FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MORFODINÂMICA DO CABEDELO DA FOZ DO RIO DOURO: PERSPECTIVA HISTÓRICA E MONITORIZAÇÃO POR GPS PARA O CONHECIMENTO DA SUA EVOLUÇÃO ACTUAL. APLICABILIDADE PEDAGÓGICA NUMA VERTENTE CTSA VOLUME II FACULDADE DE CIÊNCIAS UNIVERSIDADE DO PORTO Maria Eduarda Rodrigues Vieira de Jesus 2003 FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MORFODINÂMICA DO CABEDELO DA FOZ DO RIO DOURO: PERSPECTIVA HISTÓRICA E MONITORIZAÇÃO POR GPS PARA O CONHECIMENTO DA SUA EVOLUÇÃO ACTUAL. APLICABILIDADE PEDAGÓGICA NUMA VERTENTE CTSA VOLUME II Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Geologia para o Ensino Sob a orientação de Professor Doutor Eugénio Correia FACULDADE DE CIÊNCIAS UNIVERSIDADE DO PORTO Maria Eduarda Rodrigues Vieira de Jesus 2003 «JL onda vem, espraia-se e saípica-nos de espuma. Catca-se esse mosto branco e salgado, que geia e vivifica, e caminha-se sempre ao todo dos sucessivos rotos que se despedaçam na areia.» Raul Brandão, Os Pescadores «A Foz» Artur Loureiro Óleo sobre tela (Séc. XK-XX) (in CLÁUDIO, 2001) « Com que terno prazer eu te saúdo [Toz], sempre que te avisto, ou penso em til <Estamos 6em mudados amôos - veCfta amigai- - tu do quefoste, eu do que eral» Ramalho Ortigão, 1876 INDICE GERAL Página APÊNDICES APÊNDICE 1 - SÉCULOS XVIII, XIX E XX - CHEIAS HISTÓRICAS OCORRIDAS NA FOZ DO RIO DOURO A - Principais cheias ocorridas no século XVIII B - Principais cheias ocorridas no século XIX C - Principais cheias ocorridas no século XX II III IV VI APÊNDICE 2 - PRINCIPAIS NAUFRÁGIOS E ENCALHES REGISTADOS NAS IMEDIAÇÕES DA BARRA DO DOURO (1727 - 1980) VIII APÊNDICE 3 - A FOZ DE D. MIGUEL DA SELVA A - D. Miguel da Silva B - O Farol de S. Miguel-o-Anjo C - Estátua togada da Foz XV XVI XVI XVII APÊNDICE 4 - TEXTO PRESENTE NO «(...) MAPA HE ADEMONSTRAÇÃO DA COSTA DO MAR DESDE A VILLA DE MATOZINHOS, ATHE A BARRA DA CIDADE DO PORTO (...)», POR JOSÉ GOMES DA CRUZ, EM 1775 XIX APÊNDICE 5 - PROJECTOS, ESTUDOS E OBRAS VISANDO O MELHORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE ACESSO À BARRA DO DOURO XXI 5-A - José Monteiro Salazar - 1779 5-B - Reynaldo Oudinot - 1789 5-C - Reynaldo Oudinot - 1793 5-D - Luiz Gomes de Carvalho - 1820 5-E - Andrea Sheerboon - 1838 5-F-Joseph Gibbs-1840 5-G- Bigot -1843/1844 5-H - William Jates Freebody - 1855 5-1-John Rennie-1855 5-J-Lazeu-1863 5-K - Manuel Afonso Espregueira - 1866 5-L - William Trery - 1878/1879 5-M - Carlos Marnay - 1879 5-N - Projecto de um Engenheiro Civil Português 5-0 - Russel Aitkens - 1880 5-P - Afonso Joaquim Nogueira Soares - 1881 5-Q-John Coode-1881 5-R - Eduardo Augusto Falcão - s/ data 5-S - Artur Guimarães - 1903 5-T - Hidrotécnica Portuguesa - 1975 5-U-APDL-1989 5-V-APDL-1996 5-X - IND s/ data 5-Z - IND - 2000 XXII xxm XXIV xxv XXVI XXVII XXVIII XXIX XXX XXXI XXXII XXXIII XXXIV XXXV XXXVI XXXVII xxxvni XXXIX XL XLI XLII XLm XLIV XLV 111 APÊNDICE 6 - CARTOGRAFIA ANTIGA DA FOZ DO DOURO E DO CABEDELO (SÉCULOS XVII A XIX) 6-A - «Der Zeecusten van Portugal - van Viana tot Avero», 1619 6-B - «Leça, Cidade do Porto e Aveiro», 1673 6-C - «Mappa da Barra e Rio da Cidade do Porto, com todas as suas pedras, Bancos d'Areia e palmos que tem o ditto rio na baixa-mar», 1779 6-D - «Planta da Foz do Douro, e dos Projectos de Fortificação para a Defesa da Mesma», 1793 6-E - «Planta da ...a da Cidade do Porto», 1815 6-F - «Planta da Foz do Douro até Quebrantões», 1820 6-G - «Plan de la Ville, du Port e des Environs d'Oporto en Portugal», 1832 6-H - «Oporto and Environs, with the lines of Don Pedro and Positions of Don Miguel's Army», 1832 6-1-«Oporto», 1833 6-J - «Entrance of River Douro», 1833 6-L - «Planta Militar do Porto», s/ data 6-M - «Porto e Arrabaldes, linha de D. Pedro e posições do Exército de D. Miguel», 1833 6-N - «Carte Topographique des Lignes d'Oporto», s/ data 6-0 - «Planta do porto e Suas Vizinhanças», s/ data 6-P - «Planta do porto», s/ data 6-Q - «Plan von o Porto und Umgegend gez und Herausgegeben von C Brügner», 1833 6-R - «Plan af Porto», 1833 6-S - «Carta Topográfica do porto», 1892 XLVI XLVII XLVIII XLIX L LI LII LUI LIV LV L VI LVII LVffl LLX LX LXI LXII LXIII LXIV APÊNDICE 7 - BLOCOS GRANÍTICOS DO CABEDELO DA FOZ DO DOURO - ALGUNS PORMENORES GEOLÓGICOS LXV APÊNDICE 8 - SEQUENCIA DE CARTOGRAMAS RELATIVOS AO CABEDELO PÓS-CHEIA DE 1909 LXVII APÊNDICE 9 - MODOS DE POSICIONAMENTO COM GPS LXXI APÊNDICE 10 - SOFTWARE UTILIZADO E LISTA DE PROCEDIMENTOS PARA PROCESSAMENTO DOS DADOS DE CAMPO LXXIII APÊNDICE 11 - VALORES MÉDIOS DE ONDAS E MARES (Maio de 2001 a Março de 2003) LXXXI LXXXIII ANEXOS ANEXO 1 - «PLANTA GEOGRÁFICA DA BARRA DA CIDADE DO PORTO», 1789 ANEXO 2 - «OPORTO», 1736 ANEXO 3 - CAUDAIS MÉDIOS DIÁRIOS LANÇADOS EM CRESTUMA LXXXIV LXXXVI LXXXVIII IV APÊNDICES Marcas de cheias. A mão da senhora desta fotografia de Benoliel indica o nível atingido pela cheia de 1909. In PEREIRA e BARROS, (2001). APÊNDICE 1 SÉCULOS XVIII, XIX E XX - CHEIAS HISTÓRICAS OCORRIDAS NA FOZ DO RIO DOURO VM'/Jv/M&yjr/Jr/MW/*'/jr/jr/&/jr/&/M^ Doía da Cheia 1703 1722 28 Dez 1727 1729 srwi73Q jucíi/jy 15 Jan 1740 3 Jan 1741 Nov. 1750 14 Jan 1751 10 Dez 1754 9 Fev 1755 :; ' 29 Nov. 1757 24 Abr. 1758 17 Fev. 1759 3 Fev. 1763 11 Jan. 1765 Set 1768 11 M a r 1771 24 Mar. 1772 22 Dez. 1773 12 Dez. 1774 11 Fev. 1776 1777 5Mai 18-19 Out 28 Out 1778 Dez. 1779 10 Mar. 31 Dez 1783 4 Jan 2 Fev 7 Mar. 1784 1 Jan. 1785 14 Jan 7 Mar. 1786 I 7, 23 e 26 Dez. 1787 ■ ■ V/M :.::.< jp/je/jr/M-MrMyw/*/^ a);b);c);d); eV f)" g)'h) Esta cheia terá atingido, na Régua, um caudal de 18000 m/s (ap. —-'--'-''■'-'■'-'-' MDSUSTÉRIO DO AMBIENTE, 1996). AZEVEDO, J.M. (1881, p.119) refere d) diversos documentos que abordam esta cheia extraordinária em dimensão e c);d) efeitos e descreve-a nos seguintes termos: ela «Foi muito superior à de 1729, e c);d) em todas as suas funestas consequências perfeitamente igual, ou excedente àquela c);d) de 1727; pois consta por todas as tradições, que esta cheia fora a maior, de que há c);d) memória». Esta situação foi confirmada, em meados do século XX, por TATO, J.F. c); d) (1966, p.157) quando refere: «Célebre cheia de 1739, aquela que até agora ainda c);d) não foi ultrapassada». c);d) Esta enchente subiu aos 6 metros acima do cais da Ribeira, pelo que teria c);d) ultrapassado, em vinte centímetros, a ponte Pênsil e quase atingiria a ponte D. c);d) Luís, se elas existissem naquela altura (ver Figura n.2. no Volume D. Carríngton da COSTA (1938) refere, igualmente, que a impetuosidade desta cheia varreu o c); d) C abedelo trezentos metros para Sul. g) a); b); c); d); fV g) c);d) c);d) c);d) a);c);d);f);g) c);d) c);d) «Em 10 de Abril de 1769 cresceu o rio Douro como nunca, [...], o que admirou por ser de repente» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.127). LOUREIRO, A. (1903) acrescenta que esta enchente arrastou alguns navios para o mar. «11 Dezembro de 1774 foi tão copiosa a chuva, que na 2' feira 12 do mesmo mês encheu o rio Douro em forma e com tal repente, que em poucas horas chegou à altura, que só diminuiu 10 palmos de altura da cheia do ano de 1739 [sic]» (ap. AZEVEDO, J.M., 1881, p.128). Esta cheia subiu 3,80 metros sobre o cais da Ribeira, arrastando navios para fora da barra (TATO, J.F., 1966). c); d) Estas cheias alagaram intensamente o cais da Ribeira. a); c); d); g) C obriu, em 4,90 metros, o cais da Ribeira. Segundo BESSA, A. (1910), esta , cheia terá sido idêntica à de 1727, causando medonhos prejuízos e reduzindo à miséria várias famílias de rendeiros e agricultores. \ i . „ i c); d) c) " C) c) 27 Nov. 1791 a);b);c);d); e);f);g);h) c);d) 25 Jan. 1792 c);d) 31 Jan. 1796 14 Dez. 1798 Dez 1799 15 Jan. 1800 c); d) c);d) a);g) c); d) 2225 Fev. 1788 : Bibliografia Pormenores Descriíiros c); d) É curioso o facto de em todas as descrições destas catástrofes naturais se c)' f) mencionar o carácter repentino da sua formação como, por exemplo, o registo do Padre REBEL0 D A C OSTA (1789, p.299), referindo-se a esta cheia de 1727, a )- bVcV d)"— '. L ' ' considerada como a maior de todos os tempos até aquela data (TATO, J.F., —— ' " 1966): «O caudalosorioDouro no dia vinte e oito de Dezembro de mil setecentos a); c); f); g) e yime e sete, formou uma enchente tão grossa, repentina, e precipitada f...]». Quase igual à de 1727 e «Precedida de um terrível furacão do Oeste» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.115) provocou grandes estragos em embarcações e outras construções. Esta cheia terá atingido, na Régua, um caudal máximo de 15500 m3/s (ap. MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996) e terá subido 4,16 metros acima do nível do cais da Ribeira (TATO, J.F., 1966). «Uma grande cheia no rio Douro, quase igual à de 1739 e bem semelhante a ela nos gravíssimos prejuízos que causou» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.128). Para este autor, esta cheia foi comparável à de 1788; opinião semelhante tem BESSA, A (1910). Quadro 1.A - Principais cheias ocorridas na foz do rio Douro durante o século XVUJ. a) AZEVEDO, J.M., 1881; f) LOUREIRO, A., 1903 b) COSTA, C, 1938; g) BESSA, A., 1910; c) MAIA, S.O., 2000; d) TATO, J.F., 1966; h) MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996. e) LNEC, 1994; III M a da Gbeía 11 Jan 1821 Bibliografia a); c); d); f); g) 2 Fev 1823 a); b); c); d); e)' g)" h) 2 Fev 1825 1829 c); d) a); c); d); f); g) 20/21 Nov 1837 17 Fev 1843 a); c); f); g) Ï845 a); b); c); e); f); g) cVdVf) 1850 1851 e) c); d); f) 20 Jan 1853 c); d) 20 Fev 29 Dez 1855 8Jan 25 Jan 1856 a); e); g) 1 Dez 1858 a)" cV dV f)' g) ' a); c); d); f); g) Pormenores Descritivos «Muito dano em propriedades, [...], devido à rapidez, e ao demasiado crescimento das águas, cuja força, e violência aluiu o cais em muitas partes; destruiu casas, e armazéns; [...]; levou na sua furiosa corrente muitos barcos, e algumas barracas; [...] deixou de si uma lembrança tristíssima, e duradoura» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.137). TATO, J.F. (1966) refere que esta cheia atingiu os 2,86 metros acima do cais da Ribeira e que a sua corrente arrastou para fora da barra diversos navios. Segundo AZEVEDO, J.M. (1881), esta enchente, de «imensas areias» subiu mais alguns palmos que a de 1821, embora com crescimento mais vagaroso e corrente menos impetuosa. Na Régua, o caudal de cheia atingiu os 15600 m3/s (LNEC, 1994; ap. MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996). Segundo TATO, J.F. (1966), esta cheia atingiu os 3,74 metros sobre o cais da Ribeira e cerca de 14 milhas/s de velocidade. Atingiu 3,82 metros na Ribeira e cerca de 14 milhas/s (TATO, J.F., 1966) Esta foi