BENJAMIN PEREIRA FILHO PAULO CÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS ROBERTO APARECIDO LOPES A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL/GERENCIAL PARA A TOMADA DE DECISÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO FACULDADE EÇA DE QUEIRÓS JANDIRA – SP – NOVEMBRO/2010 BENJAMIN PEREIRA FILHO PAULO CÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS ROBERTO APARECIDO LOPES A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL/GERENCIAL PARA A TOMADA DE DECISÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Administração de Empresas da Faculdade Eça de Queirós, como requisito para a obtenção do título de graduado. Prof. Esp. Rosa Maria dos Santos FACULDADE EÇA DE QUEIRÓS JANDIRA – SP – NOVEMBRO/2010 2 FOLHA DE APROVAÇÃO BENJAMIN PEREIRA FILHO PAULO CÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS ROBERTO APARECIDO LOPES GRADUAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Administração de Empresas da Faculdade Eça de Queirós, como requisito para a obtenção do título de graduado. Orientadora: Prof. Esp. Rosa Maria dos Santos Data: _________________ Resultado: ________________ BANCA EXAMINADORA Prof. _________________________________________ Faculdade Eça de Queirós Assinatura ____________________________________ Prof. _________________________________________ Faculdade Eça de Queirós Assinatura ____________________________________ Prof. ________________________________________ Faculdade Eça de Queirós Assinatura ____________________________________ 3 DEDICATÓRIA Dedicamos primeiramente a Deus, o resultado de nosso esforço e dedicação, pois sem ele, não teríamos concluído este trabalho. Aos nossos pais e esposas pelo esforço, dedicação e compreensão, em todos os momentos desta e de outras caminhadas. Em especial a grandes mulheres que em meio a tantas dificuldades e adversidades impostas por uma vida cheia de dificuldades, dedicaram suas vidas a criarem seus filhos e dar-lhes o melhor que tinham a oferecer. Mesmo não entendidas por muitos, mas cientes de todos seus atos, seguiram em frente até onde lhes foi permitido, fazendo sempre o melhor que lhes cabiam, sempre com muito amor e carinho. A estas mulheres, guerreiras e exemplos de vida, chamadas in memória Custódia, mãe de Benjamin, Marinalva, mãe de Paulo e in memória Maria, mãe de Roberto, dedicamos este momento de vitória, pois sem apoio, amor e exemplo, jamais teríamos dado este importante passo em nossas vidas, o nosso muito obrigado, amadas e inesquecíveis mães. 4 AGRADECIMENTOS Não poderíamos deixar de agradecer em primeiro lugar a DEUS que nos proporcionou, em meio a seu infinito amor, condições de concluir este trabalho. Agradecemos em especial nossas esposas, Eidi, Catia e Roberta, que nos apoiaram em todos os momentos que precisamos nos ausentar, abdicando-se do tempo que por direito lhes pertenciam para nos dedicarmos aos estudos e a realização do sonho de um futuro melhor. Nossos agradecimentos aos mestres que, com perseverança, dedicação e crença em seus alunos, mostraram o caminho a trilhar para o conhecimento. A todos aqueles que estiveram conosco nestes quatro anos e que deixaram marcas em nossos corações, através de bons ou maus momentos, bem como os que, direta ou indiretamente, colaboraram para que este trabalho alcançasse aos objetivos propostos. Saibam que tudo fez chegarmos até aqui e serviu para o nosso crescimento. Em especial, agradecemos o estudante de Direito da UNIP, Thiago Pandochi, pelo empenho e auxílio, num momento decisivo em nosso trabalho. 5 EPÍGRAFE "O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma. Não tenha medo de errar, pois você aprenderá a não cometer duas vezes o mesmo erro" (Franklin D. Roosevelt). 6 RESUMO Este trabalho tem por objetivo mostrar a importância da Informação Contábil/Gerencial ao atual cenário organizacional competitivo, uma vez que, gerida pela controladoria, é resultado de um processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação e interpretação de informações financeiras importantes para tomada de decisão dentro de uma organização, pois é ela quem indicará o melhor caminho a ser trilhado. Com o objetivo de melhorar processos, por meio da informação contábil gerencial e a atuação do controller, este sistema fortalece o plano de atuação das empresas, produzindo informações rápidas, precisas e principalmente úteis, propiciando uma estruturação de gestão inovadora. Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizada a metodologia da pesquisa bibliográfica no intuito de apresentar estudos, divulgação sobre o sistema de informação gerencial contábil e apresentar as características das informações para os gestores. Palavras – chaves: Controladoria - Tomada de Decisão - Sistema de Informação Gerencial 7 ABSTRACT This work has as purpose to show the importance of managerial accountant information the current competitive organizational setting once managed by the controller, is the result of a identification process, measurement, accumulation, analysis, interpretation and preparation of important financial information for decision making within organization, because it will indicate who the best way to go. Aiming to improve process through the management information and accounting performance of the controller this system enhances the performance of companies plan to produce fast, accurate and especially useful information providing an innovative management structure. To develop this work we used the methodology of literature to research in order to submit studies on the promotion of managerial accountant information system and present the characteristics of information to managers. Key - words: Controller - Decision Making - Management Information System 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 01 - Três aspectos do Sistema de Informação Contábil (Adaptação) .... 17 Quadro 02 - Relacionamento entre a contabilidade e o planejamento ................ 22 Quadro 03 - Conceito/objetivo sobre Contabilidade Financeira .......................... 27 Quadro 04 - Comparação de conceituações disponíveis .................................... 28 Quadro 05 - Demonstração dos conceitos/objetivos da Contabilidade Gerencial 29 Quadro 06 - Diferenças entre Contabilidade financeira e gerencial .................... 30 Quadro 07 - Relações entre a contabilidade financeira e gerencial .................... 31 Quadro 08 - Comparação entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial .............................................................................................................. 32 Quadro 09 - Quatro estágios da Contabilidade Gerencial ................................... 33 Quadro 10 - Evolução da Contabilidade Gerencial .............................................. 34 Quadro 11 - Apuração das Vendas Brutas do período ........................................ 38 Quadro 12 - Apuração dos resultados da empresa por período .......................... 41 Quadro 13 - Comparação dos resultados do desempenho mensal .................... 43 Quadro 14 - Demonstração dos resultados acumulados do ano ......................... 45 Quadro 15 - Resultados alcançados no mês de maio de 2009 x 2010 ............... 48 Quadro 16 - Resultados alcançados até o mês de maio de 2009 x 2010 ........... 50 9 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO / JUSTIFICATIVA ................................................................. 09 OBJETIVO............................................................................................................ 09 PROBLEMA.......................................................................................................... 10 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ................................................................. 10 RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................. 11 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14 Capítulo 1 - OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ......... 15 1.1 Necessidade da Informação .......................................................................... 1.2 Planejamento e Controle ............................................................................... 1.3 Fundamentos do Sistema de Informação Contábil ........................................ 1.3.1 Operacionalidade ........................................................................................ 1.3.2 Integração e Navegabilidade dos Dados .................................................... 1.3.3 Custo da Informação ................................................................................... 1.4 O Enfoque Sistêmico...................................................................................... 1.5 Funcionamento dos Sistemas ........................................................................ 1.6 Conceito de Sistemas de Informações .......................................................... 1.7 Classificação dos Sistemas de Informações ................................................. 1.8 Modelos de Avaliação de Sistemas de Informações ..................................... Capítulo 2 - SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS................................ 15 16 17 17 18 18 18 19 19 20 20 22 2.1 Impacto do Sistema de Informação Gerencial nas Organizações.................. 23 Capítulo 3 - CARACTERIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL ........... 24 Capítulo 4 - CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL .......................... 26 4.1 Contabilidade Financeira ............................................................................... 4.2 Contabilidade Gerencial ................................................................................. 