Associação Brasileira dos
Criadores de Canchim
CANCHIM
MELHORES DE 2009
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CANCHIM
Canchim fez bonito na Feicorte 2009
Carlos José Alves, fazendeiro em São Luiz dos
Montes Belos, GO, vinha criando há anos
animais de uma raça britânica. Insatisfeito
principalmente á falta de adaptabilidade dos
animais, foi à Feicorte 2009 para conhecer
outras raças. Muito impressionado pela
qualidade do Canchim que conheceu ali na
exposição, procurou imediatamente o stand da
ABCCAN. Sua preocupação era se o gado que
o agradou se adaptaria à região onde está
localizada sua propriedade. De posse das
informações obtidas, voltou mais tarde ao local
para conversar com criadores estabelecidos
em Goiás. Convencido das vantagens,
arrematou a fêmea Maquete Calabilu LAS no
leilão promovido no dia 18. “Quero comprar
alguns animais para começar meu plantel de
Canchim”, disse.
O fazendeiro goiano, que está se associando à
ABCCAN, é um entre tantos visitantes que
compareceram ao stand que este ano foi
montado num espaço movimentado no Centro
de Exposições Imigrantes, próximo às baias
dos animais. Durante todos os dias da feira,
criadores de vários estados brasileiros,
professores, estudantes, jornalistas e demais
pessoas interessadas na raça visitaram o
espaço em busca de informações sobre o
Gado Canchim.
A animação tomou conta também dos dois dias
de julgamento a cargo do juiz americano David
Nichols. O alto nível dos animais inscritos
tornou a competição acirrada a cada
campeonato, premiando praticamente todos os
expositores deste ano. Luiz Adelar Scheuer
venceu o grande campeonato nacional macho
e fêmea, campeã vaca e cria, campeão e
reservado campeão touro e filhos, campeão e
reservado campeão touro sênior, reservada
campeã vaca sênior, campeã progênie de mãe,
campeão progênie de pai, campeã novilha
menor, reservada campeã novilha maior,
campeã e reservada campeã vaca adulta e
campeão touro adulto. Com esse resultado
ficou em primeiro lugar no ranking de melhor
expositor e criador no evento.
O segundo colocado, Luiz Carlos Dias
Fernandes, venceu o campeonato nacional
touro jovem, vaca sênior, novilha maior e
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CANCHIM
bezerra, e o reservado nacional nas categorias
grande campeonato nacional de fêmeas,
campeã vaca e cria, progênie de mãe, progênie
de pai, fêmea jovem e touro jovem. Antonio
Henrique De Geus, o terceiro no ranking,
ganhou o campeonato nacional junior maior e a
reservada campeã nacional bezerra. É de
Irineu Lopes Machado o campeão nacional
frigorífico e o reservado campeão bezerro.
Grande campeão nacional em 2008, Deniz
Ferreira Ribeiro fez este ano o reservado
grande campeão nacional e reservado touro
adulto. Jorge Tupirajá venceu o campeonato
nacional junior menor e reservado campeão
nacional frigorífico. Mário Xavier fez o campeão
nacional bezerro e reservado campeão junior
menor, enquanto que Haroldo Borg, a
reservado campeão nacional junior maior e,
Luiz Roberto Belém Silveira Lopes, o reservado
campeão nacional novilha menor.
O leilão foi outro ponto alto da participação do
Canchim na Feicorte, com todos os 14 animais
Canchim vendidos. Foram arrematadas 11
fêmeas, com média de R$ 7.083,63, e 3
machos, com médias de R$ 5.760,00. Houve
ainda o arremate de dois embriões, na média
de R$ 4.800,00. Todos os lotes são de
qualidade superior. Dos touros ofertados,
Tonante da Ilma obteve os títulos de campeão
junior menor, campeão frigorífico e reservado
grande campeão em Itapetininga 2009. Mirante
Calabilu LAS tem vários títulos: reservado
campeão bezerro, em Presidente Prudente
2007, campeão junior menor e reservado
campeão frigorífico em Avaré 2008, reservado
campeão junior maior em Londrina 2008,
campeão nacional junior maior na Feicorte
2008 e campeão touro adulto em Itapetininga
2009. E Maninho da Santa Carolina foi o
campeão junior maior em Londrina 2009. As
fêmeas também são grandes vencedoras.
Wanda MN da Pereira, campeã conjunto touro
e filhos em Campo Grande 2009, campeã
bezerra em Londrina 2009. Temporada MN da
Ilma, campeã bezerra em Itapetininga 2009.
Técnica da Ilma, campeã novilha menor em
Itapetininga 2009. Maquete Calabilu LAS,
grande campeã e campeã vaca adulta em
Itapetininga 2009. Karen da Itamarati,
reservada campeã menor em Londrina 2008,
reservada campeã novilha menor em Campo
Grande 2008, campeã nacional novilha maior
na Feicorte 2008, com fêmea ao pé. Ortela MN
da Pereira, reservada campeã novilha maior
em Londrina 2009, com prenhez positiva de
Nostradamus da Pereira. Silvia MN da Pereira,
reservada campeã novilha menor e Londrina
2009, com garantia de fertilidade. A matriz 7568 Deminduri, com garantia de fertilidade, além
de Feição Agro Pastoril Borg, que teve menção
honrosa nacional novilha menor na Feicorte
2008 e Gaivota Agro Pastoril Borg, excelente
novilha do criatório Borg com garantia de
fertilidade.
