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ENQUANTO A EDUCAÇÃO PUBLICA
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PELA CPI DOS BANCOS, EM DEFESA
DA EDUCAÇÃO E DA PÁTRIAf
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BRASIL
FH põe Educação na UTI e
promove orgia com os bancos
à custa do dinheiro público
Revista da UBES - Órgão
oficial da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas.
Para correspondência escreva para: Caixa Postal
65023 - CEP 01390-970
- São Paulo - SP
Presidente:
Gislaine Caresia
Secretário Geral:
Rafael Bastos
Diretor de Imprensa:
Alessandra Rodrigues
Jornalista responsável:
Solange Suzigan
MTB 23835
Edição
Luiz Rocha, Rafael Bastos,
Gisele Caresia,
Alessandra Rodrigues
Charge
Eton
Fofos
Ronaldo M.T., Cláudio Lira
e Flávio Bacellar
Fotolito, Impressão e
Diagramação:
Estúdio Brasil de
Daniel Marucci Dias
Comunicação Ltda.
Tiragem:
20 mil exemplares
Para acobertar suas ações criminosas que quebram áreas
vitais para o país e esconder a orgia que promove desviando bilhões para o sistema financeiro, FH promove a corrupção mais deslavada da história.
Pág. 4-5
EDUCAçãO
Migalhas para a
Educação e
bilhões para os
bancos. CPI, já!
Enquanto FH destina para todo
o ano de 96 apenas R$ 975
milhões para o ensino básico,
numa canetada na calada da
noite despeja R$ 12 bilhões no
banco de sua nora.
Pág. 4 a 9
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Secundaristas
tomam as ruas e
exigem CPI
Convocados pela UBES e
UMES, milhares de estudantes
ocuparam a Av. Paulista pela
instalação da CPI. Em
encontro em Brasília que
reuniu lideranças de 17
estados, a UBES decidiu:
paralisação nacional no
próximo dia 15 de maio.
Pág. 6-7
DEZ VIDAS
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99
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TlRADENTES
Em comemoração ao
21 de abril, a UBES resgata a
história do grande herói
Tiradentes, que entregou sua
vida em defesa do Brasil
Pág. 12-13
UNIVERSIDADES
Cortes de FH
chegam em até
60% nas federais
Este ano, para dividir entre
todas as universidades do
país, FH propõe a merreca
de R$ 147 milhões. O
quadro é alarmante: muitas
universidades estão sem
verbas até para pagar tarifas
de água luz e telefone
Pág. 10-11
/ ÍE^T MOV
Dia 15 todos às ruas!
ENTREVISTA
CEL. FRANCIMá MáXIMO:
"O que o momento reclama é que diante do entreguismo mais deslavado
jamais acontecido em
nossa história, estejamos
todos juntos nas mas".
Pág. 14-15
INTERNACIONAL
CORéIA
Coréia Popular repele as
provocações de guerra da
camarilha instalada no
sul do país. Só a reunificação da Pátria, desejo
inadiável do povo coreano, garantirá a paz na
região
pág. 31
CUBA
Luciano Cordeiro e Tatiana Chaves, da UMES-SP
são homenageados em
Havana por Raul Castro,
2S secretario do PCC.
Pág. 33 a 35
Essa grande guerreira da
música popular brasileira
incomoda a muita gente,
cantando o que gosta e
dizendo o que pensa.
Pág. 40
F
Fer
'ernando Henrique atirou a
educação pública na mais grave crise
de sua história. Enquanto as escolas
agonizam e tentam sobreviver sem
segurança, com salas de aula
superlotadas, sem merenda, livros
didáticos, faxineiras e com
professores recebendo salários de
fome, bilhões são jogados nas mãos
dos banqueiros.
Em pouco mais de um ano de
governo a política de destruição de
FH foi responsável, apenas em São
Paulo, pelo fechamento de 110 escolas, pela demissão de 23
mil professores, 4.500 vigias e milhares de merendeiras. Mais
40 mil professores serão demitidos ainda este ano.
Nunca se foi tão longe no servilismo aos cartéis e
banqueiros, nunca se viu tanta miséria, desemprego,
quebradeira, falência. Nunca a Educação esteve tão
abandonada. Nunca a Saúde esteve tão caótica. Nunca o
salário mínimo esteve tão baixo. Para o povo nada. Para os
bancos, tudo.
De costas para a Nação, FH tenta barrar a CPI do BC. Uma
CPI legítima, para apurar o mais escandaloso desvio de
verbas já ocorrido no país: apenas para o Nacional - banco de
sua nora - FH deu R$ 12 bilhões, mais do que todo o
Orçamento da Educação deste ano e mais do que a Saúde
gastou durante todo o ano passado.
A Pátria verde e amarela se levanta, unida, para enterrar
de vez esse crime. De um lado, o Brasil de Tiradentes, a luta
por um país livre, soberano e desenvolvido. De outro, os
silvérios dos reis.
Basta de roubalheira, de descaso, de empulhação. Vamos
dar um basta nesta política de destruição nacional! Neste dia
15 todos as ruas!
Vamos levantar o Brasil, de bandeiras em punho, caras
pintadas e muita agitação. Tomaremos as ruas, praças e
avenidas para exigir a CPI dos bancos e varrer do mapa os
inimigos da educação e do país.
Gislaine Caresia
Brasil
Migalhas para a educafão e
bilhões para os bancos. CPI, já!
Para acorbetar o
crime, FH
promoveu uma
corrupção
deslavada nunca
vista antes para
impedir a CPI:
distribuiu
ministérios,
cargos, ofereceu
verbas - as que
têm negado para a
Educação e outras
áreas vitais -, e
chantageou. Tudo
isso para esconder
a podridão de seu
governo, marcado
pelo desvio do
dinheiro público
para a
monopolização do
sis tema financeiro
Enquanto FH destinou para todo o
ano de 96 apenas
R$ 975 milhões para o
ensino básico, R$ 60 mil
para o combate ao analfabetismo, R$ 147 milhões para todas as universidades do país, numa
canelada, na calada da
noite, despejou R$ 12 bilhões do Tesouro no banco de sua nora, o Nacional. As negociatas com
o dinherio público já provocaram um rombo de
R$ 36 bilhões no Banco
Central. Só na orgia com
Revista da UBES n2 2
os bancos privados o
mar de dinheiro pode
chegar a R$ 20 bilhões.
E para acorbetar
este crime, FH promoveu uma corrupção deslavada nunca vista antes para impedir a CPI
dos bancos: distribuiu
ministérios, cargos no
segundo e terceiro escalões, ofereceu verbas - as
que tem negado para a
Educação e outras áreas vitais -, implorou
apoio e chantageou.
Tudo isso para esconder do povo a podridão
de seu governo, marcado pelo desvio do dinheiro público para a
monopolização do sistema financeiro, sustentáculo desta política
de recessão, miséria,
sucateamento da Educação.
O vendilhão da Pátria fica assombrado só
em pensar que sejam conhecidas as falcatruas
noturnas entre o Unibanco. Nacional e o BC,
que deram origem ao
Proer. Borra as calças ao
imaginar que será prova-
Brasil
do, por mais que ele tente impedir, que ele e sua
quadrilha sabiam da falência e das maquinações
no balanço do Nacional,
desviando bilhões para o
banco da nora.
Mas esse esconde-esconde não vai durar muito tempo. Está a caminho a instalação de uma
CPI mista, e nós estamos prontos para tomar
as ruas novamente para
varrer esta canalha. A
CPI, junto com nossa galera nas ruas, vai desestabilizar sim, e profundamente, esta quadrilha,
e a história já mostrou
o castigo que este tipo de
ladrão merece.
Escândalo: dívida pública
explode e já eqüivale
a 19% do PIB
Os juros estratosféricos e a orgia do
dinheiro do povo com os banqueiros fez
explodir as finanças públicas. A dívida
mobiliária da União que era de R$ 35,5
bilhões em 1993 - quando FH assumiu o
Ministério da Fazenda para começar a
preparar o monstrengo do Real - atingiu
em fevereiro passado a gigantesca cifra
de R$ 127 bilhões, um aumento de 230%.
Batendo recordes históricos,
representando nada menos que 19% do
PIB. Somente no ano passado, o primeiro
do desgoverno de FH, a dívida dobrou.
Capachão FH promove um
verdadeiro bacanal com as
reservas brasileiras
Com o Real, o Banco
Central teve um prejuízo de R$ 36 bilhões e
uma perda patrimonial
de R$ 16 bilhões, inédito em toda sua existência. Uma das fontes de
receita do BC, além da
principal que é a emissão de moeda que está
praticamente paralisada, é o resultado das
aplicações das reservas
cambiais do país. Tamanho o capachismo, o governo FH aplica nossos
R$ 53,5 bilhões das reservas nos bancos es-
trangeiros, que oferecem taxas de juros
de 4% ao ano, ficando os rendimentos
em míseros R$ 2 bilhões. Por sua vez,
os bancos estrangeiros pegam o nosso
dinheiro e voltam a
aplicar no Brasil -,
onde as taxas de juros reais (descontada a inflação) são de
32% ao ano - em títulos do próprio BC,
ganhando mais de
R$ 16 bilhões, oito
vezes mais.
Revista da UBES ns 2
Brasil
Carapíntadas
sacodem SP
e exigem
CPI do BC
ilhares de estudantes sacudiram
São Paulo no último 10 de abril
exigindo a instalação imediata
da CPI do esquema BC, dando o
ponta pé inicial
nas manifestações
que a UBES está
convocando para
todo o país. Durante todo o trajeto os carapintadas, atendendo ao
chamado
da
UBES, UMES-SP
e dos principais
grêmios da capital, receberam
aplausos e apoio
da população, que
brindou a galera
com chuvas de papel picado do alto
dos edifícios.
"Com o rosto
pintado de verde e
amarelo estamos de volta à
Avenida Paulista exigindo a
CPI, para que se apure a
roubalheira de FH, que afirma não ter dinheiro para
nada enquanto numa canetada na calada da noite deu
12 bilhões para o banco da
sua nora", afirmou Gislaine, apoiada pelos carapíntadas que cantavam: "1, 2, 3,
4, 5 mil, ou instala a CPI ou
paramos o Brasil", "Fernando Henrique, ladrão! Cadê
a verba da Educação?" e
"Banqueiro está roubando a
grana do povão, por isso falta casa, saúde e educação".
O
presidente
da
UMES-SP, Luciano Cordeiro, ressaltou que "enquanto FH doa R$ 12 bi para o
banco da família, entrega
para o ensino básico de todo
o país a esmola de R$ 975
milhões - 12 vezes menos e a merreca de R$ 60 mil
para a 'erradicação do analfabetismo', é uma aberração!".
Em frente ao Citibank,
Luciano denunciou "a política de recessão e juros altos que só beneficia o sistema financeiro, enquanto as
escolas são jogadas no mais
completo abandono, com
prédios prestes a desabar,
sem giz, sem merenda, sem
material didático".
A passeata percorreu a
Avenida Brigadeiro Luiz
Antônio e acabou com um
grande ato no Largo São
Francisco. "Essa é apenas a
primeira de uma série de
manifestações que faremos
até que se apure esse assalto que FH vem promovendo", garantiu Gislaine.
"FH está afundando o Brasil, as escolas estão desmoronando!"