4.3 Contabilidade Financeira Versus Gerencial.................................................... 4.4 Evolução e Mudança na Contabilidade Gerencial.......................................... Capítulo 5 - TOMADA DE DECISÕES ............................................................... 26 28 29 33 36 Capítulo 6 - ESTUDO DE CASO ........................................................................ 37 6.1 Extração dos Dados ....................................................................................... 6.2 Conferência dos Dados ................................................................................. 6.3 Compilação dos Dados .................................................................................. 6.4 Comparação do Orçamento Versus Realizado ............................................. 6.5 Desempenho Mensal ..................................................................................... 6.6 Desempenho Acumulado no Ano .................................................................. 6.7 Comparação do Período Anterior Versus Período Atual ............................... 6.8 Comparativo Mensal ...................................................................................... 6.9 Comparativo Mensal ...................................................................................... 38 39 40 42 43 45 47 48 50 Capítulo 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 54 10 APRESENTAÇÃO / JUSTIFICATIVA Este trabalho se concentra em pesquisar o Sistema de Informação Contábil/Gerencial e o seu papel como ferramenta auxiliadora na tomada de decisão das empresas. Tendo em vista que o mundo globalizado exige cada vez mais rapidez nas decisões e o gestor da atualidade precisa ser alimentado por todos os tipos de informações que lhe ajudem a optar sempre pela melhor alternativa na hora de tomar decisões. OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo pesquisar o Sistema de Informação Gerencial, dando especial enfoque à Contabilidade como Sistema de Informação Gerencial, uma vez que essa apresenta através de seus diversos relatórios grande ferramenta estratégica para a análise no processo decisório, no controle, na continuidade e na competitividade das organizações. PROBLEMA Com o desenvolvimento das civilizações, a ascensão industrial, e como resultado do advento da globalização, surgiram grandes empresas comerciais e industriais e ou prestações de serviços, que necessitavam reagir de maneira rápida e concisa ao novo cenário imposto. Com isto, a Contabilidade Gerencial, destacouse dentro do universo da Controladoria, passando a ter maior importância em virtude da disponibilidade dos dados por ela gerados, que utilizados proporcionariam auxilio ao executivo na tomada de decisão. Na atual dinâmica da economia mundial, as empresas são obrigadas a estarem sempre em compasso de mudanças. Nesse contexto, qual o principal papel da Controladoria dentro das organizações? 11 HIPÓTESES I - O profissional responsável pela Controladoria, o “Controller”, gerencia um eficiente sistema de informações para manter o Executivo Principal ou os Gestores Principais, informados sobre os rumos que a empresa deve tomar, baseados em suas análises e sugestões. II - A Controladoria, dirigida pelo profissional “Controller”, detem as mais importantes informações da empresa. Nas empresas onde as decisões são tomadas sem a devida consulta ou apoio das fontes de informações, tais como: o aumento da competitividade; o avanço da tecnologia; a crescente exigência dos consumidores; são fatores que afetam as empresas e exigem delas uma permanente adaptação a esse ambiente desafiador. III - A Controladoria desenvolve uma atividade importante dentro das organizações. Gerando informações confiáveis, supervisionando os setores de contabilidade, finanças, administração, informática e recursos humanos, contribuindo à tomada de decisões. Atua constantemente no monitoramento das mudanças tecnológicas, de mercado, de sistemas de gestão, apontando os melhores caminhos a serem seguidos pelas empresas. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Para chegar ao resultado final deste trabalho, será utilizado o método da pesquisa bibliográfica e quantitativa (pesquisa de campo), ou seja, serão estudados alguns autores, bem como colhidas informações na organização escolhida para realização do trabalho proposto. Por fim, será feito um estudo de caso mostrando qual o papel do Sistema de Informação Contábil/Gerencial dentro de uma empresa, cujo objetivo é demonstrar na prática como se comporta esse tipo de sistema no diaa-dia da empresa selecionada. 12 RESULTADOS ESPERADOS Espera-se deste trabalho, contribuir para a elucidação da importância do Sistema de Informação Contábil/Gerencial na gestão empresarial, uma vez que hoje, a informação tem um valor altamente significativo e pode representar grande poder para quem a possui. 13 INTRODUÇÃO Em um mercado com constantes mudanças e extremamente competitivo, existe a necessidade de sobrevivência das empresas. Para isso, as organizações necessitam de informações que dêem subsídios para tomada de decisões. Na atualidade, o mundo vive na era da informação, exigindo das organizações uma gestão estratégica eficiente, a qual pode ser facilitada pela utilização de recursos inteligentes oferecidos pela tecnologia de informação e sistemas de informação. Não se admite hoje uma empresa que queira competir com vantagem, sem a utilização dessas ferramentas. Esses fatos abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões busquem o aperfeiçoamento contínuo para suas empresas. O presente trabalho tem como objetivo pesquisar o Sistema de Informação Gerencial, dando especial enfoque à Contabilidade como Sistema de Informação Gerencial, uma vez que essa possui grande valor estratégico para a análise no processo decisório, no controle, na continuidade e na competitividade das organizações. Os sistemas de informações (TI) movimentam toda a organização, desde recursos humanos e tecnológicos, sendo que a alteração de um depende do outro, e a mudança que se fizer em uma das partes, trará conseqüências para a outra. No cotidiano é uma ferramenta administrativa de suma importância para a tomada de decisão nas modernas organizações, bem como para o desenvolvimento das mesmas. Nota-se que o tema sistema de informação gerencial (SIG) é um assunto complexo, porém, de grande importância. Destarte, ou seja, assim serão abordadas formas com que a Contabilidade Gerencial contribui nas organizações para a tomada de decisões. 14 Capítulo 1 - OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES Segundo afirmam Beuren e Martins (2001). “Os sistemas de informação têm uma relação direta com o processo de gestão, pois são eles que dão o suporte informacional a todas as áreas da organização, contemplando as etapas do processo de gestão” (p.22). Os autores acima explicam que, o Sistema de Informação gera dados necessários para que os gestores tenham uma visão Panorâmica e, se necessário, analítica do cenário atualizado da empresa, possibilitando o acerto ou a continuação do mesmo. Por tradição, nas organizações, a utilização dos sistemas incompatíveis se proliferou, os quais armazenavam dados vitais, sem mecanismos de busca e acesso a tais dados ou transferência entre sistemas. Mas, a proliferação do uso dos Sistemas de Informações levou à fragmentação das informações e, os principais problemas dessa fragmentação são a dificuldade de obtenção de informações consolidadas e a inconsistência de dados redundantes armazenados em mais de um sistema. 1.1 Necessidade da Informação A informação para ter valia necessita ser útil para ser desejada. Por isso, a informação deve ser gerada para quem a necessite e não para quem a produz, e esta deve ser exata, precisa, gerada em tempo hábil para sua utilização. (PADOVEZE, 2009). Objetivando tratar dos problemas internos e externos do ambiente que estão inseridas, as empresas precisam de constante preparação. Para isto buscam suporte na resolução desses problemas no desenvolvimento de sistemas de informações. Nesse contexto, afirmam Laudon e Laudon (1999), que “a razão mais forte pelas quais as empresas constroem os sistemas, então, é para resolver problemas organizacionais e para reagir a uma mudança no ambiente” (p. 26). O objetivo do sistema de informação nas organizações é dar suporte à resolução dos problemas organizacionais internos, bem como subsídios aos gestores para enfrentar as tendências da crescente competitividade de mercado. 15 Os sistemas de informação têm por finalidade segundo Pereira e Fonseca (1997), “... a captura e/ou a recuperação de dados e sua análise em função de um processo de decisão. Envolvem, de modo geral, o decisor, o contexto, o objetivo da decisão e a estrutura de apresentação das informações” (p. 241). Para que as empresas tenham condições de reagir às mutações do mercado e se sentirem alicerçadas por um processo decisório, forte o bastante para garantir a resolução dos problemas, os sistemas de informação obrigatoriamente, terão que ser desenvolvidos de forma estruturada, ou seja, deverão refletir exatamente o cenário em que a mesma se encontra e a leitura dessa informação deverá ser em grandes linhas, satisfatórias as necessidades do auto-executivo. 1.2 Planejamento e Controle O Sistema de Informação Gerencial exige planejamento para a produção dos relatórios. É necessário o conhecimento doutrinário (normas) contábil de todos os usuários, e construir relatórios com enfoques diferentes para os diversos usuários. Só poderá ser controlado aquilo que é aceito e entendido. Conforme Oliveira, 1990 (Apud PADOVEZE, 2009), “se o Sistema de Informações Gerenciais (SIG) não for atualizado periodicamente, poderá ficar numa situação de descrédito perante seus usuários” (p. 49). 