marcante pelo facto de ter destruído a ponte então existente na Ribeira - a ponte das Barcas. «Subiram as águas tão inesperadamente, [...] foi por último arrebatador pela furiosa corrente, largando as barcas do seu ponto umas depois d'outras sem governo» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.138). Esta cheia obrigou à retirada da Ponte das Barcas (AZEVEDO, J.M., 1881). Também esta enchente levou à retirada da Ponte das Barcas, obrigando à abertura precipitada da circulação na nova ponte Pênsil, sem as formalidades d e feste J° (AZEVEDO, J.M., 1881; COSTA, C, 1938). O caudal de cheia atingiu, na Régua, 13000 m3/s (LNEC, 1994). ~ O caudal de cheia alcançou os 13900raVsna Régua (LNEC, 1994). Atingiu 3,33 metros na Ribeira e cerca de 13,5 milhas/s (TATO, J.F., 1966) 3,34 metros na Ribeira e a mesma velocidade da anterior (TATO, IF., 1966) A cheia de Dezembro atingiu os 2,09 metros e a sua corrente (de cerca de 12 milhas) levou barra fora vários navios, causando perdas materiais e humanas (TATO, J.F., 1966). A mesma enchente atingiu os 12500 m3/s de caudal de cheia na Régua. r/ar/M/*F/&/jr/jr.M-.i? s Nestas últimas cheias, apesar de ter sido ultrapassado o limite ordinário do leito do Douro, os prejuízos não foram muito avultados (AZEVEDO, J.M., 1881). Das cheias do século XTX marcadas a picão nos "Arcos da Ribeira", a maior é, sem dúvida, a de 1860, seguindo-se-lhe a de 1823. Quadro 1.B - Principais cheias ocorridas na foz do rio Douro durante o século XIX. a) AZEVEDO, J.M., 1881; f) LOUREIRO, A, 1903 b) COSTA, C , 1938; g) BESSA, A, 1910; c) MAIA, S.O., 2000; d) TATO, J.F., 1966; h) MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996. e) LNEC, 1994; rv Data da Cheia 28 Dez 1860 9 í I í I í i 1864 27 Jan 1865 1869 — J87Ï 1872 ~ 1873 6 Dez 1876 1877 21 Dez 1878 1879 19 Fev 1880 30 Jan 1881 1882 " 1883 1884 1887 1888 1889 1891 1894 1895 1896 1899 2 Fev 1900 Bibliografia j Pormenores Descriírvos a); b); d); e); A água chegou a estar a um metro da ponte Pênsil (COSTA, C, 1938; fv gY h) OLIVEIRA, J.M., 1973). Os estragos foram avultados e o Cabedelo foi destruído quase na totalidade (COSTA, C, 1938). Segundo TATO, J.F. (1966), esta cheia atingiu 22,95 metros na Régua e 4,38 na Ribeira, deslocando-se a uma velocidade de cerca de 15 milhas/s e acarretando grandes prejuízos. O caudal de cheia terá chegado aos 15100 m3/s na Régua (LNEC, 1994). Na zona da actual ponte de D. Luís (Porto), a cheia de 1860 $ alcançou os 10,38 metros (ap. MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996). c); d) 15,95 metros na Régua, 1,58 metros sobre o cais da Ribeira e 11,3 milhas d); f) jg velocidade (TATO, J.F., 1966). c); d); f) Atingiu, na Régua, 13,20 metros, 48 centímetros na Ribeira e cerca de 10 c)" d)' f) milhas de velocidade (TATO, J.F., 1966). c) c); d); f) 19,30 metros na Régua e sobre o cais da Ribeira; 2,92 metros e 13 c); d) milhas/s de velocidade. c) Alcançou, na Régua, os 18, 57 metros e na Ribeira os 2,63 metros e as c) 12,7 milhas/s de velocidade. d) 13,50 metros na Régua, 60 centímetros acima do cais da Ribeira e 9,7 cV^d) milhas/s de velocidade (TATO, J.F., 1966) c); d) Na Régua atingiu quase os 25 metros e, na Ribeira, os 3,30 metros e 13,5 c);d) ~ milhas/s (TATO, J.F., 1966). c) c) e) c);e) c) c) c) c);d) c) c) c);d) Esta cheia chegou aos 13500 nxVs de caudal de cheia na Régua (LNEC, 1994). Foram atingidos os 11800 m3/s de caudal de cheia na Régua. Com cerca de 14,5 metros na Régua, 1 metro na Ribeira e cerca de 10,5 milhas/s (TATO, J.F., 1966). Quadro 1.B (cont) - Principais cheias ocorridas na foz do rio Douro durante o século XLX. a) AZEVEDO, J.M., 1881; f) LOUREIRO, A, 1903 b) COSTA, C , 1938; g) BESSA, A, 1910; c) MAIA S.O., 2000; d) TATO, J.F., 1966; h) MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996. e) LNEC, 1994; V tó^í^IÍB^^-m;^^».-:^»^:^^^^ W«K^Í*»^^^*itf»S»É^^ IÈSKS iN*<í ÍÍKKÍS ^ K ^ im^«^liS»È^«?»í«ÍSJtt3|lM*Hl^^ IK.«h£3 tS-m-J iíSte^ ^ « ^ í ?*.-? o ON » I 0\ .! o O u TS St O o ^SKSfcBfciS&S"!»^ *^»Sͻͻ. ' Ï&ZL9 )ZS£t 1 Cl I ms iíst^ i-^;%í*tf!%3tfc-?8£s^*y»,-skjWÈí*i5»^£^ ,1 o Ti « -I vi o ê VU ! ! S2 s* 63 PI 63 ' H S ■a I x x X \ I a i<-•SfcîtlSS^^ ■■■■■ ■■■ ■ ■ ■■ :* ^íí*i5<K3»í •ÈítóftiíKfc ■-^ ■ K9 i ■ ■ -fcSfcSJI^ N^ ^ S & S' ■» ■ : * ■a H S a M 3 o s C/5 3 o ^ K í t ó W í W í J S K ^ t ó » ^ » . 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I g I J 8 S 2s íí ri o * I I si 2 o 11 >a S i o .s W in ! I s 60 60 SB N Q ON r- 60 J? t-- 00 00 00 '. ' X o os o u o O o T3 « SU s« ea no vi iJ O o 03 T3 1» C3 S3 V) O -d S3 -** "51b BS en X! P—< C5 W O) !« O '3D -C3 o es Z t« • «■< w d "C OH ; o CO O OS I o u S3 o O o 03 U u 03 ca 03 Vi O e> 2 '-3 <Ü S a -=) -< m Vi 03 C ps ps m m CJ 1 o 1 ■8 m m m pa P3 m m 03 u m EQ m m PQ m 'S3 S3 W5 O 73 03 -*— BQ • pN 6X a> t/) 4> J3 -a 1 t=3 CO "03 GO C O» Vi O •a S '8 *03 P. Q "oc "Sb OB £ 2s a a» II t i 'I a S 03 *03 .& "3 a ia ■a 1 a Ba •5 g eo Q p, p. "Q o I cd cd cd ^ cd cd o o O o I CM N a v£> m r-oo oo » o \ oo oo oo 0\ O O ^"«e^«c*a$*»:m -: ■:.':■:■: "iSv^Sí!ÍtS»a»ÈW!í»ií^i Î 1 i1 1 • s 1 ' o 00 1 s CO OS 1 « y—t i-- ü n rF H CQ P-i « s—• <X3 O R s3 s=- ex. 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Miguel-o-Anjo antes da construção do edifício dos Pilotos da Barra e da Torre dos Semáforos, em 1852. APÊNDICE 3 A FOZ DE D. MIGUEL DA SILVA (SÉCULO xvi) A - D. MIGUEL DA SILVA Em 1535, D. Miguel encomendou um conjunto de pinturas a Vasco Fernandes. Numa delas, "Cristo na Casa de Marta", Grão Vasco retratou o bispo D. Miguel (com cerca de 55 anos), quando pintou a figura de Lázaro, sentado à direita de Cristo (BARROCA, 2001). Este quadro encontra-se no Museu Grão Vasco, em Viseu. A imagem desta página é uma cópia de um postal do referido Museu. A -là- - Pormenor do quadro pintado por Vasco Fernandes "Cristo na Casa de Marta", destacando afigurade D. Miguel da Silva. B - O FAROL DE S. MIGUEL-O-ANJO a) b) 1. a) Capela-Farol de S. Miguel-o-Anio. vista de terra (desenho e reconstituição de Gouveia Portuense). Este farol, edificado em 1528, será o mais antigo farol português e o segundo mais antigo da Europa (COUTINHO, 1965; MAIA, 2000; BARROCA, 2001), tendo sido classificado como Imóvel de Interesse Público, em 5 de Janeiro de 1951 - Dec. n° 38147 (BARROCA, 2001). Estes esquemas aparecem em bibliografia diversa consultada como, por exemplo, COUTINHO, 1965; MAIA, 2000 e BARROCA, 2001. b) Planta da Capela-Farol de S. Miguel-o-Anio (desenho e reconstituição de Gouveia Portuense), com o pátio (a tracejado) sobre o qual se viria a construir a obra oitocentista "Torre do Semáforo". Capela-Farol de S. Miguel-o-Anjo nas suas faces voltadas para o rio e para o lado nascente, invocando a protecção de Deus e incentivando aos navegadores a sua passagem, sem perigo, pela barra (LANHOSO, 1963; COUTINHO, 1965 e MAIA, 2000). LANHOSO (1963), menciona que num dos testemunhos deixados nas paredes deste edifício se refere que o farol acendia todas as noites e era sustentado pelos réditos do próprio Bispo, D. Miguel da Silva. XVI Perspectiva da entrada da Barra da cidade do Porto e Fortaleza que a defende (1790). Nesta gravura, presente na Biblioteca Municipal do Porto, surge, em primeiro plano, o farol de S. Miguel-o-Anjo. Também está representada a Fortaleza de S. João da Foz, que PORTELA (1994), lembra como tendo estado encostada, noutros tempos, à embocadura dorioDouro. Devido à rectificação que a foz sofreu ao longo do século XIX, a fortaleza e o farol passaram a encontrar-se recuados relativamente ao rio (BARROCA, 2001). O Jornal «Comércio do Porto», de 4 de Agosto de 1867, dá notícia da conclusão daquelas obras dirigidas pelo Engenheiro Manuel Afonso Espregueira. C -ESTÁTUA TOGADA DA FOZ Estátua romana descoberta no fundo do rio Douro (desenho de Gouveia Portuense). Por altura das obras na barra do Douro, nomeadamente as destinadas ao quebramento dos rochedos da barra, em Julho de 1868, o Jornal «Comércio do Porto», de 23 de Julho daquele ano, refere a recolha de uma estátua de granito junto à Cruz de Ferro, na Foz do Douro. A Imprensa deu as seguintes informações: «Na segunda-feira última, os mergulhadores empregados no quebramento e extracção dos rochedos da barra encontraram uma estátua de pedra de granito que mede 1,30 metros de altura. Está bem esculpida e xvn representa um homem vestido à romana. [...] É de crer que fosse colocada na primeira Cruz de Ferro que existiu na barra. O que não oferece dúvida é que esteve debaixo de água por espaço de mais de um século». Excerto do Jornal «O Comércio do Porto»,23 de Julho de 1868, página 1, 5a e 6a colunas, "Estátua da Barra". A «síàina. d a barra. — Ha tempos déinoii noticia de ter appareiiidfl jante á Cruz de Ferro, na Fira, uma estatua de granito, de cuja existência aíli, como dissemos, magoem soube dar razão, porque nenhuma tradição oral 011 eseripta era conhecida a simiihsnts respeito. Kase estatua ainda se conserva so sitio em quo appsreeeu, onde tem sido vista por \nuitaspessoas. Com a eontiriuação dos trabalhos psramelhreur a barra, t;em, segundo Desinformam, sido ertrahiàns n!;:E:as pedras que indicam pertencer ao pedestal ÊŒ que afigureassentava. Ningnem ce lembra, como játemesdito, da exiotínaia d'aqacila estitaa no local messioEtdo. Bií se, porém, oirso existente um macQKsripfo em <rue so refere qae junto is entradas doi portos era costam» colíowem:.-,; estatuas psra sorrirem de guia ás embarcações, fazenda o indicado uunusoripto especial menção da existência da duasfigura»de pedra na Foa, no sitio- em que agora spp»roeeu x de que falíamos. D'aqui á vet dude DSO «abertos que distancia vai. De que p w . ofim à que sé allude se ooïloeav»-;, marcos nos pontoe mais visíveis do mar existem documentos irrefraga veie»- Da existência de estatuas para issosao sabemos, mas bem pôde ser que em tempo mais affastado se usassem. Como quer que seja, é certo que a estatua que appareceu junto a Crus de Ferro accusa antiguidade tálveè bastante remota. Parece também que, qualquer que seja o seu valor artístico, merece ser conservada, sendo removida do sitio onde appareceu para, lugar mais apropriado^ . Hfomanento archéologie».