Questão 16 CURSO E COLÉGIO Após a queda da monarquia, a República tentou ligar-se à memória da abolição. Seu principal argumento era a recusa do Exército em capturar os escravos fugidos. Reivindicava-se, assim, o reconhecimento dos republicanos militares como atores da abolição e redentores da pátria livre. Nas comemorações oficiais da abolição, o 13 de maio e o 15 de novembro eram apresentados como datas complementares de um mesmo processo de modernização do país, abrindo as portas do Brasil ao progresso e à civilização. De modo complementar, ligava-se o sistema monárquico à escravidão e ao atraso do país. (Adaptado de Robert Daibert Jr., “Guerra de Versões”. Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, jun. 2008. http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/guerra-de-versoes. Acessado em 30/09/2012.) a) Explique por que o regime republicano associou a monarquia à escravidão. b) Como a questão militar contribuiu para o fim do Império do Brasil? Resposta: CURSO E COLÉGIO A) Segundo o texto, o regime republicano associou a monarquia à escravidão como forma de desqualificar o regime anterior, associando-o ao “atraso do país”. Para os republicanos era imprescíndivel criar e legitimar uma memória do novo regime, associado ao “processo de modernização” que abriria ao Brasil as portas do “progresso”, “civilização”. B) A chamada “questão militar” refere-se a um conjunto de episódios conflituosos entre militares e os políticos do império. Tais atritos multiplicaram-se a partir da Guerra do Paraguai e ganharam contornos de nítida insubordinação na década de 1880, quando o exército declarou que não capturaria mais escravos fugidos. Assim, ao longo da última década do Império, os militares foram retirando gradativamente o apoio ao regime monárquico, aliando-se a outros grupos de políticos, efetivando o golpe republicano em 15 de novembro de 1889 e contribuindo decisivamente para a consolidação do novo regime.