16 Segundo Gil, 1992 (Apud PADOVEZE, 2009), O Sistema de Informação Contábil deve produzir informações que possam atender aos seguintes aspectos: I Níveis Empresariais II III Ciclo Administrativo Nível de Estruturação da Informação • Estratégico; • Planejamento; • estruturada; • Tático; • Execução; • semi-estruturada; • Operacional. • Controle. • não estruturada. Quadro 01 Fonte: PADOVEZE, 2009, p. 50 (Adaptado). Desta forma, fica evidente que para manter a credibilidade do sistema de Informação Gerencial o mesmo deve ser continuamente atualizado, pois as decisões devem ser tomadas com base em um sistema confiável. 1.3 Fundamentos do Sistema de Informação Contábil Afirma Padoveze (2009), que existem três importantes pontos para que um Sistema de Informação tenha credibilidade dentro de uma organização, são eles: Operacionalidade, Integração e Custo da Informação (p. 50). 1.3.1 Operacionalidade Segundo Padoveze (2009), todos que lidam com as informações contábeis deverão ter ciência que estão trabalhando com dados reais, significativos, práticos e objetivos, gerados, armazenados e processados de maneira simples e eficiente. Os relatórios deverão ser de fácil entendimento e de grande utilidade para quem os utiliza. Neste contexto operacionalidade significa operação prática e objetiva dentro das operações. 17 1.3.2 Integração e Navegabilidade dos Dados Segundo Padoveze (2009), quando as informações contábeis de todas as áreas da organização estão abrangidas por um único sistema de informação contábil, contudo, quando o lançamento de determinada operação tem a mesma classificação Contábil para todas as áreas, mesmo que utilizadas de forma à atenderem necessidades especificas, formam um sistema integrado, pois utilizam a mesma base, ou seja o mesmo banco de dados por onde navegam todas as informações. 1.3.3 Custo da Informação Para Oliveira, 1990 (Apud PADOVEZE, 2009): “... adequada relação custo x benefício. O SIG deve apresentar uma situação de custo abaixo dos benefícios que proporciona a empresa” (p.53). E segundo Padoveze, (2009), “O fundamento do custo de informação faz parte dos princípios básicos de contabilidade, razão por que não nos alongaremos sobre este aspecto” (p.53). Nesse caso, cabe ao contador tornar o sistema contábil em gerencial. 1.4 O Enfoque Sistêmico Afirma Oliveira (2000), “um sistema é uma rede de componentes interdependentes que trabalham em conjunto para tentar realizar o objetivo do sistema” (p.149). Assim, conclui-se que as partes que compõe um sistema não são partes isoladas, mas ligadas entre si de forma a se complementarem. Nesse diapasão, ou seja, nessa mesma linha de pensamento, pode-se considerar os Sistemas de Informações como sistemas abertos, que dependem do ambiente e da interação com este para sobreviverem e podem ter sua performance analisada segundo critérios de eficiência e eficácia. Além disso, os mesmos possuem os três componentes básicos de um sistema, tais como: 1) recebem dados como entrada; 2) processam: e 3) fornecem informações como saídas. Destarte, nota-se a importância de analisar o funcionamento dos sistemas para posteriormente estudar os Sistemas de Informações. 18 1.5 Funcionamento dos Sistemas Segundo Oliveira (1993), um sistema apresenta em seu funcionamento os seguintes componentes: Objetivos: própria razão de existência do sistema, ou seja, a finalidade para qual o sistema foi criado. Entradas: tudo o que o sistema necessita para realizar suas operações, sendo que estas entradas são obtidas no meio ambiente com o qual o sistema interage. Processo de transformação: possibilita a transformação da entrada em um produto, serviço ou resultado, caracterizado como a saída do sistema. Saídas: resultados do processo de transformação (p. 23). Conforme Oliveira (1993), as saídas devem ser coerentes com os objetivos do sistema e devem ser quantificáveis de acordo com os critérios e os parâmetros previamente estabelecidos, que são: Controle e avaliação do sistema: permitem verificar se as saídas estão de acordo com os objetivos estabelecidos. Retroalimentação ou realimentação (feedback): considerada como a reintrodução, no sistema, de uma saída sob forma de informação (p.24). Finaliza Oliveira (1993), que “[...] essa realimentação é um instrumento de regulação retroativa ou de controle, em que as informações realimentadas são resultados das divergências verificadas entre as respostas de um sistema e os parâmetros previamente estabelecidos” (p. 24). 1.6 Conceito de Sistemas de Informações De conformidade com Stair (1998), “um sistema de informação é um tipo especializado de sistema”, podendo ser definido como “uma série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback” ( p. 11). Padoveze (2009), também reconhece que o sistema de informação não é um elemento isolado, é interligado com outros elementos que coletam, manipulam, armazenam e disseminam os dados e informações. 19 O Sistema de controle gerencial é um meio de unir e usar informações para auxiliar e coordenar as decisões de planejamento e controle no gerenciamento de uma organização e para direcionar o comportamento de gerentes e funcionários. Nesse diapasão, percebe-se nas abordagens acima que os Sistemas de Informações não podem ser analisados apenas em termos de tecnologia, sendo necessário considerar também e, principalmente, os recursos humanos envolvidos e a organização como um todo. 1.7 Classificação dos Sistemas de Informações Para O’Brien (2002), os Sistemas de Informações podem ser classificados tendo como parâmetro o tipo de atividade organizacional que eles apóiam: operações ou tomada de decisão gerencial. O mesmo autor complementa: Os Sistemas de Apoio às Operações dividem-se em: Sistemas de Processamento de Transações (processamento de transações); Sistemas de Controle de Processos - controle de processos industriais; e Sistemas Colaborativos - colaboração entre equipes e grupos de trabalho. Os Sistemas de Apoio Gerencial dividem-se em: Sistemas de Informação Gerencial - relatórios padronizados para os gerentes; Sistemas de Apoio à Decisão - apoio interativo à decisão; e Sistemas de Informação Executiva - informações elaboradas especialmente para os executivos (p. 28). 1.8 Modelos de Avaliação de Sistemas de Informações Segundo Stair (1998), o objetivo da avaliação de Sistema de Informação “[...] é determinar se os objetivos alcançados pelo sistema atual estão satisfazendo ou não às metas da organização” (p.312). Em face dessa avaliação há possibilidade de identificar possíveis problemas ou oportunidades ainda não detectadas. Quando é avaliado os Sistemas de Informações podem ser utilizados diversos modelos para atingir tal objetivo. Uma das formas de realizar essa avaliação é levando–se em consideração a qualidade das informações geradas pelo mesmo. É imprescindível determinar qual informação é necessária e a qualidade da mesma quando o Sistema de Informação está sendo avaliado, pois quando da sua 20 implementação é o desejo de que este forneça informações com a qualidade esperada. Há uma infinidade de métodos que pode ser utilizado para avaliação dos Sistemas de Informações. É importante que a escolha do método seja baseada num foco e que a avaliação não esteja centrada apenas no retorno financeiro do investimento em Sistema de Informações, mas também nos benefícios intangíveis que ele pode proporcionar, bem como nas informações que possam ser disponibilizadas. Independente do modelo a ser utilizado para avaliar o Sistema de Informações é fundamental sua realização, pois a empresa precisa saber se o mesmo implantado está ou não atingido os objetivos previamente estabelecidos. Este capítulo teve por objetivo apresentar o entendimento dos “Sistemas de Informação nas Organizações” de forma a proporcionar aos leitores e demais profissionais interessados na questão da importância do mesmo, bem como a apresentação dos principais conceitos que compõem os sistemas de informação. Diante disso, o próximo capítulo abordará Sistemas de Informação Gerenciais. 21 Capítulo 2 - SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Partindo-se do princípio que o sistema de informação de uma empresa ocorre com a necessidade da informação nas organizações, este capítulo está dedicado a sistemas de Informações Gerenciais, que foi criado com a finalidade de agilizar e subsidiar o processo de tomada de decisões, para que os administradores tenham a segurança de escolher dentre as alternativas, a melhor, para manterem-se competitivos no mercado, ele é a maior ferramenta indispensável para tornar a empresa cada vez mais competitiva diante dos desafios do cotidiano no mercado. Segundo Frezatti (2008), “Sistema de Informações Gerenciais, “Consiste na espinha dorsal do controle gerencial. Poder-se-ia dizer que a facilidade atual da disponibilidade das informações geradas pelos sistemas viabilizou uma abordagem mais enfática e agressiva em termos de controle gerencial” (p. 55/56). Nesse diapasão, os sistemas facilitaram o controle gerencial possibilitando um controle mais impetuoso, pois além de fornecer informações contábeis, criam possibilidades de produção de informações gerenciais, que são necessárias ao processo de tomada de decisões internas. A figura abaixo considera as bases de dados que interagem na organização. Contabilidade Fiscal Gerencial Controle Orçamentário Planejamento Orçamento Estratégico Quadro 02: Relacionamento entre a contabilidade e o planejamento. Fonte: FREZATTI, (2008, P. 56). 