O PAULISTA CELSO VIÁFORA TRAZ O PARÁ DE NÍLSON CHAVES PARA O TOM JAZZ O paulista Celso Viáfora recebe, em sua cidade, para dividir o palco com ele, aquele que, por muitos, é considerado o mais importante cantor e compositor paraense da atualidade: Nilson Chaves. O espetáculo marcará não apenas o reencontro destes dois grandes parceiros (foi Nilson quem gravou o primeiro sucesso de Viáfora como compositor, a já clássica “Não Vou Sair” – hoje com mais de duas dezenas de regravações), como também o lançamento, em terras paulistas, do CD “Amores”, o mais recente trabalho do paraense. O repertório, além de relembrar os momentos marcantes da carreira de ambos e mostrar as novidades de Amores, trará algumas surpresas (como a mais recente parceria da dupla: “Os Filhos Estão de Partida” – gravada por Viáfora no CD “Amores Absurdos”). Nílson, mais do que um dos maiores artistas da música paraense. é hoje, talvez, o mais importante representante da música amazônica contemporânea, sendo um dos poucos artistas brasileiros a merecer tanto o respeito da crítica quanto o sucesso popular - seus espetáculos, em qualquer cidade da Amazônia, são invariavelmente lotados, seja ele realizado para o seleto público dos teatros ou para milhares de pessoas em praça pública. Viáfora, compositor, intérprete, violonista arranjador e, também, escritor paulistano, tem 9 discos gravados e para muitos figura no rol dos maiores artistas surgidos na década de 90. Seu último trabalho, “Amores Absurdos”, é um romance com trilha sonora, onde o leitor poderá, no instante em que estiver lendo o livro físico, ouvir em CD as canções compostas para ele. Assistir a esse espetáculo musical e poder ouvir algumas das belas canções que compõem a obra densa, comovente e, ao mesmo tempo, popular desses dois grandes músicos é, sem dúvida, a possibilidade rara de testemunhar o encontro de dois dos mais nobres representantes de nossa música popular. CELSO VIÁFORA E NILSON CHAVES 31 de julho às 22:00 horas – Ingressos: R$ 60,00 TOM JAZZ – Av. Angélica, 2331 – tel. (11) 3255-0084 NILSON CHAVES / AMORES O CANTOR E COMPOSITOR NILSON CHAVES LANÇA O SEU 16º CD. GRAVADO PARA O SELO JAPONES “CENDI MUSIC” NILSON CHEGA EM 29 PAÍSES MOSTRANDO UM REPERTORIO NOVO E FIEL A SUA PROPOSTA DE CANTAR A AMAZONIA. Acho que nunca o Amor foi tratado com tanta delicadeza. Todos. Poetas e Músicos, entregues inteiramente, a este sentimento, em suas várias faces, daí o título AMORES. - Presente que a vida Celebra, a Arte de ser sonhador. Porque o Amor é Sagrado e Profundo o Amor é o Deus do mundo. Isso é Nilson Chaves, que com Carlos Correa Santos diz: Sou bom para entender teu cheiro, porque fui alado por tua alfazema. E só um Amor muito louco, para perceber a imagem do ser amado no silêncio. A leveza de Poesia Poesizinha é um clamor dramático à Paz, "Se preciso me faz menina. mas não me deixe embrutecer". Minha adorável irmãzinha. Maneira linda de encontrar velhos amigos, nos antigos bares de Belém. Com chuva nos telhados a sussurrar uma saudade perdida nas madrugadas. Com Ana Terra, Nilson falam de todas as possibilidades de Amor."tem Amor que nasce de todos os sentidos". são os olhos rasos d'água, e o coração deserto. Alter do Chão, a palavra usada com sutileza, inteligência e poesia. Não há nada que agrade tanto uma