bril - Maio de 1996 /V\ a Pre;o R$ 2,50 m ENQUANTO A EDUCAÇÃO PUBLICA AGONIZA, FH DOA NA CAUDA DA lOITEJWnmHÔESPARA O BANCO DE SUA NORA IIA15 DE MAIO TODOS ÀS RUASf PELA CPI DOS BANCOS, EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E DA PÁTRIAf \ ■ / BRASIL FH põe Educação na UTI e promove orgia com os bancos à custa do dinheiro público Revista da UBES - Órgão oficial da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Para correspondência escreva para: Caixa Postal 65023 - CEP 01390-970 - São Paulo - SP Presidente: Gislaine Caresia Secretário Geral: Rafael Bastos Diretor de Imprensa: Alessandra Rodrigues Jornalista responsável: Solange Suzigan MTB 23835 Edição Luiz Rocha, Rafael Bastos, Gisele Caresia, Alessandra Rodrigues Charge Eton Fofos Ronaldo M.T., Cláudio Lira e Flávio Bacellar Fotolito, Impressão e Diagramação: Estúdio Brasil de Daniel Marucci Dias Comunicação Ltda. Tiragem: 20 mil exemplares Para acobertar suas ações criminosas que quebram áreas vitais para o país e esconder a orgia que promove desviando bilhões para o sistema financeiro, FH promove a corrupção mais deslavada da história. Pág. 4-5 EDUCAçãO Migalhas para a Educação e bilhões para os bancos. CPI, já! Enquanto FH destina para todo o ano de 96 apenas R$ 975 milhões para o ensino básico, numa canetada na calada da noite despeja R$ 12 bilhões no banco de sua nora. Pág. 4 a 9 íí Secundaristas tomam as ruas e exigem CPI Convocados pela UBES e UMES, milhares de estudantes ocuparam a Av. Paulista pela instalação da CPI. Em encontro em Brasília que reuniu lideranças de 17 estados, a UBES decidiu: paralisação nacional no próximo dia 15 de maio. Pág. 6-7 DEZ VIDAS EU TIVESSE, DEZ VIDAS EU DARIA 99 W TlRADENTES Em comemoração ao 21 de abril, a UBES resgata a história do grande herói Tiradentes, que entregou sua vida em defesa do Brasil Pág. 12-13 UNIVERSIDADES Cortes de FH chegam em até 60% nas federais Este ano, para dividir entre todas as universidades do país, FH propõe a merreca de R$ 147 milhões. O quadro é alarmante: muitas universidades estão sem verbas até para pagar tarifas de água luz e telefone Pág. 10-11 / ÍE^T MOV Dia 15 todos às ruas! ENTREVISTA CEL. FRANCIMá MáXIMO: "O que o momento reclama é que diante do entreguismo mais deslavado jamais acontecido em nossa história, estejamos todos juntos nas mas". Pág. 14-15 INTERNACIONAL CORéIA Coréia Popular repele as provocações de guerra da camarilha instalada no sul do país. Só a reunificação da Pátria, desejo inadiável do povo coreano, garantirá a paz na região pág. 31 CUBA Luciano Cordeiro e Tatiana Chaves, da UMES-SP são homenageados em Havana por Raul Castro, 2S secretario do PCC. Pág. 33 a 35 Essa grande guerreira da música popular brasileira incomoda a muita gente, cantando o que gosta e dizendo o que pensa. Pág. 40 F Fer 'ernando Henrique atirou a educação pública na mais grave crise de sua história. Enquanto as escolas agonizam e tentam sobreviver sem segurança, com salas de aula superlotadas, sem merenda, livros didáticos, faxineiras e com professores recebendo salários de fome, bilhões são jogados nas mãos dos banqueiros. Em pouco mais de um ano de governo a política de destruição de FH foi responsável, apenas em São Paulo, pelo fechamento de 110 escolas, pela demissão de 23 mil professores, 4.500 vigias e milhares de merendeiras. Mais 40 mil professores serão demitidos ainda este ano. Nunca se foi tão longe no servilismo aos cartéis e banqueiros, nunca se viu tanta miséria, desemprego, quebradeira, falência. Nunca a Educação esteve tão abandonada. Nunca a Saúde esteve tão caótica. Nunca o salário mínimo esteve tão baixo. Para o povo nada. Para os bancos, tudo. De costas para a Nação, FH tenta barrar a CPI do BC. Uma CPI legítima, para apurar o mais escandaloso desvio de verbas já ocorrido no país: apenas para o Nacional - banco de sua nora - FH deu R$ 12 bilhões, mais do que todo o Orçamento da Educação deste ano e mais do que a Saúde gastou durante todo o ano passado. A Pátria verde e amarela se levanta, unida, para enterrar de vez esse crime. De um lado, o Brasil de Tiradentes, a luta por um país livre, soberano e desenvolvido. De outro, os silvérios dos reis. Basta de roubalheira, de descaso, de empulhação. Vamos dar um basta nesta política de destruição nacional! Neste dia 15 todos as ruas! Vamos levantar o Brasil, de bandeiras em punho, caras pintadas e muita agitação. Tomaremos as ruas, praças e avenidas para exigir a CPI dos bancos e varrer do mapa os inimigos da educação e do país. Gislaine Caresia Brasil Migalhas para a educafão e bilhões para os bancos. CPI, já! Para acorbetar o crime, FH promoveu uma corrupção deslavada nunca vista antes para impedir a CPI: distribuiu ministérios, cargos, ofereceu verbas - as que têm negado para a Educação e outras áreas vitais -, e chantageou. Tudo isso para esconder a podridão de seu governo, marcado pelo desvio do dinheiro público para a monopolização do sis tema financeiro Enquanto FH destinou para todo o ano de 96 apenas R$ 975 milhões para o ensino básico, R$ 60 mil para o combate ao analfabetismo, R$ 147 milhões para todas as universidades do país, numa canelada, na calada da noite, despejou R$ 12 bilhões do Tesouro no banco de sua nora, o Nacional. As negociatas com o dinherio público já provocaram um rombo de R$ 36 bilhões no Banco Central. Só na orgia com Revista da UBES n2 2 os bancos privados o mar de dinheiro pode chegar a R$ 20 bilhões. E para acorbetar este crime, FH promoveu uma corrupção deslavada nunca vista antes para impedir a CPI dos bancos: distribuiu ministérios, cargos no segundo e terceiro escalões, ofereceu verbas - as que tem negado para a Educação e outras áreas vitais -, implorou apoio e chantageou. Tudo isso para esconder do povo a podridão de seu governo, marcado pelo desvio do dinheiro público para a monopolização do sistema financeiro, sustentáculo desta política de recessão, miséria, sucateamento da Educação. O vendilhão da Pátria fica assombrado só em pensar que sejam conhecidas as falcatruas noturnas entre o Unibanco. Nacional e o BC, que deram origem ao Proer. Borra as calças ao imaginar que será prova- Brasil do, por mais que ele tente impedir, que ele e sua quadrilha sabiam da falência e das maquinações no balanço do Nacional, desviando bilhões para o banco da nora. Mas esse esconde-esconde não vai durar muito tempo. Está a caminho a instalação de uma CPI mista, e nós estamos prontos para tomar as ruas novamente para varrer esta canalha. A CPI, junto com nossa galera nas ruas, vai desestabilizar sim, e profundamente, esta quadrilha, e a história já mostrou o castigo que este tipo de ladrão merece. Escândalo: dívida pública explode e já eqüivale a 19% do PIB Os juros estratosféricos e a orgia do dinheiro do povo com os banqueiros fez explodir as finanças públicas. A dívida mobiliária da União que era de R$ 35,5 bilhões em 1993 - quando FH assumiu o Ministério da Fazenda para começar a preparar o monstrengo do Real - atingiu em fevereiro passado a gigantesca cifra de R$ 127 bilhões, um aumento de 230%. Batendo recordes históricos, representando nada menos que 19% do PIB. Somente no ano passado, o primeiro do desgoverno de FH, a dívida dobrou. Capachão FH promove um verdadeiro bacanal com as reservas brasileiras Com o Real, o Banco Central teve um prejuízo de R$ 36 bilhões e uma perda patrimonial de R$ 16 bilhões, inédito em toda sua existência. Uma das fontes de receita do BC, além da principal que é a emissão de moeda que está praticamente paralisada, é o resultado das aplicações das reservas cambiais do país. Tamanho o capachismo, o governo FH aplica nossos R$ 53,5 bilhões das reservas nos bancos es- trangeiros, que oferecem taxas de juros de 4% ao ano, ficando os rendimentos em míseros R$ 2 bilhões. Por sua vez, os bancos estrangeiros pegam o nosso dinheiro e voltam a aplicar no Brasil -, onde as taxas de juros reais (descontada a inflação) são de 32% ao ano - em títulos do próprio BC, ganhando mais de R$ 16 bilhões, oito vezes mais. Revista da UBES ns 2 Brasil Carapíntadas sacodem SP e exigem CPI do BC ilhares de estudantes sacudiram São Paulo no último 10 de abril exigindo a instalação imediata da CPI do esquema BC, dando o ponta pé inicial nas manifestações que a UBES está convocando para todo o país. Durante todo o trajeto os carapintadas, atendendo ao chamado da UBES, UMES-SP e dos principais grêmios da capital, receberam aplausos e apoio da população, que brindou a galera com chuvas de papel picado do alto dos edifícios. "Com o rosto pintado de verde e amarelo estamos de volta à Avenida Paulista exigindo a CPI, para que se apure a roubalheira de FH, que afirma não ter dinheiro para nada enquanto numa canetada na calada da noite deu 12 bilhões para o banco da sua nora", afirmou Gislaine, apoiada pelos carapíntadas que cantavam: "1, 2, 3, 4, 5 mil, ou instala a CPI ou paramos o Brasil", "Fernando Henrique, ladrão! Cadê a verba da Educação?" e "Banqueiro está roubando a grana do povão, por isso falta casa, saúde e educação". O presidente da UMES-SP, Luciano Cordeiro, ressaltou que "enquanto FH doa R$ 12 bi para o banco da família, entrega para o ensino básico de todo o país a esmola de R$ 975 milhões - 12 vezes menos e a merreca de R$ 60 mil para a 'erradicação do analfabetismo', é uma aberração!". Em frente ao Citibank, Luciano denunciou "a política de recessão e juros altos que só beneficia o sistema financeiro, enquanto as escolas são jogadas no mais completo abandono, com prédios prestes a desabar, sem giz, sem merenda, sem material didático". A passeata percorreu a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e acabou com um grande ato no Largo São Francisco. "Essa é apenas a primeira de uma série de manifestações que faremos até que se apure esse assalto que FH vem promovendo", garantiu Gislaine. "FH está afundando o Brasil, as escolas estão desmoronando!" Lideranças dos grêmios da capital deixaram claro a sua revolta com a política de FH. Indignada, Renata Novaes, do colégio Eng" Viriato, frisou: "Roubou 12 bilhões pro filho dele. Dinheiro que é nosso. FH está Revista da UBES ns 2 afundando o Brasil, as escolas estão desmoronando. Ele quer privatizar as escolas para ter mais dinheiro para dar para os bancos". Para o presidente do Conselho dos Estudantes de Francisco Morato, Cláudio Lima, "na CPI vai aparecer a roubalheira, o favorecimento de familiares". Um cartaz sustentado por um grupo de estudantes afirmava: "A Educação é a luz no fim do túnel. Não é apenas uma verba mas todo o futuro do país que está sendo desviado". Brasil Diretoria da UBES com o senador José Samey durante o ato no Congresso Nacional que decidiu parar o Brasil pela instalação da CPI Principais lideranjas secundaristas do país fazem ato no Congresso e decidem: paralisarão nacional dia 15 UBES entrega à Sarney documento pela CPI, jál A diretoria da UBES aprovou no encontro e