22 2.1 Impacto do Sistema de Informação Gerencial nas Organizações Com a inserção de novas tecnologias, o sistema de informação gerencial está totalmente ligado aos processos de transformações no ambiente social da organização. Ao mesmo tempo, o mesmo tornou-se imprescindível às organizações, independente da política adotada por cada uma delas. Existe uma grande preocupação com a competitividade e o desempenho perante a concorrência, as cobranças dos clientes também estão presentes, no entanto, muitas empresas têm objetivos internos importantes, como a atualização, a redução de custos, o aproveitamento de recursos e gestão. Nesse contexto, pode-se afirmar que a implantação de sistemas de informação gerenciais traz conseqüências para o trabalho desempenhado, as tarefas, as pessoas envolvidas, afetando nas organizações as formas de produtividade, qualidade dos serviços e produtos de uma organização. 23 Capítulo 03 - CARACTERIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL Levando-se em consideração que uma empresa, ao estar no momento de tomada de decisões, tem que buscar recursos em informações confiáveis e temporais, deverá optar por processos que melhor atendam suas necessidades, e que este dar-se-á via demonstrações financeiras / contábeis. Neste capítulo será apresentado a partir de Padoveze (2009) e Iudícibus (1988), uma visão da contabilidade gerencial, isto de forma a preparar o administrador (enquanto um dos principais geradores de informação para o processo de tomada de decisões estratégicas de uma corporação), dotando-o com informações que possibilitem sua atuação no processo. Conforme afirma Padoveze (1994): “Contabilidade Gerencial não é um existir, mas um fazer. [...] Contabilidade Gerencial é ação, e não técnicas específicas de contabilidade. [...] Não existe Contabilidade Gerencial. Faz-se ou não se faz Contabilidade Gerencial (p. 26). Segundo Iudícibus (1991): “A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferindo a varias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., [...] de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.” O mesmo autor complementa: A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador. Neste particular, considere-se que o modelo decisório do administrador leva em conta cursos de ação futuros; informes sobre situações passadas ou presentes somente serão insumos de valor para o modelo decisório à medida que o passado e o presente sejam estimadores válidos daquilo que poderá acontecer no futuro, em situações comparáveis às já ocorridas (p.15). A contabilidade Gerencial, em seu papel de fundamental importância, está voltada para administração, no que tange a mostrar o que acontecera no passado e o que acontece no presente para que o gestor possa comparar resultados e com base nestes, projetar o futuro da organização. 24 É neste contexto evolutivo, que o Sistema de Informações Gerenciais, quando usado adequadamente, pode representar uma grande vantagem competitiva às empresas. Muitas delas estão se tornando mais eficientes, produtivas e lucrativas com o uso estratégico de informações dos resultados fornecidos através de seus sistemas. Este fato é gerador de economia, pois adéqua à empresa aos novos cenários, impostos tanto pelo governo quanto por clientes ou fornecedores. 25 Capítulo 4 - CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Tão importante quanto a contabilidade financeira, a contabilidade gerencial visa dar suporte a tomada de decisões no ambiente interno. Pode-se afirmar que a Contabilidade Gerencial é uma extensão da Contabilidade Financeira. Dessa forma, em função das diferentes necessidades, consideram que, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial necessitam tomar rumos diferentes. Existem argumentos para se aceitar ou não uma e outra forma de perceber o tema, sendo possível encontrar aqueles que pensam que a Contabilidade ainda possa ser uma única. Na verdade, a separação nos dois grupos decorre do entendimento de que os usuários são diferentes (internos e externos), que apresentam distinções significativas em suas necessidades, perspectivas e expectativas de utilização das informações contábeis. Ambos os grupos pretendem utilizar a Contabilidade como fonte básica no processo decisório, mas, não necessariamente, da mesma forma. 4.1 Contabilidade Financeira O principal objetivo da contabilidade financeira é fornecer informações relevantes para indivíduos e grupos externos a uma organização. A Contabilidade Financeira mesmo que aparentemente tenha os mesmos objetivos da Contabilidade Gerencial, segue algumas normas e conceitos estipulados por órgãos que tem por objetivo padronizar as demonstrações para os diversos usuários que se utilizarão destas informações para tomada de decisão. Para elucidar, os usuários de informações financeiras incluem investidores atuais e potenciais, órgãos fiscais federais, estaduais e municipais e credores. As principais referências conceituais em termos de definição dos objetivos da Contabilidade Financeira provêm dos órgãos reguladores, em especial, International Accounting Standard Board (IASB), em nível mundial, Financial Accounting Standard Board (FASB), no ambiente norte-americano, e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quando se trata do Brasil. Os contadores atendem aos objetivos da contabilidade financeira principalmente por meio da preparação de relatórios financeiros periódicos, como declaração de lucros e perdas, balanço e relatórios de fluxo de caixa. 26 O Quadro 03 abaixo apresenta os objetivos da Contabilidade Financeira segundo cada um desses três órgãos. Fontes IASB (1989) FASB (1980) CVM (1986) Conceito/objetivo sobre Contabilidade Financeira O objetivo das demonstrações contábeis é dar informações sobre a posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma empresa que sejam úteis a um grande número de usuários em suas tomadas de decisão. FASB (1980) A divulgação financeira deve fornecer informações que sejam úteis para investidores e credores atuais e em potencial, bem como para outros usuários que visem à tomada racional de decisões de investimento, crédito e outras semelhantes. Permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Para a consecução desse objetivo, é preciso que as empresas dêem ênfase à evidenciação de todas as informações que permitam não só a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações desse patrimônio, mas, além disso, que possibilitem a realização de inferências sobre o seu futuro. Quadro 03 Fonte: Revista de Cont. Fin. USP São Paulo n. 44 p. 11 - Maio/Agosto 2007 A contabilidade Financeira é parte do sistema que tem como principal objetivo atender às necessidades quanto a informações relevantes à indivíduos e grupos externos da organização, e é orientada pelos princípios geralmente aceitos de Contabilidade. 27 4.2 Contabilidade Gerencial De acordo com Viceconti e Neves (2001). “A Contabilidade Gerencial tem por objetivo fornecer informações extraídas dos dados contábeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de tomada de decisões [...]” (p. 05). Os mesmos autores complementam: Como a Contabilidade Gerencial visa atender às necessidades dos usuários internos da empresa, não é preciso levar em conta de forma rígida os princípios contábeis geralmente aceitos e as informações podem ser fornecidas de molde a atender o interesse dos administradores. A Contabilidade Gerencial também se vale, em suas aplicações, de outros campos de conhecimento não circunscritos à contabilidade (estatística, administração financeira e de produção, análise das demonstrações financeiras, etc.) (p.05). Com relação à Contabilidade Gerencial, algumas referências conceituais podem ser consideradas de acordo com as informações sintetizadas no Quadro 04 abaixo: Comparação de conceituações disponíveis Fontes Anderson, Needles e Cadwell (1989) Louderback et al. (2000) Anthony e Welsch (1981) Conceito/objetivo sobre Contabilidade Gerencial Processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação da informação financeira usada pelos gestores para planejamento, avaliação e controle. A informação financeira possibilita aos gestores, de um lado, o uso apropriado de recursos, de outro lado, a prestação de contas (accountability) decorrente desse uso. Prover informações para dar apoio às necessidades dos gestores internos da organização. Fornecer informações úteis para os gestores, que são pessoas que estão dentro da organização. Hansen e Mowen (1997) Identificar, coletar, mensurar, classificar, e reportar informações que são úteis para os gestores no planejamento, controle e processo decisório. Horngren, Foster e Datar (2000) Medir e reportar as informações financeiras e não-financeiras que ajudam os gestores a tomar decisões, para atingir os objetivos da organização. Horngren, Sundem e Stratton (2004) Processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais. Quadro 04 Fonte: Revista de Cont. Fin. USP São Paulo n. 44 p. 12 - Maio/Agosto 2007 28 Os principais pontos em comum em termos de conceitos/objetivos da Contabilidade Gerencial são demonstrados, conforme o quadro 05 abaixo: Composição do processo As etapas de composição do processo que envolve a Contabilidade Gerencial são assemelhadas, algumas mais abrangentes e detalhadas, mas incluindo identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação das informações. Informações para usuários De um modo genérico e abrangente, a Contabilidade Gerencial produz informações que se destinam aos usuários internos. Especificamente, as informações são direcionadas aos gestores responsáveis pelo processo decisório. Apoio ao processo decisório A descrição das etapas do processo (planejar, avaliar e controlar) convive com termos mais genéricos (dar apoio às necessidades dos gestores ou informações úteis, ou que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais). Conexão com os objetivos da De maneira explícita, pode ser descrita como: [...] auxiliam entidade os gestores a atingir objetivos organizacionais. (HORNGREN et al., 2004, p.4). Quadro 05 Fonte: Rev. Contab. Finanças vol.18 n°.44 São Paulo Mai/Ago. 2007 (Adaptado). 