—Ha tempos demos noticia de ter appareddo no sitio da Cruz de Ferro, na Foz, uma estatua de granito, na oecasiSo em que os mergulhadores andavam a extrahir pedra do fundo do mar. Por essa oceasião muitas vers3es se espalharam acerca da origem d'esta estatua, e algumas pessoas houve que chegaram a suppor que ella fosse do tempo doe romanos. O caso inspirou curiosidade o houve alguém que, revolvendo livros antigos, encontrou pouco-mais ou menos o seguinte: «Que sendo a guia para a entrada dos navios no porto d'esta cidade um pinheiro, houve um individuo que o. di n condemnado e em 1533 foi coUâwJBB" uma baliea de pedra, para servir de guia & entrada das embarcações.' Esta noticia não diz nada do feitio da balisa, e assim se conservava escurecido este ponto histórico, posto tivessem apparecido alguns capiteis de coramnas c até uma base de uma d'ellas, no sítio onde appareceu a estatua. O caso agor%, porém, parece aclarar-se, pois appareceu ultimamente uma lapide de 1™,18 de largura por l m ,30 de alto, com 23 centímetros de espessura, tendo em letras bem visíveis a seguinte inscripcao: No Jornal «Comércio do Porto» de 19 de Outubro de 1869 também é referida a estátua e ainda que «debaixo da água estava uma pedra em forma de coluna que vai ser tirada por estes dias». A este propósito, COUTINHO (1965), conclui tratar-se de uma das quatro colunas que D. Miguel da Silva mandou instalar para completar a balizagem do rio, em 1536. HICHAIL STLVIVS EPISCOP VISEXS NAViOAKTIOM SALVTIS CAVSA TOBKIS n FECIT ET IUI COLVMNAS POSVTT ! A:ÍN. JL D. X X X T I Esta lapide está na Foz em exposição publica e pela inscripcao que ella tem vê-se que a bíilisa tinha 4 columnas. Informam-nos quo os mergulhadores dia soram que debaixo da agua está uma pedra ! cm fôrma de columna qne vai ser tirada por ] estes dias. Excerto do Jornal «O Comércio do Porto», 19 de Outubro de 1869, página 1, 6a coluna, "Monumento Arqueológico". XVIII «(...)Mapa He Ademonstração da Costa do Mar Desde a Villa de Matozinhos, athe a Barra da Cidade do Porto(...)», por José Gomes da Cruz, Piloto das Naus de Guerra, 1775. Cópia de 1906. Arquivo da APDL (in CLETO, 1999). APÊNDICE 4 TEXTO PRESENTE NO «(...) MAPA HE ADEMONSTRAÇÃO DA COSTA DO MAR DESDE A VILLA DE MATOZINHOS, ATHE A BARRA DA CIDADE DO PORTO (...) N POR JOSÉ GOMES DA CRUZ, EM 1775 Ç@áte JMafa torrada afienaó óertw Aara iwtelfc^^ TDklaaedoi&oitoaJImrdeoeeoMarojMi&M totalmente áeaaaèar de entu/kar de areia, miii/M óiueitoó têrn, Áis/ode/Mwtxiei^údü/ei^kfÁ, <?/// aeonáelltoaur, Áe mande entulhar, e^c^erum/áo^n^DaiÁdeidea^OrnUdade^. JMùMœlateà&riedra<Aamaah&K?erw italerwto-óejbaawtcnit/Ja* daÁmuita&l)edraó0U£amo<fodere&tÍM*^6eaeAamn^ da óuaflonta e áem maia de&pe&aá óe/ord tnondarfl^er. &n»r^/oóé'(sfomei da aauelo tão-arande KDru% em aéra, owe log*» óe deoe i77õ. a até à ^Marrada KDédaded» Qn&rto, defronte da dita, ^Hla óe rtflreóenta, ag&ande fltedra de Lteiaoõeá, aueflotte áeratraflora aóáento> r/e a/m ^Daátelo, à 6&m6ra tenham aùriao- OÁ •JníatUM y we não-baderem &nòrto>, tamóémóeflode fledraá, entulharflelafla^^ floraue, a &rroia de deQpuerraeóeaóaremdetr //entoa, aflraiada ^MladeJMotoáimÁoA, ourôerderem-óeidoóc&rridoó TSaitel» d» igueüe-, Jbele- S&iisó enão>/Jwflederã/P^z^er muitc*danooóma/Á ^Hlade^aatoómAoóébr&brUíò^^ tenham^ teneão-de otaear a TDidadedo- &*ort» yuenã»óueeda6edeoe/aa^aditae6ra, oó JMatoóinAoóeo^nniaw^Jo^^/ieaeáo-, dit» nove- KDaAtelo-flelo- (pfule (pfueóteeomo ^yyordeóteeom,oda de aiwlhefoam/felaltortedo-tJVerte e laflleapemfltriáfaneiroá, eem temfleval, tomóem reialtard^ear da dita eidade do- JA^aüiM oelhoó ear^aadoá e outrai deóta oóra reáultardno-tem/w ^yVaotoó recolher-6e à ^al^a, eruzaráo- na &Sarra do- ^Wo^eo^n u/m eápapc< auœ há,' ent/re a dttatfedra e&meóteóinal entrar do-aual a waitelo-de (^.Jpoãodaâr&z, eòara áoére e&tejtevríimlíarfyvárufó easameS, andando áondanae- aquele >^Mar dentro- de am eotraio- deòeóeaderei, atendiadeápeáaónema»muitotralfalh^eriÁeodeandarno-^Maraào-, e eomo6om //aááa/onãoemtão-Aeguenu XX Projecto para melhoria do acesso e segurança da barra do Douro (Extraído de IND, 2000, p.3) APÊNDICE 5 PROJECTOS, ESTUDOS E OBRAS VISANDO O MELHORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE ACESSO À BARRA DO DOURO APÊNDICE 5-A Figura A-l - Projecto de José Monteiro Salazar, de 1779. Extraído de LOUREIRO, A. (19096, p.277) Neste projecto estão representadas quatro obras, sendo: 1 - Molhe partindo de SW do baluarte do Castelo da Foz em direcção às pedras «Felgueiras»; 2 - Esporão partindo das proximidades do Castelo até ao rochedo «Touro», em direcção N-S; 3 - Molhe alargado daquele que abrange a capela de S. Miguel-o-Anjo, com direcção N-S até ao canal «Culhe-Culhe», aproximando-se ao penedo a norte da pedra «Mornaceira»; 4 - Dique ou molhe que, partindo da Afurada, segue rectilineamente na direcção E-W, passando pelas pedras «Caranguejeiras» até se enraizar no Cabedelo. Termina em frente ao Castelo de S. João da Foz. XXII APÊNDICE 5-B Figura B. 1 - Primeiro levantamento da barra do Douro executado por Reynaldo Oudinot. A proposta deste engenheiro francês envolvia a construção de um paredão desde o farol da Cantareira até ao molhe das Felgueiras, cuja obra iniciava neste ano (1790) e a reformulação da Fortaleza de S. João da Foz. Encontra-se o original no Arquivo Histórico Municipal do Porto com a referência AHMP, MNL 1, d-16, n°4644. Reynaldo Oudinot justifica a realização deste projecto fazendo considerações sobre a navegação na foz do rio Douro, que se encontrava praticamente interceptada devido à quantidade de areia que o mar lançara na barra. Segundo ele, as ondas, deslocando-se de norte para sul, modificavam a sua direcção pela configuração da costa a norte da barra e pelo próprio Cabedelo, entulhando a foz. O C abedelo estaria, na época, a aumentar (referimos que o Inverno de 1789 fora seco) e, no Verão, dadas a força do mar e a diminuição da corrente do rio, as suas areias formaram uma sinuosidade crescente para norte, obstruindo o canal navegável por entre os rochedos da barra. Notar, no mapa, o posicionamento do Cabedelo, limitando a largura do canal de navegação. ■ ....'., 4»..,., tf Figura B.2 - Projecto de Reynaldo Oudinot, 1789. Extraído de LOUREIRO, A. (1910o, p.313) Neste esquema da proposta de Oudinot pode descrever-se as seguintes obras: 1 - C onstrução de um cais desde a C apelinha da C antareira até ao rochedo «Sopena» e, se possível, o seu prolongamento até às pedras «Felgueiras», para resistir ao entupimento da barra; 2 - E necessário fazer qualquer obra no C abedelo, pois ele condiciona a corrente das águas, encanando o rio. Se se construísse outro cais na margem esquerda, este evitaria que as cheias alargassem a foz, aprofundando-a, embora não contrariasse a acumulação de areias durante o estio. Segundo Oudinot, as cheias atacavam o Cabedelo, podendo demolir aquela estrutura arenosa. As obras projectadas por Oudinot foram realizadas durante vários anos, até serem interrompidas, em 1805, com o desenrolar da Guerra Peninsular. Os resultados foram algum aprofundamento da barra, bem como o deslocamento do C abedelo para sul, sofrendo a rota dos navios uma correcção. XXIII APÊNDICE 5-C «Planta da Foz do Douro e dos Projectos de Fortificação para a Defesa da mesma». Reynaldo Oudinot, 1793. Figura C. 1 - Encontra-se o original desta planta, de Reynaldo Oudinot, na Biblioteca da Cidade, com a referência BPMP., Res.:C-M&A-Pasta 18(13). Esta será uma das propostas mais arrojadas para a resolução dos problemas de defesa da barra do Douro (BARROCA, 2001). Oudinot pretendia a construção de uma fortificação de grandes dimensões, edificada em terreno conquistado ao mar e ao rio, apoiada nas pedras «Sopena». Daqui sairia um molhe até ao Farol da Cantareira (já anteriormente sugerida - ver APÊNDICE 5-B), mas agora com um traçado mais afastado da linha de costa natural. Oudinot propunha ainda a implementação de um farolim depois de construído o molhe das Felgueiras. As folhas invertidas por cima da planta representam ampliações de partes do mapa, onde se encontram as principais baterias projectadas para a defesa da foz. Notar que também no Cabedelo está marcada uma bateria para, juntamente com as presentes a norte, defender o acesso à barra. XXIV APÊNDICE 5-D Em 1820, Luiz G omes de Carvalho elaborou um projecto 1 apresentado sobre uma cópia, que ele mesmo desenhou, do projecto de Reynaldo Oudinot, de 1790. ' \ V . - \ \ ■ ■ J 4 Figura D. 1 - Luiz Gomes de Carvalho propunha que a barra passasse a ter dois molhes: a norte, o já desenvolvido por Oudinot e a sul, no Cabedelo, um molhe que cortaria a estrutura arenosa, para garantir a passagem dos navios. Encontra-se o original no Arquivo Histórico da Cidade, com a referência AHMP, MNL 4/A", n° 4644. Figura D.2 - Projecto de Luiz Gomes de Carvalho, 1820. . Extraído de LOUREIRO, A. (1910*, p.329) Do plano de Luiz Gomes de C arvalho constavam 5 operações que podem ser resumidas da seguinte forma: 1 - C onstrução do molhe da margem esquerda, cortando a restinga ao nível das «C aranguejeiras»; 2/3 - C onstruídas as primeiras 80 a 100 braças (176 a 220 metros, respectivamente) e devendo as águas ter estabelecido grande profundidade, a obra deveria ser continuada sazonalmente; 4 - Igualada a margem direita com a esquerda, prosseguir-se-ia as obras nas pedras «Felgueiras» (que estavam interrompidas); 5 - C onstrução de diques na margem direita, por lanços, desde as pedras «Eiras», passando pelo farol de S. Miguel-o-Anjo e continuando para montante. A implementação deste projecto parece ter levado a alguns resultados, sobretudo na margem direita, tornando-se menos tortuoso o canal de acesso ao rio e impedindo-se o avanço do C abedelo para norte. O dique de Luiz Gomes de carvalho atingiu 616 metros de comprimento; no entanto, não chegou a ser concluído e, em 1825, as obras limitavam-se à simples conservação das estruturas. Este projecto viria a ser retomado cinco anos mais tarde - 1825 - e publicado na sua «Memória sobre a Restauração das Barras dos Portos...», in Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, vol. EX, Lisboa, 1825. XXV APÊNDICE 5-E Hez/rrj AÍ V9Ta - il. ne. J.Il/ulr,! \'-'-:•'■■■ "f ^ ^ ^ í^o Figura E.l - Projecto de Andrea Sheerboon (de 1838). Extraído de LOUREIRO, A. (191(W, p.373) Este projecto refere 5 propostas de obras para melhoramento da barra do Douro: 1 - Um dique ou paredão de pedra solta desde a ponta do C abedelo (pedras «Caranguejeiras») até às pedras «Perlongas». Esta margem artificial avançaria sensivelmente para o mar até igualar a margem direita; 2 - C ompletar, regularizar e reconstruir a margem direita através de outro paredão, unindo a ponta da «Galeota» com as pedras «Felgueiras»; 3 - Implementar um dique desde Sobreiras até ao penedo «Cruz de Ferro» (em frente ao Farol S. Miguel-o-Anjo); 4 - Remover artificialmente as areias do C abedelo que permanecessem a norte do paredão e acima do nível da baixa-mar (volume avaliado de 16000 metros cúbicos); 5 - Aprofundar o canal da barra através de dragagens. Este projecto é muito próximo do português Luiz Gomes de C arvalho, nomeadamente nos