Revisão da Anistia ou a Paz Social? Gerhard Erich Boehme [email protected] [email protected] Resumo: O texto abaixo, embora longo, visa o debate e traz questões importantes, apresenta os principais erros do militares durante o nosso último período de exceção, mostra o que a revolução de 31 de março de 1964 foi na realidade uma contra-revolução e que o cenário era de instabilidade política onde prevalecia, tal qual ocorre hoje, a oclocracia e a corrupção endêmica, mas isso em uma época sem a velocidade das informações e com instituições enfraquecidas, onde os militares atuaram exemplarmente, não deixando que houvesse o confronto entre os grupos de direita e os grupos de esquerda insurgentes. No texto apresento também o embuste da propalada luta pela democracia pelas esquerdas, que na realidade eram financiadas pesadamente por países estrangeiros, diretamente ou via Cuba de Fidel Alejandro Castro Ruz, e desejavam transformar o Brasil em um país afastado de sua soberania, não apenas econômica, mas também política. E apresento ainda uma questão que as esquerdas omitem, e o fazem propositadamente, com cinismo, hipocrisia e má fé, para que possam se afastar do debate e do entendimento que o Brasil ficou, em 1967, em uma encruzilhada, ou endureceria ou promovia a abertura e permitiria a subjugação do Brasil e dos que aqui residem. Outra questão fundamental é entendermos o regime militar, como um regime de exceção, mas dentro de uma realidade, nunca a atual, mas da época, em que o mundo estava polarizado, dividido, com países divididos, em graves conflitos, com perdas significativas de sua população devido esta luta ideológica irracional, muitos dos quais ainda hoje não superaram suas mazelas. Do texto podemos extrair quatro certezas. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Quatro certezas em debate: 1. Os militares impediram que o Brasil se tornasse campo de lutas e possivelmente um país dividido, felizmente prevaleceu a liberdade, a qual podemos desfrutar hoje, com todas as suas limitações, em especial no que se refere a liberdade econômica, seja devido a excessiva intervenção do Estado brasileiro no mercado, seja devido ao clientelismo político que hoje transforma os brasileiros em reféns de uma Nomenklatura formada por sindicalistas e terroristas, ou melhor, os transforma em escravos, 40% escravos, inclusive com um dia especialmente dedicado, e de forma compulsória, aos sindicalistas. 2. os militares, ou melhor, durante o regime militar foram cometidos inúmeros erros e excessos, mas depois tivemos a década perdida, a década desperdiçada e atualmente vivemos a década da mentira e não debatemos estas questões. Ainda ouvimos dos idiotas: Abaixo a ditadura! Idiotas que não sabem refletir sobre o que ocorreu quando o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa colocou a faixa presidencial ou o dono da consciência dos brasileiros seja atualmente seu principal beneficiário, com direito a filme com mentiras e tudo. O Brasil se caracteriza por procrastinar seus problemas, seus entraves, e se afastar do mérito como parâmetro de avaliação individual, prevalecendo o clientelismo político, com seu capitalismo republicano de comparsas e seu socialismo de privilegiados. 3. a anistia deve ser ampla, geral e irrestrita e não se deve ser revisada e muito menos, com base no que possa ter ocorrido durante o regime de exceção, criar privilégios para alguns brasileiros que não possam ser estendidos aos demais, ainda mais para pessoas que cometerem graves crimes, que almejavam retirar do Brasil sua soberania e subjugar brasileiros a uma ideologia que se mostrou fracassada e que causou milhões de mortes em todo o mundo. 4. que o atual Ministro da Justiça deve ser destituído, dada sua incompetência e ter administrado a pasta não em benefício dos brasileiros, da justiça, mas promovendo o socialismo de privilegiados, a injustiça, principalmente pelo fato de nada ter feito para retirar mais da metade dos brasileiros do mercado informal de trabalho, da criminalidade, da... "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Debatendo a revisão da anistia. Com tanto a ser feito, somente idiotas procuram administrar o Brasil pelo espelho retrovisor. Ou como bem nos escreveu o Roberto (de Oliveira) Campos, navegar ou voar com a lanterna na popa. A anistia veio para nos dar a paz social, os militares cumpriram sua parte, assim entendo eu, cometeram erros e excessos, seguramente, mas quem não os comete quando a gestão de governo se afasta da fiel observação do Princípio da Subsidiariedade, como ocorre também atualmente no Brasil. Acaso estão jogando com má fé? Seria mais um golpe para levar incautos para as bandas de uma candidata à presidência, que afrontando a legislação em vigor já está no palanque e nos comícios desde 2007, uma notória ex-terrorista, uma candidata despreparada, que segue com embuste do atual ocupante do Palácio do Planalto? E isso com a agravante de também mentir sobre seus títulos universitários. http://www.youtube.com/watch?v=AZLeZtIC0NE Uma candidata que segue um projeto de tomada do poder, que toma parte de um partido, que quer se "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) confundir com o governo ou pior, com o Estado, que promove indiscriminadamente a emPTização e o nePTismo. Já comemoramos os 30 anos da anistia política, ampla, irrestrita e recíproca, fruto de compromisso democrático. É mais do que uma geração, mas ainda temos aqueles que querem reescrever a história e fazer a “sua justiça”, pois se a verdadeira justiça fosse feita, muitos anistiados, a grande maioria, deveria, no seu retorno ao Brasil, ter ido direto para o banco dos réus, para a tutela do judiciário, para responder pelos seus crimes, pois em nada foram melhores do que pretensamente apontam aos militares que hoje ofendem, eram torturadores, sequestradores, assassinos, assaltantes, conspiradores, etc.. Faziam parte da escória da humanidade e alguém deve dizer isso a eles. Mas foram perdoados. Tivemos a anistia, portanto página morta. Muitos tiveram a hombridade de mudar o seu trajeto de vida, privilegiando a liberdade, o direito à propriedade e a vida. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O último presidente do regime militar encerrou mais um ciclo de exceção, ciclo este que não foi o pior que tivemos em nossa história. Pensam que estou me referindo ao Estado novo? Ledo engano, cito o período mais negro e violento da história brasileira, com o maior número de mortos, desaparecidos e pessoas torturadas. Tivéssemos ainda vivo um Duque de Caxias não teríamos tido a quartelada que muitos chamam hoje de “Proclamação da República”. É a nossa vergonha nacional, com direito a feriado e tudo. E o que é pior, agora temos partidos que se denominam de republicanos, mas ... O último presidente militar cumpriu seu papel entregando o país em ordem e progresso, sufocados os movimentos armados que promoviam assaltos a bancos, sequestros de diplomatas, assassinato de empresários e militares estrangeiros. Entregou também um país com elevadas dívidas, hoje multiplicadas ... "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Com a anistia, a maior parte desses jovens pôde se reincorporar a vida nacional. E vários ocupam cargos no Legislativo e no Executivo, certamente convertidos aos ideais democráticos. O grande embuste que cerca a questão da luta contra o regime surgido do movimento cívicomilitar de 64 se refere justamente à diferença entre os liberais que defendiam o Estado de Direito, a democracia - e não a oclocracia que caracterizava os anos de 1961 a 1964 e o Brasil após 2003 - no Congresso Nacional, e os que optaram por pegar em armas, tanto os de esquerda, quanto de direita. E não o fizeram para restabelecer a plenitude democrática, mas sim, para impor ao País um regime de esquerda totalitário e moldado no modelo cubano, de Fidel Alejandro Castro Ruz, com sua diáspora, suas deportações, prisões políticas e seus paredóns. E os de direita para manter o staus quo. Perdiam os liberais. Alguns políticos, como o que foi o secretário de Estado em São Paulo e ministro de mais de uma pasta no governo Fernando Henrique, deputado federal Aloísio Nunes Ferreira, nunca foram pela simples volta da democracia. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Ele participou de atos de violência, viveu em Paris e em Cuba, sendo públicas suas boas relações com Fidel Alejandro Castro Ruz. Hoje, está reintegrado à vida política, certamente amadurecido, atendido pela anistia denominados que, generosamente, "crimes de incluiu sangue". Já os Franco Montoro, Tancredo Neves, Miro Teixeira, José Aparecido de Oliveira e Paulo Brossard, entre outros, lutaram pela abertura e a redemocratização que o General João Baptista Figueiredo prometeu e cumpriu. O correto Universidade professor Federal Daniel Aarão Fluminense, foi Reis, da ativista radical e declarou, em entrevista publicada em 2001, que as organizações de esquerda queriam mesmo implantar uma ditadura revolucionária. O mesmo foi dito por muitos outros, como o fez agora o Dr. César de Queiroz Benjamin, quando nos conta sobre as preferências sexuais do atual ocupante. Recomendo que leia: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cesa r-benjamin-explica-por-que-agora/ "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O veterano e respeitado deputado Miro Teixeira, que votou a anistia, declarou que "no ambiente político da época, ficou claro que todos estavam anistiados. Era isso ou nada". No que toca ao Araguaia, os 70 jovens eram do PCdoB, na ocasião o mais radical partido comunista do País, financiado com recursos exóticos. Estavam armados e sabiam dos riscos a que estavam expostos. Buscaram e encontraram o enfrentamento militar, devemos sim lamentar o sofrimento das famílias. Ali, os militares cumpriram, com heroísmo e perdas, o dever de defesa do Brasil. Não fossem eles, teríamos um enclave terrorista semelhante ao que infelicita a Colômbia há décadas, com alto custo de vidas e despesas militares. Se eram de um partido comunista, não podiam ser democratas. Foi feita uma anistia de alto nível e não devemos deixar prosperar a onda de ódios e ressentimentos que, na verdade, deseja enfraquecer o alto conceito que nossos militares gozam junto à população brasileira. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Querem afastar os militares, colocá-los na defensiva, alvo de toda sorte de mentiras, pois há um grupo que quer fazer agora o que não conseguiu antes, sem dar nem receber um tiro. Sonham com um novo regime – não mais cubano, que está esclerosado e é indefensável, como seu líder: Fidel Alejandro Castro Ruz. Mas a novidade caricata, criada pelo tirano e demagogo Tenentecoronel Hugo Rafael Chávez Frías, na Venezuela, os encanta. Contam para isso com o Foro San Pablo e seu efeito dominó sobre a América Latina, hoje cooptando também ao Uruguai e felizmente sem o sucesso que esperavam em Honduras. Os militares daquela época estão na reserva ou morreram. Não podemos permitir que seus nomes sejam citados de maneira negativa, pois foram impecáveis no cumprimento do dever. E suas famílias nunca tentaram buscar, em suas pensões, modestas por sinal, qualquer "adicional" por terem estado na mira dos terroristas, como os que morreram neste combate. Anexo estou lhes repassando o texto “A Revolução de 31 de Marco de 1964” do General de Divisão Ulisses Perazzo Lanne. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Trata-se do resumo da palestra alusiva à Revolução de 31 de Março de 1964 proferida pelo General Lannes, no Salão Nobre do Clube Militar, para uma seleta platéia de 320 pessoas, constituída de autoridades militares e civis, estudantes e convidados. Ao final, diante da excelência da apresentação, o General Lannes foi demoradamente aplaudido, de pé, por todos os assistentes. O texto foi publicado na Revista do Clube e que foi distribuído no mês das comemorações do dia 31 de março de 2009. É um texto histórico, que retrata uma época que trouxe importantes mudanças para o Brasil, mas que também produziu suas sequelas, as quais pelo que se observa ainda hoje, não foram fechadas, de um lado existe um anseio pelo revisionismo, inclusive com propostas desonestas de se reescrever a nossa história, alterando fatos e desconsiderando evidências, indo ao limite de, até mesmo, falsearem fatos e a consciência dos mais antigos, para embasar uma ideologia que alimentou as maiores tragédias que a humanidade já produziu. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Tragédias que o polêmico Olavo de Carvalho (www.olavodecarvalho.org/semana/1964.htm) e tantos outros colunistas, jornalistas e historiadores, estes não subvencionados por verbas federais ou por pressão se esforçam para os brasileiros não venham a esquecer ou ignorar. Falhas no texto O texto omite ou desconsidera a mudança havida na trajetória da Revolução de 31 de Março, esta que teve um “breakpoint”, sendo identificadas por historiadores e jornalistas, como o marco da mudança, duas datas significativas, o dia 19 de março de 1967, domingo, com o discurso com que o presidente Castelo Branco se despediu do País em reunião ministerial — a última reunião de seu governo, que terminou no dia 15 de março (de 1967) quando se encerrou a fase dir-se-ia risonha do processo contra-revolucionário brasileiro. Os aplausos múltiplos endereçados ao Marechal Costa e Silva e o silêncio que cercou a saída do Marechal Castelo Branco traduziam a esperança de largas camadas da população em que dias melhores viriam. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Mas a esperança não pode ser confundida com a realidade dos fatos, nem os aplausos tomados como determinantes de uma conduta governamental. É que, embora a esperança e os aplausos tenham dado o conteúdo humano à pompa e circunstância que cercaram a posse do Marechal-Presidente, pairava no ar uma angústia indefinida e indefinível. O que de fato ocorria, se decidiu editar o Ato Institucional nº 5. Neste cenário Castelo Branco assegurou que se fizesse uma nova Constituição (que entrou em vigor no dia em que transmitiu o poder a Costa e Silva). Essa Constituição foi elaborada pelo Congresso sem qualquer pressão do Executivo; diria mesmo que até desafiando, em alguns de seus artigos aprovados (os que definiam as garantias e direitos individuais), o pensamento de muitos dos que cercavam o presidente no Planalto. Cenário mundial Hoje vejo uma infinidade de pessoas, seguramente imaturas, interpretando o Regime militar sob a realidade atual. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A questão é que vivíamos, embora eu era ainda criança naquela época e vivia em uma família que esta luta ideológica dividia e retirava a liberdade, e muitas vezes a vida, dos que ficaram detrás do muro, em um mundo polarizado, sabia-se que em termos mundiais se travava então uma contraofensiva, posta em prática com múltiplas frentes pelos governos da União Soviética, da China e da Albânia, quando se intensificaram as ações terroristas e desestabilizadoras levadas a termo, principalmente com vastos recursos disponibilizados por estes países a grupos que atuavam no Brasil. A esta contra-ofensiva, muitos países da América Latina, liderados pelo Brasil, principalmente pela liderança que o nosso país conquistou no Império e manteve até recentemente em razão de sua história e de seu tamanho, contando com o apoio de países como os Estados Unidos, que de certa forma temiam também na América Latina se desenvolvessem movimentos guerrilheiros similares aos que ocorriam no Sudeste Asiático. A radicalização ou a necessidade de se por em prática um pulso forte se deu, no meu entender, devido ao fato do Brasil e outros países da América Latina serem alvo da disputa entre os dois grandes blocos em confronto latente. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) E isso no período em que o império soviético ainda se mantinha forte graças à exploração de seus satélites e a sua tecnologia, que ainda podia ser disputada com os Estado Unidos. "Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza) Vejo que tais fatos são de certa forma desconsiderados, em especial pela esquerda que desta forma sustenta que a Contra-Revolução de 31 de Março foi uma ação única, desconsiderando todos os fatos que ocorreram entre 1961 e 1964, de como a sociedade brasileira estava sendo manipulada por forças políticas que tinham o objetivo de tomar o poder e submeter o Brasil ao controle soviético. Assim como as forças de direita que se articulavam e se armavam. Hoje as esquerdas posam como hipócritas ou vítimas, ou os dois. Queriam era colocar o Brasil em órbita da União Soviética. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Desconsideram as duas ou múltiplas fases do regime militar, pois desta forma a sociedade não se submete à reflexão sobre a sucessão dos fatos e identifica as inconsistências nas propostas e afirmações da atual esquerda, que através do Foro San Pablo se articula para conseguir seus intentos décadas depois, agora subordinados a uma ideologia "renovada" pela teoria e metodologia bolivariana e pelos ditames do Foro San Pablo, sustentados pelos petrodólares. Considerar o período que estivemos sob um regime de exceção como algo único é oportuno às esquerdas, pois se sustenta que foram vítimas, que houve a intervenção dos Estados Unidos, que ... Mas esta é uma atitude desonesta das esquerdas, em especial com todos os militares, pois os transformam em algozes e não o que efetivamente foram, a linha de frente a todas as ameaças, às quais os brasileiros foram submetidos, inclusive o poder de influência desconsideram os dos fatos Estados e o Unidos clima e de desestabilização política que o Brasil viveu nos anos de 1961 a 1964, a conjuntura mundial e principalmente as ameaças e disputas internas através de ações terroristas. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Desonestidade das esquerdas Outra questão importante que as esquerdas também não citam é o fato de que tínhamos duas forças antagônicas disputando o poder, de um lado as esquerdas, de outro a direita, não os liberais, mas uma direita formada principalmente pelo Governador Adhemar de Barros de São Paulo e Carlos Lacerda fortemente do Rio armados. de Estes Janeiro, foram também duramente perseguidos e cassados também no regime militar. Mas isso não é citado pelas esquerdas. Quando não mentem, omitem. Em março de 1967 ocorreu o dilema, principalmente junto aos militares que estavam no controle do executivo e os grupos que os apoiavam, de enfrentar parcela significativa da classe política em sua tentativa de decretar a anistia e restaurar uma democracia sem fundamentos sociais e políticos sólidos, tal qual a que vigorou de 1946 a 1964. O “breakpoint” resultou da opção: ir para frente, no caminho da repressão, ou recuar. Estava em jogo não só a soberania brasileira, mas também da maioria de seus vizinhos. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Foi a decisão acertada? Este é um quesito para o qual aguardo respostas. Se acreditarem nas mentiras da esquerda, seguramente darão um tipo de resposta. Entendo, pois defendo radicalmente o Princípio da Subsidiariedade, a necessidade de um Estado forte em suas atribuições fundamentais, as quais, diga-se de passagem, estão sendo seria e gravemente negligenciadas nos dias atuais, que deveria ter havido uma reorganização ou reforma do Estado, eliminando a prática do clientelismo político republicano, modernizando as práticas políticas com a implantação do voto distrital e assegurando que os coeficientes eleitorais viessem a ser uniformes, isto é, cada cidadão um voto, este com o mesmo valor, independentemente de onde os brasileiros residem ou trabalham. Entendo que no cenário de uma ameaça externa, com forças internas concorrendo para a desestabilização, como a posta em prática pelas esquerdas internacionais aqui infiltradas, dificilmente seria o ideal focar a descentralização. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Mas aí residiu o grande fracasso brasileiro, quando os militares devolveram o controle para a sociedade civil, pois ela não realizou as reformas necessárias, a começar por eliminar esta distorção no que se refere à excessiva centralização e as distorções no que se refere ao coeficiente eleitoral e o distanciamento ao Princípio da Subsidiariedade. Pior, por força das distorções da constituição dos direitos e dos poucos deveres e responsabilidades a Constituição de 1988, agora temos um parlamentarismo às avessas, primeiro elegemos o "primeiro-ministro", na realidade a "primeira dona" para então ele compor a base aliada, resultando tão somente uma "base afilhada". Mensalões da atualidade, distribuição de cargos e outras práticas nefastas nascem desta distorção. Ampliou-se a distorção Pior, no Governo do General Ernesto Geisel, para assegurar a sucessão, esta distorção quanto à representatividade foi vergonhosamente ampliada, o objetivo era momentâneo, o de alterar a composição de forças no Colégio Eleitoral. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Mas veja como as esquerdas são desonestas ou ignorantes, ou ambas, não denunciam esta distorção, a razão fundamental é que ela alimenta a base aliada, ou melhor, a “base afilhada”, que dá sustentação ao dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, que assegurou a reeleição do principal beneficiário e hoje dono da consciência dos brasileiros, basta ver onde ele se saiu vencedor e a quem se aliou para a sua reeleição. Por conta desta distorção vivemos hoje uma aberração, pouco se discute e se contesta a excessiva centralização e distorção quanto à representatividade política, distorção esta que torna paulistas, cariocas, mineiros, ... cidadãos de segunda categoria frente a sua representação na Câmara e no Senado, pior é que a nova Constituição, aprovada em 1988 foi elaborada neste contexto, não se elegeu uma Assembléia Nacional Constituinte, os políticos que são a maioria no Congresso Nacional impediram qualquer proposta neste sentido, se auto-elegeram como Assembléia Nacional Constituinte. Manteve-se esta aberração, tornando os brasileiros diferentes em termos de peso político dependendo onde se vota. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) E esta distorção é a que alimenta hoje a velha prática do clientelismo político, antes somente com o capitalismo de comparsas, sem mercado, e hoje com o socialismo de privilegiados, que a cada ano se agrava no Brasil, exigindo fartos recursos, os quais somente podem ser alimentados pela excessiva tributação, endividamento interno ou externo, pelo imposto inflacionário ou sequestro do patrimônio privado ou asfixiando suas atividades através das empresas estatais, as quais somente se justificam quando voltadas à administração de monopólios naturais. Ou é justo pagarmos 52% de impostos em um litro de gasolina e termos o pior Diesel do mundo, que retira a vida de crianças na mais tenra idade e de idosos devido a poluição, ou ainda assistir ao passeio do etanol pelo país. O tamanho do Estado deve ser discutido, ele não é eficiente como as mentiras do Dr. Márcio Pochmann são contadas, ele não é eficaz, salvo, felizmente exceções. "Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado." (Roberto de Oliveira Campos) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Veja também: http://www.youtube.com/watch?v=SYgGZ_4riOc&f eature=related "Vivemos os anos 70, a década do milagre econômico e o período de estabilização política que nos retirou da rota vermelha – das bandeiras e do sangue, os anos 80, a década perdida - estagnação econômica da América Latina - com os planos de estabilização fracassados no Brasil, os anos 90 a década desperdiçada - as principais reformas não foram feitas e perdemos a oportunidade de restabelecer a monarquia - e agora vivemos a década da mentira, com seus PAC e piriPAC, com a discriminação espacial através do Programa Minha casa, Minha vida, com a escravidão através da elevada carga tributária e da violência que nos tira a liberdade, a vida e o patrimônio, da divisão da sociedade pela cor da pele e assistimos o crescimento do clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas e do socialismo de privilegiados". (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A Década perdida A década de 1980, ou simplesmente década de 80 ou ainda anos 80 foi o período que é hoje chamado por muitos como a década perdida para a América Latina. Seguramente para os brasileiros a década de oitenta, no Brasil, foi uma "década perdida", o que desperta sentimentos os mais contraditórios. Para uns, mais conservadores, os anos oitenta, quando formulados nesses termos, estariam comprovando que a redemocratização do país não teria sido um avanço com relação aos uma enorme dívida externa, foi a gota d’água que fez derramar de ladeira abaixo toda a bolha de ilusões que tinha sido criada artificialmente em torno do "Brasil real". O país atravessou, assim, os anos oitenta, em ritmo de câmara lenta (comparando com o período anterior), foi marcado pelo apagar das luzes pelos militares e pela incompetência do dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, se no período anterior, nos anos 70, tivemos, a exemplo de todo o oportunidade período de do Império, crescimento, não uma nova soubemos aproveitá-la. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Os militares nos legaram uma excessiva centralização, nos colocaram afastados do Princípio da Subsidiariedade, houve investimento na área da educação, mas com foco errado, ampliou-se um dos piores esquemas de concentração de renda no Brasil, o efeito Robin Hood às avessas: dos impostos dos mais pobres se paga os estudos universitários doa mais ricos ou daqueles que podem financiá-lo de outra forma, se investiu muito pouco, quase nada, no ensino fundamental, e privilegiou-se a ampliação e a criação das universidades estatais. "Educação serve pouco se as pessoas não forem livres. É só lembrar o que aconteceu nos países socialistas, onde a educação era considerada de qualidade." (Gerhard Erich Boehme) “A educação só produz resultados em sociedades em que as pessoas podem fazer escolhas pessoais e econômicas, dando-lhes a oportunidade de serem criadoras e descobridoras.” (Odemiro Fonseca em "Benefícios da liberdade") "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Entenda porque o brasileiro é o inimigo do Brasil: O ensino superior deve ser sempre pago, pois existem meios para tal, entre os quais temos: a) sistema de crédito educativo eficaz e justo; b) bolsas por parte do governo, estas atreladas ao desempenho no ensino básico, nas práticas esportivas ou outro critério de competência ou mérito e não de privilégio, como se verifica agora nos sistemas de cotas, nos casos dos brancos, negros, mestiços, amarelos, ruivos, laranjas ou polacos – sendo livre a escolha por parte do aluno a entidades de ensino superior, podendo optar por uma federal, estadual, confessional e particular, àquela que melhor mostrar sua competência – estimulando a competência e a concorrência e não o corporativismo ou o privilégio; c) bolsas de esporte, destinadas a atletas olímpicos ou com potencial olímpico, tal qual adotado nas Universidades Norteamericanas, constituindo-se um excelente incentivo ao esporte e a garantia de uma vida profissional plena após a idade de disputa; d) cooperativas de crédito; e) bolsas por parte das empresas; f) financiamento direto, tal qual hoje nas particulares ou confessionais; g) pago pela própria instituição de ensino mediante prestação de serviços de monitoramento e outros - o aluno presta serviços à entidade; h) bolsa por parte das entidades de ensino de segundo grau para aqueles que tiveram ótimo desempenho nesta fase; i) prestação de serviço civil ou militar obrigatório, no qual seriam remunerados pelo piso mínimo da categoria, mas teriam que prestar serviço - pelo mínimo da categoria - por dois ou três anos nas localidades em que forem designados pelas Forças Armadas; j) fundos de investimentos; k) através das ONGs ligadas aos direitos dos afrodescendentes, dos índios, dos ... Estas com recursos voluntários e não tomados compulsoriamente do bolso do contribuinte; l) ou outra forma criativa, afinal somos mestres nesta questão ... "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A melhor solução A criação de fundos de investimentos seria seguramente a melhor alternativa, pois se cria a mentalidade da poupança interna, é a modalidade que poderia servir de modelo para um processo de transição, no qual o Estado capitalizaria o potencial aluno durante, digamos uma década, até que o sistema adquirisse a sua gestão independente. "O dia em que o cidadão comum compreender que é ele, o verdadeiro e único contribuinte, de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir muitos absurdos da nossa sociedade, a começar pelo ensino superior gratuito." (Gerhard Erich Böhme). A cultura do "dinheiro do Governo" foi reforçada pelos "benefícios sociais" (vale-coisa e cesta-de-coisa), e ao governo é atribuída a responsabilidade por manter o cidadão vivo (ainda que na miséria). "Somos pobres porque acreditamos na distribuição e não na produção de renda, este resultado do empenho de todos quando se observa o esforço em poder competir com liberdade e dignidade, observando a filosofia da liberdade¹, o Estado de Direito