4.3 Contabilidade Financeira Versus Gerencial Ao passo que a Contabilidade financeira está adaptada às exigências fiscais, a contabilidade gerencial está direcionada à gestão da empresa, e ambas têm a sua utilidade e apresentam diferentes características em virtude de seu público-alvo. A contabilidade financeira é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão fora da organização, enquanto a contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores. 29 O Quadro 06 apresenta de forma sintética algumas diferenças entre Contabilidade financeira e gerencial, descritas por Padoveze (1996), Matarazzo (1998), Iudícibus (1998) e Franco (1991). Diferenças entre Contabilidade financeira e gerencial Tópicos Atuação Objetivo Custos Contabilidade financeira Transforma fatos financeiros e econômicos em registros contábeis, cuja fonte são documentos como notas fiscais, extratos bancários, contratos, etc. Preocupa-se com aspectos tributários exigidos pela Legislação, pertinentes a cada ramo de atividade. Apura os custos dos serviços/produtos. Contabilidade gerencial Preocupa-se em como melhor gerenciar as fontes de informações da empresa, envolvendo todos os que participam do processo produtivo Auxilia na gestão dos recursos da empresa. Aloca os custos a fim de compreender a dinâmica dos processos. Controle Concilia contas patrimoniais e de Em termos de controle, incentiva resultado como forma de controle. a performance da empresa. Relatórios Elabora as Demonstrações Transforma números em Financeiras exigidas pela Legislação informações úteis à administração. Restrições nas Segue os princípios contábeis Segue as determinações julgadas Informações geralmente aceitos. importantes pelos administradores. Quadro 06 - Fonte: SELL, 2004 A Contabilidade gerencial produz relatórios segundo as necessidades dos administradores, utilizando-se muitas vezes como fonte de informações os dados existentes nos relatórios gerados pela Contabilidade financeira, dados estes que são transformados em uma linguagem mais concisa e clara para o administrador. O importante é saber analisar e interpretar as demonstrações contábeis para atender às necessidades de respostas dos gestores. Segundo afirma Iudícibus (1988), “a análise de balanços mais aponta problemas a serem investigados do que soluções” (p. 127). Ainda que, as informações econômicas possam ser classificadas de varias formas, os contadores sempre dividem a informação contábil em dois tipos: financeira e gerencial. E para ilustrar as relações entre as contabilidades financeira e gerencial, será demonstrado abaixo o quadro 07 que, segundo Warren et al. (2008): “Entender essas relações ajuda a entender as necessidades informacionais da gerência” (p.02). 30 RELAÇÕES ENTRE A CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL CONTABILIDADE FINANCEIRA Usuários Características CONTABILIDADE GERENCIAL Demonstrações Financeiras Relatórios Gerenciais Usuários Externos e Administração Administração Objetivo Objetivo e subjetivo Preparadas conforme os princípios fundamentais da contabilidade (PFCs) Preparadas de acordo com as necessidades gerenciais Preparadas periodicamente Preparadas periodicamente ou quando necessário Entidade empresarial Entidade empresarial ou segmento Quadro 07 Fonte: WARREN, et. al 2008, p. 03 – (Adaptado). 31 Comparação entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial Fator Contabilidade Financeira Usuários dos relatórios Externos e internos Contabilidade Gerencial Internos Objetivos dos relatórios Facilitar a análise financeira Objetivo especial de facilitar o para as necessidades dos planejamento, controle, avaliação usuários externos. de desempenho e tomada de decisão internamente. Orçamentos, contabilidade por Forma dos relatórios Balanço Patrimonial, responsabilidade, relatórios de Demonstração dos Resultados, Demonstração desempenho, relatórios de custo, das Origens e Aplicação de relatórios especiais não rotineiros Recursos e Demonstração para facilitar a tomada de decisão. das Mutações do Patrimônio Líquido. Freqüência dos Anual, trimestral e Quando necessário pela relatórios ocasionalmente mensal. administração. Custos dos valores Primeiramente históricos Históricos e esperados (previstos). utilizados (passados). Bases de mensuração Moeda Corrente. Várias bases (moeda corrente, usadas para quantificar moeda estrangeira – moeda forte, os dados. medidas físicas, índices etc.). Restrições nas Princípios Contábeis Nenhuma restrição, exceto as informações fornecidas Geralmente Aceitos. determinadas pela administração. Arcabouço teórico e Ciência Contábil Utilização pesada de outras técnico disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional Característica da Deve ser objetiva (sem Deve ser relevante e a tempo, informação fornecida viés), verificável, relevante e podendo ser subjetiva, possuindo a tempo. menos verificabilidade e menos precisão. Perspectiva dos Orientação histórica. Orientada para o futuro, para facilitar o planejamento, controle e relatórios avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), Acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato). Quadro 08 Fonte: PADOVEZE, 2009, (p. 36/37). Nota-se que os componentes da contabilidade financeira e gerencial não são mutuamente exclusivos, isto é, as informações do componente de contabilidade financeira são usadas dentro do componente de contabilidade gerencial e vice e versa. 32 4.4 Evolução e Mudança na Contabilidade Gerencial De conformidade com Padoveze, (2009): O estágio da Contabilidade Gerencial, que abarca todos os estágios evolutivos anteriores, centra-se no processo de criação de valor por meio do uso efetivo dos recursos empresariais. Essa função-objetivo está declarada no Relatório Revisado de Março de 1998, emitido pelo Comitê de Contabilidade Financeiro e Gerencial da Federação Internacional de Contadores (International Federation of Accountants – IFAC), sobre os Conceitos da Contabilidade Gerencial (p. 32). A seguir os principais tópicos relacionados com o tema de geração e criação de valores, uma vez que a contabilidade gerencial é a informação que cria valor. Segundo Padoveze, a Contabilidade Gerencial abarcou valores através de quatro estágios reconhecíveis dentro das organizações, conforme demonstra o quadro 09 abaixo: Estágio Época Foco 1º Antes de 1950 Por volta de 1965 Por volta de 1985 • O foco era na determinação do custo e controle financeiro, através do uso das tecnologias de orçamento e contabilidade de custos; 2º 3º 4º Por volta de 1995 • O foco foi mudado para o fornecimento de informação para o controle e planejamento gerencial, através do uso de tecnologias tais como análise de decisão e contabilidade por responsabilidade; • A atenção foi focada na redução do desperdício de recursos usados nos processos de negócios, através do uso das tecnologias do processo e administração estratégica de custos; • A atenção foi mudada para a geração ou criação de valor através do uso efetivo dos recursos, através do uso de tecnologias tais como exame dos direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista, e inovação organizacional. Quadro 09 Fonte: PADOVEZE, 2009. P. 32 (Adaptado). Nesse contexto, afirma Padoveze que, os estágios da evolução representam adequação para um novo conjunto de condições que as organizações enfrentam, pela aquisição, correção, e adição aos focos e tecnologias empregadas anteriormente. Cada estágio é uma combinação do velho e do novo, ou seja, com o velho sendo reformado para ajustar-se com o novo em combinação a um novo conjunto de condições para o ambiente gerencial. A Contabilidade Gerencial atual refere-se ao produto do processo de evolução abrigando os quatro estágios, conforme prossegue o autor: 33 Nos estágios 3 e 4, ela (a Contabilidade Gerencial) é vista como uma parte integral do processo de gestão, com informações sendo disponibilizadas em tempo real diretamente para administração, e com a distinção entre administração de apoio e linha sendo progressivamente embaçada. O foco do uso dos recursos (incluindo a informação) para criar valor é uma parte integral do processo gerencial nas organizações” (IFAC, parágrafo 19). “Nos estágios 3 e 4, a informação é vista como um recurso organizacional, juntamente com outros recursos organizacionais; o foco, agora, contudo, é na redução das perdas e desperdícios desses recursos (tanto em termos reais como financeiros) e em conservar ou alavancar seu uso na geração ou criação de valor” (IFAC, parágrafo 17). “A Contabilidade Gerencial, como uma parte integral do processo de gestão, adiciona valor distintivamente pela investigação contínua sobre a efetividade da utilização dos recursos pelas organizações – na criação de valor para os acionistas, clientes e outros credores” (IFAC, parágrafo 29) (p. 33). Para ilustração, destaca-se abaixo Figura da Evolução da Contabilidade Gerencial. Estágio 4 3 2 1 Determinação do Custo e Controle Financeiro Informação para Planejamento e Controle Gerencial Redução de Desperdício de Recursos nos Processos do Negócio Criação de Valor Através do Uso Efetivo dos Recursos Até 1950 1960/1970 1980 1990 Monitoramento da Estratégia Foco 2000 Quadro 10 - Evolução da Contabilidade Gerencial Fonte: PADOVEZE (2009, p. 35). 