Os embriões oferecidos são frutos de grandes
campeões, como Rubelita da Ilma x HJA Dudu
da Rio Branco. Rubelita foi campeã novilha
menor em Campo Grande 2007, campeã
novilha menor em Itapetininga 2007, campeã
novilha maior e reservada grande campeã em
Avaré 2008, reservada campeã fêmea jovem
em Londrina 2008, campeã fêmea jovem em
Campo Grande 2008, reservada fêmea jovem
em Itapetininga 2008, campeã fêmea jovem em
Dourados 2008 e campeã fêmea jovem em
Paranaíba 2008. E HJA Dudu da Rio Branco foi
campeão bezerro e campeão frigorífico
nacional na Feicorte 2004, campeão frigorífico,
campeão junior menor e reservado grande
campeão no Rio de Janeiro, em 2004,
reservado campeão progênie de pai em
Dourados 2008 e reservado campeão progênie
de pai em Paranaíba 2008. Outro embrião vem
de Privacidade de Ponte Alta (TE) x Gato LS.
Privacidade de Ponte Alta (TE), filha da
espetacular Irina de Ponte Alta, foi campeã
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CANCHIM
progênie de mãe em Paranaíba 2005. Gato LS vaca e cria e reservada campeã vaca adulta
é o touro mais premiado da raça. Violeta em Aquidauana 2003, campeã vaca adulta e
Quatro K x Gato LS. Violeta obteve o título de campeã vaca e cria em Campo Grande 2003 e
reservada campeã vaca e cria na Feicorte campeã vaca e cria em Nova Andradina 2003.
2003, campeã vaca e cria e reservada campeã
adulta em Paranaíba 2003, reservada campeã Junho/2009
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Fazenda Lua de São Jorge investe na pecuária ecológica
A pastagem que há dez anos estava
degradada pelo sobrepastejo e coberta de
invasoras, grandes áreas dominadas por pura
capoeira e arbustos espinhosos, aos poucos
foram sendo recuperadas na Fazenda Lua de
São Jorge. Para isso, a propriedade localizada
em Miguel Pereira, no estado do Rio de
Janeiro, corrigiu com calcário os terrenos
ácidos, descompactou o solo, cortou a foice as
plantas invasoras e plantou a enxadão, em
covinhas, a Brachiaria decubens e, em alguns
lugares, o capim gordura e o capim sapé, entre
outros, para manutenção da biodiversidade.
Houve atenção também à manutenção de
árvores e alguns bosques para abrigo dos
animais nas épocas mais frias. Com isso a
avifauna enriqueceu, com espécies endêmicas
e outras migratórias que usam o pasto como
pouso seguro ao mesmo tempo em que ajudam
no controle de ectoparasitas e outras pragas.
Hoje, a Fazenda limpa a pastagem a foice a
cada dois anos. Não são usados herbicidas
nem qualquer outro tipo de produto químico. As
queimadas, que eram rotineiras na região,
foram abolidas devido ao exemplo da vizinha
Lua de São Jorge. “O rebanho é alimentado a
pasto, recebendo sal mineral no cocho, e
algum farelo na época da seca quando o pasto
cai muito. O gado tem acesso aos cursos
d'água em locais delimitados, pois o entorno de
água aqui, nascente ou curso, é sempre
protegido, tendo vegetação natural de
preferência a sua volta”, explica Clério Taboada
Júnior,agrônomo responsável pelo projeto de
pecuária ecológica na Lua de São Jorge. Os
acessos às áreas de floresta são bloqueados, e
nas trilhas em local de mata só passam cavalos
montados. Os bois têm suas trilhas para
passagem específicas e só é permitida a
passagem quando são trocados de pasto.
“Fora isso as matas são para a preservação da
flora e fauna silvestre, além de seu natural
serviço, que é a manutenção de nosso bem
maior, a água”, explica Clério. Segundo ele, o
Canchim da Fazenda Lua de São Jorge é
absolutamente saudável. Recebe a vacinação
recomendada e o controle de carrapatos,
bernes e mosca do chifre é feito nas épocas
em que suas populações são intensificadas,
com os produtos veterinários recomendados.
“Almejamos receber certificação orgânica para
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nosso gado de corte, mas por enquanto,
harmonizar a pecuária com preservação é a
arte que buscamos
agrônomo.
Junho/2009
desenvolver”,
diz
o
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Criador de Canchim recebe título de agropecuarista do
ano no Sul de Minas
Luiz Roberto Belém Silveira
Lopes, diretor de Marketing e
Divulgação
da
Associação
Brasileira de Criadores de
Canchim (ABCCAN) foi eleito
agropecuarista de 2008 pelo
Jornal Panorama. A premiação
de entrega do Galo de Ouro
aconteceu no último dia 14,
durante
solenidade
de
consagração dos melhores, no
ginásio poliesportivo Correião,
em Baependi, MG. O evento
contou com a participação de
diversas autoridades regionais,
estaduais e federais. O prêmio
reconhece o desempenho de
profissionais
de
diversos
setores. A escolha dos nomes
é feita por votação popular, por
meio de fichas distribuídas no
comércio, indústria, serviços e
órgãos
da
administração Itanhandu, Itamonte,
Ingai,
pública da cidade e da região. Itutinga,
Ijaci,
Jesuânia,
Luminárias,
Lambari,
“Ficamos contentes toda vez Liberdade, Madre de Deus de
que temos nosso trabalho Minas, Minduri, Maria da Fé,
reconhecido e elogiado por Marmelópolis,
Monsenhor
alguém. Isso nos leva a crer Paulo, Olaria, Olímpio Noronha,
que estamos no caminho Passa Quatro, Pouso Alto,
certo”, diz Luiz Roberto Belém Passa Vinte, São Vicente de
Silveira Lopes. “Imagine então Minas, Soledade de Minas, São
quando o reconhecimento é Lourenço, Seritinga, Serranos,
público, ou seja, por um canal São Thomé das Letras, São
de
comunicação
que Sebastião do Rio Verde, São
atinge toda a região”. Ele Vicente de Minas, São Bento
ressalta que a premiação se Abade, São Gonçalo, Três
deve justamente ao trabalho Corações,
Turvolandia
e
desenvolvido na criação de Virginia. Circula ainda no
gado Canchim em sua fazenda Circuito das Águas, Terras
Cachoeira, em Minduri, MG.