pontos 1, 2 e 3. XXVI APÊNDICE 5-F Sttf-ra JiF^r* Figura F. 1 - Projecto de Joseph Gibbs (de 1840). . Extraído de LOUREIRO, A. (1910/; p.473) Neste projecto propõe-se a construção de um dique, na margem direita da foz do Douro, desde Sobreiras até às pedras «Felgueiras». XXVII APÊNDICE 5-G ro*r*»oottn. Figura G.l - Projecto de Bigot (em 1843/1844).. Extraído de LOUREIRO, A. (1910g, p.489) Do projecto constam as seguintes propostas de trabalhos: 1 - Um paredão desde as pedras «Felgueiras» até à ponta saliente do Castelo de S. João da Foz; 2 - Um paredão, ou cais, desde o último ponto até à pedra «Sopena»; 3 - Outro paredão desde a pedra «Sopena» até ao extremo oeste da Meia-Laranja; 4 - Um paredão paralelo à Meia-Laranja; 5 - Ligação até ao pontal de S. Miguel-o-Anjo; 6 - Reconstrução da parte ocidental daquele pontal; 7 - Paredão desde S. Miguel-o- Anjo até às pedras «Eiras»; 8 - Terraplanar os paredões indicados em 2, 3, 4, 5 e 6; 9 - Cobrir com cantaria todos os paredões; 10 - Ligar, através de um dique, as duas porções então começadas desde a Afurada até à restinga das «Caranguejeiras»; 11 - Prolongar para o mar a obra do ponto anterior, se necessário; 12 - Remover do rio as rochas que dificultam a navegação. O Inspector das Obras Públicas de então (Luiz Mousinho de Albuquerque) propôs algumas modificações a este projecto que estão representadas a tracejado no respectivo esquema. São elas: A - A junção dos paredões entre as «Felgueiras» e a parte ocidental da Meia Laranja, que deveria ser em linha recta, passando pelas pedras «Galeotas», ou um pouco curvilínea para sul; B - A parte do cais entre Meia Laranja e a ponta da rocha do «Anjo» em linha recta, ou pouco curva; C - As aberturas no paredão da rocha do «Anjo» terem, pelo menos, 6,60 metros; D - O paredão sul, entre o Cabedelo e a Afurada, dotado de aberturas; E - O mesmo paredão, desde o Cabedelo até ao mar curvado para sul. Luiz Mousinho de Albuquerque referiu, ainda, quais as pedras a quebrar, sendo: - no mar - rochedos «Abra», «Picão» e «Laje»; - no rio - «Touro», «Olinda», «Ferro», «Bornaceira», «Arribadouros» e «João Boi». XXVIII APÊNDICE 5-H Figura H. I - Projecto de William Jates Freebody (em 1855). Extraído de LOUREIRO, A. (1910/J, p.93) 0 engenheiro Freebody considera mais importante o molhe do norte, para o qual projecta as seguintes obras: 1 - Molhe do Castelo de S. João da Foz até às pedras «Felgueiras»; 2 - Muralha desde os escolhos «Felgueiras» até à Cantareira e sua continuação até à zona do Ouro (a montante); 3 - Corte de alguns penedos que dificultam a entrada na barra; 4 - Construção, no interior da muralha, de grandes reservatórios para a água das cheias, a utilizar, oportunamente, na desobstrução da barra. XXIX APÊNDICE 5-1 Figura 1.1 - Projecto de John Rcnnie (de 1855). Extraído de LOUREIRO, A. (1903) Sobre o molhe das Felgueiras, Rennie conclui que deveria ser acompanhado de outro, a sul. A construção do segundo molhe implicaria o corte do Cabedelo, facto que poderia tornar a obra incomportável. Para diminuir a despesa, Rennie propõe a destruição dos rochedos «Abra», «Picão« e «Calhau», bem como da rocha «Cruz de Ferro». Propõe, igualmente, a construção de um molhe desde as pedras «Forcadas» até à Cantareira, pois ao seguir a direcção da corrente, poderá estabelecer-se melhor o movimento das marés na barra e na ponta do Cabedelo, facilitando a navegação. Poderia ser construída, ainda, uma doca de abrigo, por exemplo entre o Cabedelo e o molhe de Luiz Gomes de Carvalho. XXX APÊNDICE 5-J Figura J. 1 - Projecto de H. Lazeu (de 1863). Extraído de REIS, (1984) Neste projecto, Lazeu propõe «uma Bacia, uma Doca de Radoub [sic] uma Estância de construção, Armazéns ou Docas de mercadorias, uma Ponte que unisse estas obras com a Cidade, enfim um cais na margem Norte, e um caminho de ferro americano, que ligasse todas as obras com o Porto, S. João da Foz e com a Estação de caminho de ferro em Vila Nova de Gaia.»(ap. REIS, p.312). Mais à frente, Lazeu justifica a sua proposta: «O Porto viria a ser um dos primeiros portos da Europa, e o seu comércio, indústria e movimento marítimo tomaria um campo/incremento/fácil de se apreciar» (ap. REIS, p.312) XXXI APÊNDICE 5-K rages» 1 àtâfai ' M ~J[-i~ Figura K.1 - Projecto de Manuel Afonso Espregueira, 1866.. Extraído de LOUREIRO, A. (1910/, p.133) Neste projecto, Manuel Afonso de Espregueira propõe: ♦ A conclusão do dique de Luiz Gomes de Carvalho (1) e o seu prolongamento para o mar (2); ♦ A construção do molhe das Felgueiras (3), deixando uma abertura entre ele e o dique marginal do norte (4) para que a bacia aí formada funcionasse como quebraondas; ♦ O quebramento dos rochedos que, na foz, se faria até aos 4,5 metros abaixo do zero hidrográfico e, no interior do rio, até aos 3,0 metros; ♦ A eliminação da ponta do Cabedelo (5). Curiosamente, no decorrer dos trabalhos orientados pelo engenheiro Espregueira, a partir de 1867, quando se procedia ao quebramento de algumas rochas da Barra, foi encontrada uma estátua em granito, com 1,30 metros de altura, representando um romano togado. Esta estátua terá sido a colocada na primeira Cruz de Ferro que existiu na foz do Douro. A notícia deste achado apareceu nos jornais diários da época, como o Comércio do Porto, na edição do dia 13 de Junho de 1868. Actualmente, este achado encontra-se no Museu Arqueológico, em Lisboa. A 19 de Outubro de 1868, o mesmo Jornal ecoava o aparecimento i de uma inscrição, de 1536, que fora içada para a superfície. Neste relato referia-se, ainda, uma «pedra em forma de coluna», que permaneceu debaixo de água durante muito tempo. Surgiam, aos poucos, os vestígios da marcação dos canais de navegação da barra do Douro que D. Miguel da Silva mandara implementar no século XVI (ver capítulo HI.3.2). XXXII APÊNDICE 5-L ^SîSÉ? Figura L. 1 - Projecto de William Trery, apresentado por Eduardo Moser (em 1878-1879). Extraído de LOUREIRO, A. (1910OT, p.205) O ante-porto projectado - 1 - media 137 hectares e tinha uma entrada voltada a sudoeste com cerca de 450 metros de largura. Partindo do Cabedelo, para sul, surge um molhe curvilíneo continuo, com cerca de 1450 metros de comprimento. Outro molhe, rectilíneo e medindo 480 metros, seria construído a 600 metros para sul da Pedra do «Cão», orientado para oeste. No interior do porto, os navios poderiam carregar e descarregar sem problemas e passariam para uma ampla doca através de um canal de flutuação (com 500 metros de comprimento e 30 de largura), aberto através do Cabedelo. Na doca desenvolver-se-iam, ainda, cais acostáveis com fortes guindastes e linhas férreas e ela comunicaria com o Douro através de um outro canal que só fecharia durante as cheias. O projecto de Lavadores viria a ser alterado e completado, em Abril de 1880, com cais acostáveis na bacia de S. Paio e molhes a construir a partir do dique de Luiz Gomes (a tracejado), bem como os fundamentos dos benefícios desta solução em relação ao porto de Leixões. XXXIII APÊNDICE 5-M Figura M. 1 - Projecto de Carlos Marnay (de 1879). Extraído de MARNAY (1879). O primeiro projecto consistia na abertura de uma nova entrada no rio através de um largo canal, entre dois molhes prolongados para o mar (A). 0 canal abriria junto às pedras do «Maroiço» (B), próximas do monte das Pedras Altas (( ), desembocando na baía de S. Paio (D) e comunicando com o rio Douro através de uma comporta (E), situada um pouco a sul da zona do Ouro. Com o levantamento do dique de Luiz Gomes (F) até ao Cabedelo, pela actual embocadura do rio sairiam as águas deste e das suas cheias. A barragem teria duas portas que apenas abririam para dar entrada a embarcações, impedindo a entrada da água das enchentes. O segundo projecto, segundo o próprio autor, «pode ser considerado quase sendo o inverso do primeiro» (MARNAY, 1879, p.18). Ele consiste em desviar o curso do rio, na zona da povoação da Afurada (margem esquerda), abrindo-lhe um novo leito para sul e sudoeste, através da bacia de S. Paio e do Cabedelo, até ao oceano (G). O leito actual passaria a constituir o novo porto do Douro, que comunicaria com o rio através de uma eclusa (H). Para isso, prolongar-se-ia o molhe das Felgueiras para o mar (direcção de NE-SW) (I) e construir-se-ia um dique, aproveitando os enrocamentos de Luiz Gomes de Carvalho (J), e assentando nas pedras «Perlongas» (L) e «Fogamanadas» (M). A montante, o leito do rio fecharia segundo dois alinhamentos oblíquos (H), ficando a eclusa próxima da margem direita do curso fluvial. XXXIV APÊNDICE 5-N Se/ir tf<a LtIZ Foz Âfi/mda Figura N. 1 - Projecto de um Engenheiro Civil Português. Extraído de LOUREIRO, A., 1903 O ante-porto (A) seria fechado, a norte, por um molhe em continuação do das pedras «Felgueiras» ( ), ao largo, por outro molhe com orientação N/S ( ) e, ao sul, por um terceiro em continuação do dique de Luiz Gomes de Carvalho, que também marcaria a margem direita (3, 4) do novo canal fluvial (B). A margem esquerda ( ), em linha recta, prolongar-se-ia para jusante até ao mar e comunicaria com o rio, a montante, a sul da zona do Ouro ( ). Um molhe transversal partindo deste ponto e disposto obliquamente ao rio ( ), deixaria uma comunicação de 150 metros com a bacia de ancoragem (('). Esta seria formada através de um dique com direcção aproximada do eixo do Cabedelo ( ), contendo aberturas ( ) para permitir a comunicação das águas do Douro. XXXV APÊNDICE 5-0 •ggÉS 8 Figura 0.1 - Projecto de Russel Aitkens (1880). Extraído de LOUREIRO, A. (1903) Russel Aitkens, engenheiro inglês, elaborou este projecto em resposta a um abaixo assinado que lhe fora enviado por 250 comerciantes do Porto (Loureiro, 1910/w). Dele constavam duas jetées, tendo a do sul, (A), 1200 metros e a do norte, (B), 880 metros. Entre estes dois quebra-mares ficaria um canal de entrada, o qual seria dragado para manter a profundidade. Este plano de obras compreendia ainda um porto de abrigo (C) entre Sobreiras e o Castelo de S. João da Foz, bem como uma doca (D). O seu muro exterior seria uma estrutura importante na regularização das correntes fluviais. XXXVI APÊNDICE 5-P Figura P. 1 - Projecto de Afonso Joaquim Nogueira Soares (1881). Extraído de LOUREIRO, A. (1910/, p.165) O engenheiro Afonso Joaquim Nogueira Soares propõe: ♦ o quebramento de rochedos, nomeadamente os próximos das pedras «Felgueiras», tal como já havia sido sugerido por C aetano Maria Batalha (ver referência aos anos compreendidos entre 1859 e 1867, no C apítulo IV.2.2) e Manuel Afonso Espregueira (ver APÊNDIC E 5-K), bem como a extracção de areias em dragagens. ♦ Um dique contínuo, na margem direita (A), em linha recta ou em curva de grande