34 No presente, os relatórios financeiros deixaram de serem apenas informativos numéricos, devido à necessidade crescente por informações úteis à administração que pudessem gerar resultados. Isto fez com que o contador percebesse a importância de transformar números em relatórios gerenciais, seja através de simples gráficos desenvolvidos em planilhas auxiliares ou até mesmo em softwares especializados em gestão, tornando a contabilidade gerencial cada vez mais usual no cotidiano das empresas. Segundo Padoveze(2009): O estágio atual da Contabilidade Gerencial está centrado nas atividades e sistemas de informação de monitoramento da estratégia. Complementando o estudo do IFAC de 1998, este estágio também abarca os estágios evolutivos anteriores e dá maior abrangência à ciência contábil e à função de controladoria. Ponto referencial para esta estágio é o trabalho de KAPLAN e NORTON (1997) com o desenvolvimento do modelo de controle de metas estratégicas denominado de Balanced Scorecard. Outro trabalho fundamental para consolidação deste novo estágio, o estágio 5 da evolução da Contabilidade Gerencial, é o estudo nº 9, também do IFAC, “Enhancing Sharehold wealth by Better Managing Business Risk (1999)”, incorporando à Contabilidade Gerencial a função de Gestão de Riscos” (p. 35). A Contabilidade Gerencial existe face uma ação que a faça existir. Uma organização apenas terá Contabilidade Gerencial desde que existam pessoas que consigam traduzir conceitos contábeis em atuação prática. Não existe Contabilidade Gerencial quando não usado as informações Contábeis no processo administrativo, mesmo que se tenha Contabilidade e a informação Contábil. 35 Capítulo 5 - TOMADA DE DECISÕES No mundo moderno, a tomada de decisão com eficácia tornou-se um grande diferencial na organização. As empresas de modo geral, necessitam constantemente de inovação, para não perderem posição no mercado. Destarte, é preciso criar diferenciais e oportunidades, pois hoje no mundo vive-se uma era de mudanças em todas as áreas econômicas, políticas, tecnológicas e sociais. Para as organizações, tomar decisões de forma eficiente e na hora certa significa realizar grandes negócios e estar sempre à frente dos seus concorrentes. Em virtude da complexidade da tomada de decisão, exige-se alto grau de analise, pois a tomada de decisão tem como função traçar o caminho da organização. Para Oliveira (2002): “A tomada de decisão consiste na busca e no caminho a ser perseguido e que seja viável, bem como propicie o melhor resultado final [...] a tomada de decisão é, exatamente, o fim do processo de questionamento que culmina com o direcionamento da ação a ser realizada para eliminação do problema” (p. 146). É através das tomadas de decisões que as organizações procuram alcançar os seus objetivos a curto e longo prazo. De modo geral as organizações têm como objetivo atender às expectativas dos clientes, continuidade, maximização dos lucros e bem-estar social, pois há diversos problemas de ordem gerencial que, somente a tomada de decisão tem como função eliminá-los. Todavia, o gestor necessita ter em mãos informações sobre a real situação da empresa, para decidir com precisão e de forma mais sensata possível. Afirma Oliveira (2002): “O executivo deve sempre lembrar de que o SIG é um sistema projetado para oferecer ao referido executivo, informações seguras para a tomada de decisões sólidas que resultem na concretização dos objetivos previamente estabelecidos” (p. 41). O efeito da tomada de decisão está nas informações que chegam para o gestor, por conseguinte, a organização que detêm de um sistema de informações gerenciais confiável está à frente dos seus concorrentes. 36 Capítulo 6 - ESTUDO DE CASO Conforme comentado acima, a informação para ter valor ela precisa ser desejada e a mesma não pode custar mais do que vale. Em empresas cujo objetivo é o crescimento constante, e que a consciência de viver em um mercado competitivo e em constantes mudanças é real, sabe-se que a informação tem um valor estratégico muito grande, pois é ela que mostrará como os negócios da empresa estão caminhando e se os objetivos por ela traçados não estão apenas sendo alcançados, mas se este tem sido com solidez ou não. Existem dois momentos em que estas informações são necessárias para que o corpo executivo de uma empresa possa tomar decisões: 1. Comparar o passado com o presente, buscando avaliar se a companhia está superando os resultados realizados. 2. Comparar o orçamento com o realizado (O x R – orçado versus real), para saber se a empresa tem alcançado os objetivos traçados. Ambos os momentos requerem que as informações sejam atualizadas constantemente, para que se possa agir de forma rápida e eficiente. As informações indicarão aos Executivos onde deverão ser centralizadas as forças, para que os resultados esperados possam ser reais caso os mesmos não estejam acontecendo. Abaixo, será abordado como uma empresa de Cosméticos, que não tinha um departamento de Controladoria no ano de 2009, teve dificuldade de comparar os resultados no mesmo período em 2010. Serão demonstradas como as informações foram extraídas do Sistema Microsiga, como as mesmas foram trabalhadas e que comparações se fizeram necessárias para avaliação dos resultados da companhia que possibilitassem a tomada de decisão da diretoria. 37 6.1 Extração dos Dados A empresa estudada trabalha com um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil) da TOTVS chamado Microsiga. Os dados desejados são lançamentos contábeis, extraídos através de uma tabela chamada CT2, no menu genéricos no ambiente Contábil. Desta tabela são extraídos os lançamentos efetuados nas contas contábeis de resultados para se apurar os gastos da companhia por período, tais como: impostos, despesas mercadológicas, logísticas, Financeiras e não Financeiras e Diversas. Também são apuradas as Vendas Brutas do mesmo período, conforme demonstra o quadro 11 abaixo: Data do Lançamento Data em que foi efetuado o lançamento contábil da venda ou despesa Tipo do Lançamento Débito, Crédito ou Partida Dobrada Valor Valor da Operação Histórico do Lançamento Centro de Custos Descrição do evento lançado seja ele pagamento de alguma natureza ou venda Numero do departamento onde foi alocada a despesa onde foi efetuada a venda Quadro 11 Fonte: Microsiga Estes dados são transportados do sistema diretamente para uma planilha, onde são conferidos e trabalhados. 38 6.2 Conferência dos Dados Toda informação precisa ser absolutamente exata, pois surpresas boas ou más, não podem fazer parte do vocabulário de quem manipula informações que apoiarão a Diretoria de uma empresa na tomada de decisões, por este motivo, todos os dados precisam ser extremamente examinados e trabalhados antes de serem publicadas análises quanto aos mesmos. Depois de extraídos, os dados são verificados quanto à possibilidade de existência de discrepâncias nos lançamentos contábeis que interfiram nos resultados, tais como: a) Lançamentos indicando dois centros de custos em operações que não sejam partida dobrada; b) A existência de apenas um centro de custo quando a operação realizada foi uma partida dobrada; c) Falta de centro de custo nos lançamentos; e d) Valores debitados ou creditados em linhas erradas. À preocupação quanto ao lançamento dos centros de custos se dá por conta dos mesmos interferirem diretamente nos resultados, pois são responsáveis por alocar tanto as despesas quanto a receita separadamente, seja por Departamento ou por Regionais. Na mesma planilha onde são verificados os dados, é separado o ano e o mês da data de lançamento através de fórmulas no Excel, criando-se a referência de data que identifique o mês e o ano do evento, para que se tenha uma visão macro dos acontecimentos, por exemplo: o lançamento efetuado em 14 de maio de 2010 (14/05/10) será criado à data 201005, o ano vem na frente do mês. A visão macro possibilita a análise e comparação do comportamento das contas contábeis, sejam estas comparações por período ou contra orçamento. 39 6.3 Compilação dos Dados Com os lançamentos contábeis devidamente analisados e verificados, a empresa agrupa os dados em grandes subgrupos que possibilitam a visualização das despesas ou receitas por linhas conforme sua necessidade estratégica. Neste caso não poderíamos usar simplesmente o Demonstrativo do Resultado do Exercício - DRE, pois o mesmo além de trazer algumas informações não necessárias para os tipos de análises pretendidas, trás os resultados em uma estrutura sintética, ou seja, em grandes grupos. Na empresa estudada, em sua estratégia, para analisar os resultados, os Executivos necessitam da abertura das informações de alguns Grupos abertas por subgrupos, que possibilitem a visualização de seus comportamentos e auxiliem os executivos na tomada de decisões quanto os seus resultados. Temos como exemplo o custo Logístico que é um grupo composto por Despesas com Fretes e Serviços Logísticos, que tem grande impacto no negócio da empresa estudada, pois atinge diretamente os custos e o desempenho da empresa. Se fossem demonstrados no DRE, apareceriam como Despesas Operacionais, e não seria possível uma análise do comportamento dos Custos Logísticos, se caso não fossem abertas as contas Fretes e Carretos, onde foram lançados os pagamentos efetuados com fretes, e Serviços Logísticos, onde foram alocadas as despesas pagas com Serviços Logísticos, prestados pelo Operador Logístico. Desta forma, seria necessário demonstrar separadamente o resultado operacional de todas as contas contábeis existentes para que se pudesse juntar estas duas contas e verificar seu comportamento, mas isto não seria viável, dado ao grande numero de contas e suas imensas extensões de lançamentos decorrentes do período. Isto demandaria muito tempo e tornaria improdutiva qualquer análise que se fizesse necessária por conta deste tempo desprendido pelo executivo. Para suprir sua necessidade, a controladoria da empresa estudada criou um DRE Gerencial, com base nos dados contábeis extraídos, que atendesse as necessidades estratégicas da empresa. Neste DRE os grupos foram divididos em subgrupos, de modo a demonstrarem as linhas que mais impactam os resultados. Com isto pretende-se visualizar como estão se comportando os resultados e quais caminhos devem se tomar para o sucesso. 