Altas da Mantiqueira, Vales
Verdes e Quedas, entre outras
O jornal Panorama foi fundado cidades às quais chega via
há
34
anos.
Circula postal, por não o fazerem
semanalmente nas cidades de parte dos circuitos sul mineiros.
Aiuruoca, Alagoa, Arantina, A partir do ano passado a
Andrelândia, Baependi, Belo passou
a
circular
em
Horizonte (órgãos públicos Brasópolis, Conceição das
estaduais, secretarias, etc), Pedras,
Eloi
Mendes,
Bocaina de Minas, Bom Jardim Heliodora, Itajubá, Natércia,
de
Minas,
Carrancas, Paraguaçu, Pedralva, Piedade
Caxambu,
Cambuquira, do Rio Grande, Piranguinho,
Cristina, Carvalhos, Carmo de Piranguçu e São José do
Minas, Cruzília, Conceição do Alegre.
Rio
Verde,
Campanha,
Cordislândia, Dom Viçoso,
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CANCHIM
Canchim comprova superioridade no Maranhão
Propriedade maranhense obtém precocidade e qualidade de carcaça superior no cruzamento entre touros Canchim e
vacas Red Angus e Simental.
As notícias de que o Canchim sempre se
destacou na prova de ganho de peso do
Instituto de Zootecnia de Sertãozinho, SP, e de
que sua eficiência na conversão alimentar se
mostra imbatível quando comparada à de
outras raças influenciaram a escolha do
engenheiro e pecuarista Léo Maniero Filho.
Isso foi há 22 anos. De lá para cá, ele se tornou
dono de quatro propriedades em Grajaú, no
Maranhão. Na fazenda do Ipê Amarelo a
produção inclui o ciclo completo e nas três
menores, apenas a cria. No total são 12.700
hectares, com as pastagens ocupando metade
do terreno. Cerca de 100 touros Canchim
cobrem a campo a vacada própria.
Ele conta que a cabeceira da boiada feita no
inverno é desmamada com mais de 250 kg e
termina acima de 20 arrobas aos 30, 32 meses.
A de fundo, no mesmo prazo, com 18@. Já os
bezerros da monta de verão, que nascem em
maio e junho, e são criados integralmente na
época de seca, desmamam mais leves e
entram em puberdade com menos peso.
Portanto, terminam mais leves. A cabeceira
dessa boiada termina com 19@, por volta dos
34, 35 meses, e a de fundo, no mesmo prazo,
termina com 17@. As fêmeas inferiores, que
representam 15 a 20% do total, são apartadas
após a desmama, recriadas durante alguns
meses e abatidas com 9 ou 10@. “Prefiro
abater esses animais, embora sempre encontre
propostas de quem queira comprar esses lotes
para criar”, salienta Maniero. Como diz, sendo
animais inferiores, eventuais insucessos
poderiam injustamente onerar a raça Canchim.
Todas as demais fêmeas F1 pesarão mais de
16@ aos 32/34 meses. “O padrão de carcaça
das F1 Canchim já se tornou conhecido na
minha região, e os lotes disponibilizados para
abate tem sempre liquidez imediata”. Os
animais F1 têm boa adaptação e capacidade
produtiva e reprodutivas para as condições do
Maranhão. Com relação à capacidade
reprodutiva, ele avalia a F1 Canchim sempre
com vantagens em relação à vacada nelore.
“Nas condições em que essa última produz um
bom bezerro, a F1 Canchim sempre produz um
bezerro melhor criado”.
É bom salientar que esses resultados são
obtidos exclusivamente a pasto, com sais
proteinados de baixo consumo, além do creep
feeding na cria, numa região marcada pelo
clima tropical quente e semi úmido, com
chuvas no inverno e verão seco. As
temperaturas por ali são muito altas, e a
estiagem dura sete meses. “Interessante
destacar o excelente resultado que estamos
obtendo
em
Touro MA Canchim
termos de precocidade e de qualidade de
carcaça com a utilização da tourama Canchim
sobre vacada F1 de Red Angus e de Simental.
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CANCHIM
O potencial dos machos aliado à habilidade
materna das fêmeas têm proporcionado
excelentes animais, sem contar a heterose
obtida nesse cruzamento”, diz o pecuarista.
Quando começou na atividade, Maniero já tinha
a certeza de que o Canchim seria uma raça
excepcionalmente feliz em termos de aptidões
para o corte. Ele lembra que, logo que a
conheceu, conferiu alguns preços de remates
ocorridos em leilão. E constatou que ali não se
pagava por uma grife, o que invariavelmente
acontece com algumas raças. Ele então
comprou na região 200 vacas e quatro touros
Nelore da seleção VR, de Uberaba, além de
um touro Canchim de propriedade de João
Paulo Porto, da Ipameri Agropecuária. “Dois
anos depois eu estava convencido. Vendi os
touros Nelore e mantive o Canchim na vacada”,
conta. Posteriormente, resolveu produzir touros
Canchim na fazenda. Em 1994 comprou um
caminhão de vacas Canchim de Irineu Lopes
Machado, da Ilma Agropecuária. No ano
seguinte, na liquidação do plantel da
Brasiliense Pullmann, adquiriu um outro
caminhão de vacas.