entregou ao presidente do Congresso, José Sarney, um documento exigindo a imediata instalação da CPI. "Agradeço a solidariedade, e farei todos os esforços para a instalação da CPI, pois é uma CPI legítima. Acredito que um governo democrático não pode esconder do povo brasileiro, a verdade sobre o sistema financeiro. Podem contar comigo", declarou o senador José Samey. Centenas de lideranças secundaristas de 17 estados do país, convocadas pela UBES, se reuniram dia 11 de abril, no Congresso Nacional, num grande ato pela instalação da CPI dos bancos. A UBES aprovou para o próximo dia 15 de maio um dia nacional de paralisação pela CPI, Já!. "O desvio de bilhões dos recursos públicos para o bolso de banqueiros é o maior escândalo da história desse país, por muito menos derrubamos Collor. Por isso FH diz não ter dinheiro para a educação, saúde, habitação", denunciou o secretário-geral da UBES, Rafael Bastos. "Vamos levantar o país contra essa safadeza. As mobilizações já começaram a ocorrer e vão se intensificar ainda mais nas próximas semanas", afirmou Alessandra Rodrigues, diretor de imprensa da UBES. Caravanas de estudantes de todo o país sacudiram o Congresso Nacional em defesa da Educação e da CPI. Dezenas de deputados, senadores, sindicalistas, militares e intelectuais compareceram ao ato em apoio à luta dos estudantes, entre eles o deputado federal e presidente nacional do PMDB, Paes de Andrade; o deputado federal e vice-presidente naci- onal do PMDB, Marcelo Barbieri; os senadores Sebastião Rocha e Osmar Dias; o Brigadeiro Ivan Frota, presidente da Frente Tiradentes de Brasília; o Coronel Ferreira, da Frente em São Paulo; os deputados Waldir Collato e Arnaldo Faria de Sá e a presidenta da Associação de Esposas de Militares da Ativa, Anita Santos. Por aclamação, foi aprovada a proposta de uma paralisação nacional pela CPI do esquema BC. "Vamos agora' para cada escola, realizar assembléias, reuniões, pixações e parar o Brasil no dia 15", afirmou Gislaine. Com muito entusiasmo e empolgação a galera encerrou o encontro cantando: "Carapintada já decidiu, é CPI pro bem do povo e do Brasil!" Revista da UBES n5 2 DD CD < v> »—»■ 03 Q. c DD m IV) W SP CD 3 r Sebast (PDT-A 11 0) 03 o. 0<Q 0) 0) -n c 53 O 01 o 0) TI O 0) N a (D a 3 (D o a; CS Si a Q) ' 1 (DO O 1í ar isso o g a CPI, quan ão se manif e sua instai ador Osmar (PP-PR) ^construir esse país" Deputado Va/d/r Co/afto (PM DB-SC) utado M atheus (PD T-RS) 3 5: 33 CD < r—f- 03 CL 03 1 C m S -i 11 U) 1 n a (o o o <D < 3 ri) erS (D P o' 01 (D o m ^ 3 < cn O o 03- 0) <T) O «D O" 0) a Q3 O 3' c » n c 2. </) <D 00 O- a a> 3 (0 (A . o Õ> M <j c r-t- S D (D O — c 3 0) •o 0) J2 c (D 01 ?i O- ™ (D -l 3 0) (0 -♦» 0)1 0) C7 (B 0) 3 ^ Nc D) 0) Si o Q. 3 O O tn S o m- (/> T fl) tf) Oi ^ 3 03 03 C 3 o> o J II ■a °< c tf) o- 2 <o 2. 8 tf) 3 0) (D o (D ^3 tf)' 7| 3 C (D- 0) STi0 (I) «)' <D D) 0) S 3 " w' "« 3' | (D - o, 01 (D tf) (5 < c? <Q (T)< 3 » 3 o) £. 0) Q. O O "D 0) 03 -■ a O (D -h (D ■ ■ g «)' o A tf) (D (D < 03 3 (D O o c' oo 2. (o =1 § o 0 d n) c | • o — S 0) (D 0 3 (D 0) d Q.ja 1 5 a 3 o (D 3 o' O S w 3K) 0 •-•■ 00 C/3 O 1 O" <D ■n B) tn 3 -> S' 3 tf) O •1 sr 3 & m- a) tf) 3 9L D) S O 3 c 0) heiro joga- erno 80% tou a ão" as » < 1 1 ros. abaf daN favo S O o 3 -n 0) (D O (Q i C a Q. (D (0 O 0) c (A o c 3 (D 5 2 5 a O c o (D o cr (0 c 0) 3 0) (/) a 3 c 0) 1 03 (D o a> (D Q. 3 w a ja o) 0) c -o c' < (D 3 3 o 3 < o 3 5« 8 &2 0) O o O < o 3 3 tn a 3 3 0) o o eu ^ ai o _ ^ n -h (fl ■a 01 0)- o 2-o ■o DI ■o o o tf) (0 O) 01 F* 3 3 C Q. TJ 01 0) (O (D 0) O ^3 01 C 0) (D 01 3 ■o (D i1 o S' Q. tf)" a. N' Dl O ai c c (D tf) 3 3 ao O 1 O 1 c 0) D) S 9- CD 5G 03 g- CD ~3 ^ 1 J3 (D < w" i—*■ Q) Q. 03 § ^. » s g d- ?y g- ^ c cn m Q Oi ^ Co 05 ai > ^ CL 4^ cr 2 to f 5 o TO Oi ^ a. s o ^11 fã DD (D < co' Q. 03 c cn m o t\3 3 a n O p 01 p D. a c o S P ,0 P o y (n P §-1 c O CR p P' tçj pi tí O P ^ Pi fD í. (D S8 P jT -T p P JL o (t) 2 SS S ^i-« o ^ sS 33 < (D cn' 03 Q. P c □D m ro Q (í ' N n «O < cn rt, O P ri- p N a <. P Q, 0 o ü te ft) pi p O cn (D O o 0 9 P ^ P P CL cn O O ^^ • cn cn O £3 o 3 p (D O 3 r+ (5 cn fD (D P o 3 p O <J P ai P Z 5 o ? 3 o 3 3 tf^ 2. a S n a tf tf P fD I-T- o a O ^ a c i—i (D p cn fD a> ^2 !-! P (T>3 pj 3 O ^ 00 ^Q 23 ro P^ fD P < o o & S C fD 3 s CO ri- ^ cn 3 (D O o 3 .o Jf fD I-í fDN C! w. 3 c 3" ^ i-S CfQ Sv P o o ^ cn fD p P o w 0 ' P < a 03 O, tn fD f6 p tf « 03 2 ^ ^ 3 n 5 2. o' 03 Ora cn 03 a" fD 03 "O ü 03 iS 03^3^ p fD 73 fD M S- ►O cn O P O P " cn 3 3 n- cn ^2 P fD 3 - ^ tf cn 3 fD fQ tr p pi 73 fD ^3 ^ fD -í po M cn Ps p P cn fH ^ ^ J & 3 ^ < p hd fD ^ w m o o o cn 3 o o ^^ fD 3 cn a (t ,_^ =2. ^b a ^ fD 0 (D n <1 03 &> fD a fD o o a 03 7 ^■ O .22 E v c 3 § cs S vi O Xi ■^ i-, OJ O cn CJ" O c CD cS T3 03 O S S .9 iw O) cfi 3 C o « cd ÍH TO C cd 9) B 5 (0 ■D d) 3 o üJ S> tn o > OC 0) 2 OJ O cd iS -d ^ — 73 d) OJ CC cj o T3 g 5 C D 9 Ê 0) x ü cd — t/3 Oi m 'W o E > = E-o 0) ü 3 C < z íH QJ QJ C/3 o íH •c ^S CD •J5 O » e ■ü ■" ^3 C t/3 S cd QJ Sj 3 D íH tf O*^ es tf) ■ 15 o C O 3 O o QJ ^ .2"i o r d) O- tf) ■D T3 E 0) ■O o to O" cd c . 5 8 8 cd ■b .Sá 2 .a * O O) ,H „ QJ J QJ QJ 3 T3 !H 8 » CL 3 0! O .h > O •iH "O o "ÕJ O O) TO ÍH 1/3 cn cn cd O C 3 CJ C ÍH 0) o "^ 3 QJ « y t/3 cd CD o QJ S 3 O a a O QJ I o S "2 3 3 O o e tá &< e ts if o e to ^ to to •si Q to to e to co .H O S ^ * o b a^ £g <aj S cd '£ t. tn tf tn -S o . •00 d ao w ÍH o O tn cd J» QJ 73 !5- . QJ <D li tf ÍH QJ g C cd £ . 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Em todas uma das mais representativas e bem estruturadas as lutas em deentidades estudantis do fesa da Pátria, país, com seu nome gra- da Educação e vado na história do movi- de um país memento do Rio Grande do lhor, os estudantes de PorSul e do Brasil. to Alegre se fizeram prePelos organismos da sentes através de sua enentidade já passaram no- tidade. Ao lado da UBES mes ilustres, como o dos e da UGES, a UMESPA vereadores Wilton Araú- levou milhares de carapin- tadas às ruas durante o usuários em Porto Alegre. impeachment, quando A UMESPA foi, também, mais de cem mil estudan- a primeira entidade estutes escreveram uma das dantil brasileira a reconmais belas e quistar o direito de confecgloriosas pági- cionar a carteira, em 1982. nas da história Recentemente, os esdo movimento tudantes gaúchos conseestudantil gaú- guiram outra grande vitócho. ria. Pela primeira vez na Com base história, um estudante, o nessa repre- ex-presidente da UMESsentatividade, PA, Carlos Lenuzza, está a UMESPA presta, hoje, ocupando uma vaga junassistência direta a mais to ao Conselho Estadual de 80 grêmios estudantis, de Educação. além de confeccionar a Porto Alegre está de carteira da passagem es- parabéns. O Brasil está colar para mais de 80 mil de parabéns. Por contar com entidades patrióticas, combatentes e ativas UMESPA Cantarena: cantando e encantando Porto Alegre como a UMESPA, que ao Do alto dos seus 85 Medina, segunda atração isolaram a bancada petista longo desses 40 anos, vem anos, o compositor Ru- do ano, acompanhado de e o único vereador do PSDB lutando e honrando a bens Santos, parceiro de integrantes da bateria da que tentaram tirar o histómemória de Tiradentes, Lupicínio Rodrigues, Escola Imperadores do rico prédio dos carapintaZumbi, Duque de Caxias, abriu com sua voz poten- Samba, bicampeã do das. Getúlio, Euzébio Rocha e te e cristalina o projeto Carnaval de Porto AleO projeto Umespa outros tantos patriotas na Cantarena 1996 do Cen- gre, provou, definitiva- Cantarena começou no tro Popular de Cultura mente, que o prédio do ano passado, com a remodefesa da soberania brada Umespa (União Me- Cantarena é um dos mais delação do 2o andar do sileira, da Educação e de tropolitana dos Estudan- sólidos da capital gaú- prédio da UGES, transfornossa brava Nação. tes Secundaristas de cha, senão viria abaixo mado em teatro, hall de André Wilson Costa Porto Alegre). Acompa- com tamanha vibração. espera e bar. O Espaço Presidente da UMESPA nhado pelo violinista Ita- O espetáculo também co- Cultural Monteiro Lobamar, apresentou canções memorou a vitória dos to, como ___, próprias, de Lupicínio, e estudantes na Câmara foi batiza- jjrj' deu uma verdadeira Municipal, que derrubou do, foi aula de história da MPB. o veto do prefeito Tarso inaugura- F-^ Com "Que país é esse?", Genro ao projeto que do com a composição presente no devolve, legalmente, o apresentaCD "Mistério", deixou prédio da UGES aos seus ção de claro a confiança que de- legítimos donos. Dezoito Neto Faposita na força do povo. votos do PMDB, PDT, gundes e O músico Luis Carlos PTB, PPB, PFL e PPS, Banda. Kü Revista da UBES n5 2 UBES Geral Alex, presidente da Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas (ABES), com a presidente da UBES, Gislaine e o secretário geral, Rafael Bastos durante reunião de diretoria Carteírínha na Bahia também dá desconto em shoppíngs, lanchonetes e convênios médicos Além do direito à meia-passagem nos transportes coletivos da capital e da meia-entrada em cinemas, shows e teatros, os estudantes baianos conquistaram este ano, através da carteira estudantil, uma série de benefícios que vão desde descontos em shoppings, lojas, restaurantes, lanchonetes e óticas até descontos em convênios médicos. Mais de 44 mil estudantes de 1.031 escolas de Salvador, que receberam no início deste mês a carteirinha da ABES (Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas), já estão sendo beneficiados com a conquista. Para que a carteira se torne acessível aos mais de Convênio facilita acesso à carteira Além dos estudantes de 19e29 graus das redes pública e privada de Salvador, os alunos de supletivos e cursinhos pré-vestibular também têm direito à carteira estudantil. Para facilitar o cadastramento dos mais de 1 milhão de estudantes da capital baiana, a ABES firmou um convênio com as casas lotéricas de Salvador para que os alunos possam preencher o guia de cadastramento no próprio bairro. O preço da inscrição é R$ 5,00. 