Lideranças dos grêmios da capital deixaram claro a sua revolta com a
política de FH. Indignada, Renata Novaes, do
colégio Eng" Viriato, frisou: "Roubou 12 bilhões
pro filho dele. Dinheiro
que é nosso. FH está
Revista da UBES ns 2
afundando o Brasil, as escolas estão desmoronando.
Ele quer privatizar as escolas para ter mais dinheiro
para dar para os bancos".
Para o presidente do
Conselho dos Estudantes de
Francisco Morato, Cláudio
Lima, "na CPI vai aparecer
a roubalheira, o favorecimento de familiares".
Um cartaz sustentado
por um grupo de estudantes afirmava: "A Educação
é a luz no fim do túnel.
Não é apenas uma verba
mas todo o futuro do país
que está sendo desviado".
Brasil
Diretoria da UBES
com o senador José
Samey durante o ato
no Congresso
Nacional que
decidiu parar o
Brasil pela
instalação da CPI
Principais lideranjas secundaristas
do país fazem ato no Congresso e
decidem: paralisarão nacional dia 15
UBES entrega à Sarney
documento pela CPI, jál
A diretoria da UBES
aprovou no encontro e
entregou ao presidente
do Congresso, José Sarney, um documento exigindo a imediata instalação da CPI.
"Agradeço a solidariedade, e farei todos os esforços para a instalação da
CPI, pois é uma CPI legítima. Acredito que um governo democrático não
pode esconder do povo brasileiro, a verdade sobre o
sistema financeiro. Podem
contar comigo", declarou
o senador José Samey.
Centenas de lideranças
secundaristas de 17 estados
do país, convocadas pela
UBES, se reuniram dia 11
de abril, no Congresso Nacional, num grande ato pela
instalação da CPI dos bancos. A UBES aprovou para
o próximo dia 15 de maio
um dia nacional de paralisação pela CPI, Já!.
"O desvio de bilhões dos
recursos públicos para o bolso de banqueiros é o maior
escândalo da história desse
país, por muito menos derrubamos Collor. Por isso FH
diz não ter dinheiro para a
educação, saúde, habitação",
denunciou o secretário-geral
da UBES, Rafael Bastos.
"Vamos levantar o país
contra essa safadeza. As
mobilizações já começaram
a ocorrer e vão se intensificar ainda mais nas próximas semanas", afirmou
Alessandra Rodrigues, diretor de imprensa da UBES.
Caravanas de estudantes de todo o país sacudiram
o Congresso Nacional em defesa da Educação e da CPI.
Dezenas de deputados, senadores, sindicalistas, militares e intelectuais compareceram ao ato em apoio à luta
dos estudantes, entre eles o
deputado federal e presidente nacional do PMDB, Paes
de Andrade; o deputado federal e vice-presidente naci-
onal do PMDB, Marcelo Barbieri; os senadores Sebastião Rocha e
Osmar Dias; o Brigadeiro Ivan Frota, presidente da Frente Tiradentes
de Brasília; o Coronel
Ferreira, da Frente em
São Paulo; os deputados
Waldir Collato e Arnaldo Faria de Sá e a presidenta da Associação de
Esposas de Militares da
Ativa, Anita Santos.
Por aclamação, foi
aprovada a proposta de
uma paralisação nacional pela CPI do esquema BC. "Vamos agora'
para cada escola, realizar assembléias, reuniões, pixações e parar o
Brasil no dia 15", afirmou Gislaine. Com muito entusiasmo e empolgação a galera encerrou
o encontro cantando:
"Carapintada já decidiu,
é CPI pro bem do povo e
do Brasil!"
Revista da UBES n5 2
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UBES Geral
UMESPA: 40 anos _ _
defesa da Educação
e da Pátria
3
Neste ano, a União jo (PDT), Reginaldo PuMunicipal dos Estudan- jol (PFL) e Jocelin Azamtes Secundaristas de Por- brya (PTB), que contributo Alegre (UMESPA), co- íram para transformar a
memora 40 anos de his- UMESPA nestória, luta e fundação. ta grande entiNascida em 10 de outubro dade dos dias
de 1956, a UMESPA é de hoje.
Em todas
uma das mais representativas e bem estruturadas as lutas em deentidades estudantis do fesa da Pátria,
país, com seu nome gra- da Educação e
vado na história do movi- de um país memento do Rio Grande do lhor, os estudantes de PorSul e do Brasil.
to Alegre se fizeram prePelos organismos da sentes através de sua enentidade já passaram no- tidade. Ao lado da UBES
mes ilustres, como o dos e da UGES, a UMESPA
vereadores Wilton Araú- levou milhares de carapin-
tadas às ruas durante o usuários em Porto Alegre.
impeachment, quando A UMESPA foi, também,
mais de cem mil estudan- a primeira entidade estutes escreveram uma das dantil brasileira a reconmais belas e quistar o direito de confecgloriosas pági- cionar a carteira, em 1982.
nas da história
Recentemente, os esdo movimento tudantes gaúchos conseestudantil gaú- guiram outra grande vitócho.
ria. Pela primeira vez na
Com base história, um estudante, o
nessa repre- ex-presidente da UMESsentatividade, PA, Carlos Lenuzza, está
a UMESPA presta, hoje, ocupando uma vaga junassistência direta a mais to ao Conselho Estadual
de 80 grêmios estudantis, de Educação.
além de confeccionar a
Porto Alegre está de
carteira da passagem es- parabéns. O Brasil está
colar para mais de 80 mil de parabéns. Por contar
com entidades patrióticas, combatentes e ativas
UMESPA Cantarena: cantando e encantando Porto Alegre
como a UMESPA, que ao
Do alto dos seus 85 Medina, segunda atração isolaram a bancada petista
longo
desses 40 anos, vem
anos, o compositor Ru- do ano, acompanhado de e o único vereador do PSDB
lutando
e honrando a
bens Santos, parceiro de integrantes da bateria da que tentaram tirar o histómemória
de Tiradentes,
Lupicínio Rodrigues, Escola Imperadores do rico prédio dos carapintaZumbi,
Duque
de Caxias,
abriu com sua voz poten- Samba, bicampeã do das.
Getúlio,
Euzébio
Rocha e
te e cristalina o projeto Carnaval de Porto AleO projeto Umespa
outros tantos patriotas na
Cantarena 1996 do Cen- gre, provou, definitiva- Cantarena começou no
tro Popular de Cultura mente, que o prédio do ano passado, com a remodefesa da soberania brada Umespa (União Me- Cantarena é um dos mais delação do 2o andar do
sileira, da Educação e de
tropolitana dos Estudan- sólidos da capital gaú- prédio da UGES, transfornossa brava Nação.
tes Secundaristas de cha, senão viria abaixo mado em teatro, hall de
André Wilson Costa
Porto Alegre). Acompa- com tamanha vibração. espera e bar. O Espaço
Presidente da UMESPA
nhado pelo violinista Ita- O espetáculo também co- Cultural Monteiro Lobamar, apresentou canções memorou a vitória dos to, como ___,
próprias, de Lupicínio, e estudantes na Câmara foi batiza- jjrj'
deu uma verdadeira Municipal, que derrubou do,
foi
aula de história da MPB. o veto do prefeito Tarso inaugura- F-^
Com "Que país é esse?", Genro ao projeto que do com a
composição presente no devolve, legalmente, o apresentaCD "Mistério", deixou prédio da UGES aos seus ção
de
claro a confiança que de- legítimos donos. Dezoito Neto Faposita na força do povo. votos do PMDB, PDT, gundes e
O músico Luis Carlos PTB, PPB, PFL e PPS, Banda.
Kü
Revista da UBES n5 2
UBES Geral
Alex, presidente
da Associação
Baiana dos
Estudantes
Secundaristas
(ABES), com a
presidente
da UBES,
Gislaine
e o secretário geral,
Rafael Bastos
durante reunião
de diretoria
Carteírínha na Bahia também
dá desconto em shoppíngs,
lanchonetes e convênios médicos
Além do direito à
meia-passagem
nos transportes
coletivos da capital e da
meia-entrada em cinemas,
shows e teatros, os estudantes baianos conquistaram este ano, através da
carteira estudantil, uma
série de benefícios que vão
desde descontos em shoppings, lojas, restaurantes,
lanchonetes e óticas até
descontos em convênios
médicos.
Mais de 44 mil estudantes de 1.031 escolas de
Salvador, que receberam
no início deste mês a carteirinha da ABES (Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas), já estão
sendo beneficiados com a
conquista.
Para que a carteira se
torne acessível aos mais de
Convênio facilita acesso à carteira
Além dos estudantes de 19e29 graus das
redes pública e privada de Salvador, os alunos
de supletivos e cursinhos pré-vestibular
também têm direito à carteira estudantil. Para
facilitar o cadastramento dos mais de 1 milhão
de estudantes da capital baiana, a ABES firmou
um convênio com as casas lotéricas de
Salvador para que os alunos possam preencher
o guia de cadastramento no próprio bairro. O
preço da inscrição é R$ 5,00.
1 milhão de estudantes da
rede pública e privada da
capital, a ABES está lançando a campanha "Sua
Moral Aumentou", que
será veiculada nos rádios
e na TV, mostrando a importância e as vantagens
da carteirinha.
"O número de estudantes que procuram a
carteira está superando as
expectativas", afirma Ivan
Alex Lima, presidente da
ABES. Segundo Ivan, este
ano a confecção da carteira está totalmente informatizada, o que garante
que ela chegue às mãos dos
estudantes 35 dias após a
requisição. Outra novidade é que as carteiras estão
sendo impressas com códigos de barras, que garante
aos estudantes maior rapidez e segurança.
Para que a
carteira se
torne acessível
aos mais de 1
milhão de
estudantes da
rede pública e
privada da
capital, a ABES
está lançando a
campanha
"Sua Moral
Aumentou",
que será
veiculada nos
rádios e na TV,
mostrando a
importância e
as vantagens
da carteirinha.
Revista da UBES nQ 2
UBES Geral
Diretoria da UBES se
reúne em São Paulo.
No destaque, o
presidente da UMES
de Várzea Grande,
Julcinei Minusculi,
junto com Carlos
Faustino, presidente
da ACES de Cuiabá
Secundarístas reconstroem
a ACES de Cuiabá
AACES renasceu
para colocarmos o movimento estudantil cuiabano na linha de
frente de combate à
essa política que está
arrasando o país, destruindo a educação pública e as universidades", afirmou Carlos
Faustino, eleito presi-
dente da Associação Cuiabana dos Estudantes Secundarístas (ACES).
Num encontro vibrante,
os secundarístas de Cuiabá
realizaram o Congresso de
reconstrução da entidade no
dia 16 de março, reunindo
dezenas de grêmios e lideranças estudantis na Assembléia Legislativa do Estado do Mato Grosso.
Segundo Carlinhos, " os
estudantes cuiabanos vão
estar em todas as mobilizações ao lado da UBES, na
luta por uma educação e um
país melhor. Estaremos mobilizados para dar um basta nesse governo que dá bilhões aos bancos e não dá a
mínima para a triste situação do ensino no país. Dia
15 tomaremos as ruas".
Várzea Grande prepara mobilizarão do dia 15
Ao lado da ACES,
os estudantes secundarístas do principal pólo
industrial do Estado do
Mato Grosso, a cidade
de Várzea Grande,
também estão se mobilizando para a paralisação nacional do dia 15.
"Estamos unindo forças
para organizar a mais expressiva manifestação estudantil já realizada no Estado", garante o presidente da
União Municipal dos Estudantes Secundarístas de
Várzea Grande, Julcinei
Minusculi.