O pecuarista comenta que o meio sangue
Canchim termina 6 meses mais cedo que o
puro nelore, para o mesmo peso. “Nas minhas
condições, não tenho qualquer receio de dizer
que a vantagem dos cruzados Canchim é
eventualmente superior a essa”, diz. Segundo
ele, havendo boa disponibilidade de forragem
no período seco, os cruzados são sempre mais
interessantes.
São
muito
manteúdos,
enfrentam qualquer forragem. Em uma
pastagem de pojuca passada do ponto, por
exemplo, o boi Nelore passa fome, emagrece,
fica berrando, e não come. O cruzado Canchim
come.
Agosto/2009
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Deniz Ribeiro desenvolve novas
linhagens de Canchim
exclusivamente touros Canchim na formação
do seu plantel, explica que os reprodutores e
matrizes desta raça, tradicionalmente utilizados
nos acasalamentos, têm origem nas primeiras
linhagens obtidas nas décadas de 70 e 80 pela
Embrapa Pecuária Sudeste. A unidade, que
fica em São Carlos, desenvolveu o Canchim a
partir da década de 40, utilizando 5/8 de
sangue charolês e 3/8 de zebuíno.
A incorporação do aprimoramento genético que
vem sendo alcançado pela raça Charolesa é a
base da nova linhagem de Canchim
desenvolvida pelo criador e selecionador Deniz
Ferreira Ribeiro. O pecuarista, que é um dos
poucos
criadores
que
não
utilizam
“Apesar de iniciativas de refrescamento de
sangue com a introdução de genética
charolesa mais atual pela própria Embrapa e
por alguns poucos criadores, uma grande
porção do plantel de matrizes Canchim carrega
essa genética mais antiga”, diz. O criador, que
já foi presidente da Associação Brasileira de
Criadores de Canchim (ABCCAN), acredita que
para muitos pesquisadores isso traga
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CANCHIM
vantagem para a raça. Isso porque a sucessão
de gerações de animais com carga genética
mais sedimentada contribuiria para reduzir o
alto grau de dispersão genética característico
das raças sintéticas, com benefícios na
homogeneização de fenótipos. E, segundo ele,
muitos criadores adotam este posicionamento
como uma regra inflexível, sendo que muitos
deles têm até defendido que é impossível
reconhecer como Canchim animais que não
sejam filhos de pai e mãe Canchim.
Entretanto, alguns outros criadores consideram
vantajoso para o futuro da raça o trabalho com
novas linhagens obtidas a partir de material
genético gerado fora daquelas já tradicionais.
“A base desta posição é a idéia de que as
linhagens tradicionais de Canchim foram
obtidas de um material genético de Charolês
parado no tempo há mais de 80 anos”, explica
Deniz. Como ele ressalta, o rebanho fechado
de Charolês empregado pela Embrapa de São
Carlos foi importado da França em 1922.
Desde então não houve mais nenhuma
contribuição genética significativa de sangue
Charolês no Canchim, exceto as iniciativas de
refrescamento de sangue já mencionadas, de
importância numérica relativa, e que somente
tiveram lugar a partir da década passada.
Dessa maneira, a raça Canchim, embora
sintética,
estaria
desprezando
todo
o
melhoramento
genético
alcançado
pelo
Charolês durante quase um século, o que não
deixa de ser um desperdício.
Na opinião de Deniz, as características do
Canchim vêm melhorando no tempo graças ao
trabalho de seleção continuado e persistente
dos criadores, à ferramenta mais importante de
suporte a esse trabalho, o Geneplus, e às
iniciativas de refrescamento de sangue. “O
Canchim de hoje é melhor do que quando foi
criado, porque se acumularam anos de trabalho
de seleção e melhoramento de muitos
criadores para chegar ao que temos hoje”,
explica. “Há muito ainda a caminhar e esse
processo de seleção e melhoramento nunca
termina. Não obstante, hoje são evidentes o
menor número de partos assistidos, a maior
habilidade materna, carcaças mais adequadas
às exigências do mercado, maior precocidade
de desenvolvimento reprodutivo e ponderal,
enfim, maior funcionalidade”, resume.
O pecuarista trabalha com Charolês desde o
início da década de 90. Por cerca de dez anos,
foi usuário e comprador de touros da raça, o
que
estabeleceu um certo grau de
familiaridade. “Essa convivência tornou-se
necessária, pois trabalhando intensivamente
com inseminação artificial, cruzando Charolês
com fêmeas do grupo A (½ sangue Canchim),
tornava-se imperiosa a presença desse touro
nos repasses”, explica. Ao longo desse tempo
– e sob a ótica de um criador de Canchim – ele
idealizou um modelo de animal Charolês que
proporcionaria os resultados práticos que
buscava.
Em 2003, pouco depois de ter perdido um
tourinho Charolês comprado no Rio Grande do
Sul, comprou no Paraná o garrote Faquir.