raio, para regularização da corrente, desde o Ouro até à Cantareira. Este dique pretendia tornar o canal mais directo, para contrariar o avanço do Cabedelo e da restinga submarina, principalmente no Outono e no princípio do Inverno, com a predominância dos ventos de sul e das águas vindas de montante. ♦ Um molhe do sul (B) cuja construção do troço inferior, próximo do C abedelo, considera prioritária, embora a sua descontinuidade tenha levado à formação de um banco interior. ♦ Um paredão do sul (C) para evitar a deslocação da foz. XXXVII APÊNDICE 5-Q Figura Q.l - Projecto de John Coode (de 1881). Extraído de LOUREIRO, A. (1903). Este projecto consiste na canalização do rio através da construção de diques aproximadamente paralelos. A norte, o molhe tem início em Sobreiras, até à zona da Cantareira, formando uma pequena doca de abrigo. A sul, o dique de Luiz Gomes á aproveitado, prolongando-o para montante, por S. Paio até à Afurada e terminando, a jusante, em esporão avançado para o mar. xxxvin APÊNDICE 5-R Figura R.1 - Projecto de Eduardo Augusto Falcão. Extraído de LOUREIRO, A. (1903). O engenheiro Eduardo Augusto Falcão propõe, neste projecto, a construção de um esporão, ou molhe do sul, com traçado muito próximo do proposto pelo engenheiro Nogueira Soares ( l ) e o levantamento, até ao nível da preia-mar das marés vivas, do molhe de Luiz Gomes (2). Acrescenta, ainda, a dragagem, a médio-prazo, de grandes quantidades de areia e o corte de rochas submarinas, formando um canal navegável. XXXIX APÊNDICE 5-S Figura S. 1 - Projecto de Artur Guimarães (em 1903). Extraído de LOUREIRO, A. (1903) Este plano de obras inclui o corte de rochas como, por exemplo, «Abra», «Picão» e «Aguião» e a regularização da corrente. No sentido de corrigir incidências e reflexões de corrente entre as duas margens, Arthur de Guimarães propõe dois diques (A e B), um em cada margem. Margem direita: A parte norte seria constituída por um dique com várias interrupções. Desde a Arrábida até próximo da «Fábrica do Gaz» surgiria um cais marginal 1 e, para jusante, formar-se-ia uma área para os barcos descarregarem as mercadorias destinadas às fábricas da região. Próximo da zona do Ouro, utilizando os produtos dragados aterrar-se-ia e conquistar-seia um terreno, a jusante, destinado a duas docas de reparação e para montante da Cantareira, duas carreiras de construção (1). Entre Sobreiras e Cantareira ficariam as docas para pequenas embarcações (2). Para jusante da Cantareira (entre o pontal e o muro da Meia-Laranja) surgiria mais uma doca (3). Margem esquerda: Iniciado na Arrábida, a 220 metros da margem oposta, afastar-se-ia dela até aos 234 metros, a jusante do Cabedelo. Segundo Artur de Guimarães, o volume das águas do mar e do rio armazenadas na baía de S. Paio permitiria uma velocidade de vazante tal, que considera suficiente para arrastar as areias depositadas no canal. Em vez de um dique contínuo, este engenheiro propõe pequenos lanços de diques, para facilitar a entrada das águas na maré enchente e dirigir a corrente vazante para as pedras «Abra», «Picão» e «Aguiar». O molhe de Luiz Gomes de Carvalho seria aproveitado e o Cabedelo cortado por um muro assente em enrocamentos, ao qual seguiria uma jetée até à parte exterior das «Fogamanadas» (4). O canal das pedras «Arribadouros» ficaria assim mais próximo da margem direita, diminuindo a necessidade de extracção de rocha, limitando-a aos «Arribadouros» e «Cruz», a montante, e «Abra», «Picão» e «Aguiar», a jusante. XL APÊNDICE 5-T Figura T. 1 - Plano de obras de correcção para a barra do Douro, segundo proposta da Hidrotécnica Portuguesa, em 1975 (adaptado de IHRH, 1989) Deste projecto fazem parte vários molhes. Na margem direita, desenha-se um molhe no prolongamento do molhe velho ou molhe do Touro, inflectindo um pouco para SW, e um molhe desde a "Meia-Laranja", estendido para montante, passando pela Cantareira, até às pedras da «Eira». Paralelo a este, para sul, surge um outro molhe, formando um canal de 250 metros de largura. Para montante destes molhes surge a hipótese de prolongamento, mantendo sempre o canal com 250 metros de via navegável. No prolongamento do molhe de Luiz Gomes de Carvalho, partindo das pedras «Débil» e passando pelas «Perlongas», «Fogamanadas» e «Fogamanadas de Fora» projecta-se um molhe encurvado cujo limite, mais interior que o do molhe norte, permite a existência de um canal de acesso com 200 metros de largura. XLI APÊNDICE 5-U Figura U. 1 - Hipóteses de utilização da bacia de S. Paio como porto comercialflúvio-marítimo,segundo a APDL (adaptado de IHRH, 1989). Ao equacionar a utilização da bacia de S. Paio como porto comercial, esta proposta visa complementar o porto de Leixões com o porto do Douro, pois aquela mega-estrutura também um dia se tornará insuficiente. Simultaneamente, um porto no estuário duriense constituiria uma infra-estrutura da via navegável até Espanha, incentivando as trocas comerciais por via flúvio-marítima. O projecto previa: ♦ Um canal de acesso com 200 metros de largura, delimitado por dois molhes, com aumento progressivo da largura e profundidade de -7,0m (Z.H.); ♦ Um canal fluvial, marginado por obras, dragado à cota de -7,0m (Z.H.) e 250 m de largura; ♦ Duas docas de acostagem e amarração, com terraplenos adjacentes, fundos a -7,0m (Z.H.) e 2600 metros de comprimento total do cais. É possível ver as propostas de alteração do traçado do cais, realizadas pelo Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos, após estudos hidromorfológicos. XLII APÊNDICE 5-V VI. \Í^ÍX ' '3///I!!, '. I/: Figura V. 1 - Extraído do "Estudo da Melhoria da Acessibilidade e das Condições de Segurança na Barra do Douro", APDL, 1996. Segundo Dias, B. (1997), esta obra tinha como principais objectivos: ♦Reconduzir as condições mínimas de segurança e estabilidade das margens ribeirinhas junto à foz; ♦Criar as condições de segurança para a navegabilidade e transposição da barra do Douro; ♦Contribuir para uma melhoria das condições ambientais e de estabilidade das zonas estuarina e adjacente à foz, através da estabilização do cabedelo e da preservação da bacia de S. Paio. Para a concretização dos objectivos presentes nesta proposta, «as obras consistem, fundamentalmente, na construção de dois molhes projectados para o exterior do estuário; um, a Norte, com cerca de 500 m de desenvolvimento, no prolongamento do existente molhe do Touro, e outro, a Sul, com cerca de 750 m, aproveitando o molhe Luís Gomes de C arvalho e a existência de alguns afloramentos rochosos. A execução destes dois molhes permitirá criar um canal seguro de acesso à navegação, com cerca de 120 m de largura e fundos a -5,00m (Z.H.).» (BROGUEIRA DIAS, 1997, p.2). V2. ; . / \ Depósito de materiais não aproveitáveis a partir da batimettia (-30,00m)ZLH. ■ . . . . .-:'"Sx-.V <r f_... de arei; (cordão litoral a Slá, ':,; da barra do DOUTO; Figura V.2 - Zonas a dragar e depósitos de dragados. Extraído de APDL, 1996 É entre o extremo norte do Cabedelo, a embocadura, o canal de acesso e o banco exterior que se regista uma intensa circulação de caudais sólido e líquido. As dragagens efectuadas de modo permanente na barra do Douro implicaram a extracção de grandes quantidades de areia na embocadura do rio, local que se pode considerar como uma unidade fisiográfica praticamente fechada. Este tipo de actividade revelou-se inconveniente, acarretando consequências graves para a estabilidade do Cabedelo, do banco exterior e da orla costeira. XLIII APÊNDICE 5-X A - O molhe sul é próximo do proposto pela APDL, em 1996. Corresponde a um prolongamento do molhe de Luiz Gomes de Carvalho, aproveitando as rochas graníticas quer lá afloram. Trata-se de um projecto relativamente económico, mas que implica um elevado impacto ambiental. B - Nesta proposta, o molhe enraízase sensivelmente a meio da língua do cabedelo, criando um anteporto como acontece noutros portos nacionais estuarmos, de que Portimão, Figueira da Foz e Aveiro são exemplos. Também os aspectos ambientais são os aspectos mais negativos desta solução. Quadro X.1 - As duas alternativas destafiguracorrespondem a projectos abandonados pelos motivos apresentados em cada uma delas (Extraído de IND, 2000, p.7). APÊNDICE 5-Z Figura Z. 1 - Projecto para melhoria do acesso e segurança da barra do Douro (Extraído de IND, 2000, p.3) Os apologistas desta proposta defendem que a implantação desta estrutura (Figura Z.l) reconfigurará o Cabedelo, língua arenosa resultante da acção conjugada das correntes fluviais e de maré com a acção das ondas (IND, 2000). As areias provenientes da praia do cabedelo serão travadas antes de atingirem o canal navegável e as que aí chegarem, vindas de montante ou de jusante, acumular-se-ão mais à frente, na zona abrigada do anteporto, até serem expulsas pelas cheias periódicas do Douro. O projecto inclui, à semelhança de todos os anteriores, dragagens do canal de navegação, tal como consta na Figura Z.2 deste apêndice. Os materiais dragados constituirão areias de enchimento para a zona de praia fora do canal de navegação. Figura Z.2 - Acesso marítimo, dragagens a efectuar e reconfiguração do Cabedelo (Extraído de IND, 2000, p.5). XLV «De Zeecusten van Portugal van Viana tot Avero», de Willem Jansz Blaeu, 1619 (pormenor), (in ESTAMPAS & MAPAS ANTIGOS DE GAIA, 1989) APÊNDICE 6 CARTOGRAFIA ANTIGA DA FOZ D O DOURO E D O CABEDELO (SÉCULOS XVII A XIX) APÊNDICE 6-A «Der Zeecusíen van Portugal-van -,... Viana totAvero», de Willem Jansz Blaeu, 1619. "Sí!Í2S O original desta fotografia encontra-se na Biblioteca Pública da Câmara Municipal doPorto Este mapa foi impresso, pela primeira vez, no ano de 1619, em Amsterdão, fazendo parte de uma colectânea com o título «Le Flambeau de la Navegation». A zona da Afurada Ç'clusenaer") era o lugar no qual os barcos que demandavam à barra eram obrigados a fazer quarentena durante os períodos de peste. São bem visíveis o Castelo de S. João da Foz e a Cruz de Ferro, então existente no leito do rio. Na BPMP existe uma cópia, de 1638, correspondendo-lhe a cota BPMP. Res. C (I) - 2. XLVH APÊNDICE 6-B «Leça, Cidade do Porto e Aveiro» (pormenor), de 1673, por Luís Serrão Pimentel. 6 6 ) "> ■ ■-. o 4* ^ £ 10 lo so /x Figura BI - Pormenor da gravura «Leça, Cidade do Porto e Aveiro», da autoria de Luís Serrão Pimentel, em 1673 (Extraído de ESTAMPAS & MAPAS ANTIGOS DE GAIA 1989). Luís Serrão Pimentel1 foi nomeado cosmógrafo-mor em 1641, sendo as suas lições coligidas, em 1673, sob o título «Prática da Arte de Navegar». A figura presente neste Apêndice é um pormenor de uma das 15 estampas da obra2 existente na Biblioteca Nacional. 