Revista da UBES ne 2
"Além de uma grande
campanha de fortalecimento e formação de novos grêmios, vamos jogar tudo na
manifestação do dia 15, contra o governo Fernando
Henrique e sua política que
destrói a educação e a economia nacional", afirma.
UMESA de Matáo
promove semana
de debates
A UMESA de Matão vai
promover debates na cidade
sobre drogas, aids, economia
nacional e movimento estudantil. Segundo o presidente da UMESA, Fabiano Lucas, o objetivo é estimular a
participação dos estudantes
secundarístas na discussão
de assuntos em debate no
país, além de conscientizar
sobre a importância da prevenção à Aids e do combate
às drogas. A UMESA está se
empenhando na formação
de novos grêmios e no trabalho cultural realiza um
show mensal de MPB, reativou o cinema de Matão que
está exibindo filmes nacionais e apresentando alguns
dos trabalhos produzidos
pelo CPC da UMES-SP,
como os vídeos "Pega Ladrão" e o "Querem Bater
Minha Carteira".
UBES Geral
UMESA toma as ruas de
Araraquara pela CPI
"1,2,3,4,5 mil ou
instala a CPI ou paramos o Brasil", bradava o coro de 5 mil estudantes que tomaram as ruas de Araraquara no dia 17 de
abril, para exigir mais
verbas para a Educação, o fim do assalto
ao patrimônio público
e a instalação da CPI
dos bancos.
"Araraquara está
respondendo ao chamado da UBES para
colocar a galera nas
ruas do Brasil inteiro
contra essa política de
deseducação, recessão
e roubalheira", afirmou Jorge Moura,
UBEde
Blumenau a
mil por hora
i Campanhas de fundai ção e reconstrução de
i grêmios, o jornal "O
Estudante" e o programa de rádio "Freqüência Estudantil", estão
entre as inúmeras atividades desenvolvidas
pela União Blumenauense de Estudantes
(UBE), de Santa Catarina.
A entidade vem participando ativamente
de todas as manifestações e lutas da
UBES a nível nacional
e até internacional,
como é o caso do curso promovido pela
OCLAE, em Cuba, do
qual participaram o
presidente da entidade,
Adriano Augusto, e a
secretária de imprensa,
Michele Roncallo.
A UBE também está a
pleno vapor na campanha pela aprovação da
Lei da Meia-Entrada
em Blumenau.
Carapintadas ocupam o centro de Araraquara
presidente da União Municipal dos Estudantes de
Araraquara (UMESA).
Ao final da passeata
que atravessou o centro da
cidade, os estudantes concentrados no Largo Santa
Cruz, aprovaram por aclamação se somarem à greve geral marcada para o
próximo dia 8, e de mãos
dadas, cantaram: "Dia 8,
greve geral, FH vai se dar
mal!".
CEMFM nasce botando pra quebrar
O Conselho dos Estudantes
do Município de Francisco Morato (CEMFM) é a nova entidade que nasceu para se somar à
luta dos estudantes brasileiros.
Fundada no último dia 6 de
abril, o CEMFM promete botar
pra quebrar na luta por uma
educação e um país melhor.
"Nossa entidade é um
grande passo para a organização dos estudantes de nossa
cidade. Vamos batalhar para
ajudar a todos que necessitam", afirmou o presidente
eleito, Cláudio Regis.
"Vamos lutar com garra e
perseverança para melhorar o
nível de ensino", garante o diretor social do CEMFM, Flávio
Leite. Para ele, a organização
dos estudantes é fundamental
para o país. "Do jeito que a coisa anda, logo ficaremos sem
educação. Temos que sair às
ruas e brigar honestamente por
nossos direitos", diz.
O congresso de fundação
reuniu lideranças de todo o
município e contou com o
apoio do ex-prefeito, Waldeson
Claudino da Silva.
AdrÍano e
MichelTem C^
Revista da UBES ns 2
UBES Geral
UBES lança
campanha de
prevenção à AIDS
em Pernambuco
CEA e UMES-RB sacodem a
galera na capital do Acre
O mais irreverente bloco do carnaval
acreano saiu no dia
17 de fevereiro: o
"Detonar", da Casa
do Estudante Acreano (CEA) e da União
Municipal dos Estudantes Secundaristas
de
Rio
Branco
(UMES-RB), provando que o carnaval
toma conta da alma e
do coração da galera
de norte a sul do país.
A presidenta da
CEA, Sirlândia Soares, faz questão de frisar que este "é o primeiro de uma série de
blocos estudantis que
sairão todos os anos
em Rio Branco, pois
alegria e garra os estudantes têm de sobra".
Além das caras
pintadas, muito confete e serpentina, quem desfilou teve direito
a uma camiseta
do bloco "Detonar". O samba, que começou à tarde em
frente à sede
da entidade, só
parou no final
da noite.
Revista da UBES ns 2
Nem só o frevo e o alto
astral marcaram o carnaval pernambucano deste
ano. Em meio à folia, os
estudantes secundaristas
e a UBES lançaram a campanha
"Endurecer
Sempre, Sem Camisinha
Jamais", uma forma criativa de conscientizar a
juventude sobre a importância da prevenção à
Aids, que vem crescendo
assustadoramente entre
os jovens.
Mas a festa do carnaval teve seu ponto alto
com a saída do bloco da
UBES da frente do Ginásio Pernambucano, quando centenas de foliões carapintadas encheram as
ruas de Recife com muito
bom humor e alegria.
A UBES está lançando agora, em Recife, a segunda etapa do projeto
de prevenção à doenças
sexualmente transmissíveis. O trabalho voltado
para a conscientização
dos estudantes, vai desde a distribuição gratuita de preservativos, panfletagem nas escolas, criação de grupos anti-Aids
até a montagem de um
grupo teatral, que terá
como tema o título da
campanha. Para os estudantes que fazem teatro
ou estão interessados em
participar da peça, o telefone é (081) 227.6850.
Estética
Barbaria
SéRGIO RUBENS DE ABAúJO TORRES
A partir de agora, a Revista da UBES publicará em todas as edições os cardernos do CPC.
Leia, destaque e colecione.
A Estética da Barbárie
O que há de comum
entre Rambo,
Charles Bronson
em Desejo de Matar (1,
2, 3, 4, etc), a troupe de
Nicholas Marshal, que
fez seu proselitismo no
horário nobre global,
Michael Jackson e Madonna?
Muita coisa. A mais
de fundo é que são representantes típicos da estética da barbárie, o modelo estético predominante
na chamada "indústria
cultural" do império. Um
modelo produzido sob
medida - e, no caso, não
interessa se os artistas
que o criaram e reproduzem têm ou não consciência disso - para servir
aos interesses de um império apodrecido, agonizante e genocida.
Não é por mero acaso
que o Super-Homem, herói que em 50 anos de atribulada carreira jamais
empregou seus fantásticos poderes para tirar a
vida de um dos seus desafetos sequer, tenha sido retirado de circulação de
modo brutal. Morto e sepultado pelos detentores
de seu direito de publicação, sem choro nem vela.
Exatamente pelas mesmas razões que condenaram ao ostracismo, um a
um, os mocinhos do velho
Oeste.
Esta mesma inadequação
entre os velhos "heróis éticos"
e a necessidade do império de
obter adesões ou de no mínimo entorpecer razões e sentimentos para os atos de pirataria e selvageria explícita que
desde Hiroshima passaria a
empregar em escala crescente produziu também a revisão
do Batman, hoje atuando à
margem da lei e comprazendose em promover o espancamento de vilões, com requintes de perversidade.
Outro que não teve melhor sorte foi o Capitão América, cujo arsenal se resume a
um escudo. Mergulhou na
mais completa crise de identidade, só superável pela morte, aposentadoria compulsória, ou a troca do escudo por
lançadores de mísseis e bombas "inteligentes".
Símbolo dessas transformações é a vertiginosa ascenção do Justiceiro. Um psicopata sem rebuços que ganhou
revista própria, para fazer
frente à metamorfose do Batman.
Essas alterações tem todas um mesmo sentido: extirpar dos "personagens positivos" qualquer vestígio de Humanidade. A missão reservada ao herói não é mais a de
contrapor-se aos deuses ou ao
destino, revelando nesse choque tanto a grandeza quanto
a vulnerabilidade da condição
humana. Tampouco é a de defender
o
mundo contra o mal, afirmando na luta contra ele os valores do bem. Agora trata-se de
infligir ao "mal" uma dor maior do que a que ele foi capaz
de provocar. O espectador das
peripécias entre heróis e vilões
deve ser levado a identificarse não com o espírito de justiça, a solidariedade, a coragem,
o amor e o compromisso dos
primeiros com o avanço da Humanidade, mas com a mórbida e pervertida compulsão,
que apossou-se deles, de chacinar os segundos.
O núcleo da estética da
barbárie é o culto da revanche como pretexto para o
massacre. Nada a ver com
aquela revanche ingênua e
cândida, baseada no cruel
preceito bíblico pré-cristão do
"olho por olho, dente por dente". Pois este, apesar de representativo de um padrão de civilização rudimentar, não está
isento de um certo sentimento de justiça e equidade. Para
as necessidades do império, a
revanche deve assumir necessariamente a forma do massacre, da chacina. Não se trata, pois, de simples manifestação de atraso, mas de claro
sintoma de degeneração e
apodrecimento.
O ex-boina-verde Johny
Rambo (Stallone), na primeira
de suas aparições na tela, vinga-se das agressões e humilhações sofridas nas mãos de um
xerife inescrupuloso (Brian
Dennehy), liquidando não
menos que uma centena de policiais ou membros da guarda
nacional - a tiro, a faca e com as
próprias mãos. De quebra, faz
voar pelos ares um quarteirão
inteiro da cidadezinha que não
lhe dispensou acolhida hospitaleira.
"Não estou aqui para livrar Rambo de vocês, mas
para livrar vocês de Rambo", diz o Coronel Trautman aos supostos perseguidores de seu ex-pupilo. A
preocupação da "Máquina
de Matar" em abrir caminho para a fuga é praticamente nula, no máximo protocolar, como faz questão de
esclarecer seu ex-comandante. O que realmente importa, o que, de fato, interessa é o estrago que Rambo provoca, a título de vingança, nos que lhe causaram mal. É sobre isso o filme. Aliás, não só o primeiro
da série, mas todos os demais. Não há diferença
substancial que a fúria de
Rambo esteja direcionada
contra o xerife implicante
ou contra vietnamitas, soviéticos, árabes ou brasileiros.
Assim como também não
muda muito o fato de que a
"vítima" da "injustiça" que
acionará a contagem regressiva para a entrada em cena
da "Máquina de Matar" seja
ele próprio ou de alguns de
seus "amigos". A estrutura
dramática é idêntica. O objetivo persegui-
•-^
•v
m
r
A Estética da Barbárie
do é o mesmo. Induzir o espectador a identificar-se
com o massacre e a chacina
como formas necessárias da
revanche.
O bombardeio criminoso
e genocida, promovido pelo
império, contra alvos civis,
hospitais, fábricas de leite em
pó, mulheres e crianças, seja
no Iraque, na Somália, Panamá, Harlen, Los Angeles ou
qualquer outro ponto do planeta, encontra aqui a justificativa desde que se consiga
mostrar que não tenha sido
"Rambo" quem começou a
briga - e para isso existe o
monopólio da mídia - não há
nenhum "acordo de Genebra", nenhuma barreira ética,
que deva limitar a intensidade e a extensão do "troco".