Apesar de muito jovem, o animal entrou em
produção e, levado a julgamento em Esteio,
RS, sagrou-se Reservado Grande Campeão
Charolês Mocho de 2004. Em São Paulo,
durante a Feicorte 2005, conquistou o título de
Grande Campeão Nacional Charolês Mocho. A
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CANCHIM
participação em exposições da raça o
despertou para a possibilidade multiplicar
aquele modelo vitorioso. Afinal, começou a
notar a presença de muitas fêmeas de
qualidade, com as quais Faquir pudesse se
acasalar, com promessas de boa produção. A
partir de então, adquiriu algumas novilhas e
vacas de algumas das melhores cabanhas
gaúchas. Ao todo, entre 2003 e 2008, formou
um plantel de 16 fêmeas adquiridas, das quais
já obteve a produção de 47 cabeças. Hoje está
na terceira geração de fêmeas e já
comercializa tourinhos de excelente qualidade.
Sendo o Canchim uma raça sintética, com
predominância de sangue Charolês (⅝), é
preciso tomar alguns cuidados na escolha do
touro Charolês a ser empregado. Caso
contrário, a funcionalidade do Canchim a ser
produzido
poderá
ser
comprometida,
descaracterizando assim um dos grandes
trunfos da raça que é o seu bom desempenho
em criações extensivas em qualquer latitude do
País. Deniz explica que, para produzir um bom
Canchim, não bastam aos touros charoleses as
características que todo bom reprodutor de
corte deve apresentar, seja qual for a raça –
boa caracterização sexual, aprumos estáticos e
dinâmicos corretos, linha de dorso firme e
retilínea, inserção de cauda correta, bolsa
escrotal de tamanho adequado e bem
implantada, boa conformação frigorífica, e bons
índices de avaliação genética nos sumários ou
testes de progênie.
O animal deve ter ainda pelagem densa e
curta, mucosas e pele de pigmentação firme,
cascos de tamanho mediano, fortes e bem
implantados, frame moderado, musculatura
bem desenvolvida, notadamente no traseiro,
com recobrimento de tecido adiposo suficiente
para impedir a definição dos músculos,
equilíbrio harmônico entre as massas
musculares dianteira e traseira, passagens
suaves de pescoço para a paleta, desta para o
costado e deste para o traseiro, garupa ampla,
boa abertura de bacia, virilha bem descida,
umbigo corrigido, bom comprimento e
arqueamento de costelas, comprimento de
pernas que não ultrapasse a profundidade do
corpo, adequada angulação de jarretes e,
sobretudo, temperamento calmo.
Animais charoleses de boa qualidade podem
ser encontrados entre os criadores da raça
filiados à Associação Brasileira dos Criadores
de Charolês nos estados do Paraná, Santa.
Catarina e Rio Grande do Sul. O sêmen de
Charolês nacional pode ser adquirido nas
centrais de produção ou distribuidores que
importam sêmen francês, americano, argentino
ou canadense. Eventualmente poderá ser
obtido diretamente do criador, desde que
coletado em central habilitada. O doador de
sêmen deve ser um reprodutor que tenha tido
êxito em algum sistema de avaliação. “Se o
usuário do sêmen se satisfizer com resultados
de avaliação voltada para a morfologia e o
fenótipo, o reprodutor deve ter tido sucesso em
julgamentos da raça. Se o usuário desejar
animais preponderantemente funcionais será
necessário que o reprodutor tenha sido
avaliado, ou em testes de progênie, ou tenha
bons índices nos sumários de avaliação
genética”, recomenda Deniz.
MELHORES DE 2009
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CANCHIM
Já as fêmeas zebuínas, usadas na formação
do Canchim, vêm basicamente da raça Nelore,
que é muito mais abundante. Para gerar
Canchim de qualidade deverão ser de frame
médio, ou moderado, bons aprumos, úberes
bem implantados e bem conformados, boa
abertura de bacia, costelas bem arqueadas e
longas, linha de dorso firme e reta, virilha bem
descida, garupa ampla, inserção de cauda
correta, frente leve e menos profunda que na
virilha,
pescoço
alongado,
pelagem
característica em termos de comprimento e
densidade, com ausência de acidentes,
mucosas e cascos de pigmentação uniforme e
temperamento calmo.
Enquanto que a maioria dos criadores não
enxerga vantagens em investir em Charolês
para formar Canchim, Deniz Ferreira Ribeiro
aposta no investimento. “Além de de ter o
prazer de selecionar uma outra raça, tenho à
disposição material genético próprio, que
conheço melhor e do qual posso maximizar sua
boa utilização na produção de novas linhagens
de Canchim”, justifica.
Canchim herda do Charolês a maciez de sua carne
A qualidade superior da carne de Charolês é
universalmente reconhecida há mais de um século.
Hoje em dia, nos cardápios dos bons restaurantes
europeus especializados em pratos de carne bovina, o
preço da carne charolesa é 20% superior ao da carne
de qualquer outra raça. Ou seja, sua qualidade
diferenciada é reconhecida pelo mercado consumidor.