40 Abaixo temos o quadro 12 extraído de uma das planilhas utilizadas para a apuração dos resultados da empresa por período. O mesmo demonstra os resultados do período de Janeiro à Maio de 2010. jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 PEÇAS 1.157 1.521 2.767 1.683 1.781 Vendas Brutas 3.964 4.946 9.342 5.343 5.717 Impostos 338 463 820 462 473 Devoluções / Cancelamentos 132 37 73 78 104 3.494 4.446 8.449 4.803 5.140 358 483 940 572 631 Venda Líquida 3.136 3.964 7.508 4.231 4.509 CMV 1.177 1.501 2.886 1.535 1.628 Margem Bruta 1.960 2.463 4.622 2.696 2.881 Venda Líquida sem Reduções Reduções de Preço 62% 62% 62% 64% 64% Custo Logistico 208 210 379 195 271 Desenvolvimento mercadológico 631 619 747 831 906 Comerciais 357 469 650 392 572 Outras Despesas Não Financeiras 671 636 781 602 701 1.868 1.934 2.557 2.020 2.450 92 529 2.065 675 431 3% 13% 16% 10% TOTAL DAS DESPESAS EBITDA Depreciações e Amortizações 28% 18 18 17 17 17 Despesas financeiras Resultado Não Operacional Lucro Líquido Antes IR/CSLL IR/CSLL 51 3 (11) - 170 1 305 90 148 42 1.904 820 86 2 537 82 78 17 316 288 Lucro Líquido (11) 215 1.084 455 28 11% 1% 0% 5% 14% Quadro 12 Fonte: Microsiga Com pequenas diferenças de um DRE convencional, o DRE adaptado à realidade e as necessidades da empresa, visa mostrar se suas energias, focadas em algumas linhas estratégicas e nos resultados, estão se comportando conforme o esperado. 41 6.4 - Comparação do Orçamento Versus Realizado Orçamento é o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício, ele pode ser: e) Base zero consiste em dar direção ao dinheiro necessário com informações detalhadas sobre risco e retorno. Chama atenção dos gestores para a duplicidade de esforços entre os departamentos e para concentrar-se nas quantias de recursos necessárias para cada um dos programas, e não no aumento ou diminuição em relação ao ano anterior. Procura especificar as prioridades dentro dos departamentos e permiti comparações dentro das linhas organizacionais, possibilitando a auditoria de desempenho. f) Base resultado anterior, visa direcionar as verbas com base nas despesas realizadas no período anterior ao exercício orçado. Seja com base zero, ou com base em resultados anteriores, o plano orçamentário de uma empresa visa projetar o comportamento futuro da mesma. Da mesma forma com que diversas empresas buscam crescimento, a empresa estudada busca um espaço cada vez maior no mercado de cosméticos, ela busca a cada dia aumentar sua participação neste mercado tão competitivo, desafiador e inovador, que muda tão rapidamente a todo instante e exige rápidas ações de seus Executivos, e isto é possível graças às informações Gerenciais Contábeis, que demonstram os resultados da empresa, possibilitando ação direta no problema. Neste tópico serão comparados com o realizado, os resultados e as despesas esperadas no orçamento, por período, através do DRE Gerencial adotado pela Controladoria, que trará o % (porcentual) de desvio do orçado contra o realizado. Estas informações demonstram como os resultados da empresa estão se comportando, comparados ao plano orçamentário confeccionado para o período. Isto trará ao Executivo, condições para Tomada de Decisões, sejam elas corretivas ou de melhorias. 42 6.5 Desempenho Mensal No quadro 13 abaixo será comparado os resultados do desempenho mensal, relativos ao mês de maio de 2010, comparando-se o orçamento para o mesmo período, ou seja, o que se esperava de resultados. mai/10 Orçado Real ∆% Peças 1.904 1.781 -6% Vendas Brutas 6.936 5.717 -18% 640 62 473 104 -26% 67% 6.234 5.140 -18% 620 70 13 586 44 - -5% -37% -100% 5.531 2.059 3.472 4.509 1.628 2.881 -18% -21% -17% Impostos Devoluções / Cancelamentos Venda Líquida s/ Reduções de Preço Descontos Bonificações PDD Gerencial Venda Líquida CMV Margem % Custo Logistico Desenvolvimento mercadológico Comerciais Outras Despesas Não Financeiras TOTAL DAS DESPESAS EBITDA 63% 288 906 508 807 2.509 962 % 64% 271 906 572 701 2.450 431 -6% 0% 13% -13% -2% -55% Despesas financeiras Res. Não Operacional 17% 15 141 - 10% 17 116 17 14% -18% N/A Lucro Antes IR/CSLL 806 316 -61% IR/CSLL 274 288 5% Lucro Líquido 532 28 -95% 10% 1% Depreciações e Amortizações % Quatro 13 Fonte: Microsiga 43 No quadro acima se observa que as vendas foram 18% abaixo do Plano orçamentário previsto para o período. Esta situação exige que sejam tomadas providencias quanto às vendas, pois a receita prevista para este mês não aconteceu, e isto é preocupante para uma empresa que busca crescimento. Foram verificados que o volume de Devoluções foi muito acima do esperado para o mês e que são necessárias ações imediatas que levem a causa destas, sejam estas produtos danificados, demora de entregas ou qualquer outra situação que gere esta devolução. As provisões de Acordos Comerciais impulsionaram em 13% as Despesas Comerciais orçadas para o período, ou seja, conforme comentado anteriormente, a empresa criou subgrupos compostos por algumas contas contábeis com o objetivo de gerar informações que viessem de encontro com a realidade e necessidade da mesma, pois bem, os Acordos Comerciais compõem o subgrupo de Despesas Comerciais e estes contribuíram para que a Despesa Comercial fosse 13% maior que o orçado para o período, isto é preocupante, pois se está fazendo mais ações para vender e o resultado esperado com menos ações estão 18% abaixo do esperado para o período. Observa-se que o EBITDA - EARNINGS BEFORE INTEREST, TAXES, DEPRECIATION AND AMORTIZATION (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), apresenta GAP de R$ 531.000, 55% abaixo do plano orçamentário para o período, isto devido o resultado das vendas que não aconteceu e o estouro de algumas linhas das despesas. O Custo Logístico está em linha com resultado, pois mesmo estando abaixo do orçado, ele tem que refletir o resultado das vendas, pois os Fretes e os Serviços Logísticos têm como base de cálculo o mesmo. O Desenvolvimento Mercadológico ficou exatamente em linha com o orçado. Este não sofre pressão do resultado das vendas, mas preocupa, pois se investiu o que esperava, mas o resultado da receita foi muito aquém do previsto, e isto leva os Executivos da empresa questionar se os caminhos traçados para o alcance das metas de vendas são mesmos eficazes e se não existe outros a serem percorridos. 44 6.6 Desempenho Acumulado no Ano Assim como no quadro de desempenho mensal, serão demonstrados os resultados acumulados do ano no quadro 14 abaixo. Acumulado 5m10 Orçado Real ∆% Peças Vendas Brutas Impostos Devoluções / Cancelamentos Venda Líquida s/ Reduções de Preço Descontos Bonificações PDD Gerencial Venda Líquida CMV Margem % Custo Logistico Desenvolvimento mercadológico Comerciais Outras Despesas Não Financeiras TOTAL DAS DESPESAS EBITDA 9.505 8.907 -6% 33.331 29.312 -12% 3.168 298 2.556 424 -19% 42% 29.865 26.332 -12% 3.321 334 65 2.717 266 - -18% -20% -100% 26.144 10.018 16.126 23.348 8.727 14.621 -11% -13% -9% 62% 1.348 4.168 2.363 3.909 11.788 4.338 % Depreciações e Amortizações Despesas financeiras Res. Não Operacional 17% 72 788 - 63% 1.263 3.735 2.440 3.390 10.828 3.793 16% 86 721 65 -6% -10% 3% -13% -8% -13% 20% -9% N/A Lucro Antes IR/CSLL 3.478 3.051 -12% IR/CSLL 1.183 1.280 8% Lucro Líquido 2.295 1.771 -23% % 9% 8% Quadro 14 Fonte: Microsiga 45 No acumulado do ano até o mês de maio de 2010, as vendas Líquidas apresentaram GAP de R$ 2.800.000, que representam o total de 11% a menos do orçado para o período. As devoluções apresentam resultado 42% maior que o orçado, sinalizando que não é apenas um evento isolado em um período, mas uma situação reincidente que deve ser tratada o mais rápida possível. Observa-se que as Despesas comerciais estão pouco acima do orçado no acumulado do ano, 3% contra 13% do período, isto se deu por conta do reflexo do tratamento dos acordos comerciais efetuados no mês de maio de 2010 que não eram feitos nos períodos anteriores e que começaram a ser feitas devido à necessidade de se alocar a despesa em seu mês de competência. EBITDA - EARNINGS BEFORE INTEREST, TAXES, DEPRECIATION AND AMORTIZATION (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), 13% abaixo do orçado devido o não alcance das metas das vendas, pois no geral, as despesas estão abaixo do orçado e em linha com o resultado de vendas, sendo o grande ofensor a não realização dos resultados orçados para o período. Desenvolvimento Mercadológico abaixo do plano, mas comprometido por ações de mídia que exigiram a equalização de orçamento, ou seja, transferência de verbas orçadas para algumas despesas para onde não se foi orçado, com isso o lucro antes do imposto ficou 12% abaixo do orçado, totalizando um GAP de R$524.000,00. 46 6.7 Comparação do Período Anterior Versus Período Atual O primeiro ponto que se deve avaliar na saúde financeira de qualquer empresa é a diferença entre suas receitas e despesas, isto é, o lucro. Quanto maior a margem de lucro, em tese, melhor é a situação da companhia. É importante analisar a organização do ponto de vista histórico, para entender se o desempenho está melhorando ou piorando em termos de margens de lucro e receitas. Então, depois de estudar o passado, é hora de tentar projetar o futuro. Qualquer caminho é bom para quem não sabe onde quer ir, para quem pensa assim, não importa a direção que esta soprando o vento. Manter-se em um mercado competitivo, com grandes mudanças acontecendo a todo instante, seria impossível se não soubesse de onde se está vindo ou para onde pretende ir. Tomar ações corretivas e assertivas no presente que possibilitem o crescimento com solidez de uma empresa requer muito esforço e principalmente, foco naquilo que se pretende alcançar, como buscar algo que não se sabe ao certo o que é? Para saber se a empresa esta percorrendo o caminho certo do crescimento é fundamental que se saiba como a mesma se comportou no passado para que se possam comparar os períodos e, com isto, analisar os resultados. Neste capitulo será abordado comparações feitas com os resultados do exercício 2009 versus 2010. Esta comparação é necessária para que se saiba de onde se está vindo e para onde se pretende ir. Os dados contábeis que, outrora transformados em informações gerenciais serviram de base para tomada de decisão do executivo, hoje se tornaram referência para avaliar o presente. Com base neste histórico é possível saber o quanto a empresa tem alcançado de resultado. 