3º Encontro Brasileiro de Silvicultura
COMPARAÇÃO DE CRESCIMENTO DE PINUS TAEDA L.
EM PINHAIS-PR ORIGINÁRIOS DOS ESTADOS UNIDOS
DA AMÉRICA (CAROLINA DO NORTE) E ÁFRICA DO SUL
Lia Toiosima Yoshizumi1; Alessandro Camargo Angelo2;
Karen Koch Fernandes de Souza³; Mariana Berlesi Klein4;
Rozimeiry Gomes Bezerra Gaspar5
Graduanda Eng. Florestal UFPR ([email protected]);2Professor Dr. Departamento de
Ciências Florestais UFPR ([email protected]); ³Professora Msc. Ciências Florestais
PUCPR ([email protected]); 4 Graduanda Eng. Florestal UFPR (marianabklein@gmail.
com); 5Professora Msc. Ciências Florestais UFPR
1
Introdução e Objetivos
De acordo com a Associação Brasileira de
Produtores de Florestas Plantadas (2013),
a área ocupada por plantios florestais no
Brasil é de 6.664.812 ha, sendo 23,4% correspondente aos plantios com gênero Pinus. Dentre os estados brasileiros, o Paraná
é o que mais cultiva este gênero (619.731
ha)[1].
Introduzido no Brasil, o Pinus taeda Linnaeus obteve grande adaptação na região
sul, com ênfase nos estados do Paraná e
Santa Catarina, entretanto, verifica-se que
há uma diferenciação da produtividade
de acordo com a procedência das sementes[2].
O presente trabalho possui como objetivo
realizar a comparação de produtividade de
P. taeda com 1 ano de idade originários da
Carolina do Norte e África do Sul, através
das variáveis altura total (h) e diâmetro de
colo (DC).
Material e métodos
O experimento foi realizado na “Fazenda
Canguiri”, estação experimental da Universidade Federal do Paraná - UFPR (Figura 1), situada no município de PinhaisPR, região metropolitana de Curitiba,
25°23’20”S 49°07’28”W altitude média
118
(m) 893, solo Cambissolo háplico. Tal localidade é classificada segundo Köppen
como tendo clima Cfb (clima mesotérmico
úmido a subúmido).
Figura 1. Fazenda Experimental Canguiri
da UFPR, local de instalação do experimento. Fonte: Angelo, A.C. (2013)
Em função da compactação do solo, o preparo da área se deu através de roçada, seguida de operações de subsolagem (40cm
de profundidade), gradagem, aplicação de
calcário (2 toneladas/ha) e fosfato (200
kg/ha). O espaçamento utilizado foi de
3x2 m, configurando parcelas de 8x10
plantas, incluindo a bordadura. O delineamento experimental utilizado foi o de
blocos ao acaso, com quatro repetições de
quatro plantas.
Resumos Expandidos
As covas para implantação das mudas em
campo foram feitas em profundidade de
30cm com o auxílio de um motocoveador,
a aplicação de adubo foi feita em duas covetas laterais com 10cm de profundidade
a uma distância de 15cm da base do vegetal. O controle da matocompetição foi
realizado de forma mecânica, em função
de restrições da legislação.
Cabe ressaltar que para efeito de comparação não foram consideradas as mudas de
replantio.
As parcelas analisadas receberam a adubação de formulação convencional, constituída de 110 g de NPK 05-30-10 mais micronutrientes, 30 dias após o plantio e 150 g
de NPK 15-05-30 para adubação de cobertura por indivíduo, 60 dias após o plantio.
Para avaliação do experimento foram
consideradas as variáveis altura total (h) e
diâmetro de colo (DC), coletadas respectivamente com uso de trena (medindo-se
da base até a gema apical) e paquímetro (5
cm do solo).
O processamento dos dados foi realizado
através do uso do software Assistat® versão
7.7 beta.
Resultados e discussão
As médias dos resultados para altura total
(cm) foram: 155,62 e 98,25. Em se tratando de diâmetro de colo (mm), os resultados foram representados pelos números:
29,94 e 23,75, para procedência da Carolina do Norte (EUA) e África do Sul respectivamente.
Tabela 1. Média de Altura total (cm) e diâmetro da base (mm) com 1 ano de idade.
Parâmetro
Procedência
Carolina do
Norte
Procedência
África do Sul
Altura total
155,62 a
98,25 b
Diâmetro da base
29,94 a
23,75 b
Médias seguidas de pelo menos uma letra
igual, na linha, não diferem significativamente (P95%>0,05).
Conclusões
Dentro do espaço temporal analisado (1
ano) os indivíduos com procedência da
Carolina do Norte tiveram um crescimento
maior nas variáveis analisadas com o regime de adubação aplicado.
Referências bibliográficas
[1]Associação Brasileira de Produtores de
Florestas Plantadas. Anuário estatístico
da ABRAF 2013, ano base 2012, 2013.
Disponível em: http://www.abraflor.org.
br/estatisticas/ABRAF13/ABRAF13
_BR.pdf. Acesso em: 02 de fev. de 2014.
[2] BARRICHELO, L. E. G. et al. Estudos
de procedências de pinus taeda visando seu aproveitamento industrial. Ipef,
Piracicaba, n. 15, p.1-14, 1977. Disponível
em: <http://www.ipef.br/publicacoes/
scientia/nr15/cap01.pdf>. Acesso em: 29
jan. 2014.
Através da realização do teste t de student a
um nível de 95% de probabilidade, constatou-se que as médias dos tratamentos são
estatisticamente diferentes, tanto para altura total como diâmetro de base (Tabela 1).
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Comparação de Crescimento de Pinus Taeda l. em Pinhais