Na opinião de Deniz Ferreira Ribeiro, a qualidade
superior da carne zebuína não passa de um wishful
thinking tupiniquim. Isto é, um raciocínio baseado em
desejos e não em fatos. “Afinal, o rebanho brasileiro de
corte é zebuíno em sua esmagadora maioria. Fora do Brasil é muito difícil encontrar alguém
que concorde com essa idéia”, explica o pecuarista. Como ele destaca, entre os fatores
responsáveis pela diferença de qualidade entre as carnes dos taurinos – especialmente
Charolês – e a dos zebuínos estão os de ordem genética, que comandam as diferenças físicas
características entre as fibras musculares dos dois grupos. Além do mais, por apresentar
metabolismo mais rápido que o zebuíno, o taurino se desenvolve mais cedo. Seu corpo chega
ao peso de abate muito mais jovem do que o zebuíno. Como regra geral, em média, o zebuíno
atinge o peso de abate com idade 70% superior à do taurino. O uso da musculatura por todo
esse tempo é outro fator responsável por parte das diferenças de qualidade entre a carne dos
dois. Uma terceira origem para essa diferença está no sistema de criação e manejo: os
zebuínos têm sido criados extensivamente e acabam por caminhar muito mais que os taurinos,
que são manejados de modo mais intensivo, caminhando menos. Tudo isso explica boa parte
das diferenças ligadas à maciez. Existem, entretanto, outras características marcantes, como
suculência e sabor, que também são importantes. Por último, tem muita influência na qualidade
da carne a maneira pela qual a gordura está presente nos músculos dos dois grupos. “Nos
taurinos, além da gordura que reveste externamente algumas massas musculares importantes,
existe uma disseminação de gordura que entremeia as fibras musculares”, explica Deniz. “Isso
é quase imperceptível a olho nu nas raças continentais, mas muito evidente nas raças
britânicas e até exagerado no Wagiu. No caso dos zebuínos, a gordura se concentra
primordialmente na face externa dos músculos, formando depósitos de gordura mais
MELHORES DE 2009
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CANCHIM
espessos”.
Setembro/2009
Geneplus revela aprimoramento da raça Canchim
próximos do que deve ser um
novilho de corte, e têm maior
musculosidade, arqueamento
das costelas e profundidade”,
explica o agrônomo Pedro
Franklin,
pesquisador
aposentado
da
Embrapa
Pecuária Sudeste, localizada
em São Carlos, e diretor
técnico
da
Associação
O que já era bom, está ficando
Brasileira
de
Criadores
de
ainda melhor. Dados do
Geneplus processados a partir Canchim (ABCCAN).
de informações colhidas em
animais Canchim desde 1990 Além disso, a idade ao primeiro
mostram que a raça está em parto está caindo um dia por
franca evolução. O trabalho de ano. Pode parecer pouco, mas
seleção genética dos criadores a tendência é que, daqui a 10
tem aumentado a qualidade da anos, a vaca Canchim parirá
pelagem, tornando-a mais curta dez dias mais cedo. A idade ao
e brilhante. O tamanho do segundo parto também está se
umbigo está reduzido em reduzindo numa média de 6
relação às décadas anteriores. dias por ano. O índice de
genética,
que
E a conformação frigorífica qualificação
resume
toda
a
evolução,
muda
avaliada à desmama e ao
sobreano também é melhor do em 0,1 seu desvio padrão a
que no passado. “Os animais cada ano. Se a tendência se
estão mais compridos, bem confirmar, nos próximos dez
anos teremos Canchim ainda
melhores.
No entanto, a base de dados
mostra que o peso ao
nascimento dos bezerros e o
peso das vacas à desmama de
suas crias têm aumentado. Mas
isso é passível de correção
com a programação dos
acasalamentos oferecida pelo
próprio Geneplus.
Desde que a ABCCAN tornouse parceira do Programa
Embrapa-Geneplus
de
Melhoramento de Gado de
Corte,
foram
inseridas
informações
de
330
mil
animais. O mais recente
sumário de touros conta com
pelo menos 4200 reprodutores
avaliados.
“Esses
dados
auxiliam os criadores no
acasalamento com vistas a
melhores resultados genéticos”,
afirma Pedro Franklin.
Setembro/2009
MELHORES DE 2009
11
CANCHIM
Canchim da Estância Canta Galo
reforça gado de Rondônia
O reconhecimento da qualidade dos touros Canchim a campo da Estância
Canto Galo vai além das fazendas das cidades da região de Itapetininga,
SP, onde está localizada. Depois de passar a abastecer também outras
regiões de São Paulo, como Jundiaí, a propriedade passou a mirar outros
Estados, como Tocantins. Mais recentemente, chegou a Rondônia. “Muitos
pecuaristas de lá me procuram em busca de touros rústicos Canchim para
melhorarem a carcaça de seus rebanhos”, diz Valentim Suchek, proprietário
da Estância Canta Galo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rondônia tinha 11 milhões de
cabeças. Em 2008, o Estado ocupou o quinto lugar no ranking brasileiro de exportadores de
carne. O produto representa 60% de todas as exportações.
De acordo com Suchek, é grande o retorno dos compradores, que sempre voltam para adquirir
novos animais. “Só o fato de voltarem já é sinal da satisfação com os touros. Mas eles ainda
comentam sobre os ganhos que têm com a melhoria da qualidade de
seus rebanhos fruto do cruzamento entre fêmeas Nelore e
reprodutores Canchim”, diz Suchek.
A Estância Canta Galo tem hoje 600 cabeças de Canchim puro, entre
eles touros, matrizes e bezerros, todos com certificado de registro na
Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN). A
produção começou em 1992. De lá para cá, além de fornecer
reprodutores a campo, a propriedade fez diversos campeões de pista,
como Regato CG, primeiro lugar na categoria touro jovem na 24ª
Exposição Nacional Canchim, realizada em 2008, durante a Feicorte,
e segundo lugar na Exposição Agropecuária de Itapetininga 2008, na
Valentin Irineu Suchek e
mesma categoria. Outro exemplo é Mambo CG, primeiro prêmio touro sua esposa Fifa
adulto em Itapetininga 2005.