47 6.8 Comparativo Mensal No quadro 15 abaixo serão demonstrados os resultados alcançados no mês de maio de 2009 e comparados aos resultados do mesmo mês de 2010. mai-09 Mai mai-10 ∆% Peças 1.162 1.781 53% Vendas Brutas 4.504 5.717 27% 442 46 473 104 7% 126% 4.016 5.140 28% 347 62 9 586 44 - 69% -28% -100% 3.599 1.504 2.095 4.509 1.628 2.881 25% 8% 38% 58% 238 519 319 756 64% 271 906 572 701 14% 75% 79% -7% 1.832 263 2.450 431 34% 64% Despesas financeiras Res. Não Operacional 7% 14 117 1 10% 17 116 17 19% -1% N/A Lucro Antes IR/CSLL 133 316 136% 25 288 N/A 108 28 -75% 3% 1% Impostos Devoluções / Cancelamentos Venda Líquida s/ Reduções de Preço Descontos Bonificações PDD Gerencial Venda Líquida CMV Margem % Custo Logistico Desenvolvimento mercadológico Comerciais Outras Despesas Não Financeiras TOTAL DAS DESPESAS EBITDA % Depreciações e Amortizações IR/CSLL Lucro Líquido % Quadro 15 Fonte: Microsiga 48 Diferente do apresentado no comparativo entre orçado versus realizado, que trouxeram resultado 18% abaixo do esperado, as Vendas no ano de 2010 cresceram 27% comparadas ao ano de 2009. As Devoluções foram 126% maiores que o período anterior, mantendo a preocupação com este tema, pois medidas precisam ser tomadas para se descobrir as causas destas devoluções e ações devem ser implantadas, com o objetivo de reduzir as mesmas. O EBITDA - EARNINGS BEFORE INTEREST, TAXES, DEPRECIATION AND AMORTIZATION (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ficou 64% maior que o apresentado em 2009, reflexo do aumento nas vendas no período comparado. Mesmo este número sendo maior que o comparado com o mesmo período anterior, ainda é preocupante o resultado da companhia, pois mostra que a empresa ainda não encontrou o caminho que deve levá-la ao crescimento esperado. Despesas 34% acima do período anterior. Este fato se deu devido problemas de alocação na competência das despesas com acordos comerciais e o aumento do investimento mercadológico. Lucro antes dos impostos 136% maior que maio de 2009. Isto devido à redução no custo da mercadoria na fábrica. Lucro líquido abaixo do apresentado no ano anterior devido às provisões com imposto de renda que outrora não eram feitas e que somente era contabilizado no final do ano, trazendo grande impacto no resultado do mês em que era reconhecida a despesa. 49 6.9 Comparativo Mensal No quadro 16 abaixo serão demonstrados a soma dos resultados alcançados até o mês de maio de 2009 e comparados aos resultados somados ao mesmo período de 2010. Acumulado 5m09 5m10 ∆ % Peças Vendas Brutas Impostos Devoluções / Cancelamentos Venda Líquida s/ Reduções de Preço 7.219 8.907 23% 24.419 29.312 20% 2.304 225 2.556 424 11% 89% 21.891 26.332 20% 1.737 417 9 Descontos Bonificações PDD Gerencial Venda Líquida 19.728 8.615 11.113 CMV Margem % Custo Logistico Desenvolvimento mercadológico Comerciais Outras Despesas Não Financeiras TOTAL DAS DESPESAS EBITDA 56% 1.107 1.102 1.813 4.123 8.146 2.967 % Depreciações e Amortizações Despesas financeiras Res. Não Operacional Lucro Antes IR/CSLL IR/CSLL Lucro Líquido % 15% 56 789 2 2.717 56% 266 -36% - -100% 23.348 8.727 14.621 63% 1.263 3.735 2.440 3.390 10.828 3.793 18% 1% 32% 14% N/A 35% -18% 33% 28% 16% 86 55% 721 -9% 65 N/A 2.124 3.051 44% 692 1.280 85% 1.432 1.771 24% 7% 8% Quadro 16 Fonte: Microsiga 50 Analisando o quadro acima, pode-se observar aumento nas vendas de 20% comparado à soma dos cinco meses de 2009, entretanto, o GAP que o resultado apresenta, coloca em risco o plano de crescimento que a companhia projetou para o ano de 2010. Descontos 56% acima do resultado são maiores que o crescimento de 20% nas vendas. Este resultado demonstra que em 2010 a política de descontos para se vender foi mais agressiva do que em 2009. O custo logístico ficou 14% acima em 2010. O resultado demonstra que houve uma boa negociação com fretes e operador logístico, pois o crescimento com o custo logístico ficou abaixo do crescimento nas vendas, que tem impacto direto nesta linha de despesa, pois quanto mais se vende mais se entrega. O desenvolvimento mercadológico foi muito maior em 2010 do que em 2009. Este investimento é justificável quando uma empresa pretende crescer acima do esperado para o setor, pois os esforços focados no aumento da participação no mercado requerem grandes investimentos. As despesas comerciais subiram 35% em relação ao período anterior. Não apenas investimentos mercadológicos ou descontos sofreram pressão para seu aumento comparado ao resultado do período anterior, mas também as despesas que compõem o grupo de despesas comerciais. Margens superiores ao ano de 2009. Este crescimento nas margens já era esperado, pois houve redução no custo da mercadoria. EBITDA - EARNINGS BEFORE INTEREST TAXES, DEPRECIATION AND AMORTIZATION (LUCROS ANTES DE JUROS, IMPOSTOS, DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO) apresentado em 2010 alavancado pelo crescimento nas margens brutas. Lucro líquido de 2010 ficou 24% acima do de 2009. Este é um ponto interessante a se analisar, pois mesmo com a alocação dos gastos nos meses de competência por provisões, o lucro líquido apresentou crescimento, isto é, a empresa continua rentável. 51 Capítulo 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Por conseguinte, a partir do que foi exposto no presente trabalho, bem como na oportunidade obtida para adquirir mais conhecimentos diante da pesquisa bibliográfica realizada, permitiu-se um refinamento no tocante ao tema proposto, e, em particular, ofereceu um referencial como base para o desenvolvimento e compreensão na utilização de um sistema de informação gerencial no ambiente de uma organização. Contudo, fica evidente que o propósito básico da informação é o de habilitar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, logo, as informações podem decidir o futuro da organização. O surgimento de novas oportunidades de negócios, aliados á necessidade de respostas rápidas e se possível antecipada às perguntas dos usuários, faz com que as empresas necessitem de sistemas de informação gerencial que auxiliem no processo decisório, gerando informações rápidas e precisas que sirvam como base para a tomada de decisões. Isto vem corroborar que, com o surgimento de novas tecnologias, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de geração de informações confiáveis para a tomada de decisão e o mais importante para o contador ou administrador gerencial da empresa (controller) não é saber calcular, mas interpretar indicadores e elaborar relatórios com os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro da empresa, visando propor alternativas de curso futuro. Na corrida para atender às demandas do mercado, nos cenários da era da informação, as empresas buscam soluções que as diferenciem aumentando a sua competitividade. Com isso, pode-se afirmar que o sistema de informação gerencial possibilita fazer um acompanhamento das rotinas econômico-financeiras, proporcionando uma visão segura da organização e uma melhor alocação de investimentos, constituindo um grande diferencial para a empresa. Nesse contexto, conclui-se que as organizações que desejarem assegurar ou melhorar sua posição no mercado, terão que se adequar constantemente aos movimentos crescentes, no ambiente de negócio e das alterações sofridas com seus concorrentes, clientes, fornecedores e colaboradores, sem deixar de considerar o ambiente físico em que a organização está inserida. 52 Diante de todo o exposto, pode-se afirmar que a Controladoria tem um papel de valiosa importância dentro das organizações, gerando informações confiáveis, supervisionando os setores de contabilidade, finanças, administração, informática e recursos humanos, contribuindo à tomada de decisões, e principalmente, o monitoramento constantemente às mudanças tecnológicas, de mercado, de sistemas de gestão, apontando os melhores caminhos a serem seguidos pelas empresas. 53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEUREN, Ilse Maria; MARTINS, Luciano Waltrick. Sistema de Informações Executivas: Suas Características e Reflexões sobre sua Aplicação no Processo de Gestão - Revista Contabilidade & Finanças FIPECAFI - FEA - USP, São Paulo, FIPECAFI, v.15, n. 26, p. 6 - 24, maio/agosto 2001 FREZATTI, Fábio; AGUIAR, Andson Braga de; GUERREIRO, Reinaldo. Diferenciações entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: uma pesquisa empírica a partir de pesquisadores de vários países1, 2 e 3. Rev. Cont. Financeira. USP- São Paulo n. 44 p. 9 - 22 • Maio/Agosto 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcf/v18n44/a02v1844.pdf - acesso em: 22/08/2010. FREZATTI, Fábio. Orçamento Empresarial: Planejamento e controle gerencial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. HORNGREN, C. T. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Prentice Hall, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1988. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1991. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. 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