1 milhão de estudantes da rede pública e privada da capital, a ABES está lançando a campanha "Sua Moral Aumentou", que será veiculada nos rádios e na TV, mostrando a importância e as vantagens da carteirinha. "O número de estudantes que procuram a carteira está superando as expectativas", afirma Ivan Alex Lima, presidente da ABES. Segundo Ivan, este ano a confecção da carteira está totalmente informatizada, o que garante que ela chegue às mãos dos estudantes 35 dias após a requisição. Outra novidade é que as carteiras estão sendo impressas com códigos de barras, que garante aos estudantes maior rapidez e segurança. Para que a carteira se torne acessível aos mais de 1 milhão de estudantes da rede pública e privada da capital, a ABES está lançando a campanha "Sua Moral Aumentou", que será veiculada nos rádios e na TV, mostrando a importância e as vantagens da carteirinha. Revista da UBES nQ 2 UBES Geral Diretoria da UBES se reúne em São Paulo. No destaque, o presidente da UMES de Várzea Grande, Julcinei Minusculi, junto com Carlos Faustino, presidente da ACES de Cuiabá Secundarístas reconstroem a ACES de Cuiabá AACES renasceu para colocarmos o movimento estudantil cuiabano na linha de frente de combate à essa política que está arrasando o país, destruindo a educação pública e as universidades", afirmou Carlos Faustino, eleito presi- dente da Associação Cuiabana dos Estudantes Secundarístas (ACES). Num encontro vibrante, os secundarístas de Cuiabá realizaram o Congresso de reconstrução da entidade no dia 16 de março, reunindo dezenas de grêmios e lideranças estudantis na Assembléia Legislativa do Estado do Mato Grosso. Segundo Carlinhos, " os estudantes cuiabanos vão estar em todas as mobilizações ao lado da UBES, na luta por uma educação e um país melhor. Estaremos mobilizados para dar um basta nesse governo que dá bilhões aos bancos e não dá a mínima para a triste situação do ensino no país. Dia 15 tomaremos as ruas". Várzea Grande prepara mobilizarão do dia 15 Ao lado da ACES, os estudantes secundarístas do principal pólo industrial do Estado do Mato Grosso, a cidade de Várzea Grande, também estão se mobilizando para a paralisação nacional do dia 15. "Estamos unindo forças para organizar a mais expressiva manifestação estudantil já realizada no Estado", garante o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundarístas de Várzea Grande, Julcinei Minusculi. Revista da UBES ne 2 "Além de uma grande campanha de fortalecimento e formação de novos grêmios, vamos jogar tudo na manifestação do dia 15, contra o governo Fernando Henrique e sua política que destrói a educação e a economia nacional", afirma. UMESA de Matáo promove semana de debates A UMESA de Matão vai promover debates na cidade sobre drogas, aids, economia nacional e movimento estudantil. Segundo o presidente da UMESA, Fabiano Lucas, o objetivo é estimular a participação dos estudantes secundarístas na discussão de assuntos em debate no país, além de conscientizar sobre a importância da prevenção à Aids e do combate às drogas. A UMESA está se empenhando na formação de novos grêmios e no trabalho cultural realiza um show mensal de MPB, reativou o cinema de Matão que está exibindo filmes nacionais e apresentando alguns dos trabalhos produzidos pelo CPC da UMES-SP, como os vídeos "Pega Ladrão" e o "Querem Bater Minha Carteira". UBES Geral UMESA toma as ruas de Araraquara pela CPI "1,2,3,4,5 mil ou instala a CPI ou paramos o Brasil", bradava o coro de 5 mil estudantes que tomaram as ruas de Araraquara no dia 17 de abril, para exigir mais verbas para a Educação, o fim do assalto ao patrimônio público e a instalação da CPI dos bancos. "Araraquara está respondendo ao chamado da UBES para colocar a galera nas ruas do Brasil inteiro contra essa política de deseducação, recessão e roubalheira", afirmou Jorge Moura, UBEde Blumenau a mil por hora i Campanhas de fundai ção e reconstrução de i grêmios, o jornal "O Estudante" e o programa de rádio "Freqüência Estudantil", estão entre as inúmeras atividades desenvolvidas pela União Blumenauense de Estudantes (UBE), de Santa Catarina. A entidade vem participando ativamente de todas as manifestações e lutas da UBES a nível nacional e até internacional, como é o caso do curso promovido pela OCLAE, em Cuba, do qual participaram o presidente da entidade, Adriano Augusto, e a secretária de imprensa, Michele Roncallo. A UBE também está a pleno vapor na campanha pela aprovação da Lei da Meia-Entrada em Blumenau. Carapintadas ocupam o centro de Araraquara presidente da União Municipal dos Estudantes de Araraquara (UMESA). Ao final da passeata que atravessou o centro da cidade, os estudantes concentrados no Largo Santa Cruz, aprovaram por aclamação se somarem à greve geral marcada para o próximo dia 8, e de mãos dadas, cantaram: "Dia 8, greve geral, FH vai se dar mal!". CEMFM nasce botando pra quebrar O Conselho dos Estudantes do Município de Francisco Morato (CEMFM) é a nova entidade que nasceu para se somar à luta dos estudantes brasileiros. Fundada no último dia 6 de abril, o CEMFM promete botar pra quebrar na luta por uma educação e um país melhor. "Nossa entidade é um grande passo para a organização dos estudantes de nossa cidade. Vamos batalhar para ajudar a todos que necessitam", afirmou o presidente eleito, Cláudio Regis. "Vamos lutar com garra e perseverança para melhorar o nível de ensino", garante o diretor social do CEMFM, Flávio Leite. Para ele, a organização dos estudantes é fundamental para o país. "Do jeito que a coisa anda, logo ficaremos sem educação. Temos que sair às ruas e brigar honestamente por nossos direitos", diz. O congresso de fundação reuniu lideranças de todo o município e contou com o apoio do ex-prefeito, Waldeson Claudino da Silva. AdrÍano e MichelTem C^ Revista da UBES ns 2 UBES Geral UBES lança campanha de prevenção à AIDS em Pernambuco CEA e UMES-RB sacodem a galera na capital do Acre O mais irreverente bloco do carnaval acreano saiu no dia 17 de fevereiro: o "Detonar", da Casa do Estudante Acreano (CEA) e da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Rio Branco (UMES-RB), provando que o carnaval toma conta da alma e do coração da galera de norte a sul do país. A presidenta da CEA, Sirlândia Soares, faz questão de frisar que este "é o primeiro de uma série de blocos estudantis que sairão todos os anos em Rio Branco, pois alegria e garra os estudantes têm de sobra". Além das caras pintadas, muito confete e serpentina, quem desfilou teve direito a uma camiseta do bloco "Detonar". O samba, que começou à tarde em frente à sede da entidade, só parou no final da noite. Revista da UBES ns 2 Nem só o frevo e o alto astral marcaram o carnaval pernambucano deste ano. Em meio à folia, os estudantes secundaristas e a UBES lançaram a campanha "Endurecer Sempre, Sem Camisinha Jamais", uma forma criativa de conscientizar a juventude sobre a importância da prevenção à Aids, que vem crescendo assustadoramente entre os jovens. Mas a festa do carnaval teve seu ponto alto com a saída do bloco da UBES da frente do Ginásio Pernambucano, quando centenas de foliões carapintadas encheram as ruas de Recife com muito bom humor e alegria. A UBES está lançando agora, em Recife, a segunda etapa do projeto de prevenção à doenças sexualmente transmissíveis. O trabalho voltado para a conscientização dos estudantes, vai desde a distribuição gratuita de preservativos, panfletagem nas escolas, criação de grupos anti-Aids até a montagem de um grupo teatral, que terá como tema o título da campanha. Para os estudantes que fazem teatro ou estão interessados em participar da peça, o telefone é (081) 227.6850. Estética Barbaria SéRGIO RUBENS DE ABAúJO TORRES A partir de agora, a Revista da UBES publicará em todas as edições os cardernos do CPC. Leia, destaque e colecione. A Estética da Barbárie O que há de comum entre Rambo, Charles Bronson em Desejo de Matar (1, 2, 3, 4, etc), a troupe de Nicholas Marshal, que fez seu proselitismo no horário nobre global, Michael Jackson e Madonna? Muita coisa. A mais de fundo é que são representantes típicos da estética da barbárie, o modelo estético predominante na chamada "indústria cultural" do império. Um modelo produzido sob medida - e, no caso, não interessa se os artistas que o criaram e reproduzem têm ou não consciência disso - para servir aos interesses de um império apodrecido, agonizante e genocida. Não é por mero acaso que o Super-Homem, herói que em 50 anos de atribulada carreira jamais empregou seus fantásticos poderes para tirar a vida de um dos seus desafetos sequer, tenha sido retirado de circulação de modo brutal. Morto e sepultado pelos detentores de seu direito de publicação, sem choro nem vela. Exatamente pelas mesmas razões que condenaram ao ostracismo, um a um, os mocinhos do velho Oeste. Esta mesma inadequação entre os velhos "heróis éticos" e a necessidade do império de obter adesões ou de no mínimo entorpecer razões e sentimentos para os atos de pirataria e selvageria explícita que desde Hiroshima passaria a empregar em escala crescente produziu também a revisão do Batman, hoje atuando à margem da lei e comprazendose em promover o espancamento de vilões, com requintes de perversidade. Outro que não teve melhor sorte foi o Capitão América, cujo arsenal se resume a um escudo. Mergulhou na mais completa crise de identidade, só superável pela morte, aposentadoria compulsória, ou a troca do escudo por lançadores de mísseis e bombas "inteligentes". Símbolo dessas transformações é a vertiginosa ascenção do Justiceiro. Um psicopata sem rebuços que ganhou revista própria, para fazer frente à metamorfose do Batman. Essas alterações tem todas um mesmo sentido: extirpar dos "personagens positivos" qualquer vestígio de Humanidade. A missão reservada ao herói não é mais a de contrapor-se aos deuses ou ao destino, revelando nesse choque tanto a grandeza quanto a vulnerabilidade da condição humana. Tampouco é a de defender o mundo contra o mal, afirmando na luta contra ele os valores do bem. Agora trata-se de infligir ao "mal" uma dor maior do que a que ele foi capaz de provocar. O espectador das peripécias entre heróis e vilões deve ser levado a identificarse não com o espírito de justiça, a solidariedade, a coragem, o amor e o compromisso dos primeiros com o avanço da Humanidade, mas com a mórbida e pervertida compulsão, que apossou-se deles, de chacinar os segundos. O núcleo da estética da barbárie é o culto da revanche como pretexto para o massacre. Nada a ver com aquela revanche ingênua e cândida, baseada no cruel preceito bíblico pré-cristão do "olho por olho, dente por dente". Pois este, apesar de representativo de um padrão de civilização rudimentar, não está isento de um certo sentimento de justiça e equidade. Para as necessidades do império, a revanche deve assumir necessariamente a forma do massacre, da chacina. Não se trata, pois, de simples manifestação de atraso, mas de claro sintoma de degeneração e apodrecimento. O ex-boina-verde Johny Rambo (Stallone), na primeira de suas aparições na tela, vinga-se das agressões e humilhações sofridas nas mãos de um xerife inescrupuloso (Brian Dennehy), liquidando não menos que uma centena de policiais ou membros da guarda nacional - a tiro, a faca e com as próprias mãos. De quebra, faz voar pelos ares um quarteirão inteiro da cidadezinha que não lhe dispensou acolhida hospitaleira. "Não estou aqui para livrar Rambo de vocês, mas para livrar vocês de Rambo", diz o Coronel Trautman aos supostos perseguidores de seu ex-pupilo. A preocupação da "Máquina de Matar" em abrir caminho para a fuga é praticamente nula, no máximo protocolar, como faz questão de esclarecer seu ex-comandante. O que realmente importa, o que, de fato, interessa é o estrago que Rambo provoca, a título de vingança, nos que lhe causaram mal. É sobre