palavra. Alterna-se, e o coração certamente Altera-se. Tudo virou verbo. Futuro do Presente, Você com Joãozinho Gomes, Amazonizaram a poesia, a sensibilidade, num alerta tão sublime, que só poderia esta música, merecer um parágrafo só para ele, e está, e ser a oitava música, o meio do CD. Olhar de Índio. "Uirapurú no céu do rio"."Estamos atentos, estamos serenos" "Semblante arisco do curupira". Isso é falar dos muitos universos Amazônicos, Assim ninguém mais temerá vestir as lendas, nos destinos destas marés. Poço Fundo, "são águas de março em pleno abril" e nós somos conduzidos até o fim do fim do mundo, no lugar do som do tom do rio. E assim, vou levando e vou levado, rio acima, mar adentro, sofrimento se afoga n'água.. O amor é um caminho bem descrito, toco esse caminho como quem dedilha o vão, e como se não bastasse descalço na imensidão. Tudo por nada? Tudo por tudo que fala de Amores. “Pois se as asas da gaivota um dia forem cortadas, mudarei a minha rota”. E quem sabe já eu tenha um pouco do que preciso, e quem sabe lá eu venha a morar no paraíso. Foi assim que ouvi, cada faixa, cada arranjo, que o encarte descreveu. As emoções livres, o zelo o carinho, o total envolvimento de toda equipe. O melhor comprometimento, com este material, de tamanho valor, falando de cada nuance do Amor. O disco sai daquela visão de amor só para mim, e se transforma em amores ambientais, e ambientados na natureza humana, quase imperceptível, aos olhos que não se enchem de lágrimas, que não vislumbram a poesia, a grandeza do simples. Texto do Poeta Edgar Macêdo NILSON CHAVES – UM ARTISTA AMAZÔNICO NILSON CHAVES, COMPOSITOR, CANTOR E VIOLONISTA PARAENSE. UM DOS GRANDES REPRESENTANTES DA MÚSICA AMAZÔNICA COM RECONHECIMENTO NACIONAL E INTERNACIONAL PELO TRABALHO DESENVOLVIDO BUSCANDO SEMPRE UMA LINGUAGEM POÉTICA E MUSICAL NA SUA ARTE DE CANTAR A AMAZÔNIA. 18 DISCOS GRAVADOS, SENDO 14 CDS, NILSON GANHOU O PRÊMIO SHARP DE 1994 COM O CD “NÃO PEGUEI O ITA”, O CD “WALDEMAR” EM PARCERIA COM VITAL LIMA FOI INDICADO ENTRE OS DEZ MELHORES CDS BRASILEIROS DO ANO 1994 PELA CRITICA DO JORNAL GLOBO. LANÇOU EM 1997 O CD “AMAZÔNIA BRASILEIRA” COM SEBASTIÃO TAPAJÓS NA EUROPA, PELO SELO ALEMÂO TUPIRAMA MUSIC, QUANDO TAMBÉM FOI INDICADOS ENTRE OS CINCOS MELHORES CDS LANÇADOS NO MERCADO EUROPEU. NO ANO 2000 NILSON FOI INDICADO PARA GRAMMY LATINO COM CD “25 ANOS, AO VIVO” COM AS PARTICIPAÇÕES DA ORQUETRAS JOVEM E DO CORAl DA FUNDAÇÃO CARLOS GOMES (BELÉM) NA CATEGORIA DE RAIZES BRASILEIRAS. EM 2000 NILSON DIRIGIU O PROJETO CANTORIAS AMAZÔNICAS, REALIZADO NO CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL (RIO DE JANEIRO) COM AS PARTICIPAÇÕES DE VÁRIOS ARTISTAS DA REGIÃO AMAZÔNICA COMO: RAIZES CABOCLAS E THIAGO DE MELLO (AMAZONAS), GRUPO RORAIMEIRA (RORAIMA), LUCINNHA BASTOS, PAULO ANDRÉ BARATA, SEBASTIÃO TAPAJÓS E JANE DUBOC (PARÁ), BADO (RONDONIA), SERGIO SOUTO (ACRE) GRUPO ZENZALA E VERÔNICA DO MARABAIXO (AMAPÁ). DE 1997 A 2002 NILSON CHAVES SE APRESENTOU NA FRANÇA E NA ALEMANHA EM ALGUMAS OPORTUNIDADE COM SEBASTIÃO TAPAJÓS E OUTROS EM SOLO COM DOIS MUSICOS.EM 2004 ESTEVE SE APRESENTANDO NA MARTINICA COM TRIO. NILSON COMEMOROU SEUS 50 ANOS DE VIDA REUNINDO 57 ARTISTAS BRASILEIROS ENTRE ELES:SIMONE ALMEIDA, MARCO ANDRÉ, GRUPO ZENZALA(MACAPÁ), FLÁVIO VENTURINI, SÁ RODRIX E GUARABIRA, BOCA LIVRE, ZECA