Pelo contrário, este deve ser
avassalador, e sobretudo perverso, para que fique como
exemplo a todo aquele que ousar desafiar o império. A repulsa, a indignação que a chacina
provoca em qualquer pessoa
normal, comum, deve ceder lugar à complacência - no limite, ao sadismo. Isso requer cidadãos emocionalmente mutilados, embrutecidos, alienados, anestesiados por overdoses desses "produtos culturais". É interessante observar
que essa apologia do massacre
via de regra não é sustentada
por argumentos racionais, o
que reserva à estética da barbárie um papel mais importante
aos propósitos de manutenção
/>
da agonizante ordem imperial
do que pode parecer à primeira
vista.
O mecanismo de identificação do espectador com os
Rambos que ocupam diutumamente as telonas e telinhas é
elementar, mas nem por isso
desprovido de eficácia. No começo da história nossos "heróis" ou seus protegidos, com
licença da expressão, entram
na porrada. São maltratados,
humilhados, espezinhados.
Charles Bronson, que acabou
engolido por seu personagem
em Desejo de Matar, um ex-pacato arquiteto que se tornou
apóstolo da filosofia do linchamento, tem a mulher assassinada e a filha covardemente estuprada pelos malfeitores. No
quarto filme da série, para criar um clima propício à sofisticação bélica, ao pleno emprego
de um arsenal que chega a incluir uma metralhadora ponto
50 que produzirá o aumento
das habituais quinze ou vinte
"execuções" para cerca de cento e cinqüenta, vários amigos
de Bronson passam a metade
do filme sofrendo as mais seletas iniquidades nas mãos de
uma gang de punks que atormenta o bairro.
O espectador que se sente esmagado pela arrogância
do patrão, a grossura do chefe, o baixo salário, a falta de
segurança, a incompreensão
dos vizinhos, não tem dificuldade de sintonizar-se com
aqueles que ele percebe estarem sendo, como ele próprio
injustamente oprimidos e sufocados. É aí que mora o
perigo...Fisgado pelo "martírio" do "herói", identificado
com o que no primeiro momento aparenta ser uma louvável ação para restabelecer
a justiça e a liberdade, o espectador, cujo espírito crítico
é intencionalmente confundido por toda a sorte de recursos cênicos, o seguirá na frenética viagem pela senda de
uma vingança, que não se detém diante de qualquer limite legal ou ético, até atingir a
plenitude do banho de sangue
"purificador". Nela, cada ato
de "herói", cada uma de suas
dezenas de ações de extermínio vai sendo crescentemente estetizada como um meio
de obtenção de prazer da dor
infligida ao "inimigo".
Nicholas Marshal é um
juiz que nunca consegue prender nenhum criminoso, porque a lei, segundo os cânones
da estética da barbárie, existe
"para dar proteção aos bandidos". Por certo que não aos peixes gordos: banqueiros, magnatas, proprietários de corporações e monopólios que amealham sua fortunas as custas
do saque, da ruína, da miséria, fome e morte de milhões
de seres humanos, provocando a degradação social que
abre caminho à proliferação
dos bandidos pés-de-chinelo,
amadores, free-lancers do crime, cuja impunidade tira o
sono do intimorato magistrado. Então, quando pendura
«■«?«»
sua toga no cabide, o jovem e branco Nick vira
líder de um esquadrão de
"justiceiros" composto
por uma mulher, um velho
e um negro, para que todos os segmentos da sociedade se vejam ali representados. Cada episódio
da série é uma aula de
como barbarizar pequenos canalhas através de
meios torpes como a tortura, o embuste e a fraude. Que esses bois de piranha possam servir para
desviar os olhos do público dos responsáveis pelo
estado atual de calamidade, são os mais sinceros
votos dos patrocinadores.
Nove entre dez thrillers, o gênero mais produzido hoje nos EUA, dedicam-se a estetizar essa
pungente tese de que o
braço vingador do sistema tem de passar por
cima da lei, para atingir
os "bandidos" e chacinálos, antes que o caos reine absoluto. É evidente
que qualquer relação que
isso possa ter com as necessidades reais do império de violentar as leis,
para fazer prevalecer os
interesses de meia dúzia
de parasitas sobre o de
milhões, resultado de
uma concentração de capitais cada vez mais pervertida e alucinada, não
passa da mais absoluta
coincidência.
A Estética da Barbárie
^^^sses mitos são re
fl^F produzidos àexaus
^/J tão. Com ligeiras
modificações, são martelados, bombardeados
maciça e incessantemente sobre o distinto público, sem qualquer misericórdia. Por isso, quando
pesquisas de opinião realizadas pelos monopólios
de imprensa afirmam,
como se fosse a coisa
mais natural do mundo,
que metade da população
americana se dizfavorável a uma intervenção da
CIA para "assassinar Saddam Hussein", o que é
verdadeiramente espantoso não é o grau de paranóia e demência que
campeiam por aquelas
plagas, mas o nível de
sanidade que, apesar de
tudo, metade da população consegue manter.
Estética é comunicação pelos sentimentos,
ela não se dirige diretamente à razão, como um
conceito ou um argumento. Ela lida com o
imaginário, com símbolos, desejos. Porém, mesmo quando se proclama
"apolítica", o seu sentido sempre será o de produzir uma vivência emocional no espectador,
que interfira em sua
percepção da realidade,
que o torne propenso a
adotar ou rejeitar determinadas atitudes
e idéias. A estética do império é a da barbárie porque a
barbárie é a condição de
existência do império, no estágio de degeneração em que
mergulhou. Seu núcleo é a
apologia da revanche, da
chacina, da lei do cão, porque são esses os valores que
mais favorecem e melhor se
ajustam aos interesses das
150 famílias que monopolizaram em suas mãos as riquezas mundiais. Não é à toa que
o Super-Homem tenha sido
tirado de circulação. Sua Humanidade, e também a da galeria de vilões encabeçada
por Lex Luthor, estava se tornando altamente subversiva
para os padrões atuais do imperialismo. Conservadores
eles eram. Mas não "máquinas de matar", delirantes,
psicopatas, sádicas, como as
que ora vão sendo cínicas e
cuidadosamente glamourizadas.
Michael Jackson não é
Rambo, mas em compensação
não consegue nem ser homem
nem mulher, nem preto nem
branco, nem adulto nem criança. Essa aura de indefinição
é cem por cento intencional.
Foi esculpida a dolorosos golpes de bisturi, que ratalharam
a carne do ex-crioulo, para
transformá-lo nesse lamentável Frankenstein "pós-moderno". Madonna cultiva um tipo
de indefinição semelhante.
Pode ser loura ou
morena, lésbica ou
■
■ pi
ninfomaníaca, ou qualquer Coisa que o marketing dos escândalos burocraticamente programados considere oportuno
para a ocasião. Tanto a camaleoa ou Jackson, a rigor, não
são nada. Sua músicas também não dizem ao que vem.
São pretexto para efeitos especiais espetaculares, iluminação feérica, gelo seco, lantejoulas, lasers, computação gráfica, espuma multicolorida. A
diferença é que Jackson poderia ter sido cantor, se quisesse. E Madonna jamais se interessou em aprender a cantar,
nem a dançar. Atriz de terceira categoria, alcançou o estrelato, representando o papel de
cantora e dançarina, unicamente através de golpes de
marketing.
É essa indefinição, esse
não ser, que constitui a razão
de ser ambos, e do lugar que
ocupam na estética da barbárie, como envoltório do núcleo
constituído pelas "máquinas
de matar". A ausência de
qualquer traço definido nesse excipiente impede o conflito entre ele e o núcleo, o que
de outro modo certamente
ocorreria, visto que é praticamente impossível ser algo diferente das "máquinas" sem
contrapor-se a elas. Só mesmo as abobrinhas engalanadas têm o condão de conviverem sem problemas com as
engrenagens da morbidez genocida. E quanto mais
identificado
^ÊÊ&I
estiver o espectador com a indefinição, maior a possiblidade dele ser pego pelas sangrentas engrenagens.
Há uma considerável distância entre a imagem que o
império procura fazer de si próprio e a realidade. A compulsão para a chacina é fato. Mas
também é fato que a suposta
intrepidez, destreza e invencibilidade de Rambo não passa
de uma fantasia para compensar a desabalada carreira de tio
Sam no Vietnam; o pavor e a
recusa de lutar no chão, exibida no Iraque; as bordoadas que
está levando na Somália...A
verdade é que o material humano que constitui a base da
força bélica do império, dado o
seu baixo nível de convicção e
motivação, é o mais ordinário
possível. Fica pois um certo
tom de farsa nas peripécias das
indefectíveis "máquinas de
matar", o que não tem como
deixar de limitar sua eficácia
junto aos espectadores.
Tudo isso deve ser levado em conta por aqueles que
desejam combater o império
em todos os níveis, inclusive no plano estético, opondo à estética da barbárie
uma outra, diametralmente
oposta, baseada no amor, no
trabalho, na luta, no compromisso com o coletivo, na
percepção de que o imperialismo, a despeito dos males que ainda pode causar,
é, crescentemente, um tigre
podre de papel.
Debate
CNBB: ''Não é justo que se roube o
dinheiro dos pobres para injetar no
sistema financeiro"
Em mensagem quaresmal, a CNBB, presidida por D. Lucas Moreira
Neves, convoca "a todos os homens e mulheres de boa vontade a
realizarem uma verdadeira conversão, com atos contra a violência,
campanha por ampla reforma agrária, defesa instransigente dos direitos
trabalhistas adquiridos, luta por uma política econômica que garanta o
emprego e a dignidade dos brasileiros"
U
Grita a plenos pulmões, não te contenhas, levanta a tua
voz como uma trombeta e faze
ver ao meu povo a sua transgressão, à casa de Jaco o seu
pecado" (Isaías 58.1)
Nós os bispos da presidência e comissão episcopal de
pastoral da CNBB, reunidos
em Brasília, durante os dias 27
e 29 de fevereiro para nossa
reunião ordinária, convidamos
os católicos a viverem intensamente a Quaresma, em perspectiva pascal, como também
convidamos a todos os cidadãos e cidadãs a refletirem conosco sobre a urgente necessidade de justiça e paz para a
Nação brasileira.
Retomamos a mensagem
do papa na abertura da Campanha da Fraternidade. "Vivei
como irmãos e irmãs, deixando-vos conduzir pelo Espírito
de Deus, rompendo com as cadeias do pecado e do egoísmo.
Peço ao Todo Poderoso que
esta campanha sirva como forte apelo a uma mudança pessoal e profunda de todos os cidadãos, a fim de cada qual,
vencendo o isolamento e o individualismo, saiba ser solidário com os demais: assuma o
compromisso de empenhar-se
em espírito de autêntico serviço à comunidade, na cons-
trução de uma sociedade justa
e fraterna, segundo seus dons
e suas responsabilidades"
(mensagem do papa para a
abertura da CF/96, 21/2/96).
A Campanha da Fraternidade é um grande instrumento para desenvolver o espírito
quaresmal de conversão, renovação interior e gestos concretos como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em
preparação à Pásqua: romper
os grilhões da iniqüidade, libertar os oprimidos, repartir o pão
com o faminto, abrigar os semteto, vestir quem está nu
(ef.ls.58). O grande desafio que
lançamos é de uma real articulação entre fraternidade e a política, visando a profundas mudanças de maneira a conduzir
nosso país, a começar por maior democracia e transparência
no processo eleitoral que se
aproxima.