isso o filme. Aliás, não só o primeiro da série, mas todos os demais. Não há diferença substancial que a fúria de Rambo esteja direcionada contra o xerife implicante ou contra vietnamitas, soviéticos, árabes ou brasileiros. Assim como também não muda muito o fato de que a "vítima" da "injustiça" que acionará a contagem regressiva para a entrada em cena da "Máquina de Matar" seja ele próprio ou de alguns de seus "amigos". A estrutura dramática é idêntica. O objetivo persegui- •-^ •v m r A Estética da Barbárie do é o mesmo. Induzir o espectador a identificar-se com o massacre e a chacina como formas necessárias da revanche. O bombardeio criminoso e genocida, promovido pelo império, contra alvos civis, hospitais, fábricas de leite em pó, mulheres e crianças, seja no Iraque, na Somália, Panamá, Harlen, Los Angeles ou qualquer outro ponto do planeta, encontra aqui a justificativa desde que se consiga mostrar que não tenha sido "Rambo" quem começou a briga - e para isso existe o monopólio da mídia - não há nenhum "acordo de Genebra", nenhuma barreira ética, que deva limitar a intensidade e a extensão do "troco". Pelo contrário, este deve ser avassalador, e sobretudo perverso, para que fique como exemplo a todo aquele que ousar desafiar o império. A repulsa, a indignação que a chacina provoca em qualquer pessoa normal, comum, deve ceder lugar à complacência - no limite, ao sadismo. Isso requer cidadãos emocionalmente mutilados, embrutecidos, alienados, anestesiados por overdoses desses "produtos culturais". É interessante observar que essa apologia do massacre via de regra não é sustentada por argumentos racionais, o que reserva à estética da barbárie um papel mais importante aos propósitos de manutenção /> da agonizante ordem imperial do que pode parecer à primeira vista. O mecanismo de identificação do espectador com os Rambos que ocupam diutumamente as telonas e telinhas é elementar, mas nem por isso desprovido de eficácia. No começo da história nossos "heróis" ou seus protegidos, com licença da expressão, entram na porrada. São maltratados, humilhados, espezinhados. Charles Bronson, que acabou engolido por seu personagem em Desejo de Matar, um ex-pacato arquiteto que se tornou apóstolo da filosofia do linchamento, tem a mulher assassinada e a filha covardemente estuprada pelos malfeitores. No quarto filme da série, para criar um clima propício à sofisticação bélica, ao pleno emprego de um arsenal que chega a incluir uma metralhadora ponto 50 que produzirá o aumento das habituais quinze ou vinte "execuções" para cerca de cento e cinqüenta, vários amigos de Bronson passam a metade do filme sofrendo as mais seletas iniquidades nas mãos de uma gang de punks que atormenta o bairro. O espectador que se sente esmagado pela arrogância do patrão, a grossura do chefe, o baixo salário, a falta de segurança, a incompreensão dos vizinhos, não tem dificuldade de sintonizar-se com aqueles que ele percebe estarem sendo, como ele próprio injustamente oprimidos e sufocados. É aí que mora o perigo...Fisgado pelo "martírio" do "herói", identificado com o que no primeiro momento aparenta ser uma louvável ação para restabelecer a justiça e a liberdade, o espectador, cujo espírito crítico é intencionalmente confundido por toda a sorte de recursos cênicos, o seguirá na frenética viagem pela senda de uma vingança, que não se detém diante de qualquer limite legal ou ético, até atingir a plenitude do banho de sangue "purificador". Nela, cada ato de "herói", cada uma de suas dezenas de ações de extermínio vai sendo crescentemente estetizada como um meio de obtenção de prazer da dor infligida ao "inimigo". Nicholas Marshal é um juiz que nunca consegue prender nenhum criminoso, porque a lei, segundo os cânones da estética da barbárie, existe "para dar proteção aos bandidos". Por certo que não aos peixes gordos: banqueiros, magnatas, proprietários de corporações e monopólios que amealham sua fortunas as custas do saque, da ruína, da miséria, fome e morte de milhões de seres humanos, provocando a degradação social que abre caminho à proliferação dos bandidos pés-de-chinelo, amadores, free-lancers do crime, cuja impunidade tira o sono do intimorato magistrado. Então, quando pendura «■«?«» sua toga no cabide, o jovem e branco Nick vira líder de um esquadrão de "justiceiros" composto por uma mulher, um velho e um negro, para que todos os segmentos da sociedade se vejam ali representados. Cada episódio da série é uma aula de como barbarizar pequenos canalhas através de meios torpes como a tortura, o embuste e a fraude. Que esses bois de piranha possam servir para desviar os olhos do público dos responsáveis pelo estado atual de calamidade, são os mais sinceros votos dos patrocinadores. Nove entre dez thrillers, o gênero mais produzido hoje nos EUA, dedicam-se a estetizar essa pungente tese de que o braço vingador do sistema tem de passar por cima da lei, para atingir os "bandidos" e chacinálos, antes que o caos reine absoluto. É evidente que qualquer relação que isso possa ter com as necessidades reais do império de violentar as leis, para fazer prevalecer os interesses de meia dúzia de parasitas sobre o de milhões, resultado de uma concentração de capitais cada vez mais pervertida e alucinada, não passa da mais absoluta coincidência. A Estética da Barbárie ^^^sses mitos são re fl^F produzidos àexaus ^/J tão. Com ligeiras modificações, são martelados, bombardeados maciça e incessantemente sobre o distinto público, sem qualquer misericórdia. Por isso, quando pesquisas de opinião realizadas pelos monopólios de imprensa afirmam, como se fosse a coisa mais natural do mundo, que metade da população americana se dizfavorável a uma intervenção da CIA para "assassinar Saddam Hussein", o que é verdadeiramente espantoso não é o grau de paranóia e demência que campeiam por aquelas plagas, mas o nível de sanidade que, apesar de tudo, metade da população consegue manter. Estética é comunicação pelos sentimentos, ela não se dirige diretamente à razão, como um conceito ou um argumento. Ela lida com o imaginário, com símbolos, desejos. Porém, mesmo quando se proclama "apolítica", o seu sentido sempre será o de produzir uma vivência emocional no espectador, que interfira em sua percepção da realidade, que o torne propenso a adotar ou rejeitar determinadas atitudes e idéias. A estética do império é a da barbárie porque a barbárie é a condição de existência do império, no estágio de degeneração em que mergulhou. Seu núcleo é a apologia da revanche, da chacina, da lei do cão, porque são esses os valores que mais favorecem e melhor se ajustam aos interesses das 150 famílias que monopolizaram em suas mãos as riquezas mundiais. Não é à toa que o Super-Homem tenha sido tirado de circulação. Sua Humanidade, e também a da galeria de vilões encabeçada por Lex Luthor, estava se tornando altamente subversiva para os padrões atuais do imperialismo. Conservadores eles eram. Mas não "máquinas de matar", delirantes, psicopatas, sádicas, como as que ora vão sendo cínicas e cuidadosamente glamourizadas. Michael Jackson não é Rambo, mas em compensação não consegue nem ser homem nem mulher, nem preto nem branco, nem adulto nem criança. Essa aura de indefinição é cem por cento intencional. Foi esculpida a dolorosos golpes de bisturi, que ratalharam a carne do ex-crioulo, para transformá-lo nesse lamentável Frankenstein "pós-moderno". Madonna cultiva um tipo de indefinição semelhante. Pode ser loura ou morena, lésbica ou ■ ■ pi ninfomaníaca, ou qualquer Coisa que o marketing dos escândalos burocraticamente programados considere oportuno para a ocasião. Tanto a camaleoa ou Jackson, a rigor, não são nada. Sua músicas também não dizem ao que vem. São pretexto para efeitos especiais espetaculares, iluminação feérica, gelo seco, lantejoulas, lasers, computação gráfica, espuma multicolorida. A diferença é que Jackson poderia ter sido cantor, se quisesse. E Madonna jamais se interessou em aprender a cantar, nem a dançar. Atriz de terceira categoria, alcançou o estrelato, representando o papel de cantora e dançarina, unicamente através de golpes de marketing. É essa indefinição, esse não ser, que constitui a razão de ser ambos, e do lugar que ocupam na estética da barbárie, como envoltório do núcleo constituído pelas "máquinas de matar". A ausência de qualquer traço definido nesse excipiente impede o conflito entre ele e o núcleo, o que de outro modo certamente ocorreria, visto que é praticamente impossível ser algo diferente das "máquinas" sem contrapor-se a elas. Só mesmo as abobrinhas engalanadas têm o condão de conviverem sem problemas com as engrenagens da morbidez genocida. E quanto mais identificado ^ÊÊ&I estiver o espectador com a indefinição, maior a possiblidade dele ser pego pelas sangrentas engrenagens. Há uma considerável distância entre a imagem que o império procura fazer de si próprio e a realidade. A compulsão para a chacina é fato. Mas também é fato que a suposta intrepidez, destreza e invencibilidade de Rambo não passa de uma fantasia para compensar a desabalada carreira de tio Sam no Vietnam; o pavor e a recusa de lutar no chão, exibida no Iraque; as bordoadas que está levando na Somália...A verdade é que o material humano que constitui a base da força bélica do império, dado o seu baixo nível de convicção e motivação, é o mais ordinário possível. Fica pois um certo tom de farsa nas peripécias das indefectíveis "máquinas de matar", o que não tem como deixar de limitar sua eficácia junto aos espectadores. Tudo isso deve ser levado em conta por aqueles que desejam combater o império em todos os níveis, inclusive no plano estético, opondo à estética da barbárie uma outra, diametralmente oposta, baseada no amor, no trabalho, na luta, no compromisso com o coletivo, na percepção de que o imperialismo, a despeito dos males que ainda pode causar, é, crescentemente, um tigre podre de papel. Debate CNBB: ''Não é justo que se roube o dinheiro dos pobres para injetar no sistema financeiro" Em mensagem quaresmal, a CNBB, presidida por D. Lucas Moreira Neves, convoca "a todos os homens e mulheres de boa vontade a realizarem uma verdadeira conversão, com atos contra a violência, campanha por ampla reforma agrária, defesa instransigente dos direitos trabalhistas adquiridos, luta por uma política econômica que garanta o emprego e a dignidade dos brasileiros" U Grita a plenos pulmões, não te contenhas, levanta a tua voz como uma trombeta e faze ver ao meu povo a sua transgressão, à casa de Jaco o seu pecado" (Isaías 58.1) Nós os bispos da presidência e comissão episcopal de pastoral da CNBB, reunidos em Brasília, durante os dias 27 e 29 de fevereiro para nossa reunião ordinária, convidamos os católicos a viverem intensamente a Quaresma, em perspectiva pascal, como também convidamos a todos os cidadãos e cidadãs a refletirem conosco sobre a urgente necessidade de justiça