1 Dados sobre Luís Serrão Pimentel e de Manuel Pimentel, seufilhoe sucessor no cargo de cosmógrafo-mor, encontram-se em ALBUQUERQUE, 1969. XLVin APÊNDICE 6-C «Mappa da Barra e Rio da Cidade do Porto, com todas as suas pedras, Bancos d'Areia e palmos que tem o dito rio na baixa-mar». Feito por José Monteiro Salazar mestre piloto, aprovado e lente da aula náutica, na dita cidade, em 1779. Copiado por António Martins Álvares de Almeida, no Porto, aos 30 de Novembro de 1784. B.P.M.P., Res.: C-M&A-Pasta 18(8) Esta carta revela pormenores de grande interesse como, por exemplo, a velha Torre da Marca (A), o Farol de S. Miguel-o-Anjo (B), a Fortaleza de S. João da Foz (C) e a Cruz de Ferro (D), bem como os nomes de algumas pedras e escolhos da barra do Douro, ou ainda o contorno do Cabedelo em 1789. 2 Existe uma edição prefaciada por Fontoura da Costa, em 1960, editada pela Agência Geral do Ultramar. XLIX APÊNDICE 6-D «Planta da Foz do Douro, e dos Projectos de Fortificação para a Defesa da Mesma». Da autoria de Reynaldo Oudinot, em 1793. <à * 4S> . r . ? »...«*' S£ 0**~> *4. ,>- ret \ ¥ ■ M Î '*'•«».,, ti ft, >. B.P.M.P., Res.: C-M&A-Pasta 18(13) Este mapa já foi referido no Apêndice 5-C. pois inclui projectos de obras para melhoramento do acesso à barra do Douro L APÊNDICE 6-E «Planta da ...a da Cidade do Porto». Feita por Joaquim de Sousa Picão, no ano de 1815, em S. João da Foz (Dimensões: 57 em x SO em; Escala: Braças). Figura E. 1 - Fotografia da carta de Sousa Picão. Encontra-se um exemplar no Arquivo Histórico da Cidade. T l ÁH -I A %. - 'X J ! ! '■ ' i t *c À Figura E.2 - Esta cópia do mapa de Sousa Picão encontra-se em ANDRADE (1948), e permite visualizar melhor o contorno do cabedelo e da bacia de S. Paio. Nesta carta figuram as rochas perigosas para a navegação e as direcções a seguir para a entrada segura na Barra do Porto. Na restinga da foz do Douro encontra-se a seguinte inscrição: «C abedelo muda de figura principalmente a ponta do norte que faz várias figuras e sempre está visível o todo». Na margem esquerda do rio figura, ainda, a bacia de S. Paio e, para o autor, os «Areinhos mudam de figura muitas vezes no ano; ficam debaixo d'agua na enchente, descobrem na vazante». LI APÊNDICE 6-F «Planta da Foz do Douro até Quebrantões». Feita por Luiz Gomes de Carvalho, em 1820. (Data provável: 1820; Dimensões: 54,2 em x 20,5 em; Escala métrica em braças) ,.|jA v r \ p li'/ m < ; iK tlIKBRA.VTOK.Vii fltt/77/ t/ti /tfflltt Cópia extraída de BARROCA (2001). Existe um exemplar na Biblioteca Pública Municipal do Porto Esta planta será uma das representações cartográficas mais rigorosas do rio Douro na sua parte mais a jusante. Luiz Gomes de Carvalho representou meticulosamente as rochas que empederniam a entrada da barra, os movimentos das areias do Cabedelo e os meios necessários que, segundo o autor, evitariam os perigos da navegação naquela zona do rio. LII APÊNDICE 6-G «Plan de la Ville, du Port e Des Environs d'Oporto en Portugal». D'Après le grand Atlas de Mr. Calmet - Beauvoisin, 1832 Le Dépôt Général, rue St. Honoré, n° 297. Lith. Delarue. Rue N. D. des Victoires, 16» (Dimensões: 28,5 em x 39,0 em; Eseala: léguas). Extraído de ANDRADE (1941) Segundo ANDRADE, (1948), esta planta encontra-se, provavelmente, na Biblioteca Nacional de Paris. LIII APÊNDICE 6-H «Oporto and Environs, with the lines of Don Pedro and Positions of Don Miguel's Army». Desenhada por I S . Gage, Porto, 1832. C. Firth Lith. 24 Birchin Lane Cornhill» Published by John Brown, Stacioner & C. 17 old Broad Street, City & G.K.J. Cary 86 St. James Street Dimensões: 26,5 em x 21,0 em Figura HI - Extraída de VITORINO, 1938 Esta carta, apresentando a escala em milhas, foi desenhada por J.S. Gage, do Porto e impressa em Londres. Pode deduzir-se a morfologia do Cabedelo e da bacia de S. Paio, bem como uma legenda, em rodapé, com a simbologia utilizada na topografia. LIV APÊNDICE 6-1 «Oporto», 1833 Published under t h e superintendence of the society for t h e Difusion of Useful Knowledge. Dimensões: 37,7 em x 31,2 em Esta planta da cidade foi impressa em Londres, em 1833, existindo uma outra, igual, impressa pela Casa Edward Stamford 6. Charing Cross, em Londres. No canto superior esquerdo encontra-se a carta, em menor escala, intitulada "The Environs of Oporto"3 e, na parte inferior, uma gravura, "Mew of Oporto from Torre da Marca. Published by Baldwin & Cradok, 47 - Paternoster Row Jan. 1.1833. Printed by J. Henshall, Drawn by W.B.Clarke Arch. ". Esta gravura representa as vistas panorâmicas das gens do rio, cujo ponto de partida, ANDRADE (1941), corresponláenão à Torre da Marca, apresenta duas escalas: uma em metros e Esta planta está publicada na obra The British Battalion at Oporto with adventures anedoctes and exploits at Holland, at Waterloo, and in the expedition to Portugal, by Corporal Knight London. 1834. (ANDRADE, 1941). LV APÊNDICE 6-J «Entrance of River Douro», pelo Comandante Edward Belcher, 1833. London Published according to Act Parliament at the Hidrographical Office of the Admiralty Sept. 1st. 18334 J. & C. Walker esculp. Dimensões: 61,0 em x 47,2 em Extraído de ANDRADE (1941) Esta carta destina-se, sem dúvida, à navegação, pois nela estão presentes a foz do Douro e parte do seu curso com as respectivas cotas de profundidade, e marcados todos os percursos que permitiam transpor a barra. Como escala métrica são utilizadas as milhas náuticas. Segundo ANDRADE (1941), para a elaboração desta carta teriam sido utilizados os dados dos levantamentos topográficos existentes na época. A morfologia do Cabedelo surge pormenorizada no canto superior direito, bem como a fortaleza de S. João da Foz. 4 Em 1866 saiu uma edição actualizada desta planta. LVI APÊNDICE 6-L «Planta Militar do Porto» A C . De Lemos Lith - off. R. Lith. Dimensões: 30,0 em x 23,5 en Extraído de ANDRADE (1942a) Esta carta, com escala em léguas, permite concluir sobre a importância do Cabedelo durante o Cerco do Porto, já que nesta época havia baterias nele instaladas, tornando-o um local estratégico, como se refere no seguinte excerto: O Governo Liberal destinou o dia 8 de Janeiro de 1833 para se fazer o primeiro desembarque de vários artigos para o Exército e igualmente para os habitantes; as Catraias e mais embarcações destinadas a fazer aquela operação, saíram de noite, pela barra, mesmo debaixo do fogo do inimigo, que se tinha estabelecido no areal da ponta do Cabedelo, ao sul da barra, com o fim de obstar a trânsito do mais pequeno barco5 s O Cerco do Porto em 1832 para 1833 - Por um Portuense - Porto, 1840, pp.99-100. LVII APÊNDICE 6-M «Porto e Arrabaldes, linha de D. Pedro e posições do exército de D. Miguel», 1833 Uth. De Ant° Roiz de Araújo. 1833 Dimensões: 44 em x 38 em Extraído de ANDRADE (1942a) O exemplar da carta presente nesta página encontra-se muito degradado e incompleto. Existe uma destas cartas em Luz Soriano (1890), embora por dificuldades logísticas não tenhamos tido acesso a uma cópia. Nesse exemplar, as posições das tropas de D. Miguel são indicadas a cor vermelha e as de D. Pedro a cor azul. LVIII APÊNDICE 6-N «Carte Topographique des Lignes d'Oporto» (Dressé et puôCié par Ordre de S. 9/L. I. par <F. <P. * Moreira, CoConeCdu Çenie Portugais LitH de Lopes, %ua % (Dos M." 2 Dimensões: 42,5 em x 31,9 cm Extraído de ANDRADE (1942a) Nesta carta topográfica, cuja escala é expressa em léguas de 2540 braças, estão marcadas as diversas baterias utilizadas durante o Cerco do Porto, salientando, mais uma vez, a importância do Cabedelo para a ofensiva militar (canto inferior esquerdo). Na época, a restinga da foz do rio Douro constituía uma estrutura de grandes dimensões em forma de língua, situando-se a ponta do Cabedelo a meio caminho entre o Castelo de S. João da Foz e a capela de S. Miguel-o-Anjo. Desta carta consta, ainda, uma descrição histórica da cidade do Porto. LIX APÊNDICE 6-0 «Planta do Porto e Suas Vizinhanças» Lith. da Acad. Real das Sciencias Dimensões: 61 en x 50 em Extraído de SÉREN e PEREIRA (2000) Nesta carta, o Cabedelo surge deslocado para jusante, com o seu limite norte na direcção das pedras «Felgueiras». Na foz do rio Douro surge o molhe das Felgueiras como se já tivesse sido construído, bem como o Marégrafo (em S. Miguel-o-Anjo) e uma bateria naquela zona para defesa da entrada na barra. LX APÊNDICE 6-P «Manta do Porto» Lith. Da Acad. Real das Sciencias Dimensões: 36,5 em x 24 em Esta planta corresponde, certamente, a uma representação antiga, já que além do pequeno desenvolvimento da cidade do Porto, nela se encontram marcadas as rochas que dificultavam a transposição da barra do Douro, referidas na obra do padre Agostinho Rebelo da Costa, em 1789. Salienta-se a morfologia do Cabedelo, muito próxima das representações de 1789, quando a extremidade norte da restinga se aproximou da pedra «Olinda», fechando praticamente a barra. Apesar de algumas imprecisões na delimitação de certos edifícios e lugares, existe rigor topográfico na representação das estradas, das linhas de água e dos principais relevos da região. LXI APÊNDICE 6-Q «Plan von o Porto und Umgegendgez und herausgegeben von G Brügner », 1833 Berlin in Februar 1833 * ÏVliwt bllKkii IIIMT the Si mil O PORTO — ■ ■■ ' " Extraído de ANDRADE (1948) Este mapa apresenta muitas semelhanças com o existente no APÊNDICE 6-0, «Planta do Porto e suas Vizinhanças», litografada pela Academia Real das Ciências. Provavelmente o autor alemão baseou-se naquela planta para construir a carta presente neste Apêndice. LXII APÊNDICE 6-R «Plan of Porto», 1833 «Plan af Porto Stentryck af G. Runbom. Salvagrand Huset n°l» Dimensões: 19,8 en x 26,9 em Litojnfi* 1't.AV.irOrORTO . ;#t"W ^wWVJSwwUww u ni & v Srt*v „,,.nJ jf»*rs /iff Extraído de ANDRADE (1948) A barra do rio Douro e as areias do Cabedelo estão representadas no canto superior esquerdo desta carta. Todos os locais importantes estão marcados com um sinal (+) como, por exemplo, o telégrafo da Foz e diversas capelas e igrejas. LXIII APÊNDICE 6-S «Carta Topográfica do Porto», 1892 i Fotografia obtida no Arquivo Histórico da Cidade A Planta Topográfica do Porto é constituída por 464 folhas na escala 1:500, com dimensões rectangulares de 80cm x 50cm. Augusto Gerardo Teles Ferreira aproveitou estas cartas para elaborar outras plantas às escalas 1:2500 e 1:5000, respectivamente. O exemplar deste Apêndice encontra-se no Arquivo Histórico da Cidade e representa, segundo as palavras do próprio Teles Ferreira «um eficaz instrumento de gestão de espaço urbano» (ap. FALCÃO e BRAVO, 1992). LXIV APÊNDICE 7 OS BLOCOS GRANÍTICOS DO CABEDELO DA FOZ DO DOURO - ALGUNS PORMENORES GEOLÓGICOS C/í o u — o o hJ o u o C/5 o 0C/í z g -J I o Q£ P O O o S o o o -1 u O u ca <( u o o c/í O y CA O U O -I ca C/í O 16 de Janeiro de 1910 19 de Outubro de 1910 APÊNDICE 8 SEQÜÊNCIA DE CARTOGRAMA5 RELATIVOS AO CABEDELO PÓS-CHEIA DE 1909 CARTOGRAMA I - 16 de Janeiro Em meados de Janeiro do ano de 1910, em regime de maré-cheia apenas se notava a acumulação de algumas areias apoiadas ao longo do molhe de Luiz Gomes de Carvalho, ligeiramente para oeste deste. Iniciara-se, simultaneamente, uma ténue reconstrução do Cabedelo na extremidade da margem esquerda, em função dos ventos dominantes de sul e do interior do continente. Este enraizamento, contudo, efectuou-se para leste relativamente à situação normal, antes da cheia. Nota: As zonas sombreadas correspondem ao desenvolvimento do assoreamento visível em marébaixa. CARTOGRAMA II - 15 de Março Surgem ventos dos quadrantes marítimos e o enraizamento, a sul, praticamente desaparece. Em função dos ventos N e S, prolonga-se a língua de assoreamento para SW e, no interior desta, forma-se outra, resultante dos ventos de leste. No entanto, em regime de maré-cheia não é ainda visível qualquer deposição arenosa. LXVIII CARTOGRAMA III - 12 de Abril Os ventos continuam a exercer forte influência no desenvolvimento do Cabedelo. A acumulação apoiada no molhe de Luiz Gomes de Carvalho é influenciada pelos ventos do quadrante desde N até W, embora a inexistência de ventos do quadrante W até Sul tenha implicado uma redução do assoreamento para SW, registada no mês anterior. Os ventos de leste fazem aumentar o enraizamento a sul, já visível em preia-mar. « ... Nota: As linhas contínuas no interior das zonas sombreadas correspondem às superfícies emersas durante a baixa-mar. ^ CARTOGRAMA IV - 9 de Maio ■VtXy :^^~^~>j«. responsável —-Hft». -• r ' -^\ § E'-'-C Nesta hidrografia, o aparecimento do vento de sul é pelo prolongamento, para SSW, da acumulação arenosa. A área do C abedelo apoiada na margem esquerda aumenta ligeiramente, bem como a área sub-aérea e as zonas visíveis em preia-mar. ' f> CARTOGRAMA V - 23 de Junho 0 predomínio dos ventos do lado marítimo permitem %\ o desenvolvimento do assoreamento e a sua ligação à " J 2 ! C~\?^ ^ Z5f&* § m—pi _ _ T L Verifica-se o avanço, para norte, da extremidade do Cabedelo apoiada no molhe de Luiz Gomes de Carvalho, BSBH M margem sul. | t e - . ——■ ' \ fc m } \M ...... _ __ P-V <> ^ pelo facto de, no Verão, dominar o efeito da ondulação e das marés e do caudal fluvial reduzir significativamente, implicando menor capacidade de arrastamento sedimentar. Notar que o Cabedelo surge, pela primeira vez após a cheia, de modo contínuo em maré-cheia. LXLX CARTOGRAMA VI - 22 de Agosto Verifica-se um engrossamento claro da estrutura arenosa. O aparecimento dos ventos de leste leva a uma diminuição de profundidade na zona interior do Cabedelo. Aumenta, igualmente, a deposição de areias ao longo do Pt,LCI "WH BjB^^^^^^* molhe de Luiz Gomes de C arvalho, mas o C abedelo enraizado na margem sul, no interior do assoreamento principal, não sofreu grandes alterações, à semelhança da hidrografia anterior. ESCALA 45 1 m i . na »•*- itiftt^Bí ^ ' ^ ^ CARTOGRAMA VTI - 19 de Outubro A bacia de S. Paio aparece reconstruída, verificandose acumulação de areias, na parte leste do Cabedelo, por acção de ventos fortes do interior. No entanto, um assinalável engrossamento do C abedelo é impedido ■^liUtf . - • •—■. w devido a um temporal vindo de SSW. Este fez com que o mar encurvasse o Cabedelo, deslocando-o um pouco para montante. Apesar de em regime de maré-cheia a ponta norte do C abedelo surgir para sul do molhe de Luiz Gomes de C arvalho, as areias arrancadas ao lado oeste deslocaram-se para norte do molhe, assoreando e dificultando o acesso à barra. (In OLIVEIRA, 1973) LXX APÊNDICE 9 MODOS DE POSICIONAMENTO COM GPS J </> a, •o« s 3a oo o ( S^ e +-* a <D a» < -a S o a <c © 1/3 o QB O <: u •8 •a •8 as §3 O s ai (D î 2 *- to < o T3 O 1 1 CO -ca .8.1 2 - - H I * O" M «a "* "3- & 8 « Q'Í.1,2 o ^ B S C S . to o ff D O O Í3? » G T3 OH C O I 2O "2 > <a SCO Q £O5 I'l PI •8 3 SI-8 S Si Í9ie«í f i ca < , o O CO OT g o ç3 "o. » > OH O D 00 o 00 •IH G p o cr •- -a « a a já <u ca o. 3 cr o ■i L \ j& W APÊNDICE 10 SOFTWARE UTILIZADO E LISTA DE PROCEDIMENTOS PARA PROCESSAMENTO DOS DADOS DE CAMPO Após o trabalho de campo, é necessário trabalhar as informações captadas pelo receptor de GPS. Para a obtenção de resultados, materializados por contornos do cabedelo e respectivos valores de áreas e volumes associados, os dados de campo têm de ser processados através de software específico, segundo uma ordem que, embora complexa, tentaremos sintetizar: Programa Trim4000 É o programa utilizado para fazer o download dos ficheiros de dados dos receptores "TRIMBLE" para o computador. Este programa corre em Dos, havendo necessidade de iniciar o computador em modo DOS, uma vez que a janela de DOS que funciona sob o Windows pode criar dificuldades ao seu funcionamento. Para a utilização deste programa é necessário configurar os parâmetros da porta série do computador e da saída do receptor para ficarem compatíveis. Programa Geogenius Este é um software comercial (Terrasat, 2001) de processamento de dados GPS a partir dos ficheiros de observação obtidos na operação anterior. Utiliza técnicas OTF (On The Fly) para resolução de ambiguidades. Para o processamento foram seguidos os seguintes menus: 1. 'File'-'New' 2. 'Project' - 'Files into project' (inserir os ficheiros da campanha de observação) 3. Inserir as coordenadas conhecidas da estação de referência Estação de referência do pilar TANGO (estação GPS do Observatório Astronómico): Pilar TANGO (Coordenadas): x = 4759051.781 y = -718824.336 z = 4171538.784 Receptor estacionado neste pilar: Receptor: Trimble 4000 S Se Antena: ext_geodetic_L12 (Medir a altura da antena para introduzir no programa) Nota: A altura da antena mede-se desde o topo do pilar até à base do prato da antena. A estação que se utiliza no campo (designada por estação rover) corresponde ao receptor Trimble, cujas características são: Receptor: Trimble S Si Antena: ext_compll2_gp Altura do bastão: 1.976 m LXXIV 4. Seleccionar a opção 'kinematic' para os ficheiros cinemáticos Sempre que fizer uma das alterações anteriores não esquecer de, no final, colocar 'Assign'. 5. 'Tools' - 'Precise Ephemeris Import' (inserir os ficheiros de efemérides precisas) As efemérides precisas permitem processar os resultados com maior rigor, uma vez que contêm informação extremamente rigorosa sobre a posição de todos os satélites, para o período de 24 horas em que decorreram as observações. Normalmente são disponibilizadas na Internet, numa página da NASA podendo ser facilmente retiradas por ftp: ftp:igscb.jpl.nasa.gov 6. 'Process' - 'Settings' (validar a opção anterior) 7. 'File' - 'Save as' (gravar o projecto ) 8. 'Process' - 'Process Project' No final verificar a qualidade dos resultados e gravar para ficheiro a trajectória obtida Formato: Spectra Precision Formats Opções: Código e fase em Datum 73 O ficheiro cinemático, ou seja, das posições ao longo da trajectória tem uma extensão POS e o seguinte aspecto: Cabeçalho: #datum: WGS_84 6378137.000 298.25722356 1.0000000000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 tempo GPS Latitude Longitude Alt sigmas 391368.999404 40.599450919 -8.756113755 62.631 0.385 0.215 0.473 3.0 4 ???????? DGPS 391369.999405 40.599450194 -8.756113929 62.655 0.380 0.212 0.467 3.0 4 ???????? DGPS O tempo GPS é contado em segundos a partir das zero horas da noite de Sábado para Domingo em tempo universal coordenado UTC Para Portugal, na hora de verão o UTC = tempo local - 1 hora Na hora de inverno temos UTC = tempo local Programa Texpad O texpad é um programa de manipulação de ficheiros. A partir do ficheiro com extensão POS que saiu do Geogenius podemos retirar as colunas que não interessam, deixando assim o ficheiro pronto para poder ser utilizado por outros programas. LXXV Normalmente do ficheiro anterior só interessa ficar com a seguinte informação: tempo GPS 384530.999596 384531.999598 384532.999599 384533.999601 Latitude 40.558980369 40.558980059 40.558979925 40.558980068 Longitude -8.770911203 -8.770909144 -8.770908477 -8.770909883 Altura 63.316 63.886 64.091 63.724 Programa Matlab O Matlab é uma ferramenta poderosa para tratamento de ficheiros. Quando se introduz um ficheiro no Matlab, ele passa a ser reconhecido como um vector, permitindo o seu tratamento matemático. No Matlab são utilizadas duas rotinas para limpeza e filtragem de ficheiros, respectivamente. ♦ GPSC LEAN (Rotina de limpeza de ficheiros) Seguir os seguintes passos: Ex: Ficheiro com o nome: dia21k2.txt 1. 'load' dia21k2.txt 2. 'clear' Ri 3. [Ri(:,l),Ri(:,2),Ri(:,3)]=Uh_ecf(dia21k2(:,2),dia21k2(:,3),dia21k2(:,4)); 4. Ro=gpsclean([dia21m(:,l)Ri]); 5. [Lat,Long,H]=ecef_llh(Ro(:,2),Ro(:,3),Ro(:,4)); 6. [M]=[Ro(.,l),Lat,Long,H]; 7. 'save' 'dia21mclean.dat' M -ascii -double ♦ SPAC EPOS (Rotina para filtragem de ficheiros) Normalmente utiliza-se o filtro de 1 metro, o qual permite obter espaçamentos de 1 metro entre as posições registadas. Evita-se assim a sobreposição num mesmo local. Por vezes, para o programa funcionar bem deve-se colocar o ficheiro spacepos.m na directoria de trabalho. Exemplo: para o ficheiro 'dia21mclean.dat' 1. 'load' dia21tclean.dat 2. [X,Y,Z]=Uh_ecf(dia21tclean(:,2),dia21tclean(:,3),dia21tclean(:,4)); 3. R=spacepos([dia21tclean(:,l)X Y Z],l); 4. [Lat,Long,H]=ecef_llh(R(:,2),R(:,3),R(:,4)); 5. [M]=[R(:,l),Lat,Long,H]; 6. 'save' 'dia21tfilt.dat' M -ascii -double LXXVI Programa Datumcnv Este programa corre em Dos e foi desenvolvido para realizar transformação de coordenadas. Até ao momento estivemos a trabalhar em Datum WGS84, (coordenadas geográficas). Agora vamos passar para Datum 73. Proceder do seguinte modo: Colocar o ficheiro que se pretende transformar na directoria que contém o programa. O ficheiro deverá ter a seguinte estrutura: Exemplo: Longitude -8.7607620920000040e+000 -8.7607670819999990e+000 -8.7607708759999990e+000 -8.7607744329999870e+000 -8.7607709610000090e+000 Latitude 4.0585973944940400e+001 4.0585963983940440e+001 4.0585954522940510e+001 4.0585944820940480e+001 4.0585956191940490e+001 Altura 5.8104099778706870e+001 5.8057099778887080e+001 5.8055099775542630e+001 5.8051099778203710e+001 5.8088099775470350e+001 Usar os seguintes comandos: datumcnv-I wgs84 -o D73 < filel.txt | file2.txt O ficheiro de output deverá ter este aspecto: Exemplo: m 520366.88 520366.46 520366.14 520365.84 p 4493039.56 4493038.46 4493037.41 4493036.33 altura elipsoidal 5.8104099778706870e+001 5.8057099778887080e+001 5.8055099775542630e+001 5.8051099778203 7 lOe+001 Uma vez que a altura deverá ser referida ao nível médio das águas do mar deverá ser subtraída a ondulação do geoíde à altura elipsoidal. A formula utilizada é a seguinte: C=h-N em que: C - Altura ortomét rica h - Altura elipsoidal N - ondulação do geóide N=5 5.068 (na região do Porto) Esta operação pode ser facilmente executada no Excel Lxxvn Excel Proceder do seguinte modo: 1. 