Lembramos com muita
dor os inúmeros fatos de violência que aconteceram no carnaval passado, e mais do que
isso, assassinatos sem conta e
sem motivo e as chacinas diárias. A crescente desvalorização da vida humana nos deixa
perplexos. Como ficar calados?
Não dá para aceitar a violência
como um processo natural,
como uma epidemia incontrolável, mais forte que nós!
Sabemos que a falta de
ética e da solidariedade acelera a descrença na vida e aumenta a espiral da violência.
Precisamos de polícia mais democrática e dotada de mais
recursos, de aplicação mas eficaz das leis, que dêem um basta à impunidade, e de uma
ação judicial mais rápida, eficiente e justa.
Vemos o crescente desemprego como prova de que a política de globalização da economia tem falhas estruturais, é
uma política que dia a dia vem
excluindo uma massa considerável de cidadãos e cidadãs do
processo produtivo e distributivo, carregando ainda mais as
armas da violência. Não é justo que se roube o pouco dinheiro dos pobres aposentados, dos
pequenos produtores e dos trabalhadores em geral para injetar no sistema financeiro,
salvando quem economicamente já está salvo ou já acumulou injentes riquezas através da fraude e do roubo. Basta de sacrifícios de vidas para
salvar planos econômicos.
Preocupa-nos a falta de
uma política séria para a reforma agrária e que a questão
da terra esteja sendo tratada
como caso de polícia. Nesse
sentido, exigimos a aceleração
dos esforços para uma solução
justa dos conflitos agrários e a
libertação imediata dos líderes
do Movimento dos Sem-Terra.
Tememos que esta situação vivida no país aumente a
crise de confiança nas instituições constatada pelo papa João
Paulo II. Repetimos com ele:
"É preciso reagir, baseando-se
nos valores da honestidade, da
retidão e da dedicação generosa
ao
bem-estar
da
comunidade"(CF/96).
É neste espírito que convidamos a todos os homens e
mulheres de boa vontade a
realizarem uma verdadeira
conversão. Conversão que se
inicia numa nova consciência
do compromisso pessoal e intransferível com a fraternidade a solidariedade em que
se expressa, visivelmente,
nos compromissos que assumimos na sociedade: atos
contra a violência, campanha
pela demarcação das terras
indígenas e por ampla reforma agrária, defesa intransigente dos direitos trabalhistas adquiridos, luta por uma
política econômica que garanta o emprego e a dignidade dos brasileiros.
A nossa vivência quaresmal acelera o dia em que "Justiça e Paz se abraçarão", antecipando as alegrias da Páscoa
da Ressurreição!
Revista da UBES ns 2
Educação
Mato Grosso:
Estimulando a autonomia
e a participação da
sociedade nas escolas
"É necessário
unificar o sistema
e, ao mesmo
tempo,
descentralizá-lo ",
afirma o
presidente do
Instituto Paulo
Freire, professor
Moacir Gadotti.
Para ele, "esse
projeto demonstra
a vontade política
de resgatar o
papel da escola
pública, que deve
ter como questão
principal formar
alunos para a
cidadania e o
desenvolvimento "
^a
Formar uma base legal
e institucional co
mum entre Estado e
municípios; eliminar as redes municipais e estadual de
ensino, unificando-as e
transformando-as em uma
única rede pública; respeitar a diversidade de cada
contexto. Essas são os pontos básicos do SUDEB (Sistema Único e Descentralizado de Educação Básica), que
a Secretaria de Educação do
Estado do Mato Grosso pretende implantar em toda a
rede pública de ensino a partir do próximo ano.
Pautado na colaboração
e na gestão democrática, o
projeto, que conta com a
consultoria do Instituto
Paulo Freire, vem sendo
amplamente debatido por
professores, sociedade civil,
técnicos do governo do Estado e representantes dos
municípios do Mato Grosso.
"É necessário unificar o
sistema e, ao mesmo tempo,
descentralizá-lo", afirma o
presidente do Instituto Paulo Freire, professor Moacir
Gadotti. Para ele, "esse pro-
Revista da UBES ne 2
jeto demonstra a vontade
política de resgatar o papel
da escola pública, que deve
ter como questão principal
formar alunos para a cidadania e o desenvolvimento",
diz Gadotti.
O presidente do Instituto explica que o SUDEB tem
como propostas garantir
uma melhor qualidade de
ensino, estimular a autonomia político-pedagógica das
escolas e investir na formação e valorização dos professores. "O Sistema implica
numa política de modernização da rede, com informatização e processamento de dados. Numa política de qualificação, dentro
de um plano de educação
com cursos e aperfeiçoamento de professores e
numa reestruturação administrativa", diz.
Essas mudanças também passam pelo maior envolvimento da sociedade
nas decisões dentro da escola, que vão desde a administração de recursos até a
elaboração de um currículo diversificado de acordo
com a necessidade de cada
região, que se somará ao
currículo básico comum
para todo o Estado.
Outra novidade é que,
para gerenciar os recursos
desta nova forma de administração, será criado o FUMDEP (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento das
Escolas Públicas), que reunirá o Orçamento destinado à educação dos Estados
e municípios e será gerido
por um Conselho que contará com a presença do Secretário Estadual de Educação, 10 representantes da
sociedade civil e 10 membros indicados pelo Estado.
"A Educação é dever
do Estado, mas responsabilidade da sociedade, ou
seja, a sociedade tem que
cobrar, tem que exigir o
que é seu. E o SUDEB é
uma alternativa concreta.
Mostra que há, por parte
do governo, uma vontade
de melhorar, de trabalhar
junto com os municípios,
junto com a sociedade. Então, caberá a todos, participar", afirma Gadotti.
Educação
Rio Grande do Sul
relanfa Programa
de Crédito Educativo
Programa beneficiará de 5 a 7 mil estudantes carentes
de todo o estado. Entre os cursos considerados
prioritários estão pedagogia, matemática, física,
química, biologia, história, português, engenharia,
agronomia, veterinária, informática e enfermagem.
No último dia 18 de
abril, o governador
Antônio Brito relançou o Programa Estadual de
Crédito Educativo (Prodec),
que beneficiará de 5 a 7 mil
estudantes carentes. O programa, já existente no Rio
Grande do Sul, tem como finalidade conceder Bolsa Rotativa de Estudo, visando
custeio de matrículas e
mensalidades escolares
para alunos de graduação
com insuficiência de recursos próprios ou familiares.
A estimativa é que neste
ano sejam destinados R$ 15
milhões para estudantes
das 32 Instituições de Ensino Superior Comunitário
(IESC) credenciadas.
As inscrições estão abertas e o candidato deve estar
devidamente matriculado
em uma instituição comunitária, ser carente de recursos econômicos-financeiros
próprios ou familiares.
Além disso, apresentar bom
desempenho acadêmico e
estar preferencialmente
matriculado em um curso
das áreas consideradas prioritárias para formação de
recursos humanos no Estado. Outra condição é que o
candidato não receba auxílio de qualquer outra fonte
para o custeio da sua mensalidade ou anuidade.
A partir de agora, o governo aplicará 0,5% da receita líquida de impostos
próprios na manutenção e
desenvolvimento do Ensino
Superior Comunitário do
Rio Grande do Sul. Entre os
cursos considerados prioritários estão pedagogia, licenciatura em matemática,
física, química, biologia, geografia, história, português,
línguas estrangeiras, educação artística, educação física, filosofia e ciências sociais. Além destes, cursos de
engenharia, agronomia, veterinária, zootecnia, informática e enfermagem.
Revista da UBES ns 2
Educação
Escolas da
capital paulista
terão ensino
de espanhol
Projeto da vereadora Lidia Corrêa garante acesso
da juventude paulistana à língua espanhola
Segundo a
vereadora Lidia, o
objetivo do estudo
do espanhol é a
integração e
aproximação dos
povos da América
Latina,
estimulando o
conhecimento da
cultura e da
formação social e
política do
continente
As escolas munici
pais de Io e 2°
graus da cidade
de São Paulo vão começar
a ministrar, à partir do próximo ano, o ensino da língua espanhola, graças ao
projeto de lei apresentado
pela lider da bancada do
PMDB na Câmara Municipal, vereadora Lidia Corrêa, aprovado em junho
passado e sancionado pelo
prefeito Paulo Maluf.
Segundo a vereadora
Lidia, o objetivo do estudo
do espanhol é a integração
e aproximação dos povos
da América Latina, estimulando o conhecimento
da cultura e da formação
social e política do conti-
Revista da UBES ns 2
nente: "O estudo de um
idioma é, reconhecidamente, um dos maiores
fatores de integração, sonho de todos nós, a mesma bandeira levantada
pelo libertador Simón Bolívar, que até a sua morte
lutou pela união dos países de nosso continente".
O estudo da língua espanhola será implantado
de forma gradativa em
todas as 370 escolas minicipais de São Paulo. Ao
todo, 500 mil estudantes
terão a oportunidade de
estudar a nova língua.
Em todo o país, o interesse pelo estudo do espanhol vem atingindo níveis
sem precedentes. Muitas
escolas que ofereciam
apenas o estudo do inglês
também oferecem hoje
em seus currículos o espanhol, pois é grande o número de universidades
que introduziram este idioma em seus vestibulares.
Para completar, Lidia
Corrêa lembra que seu
projeto está de acordo com
a Constituição Federal,
que estabelece em seu artigo quarto, parágrafo único que "a República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina,
visando a formação de
uma comunidade latinoamericana de Nações".
Educação
UBES e UMESB se reúnem com governador do DF
Diretores da UBES,
da UMESB de Bra
sília, da UMES de
São Paulo e de diversas
entidades estiveram reunidos no dia 11 de abril
com o governador do Distrito Federal Cristóvam
Buarque.
A UBES denunciou a
grave crise pela qual atravessa a educação pública
em função da política de
privilégio do sistema financeiro e debateu a necessidade da imediata instalação da CPI dos bancos.
"A união dos estudantes, governos e toda a soSecretario-geral Rafael Bastos e diretoria da UBES durante audiência
ciedade é fundamental
para apurarmos o maior bancos à custa da desDurante a audiência, com o CD Doce Canescândalo já ocorrido na truição do país", afir- o secretário-geral da to, de Waldir da Fonhistória do Brasil: a der- mou a diretora da UBES, Rafael Bastos,
seca, produzido pelo
rama de bilhões para os UBES, Jane Ferreira.
presenteou o governador CPC da UMES-SP
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Revista da UBES ns 2
Informe Publicitário
A propaganda enganosa de FHC
Reforma da Previdência: Você só pode ser
contra ou a favor depois de ler esta matéria
"Todo Brasileiro tem
direito à aposentadoria". A
primeira inverdade da
grande campanha de marketing do governo, que
está custando mais de R$ 3
milhões ao BNDES - dinheiro suficiente para pagar mais de 17 mil benefícios do regime INSS - é a
sua frase inicial.
Se o governo defende a
necessidade de 30 e 35 anos
de contribuição para conceder a aposentadoria, é óbvio que pretende conceder
este direito somente a 20%
da população brasileira.
A matemática é simples. Dos 160 milhões de
brasileiros, somente 65 milhões fazem parte da chamada População Economicamente Ativa (PEA). Mas,
destes, apenas 46% trabalham na chamada economia
formal, com registro em
carteira e possibilidade de
contribuição à previdência.
