Na Mídia
10/04/2012
Pessoas bem sucedidas causam fascínio. Não é diferente em relação aos
grandes investidores. Conheça as táticas de alguns gestores renomados:
Warren Buffet, Benjamin Graham, Peter Lynch, George Soros, Luis Stuhlberger
e Dório Ferman.
As estratégias
vitoriosas dos
grandes gestores
por André Rocha
André Rocha é analista certificado pela
Apimec e atua há 20 anos como especialista
na avaliação de companhias listadas na bolsa.
O investidor mais conhecido internacionalmente chama-se Warren Buffet. Fiz
um post “As estratégias de Warren Buffet”, em 06/09/2011, abordando sua
filosofia de investimento. Resumindo, ele observa três aspectos ao adquirir
ações de uma companhia: (i) elevado potencial de valorização do ativo
comparando seu valor de mercado ao valor econômico ou justo; (ii)
administração transparente e comprometida com o negócio e (iii) atividades
econômicas simples e compreensíveis. Ao contrário do recomendado pelos
livros textos, ele não gosta de diversificar seus investimentos.
Benjamin Graham foi professor de Warren Buffet. Seu livro “O Investidor
Inteligente” é um dos mais conceituados no mundo das finanças. Nele, Graham
usa uma alegoria, o “Mr. Market”, para diferenciar os conceitos de preço justo
da ação e o seu preço diário no mercado. Aquele representa o valor intrínseco
da empresa alicerçado na perspectiva de rentabilidade da companhia. Com
isso, apresenta menor volatilidade do que a cotação em bolsa. A aquisição de
uma ação com desconto para o valor justo da ação garante segurança ao
investidor. A aplicação em uma ação só deve ser feita após profunda análise do
aspecto operacional da companhia. Há uma diferença marcante entre Graham
e Buffet. Graham era adepto da diversificação da carteira de ações.
A abordagem de outro grande investidor, Peter Lynch, difere da utilizada por
Graham e Buffet. Esses buscam ações de empresas de reconhecida reputação
cujos preços de mercado estejam sendo negociados abaixo do valor intrínseco
da ação. Assim, é natural que escolham ações nos quais seus múltiplos – P/L,
FV/EBITDA, P/VPA - estejam cotados com desconto em relação a outras
empresas do setor. O grande objetivo é obter barganhas. Já Lynch buscava
ações de companhias que pudessem apresentar crescimento de seus
resultados acima da média de mercado. Logo, os múltiplos dessas ações
poderiam negociar com um prêmio sobre seus pares. Por quê? O crescimento
futuro faria o múltiplo presente desinflar.
O bom livro de Alexandre Póvoa, “Mundo Financeiro – O Olhar de um Gestor”,
da Editora Saraiva, fala da estratégia dos gestores acima e ainda inclui outros
três nomes: o húngaro George Soros e os brasileiros Luis Stuhlberger e Dório
Ferman.
Os dois primeiros se especializaram em fundos multimercado. Póvoa cita
algumas recomendações de Soros:
• Quando houver convicção a respeito do investimento, monte grandes
posições.
Fundos de investimento não contam como garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro, ou ainda do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). - A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade
futura. – Ao investidor é obrigatória a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar seus recursos. - Para avaliação da performance de fundos de investimento é recomendável a análise de um período de, no mínimo, 12
meses. - Algumas das informações aqui apresentadas foram obtidas de fontes de mercado. Apesar de todo o cuidado em sua coleta e manuseio, o Opportunity não se responsabiliza pela publicação acidental de dados incorretos. - Administrador dos fundos:
Banco Opportunity S.A.
Reprodução da matéria publicada no Valor online [ValorInveste - O Estrategista] no dia 10/04/2012.
(www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/2610158/estrategias-vitoriosas-dos-grandes-gestores)
Na Mídia
10/04/2012
• Durante o dia, comunicar-se apenas com pessoas selecionadas; todo gestor
precisa de tempo para estudar e refletir.
• Se o portfólio não estiver dando resultados, dobrar a aposta pode ser um
erro. Não tenha vergonha de zerar posições com prejuízo.
• Há momentos em que o mais importante é ser conservador. A sobrevivência
é o ativo mais importante.
Stuhlberger é um dos principais executivos do Credit Suisse Hedging-Griffo e
gestor do conceituado fundo multimercado Hedging-Griffo Verde. O fundo
possui sempre uma posição em renda variável que pode variar entre 20% a
50%.
Segundo Póvoa, o gestor utiliza as seguintes estratégias:
• Comprar seguros baratos, com perda limitada.
• Apostar contra o consenso. Aqui estão as grandes oportunidades de ganho.
Buscar visões alternativas e conversar sempre com o setor real da
economia.
• Evitar a obsessão pelo CDI mensal na tomada de decisões, pois a limitação
temporal faz com que os gestores não tomem decisões ótimas.
• Controle de risco qualitativo. Evitar apenas os controles quantitativos como o
VAR. O ideal é buscar diversificar posições em diferentes mercados e limitar
a exposição máxima em cada mercado.
Por fim, o livro aborda as táticas de Dório Ferman, executivo do Banco
Opportunity e gestor do Fundo Opportunity Lógica II, criado em 1986. Ferman é
um adepto da análise fundamentalista e possui estratégias similares a adotada
por Buffet e Graham.
Seguem algumas características de seus investimentos:
• Concentrar a aposta em poucos papéis. Apesar do aumento do risco, cresce
a expectativa de retorno da carteira.
• Não utilizar alavancagem. Enquanto a concentração de ativos pode acarretar
prejuízos, a alavancagem pode destruir o fundo.
• Não acreditar na estratégia de “market timing”, ou seja, buscar distorções
de preço dos ativos no curto prazo. Ele investe em ações que, de acordo com
sua análise, se encontram baratas, dando o tempo necessário para que a
cotação de mercado alcance o preço justo.
As distintas estratégias de investimento demonstram que não há uma
abordagem universal quando se fala do investimento em ativos. Os pontos de
semelhança são o trabalho duro e a espetacular rentabilidade auferida por suas
carteiras.
Fundos de investimento não contam como garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro, ou ainda do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). - A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade
futura. – Ao investidor é obrigatória a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar seus recursos. - Para avaliação da performance de fundos de investimento é recomendável a análise de um período de, no mínimo, 12
meses. - Algumas das informações aqui apresentadas foram obtidas de fontes de mercado. Apesar de todo o cuidado em sua coleta e manuseio, o Opportunity não se responsabiliza pela publicação acidental de dados incorretos. - Administrador dos fundos:
Banco Opportunity S.A.
Reprodução da matéria publicada no Valor online [ValorInveste - O Estrategista] no dia 10/04/2012.
(www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/2610158/estrategias-vitoriosas-dos-grandes-gestores)
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