e paz para a Nação brasileira. Retomamos a mensagem do papa na abertura da Campanha da Fraternidade. "Vivei como irmãos e irmãs, deixando-vos conduzir pelo Espírito de Deus, rompendo com as cadeias do pecado e do egoísmo. Peço ao Todo Poderoso que esta campanha sirva como forte apelo a uma mudança pessoal e profunda de todos os cidadãos, a fim de cada qual, vencendo o isolamento e o individualismo, saiba ser solidário com os demais: assuma o compromisso de empenhar-se em espírito de autêntico serviço à comunidade, na cons- trução de uma sociedade justa e fraterna, segundo seus dons e suas responsabilidades" (mensagem do papa para a abertura da CF/96, 21/2/96). A Campanha da Fraternidade é um grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e gestos concretos como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação à Pásqua: romper os grilhões da iniqüidade, libertar os oprimidos, repartir o pão com o faminto, abrigar os semteto, vestir quem está nu (ef.ls.58). O grande desafio que lançamos é de uma real articulação entre fraternidade e a política, visando a profundas mudanças de maneira a conduzir nosso país, a começar por maior democracia e transparência no processo eleitoral que se aproxima. Lembramos com muita dor os inúmeros fatos de violência que aconteceram no carnaval passado, e mais do que isso, assassinatos sem conta e sem motivo e as chacinas diárias. A crescente desvalorização da vida humana nos deixa perplexos. Como ficar calados? Não dá para aceitar a violência como um processo natural, como uma epidemia incontrolável, mais forte que nós! Sabemos que a falta de ética e da solidariedade acelera a descrença na vida e aumenta a espiral da violência. Precisamos de polícia mais democrática e dotada de mais recursos, de aplicação mas eficaz das leis, que dêem um basta à impunidade, e de uma ação judicial mais rápida, eficiente e justa. Vemos o crescente desemprego como prova de que a política de globalização da economia tem falhas estruturais, é uma política que dia a dia vem excluindo uma massa considerável de cidadãos e cidadãs do processo produtivo e distributivo, carregando ainda mais as armas da violência. Não é justo que se roube o pouco dinheiro dos pobres aposentados, dos pequenos produtores e dos trabalhadores em geral para injetar no sistema financeiro, salvando quem economicamente já está salvo ou já acumulou injentes riquezas através da fraude e do roubo. Basta de sacrifícios de vidas para salvar planos econômicos. Preocupa-nos a falta de uma política séria para a reforma agrária e que a questão da terra esteja sendo tratada como caso de polícia. Nesse sentido, exigimos a aceleração dos esforços para uma solução justa dos conflitos agrários e a libertação imediata dos líderes do Movimento dos Sem-Terra. Tememos que esta situação vivida no país aumente a crise de confiança nas instituições constatada pelo papa João Paulo II. Repetimos com ele: "É preciso reagir, baseando-se nos valores da honestidade, da retidão e da dedicação generosa ao bem-estar da comunidade"(CF/96). É neste espírito que convidamos a todos os homens e mulheres de boa vontade a realizarem uma verdadeira conversão. Conversão que se inicia numa nova consciência do compromisso pessoal e intransferível com a fraternidade a solidariedade em que se expressa, visivelmente, nos compromissos que assumimos na sociedade: atos contra a violência, campanha pela demarcação das terras indígenas e por ampla reforma agrária, defesa intransigente dos direitos trabalhistas adquiridos, luta por uma política econômica que garanta o emprego e a dignidade dos brasileiros. A nossa vivência quaresmal acelera o dia em que "Justiça e Paz se abraçarão", antecipando as alegrias da Páscoa da Ressurreição! Revista da UBES ns 2 Educação Mato Grosso: Estimulando a autonomia e a participação da sociedade nas escolas "É necessário unificar o sistema e, ao mesmo tempo, descentralizá-lo ", afirma o presidente do Instituto Paulo Freire, professor Moacir Gadotti. Para ele, "esse projeto demonstra a vontade política de resgatar o papel da escola pública, que deve ter como questão principal formar alunos para a cidadania e o desenvolvimento " ^a Formar uma base legal e institucional co mum entre Estado e municípios; eliminar as redes municipais e estadual de ensino, unificando-as e transformando-as em uma única rede pública; respeitar a diversidade de cada contexto. Essas são os pontos básicos do SUDEB (Sistema Único e Descentralizado de Educação Básica), que a Secretaria de Educação do Estado do Mato Grosso pretende implantar em toda a rede pública de ensino a partir do próximo ano. Pautado na colaboração e na gestão democrática, o projeto, que conta com a consultoria do Instituto Paulo Freire, vem sendo amplamente debatido por professores, sociedade civil, técnicos do governo do Estado e representantes dos municípios do Mato Grosso. "É necessário unificar o sistema e, ao mesmo tempo, descentralizá-lo", afirma o presidente do Instituto Paulo Freire, professor Moacir Gadotti. Para ele, "esse pro- Revista da UBES ne 2 jeto demonstra a vontade política de resgatar o papel da escola pública, que deve ter como questão principal formar alunos para a cidadania e o desenvolvimento", diz Gadotti. O presidente do Instituto explica que o SUDEB tem como propostas garantir uma melhor qualidade de ensino, estimular a autonomia político-pedagógica das escolas e investir na formação e valorização dos professores. "O Sistema implica numa política de modernização da rede, com informatização e processamento de dados. Numa política de qualificação, dentro de um plano de educação com cursos e aperfeiçoamento de professores e numa reestruturação administrativa", diz. Essas mudanças também passam pelo maior envolvimento da sociedade nas decisões dentro da escola, que vão desde a administração de recursos até a elaboração de um currículo diversificado de acordo com a necessidade de cada região, que se somará ao currículo básico comum para todo o Estado. Outra novidade é que, para gerenciar os recursos desta nova forma de administração, será criado o FUMDEP (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento das Escolas Públicas), que reunirá o Orçamento destinado à educação dos Estados e municípios e será gerido por um Conselho que contará com a presença do Secretário Estadual de Educação, 10 representantes da sociedade civil e 10 membros indicados pelo Estado. "A Educação é dever do Estado, mas responsabilidade da sociedade, ou seja, a sociedade tem que cobrar, tem que exigir o que é seu. E o SUDEB é uma alternativa concreta. Mostra que há, por parte do governo, uma vontade de melhorar, de trabalhar junto com os municípios, junto com a sociedade. Então, caberá a todos, participar", afirma Gadotti. Educação Rio Grande do Sul relanfa Programa de Crédito Educativo Programa beneficiará de 5 a 7 mil estudantes carentes de todo o estado. Entre os cursos considerados prioritários estão pedagogia, matemática, física, química, biologia, história, português, engenharia, agronomia, veterinária, informática e enfermagem. No último dia 18 de abril, o governador Antônio Brito relançou o Programa Estadual de Crédito Educativo (Prodec), que beneficiará de 5 a 7 mil estudantes carentes. O programa, já existente no Rio Grande do Sul, tem como finalidade conceder Bolsa Rotativa de Estudo, visando custeio de matrículas e mensalidades escolares para alunos de graduação com insuficiência de recursos próprios ou familiares. A estimativa é que neste ano sejam destinados R$ 15 milhões para estudantes das 32 Instituições de Ensino Superior Comunitário (IESC) credenciadas. As inscrições estão abertas e o candidato deve estar devidamente matriculado em uma instituição comunitária, ser carente de recursos econômicos-financeiros próprios ou familiares. Além disso, apresentar bom desempenho acadêmico e estar preferencialmente matriculado em um curso das áreas consideradas prioritárias para formação de recursos humanos no Estado. Outra condição é que o candidato não receba auxílio de qualquer outra fonte para o custeio da sua mensalidade ou anuidade. A partir de agora, o governo aplicará 0,5% da receita líquida de impostos próprios na manutenção e desenvolvimento do Ensino Superior Comunitário do Rio Grande do Sul. Entre os cursos considerados prioritários estão pedagogia, licenciatura em matemática, física, química, biologia, geografia, história, português, línguas estrangeiras, educação artística, educação física, filosofia e ciências sociais. Além destes, cursos de engenharia, agronomia, veterinária, zootecnia, informática e enfermagem. Revista da UBES ns 2 Educação Escolas da capital paulista terão ensino de espanhol Projeto da vereadora Lidia Corrêa garante acesso da juventude paulistana à língua espanhola Segundo a vereadora Lidia, o objetivo do estudo do espanhol é a integração e aproximação dos povos da América Latina, estimulando o conhecimento da cultura e da formação social e política do continente As escolas munici pais de Io e 2° graus da cidade de São Paulo vão começar a ministrar, à partir do próximo ano, o ensino da língua espanhola, graças ao projeto de lei apresentado pela lider da bancada do PMDB na Câmara Municipal, vereadora Lidia Corrêa, aprovado em junho passado e sancionado pelo prefeito Paulo Maluf. Segundo a vereadora Lidia, o objetivo do estudo do espanhol é a integração e aproximação dos povos da América Latina, estimulando o conhecimento da cultura e da formação social e política do conti- Revista da UBES ns 2 nente: "O estudo de um idioma é, reconhecidamente, um dos maiores fatores de integração, sonho de todos nós, a mesma bandeira levantada pelo libertador Simón Bolívar, que até a sua morte lutou pela união dos países de nosso continente". O estudo da língua espanhola será implantado de forma gradativa em todas as 370 escolas minicipais de São Paulo. Ao todo, 500 mil estudantes terão a oportunidade de estudar a nova língua. Em todo o país, o interesse pelo estudo do espanhol vem atingindo níveis sem precedentes. Muitas escolas que ofereciam apenas o estudo do inglês também oferecem hoje em seus currículos o espanhol, pois é grande o número de universidades que introduziram este idioma em seus vestibulares. Para completar, Lidia Corrêa lembra que seu projeto está de acordo com a Constituição Federal, que estabelece em seu artigo quarto, parágrafo único que "a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando a formação de uma comunidade latinoamericana de Nações". Educação UBES e UMESB se reúnem com governador do DF Diretores da UBES, da UMESB de Bra sília, da UMES de São Paulo e de diversas entidades estiveram reunidos no dia 11 de abril com o governador do Distrito Federal Cristóvam Buarque. A UBES denunciou a grave crise pela qual atravessa a educação pública em função da política de privilégio do sistema financeiro e debateu a