e o Princípio da Subsidiariedade". (Gerhard Erich Boehme). ¹Entenda a Filosofia da Liberdade: http://isil.org/resources/introduction-portuguese.swf "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Acreditar na produção de renda é potencializar o brasileirinho para a vida, para que ele possa aproveitar as oportunidades que o Brasil lhe dá, mas que infelizmente os políticos, com seu clientelismo lhe tira. "Educação serve pouco se as pessoas não forem livres. É só lembrar o que aconteceu nos países socialistas, onde a educação era considerada de qualidade. (Odemiro Fonseca em "Benefícios da liberdade" - O Globo de 04/01/2007, página 7) O assunto é polêmico, eu sei, mas temos que romper o modo brasileiro de pensar em viver à custa da "coisa" pública, na realidade dos outros que trabalham ou já trabalharam, usando talento, criatividade e esforço próprio. Deve começar com "as chamadas elites", que seja a intelectual, em especial a que está sendo formada para criar um Brasil onde o clientelismo não tenha mais espaço. É fácil desresponsabilizarmos-nos das nossas decisões imputando-as ao acaso ou a qualquer bode expiatório, como à "Zelite", à globalização ou aos chamados "neoliberais", que estes que a mencionam nem mesmo sabem qual o significado desta palavra. "O Brasil só tem uma opção: ensinar os jovens universitários a atingirem seu potencial, através do esforço próprio, de seus estudos, desenvolvendo sua criatividade, talento e senso de oportunidade e rechaçar qualquer iniciativa que vise retirar recursos do cidadão que paga impostos. Caso contrário estaremos endossando a demagogia de se formar parasitas sociais." (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O professor José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, fez as contas sobre a natureza das despesas sociais (educação, saúde, previdência e assistência social), chegou à conclusão que do total de recursos gastos com educação, por exemplo, mais de 60% se destinam às universidades estatais (Federais e Estaduais), onde estudam os mais favorecidos. Seguramente este é um dos processos mais nefastos de concentração de renda, pois cria a mentalidade de se servir do Estado, na realidade dos que pagam impostos, pois o Estado é uma entidade virtual que muitos teimam em tornála parte do seu dia-a-dia. Temos sim é o brasileiro, as comunidades e o povo brasileiro. O Estado foi criado para servir ao povo, não o contrário. Pior agora com a Reforma Universitária realizada pelo sr. Luiz Inácio Lula da Silva, quando ampliou a dotação orçamentária dos atuais injustos 60% para 75% dos gastos com educação serem destinados ao ensino superior gratuito. Ele não é apenas conivente com esse processo de concentração de renda, como é também responsável por ele. Com a sanção por parte de José Alencar, presidente da República em exercício, do projeto de lei que cria a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), o dono da consciência dos brasileiros bateu marca de 12 universidades criadas – recorde histórico no Brasil. A marca anterior era do presidente populista Juscelino Kubitschek, com 10 universidades federais. "Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele através de impostos." (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O novo campus, agora inaugurado na primeira semana de dezembro abrigará 1,4 mil universitários. Segundo José Alencar do Partido Republicano Brasileiro (PRB), quando assumiu o governo teve uma conversa com o presidente Lula na qual ressaltava o fato de não terem curso superior: “O presidente Lula sempre diz assim: isso vai ficar para a história porque os brasileiros elegeram dois políticos que não têm curso superior. Por isso, nos compete fazer algo especial pela educação”. "A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme) A pergunta que faço, com base na frase do dono da consciência do brasileiro e atual ocupante do Palácio do Planalto: Fazer algo especial pela educação é amealhar votos? Ou é privilegiar indistintamente todos os brasileirinhos assegurando uma educação fundamental de qualidade? Ou ainda, assegurar que o potencial dos brasileirinhos não seja destruído por parte de políticos clientelistas ou corruPTos, ou ambos? E veja que não citei a sua incompetência frente a gestão pública, em especial a financeira e os abusivos lucros dos bancos em total sintonia com o capitalismo de comparsas, que ao lado do socialismo de privilegiados, caracterizam a sua gestão com foco na destruição do Brasil. "As universidades públicas entraram em colapso, supostamente por falta de recursos, mas vítimas do corporativismo retrógrado que sonha com tempos passados de dinheiro farto. Produzir conhecimento e vendê-lo seria um dos caminhos. Mas isso custa trabalho. Melhor queixar-se do governo, ou fazer greves". (Onofre Ribeiro em Percepções sobre 2006 e 2007) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A minha proposta é, para que possa ser justa, que todo o cidadão brasileiro, dos 17 as 24 anos, tenha durante 5 anos uma bolsa, digamos "bolsa projeto de vida" e cabe a ele decidir se deve: o utilizá-la para pagar os seus estudos; o para uma poupança permitindo abrir seu negócio próprio; o para investir em ações, se optar por ser ou continuar a ser empregado. Esta é uma proposta que "acho" justa, pois alcançaria a todos os que vivem no Brasil nesta faixa etária. Afinal, como consta na nossa Constituição: todos são iguais perante a lei. Ou devemos ser coniventes com os privilégios ou mecanismos concentradores de renda? Justa, sim... ... mas quem paga? Uma proposta justa, porém não seria suportável pela sociedade que trabalha e paga impostos e que seguramente iria causar muito mal a nossa juventude, tirando dela o principal desafio que é o de batalhar no início de sua carreira profissional e obter a sua dignidade através do esforço, talento, criatividade e empreendedorismo próprio. "Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O resultado deste entrave é que ensinamos aos nossos jovens, os que irão formar a elite intelectual brasileira, não as "Zelites" como pregam os atoleimados e ideologicamente estressados, que é "justo" viver à custa do Estado, na realidade dos outros que trabalham e pagam impostos. Mas e quanto a dignidade, sem contar que lhes retiramos uma das principais oportunidades para obter dignidade através do esforço próprio, logo no início de suas carreiras. Luz no fim do túnel. Felizmente temos em curso uma das mais importantes mobilizações nacionais, não em defesa de interesses de minorias ou grupos de pressão, mas sim de toda a sociedade que se vê refém de nossos políticos corruptos e clientelistas: http://www.deolhonoimposto.com.br/ Ficam algumas perguntas ao Sr. Márcio Pochmann e aos professores da USP, UNICAMP, UNESP, UEL, UEM e tantas outras como a UERJ, que acolhe o pregador a oclocracia Emir Sader, um sociólogo e cientista político brasileiro ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), usw.: De onde vêm os recursos para manter estas instituições públicas - as Universidades Estaduais? E as Universidades Federais? O que está sendo feito ou planejado para que deixe de ocorrer este processo de concentração de renda? "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Quais os argumentos que me faltam para deixar de afirmar com todas as letras que o ensino superior gratuito é um dos mecanismos mais perversos de concentração de renda? Quais os argumentos que me faltam ou onde estão as evidência de que a frase do Professor Ubiratan Iorio de Souza não é verdadeira? "Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza) Mas o que fazer? Como mudar o rumo desta tragédia brasileira? Devemos nos concentrar em quatro questões fundamentais: 1. melhoria da qualidade e do alcance do ensino fundamental, exigindo maior participação das comunidades religiosas, a exemplo dos ensinamentos de Martin Luther: Em cada comunidade uma igreja e ao lado desta uma escola. É fundamental entendermos o Princípio da Subsidiariedade e a nossa responsabilidade nesta área. 2. reduzirmos o tamanho do Estado, privilegiando seu papel fundamental, eliminando toda demagogia, clientelismo e paternalismo posto em prática até o momento, assegurando que o brasileiro não seja escravo da excessiva carga tributária, que hoje o torna escravo, se não totalmente ao menos 40% do tempo em que trabalha. 