BALEIRO, SANDRA DE SÁ, CHICO CESAR, PAULINHO MOSKA, SEBASTIÃO TAPAJÓS, DERCIO MARQUEZ, CELSO VIÁFORA, LHULI E LUCINA, ELIANA PRINTES, SIMONE ALMEIDA, BADO, SERGIO SOUTO, IVAN LINS, JANE DUBOC, VITAL LIMA, FAFÁ DE BELÉM, XANGAI, ZE RENATO, BOCA LIVRE. JEAN E PAULO GARFUNKEL, PAULO ANDRÉ BARATA, ANDREA PINHEIRO, ALMIRZINHO GABRIEL, EUDES FRAGA, EDMAR GONÇALVEZ, EDMAR DA ROCHA, LUCINNHA BASTOS, MAHRCO MONTEIRO, ELIAKIN RUFINO, ETC. UMA FESTA DE 4 HORAS INESQUECÍVEL E CONSOLIDANDO DE VEZ SUA IMPORTANCIA NA MÚSICA NACIONAL. NA OPORTUNIDADE, LANÇOU O CD “MELHORES MOMENTOS” COMEMORATIVOS A ESTA DATA. EM 2002 NILSON COORDENOU COMO PRESIDENTE DA ACAM (ASSOCIAÇÃO CULTURAL DA AMAZÔNIA) O PRIMEIRO SEMINARIO CULTURAL DA AMAZÔNIA EM BELÉM, ESTADO DO PARÁ, COM A PARTICIPAÇÃO DE MAIS 40.000 PESSOAS ENTRE ARTISTAS E PÚB LICO.. EM 2004 PARTICIPOU DO PROJETO “A FORÇA QUE VEM DAS RUAS” COM OS CANTORES MAHRCO MONTEIRO E LUCINNHA BASTOS ONDE FORAM LANÇADOS TRÊS CDS REFERENTES A TRÊS SHOWS REALIZADO EM DUPLA E UM DVD COM O TRIO. NILSON JÁ DIVIDIU O PALCO COM VÁRIOS ARTISTAS BRASILEIROS ENTRE ELES, SEBASTIÃO TAPAJÓS, CELSO VIÁFORA, FLÁVIO VENTURINE, CHICO CEZAR, PAULINHO MOSKA, LENINE, ZECA BALEIRO, IVAN LINS, JANE DUBOC, XANGAI, DERCIO MARQUEZ, ZÉ RENATO, VITAL LIMA, TETÊ ESPÍNDOLA, CEUMAR, JOYCE, ELIANA PRINTES, SERGIO SOUTO, ENTRE OUTROS. EM 2006, COM PRODUÇÃO DE ZECA BALEIRO, LANÇOU O CD “MANIVA”, NUM SHOW NO THEATRO DA PAZ COM A PARTICIPAÇÃO DE CELSO VIÁFORA, IVAN CARDOSO, CEUMAR, FLÁVIO VENTURINI, EDMAR DA ROCHA, JEAN GARFUNKEL, VITAL LIMA E PAULINHO MOSKA NA OPORTUNIDADE GRAVOU O DVD COM LANÇAMENTO PREVISTO PARA JUNHO DE 2007. NILSON GRAVOU EM 2007 UM DVD PARA O ITAU CULTURAL EM SÃO PAULO COM O TÍTULO “GENTE DA MESMA FLORESTA” COM PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS DE GRAÇA GOMES (ACRE), ELIAKIN RUFINO (RORAIMA), CÉLIO CRUZ (AMAZONAS), ZÉ MIGUEL (AMAPÁ) E BADO (RONDONIA). PARTICIPOU, TAMBÉM, DA GRAVAÇÃO DO DVD EM HOMENAGEM AO POETA THIAGO DE MELLO NO TEATRO AMAZONAS (MANAUS) QUE TEVE AINDA A PARTICIPAÇÃO DE ELIAKIN RUFINO (RORAIMA), RAÍZES CABOCLAS, MARCIA SIQUEIRA (AMAZONAS), EUDES FRAGA (CEARÁ) E SEBASTIÃO TAPAJÓS(PARÁ). NILSON CANTOU A CANÇÃO “NAVIO GAIOLA” DE SEBASTIÃO TAPAJÓS E ANTONIO CARLOS MARANHÃO NA TRILHA MUSICAL DA MINI SERIE DA GLOBO “AMAZÔNIA”. SEU CD MAIS RECENTE TEM POR TÍTULO “AMORES”. VEJA ABAIXO O RELEASE DESTE TRABALHO. CELSO VIÁFORA (breve release) Ingressou no cenário artístico em 1979, participando de festivais de TV e apresentando-se em teatros do Rio e S. Paulo. Em 1985, foi contemplado com o prêmio de Melhor Arranjo no Festival Internacional de Viña del Mar, no Chile, com a música "Grão da terra". Em 1986, gravou, com César Brunetti e Jean e Paulo Garfunkel, o LP "Trocando figura. Lançou, em 1991, o LP "Celso Viáfora", pela gravadora Outros Brasis. Em 1996, gravou o CD "Paixão Candeeira", pela Dabliu Discos, e relançou, agora em CD, o disco “Celso Viáfora”, pela mesma gravadora. Em 1999 lançou o CD "Cara do Brasil', pela gravadora RGE, contendo composições próprias, e parcerias com Guinga (no choro "Di menor") e com Vicente Barreto. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Canecão (RJ) e na casa de shows Tom Brasil. (SP). Em 2000, seu disco "Cara do Brasil" foi relançado pela gravadora Jam Music. Ainda em 2000, iniciou uma parceria com Ivan Lins (que já produziu mais de meia centena de canções) cuja estréia em disco aconteceu no CD "A cor do pôr-do-sol", onde Ivan gravou quatro músicas da dupla: a faixa-título, "A cor do pôr-do-sol”; "Emoldurada"; ”Olimpo” e "Nada sem você", essa última assinada também pelo italiano Ivano Fossatti. Em 2001, lançou o CD "Basta Um Tambor Bater", com a participação especial de Ivan Lins e do grupo MPB-4, na faixa "Diplomação" (c/ Ivan Lins), e Beth Carvalho, na música "Chora". O disco teve espetáculo dirigido por Túlio Feliciano. Gravou, em 2003, o CD "Palavra!", contendo composições suas e parcerias com Ivan Lins e Vicente Barreto. Fez show de lançamento do disco na casa Tom Brasil (SP) e apresentou-se por todo o Brasil, em espetáculo dirigido por Túlio Feliciano que contou com a participação do Barracão dos Sonhos, grupo formado por 10 crianças com idade entre 6 e 16 anos da comunidade de Paraisópolis (SP). Em 2005, teve seu primeiro trabalho, “A Carreira de Celso Viáfora", lançado no Japão, pela Ward Records. No final de 2005, lançou o CD "Nossas canções", só com músicas de sua parceria com Ivan Lins, no Japão, pela gravadora Columbia. No início de 2006 o disco chegou ao Brasil, pela gravadora JAM Music com distribuição da EMI Music. Como compositor, tem músicas gravadas por Ney Matogrosso ("A cara do Brasil"), Nana Caymmi (“Só Prazer”), Jane Duboc ("De alma e corpo), Simone (“Atlântida” e “Veneziana”), Vânia Bastos ("Linda de lua"), Ivan Lins ("Papai Noel de camiseta" e “Deus de Deus”), Nílson Chaves ("Não vou sair", “Olhando Belém”, entre outras), Eduardo Gudin ("Minha cara no espelho"), Jane Monheit (“Rio de Maio”), Maria Scheneider (também “Rio de Maio”), Fafá de Belém ("Cio baby doll"), entre muitos outros. Em 2010 lançou o seu primeiro DVD e sétimo CD, “Batuque de Tudo”, gravado no ESTÚDIO SOLLUA, todo ele situado dentro de uma fazenda, em Alambari-SP, onde recebeu parceiros de longa data (como Ivan Lins, Vicente Barreto, Nilson Chaves e o Quinteto em Branco e Preto) e novos (Rafael e Pedro Alterio, Caê Rolfsen, Dani Black, Tati Parra, Tó Brandileone e Pedro Viáfora), além de um time primoroso de músicos (Sizão Machado, no contrabaixo; Webster Santos, nas cordas; Trio Manari – de Belém do Pará – nas percussões; Vinícius Dorin e Léa Freire, nos sopros; Thiago Costa, nos teclados e no acordeon; Carlinhos Sete Cordas, no violão; Théo da Cuíca, na percussão; Thiago Rabelo (Big) e Gabriel Alterio, na bateria e Tati Parra e Tó Brandileone, nos vocais. A direção geral é de Tulio Feliciano. Direção de Vídeo da Gabo Nunes. Áudio do Alberto Ranellucci. Em 2012, a parceria iniciada com o grupo vocal cênico gaúcho EXPRESSO 25 (formado por 35 vozes) que vem rendendo pelo menos uma apresentação anual em Porto Alegre desde 2008, se intensificou e o espetáculo “CANTANDO EM BANDO”, basicamente centrado na obra musical de Viáfora, foi apresentado com sucesso no Auditório Ibirapuera, em março deste ano. O espetáculo foi gravado no estúdio Gargolândia, em Alambari-SP, e o CD lançado em setembro de 2013. Entre julho e setembro de 2012, o criador intenso se viu angustiado com uma inédita crise criativa. Não compunha nada que o satisfizesse. Foi assim que, numa madrugada de primavera, perdeu o sono e, em desarmonia com o violão, ligou o