Logo, somente 30 milhões
de brasileiros poderão ter
direito à aposentadoria. Os
outros serão marginalizados do sistema.
"Mas nem todos tem direitos iguais". O texto publicitário compara servidores públicos - para os quais
"chuta" o número de 1,5
milhão - com os 15 milhões
de "aposentados" pelo
INSS.
A primeira incorreção: o
INSS não tem 15 milhões de
aposentados. Em janeiro.
Revista da UBES ns 2
segundo dados da Dataprev,
tinha 5, 3 milhões de aposentados urbanos e 3,9 milhões de aposentados rurais.
São, portanto, 9,2 milhões de aposentados. Os
demais 6,5 milhões são beneficiários dos 50 diferentes tipos de auxílios, abonos, pensões e rendas mensais mantidos pela previdência social.
Outra distorção: a comparação dos valores das aposentadorias. Se o aposentado urbano ganha em média
2,1 salário mínimos é porque nos últimos 36 meses de
trabalho - que servem de
base para o cálculo do benefício - contribuiu somente
com 8% a 10% sobre este
valor. E lógico que houve
também um achatamento,
fruto da política de reajuste
dos benefícios, que a cada
ano, ao manipular os índices de reposição, permite ao
governo reduzir a sua despesa com aposentadorias.
Por outro lado, sem fazer a defesa geral e irrestrita dos servidores públicos, onde há uma minoria
que constitui de fato uma
casta de privilegiados principalmente nos Poderes Legislativo, Judiciário e
nos governos estaduais e
municipais - o funcionalismo da União contribui com
até 12% sobre tudo o que
recebe, seja R$ 100 ou R$
5.000. E recebe a aposentadoria sobre o que pagou.
"Enquanto a imensa
maioria se aposenta após
contribuir durante 30 ou 35
anos, determinadas categorias se aposentam muito
mais cedo". Nisto o governo tem razão. Há parlamentares que se aposentam aos
oito anos de mandato. O
presidente FHC e até o próprio ministro Stephanes que se aposentou com apenas 23 anos de serviço, entre inúmeras e incontáveis
situações vexatórias. Mas,
esta situação é a exceção
que convalida a regra.
"Em alguns casos, uma
única pessoa pode ter várias
aposentadorias..." O governo
fala mal, mas matem em sua
proposta a possibilidade da
acumulação de diversas aposentadorias. Entre elas as dos
amigos do rei, de cargos em
comissão, de cargos eletivos,
etc... É só ver quem tem 3, 4
ou 5 aposentadorias. Não são
os trabalhadores, mas sim os
"amigos"'ou muito próximos
do poder ou dos Poderes.
"Na década de 50 existiam 8 trabalhadores contribuindo para cada pessoa aposentada Hoje existem 2,3..."
É elementar que um sistema de previdência, ergo marco inicial data de 1923, 27
anos depois de constituído,
em 1950, não poderia ainda
ter aposentado muita gente.
Somente iniciou o processo
de concessão acelerada de
novos benefícios ao fim desta geração, em 1960.
co/vr/M
WAmml
f
srfflv(/A/c/o.
''^SandadeF?
"ente sobre a
^ênefasocia,
A situação de hoje objeto do discurso parte de
uma premissa totalmente
errada. Se temos 45% do
PEA empregados, ou seja,
30 milhões na área urbana
e temos apenas 5,3 milhões
de aposentadorias urbanas,
a relação entre uma e outra é de 5,6 por um e não
2,3. Mesmo que se acrescentem as três milhões de
pensões da área urbana,
esta relação permanece em
3,5 por um. Em níveis aceitáveis mundialmente.
"Dentro de alguns anos,
a Previdência Social vai ficar sem recursos para garantir o pagamento das pensões e aposentadorias". Se
esta previsão fatídica e verdadeira, porque o governo
não tratou em sua proposta
de ampliar o espectro das receitas do sistema, de criar
mecanismos mais rigorosos
de combate à sonegação, de
estancar a eterna sangria
nos cofres previdenciários
com os desvios de recursos
das diversas contribuições
sociais (Cofins, Lucro, prognósticos), além de conceder
com muita freqüência anistias, isenções, etc...?
Internacional
Nas ruas de Pyongyang, povo rechaça manobras de
guerra na zona desmilitarizada. Em Seul (foto ao lado)
coreanos do sul formam uma corrente humana
exigindo a reunificação da Pátria
A paz só será
garantida com a
reunificação
A Pátria coreana está divida ao meio pelo Muro da
Vergonha, construído pelo
exército de ocupação ianque. O agressivo e brutal retrato da divisão imposta ao
povo coreano desde o final
da Segunda Guerra tem 246
quilômetros de comprimento. Neste ano, os títeres do
sul intensificaram os exercícios militares conjuntos
com os EUA, invadindo a
zona desmilitarizada com
canhões de grosso calibre,
tanques, armas nucleares, e
numeroso contingente militar. Chegaram ao descaramento de construir prédios
militares dentro da zona
desmilitarizada, como ocorreu no posto de Oryongue,
onde um destes prédios foi
erguido a 100 metros da linha de demarcação militar.
Coréia Popular repele
provocação da camarilha do sul
A camarilha de Kim
Yong Sam, instalada no sul da Península Coreana vem realizando uma série de
exercícios militares
conjuntos com os Estados Unidos de provocação à República Popular
e Democrática da Coréia (RPDC) na zona
desmilitarizada, dentro
da linha que divide a
Pátria coreana ao meio.
Além de gerar um clima
de instabilidade na região, os exercícios desrespeitam descaradamente o Acordo de Armistício, assinado em
1953 entre a Coréia socialista e os EUA.
Estas manobras, realizadas com armas pesadas e artefatos nucleares
- os EUA mantém na parte sul do país um gigantesco contingente militar,
armas pesadas e mais de
mil ogivas nucleares têm como objetivo frear
a inevitável reunificação
da Coréia, desejo inadiável de toda a população
da Península, e dar uma
sobrevida ao regime alojado no sul, sustentado
por monopólios de meia
dúzia de famílias, como
as Samsung, Daewoo, e
Hyundai, que estão em
situação falimentar.
Apesar de toda a parafernália de guerra
montada no sul da Península, o povo coreano, que
sob comando do Grande
Líder Kil II Sung já varreu o exército imperial
japonês e mais tarde impôs aos invasores norteamericanos humilhante
derrota na Guerra da Coréia, está firme junto com
o líder Kim Jong II diante de mais esta provocação. "Nosso povo e o
Exército Popular aniquilarão os agressores e erradicarão a origem da
guerra na Península Coreana", advertiu o Marechal Kim Guang Jin, primeiro vice-ministro das
Forças Armadas Populares da RPDC.
Revista da UBES nQ 2
s*
Internacional
Abaixo o criminoso bloqueio
contra a Na{ão iraquiana
O bloqueio contra o Iraque,
imposto pelos
EUA desde 1990 logo
após a agressão imperial contra o país árabe,
é mantido injustamente, pois o Iraque já cumpriu todas as resoluções
impostas pela ONU
para a sua suspensão.
A perpetuação do criminoso bloqueio se dá
pela pressão da indústria bélica norte-americana e de seus representantes no Congresso dos EUA.
Os mais penalizados
com o criminoso bloqueio
são as crianças e os idosos.
Logo após o cessar-fogo a
mortalidade infantil abaixo
dos cinco anos de idade triplicou. Só nos primeiros oito
meses de 1991, 50 mil crianças morreram.
Em janeiro de 1989, 98
crianças - abaixo de 5 anos morreram de diarréia. Neste ano no mesmo período,
1082 crianças morreram,
um aumento de 1004,1%. A
mortalidade infantil de crianças com pneumonia em
89 erà de 179 crianças, em
janeiro deste ano o índice
chegou a 2088 crianças. A
desnutrição teve um aumento drástico de 2012,5%.
Entre os idosos os índices
de mortalidade são espantosos. A hipertensão de 89 pra
cá teve um aumento de
396,1%. Em janeiro de 89, 247
idosos morreram de câncer, só
em janeiro deste ano 1275 idosos foram vítimas deste mal,
um aumento de 416,2%.
Durante a guerra do golfo os Estados Unidos e seus
"aliados" despejaram contra
o Iraque cerca de 40 toneladas de urânio esgotado - segundo a Agência de Energia
Nuclear da Inglaterra -, usado em projéteis de artilharia
para penetração e destruição
de tanques e carros blindados, causando o aumento de
tumores malignos, câncer
nas crianças e uma epidemia
fatal de inchaço do abdômen.
Iraque já cumpriu
todas as
resoluções da ONU
O prosseguimento
das sanções econômicas
injustas ao Iraque contradiz as mais simples normas internacionais de direitos humanos. Não há
qualquer justificativa para
a continuidade do bloqueio, pois o Iraque já
cumpriu com todas as resoluções impostas pelo
Conselho de Segurança
das Nações Unidas. Agora falta ao Conselho cumprir o artigo 22 da Resolução ne 687, que declara a imediata suspensão
das sanções uma vez
que o Iraque já atendeu
a todas as normas estabelecidas pela ONU.
Vários países, como
a França, já abriram escritórios de representação comercial em Bagdá, isolando os EUA em
sua política criminosa
contra o Iraque.
Em apoio ao presidente Saddam Hussein, iraquianos tomam as ruas de Bagdá contra o embargo
Revista da UBES ns 2
Internacional
j
<
.-■
antesca
manifestação
s ruas de
. avana,
brasileiros e
cubanos
rechaçaram o
bloqueio
ianque contra
Cuba
*
iü
UBES em Cuba reafirma
solidariedade antíimperialista
Diretores
da
UBES estive
ram em Havana, Cuba, entre os dias
11 e 15 de março, participando do Programa da
Escola de Dirigentes Estudantis Latino Americanos promovido pela
Organização Continental Latino Americana de
Estudantes (OCLAE).
Durante todo o encontro, lideranças estudantis da América Latina
participaram de diversos debates e palestras,
com a presença de ministros cubanos, como o
da Educação, Luís Gómez Gutiérrez; do Ensino Superior, Fernando
Vecino Alegret; da ministra Rosa Elena Negrín, da Ciência, Tecnologia e Meio-Ambiente e
representantes de organizações como a Unesco
e a Associação das Mães da
Praça de Maio.
"Enquanto os palestrantes cubanos demonstraram
os avanços da educação na
Ilha, nós denunciamos as
conseqüências que o neoliberalismo está causando nos
países do continente, como
o sucateamento das escolas
e universidades e aumento
vertiginoso do analfabetismo", disse Gislaine.
A delegação da UBES
foi a maior entre as estrangeiras. Junto com Gislaine
foram a Cuba a presidenta
da UMESB, Jane Ferreira;
Cirlândia Guimarães, presidenta da UMES de Rio
Branco; o presidente da
UBE de Blumenau, Adriano Augusto, acompanhado
da diretora de imprensa Michele; Nilson Soares, diretor da UGES, e os diretores
da UBES Tais Guimarães e
Adriano Mendes. Também
integrou a delegação brasileira Henrique Hettwer,
da UEE-SP
Os brasileiros participaram de uma gigantesca
manifestação contra a lei
Helms, que intensifica o bloqueio contra Cuba. Nesta
manifestação, foram saudados pelo chanceler cubano,
Roberto Robaina, e pelo presidente da Assembléia Nacional Popular, Ricardo
Alarcón.
