensão de Tesouraria no sector ser nula, os prazos médios que até 2011 estavam a
recuperar, voltaram a aumentar em 2012. Este aumento deveu-se aos agravamentos de 7%
dos Prazos Médios de Pagamento (PMP), de 4% dos Prazos Médios de Recebimento (PMR) e
dos 24% de Prazos Médios de Duração de Existências (PMDE). Adicionalmente, é possivel
verificar que os prazos de pagamento e recebimento são superiores aos 60 dias propostos no
decreto-lei n.º 62/2013.
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Quanto ao Ciclo Tesouraria no setor do Calçado, o número médio de dias diminuiu entre 2010
e 2011 e manteve-se em 2012 (63 dias).Esta evolução é devida à estabilidade do prazo de
existências e equilíbrio nos prazos de pagamento e recebimento.
Distribuição de Tensão de Tesouraria e Ciclo de Tesouraria
O estudo conclui que 51% das empresas deste sector apresentam Tensão de Tesouraria
inferior a zero, ou seja, têm prazos de recebimento inferiores aos de pagamento.
Adicionalmente, 43% das empresas em análise têm um ciclo de tesouraria superior a 60 dias,
ou seja, tem necessidades de fundo de maneio mais elevadas, o que implica um maior recurso
a financiamento.
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Principais Conclusões

O sector do Calçado compara bem com os restantes sectores em Portugal. Apesar dos
prazos de pagamento, em 2012, serem de 78 dias e 18% acima da média nacional, o
equilíbrio entre o PMP e PMR no sector de calçado reflete, em média, uma tensão de
tesouraria nula.

51% das empresas apresentam uma tensão de tesouraria inferior a zero.

43% das empresas do sector têm um ciclo de tesouraria superior a 60 dias e indiciam
necessidades de fundo de maneio mais elevadas, o que implica um maior recurso a
financiamento.

No âmbito de uma análise mais detalhada efetuada neste estudo:
o
Confirma-se que a capacidade de gerar meios de pagamento aumenta com ao
dimensão das empresas e que as exportações são um fator dinamizador de uma
adequada gestão de tesouraria das empresas do sector do Calçado, favorecendo a
competitividade e eficácia dessas empresas.
o
As empresas com prazos de pagamento e de recebimento dentro dos 60 dias,
apresentam melhores classificações de risco, o que vem reforçar a importância da
monitorização dos rácios de funcionamento também no âmbito da sua avaliação
económica e financeira.
(1)
Metodologia:
O estudo considerou as empresas associadas da APICCAPS no sector do Calçado, num total de 278 empresas. Não
foram incluídas no estudo empresas insolventes e que não se enquadram na indústria do calçado, artigos de pele,
componentes e maquinaria e equipamentos.
Foram observados, para os associados APICCAPS, os dados de Rotação de Existências, Prazos de Pagamento e de
Recebimento obtidos através da base de dados da COSEC. Os dados sobre Portugal foram obtidos através do estudo
“Payment behaviour: wide disparities” da Euler Hermes (acionista COSEC) que considerou 355 mil empresas
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portuguesas.
Fórmulas de cálculos dos rácios de funcionamento:
Tensão de Tesouraria = PMR–PMP
Ciclo de Tesouraria = PMR+PMDE-PMP
Nota Adicional: Na eventualidade de pretender efetuar um artigo mais detalhado, a COSEC
está disponível para fornecer mais informação no âmbito da análise que efetuou neste estudo.
Sobre a COSEC
A COSEC é a seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução,
oferecendo as melhores soluções para apoio à gestão e controlo de créditos, bem como
garantias de seguro caução, sendo, ainda, responsável, por conta do Estado Português, pela
cobertura e gestão dos riscos de crédito, caução e investimento, para países de risco político.
A COSEC é uma empresa de capitais privados divididos equitativamente pelo Banco BPI
(www.bpi.pt), o quarto maior Banco Português, e pela Euler Hermes (www.eulerhermes.com),
líder mundial em seguro de créditos com uma quota global de 35%.
Para saber mais informações consulte o site www.cosec.pt
Contacto de Imprensa:
Fernando Batista
[email protected]
Hugo Costa
[email protected]
Tel.: +351 213 245 016 / 019
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Gestão de Tesouraria: Realidade no Sector do Calçado