necessidade da imediata instalação da CPI dos bancos. "A união dos estudantes, governos e toda a soSecretario-geral Rafael Bastos e diretoria da UBES durante audiência ciedade é fundamental para apurarmos o maior bancos à custa da desDurante a audiência, com o CD Doce Canescândalo já ocorrido na truição do país", afir- o secretário-geral da to, de Waldir da Fonhistória do Brasil: a der- mou a diretora da UBES, Rafael Bastos, seca, produzido pelo rama de bilhões para os UBES, Jane Ferreira. presenteou o governador CPC da UMES-SP CBÜinSIL - coü&m Safar Viagens e Turismo Ltda. Pacotes mensaiõ para Cuba. Turismo juvenil para todo o 3rae\\. Preços promocionais para estudantes Ligue: (011)604-2545 is- INÉDITO NO BRASIL Venha conhecer a milenar arte e o artesanato da Coréia. Magníficos quadros, porcelanas de Koryo, artesanatos em Nácar e as belas publicações da RPDC. Ótimas opções para presentes Rua 13 de Maio, 916 - Bixiga - Fone: (011) 283-3786 Revista da UBES ns 2 Informe Publicitário A propaganda enganosa de FHC Reforma da Previdência: Você só pode ser contra ou a favor depois de ler esta matéria "Todo Brasileiro tem direito à aposentadoria". A primeira inverdade da grande campanha de marketing do governo, que está custando mais de R$ 3 milhões ao BNDES - dinheiro suficiente para pagar mais de 17 mil benefícios do regime INSS - é a sua frase inicial. Se o governo defende a necessidade de 30 e 35 anos de contribuição para conceder a aposentadoria, é óbvio que pretende conceder este direito somente a 20% da população brasileira. A matemática é simples. Dos 160 milhões de brasileiros, somente 65 milhões fazem parte da chamada População Economicamente Ativa (PEA). Mas, destes, apenas 46% trabalham na chamada economia formal, com registro em carteira e possibilidade de contribuição à previdência. Logo, somente 30 milhões de brasileiros poderão ter direito à aposentadoria. Os outros serão marginalizados do sistema. "Mas nem todos tem direitos iguais". O texto publicitário compara servidores públicos - para os quais "chuta" o número de 1,5 milhão - com os 15 milhões de "aposentados" pelo INSS. A primeira incorreção: o INSS não tem 15 milhões de aposentados. Em janeiro. Revista da UBES ns 2 segundo dados da Dataprev, tinha 5, 3 milhões de aposentados urbanos e 3,9 milhões de aposentados rurais. São, portanto, 9,2 milhões de aposentados. Os demais 6,5 milhões são beneficiários dos 50 diferentes tipos de auxílios, abonos, pensões e rendas mensais mantidos pela previdência social. Outra distorção: a comparação dos valores das aposentadorias. Se o aposentado urbano ganha em média 2,1 salário mínimos é porque nos últimos 36 meses de trabalho - que servem de base para o cálculo do benefício - contribuiu somente com 8% a 10% sobre este valor. E lógico que houve também um achatamento, fruto da política de reajuste dos benefícios, que a cada ano, ao manipular os índices de reposição, permite ao governo reduzir a sua despesa com aposentadorias. Por outro lado, sem fazer a defesa geral e irrestrita dos servidores públicos, onde há uma minoria que constitui de fato uma casta de privilegiados principalmente nos Poderes Legislativo, Judiciário e nos governos estaduais e municipais - o funcionalismo da União contribui com até 12% sobre tudo o que recebe, seja R$ 100 ou R$ 5.000. E recebe a aposentadoria sobre o que pagou. "Enquanto a imensa maioria se aposenta após contribuir durante 30 ou 35 anos, determinadas categorias se aposentam muito mais cedo". Nisto o governo tem razão. Há parlamentares que se aposentam aos oito anos de mandato. O presidente FHC e até o próprio ministro Stephanes que se aposentou com apenas 23 anos de serviço, entre inúmeras e incontáveis situações vexatórias. Mas, esta situação é a exceção que convalida a regra. "Em alguns casos, uma única pessoa pode ter várias aposentadorias..." O governo fala mal, mas matem em sua proposta a possibilidade da acumulação de diversas aposentadorias. Entre elas as dos amigos do rei, de cargos em comissão, de cargos eletivos, etc... É só ver quem tem 3, 4 ou 5 aposentadorias. Não são os trabalhadores, mas sim os "amigos"'ou muito próximos do poder ou dos Poderes. "Na década de 50 existiam 8 trabalhadores contribuindo para cada pessoa aposentada Hoje existem 2,3..." É elementar que um sistema de previdência, ergo marco inicial data de 1923, 27 anos depois de constituído, em 1950, não poderia ainda ter aposentado muita gente. Somente iniciou o processo de concessão acelerada de novos benefícios ao fim desta geração, em 1960. co/vr/M WAmml f srfflv(/A/c/o. ''^SandadeF? "ente sobre a ^ênefasocia, A situação de hoje objeto do discurso parte de uma premissa totalmente errada. Se temos 45% do PEA empregados, ou seja, 30 milhões na área urbana e temos apenas 5,3 milhões de aposentadorias urbanas, a relação entre uma e outra é de 5,6 por um e não 2,3. Mesmo que se acrescentem as três milhões de pensões da área urbana, esta relação permanece em 3,5 por um. Em níveis aceitáveis mundialmente. "Dentro de alguns anos, a Previdência Social vai ficar sem recursos para garantir o pagamento das pensões e aposentadorias". Se esta previsão fatídica e verdadeira, porque o governo não tratou em sua proposta de ampliar o espectro das receitas do sistema, de criar mecanismos mais rigorosos de combate à sonegação, de estancar a eterna sangria nos cofres previdenciários com os desvios de recursos das diversas contribuições sociais (Cofins, Lucro, prognósticos), além de conceder com muita freqüência anistias, isenções, etc...? Internacional Nas ruas de Pyongyang, povo rechaça manobras de guerra na zona desmilitarizada. Em Seul (foto ao lado) coreanos do sul formam uma corrente humana exigindo a reunificação da Pátria A paz só será garantida com a reunificação A Pátria coreana está divida ao meio pelo Muro da Vergonha, construído pelo exército de ocupação ianque. O agressivo e brutal retrato da divisão imposta ao povo coreano desde o final da Segunda Guerra tem 246 quilômetros de comprimento. Neste ano, os títeres do sul intensificaram os exercícios militares conjuntos com os EUA, invadindo a zona desmilitarizada com canhões de grosso calibre, tanques, armas nucleares, e numeroso contingente militar. Chegaram ao descaramento de construir prédios militares dentro da zona desmilitarizada, como ocorreu no posto de Oryongue, onde um destes prédios foi erguido a 100 metros da linha de demarcação militar. Coréia Popular repele provocação da camarilha do sul A camarilha de Kim Yong Sam, instalada no sul da Península Coreana vem realizando uma série de exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos de provocação à República Popular e Democrática da Coréia (RPDC) na zona desmilitarizada, dentro da linha que divide a Pátria coreana ao meio. Além de gerar um clima de instabilidade na região, os exercícios desrespeitam descaradamente o Acordo de Armistício, assinado em 1953 entre a Coréia socialista e os EUA. Estas manobras, realizadas com armas pesadas e artefatos nucleares - os EUA mantém na parte sul do país um gigantesco contingente militar, armas pesadas e mais de mil ogivas nucleares têm como objetivo frear a inevitável reunificação da Coréia, desejo inadiável de toda a população da Península, e dar uma sobrevida ao regime alojado no sul, sustentado por monopólios de meia dúzia de famílias, como as Samsung, Daewoo, e Hyundai, que estão em situação falimentar. Apesar de toda a parafernália de guerra montada no sul da Península, o povo coreano, que sob comando do Grande Líder Kil II Sung já varreu o exército imperial japonês e mais tarde impôs aos invasores norteamericanos humilhante derrota na Guerra da Coréia, está firme junto com o líder Kim Jong II diante de mais esta provocação. "Nosso povo e o Exército Popular aniquilarão os agressores e erradicarão a origem da guerra na Península Coreana", advertiu o Marechal Kim Guang Jin, primeiro vice-ministro das Forças Armadas Populares da RPDC. Revista da UBES nQ 2 s* Internacional Abaixo o criminoso bloqueio contra a Na{ão iraquiana O bloqueio contra o Iraque, imposto pelos EUA desde 1990 logo após a agressão imperial contra o país árabe, é mantido injustamente, pois o Iraque já cumpriu todas as resoluções impostas pela ONU para a sua suspensão. A perpetuação do criminoso bloqueio se dá pela pressão da indústria bélica norte-americana e de seus representantes no Congresso dos EUA. Os mais penalizados com o criminoso bloqueio são as crianças e os idosos. Logo após o cessar-fogo a mortalidade infantil abaixo dos cinco anos de idade triplicou. Só nos primeiros oito meses de 1991, 50 mil crianças morreram. Em janeiro de 1989, 98 crianças - abaixo de 5 anos morreram de diarréia. Neste ano no mesmo período, 1082 crianças morreram, um aumento de 1004,1%. A mortalidade infantil de crianças com pneumonia em 89 erà de 179 crianças, em janeiro deste ano o índice chegou a 2088 crianças. A desnutrição teve um aumento drástico de 2012,5%. Entre os idosos os índices de mortalidade são espantosos. A hipertensão de 89 pra cá teve um aumento de 396,1%. Em janeiro de 89, 247 idosos morreram de câncer, só em janeiro deste ano 1275 idosos foram vítimas deste mal, um aumento de 416,2%. Durante a guerra do golfo os Estados Unidos e seus "aliados" despejaram contra o Iraque cerca de 40 toneladas de urânio esgotado - segundo a Agência de Energia Nuclear da Inglaterra -, usado em projéteis de artilharia para penetração e destruição de tanques e carros blindados, causando o aumento de tumores malignos, câncer nas crianças e uma epidemia fatal de inchaço do abdômen. Iraque já cumpriu todas as resoluções da ONU O prosseguimento das sanções econômicas injustas ao Iraque contradiz as mais simples normas internacionais de direitos humanos. Não há qualquer justificativa para a continuidade do bloqueio, pois o Iraque já cumpriu com todas as resoluções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Agora falta ao Conselho cumprir o artigo 22 da Resolução ne 687, que declara a imediata suspensão das sanções uma vez que o Iraque já atendeu a todas as normas estabelecidas pela ONU. Vários países, como a França, já abriram escritórios de representação comercial em Bagdá, isolando os EUA em sua política criminosa contra o Iraque. Em apoio ao presidente Saddam Hussein, iraquianos tomam as ruas de Bagdá contra o embargo Revista da UBES ns 2 Internacional j < .