"Fomos recebidos de
forma extraordinária peDiretoria da UBES com
los ministros, que foram
Min.
da Educação de Cuba
extremamente atenciosos e simpáticos. O povo
nos tratou da mesma forma carinhosa quando descobriam que éramos brasileiros. Brasileiros e cubanos são povos muito parecidos, na alegria, descontração, e a nossa delegação
contagiou a todos por onde
... e com o chanceler Robaina
passou", diz Gislaine.
Me
Revista da UBES n2 2
Internacional
Estudantes dão olé nos patetas da CIA e
do FBI em ato de solidariedade a Cuba
Deixaram o secretário de Estado dos EUA com cara de babaca
AUBES deixou de
cabelo em pé o se
cretário de Estado norte-americano,
Warren Christopher, e
desmoralizou todo seu
aparato de segurança
composto de agentes da
CIA e do FBI trazidos dos
EUA. No dia 2 de abril
passado em São Paulo, o
secretário gringo estava
no Hotel Transamérica
num almoço montado
para mais de 500 empre-
sários e diversas autoridades, quando Luciano
Cordeiro, diretor da
UBES e presidente da
UMES-SP, e Tatiana
Chaves, diretora da
UMES-SP, driblaram
todo o esquema de segurança que incluía cães farejadores, detectores de
metais e agentes da CIA
e do FBI, para defender
a soberania cubana e protestar contra o bloqueio
ianque imposto há mais
de 30 anos à Ilha.
Quando o secretário
de Estado dos EUA tentou iniciar seu discurso,
Luciano e Tatiana ergueram a bandeira cubana e gritaram: "Abaixo o imperialismo! Viva
a soberania dos povos!
Viva Cuba! Viva Fidel!".
Do lado de fora do hotel,
dezenas de estudantes
convocados pela UBES
se manifestavam em defesa de Cuba.
Famigerada lei Helms-Burton é uma afronta
à soberania de todos os povos
O projeto HelmsBurton, elaborado pelos
fascistas e representantes da ultra direita norte-americana no Congresso, prevê a intensificação do bloqueio econômico contra Cuba chegando ao extremo de pretender a internacionalização do bloqueio; a "devolução" de propriedades à margem do direito
internacional, incluindo
à pessoas que obtiveram
a nacionalidade norteamericana depois da criação da lei de nacionalização de Cuba e transmite aos termos legislativos
Revista da UBES n2 2
as condições para converter a Ilha em um protetorado dos Estados Unidos.
O projeto Helms-Burton viola a soberania de
outros países, pois determina penalidades às nações que comercializam
com Cuba, além de ser
uma afronta às leis internacionais de comércio.
Além disso, o projeto é
uma tentativa de dar uma
sobrevida ao bloqueio
ianque, isolado por todo
o mundo e inclusive dentro dos próprios EUA.
O idealizador do projeto, o republicano Jesse
Helms, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, é conhecido em todo os EUA por
seu caráter fascista e ultra-racista. Em toda sua
vida, que inclui 22 anos
como senador, foi um fervoroso opositor contra o
movimento pelos direitos
civis e a integração racial a ponto de descrever a
ata sobre os direitos civis
de 1964 como a legislação
"mais perigosa" até então apresentada no. Congresso dos EUA. Foi incondicional apoiador do
regime do apartheid na
África do Sul.
A visita de Warren
Christopher ao Brasil
ocorreu logo depois da
provocação norte-americana contra Cuba no
final de fevereiro,
quando dois aviões do
grupo terrorista "Irmãos para o Resgate",
instalado em Miami e
financiado pela direitona norte-americana,
invadiram a Ilha e, depois de advertidos diversas vezes, foram
abatidos pela defesa
cubana no dia 24 daquele mês. A provocação foi toda armada
para forçar a aprovação
da lei Helms-Burton no
Congresso dos EUA,
sancionada pelo presidente Bill Clinton no
dia 12 de março.
Internacional
Raul Castro parabeniza ato de
bravura dos jovens brasileiros
O comandante Raul comemorações
Castro Ruz, segun- dos 34 anos de
do secretário do fundação da orPartido Comunista de Cuba, ganização juverecebeu em Havana Márcio nil cubana.
Cabreira, tesoureiro da
AcompaUBES, Luciano Cordeiro,
nhados da pridiretor da UBES e presiden- meira secretáte da UMES-SP e Tatiana ria da UJC,
Chaves, diretora da UMES- Victória VelásSP, quando agradeceu a quez (Vic), a
UBES pelas manifestações delegação brade solidariedade a Cuba.
sileira partici"Para nós cubanos foi mui- pou de várias
to importante a ação feita atividades. Ao Tatiana, Raul Castro, Luciano, Vic, Mareio e Juan Almeida
por vocês no Brasil", agra- lado de autoridades cuba
Depois das condecoradeceu Raul ao ato da UBES nas, no salão de eventos do ções, foi oferecido um coquediante do secretário de Es- Conselho de Ministros,
tel de confraternização,
tado dos EUA, Warren Márcio, Luciano e Tatiana quando Raul Castro apreOs brasileiros tiveChristopher.
ram
um encontro
assistiram à entrega de sentou a delegação para as
A convite da União de condecorações e bandeiras autoridades presentes, entre
com a direção nacioJovens Comunistas (UJC),
nal da UJC, onde foi
de honra da UJC aos jovens elas Vilma Espín, presidenos dirigentes da UBES e da e aos coletivos mais desta- ta da Federação das Mulhereafirmada a solidariUMES desembarcaram em cados no ano de 95 em vá- res Cubanas; Juan Almeida,
edade entre os dois
Havana no dia 30 de março rias áreas, como ciência e comandante da revolução
povos. Em várias espassado para participar das tecnologia, educação, es- cubana; José Ramón Machacolas de Havana a
delegação brasileira
porte, cultura. Forças Ar- do Ventura, secretário de Orrealizou palestras e
madas, trabalho na produ- ganização do Birô Político do
debates
com os estução agrícola e industrial.
PCC e o chanceler Robaina.
dantes. Arregaçaram
as mangas e participaram do trabalho
voluntário na colheita de batata, numa atividade que a UJC realiza todos os anos
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reunindo seus atuais
UBES a mil
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Colheram ainda tomate, deta vez junto
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tecnologia.
Revista da UBES ns 2
Internacional
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Márcio, Tatiana, Randy e Luciano
na sede da Oclae, em Cuba
Presidente da
Oclae recebe
diretoria da UBES
Adelegação da UBES
se reuniu com o
presidente
da
OCLAE, Randy Alonso, na
sede da entidade em Havana, que está completando 30
anos de fundação. "É muito
agradável recebê-los na sede
da OCLAE, e quando nós
ficamos sabendo do convite
feito pela UJC a vocês fizemos questão de solicitar este
encontro. É muito importante para a OCLAE o trabalho que vem sendo desenvolvido por vocês, pois no
Brasil estão 80% dos estudantes
de
nosso
continente",afirmou Randy.
Em nome da UBES,
Luciano convidou o presidente da OCLAE a visitar
o Brasil, e ver de perto a
Revista da UBES ne 2
luta dos estudantes. "A nossa luta no Brasil, encabeçada pela UBES, vem avançando no sentido de por
abaixo o governo de traição
nacional de FHC. Gostaria
de aproveitar esta oportunidade para convidá-lo a visitar o nosso país".
Dentro do programa de
comemoração de seus 30
anos, a OCLAE está realizando neste momento um
Festival Esportivo em Havana, e em outubro será promovido um festival estudantil da canção latino-americana, em Santiago de Cuba No
ano passado, a OCLAE realizou seu 10° Congresso, em
Porto Rico, contando com a
presença de 40 organizações
de 24 país da AL e Caribe.
^
> ( }m%9 ca
írf".
?êP'j^yrM
irí
UMES integra campanha da FMJD de
arrecadarão de material escolar para Cuba
A UMES de São
Paulo recebeu em março passado a visita do
secretário-geral da Federação Mundial da Juventude
Democrática
(FMJD), o indiano
Pallab Sengupta, que
estava em visita a nosso
país a convite das organizações juvenis partidárias filiadas à FMJD.
Fundada em 1945, a
FMJD representa os jovens de 114 países que
têm como objetivo defender e preservar a paz
mundial e a amizade entre os povos.
_
"Dos compromissos que tive no Brasil,
esta reunião com a
UMES é uma das mais
importantes, pois representa toda a disposição de luta da juventude brasileira", declarou Pallab na reunião
com a diretoria da
UMES, onde ficou
acordado um programa
de cooperação que inclui uma campanha de
arrecadação de material escolar que será enviado para Cuba, dentro das ações de solidariedade à Ilha.
Seu trabalho gráfico em
boas mãos
WÊÊk
de Comunicação Lula
FONE:
(011)604-2553
> Editoração Eletrônica
• Diagramação
Composição • Fotolito
• Impressão
Mulher
Garra, grafa e sensibilidade no
Dia Internacional da Mulher
A força feminina
está cada vez mais
presente nas
escolas, nos
grêmios, na
direção das
entidades
estudantis, numa
demonstração
profunda de
energia e
disposição de
tomar nas mãos os
rumos da luta por
seu espaço, por
uma vida digna,
por um país
melhor
Basta correr os olhos do impeachment, nas Dipelas lutas do nos- retas, Já!, nas lutas em
so povo para perce- defesa da nossa soberaber que as carapintadas nia e pela conquista dos
são maioria absoluta em direitos consagrados na
todas as manifestações dos Constituição de 88.
últimos anos, e que a forSeja na política, nas
ça feminina está cada vez cadeiras universitárias,
mais presente nas escolas, na música, na cultura ou
nos grêmios, na direção nas artes, essa verdadeidas entidades estudantis, ra explosão de energia se
numa demonstração pro- revela e se funde na luta
funda de energia e dispo- por um mundo mais husição de tomar nas mãos os mano, mais justo e mais
rumos da luta por seu es- feminino. Mulheres que
paço, por uma vida digna, abriram espaço com tapor uma país melhor.
lento e encanto como
No 8 de Março, Dia Pagú, Cora Coralina,
Internacional da Mulher, Tarsila do Amaral, Elis
as brasileiras empu- Regina, Dona Ivone
nham a bandeira e mos- Lara, Cacilda Becker,
tram que estão presentes Fernanda Montenegro,
com toda a garra para entre tantas outras bradefender seus direitos e sileiras, também são hodefinir os rumos do país. menageadas neste Dia
Foi assim nas batalhas Internacional da Mulher.
Festa no 8 de Março
Numa homenagem à
força e a sensibilidade feminina, o CPC da
UMES-SP reuniu vários
talentos da nossa MPB
numa grande festa em
comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Para resgatar a garra
das mulheres brasileiras
e para serem homenageadas, as encantadoras
vozes de Irene Portela,
Kátia Teixeira, Leda
Maria, Mazé e Zezé
Freitas, acompanhadas
pelo piano de Dudah Lopes, pela flauta de Malú
Jhanra e por Filo Machado no violão, marcaram o 8 de Março diante do Teatro da UMES
completamente lotado
Revista da UBES ns 2
Eg«
OiuÊma
"Doce Canto"
U nj AndradePery Ribeiro,
Waldir da Fonscc*
Teté Kspindola.
FHÓ Machado,
Walter Franco,
Cláudio Nocci,
Adyei.
Vldvr Blanc,
irrigo Barnab<=.
[tamar Assumprao.