computador e iniciou algo que não sabia o que seria (um conto, um desabafo, umas linhas inúteis para descartar depois?). Naquele momento, iniciou uma parceria com a literatura que, ao fim de nove meses - muitas vezes trabalhando por até 18 horas diárias -, resultou no seu primeiro romance: “Amores Absurdos”, a história do personagem Antonio Terra, compositor que, na juventude, participou de festivais da canção e shows universitários (tal como Viáfora, embora, o romance não seja autobiográfico); tornando-se, mais tarde, publicitário de sucesso. A narrativa conta a vida do personagem e, sobretudo, a historia do intenso amor pela também jovem cantora de festivais, Lídia Saviolo, o grande amor de sua vida. Como pano de fundo, além do cotidiano vivido por muitos dos compositores brasileiros, no início dos anos 80, pelos interiores do Brasil, atrás de mostrar suas canções; o autor traça um perfil social, político e cultural do País nas últimas quatro décadas – o livro termina em 2013. Poderia ter sido apenas o caso de Celso Viáfora, um compositor, afastar-se de sua atividade musical para flertar com a literatura. Não foi assim: a crise musical foi superada, o escritor Viáfora “conviveu” em intensa parceria com o músico Viáfora durante todo o trabalho e, na medida que o romance avançava, foram surgindo canções novas para compor a trilha musical da obra literária, bem como canções escritas em tempo anterior foram a ela se moldando como se tivessem se antecipado à cena literária. As quatorze canções compostas para a trilha sonora do livro, foram gravadas (com incentivo fiscal do ProAC, da Secretaria de Cultura de São Paulo) pela voz e o violão de Celso Viáfora, com acompanhamento das cordas do quinteto liderado pelo músico, arranjador e regente Neymar Dias (autor de 12 arranjos – os outros 2 foram escritos pelo próprio Celso), tendo Edgar Leite e Daniel Cuca Moreira, nos violinos, Daniel na Viola e Vana Bock no violoncelo; mais as participações especiais dos músicos Toninho Ferragutti, no acordeon; Trio Manari, na percussão; Manoel Cordeiro, na guitarra e no charango; Gabriel Alterio, no pandeirão e no ganzá; além da cantora Dandara que divide com Viáfora a interpretação de “A Ponte dos Sonhos” (Sergio Santos e Celso Viáfora). Além do livro e do CD, Amores Absurdos chegou ao mercado, no final de 2013, também no formato e-Book (ou livro digital), onde o leitor pode, durante a leitura, clicar no respectivo link, ao pé da página, e ouvir a música que ilustra a cena do romance. Para divulgar as três obras, Celso Viáfora escreveu roteiro do show “Amores Absurdos”, onde, acompanhado pelos mesmos músicos do quinteto de cordas, mais o baterista Gabriel Alterio e a cantora Dandara traz as músicas do novo CD, ladeadas por antigos sucessos de sua carreira como A Cara do Brasil, Por Um Fio, Que Nem a Gente, A Pessoa e outras. Enfim, respeitado pelos maiores músicos brasileiros, admirado por artistas consagrados, Viáfora definitivamente conquistou o seu espaço dentro da Música Popular Brasileira contemporânea graças à qualidade, peculiaridade e força da sua obra. É um desses poucos artistas de quem, depois de ouvir algumas de suas dezenas de músicas, pode-se dizer, com a boca cheia, tratar-se de alguém que construiu uma obra densa e comovente. Popular e, sobretudo, brasileira.