-■ antesca manifestação s ruas de . avana, brasileiros e cubanos rechaçaram o bloqueio ianque contra Cuba * iü UBES em Cuba reafirma solidariedade antíimperialista Diretores da UBES estive ram em Havana, Cuba, entre os dias 11 e 15 de março, participando do Programa da Escola de Dirigentes Estudantis Latino Americanos promovido pela Organização Continental Latino Americana de Estudantes (OCLAE). Durante todo o encontro, lideranças estudantis da América Latina participaram de diversos debates e palestras, com a presença de ministros cubanos, como o da Educação, Luís Gómez Gutiérrez; do Ensino Superior, Fernando Vecino Alegret; da ministra Rosa Elena Negrín, da Ciência, Tecnologia e Meio-Ambiente e representantes de organizações como a Unesco e a Associação das Mães da Praça de Maio. "Enquanto os palestrantes cubanos demonstraram os avanços da educação na Ilha, nós denunciamos as conseqüências que o neoliberalismo está causando nos países do continente, como o sucateamento das escolas e universidades e aumento vertiginoso do analfabetismo", disse Gislaine. A delegação da UBES foi a maior entre as estrangeiras. Junto com Gislaine foram a Cuba a presidenta da UMESB, Jane Ferreira; Cirlândia Guimarães, presidenta da UMES de Rio Branco; o presidente da UBE de Blumenau, Adriano Augusto, acompanhado da diretora de imprensa Michele; Nilson Soares, diretor da UGES, e os diretores da UBES Tais Guimarães e Adriano Mendes. Também integrou a delegação brasileira Henrique Hettwer, da UEE-SP Os brasileiros participaram de uma gigantesca manifestação contra a lei Helms, que intensifica o bloqueio contra Cuba. Nesta manifestação, foram saudados pelo chanceler cubano, Roberto Robaina, e pelo presidente da Assembléia Nacional Popular, Ricardo Alarcón. "Fomos recebidos de forma extraordinária peDiretoria da UBES com los ministros, que foram Min. da Educação de Cuba extremamente atenciosos e simpáticos. O povo nos tratou da mesma forma carinhosa quando descobriam que éramos brasileiros. Brasileiros e cubanos são povos muito parecidos, na alegria, descontração, e a nossa delegação contagiou a todos por onde ... e com o chanceler Robaina passou", diz Gislaine. Me Revista da UBES n2 2 Internacional Estudantes dão olé nos patetas da CIA e do FBI em ato de solidariedade a Cuba Deixaram o secretário de Estado dos EUA com cara de babaca AUBES deixou de cabelo em pé o se cretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, e desmoralizou todo seu aparato de segurança composto de agentes da CIA e do FBI trazidos dos EUA. No dia 2 de abril passado em São Paulo, o secretário gringo estava no Hotel Transamérica num almoço montado para mais de 500 empre- sários e diversas autoridades, quando Luciano Cordeiro, diretor da UBES e presidente da UMES-SP, e Tatiana Chaves, diretora da UMES-SP, driblaram todo o esquema de segurança que incluía cães farejadores, detectores de metais e agentes da CIA e do FBI, para defender a soberania cubana e protestar contra o bloqueio ianque imposto há mais de 30 anos à Ilha. Quando o secretário de Estado dos EUA tentou iniciar seu discurso, Luciano e Tatiana ergueram a bandeira cubana e gritaram: "Abaixo o imperialismo! Viva a soberania dos povos! Viva Cuba! Viva Fidel!". Do lado de fora do hotel, dezenas de estudantes convocados pela UBES se manifestavam em defesa de Cuba. Famigerada lei Helms-Burton é uma afronta à soberania de todos os povos O projeto HelmsBurton, elaborado pelos fascistas e representantes da ultra direita norte-americana no Congresso, prevê a intensificação do bloqueio econômico contra Cuba chegando ao extremo de pretender a internacionalização do bloqueio; a "devolução" de propriedades à margem do direito internacional, incluindo à pessoas que obtiveram a nacionalidade norteamericana depois da criação da lei de nacionalização de Cuba e transmite aos termos legislativos Revista da UBES n2 2 as condições para converter a Ilha em um protetorado dos Estados Unidos. O projeto Helms-Burton viola a soberania de outros países, pois determina penalidades às nações que comercializam com Cuba, além de ser uma afronta às leis internacionais de comércio. Além disso, o projeto é uma tentativa de dar uma sobrevida ao bloqueio ianque, isolado por todo o mundo e inclusive dentro dos próprios EUA. O idealizador do projeto, o republicano Jesse Helms, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, é conhecido em todo os EUA por seu caráter fascista e ultra-racista. Em toda sua vida, que inclui 22 anos como senador, foi um fervoroso opositor contra o movimento pelos direitos civis e a integração racial a ponto de descrever a ata sobre os direitos civis de 1964 como a legislação "mais perigosa" até então apresentada no. Congresso dos EUA. Foi incondicional apoiador do regime do apartheid na África do Sul. A visita de Warren Christopher ao Brasil ocorreu logo depois da provocação norte-americana contra Cuba no final de fevereiro, quando dois aviões do grupo terrorista "Irmãos para o Resgate", instalado em Miami e financiado pela direitona norte-americana, invadiram a Ilha e, depois de advertidos diversas vezes, foram abatidos pela defesa cubana no dia 24 daquele mês. A provocação foi toda armada para forçar a aprovação da lei Helms-Burton no Congresso dos EUA, sancionada pelo presidente Bill Clinton no dia 12 de março. Internacional Raul Castro parabeniza ato de bravura dos jovens brasileiros O comandante Raul comemorações Castro Ruz, segun- dos 34 anos de do secretário do fundação da orPartido Comunista de Cuba, ganização juverecebeu em Havana Márcio nil cubana. Cabreira, tesoureiro da AcompaUBES, Luciano Cordeiro, nhados da pridiretor da UBES e presiden- meira secretáte da UMES-SP e Tatiana ria da UJC, Chaves, diretora da UMES- Victória VelásSP, quando agradeceu a quez (Vic), a UBES pelas manifestações delegação brade solidariedade a Cuba. sileira partici"Para nós cubanos foi mui- pou de várias to importante a ação feita atividades. Ao Tatiana, Raul Castro, Luciano, Vic, Mareio e Juan Almeida por vocês no Brasil", agra- lado de autoridades cuba Depois das condecoradeceu Raul ao ato da UBES nas, no salão de eventos do ções, foi oferecido um coquediante do secretário de Es- Conselho de Ministros, tel de confraternização, tado dos EUA, Warren Márcio, Luciano e Tatiana quando Raul Castro apreOs brasileiros tiveChristopher. ram um encontro assistiram à entrega de sentou a delegação para as A convite da União de condecorações e bandeiras autoridades presentes, entre com a direção nacioJovens Comunistas (UJC), nal da UJC, onde foi de honra da UJC aos jovens elas Vilma Espín, presidenos dirigentes da UBES e da e aos coletivos mais desta- ta da Federação das Mulhereafirmada a solidariUMES desembarcaram em cados no ano de 95 em vá- res Cubanas; Juan Almeida, edade entre os dois Havana no dia 30 de março rias áreas, como ciência e comandante da revolução povos. Em várias espassado para participar das tecnologia, educação, es- cubana; José Ramón Machacolas de Havana a delegação brasileira porte, cultura. Forças Ar- do Ventura, secretário de Orrealizou palestras e madas, trabalho na produ- ganização do Birô Político do debates com os estução agrícola e industrial. PCC e o chanceler Robaina. dantes. Arregaçaram as mangas e participaram do trabalho voluntário na colheita de batata, numa atividade que a UJC realiza todos os anos ^K^' reunindo seus atuais UBES a mil ■ • |||l* LHII l~ Colheram ainda tomate, deta vez junto ,ac °'heítadetomí tecnologia. Revista da UBES ns 2 Internacional > JsJg^r «.i * -^ /^vA jíitl-r 41R^ v, £—-A. Sfe ,lip ^x 4^ *jtt\ "Xv Sk --.™ f^ ^ <, Márcio, Tatiana, Randy e Luciano na sede da Oclae, em Cuba Presidente da Oclae recebe diretoria da UBES Adelegação da UBES se reuniu com o presidente da OCLAE, Randy Alonso, na sede da entidade em Havana, que está completando 30 anos de fundação. "É muito agradável recebê-los na sede da OCLAE, e quando nós ficamos sabendo do convite feito pela UJC a vocês fizemos questão de solicitar este encontro. É muito importante para a OCLAE o trabalho que vem sendo desenvolvido por vocês, pois no Brasil estão 80% dos estudantes de nosso continente",afirmou Randy. Em nome da UBES, Luciano convidou o presidente da OCLAE a visitar o Brasil, e ver de perto a Revista da UBES ne 2 luta dos estudantes. "A nossa luta no Brasil, encabeçada pela UBES, vem avançando no sentido de por abaixo o governo de traição nacional de FHC. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para convidá-lo a visitar o nosso país". Dentro do programa de comemoração de seus 30 anos, a OCLAE está realizando neste momento um Festival Esportivo em Havana, e em outubro será promovido um festival estudantil da canção latino-americana, em Santiago de Cuba No ano passado, a OCLAE realizou seu 10° Congresso, em Porto Rico, contando com a presença de 40 organizações de 24 país da AL e Caribe. ^ > ( }m%9 ca írf". ?êP'j^yrM irí UMES integra campanha da FMJD de arrecadarão de material escolar para Cuba A UMES de São Paulo recebeu em março passado a visita do secretário-geral da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), o indiano Pallab Sengupta, que estava em visita a nosso país a convite das organizações juvenis partidárias filiadas à FMJD. Fundada em 1945, a FMJD representa os jovens de 114 países que têm como objetivo defender e preservar a paz mundial e a amizade entre os povos. _ "Dos compromissos que tive no Brasil, esta reunião com a UMES é uma das mais importantes, pois representa toda a disposição de luta da juventude brasileira", declarou Pallab na reunião com a diretoria da UMES, onde ficou acordado um programa de cooperação que inclui uma campanha de arrecadação de material escolar que será enviado para Cuba, dentro das ações de solidariedade à Ilha. Seu trabalho gráfico em boas mãos WÊÊk de Comunicação Lula FONE: (011)604-2553 > Editoração Eletrônica • Diagramação Composição • Fotolito • Impressão Mulher Garra, grafa e sensibilidade no Dia Internacional da Mulher A força feminina está cada vez mais presente nas escolas, nos grêmios, na direção das entidades estudantis, numa demonstração profunda de energia e disposição de tomar nas mãos os rumos da luta por seu espaço, por uma vida digna, por um país melhor Basta correr os olhos do impeachment, nas Dipelas lutas do nos- retas, Já!, nas lutas em so povo para perce- defesa da nossa soberaber que as carapintadas nia e pela conquista dos são maioria absoluta em direitos consagrados na todas as manifestações dos Constituição de 88. últimos anos, e que a forSeja na política, nas ça feminina está cada vez cadeiras universitárias, mais presente nas escolas, na música, na cultura ou nos grêmios, na direção nas artes, essa verdadeidas entidades estudantis, ra explosão de energia se numa demonstração pro- revela e se funde na luta funda de energia e dispo- por um mundo mais husição de tomar nas mãos os mano, mais justo e mais rumos da luta por seu es- feminino. Mulheres que paço, por uma vida digna, abriram espaço com tapor uma país melhor. lento e encanto como No 8 de Março, Dia Pagú, Cora Coralina, Internacional da Mulher, Tarsila do Amaral, Elis as brasileiras empu- Regina, Dona Ivone nham a bandeira e mos- Lara, Cacilda Becker, tram que estão presentes Fernanda Montenegro, com toda a garra para entre tantas outras bradefender seus direitos e sileiras, também são hodefinir os rumos do país. menageadas neste Dia Foi assim nas