Sérgio Ricardo,
( ejso Miguel,
Cibele Codonhoe
rrovadoresVrbano.
UOtnputo** l
Doe*e*nto
eea
anf amento do CD
Num clima de muita emoção, o CD "Doce. Canto" foi
lançado no palco do UMES
CANTARENA. Num show
marcado pela harmonia e sensibilidade, Waldir da Fonseca
e seu parceiro Filo Machado
mecheram com o coração e a
alma da platéia que lotou o teatro e aplaudiu intensamente
cada momento.
"O lançamento do CD foi
uma festa que jamais tive em
toda a minha vida, com muita
gente presente. Nunca tinha
feito um show tão importante
quanto este, e justamente em
São Paulo, que é minha cidade natal. Este é um momento
muito importante em minha
vida e em minha carreira",
afirmou Waldir emocionado.
Revista da UBES ns 2
Sensibilidade e
harmonia no
novo lançamento
do CPC da UMES
ara coroar o lançamento de envolve estudantes, artistas e
seu segundo CD, o CPC da professores. Quando Waldir soUMES de São Paulo não freu um derrame cerebral, os alupoderia ter escolhido melhor: nos deste grande compositor fize"Doce Canto", do cantor e com- ram uma mobilização para levanpositor Waldir da
tar recursos como
Além da beleza
Fonseca, surge
forma de ajudápara dar vida a
lo. Desse movie do lirismo,
uma verdadeira
mento, surgiu a
"Doce Canto"
obra poética, reidéia de produzir
nasceu de uma
pleta de harmoo disco, onde
nia e sensibilidagrandes
interpregrande história
de.
tes da MPB cande amizade,
Com letras de
tariam a obra de
Waldir, as canções
que envolve
Waldir. O projeto
de "Doce Canto"
se
concretizou
estudantes,
são interpretadas
logo após a apreartistas e
por grandes nosentação de Walmes da música
dir no projeto
professores
brasileira, como
UMES CANTAAldyr Blanc, Sérgio Ricardo, Ar- RENA. Num movimento conjunrigo Barnabé, Leny Andrade, to, estudantes, através da UMES
Pery Ribeiro, entre muitos ou- de São Paulo, e trabalhadores.
tros.
através da CGT Brasil e da FedeAlém da beleza e do lirismo. ração Sindical Mundial (FSM), se
"Doce Canto" nasceu de uma uniram para realizar esse belísgrande história de amizade, que simo trabalho.
Cultura
VMt§ M SM fwio
UüTA OULCCü UàMA
•••
Com muito samba
no pé a galera ca
A^a Maior festa
rapintada sacupopular do planeta,
diu as ruas do tradiciocarapintadas
nal bairro do Bixiga, em
paulistanos enchem
São Paulo, na maior fesas ruas
ta popular do país. O
do tradicional bairro
carnaval deste ano mais
do Bixiga e provam
uma vez trouxe a enerque são bons de
gia e a vibração do blosamba
co da UMES, que desta
— vez teve como tema a
jn| "Juventude e a Pátria".
"Toda essa alegria
e combatividade que a
juventude demonstra
nesta grande festa,
mostra nas ruas, nas
passeatas, nas mobilizações em defesa
do Brasil, da Educação", afirma o diretor da UMES, Irineu
Urtida, que coman-
dou a galera ao lado do
presidente
Luciano
Cordeiro.
Acompanhado pela
bateria da escola de
samba União Imperial e
pelo samba do cantor e
compositor Luis Carlos
da Vila, o bloco usou e
abusou do verde e amarelo, da cara-pintada, de
bandeiras brasileiras e
mostrou que é bom de
samba.
Vários
sambistas
marcaram presença na
festança da UMES, entre eles Carmen Queirós,
Tobias da Vai-Vai, Aldo
Bueno, Waldir da Fonseca, Denoy de Oliveira,
Vidal França, Mazé,
João Bá, que animaram
ainda mais a festa.
•
••••
omanda a galera
•
••
••
••••
Alegria e
agitação
tomaram
conta das
ruas do
Bixiga
Revista da UBES ne 2
Entrevista
Entrevista
O sucesso que
Beth Carvalho faz
em seus mais de
28 anos de
carreira éfruto de
sua total
integração e
sintonia com o
povo, e do povo
com ela. Por isso,
esta grande
guerreira da
música popular
brasileira,
incomoda a muita
gente, cantando o
que gosta e
dizendo o
que pensa
Acreditar e
ap r o x i
mar-se do
povo. Este é o
lema da cantora
Beth Carvalho.
Não é qualquer
samba que ela interpreta; tem que
ter um conteúdo
profundo em suas
letras, casando
com sua melodia.
O sucesso que
Beth Carvalho já
fez ao longo de
seus 28 anos de
carreira é fruto de
sua total integração e sintonia
com o povo, e do
povo com ela. Por
isso, esta grande
guerreira da música popular brasileira, incomoda
a muita gente,
cantando o que
gosta e dizendo o
que pensa.
Para ela, o
povo vem sobrevivendo graças a sua força
e garra. "O povo passa
fome e vive a maior crise
de desemprego dos últimos anos, fruto de uma
política econômica implantada pelo governo,
beneficiando meia dúzia
de famílias", declara
Beth.
Para Beth Carvalho,
a música popular brasileira é da melhor qualidade, e vai conseguir tri-
unfar sobre a invasão dos
enlatados e sobre a mentalidade colonizada vigente na mídia.
Mangueirense de coração, e amiga de vários
compositores da velhaguarda como Nelson Cavaquinho e Cartola, fazendo sucesso com várias composições desses
monstros consagrados e
imortais da nossa música, Beth esse ano de 96,
desfilou no Rio pela Mangueira e, em São Paulo,
na sua também querida
Vai-Vai, que foi a verdadeira campeã: "Desde
que conheci as escolas de
samba de São Paulo, me
identifiquei com a VaiVai. Ela tem muito a ver
com a Mangueira. É mais
popular, mais povão. Foi
em 78 que comecei a ter
uma relação com a VaiVai. Em 84 gravei um
samba, o "A Luta VaiVai". Foi uma homenagem minha à escola.
Este samba é de Almir
Guinetto e Luverci. As
cores preto e branco são
as do meu time, meu Botafogo querido. Achei
também diferente uma
escola de samba com cores neutras. Por tudo
isso me tornei Vai-Vai.
Acho que ajudei-a a ser
campeã. Quanto ao des-
file do Rio, achei justo
o resultado declarando
a Mocidade Independente de Padre Miguel
campeã; só acho que 3o
lugar deveria ter sido
da Mangueira e não o
4o. O único ponto que
a Mangueira foi inferior a Beija-Flor, que ficou com o 3o lugar, foi
no quisito samba-enredo. Em matéria de samba no pé não tem pra
ninguém: é só
Mangueira!", enfatiza Beth.
Sua identicação com as questões do povo não
fica só no Brasil.
Ela não esconde
de ninguém seu
amor pelo povo
cubano, pelo socialismo. Considera
Fidel Castro um
exemplo
para
todo mundo. Diz a
todo instante, seja
em rodas de batepapo, em programas de rádio, televisão ou até
mesmo em shows,
sobre a saúde e a
educação digna
que o povo cubano tem: "Na nossa terra, em se
plantando, tudo
dá. O Brasil é
muito rico. Dizem
que o Brasil é um
país do 3o mundo.
Na verdade eles é
que classificam dessa
maneira. Os ditos países
do Io mundo são essa decadência que aí está. O
Brasil e Cuba estão do
mesmo lado, ao lado do
povo, independente de
seus dirigentes. Em
Cuba o povo conhece
sua cultura, seus artistas, sua história", diz
Beth Carvalho.
Sua identicação
popular estrapola
as fronteiras do
Brasil. Ela não
esconde de
ninguém seu amor
pelo povo cubano,
pelo socialismo.
Considera Fidel
Castro um
exemplo para todo
o mundo. Diz a
todo instante, seja
em rodas de batepapo, em
programas de
rádio, televisão ou
em shows, sobre a
saúdeea
educação dignas
que os cubanos
têm
João Paulo
Revista da UBES ns 2
Kl Revista da UBES nQ 2
&&**
Bárbara Eliodora: Estrela do
Norte da Inconfidência
Bárbara Eliodora,
heroína da Incon
fidência, mulher
forte, determinada, dona
de extrema cultura e sensibilidade. Verdadeiro
exemplo de mulher e revolucionária. Bárbara
foi além de seu tempo,
deixando marcas profundas na luta pela liberdade de seu povo e de seu
país, que nos acompanham até os dias de hoje.
Nascida no século
XVIII, em Vila Rica, Bárbara se tomou poetisa
ainda jovem. Casada com
o também poeta e Inconfidente Alvarenga Peixoto, logo se destacou pela
firmeza com que defendia a causa Inconfidente
e a libertação do Brasil.
Enquanto poucas
mulheres de sua época
sabiam ler, escrever ou
se dedicar a outra coisa que não fosse a vida
doméstica. Bárbara estrapolava barreiras e
preconceitos, se interessando por assuntos
políticos e chocando a
sociedade ao casar-se
com Alvarenga apenas
após o nascimento da
primeira filha do casal
e, mesmo depois, decidindo manter seu
nome de solteira. Silveira, e não Peixoto
como o do marido.
Na efervecente Vila
Rica de então, a casa de
Bárbara e Alvarenga logo
se transformou num centro de encontro e referência para os amigos: os futuros Inconfidentes, entre
os quais Bárbara logo se
destacou.
Mas é imediatamente
após a traição de Silvério
dos Reis, com a prisão de
Tiradentes, em 10 de maio
de 1789, no momento em
que a perplexidade e o
medo percorrem as fileiras dos revolucionários.
Revista da UBES nQ 2
que a grandeza de Bárbara se expressa de forma
mais contundente:
Nesse momento, o poeta, empresário e coronel Alvarenga Peixoto pensa, por
um momento, no destino
que os espera nas mãos dos
carrascos. Pensa em sua jovem mulher e nos quatro filhos, e resolve chegar a um
acordo com a Coroa, fornecendo informações e pedindo perdão à rainha. Ao encontrá-lo no quarto, com os
papéis na mão, Bárbara não
hesita um segundo: de que
adianta viver, ter um marido vivo, com a mancha de
ser um traidor, alguém que
se dobrou à tirania, à tudo
que eles sempre combateram. Não era esse o homem
com o qual havia se casado
e vivia feliz há 10 anos!
Graças a Bárbara, Alvarenga não passaria para a
história como outro Silvério
dos Reis, mesmo que a decisão lhe custasse a vida, como
realmente custou. Preso pela
Coroa, após um longo e sofrido exílio na África, Alvarega morre doente.
Bárbara, que teve os
bens da família confiscados
e sofreu o mais absoluto desprezo e isolamento por parte
dos opressores - temerosos de
que seus ideais libertários se
propagassem entre o povo
bastante insatisfeito com o
domínio colonial português passou a cuidar sozinha, de
seus quatro filhos.
Impossibilitada de apagar em Bárbara a chama revolucionária, a Coroa passa,
então, a espalhar que se tratava de uma "louca", tentando isolá-la da população. Mas
as tentativas de apagar o episódio da história e fazer com
que a heroína caísse no esquecimento, foram inúteis.
Bárbara, que morreu aos 60
anos - ao que tudo indica, de
tuberculose - sempre será
lembrada como a estrela do
Norte da Inconfidência.
Compromisso com a Verdade
Telefax: (ou) 242-9245
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