“Desde que implementadas as
orientações técnicas da ABCCAN, é possível obter animais rústicos, precoces e com excelentes
índices zootécnicos”, garante o pecuarista.
Setembro/2009
MELHORES DE 2009
12
CANCHIM
CRV Lagoa divulga resultado do teste de performance do
Canchim
Henrique Antonio De Geus, da Fazenda da
Pereira, em Carambeí, no Paraná, sempre
envia bezerros para as provas promovidas pela
Associação Brasileira de Criadores de Canchim
(ABCCAN). Embora tenha muitos deles entre
os primeiros nas provas de ganho peso
realizadas anteriormente na Esalq e no Instituto
de Zootecnia, nunca teve nenhum animal
classificado em primeiro. Ele conta que não
esperava pelo resultado, mas não chega a ficar
surpreso. “Estou muito satisfeito de ver os
frutos do nosso trabalho de seleção na fazenda
da Pereira”, explica De Geus.
Depois de 200 dias de avaliação, chegou ao
fim o teste de desempenho dos tourinhos da
raça Canchim realizado no Centro de
Performance CRV Lagoa, em Sertãozinho, SP.
A prova foi encerrada em 30 de setembro. Em
primeiro lugar ficou 4156 da Pereira, de
propriedade de Henrique Antonio de Geus, que
tem ainda Zaqueu da Pereira, classificado em
nono. Na segunda colocação, Kajal da
Mombaça, da Sipet Agropastoril Ltda, também
proprietária de Kalifa da Mombaça, que ficou
em décimo. A terceira posição foi conquistada
pelo animal MP3 S.J., de Julio Silvestre de
Lima que, aliás, é proprietário de Moderno S.J.,
que ficou na sexta colocação. O quarto lugar é
de Erculeo da Panza, de Luciano Panzanella
Augusto; e o quinto, Madson da Ipês, de
Raphael Antonio Nogueira de Freitas. Veja
abaixo a tabela com os 19 primeiros
classificados.
A zootecnista Juliana Cristina Sesana,
coordenadora do Centro de Performance da
Lagoa, avalia o desempenho dos tourinhos
como excelente. “Tiveram ganho médio diário
de 1,100 kg, chegando ao máximo de 1,690
kg”, diz. “Os que ficaram com as 11 primeiras
colocações tiveram médias de 1,310 kg e
apresentaram 30,5 cm de perímetro escrotal.
Esses dados são excelentes para animais que
estão completando um ano”.
Selecionador de Canchim há mais de 20 anos,
Petrônio Zica, da Sipet, diz que a performance
de seus tourinhos pode ser creditada à
observação das regras e normas estabelecidas
pela ABCCAN e à dedicação da equipe que há
tantos anos lida com o gado. “Liderados pela
veterinária Marília, pelos assessores Delcio de
Freitas e Dario de Freitas, e pelo encarregado
José Romeu, os auxiliares cuidam do manejo
dos animais, das pastagens e das atividades
agrícolas associadas à nutrição animal, como
produção de feno e silagem de milho e sorgo”,
relata o proprietário das fazendas Mombaça e
Capão, localizadas, respectivamente, em
Capim Branco e Buritizeiro, em Minas Gerais.
Para Júlio Silvestre de Lima, da Fazenda São
Joaquim, em Carvalhos, Minas Gerais, é muito
bom ter um de seus animais entre os dez
primeiros. Afinal, trata-se de grupo de tourinhos
superiores que, entre eles, certamente, estarão
aqueles
com
grande
capacidade
de
melhoramento genético. “Então o criador fica
bastante satisfeito em ter conseguido criar um
animal bom, com DEPs boas, testado em prova
de avaliação tão confiável”, diz.
Luciano Panzanella Augusto, que pela primeira
vez inscreveu animais numa prova de
performance,
está
satisfeito
com
o
desempenho de Erculeo da Panza, da fazenda
Maria Cristina, localizada em Álvares Florence,
MELHORES DE 2009
13
CANCHIM
SP. “É muito bom quando uma prova
conceituada como esta mostra que estamos no
caminho certo”, afirma Panzanella. Segundo
ele, a fórmula para explicar o resultado é a
procura pela genética. “Levo para a fazenda
touros de repasse de ponta e matrizes
diferenciadas. Também procuro avaliar as
progênies nascidas daquele ano para planejar
os próximos cruzamentos”, explica.
O teste de performance começou em junho,
depois de 42 dias de adaptação. Participaram
animais nascidos entre 1º de agosto e 31 de
outubro de 2008 nos criatórios de Andreas
Peeters (Montevidiu, GO), Haroldo Borg
(Tibagi, PR), Henrique Antonio De Geus
(Carambeí, PR), Irineu Lopes Machado
(Angatuba, SP), João Paulo Porto (Jussara,
GO), Júlio Silvestre (Carvalhos, MG), Luciano
Panzanella Augusto (Alvares Florence, SP),
Luiz Carlos Dias Fernandes (Três Lagoas, MS),
Mário Nascimento de Paula Xavier (Imbituva,
PR), Petrônio Zica (Sete Lagoas, MG), Raphael
Antonio Nogueira de Freitas (Aparecida do
Taboado, MS) e Valentim Suchek (Itapetininga,
SP).
A prova consiste na avaliação do peso final
ajustado para a idade do animal; ganho médio
diário no período pós desmama ajustado para a
idade; perímetro escrotal; área de olho de
lombo medida através de ultrassonografia;
espessura de gordura subcutânea; marmoreio;
e conformação de carcaça.