batalhas Internacional da Mulher. Festa no 8 de Março Numa homenagem à força e a sensibilidade feminina, o CPC da UMES-SP reuniu vários talentos da nossa MPB numa grande festa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Para resgatar a garra das mulheres brasileiras e para serem homenageadas, as encantadoras vozes de Irene Portela, Kátia Teixeira, Leda Maria, Mazé e Zezé Freitas, acompanhadas pelo piano de Dudah Lopes, pela flauta de Malú Jhanra e por Filo Machado no violão, marcaram o 8 de Março diante do Teatro da UMES completamente lotado Revista da UBES ns 2 Eg« OiuÊma "Doce Canto" U nj AndradePery Ribeiro, Waldir da Fonscc* Teté Kspindola. FHÓ Machado, Walter Franco, Cláudio Nocci, Adyei. Vldvr Blanc, irrigo Barnab<=. [tamar Assumprao. Sérgio Ricardo, ( ejso Miguel, Cibele Codonhoe rrovadoresVrbano. UOtnputo** l Doe*e*nto eea anf amento do CD Num clima de muita emoção, o CD "Doce. Canto" foi lançado no palco do UMES CANTARENA. Num show marcado pela harmonia e sensibilidade, Waldir da Fonseca e seu parceiro Filo Machado mecheram com o coração e a alma da platéia que lotou o teatro e aplaudiu intensamente cada momento. "O lançamento do CD foi uma festa que jamais tive em toda a minha vida, com muita gente presente. Nunca tinha feito um show tão importante quanto este, e justamente em São Paulo, que é minha cidade natal. Este é um momento muito importante em minha vida e em minha carreira", afirmou Waldir emocionado. Revista da UBES ns 2 Sensibilidade e harmonia no novo lançamento do CPC da UMES ara coroar o lançamento de envolve estudantes, artistas e seu segundo CD, o CPC da professores. Quando Waldir soUMES de São Paulo não freu um derrame cerebral, os alupoderia ter escolhido melhor: nos deste grande compositor fize"Doce Canto", do cantor e com- ram uma mobilização para levanpositor Waldir da tar recursos como Além da beleza Fonseca, surge forma de ajudápara dar vida a lo. Desse movie do lirismo, uma verdadeira mento, surgiu a "Doce Canto" obra poética, reidéia de produzir nasceu de uma pleta de harmoo disco, onde nia e sensibilidagrandes interpregrande história de. tes da MPB cande amizade, Com letras de tariam a obra de Waldir, as canções que envolve Waldir. O projeto de "Doce Canto" se concretizou estudantes, são interpretadas logo após a apreartistas e por grandes nosentação de Walmes da música dir no projeto professores brasileira, como UMES CANTAAldyr Blanc, Sérgio Ricardo, Ar- RENA. Num movimento conjunrigo Barnabé, Leny Andrade, to, estudantes, através da UMES Pery Ribeiro, entre muitos ou- de São Paulo, e trabalhadores. tros. através da CGT Brasil e da FedeAlém da beleza e do lirismo. ração Sindical Mundial (FSM), se "Doce Canto" nasceu de uma uniram para realizar esse belísgrande história de amizade, que simo trabalho. Cultura VMt§ M SM fwio UüTA OULCCü UàMA ••• Com muito samba no pé a galera ca A^a Maior festa rapintada sacupopular do planeta, diu as ruas do tradiciocarapintadas nal bairro do Bixiga, em paulistanos enchem São Paulo, na maior fesas ruas ta popular do país. O do tradicional bairro carnaval deste ano mais do Bixiga e provam uma vez trouxe a enerque são bons de gia e a vibração do blosamba co da UMES, que desta — vez teve como tema a jn| "Juventude e a Pátria". "Toda essa alegria e combatividade que a juventude demonstra nesta grande festa, mostra nas ruas, nas passeatas, nas mobilizações em defesa do Brasil, da Educação", afirma o diretor da UMES, Irineu Urtida, que coman- dou a galera ao lado do presidente Luciano Cordeiro. Acompanhado pela bateria da escola de samba União Imperial e pelo samba do cantor e compositor Luis Carlos da Vila, o bloco usou e abusou do verde e amarelo, da cara-pintada, de bandeiras brasileiras e mostrou que é bom de samba. Vários sambistas marcaram presença na festança da UMES, entre eles Carmen Queirós, Tobias da Vai-Vai, Aldo Bueno, Waldir da Fonseca, Denoy de Oliveira, Vidal França, Mazé, João Bá, que animaram ainda mais a festa. • •••• omanda a galera • •• •• •••• Alegria e agitação tomaram conta das ruas do Bixiga Revista da UBES ne 2 Entrevista Entrevista O sucesso que Beth Carvalho faz em seus mais de 28 anos de carreira éfruto de sua total integração e sintonia com o povo, e do povo com ela. Por isso, esta grande guerreira da música popular brasileira, incomoda a muita gente, cantando o que gosta e dizendo o que pensa Acreditar e ap r o x i mar-se do povo. Este é o lema da cantora Beth Carvalho. Não é qualquer samba que ela interpreta; tem que ter um conteúdo profundo em suas letras, casando com sua melodia. O sucesso que Beth Carvalho já fez ao longo de seus 28 anos de carreira é fruto de sua total integração e sintonia com o povo, e do povo com ela. Por isso, esta grande guerreira da música popular brasileira, incomoda a muita gente, cantando o que gosta e dizendo o que pensa. Para ela, o povo vem sobrevivendo graças a sua força e garra. "O povo passa fome e vive a maior crise de desemprego dos últimos anos, fruto de uma política econômica implantada pelo governo, beneficiando meia dúzia de famílias", declara Beth. Para Beth Carvalho, a música popular brasileira é da melhor qualidade, e vai conseguir tri- unfar sobre a invasão dos enlatados e sobre a mentalidade colonizada vigente na mídia. Mangueirense de coração, e amiga de vários compositores da velhaguarda como Nelson Cavaquinho e Cartola, fazendo sucesso com várias composições desses monstros consagrados e imortais da nossa música, Beth esse ano de 96, desfilou no Rio pela Mangueira e, em São Paulo, na sua também querida Vai-Vai, que foi a verdadeira campeã: "Desde que conheci as escolas de samba de São Paulo, me identifiquei com a VaiVai. Ela tem muito a ver com a Mangueira. É mais popular, mais povão. Foi em 78 que comecei a ter uma relação com a VaiVai. Em 84 gravei um samba, o "A Luta VaiVai". Foi uma homenagem minha à escola. Este samba é de Almir Guinetto e Luverci. As cores preto e branco são as do meu time, meu Botafogo querido. Achei também diferente uma escola de samba com cores neutras. Por tudo isso me tornei Vai-Vai. Acho que ajudei-a a ser campeã. Quanto ao des- file do Rio, achei justo o resultado declarando a Mocidade Independente de Padre Miguel campeã; só acho que 3o lugar deveria ter sido da Mangueira e não o 4o. O único ponto que a Mangueira foi inferior a Beija-Flor, que ficou com o 3o lugar, foi no quisito samba-enredo. Em matéria de samba no pé não tem pra ninguém: é só Mangueira!", enfatiza Beth. Sua identicação com as questões do povo não fica só no Brasil. Ela não esconde de ninguém seu amor pelo povo cubano, pelo socialismo. Considera Fidel Castro um exemplo para todo mundo. Diz a todo instante, seja em rodas de batepapo, em programas de rádio, televisão ou até mesmo em shows, sobre a saúde e a educação digna que o povo cubano tem: "Na nossa terra, em se plantando, tudo dá. O Brasil é muito rico. Dizem que o Brasil é um país do 3o mundo. Na verdade eles é que classificam dessa maneira. Os ditos países do Io mundo são essa decadência que aí está. O Brasil e Cuba estão do mesmo lado, ao lado do povo, independente de seus dirigentes. Em Cuba o povo conhece sua cultura, seus artistas, sua história", diz Beth Carvalho. Sua identicação popular estrapola as fronteiras do Brasil. Ela não esconde de ninguém seu amor pelo povo cubano, pelo socialismo. Considera Fidel Castro um exemplo para todo o mundo. Diz a todo instante, seja em rodas de batepapo, em programas de rádio, televisão ou em shows, sobre a saúdeea educação dignas que os cubanos têm João Paulo Revista da UBES ns 2 Kl Revista da UBES nQ 2 &&** Bárbara Eliodora: Estrela do Norte da Inconfidência Bárbara Eliodora, heroína da Incon fidência, mulher forte, determinada, dona de extrema cultura e sensibilidade. Verdadeiro exemplo de mulher e revolucionária. Bárbara foi além de seu tempo, deixando marcas profundas na luta pela liberdade de seu povo e de seu país, que nos acompanham até os dias de hoje. Nascida no século XVIII, em Vila Rica, Bárbara se tomou poetisa ainda jovem. Casada com o também poeta e Inconfidente Alvarenga Peixoto, logo se destacou pela firmeza com que defendia a causa Inconfidente e a libertação do Brasil. Enquanto poucas mulheres de sua época sabiam ler, escrever ou se dedicar a outra coisa que não fosse a vida doméstica. Bárbara estrapolava barreiras e preconceitos, se interessando por assuntos políticos e chocando a sociedade ao casar-se com Alvarenga apenas após o nascimento da primeira filha do casal e, mesmo depois, decidindo manter seu nome de solteira. Silveira, e não Peixoto como o do marido. Na efervecente Vila Rica de então, a casa de Bárbara e Alvarenga logo se transformou num centro de encontro e referência para os amigos: os futuros Inconfidentes, entre os quais Bárbara logo se destacou. Mas é imediatamente após a traição de Silvério dos Reis, com a prisão de Tiradentes, em 10 de maio de 1789, no momento em que a perplexidade e o medo percorrem as fileiras dos revolucionários. Revista da UBES nQ 2 que a grandeza de Bárbara se expressa de forma mais contundente: Nesse momento, o poeta, empresário e coronel Alvarenga Peixoto pensa, por um momento, no destino que os espera nas mãos dos carrascos. Pensa em sua jovem mulher e nos quatro filhos, e resolve chegar a um acordo com a Coroa, fornecendo informações e pedindo perdão à rainha. Ao encontrá-lo no quarto, com os papéis na mão, Bárbara não hesita um segundo: de que adianta viver, ter um marido vivo, com a mancha de ser um traidor, alguém que se dobrou à tirania, à tudo que eles sempre combateram. Não era esse o homem com o qual havia se casado e vivia feliz há 10 anos! Graças a Bárbara, Alvarenga não passaria para a história como outro Silvério dos Reis, mesmo que a decisão lhe custasse a vida, como realmente custou. Preso pela Coroa, após um longo e sofrido exílio na África, Alvarega morre doente. Bárbara, que teve os bens da família confiscados e sofreu o mais absoluto desprezo e isolamento por parte dos opressores - temerosos de que seus ideais libertários se propagassem entre o povo bastante insatisfeito com o domínio colonial português passou a cuidar sozinha, de seus quatro filhos. Impossibilitada de apagar em Bárbara a chama revolucionária, a Coroa passa, então, a espalhar que se tratava de uma "louca", tentando isolá-la da população. Mas as tentativas de apagar o episódio da história e fazer com que a heroína caísse no esquecimento, foram inúteis. Bárbara, que morreu aos 60 anos - ao que tudo indica, de tuberculose - sempre será lembrada como a estrela do Norte da Inconfidência. Compromisso com a Verdade Telefax: (ou) 242-9245 Redação e Departamento Comercial Rua Tenente Azevedo, 74 - Cambuci CEP 01528-030 - São Paulo - SP ^Ecfvccrçao pública defenda o Brasil! NUNCIE NA REVIST DA UBES Entre em contafo pelos telefones (011)289-00470 288-3715 CAIXA POSTAL 65023 - CEP 01326-000 - SAG PAULO - SP