'File' - 'Open file' (seleccionar a opção 'all files') Aparece uma janela com as primeiras linhas do ficheiro e os campos pelos quais serão separadas as colunas. 2. Seleccionar a opção 'fixed within' 3. Clicar 'next' repetidas vezes até abrir o ficheiro numa folha de excel 4. Após o ficheiro estar inserido na folha excel, seleccionar a coluna das alturas com o botão direito do rato sobre a letra que lhe corresponde. 5. Sobre a janela que se abre seleccionar 'Format cells'. 6. Sobre a nova janela seleccionar 'Number' e dentro do respectivo campo escolher 'General'. 7. Após fazer 'OK' deverão aparecer na coluna das alturas os respectivos valores em metros com várias casas decimais. 8. Na coluna livre da direita introduzir a seguinte formula na primeira célula: =Cl-55.068, em que Cl representa, neste caso, a primeira célula da coluna C, pressupondo que a coluna C é a que diz respeito aos valores das alturas. Se, por exemplo, as alturas estiverem sob a coluna F, usar a formula: =Fl-55.068 9. Após determinado o valor para a primeira linha, o resto da coluna pode ser corrigido facilmente cucando com o botão esquerdo do rato sobre o canto inferior direito da primeira célula e arrastando-o até ao final da coluna. 10. Gravar o ficheiro em formatos xis e prn O formato prn permite que o ficheiro seja aberto numa aplicação do tipo texpad por forma a fazer determinadas manipulações conforme os objectivos. Se o objectivo for a implantação dos resultados sobre uma imagem raster utilize o Autocad Map. Se o objectivo estiver relacionado com o cálculo de áreas e volumes utilize o Surfer. Surfer O Software Surfer foi utilizado com o objectivo de criar a superfície do terreno para cada época de observação, com base nos ficheiros de dados GPS obtidos nos levantamentos efectuados no campo. Procedimentos adoptados no processamento efectuado no software Surfer 7 1. Abrir o programa; Lxxvni ♦ INTERPOLAÇÃO 2. Menu 'Grid' Data Abrir a directoria onde se encontram os dados Selecionar o método de interpolação: 'TLN'; Escolher o espaçamento: 1 metro; Opções: isotrópico, com raio 1 Fazer OK A partir deste momento a superficie do terreno é gerada. ♦ VISUALIZAÇÃO 3. Menu 'Map' 'Contour map' Options: 'fill contours' Levels: 'Load' (selecionar a palete de cores pretendida) Fazer'OK'. O contour map permite visualizar as cotas por variações de cor. É possível escolher as cores, bem como os intervalos altimétricos pretendidos. ♦ C ÁLC ULO DE VOLUMES Para o cálculo de volumes é necessário criar um ficheiro BLN, que representa os limites da área cujo volume se pretende determinar. Esse ficheiro pode ser obtido a partir da digitalização desse mesmo limite, usando a opção 'DIGITAZE' do menu 'MAP'. Após essa determinação pode-se usar a opção 'BLANK', para branquear a zona externa ao limite, por forma ao volume calculado corresponder apenas ao que fica no interior, representando a zona onde a interpolação foi efectuada com base nos dados. Os volumes são posteriormente calculados com a ferramenta 'VOLUME' do menu 'GRID'. 1. Menu 'Map' 'Post Map', fazer 'new post map' Após abrir a janela procurar o ficheiro com os dados da campanha que se pretende digitalizar Fazer 'OK' 'Digitaze' (Digitalizar o contorno externo do ficheiro de dados por forma de delimitar a zona de estudo) Atribuir ao cabeçalho do ficheiro o número de linhas do ficheiro e o algarismo 0 (significa que a area que pretendemos branquear é a externa aos dados). Gravar o ficheiro com extensão 'bin' LXXIX 2. Menu 'Grid' 'Blank' Abrir o ficheiro da grelha de interpolação Abrir o ficheiro anteriormente gravado com a extensão bin Gravar o novo ficheiro Fazer 'OK' 3. Menu 'Grid' 'Volume' Abrir o ficheiro anterior Definir a cota minima a considerar para o cálculo volumétrico Fazer 'OK'. Autocad Map Preparação do ficheiro para dar entrada no autocad. 1. Abrir o 'texpad'. 2. Utilizar apenas as colunas de m e p separadas por vírgulas. 3. A primeira linha do ficheiro deverá ter indicado: 'pline' O formato é o seguinte: pline 520756.10,4494536.62 520756.36,4494536.94 520757.21,4494537.79 520757.14,4494539.49 4. Gravar o ficheiro com extensão 'ser' Abrir o autocad 1. Na linha de comandos digitar 'script' 2. Abre-se uma janela que nos conduz à directoria onde está o ficheiro. Fazer 'Ok' 3. O ficheiro é inserido. APÊNDICE 11 VALORES MÉDIOS DE ONDAS E MARES (MAIO DE 2001 A MARÇO DE 2003) Meses Altura Média Altura Média I da. Onda da Maré Jan-01 1,64 2,04 Fev-01 0,97 2,03 Mar-01 1,22 2,00 Abr-01 1,19 1,99 Mai-01 0,96 1,97 Jun-01 0,95 1,96 Jul-01 1,00 1,99 Ago-01 0,77 2,02 Set-01 0,97 2,03 Out-01 1,59 2,00 Nov-01 0,86 2,02 Dez-01 1,08 2,01 Jan-02 1,95 2,04 Fev-02 1,78 2,03 Mar-02 1,45 2,00 Abr-02 1,19 1,99 Mai-02 1,25 1,97 Jun-02 1,05 1,96 Jul-02 1,01 1,99 Ago-02 0,80 2,02 Set-02 1,05 2,03 Out-02 1,54 2,00 Nov-02 1,75 2,02 Dez-02 1,79 2,01 Jan-03 1,93 2,04 Fev-03 1,73 2,04 Mar-03 1,11 2,01 Os valores apresentados nesta tabela correspondem, no caso das marés, à média das marés diárias previstas para cada mês, que se encontram nas tabelas de marés do INSTITUTO HIDROGRÁFICO (2000, 2001, 2002). No caso das ondas, até Dezembro de 2002 os valores apresentados correspondem à média das leituras diárias de cada mês efectuadas por estimativa visual;1 para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2003 os valores correspondem aos dados obtidos pela bóia de Leixões , presentes no site do Instituto Hidrográfico.2 1 2 Gentilmente cedidas pela APDL. http://w\v\v.hidrografico.pt LXXXII AN EXOS Polvorinho da Colecção do Paço Ducal de Vila Viçosa (século XIX). O desenho é de Teodoro de Sousa Maldonado, representando a barra do Douro. Foi integrado na obra do Padre Agostinho Rebelo da Costa, em 1789. ANEXO 1 «PLANTA GEOGRÁFICA DA BARRA DA CIDADE DO PORTO», 1789 ON 00 < H O U C/2 á o w m s 1 O O 55 ■3 T3 O o' CS ao -a g T3 o o D H <u T3 o € o PH o T3 4> T3 ca T3 o ca T3 m ca T3 ca o 1 oa> O ca Pormenor actual da zonaribeirinhado Porto ANEXO 2 «OPORTO»», 1736 Barragem de Crestuma-Lever ANEXO 3 CAUDAIS MÉDIOS DIÁRIOS LANÇADOS EM CRESTUMA 1—4 pH o oo VI Vl O Os Os Os O O CS P- Ti n S0 CS rt SO 00 Cl CS Vi 00 00 SO p- Cl Tl cs SO Vl Cl P H P H Cl Cl Cl rt Cl rH (—1 cs Vl rt Cl cs r-^ CS vi CS Cl CS f — 1 00 Vl o o H Vl SO CS CS Cl o\ Vl Vl r- O O SO Cl rt P H P H r-^ 00 r—l o Os 00 f- ri00 rt 00 rt Os 00 CS O Cl 00 so O SO r 00 r Vl 00 tr<-i SO Ti 1—1 Vi 00 SO t — ( t^00 Cl SO rt Os cs es r 00 C l SO O o ci CS Cl CS Cl C l Cl Cl CS Cl Cl Cl CS so Cl cs rt CS CS Cl so Cl C l Cl CS P H rt PH 1o S so o Vl Os SO Os Os rt —H SO Os Vl CS Cl Cl Cl cs Cl "*t rt CS Os cs OS r—1 VI CS SO Os rt 00 Vl cs rt Cl O P H V ) VI Os Vl O so Cl Cs) cs rt SO Cl SO 00 SO CS r-^ CS C l T—1 rt r—1 OS cs CS cs Cl cs cs —4 so T—< PH Cl PH P H VI rt rt i—1 00 Cl Cl CS Os 00 Cl r—l CS cs CS r~ Ti o o o Vl Cl SO Cl rt «—i sO 00 rt CS V i P H rt H rt 1—1 Vl Cl Vi r C l Ti rt rt Cl sO SO H o i — t SO CS Cl Vl Os Cl t' H Os Os es O r PVi Vl p( Cl CS P H P H es es rt 00 P H so so SO Tl rt CS vi rH Os 1—1 CS Os 00 SO 00 00 CS CS r1 CS cs cs CS S p- ri1—1 Os Vi Cl r 00 rt Os rt 00 SO Cl Os 00 rt SO r t vi os rt- Cl cs 00 r—1 rOs Cl Os c Vl 1—1 r-H r CS PH vi CS CS CS P1 r—1 rl cs irt cs CS 4 i cs SO cs cs —( Cl Cl 1—1 r—l 1 o o OS CS SO SO 1—1 so Os O rt Vl Cl Cl 00 Cl r- -< 1 1 1 1 1 o es P o i — i i — i i — 1 SO o sO O i—i PH O o CS pH Ti p- Cl rt O Os 00 Cl Os cs P- 00 Os 00 rt rt VI Tl cs CS Cl Ti Vi so Os (N Vi r- r- ort Vi rt rt i — t o Os Os rt CS Os CS r 00 O Os 00 00 i — i Cl Ti cs rt SO SO 1—1 Cl Cl rt Cl 00 SO SO SO vi Cl r—1 es rt (N 00 P - SO Os rl- 00 s© es 00 00 ■o p- CS SO Cl ei CS CS 00 cs Cl 1^ o O o 1—1 T i SO C- 00 Os r- o o r 00 Vl p H 00 Os cs rt O 00 VI Vl rt cs cs cs CS CS CS PH Os SO rt t-Os CS rt Cl O SO P H VI Os Os P H Vl Cl PP Ht rt rt P H Vl Vl SO CS SO 00 cs cs Vl rt Cl CS es O rH Os P- O s Cl rt 00 SO P H 00 Vl SO Ti cs r—i o CS| pH T—( cs rt iH O Ti rt Os rt 00 Cl r—1 r—l t so Cl o o i Cl Cl Cl O rt es es es Vl Vl o o m rt r- o o o Cs| ' r- p H p- O 00 Cl 00 Os Cl so SO H 00 cs SO 00 r—i CS SO Cl CS CS H Cl Vl SO SO p t rt Vl Vl rt Cl Cl Cl Cl 1—1 00 00 SO SO SO cs CS cs so 00 H O Os Vl Vl SO rt Cl CS 00 CS Vi SO rt Cl 00 Os Cl CS .—i rr( CS O 00 Cl Os 00 SO SO Vi so 00 Ti r—1 rt SO SO CS r—1 rt rt SO Os Ti rt Cl Cl rt rt Cl Cl pt Cl 00 SO CS SO r-- CS Os Cl p H 00 rt cs Os es es 1—1 Os t - SO Vl 00 00 cs CS t- SO rt Os r CS SO so Os SO VI Vl Vl r r so rt rt sO SO Vl rt Cl Cl Cl rt rt rt —-4 o 1—1 es SO rt Cl i—i i — i Cl 00 SO < * 00 rt o CS Cl Cl SO VI 00 Cl Os 00 O 00 O r SO 00 00 H es rt CS rt rt CS CS tOS 00 00 cs Os O Os 1—1 Os SO cs 00 Os cs Vl 00 rt P t SO ppH SO Os SO Ti ri- Cl CS O O O OS Os r VI SO Vl SO 1^ SO SO V ) rt 00 00 00 Os CS SO SO SD 00 O so 00 Vl P- Ti "Tl Os Cs| rt 00 pH OI rt f- 00 ri r l Os es CS C l Cl Cl Os rt rt rt Cl O rt Cl r cs O SO Cl r-^ Vl 00 o CS Cl 00 Ti Os SO SO Vl Vl 00 Os rt CS SO ■Tl Cl 00 Os 00 CS Cl r Cl C- VI rt Cl SO Vl Cl o Os Vl o CS O P H Os o Cl CS CS es Cl rt n *-*CS cs Cl CS Cl Cl Cl Cl CS cs Cl Cl CS Cl CS Cl r-i SO 00 00 Cl rt p H rt Vi t- VI rt 00 P H 00 Cl cs Cl rt Cl P H Cl cs cs CS CS cs cs c- CS Cl rt Vl s© c 00 OS CS N Cl SO rt so 00 Cl SO Os O OS 00 SO p H SO H CS H Cl o o oo rt i 1 — t i — I Ti O 00 rt CS 00 vi Os pCS CS CS P H 3 o o X Os rt O CS rt rt Cl CS Cl 00 Vl Cl rt Os rt rt rt 1—1 O CS O s 00 P H S0 SO OS Vl o i i ' rt t- Cl Cl O Os o prt Os Cl rt o H cs Cl rt Vi SO t' 00 Os O p H CS CS CS CS CS CS CS es es es Cl Cl Cl Os CS Cl so rt CS VI rt P H OS 00 00 SO Os CS Vl rt Os O SO Cl Os rVl rt Cl cs P H CS OS r rO rt rt cs cs CS CS Vl cs Vl VI Vl Os Cl es rt so O Os Vl P H t- o t - Os O 00 Vl Vl CS p H O rt es Cl Cl Cl P t CS Cl CS r 00 rt o o o o 1 Os OS Cl 00 CS Cl so 00 cs Cl Os cs cs 00 f- 00 rt Os cs CS OS O OS es r- cs CS r—i CS 00 Ci Ti cs rf Cl o C l Os rt Os SO Cl 00 r—l SO Cl r CS Os rt Cl O Os Vl 00 00 CS vi Cl p H Ti T—1 00 V i rt CS rt SO Vi Vl cs rt so Cl rt rt SO rt SO SO r- 00 Vi PH S T—1 r—1 Cl Os SO OS CS Cl Vl Vl O Os 00 Ti rt Os .—l es rt Cl so es p- 00 00 p- Cl Os Vi es Os P cs Os CS SO O SO P H 00 Vl rt P 00 00 > * SO CS Ti Os o cs rt r~ Cl rt cs Cl CS CS cs 1—1 Cl Cl CS CS CS cs P H CS C! 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