Outubro/2009
MELHORES DE 2009
14
CANCHIM
Leilão da Fazenda Chapada do Santo Antonio tem
liquidez total
Foram vendidos os 30
touros rústicos Canchim
ofertados
no
primeiro
remate
realizado
pela
Fazenda
Chapada
do
Santo
Antonio,
de
Jaguariaiva, PR. O preço
máximo obtido foi R$ 5.500
e a média ficou em R$
3.100,00.
O proprietário Francisco Fernando Fontana diz
que os resultados mostram que o Canchim está
muito valorizado. “A procura pelos touros é
grande e até mesmo animais de repasse, com
6 anos de idade, foram vendidos rapidamente e
por preços muito bons”.
O pregão, realizado no último dia 16, em Santo
Antonio da Platina, no norte pioneiro
paranaense, recebeu cerca de 70 compradores
não só daquela cidade como também de
Guapirama, Arapoti e Congoinhas, entre
outras. Para Fontana, além da qualidade dos
animais ofertados, o sucesso do evento se
deve à qualidade do trabalho da Companhia de
Leilões Arão Dias Neto e da assistência técnica
do zootecnista André Casanova e dos
profissionais
da
Criativa
Assistência
Veterinária.
Outubro/2009
MELHORES DE 2009
15
CANCHIM
Melhores de 2009 são homenageados
pelo Canchim
A Associação Brasileira dos Criadores de Canchim (ABCCAN)
homenageou os criadores e expositores que mais se
destacaram no ano em jantar de confraternização realizado na
noite desta segunda, 7/12, em São Paulo. Além de integrantes
da diretoria, técnicos, homenageados e seus familiares e
convidados, estiveram presentes Maurício Mello de Alencar,
chefe geral da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos, SP, e
Rymer Ramiz Tullio, pesquisador da mesma unidade da
Embrapa. A homenagem foi organizada e conduzida por Mauro
Carvalho, assessor de eventos da entidade.
Luiz Carlos Dias Fernandes, da Fazenda Santa Maria, localizada em Três Lagoas, MS, recebeu
os troféus de melhor criador e expositor do ano. O pecuarista comemorou também vários outros
títulos, como os de reprodutor e de animal mais premiado do ano concedido ao touro Kanu da
Itamarati, de sua propriedade. Confira destaque abaixo.
Em segundo lugar no ranking de melhores criadores e
expositores ficou Luiz Adelar Scheuer, da Fazenda Calabilu,
situada em Capão Bonito, SP. Scheuer foi homenageado
também por ter conquistado o Grande Campeonato Nacional,
nas categorias macho e fêmea, com os animais Mirante
Calabilu LAS e Nadadeira Calabilu LAS. Nadadeira, aliás,
obteve ainda o título de fêmea mais premiada do ano.
O troféu de melhor leilão do ano foi para Francisco Fernando Fontana, da Fazenda Chapada do
Santo Antonio, de Jaguariaiva, PR. Em novembro passado ele promoveu o 1º Leilão Canchim de
Santo Antonio da Platina, no qual foram vendidos os 30 touros rústicos Canchim ofertados.
Também do Paraná, o criador Henrique Antonio De Geus, da Fazenda da Pereira, em Carambei,
se destacou pelo desempenho de seu tourinho 4156 da Pereira. O animal venceu a prova
realizada na Centro de Performance da CRV Lagoa, em Sertãozinho, SP. De Geus é também o
terceiro melhor criador e expositor da raça em 2009.
Após a entrega dos troféus foi rifado um notebook, com
objetivo de angariar fundos para a ABCCAN. Pedro Franklin
Barbosa, pesquisador recém-aposentado pela Embrapa e
diretor técnico da Associação, ganhou o mini computador.
MELHORES DE 2009
16
CANCHIM
Confira a seguir os melhores da raça Canchim em 2009:
Classificação Melhor expositor
Melhor Criador
1º
2º
3º
4º
5º
Luiz Carlos Dias Fernandes
Luiz Adelar Scheuer
Henrique Antonio De Gues
Irineu Lopes Machado
Deniz Ferreira Ribeiro
Luiz Carlos Dias Fernandes
Luiz Adelar Scheuer
Henrique Antonio De Geus
Deniz Ferreira Ribeiro
Hinderikus Jan Borg
Animais que receberam mais prêmios em 2009
Touro
Proprietário
Fêmea
Classificação
1º
Kanu da Itamarati
2º
Luar da Itamarati
3º
Laos da Itamarati
4º
Douglas da
Esmeralda
Mirante Calabilu
LAS
5º
Classificação
Luiz Carlos Dias
Fernandes
Luiz Carlos Dias
Fernandes
Luiz Carlos Dias
Fernandes
Deniz Ferreira Ribeiro
Nadadeira Calabilu
LAS
Lady da Itamarati
Luiz Adelar Scheuer
Euvira Agro
Pastoril Borg
Ksarina da
Itamarati
Rubelita da Ilma
Proprietário
Luiz Adelar Scheuer
Luiz Carlos Dias
Fernandes
Luiz Carlos Dias
Fernandes
Luiz Carlos Dias
Fernandes
Hinderikus Jan Borg
Campeões da Prova CRV Lagoa
Tourinho
Proprietário
1º
2º
3º
4º
Touro 4156 da Pereira
Kajal da Mombaça
MP3 da São Joaquim
Ercúleo da Panza
Henrique Antonio De Geus
Sipet Agropastoril Ltda
Julio Silvestre de Lima
Luciano Panzanella Augusto
5º
Madson da Ipês
Raphael Antonio Nogueira de Freitas
EXPEDIENTE:
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