3. criarmos a cultura de agregarmos valor aos produtos, assegurando maior geração de emprego, riqueza e renda. E o que é fundamental, assegura melhor distribuição de renda. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 4. denunciarmos que o clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas e socialismo de privilegiados, continue a tomar conta do Brasil, em especial rejeitarmos pessoas como o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa ou o Sr. Luiz Inácio da Silva, o principal beneficiário. "Um Estado, o chamado 1º Setor, deve apenas atuar subsidiariamente¹ frente ao cidadão e não estar voltado para ocupar o papel que cabe ao 2º Setor - pois assim se cria o estado empresário e com ele fomenta-se o clientelismo, a corrupção e o nepotismo - ou 3º Setor - pois assim se promove o Estado populista que cria ou alimenta os movimentos (antis)sociais, o paternalismo e o assistencialismo, bem como que abre espaço para a demagogia político e perda da liberdade e responsabilidade do cidadão. Caso contrário ele acaba criando o 4º Setor quando o poder coercitivo (tributação, defesa nacional, justiça e segurança pública) do Estado deixa de ser exercido por ele e é tomado por parte de segmentos desorganizados ou não da sociedade - cria-se então o Estado contemplativo, que prega a mentira, pratica a demagogia e o clientelismo, com seu capitalismo de comparsas sem livre mercado ou o socialismo de privilegiados, sem que o Estado tenha possibilidade financeira e competência de assegurar benefícios a todos, e cria o caos social através da violência e desrespeito às leis". (Gerhard Erich Boehme) Entenda melhor: http://www.youtube.com/watch?v=GwGpTy-qpAw "Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A função do Estado é servir ao povo, servir à sociedade dos homens. Servir significa sustentar, valorizar e tornar cada vez mais equilibrada a realidade do povo, não retirando do cidadão sua autonomia, mas sim realizando somente aquilo que as Províncias, Cidades, Comunidades, Famílias e finalmente o indivíduo não podem fazer. Em uma sociedade sadia, primeiramente as pessoas se organizam em grupos e movimentos dentro de um contexto de comunhão e afinidades, para responder às necessidades profundas e às exigências originárias de cada pessoa, depois sim entra o Estado na vida do cidadão, não como uma entidade formada por parasitas, mas que realize aquilo que o cidadão não pode ou não tem interesse em realizar. O brasileiro é inimigo do Brasil A sociedade brasileira anseia por um Estado forte em suas competências fundamentais, a começar pela justiça, incluindo, nos Estados, seus primeiros passos através da polícia judiciária (Polícia Civil e Polícia Técnico-científica), relações exteriores, defesa nacional, segurança pública - prevenção aos crimes, tributação racional, sem privilégios e suportável, saúde pública, usw., de forma que o brasileiro tenha bons serviços públicos e saiba realmente o que isso significa: “Bens públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele.” (Gerhard Erich Boehme) "Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Devemos entender que é prioritário o investimento em saúde pública e educação fundamental, pois são serviços cuja provisão também deve ser garantida subsidiariamente pelo Estado, apesar de que a melhor solução provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisição desses serviços, seja diretamente ou através de entidades cooperadas, privadas ou confessionais e não na prestação direta do serviço pelo Estado, sempre em fiel observância ao Princípio da Subsidiariedade. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma população educada e sadia, benefícios estes que não poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados. Além disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas áreas reduzem as diferenças de oportunidade dos indivíduos no momento da partida do jogo social, para que a partir daí a competição ocorra baseada nos talentos e méritos de cada um. Devemos privilegiar o direito à propriedade privada, pois ela cria oportunidade e nutre comprometimento em preocupar-se com a idade e adversidades da vida. Cabe ao Estado ser forte em suas atribuições básicas, que na esfera Federal são: Emissão e controle da Moeda, através de um Banco Central independente, Relações Exteriores, Supremo Tribunal Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Comércio Exterior, Forças Armadas, Segurança Pública nas faixas de Fronteira, Polícia Federal, normatização da Aviação Civil, Marinha Mercante, Vigilância Sanitária e Obras de Integração Nacional, Administração de Parques Nacionais, Administração Indígena, diretrizes de Meio Ambiente, Propriedade Intelectual, Energia Nuclear, e Previdência Pública Federal. Se observarmos o Princípio da Subsidiariedade, podemos concluir que caberia ao Estado apenas a solução de três grupos de problemas econômicos: bens públicos, externalidades negativas e positivas, monopólios naturais. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O que temos: bens públicos são mal geridos e não entendemos o seu significado, externalidades negativas são desprezadas pela sociedade, com destaque ao ensino fundamental que ainda não é compromisso dos brasileiros e os monopólios naturais, os quais estão a serviço de interesses privados. Cabe ao Estado assegurar a liberdade de se empreender. A melhor qualidade de vida, o desenvolvimento e as melhores condições de geração de trabalho riqueza e renda serão consequências naturais, ainda mais para nós brasileiros, que contamos com um potencial enorme de recursos naturais como bem nos lembrou o Pesquisador Carlos Nobre no Planeta Sustentável da Revista Você S/A: "A invenção de uma nova economia". Acesse: http://vocesa.abril.com.br/sumarios/0125.shtml "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Erros cometidos durante o regime militar Se ao regime militar podemos conferir inúmeros méritos, a começar por ter evitado que o Brasil viesse a perder sua soberania, se tornasse um país tutelado a partir de Moscou ou Pequim, foi evitado que também o Brasil ficasse atrás da "Cortina de Ferro" ou que por aqui se instaurassem conflitos internos com centenas de milhares de mortes como ocorreu em algumas dezenas de países ao longo do século passado e divide os colombianos até hoje ou submete Cuba aos ditames de um déspota, com seus paredóns, prisões políticas, diáspora e ... Foi mérito do regime militar não nos ter privado da liberdade de empreender, ter organizado a nossa infra-estrutura e fundamentalmente assegurado a redemocratização pacífica de nosso país. Por outro temos que reconhecer que vivemos naqueles tempos sob um regime de exceção, que produziu sequelas de anos de violência institucional, as quais ainda permanecem abertas, embora revestidas de um oportunismo sem par, desconsiderando todos os crimes cometidos pelos militantes de esquerda, muitos com atos terroristas e crimes contra o patrimônio, a liberdade e a vida das pessoas. No confronto ideológico, se não venceu a liberdade, ao menos se abriu caminho para que pudéssemos construir nossa democracia. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A qual ainda não foi conquistada (http://www.if.org.br/?action=doListarEditoriais). O Regime militar foi de continuação e não de ruptura em relação às políticas pré-1964. O Estado aumentou em importância e apetite, a tributação continuou alta, mas não ao absurdo que hoje se verifica e coloca os brasileiros como escravos, 405 escravos. Mas os militares cometeram alguns erros estratégicos, a começar pelo distorcido coeficiente eleitoral, que ampliaram durante o Governo do General Ernesto Geisel para impedir a vitória de seu opositor no Colégio Eleitoral, fazendo de forma ilegítima seu sucessor dentro da regra do jogo daqueles tempos. Outro erro estratégico, o mais grave deles, foi na área da educação, pois a universidade pública deveria ser paga e seus recursos destinados ao ensino fundamental, ampliou-se um novo mecanismo de criação de cargos públicos onde a competência é deixada de lado, a favor do clientelismo. Criou-se privilégios à uma elite, no caso a intelectual e mais um entrave ao nosso desenvolvimento. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Consolidou-se a práxis também junto à elite intelectual, já na sua formação, de viver às custas da coisa pública, na realidade do bolso do contribuinte, pobre, miserável ou milionário. "A punição que os homens de bem sofrem quando se recusam a tomar parte é viver sob o governo dos maus" (Platão de Atenas – Arístocles) O Partido dos Trabalhadores (PT), que nasceu reinvidicando direitos, verdadeiros e falsos direitos, nunca deveres ou responsabilidades, nasceu do movimento sindical do ABC paulista, em 1980, foi duro e muitas vezes até mesmo coerente como oposição nos anos oitenta, foi o que mais cresceu nas últimas décadas, sempre com uma crítica consistente contra o clientelismo praticado a partir de Brasília, a principal chaga brasileira, herança da quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República", atingindo o apogeu em 2002, com a eleição para ocupante do Palácio do Planalto de sua estrela maior, o Sr. Luiz Inácio, hoje "Lula", da Silva, esta trajetória não seria possível sem o apoio e a forma como foi idealizado no seio da USP. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Mas esta questão merece reflexão, como bem nos alerta o polêmico e inteligente intelectual Olavo de Carvalho. Veja: http://www.olavodecarvalho.org/textos/entrevista _fsp_set2006.html E o que vemos hoje, o PT - Partido dos Trabalhadores o mais forte aliado e defensor do clientelismo, em um pacto diabólico com seu chefe supremo, com direito a beijo na boca por uma de suas principais senadoras e tudo. Um senador de são Paulo passando vergonha e retrocedendo em sua palavra, uma vergonha, na realidade perda da vergonha. Infelizmente o que vemos por conta do clientelismo posto em marcha, que os eleitores que elegeram o atual ocupante do Palácio do Planalto estão na parte do Brasil que foi comandada por um dos principais agentes do clientelismo nacional, estou falando agora do potiguar Garibaldi Alves Filho, que substituiu o alagoano Renan Calheiros, ambos sob a batuta do dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Hoje este senhor é denominado como José Sarney de Araújo Costa e conhecido por José Sarney ou simplesmente Sarney. O Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, dono do Brasil, é o homem que comanda a política clientelista nacional onde o PT foi vencedor, junto com pessoas como Jader Barbalho, Eduardo Braga, Marcelo Miranda, Antônio Waldez Góes da Silva, Binho Marques, Wellington Dias, Cid Gomes, Garibaldi Alves Filho, Omar Aziz, Jorge Ney Viana Macedo Neves, Wellington Dias, Marcelo Déda, Renan Calheiros, Ciro Gomes, Newton Cardoso, Garibaldi Alves Filho, Sérgio Cabral, Roberto Requião, Ney Suassuna, Fernando Collor de Melo, Paulo Salim Malluf, usw., sem contar a forma descarada com que foi conquistado o apoio do Governador do Mato Grosso Blairo Maggi entre o primeiro e segundo turno das últimas eleições. E saindo das fileiras o DEMocratas, o sr. Edison Lobão, o mesmo que pretende criar o Estado do Maranhão do Sul, ampliando e fortalecendo politicamente as pessoas da relação acima. Na USP não se questiona a questão da representatividade de nossos políticos, mas se questionava que os brasileiros eram então obrigados a conviver com outro Brasil. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Um Brasil construído pelo "desenvolvimentismo": o da violência urbana, o dos altos índices de exclusão e o da tradição autoritária. Não se questionava, entretanto, os seus próprios privilégios, o gigantismo Estatal que se criou, sobre a forma de concentração de poder em Brasília. Tudo convergindo ao clientelismo e afastando o brasileiro do Princípio da Subsidiariedade. Na USP não se questiona sobre a aplicação do Princípio da Subsidiariedade, o qual historicamente tem contribuído decididamente para o desenvolvimento de nações, promoção da paz social e fundamentalmente para a conquista e preservação da liberdade humana. Década desperdiçada Tivemos depois da década perdida a década desperdiçada, onde o maior desperdício se deu no plebiscito nacional de 1993, quando os brasileiros cometerem o maior erro do último século. Uma oportunidade eliminar única que o seguramente viria a clientelismo (http://www.ecodojacui.com.br/noticias.php?id=4 74). "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Tivemos a opção no plebiscito nacional em 1993, mas os brasileiros não erraram sozinhos foram induzidos ao erro, a partir de uma trama orquestrada pelo PMDB, partido que reunia e se caracteriza por governar com base no clientelismo, hoje forte aliado do atual ocupante do Palácio do Planalto: Na verdade, a liberdade de escolha então oferecida aos brasileiros para optar entre Monarquia e República, após 104 anos de vigência desastrada desta, foi mais aparente do que real. Sem contar que com a monarquia viria obrigatoriamente o parlamentarismo e com este obrigatoriamente o respeito ao Princípio da Subsidiariedade, como uma defesa natural contra qualquer possibilidade de exercício do poder absolutista ou prática que venha a criar privilégios, os mesmos que sustentam o dono do Brasil hoje como Presidente do Senado. A irregular antecipação da data fixada para o plebiscito, originalmente marcada para o dia 7 de setembro, foi antecipada para o dia 21 de abril, aproveitando o deslumbramento da democracia que o brasileiro vivia, assim como a regulamentação do horário eleitoral impedindo que tanto D. Luiz como D. Bertrand dele pudessem participar. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Assim se reduziu enormemente a irradiação que a presença e as propostas de ambos invariavelmente produziam. Hoje os brasileiros até mesmo desconhecem estes fatos ou o histórico plebiscito, mas querem lembrar do regime militar que havia terminado muitos anos antes, e o fazem de forma a legitimar os atod terroristas de uma candidata à presidência. Por favor, visitem o site oficial de nossa Família Imperial www.brasilimperial.org.br e o Site dos monarquistas www.monarquia.org.br, nestes vocês encontrarão inúmeras informações sobre e como o Brasil se formou como uma desenvolvida nação e quais as razões que nos levaram, desde a quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República", a degradação como nação. A restauração da monarquia seria o reencontro dos brasileiros com a sua História, com as suas tradições, com o seu destino de grandeza interrompido por uma traição, a traição no seio militar e a traição por sede de poder dos civis descontentes com a abolição dos escravos pela Coroa Imperial. A alma brasileira é monárquica. Suas manifestações mais legítimas falam de reis, rainhas, príncipes e princesas. É alegre, musical e colorida. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Não se adapta ao cinza neurastênico da república, que vemos existir somente nos papéis oficiais e na roubalheira geral por meio da corrupção desenfreada à solta, colocada em prática através do clientelismo e agora também pelos partidos “ditos Republicanos”. Como recomenda Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança: "E isto passo a passo, dia a dia. Em uma aurora de ressurreição monárquica nos mais diversos pontos de nosso território-continente. Aurora que, desta vez ainda, não teve tempo de fazer-se meio-dia, é certo. Mas também aurora que despertou uma generalidade de entusiasmo, o qual com ritmos crescentes e recursos também crescentes, tem todas as condições para mostrar ao Brasil que este dispõe da plenitude dos meios para se reerguer, e transformar-se numa das maiores nações do mundo, quando chegue ao meio-dia grandioso de sua História". "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Nos tempos do Império do Brasil, sob o Reinado de Dom Pedro II, o Brasil: 1. tinha uma moeda estável e forte, possuía a Segunda Marinha de Guerra do Mundo depois da Inglaterra, teve os primeiros Correios e Telégrafos de todas as Américas, foi uma das primeiras Nações a instalar linhas telefônicas já em 1877 e o segundo país do globo a ter selo postal; 2. mesmo considerando a realidade da época, o empreendorismo era viável e não era penalizado pelo excesso de tributos que hoje transforma brasileiros em escravos, ao menos em tempo parcial, pois aproximadamente 40% do tempo dedicado ao trabalho e retirado do brasileiro através de impostos, que a ele não retornam em serviços públicos; 3. o Parlamento do Império Brasileiro ombreava com o da Inglaterra, a diplomacia imperial brasileira era uma das primeiras do mundo, tendo o Imperador sido árbitro em várias questões diplomáticas como a favor da França, da Alemanha e da Itália, enquanto que hoje humilha a todos os brasileiros os acordos com déspotas como Chávez, Morales, Kirchner. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) E o mais grave até mesmo seu aliado no Oriente Médio, através do "Foro San Pablo" e estes com Mahmoud Ahmadinejad; 4. em 67 anos de monarquia constitucional independente tivemos uma inflação média anual de apenas 1,58%, contra 10% nos primeiros 45 dias da República, 41% em 1890 e 50% em 1891; 5. a unidade monetária do Brasil, o mil réis (ou simplesmente Real), correspondia a 0.9 (nove décimos) de grama de ouro, equivalente ao dólar e à libra esterlina; 6. embora o Orçamento Geral do Império tivesse crescido dez vezes entre 1841 e 1889, a dotação da Casa Imperial se manteve a mesma até o fim de seu reinado, isto é 800 contos de réis anuais! 7. E que Dom Pedro II destinava ¼ de seu orçamento pessoal em benefício das despesas da guerra do Paraguai; 8. 800 contos de réis significavam 67 contos de réis mensais e que os republicanos ao tomarem o poder estabeleceram para o presidente provisório. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Era um ordenado de 120 contos de réis por mês (que péssimo exemplo hein?); 9. uma das alegações dos pouquíssimos republicanos para a derrubada da Monarquia era o que eles chamavam de custo excessivo da Família Imperial! A verdade é que esta recebia a metade do ordenado mensal do 1º presidente republicano, portanto uma grande mentira deslavada; 10. Dom Pedro II se recusou a aceitar a quantia de 5 mil contos de réis, oferecida pelos golpistas republicanos, quando do exílio, mostrando que o dinheiro não lhes pertencia, mas sim ao povo brasileiro (5 mil contos de réis era o equivalente a 4 toneladas e meia de ouro! Quantia que o Imperador condignamente recusou deixando ao País um último benefício: o grande exemplo de seu desprendimento. Infelizmente esse exemplo não frutificou e nem jamais frutificará na República, e enquanto o Brasil continuar como república - não há vergonha aos dirigentes da nação, como seria necessário numa república, mas que afinal tínhamos melhor na monarquia constitucional); "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 11. no Império o salário de um trabalhador sem nenhuma qualificação era de 25 mil réis! O que hoje equivaleria a 5 salários mínimos; 12. o Brasil era um exemplo de democracia sim. Vivíamos a realidade de uma época, a qual não podemos atribuir à monarquia. Votava no Brasil cerca de 13% da população já naquela época. Na Inglaterra, no mesmo período este percentual era de 7%; na Itália, 2%; em Portugal não ultrapassava os 9%. 13. O percentual mais alto na época, 18%, foi alcançado pelos Estados Unidos, portanto, nosso Brasil já era o segundo no continente. Na primeira eleição após a quartelada que implantou a república em nossa terra, apenas 2,2% da população votou (mostrando o grau de descontentamento pelo engano). Esta situação pouco mudou até 1930, quando o percentual não ultrapassava a insignificante casa dos 5,6%. No plebiscito de 1993 a monarquia recebeu, aproximadamente, sete milhões de votos (13% dos votos válidos) levando-se em conta que o regime republicano (PMDB principalmente). "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) E seus mantenedores anteciparam o plebiscito propositalmente a fim de evitar o esclarecimento da nação e, nesta época uma pesquisa do DATA FOLHA já mostrava que 21% da população era monarquista ou simpatizante à causa da restauração. Mas os anos 90 não são identificadas apenas como década do desperdício devido ao plebiscito de 1993, que inviabilizou o restabelecimento da monarquia em um momento importante de nossa história, jogando este momento mais para frente na nossa história. Para tal será necessário que o brasileiro tome consciência logo de sua importância. A década de 90 foi a década desperdiçada, pois não foram realizadas as Reformas que o Brasil tanto necessita. Nos anos 90 desperdiçamos tempo, não foram resolvidos os entraves ao nosso desenvolvimento. Além do desperdício do plebiscito de 1993 onde desperdiçamos, onde a maioria dos brasileiros desperdiçou seu voto, do desperdício resultante do fato de não termos realizado as Reformas que o Brasil tanto necessita, também desperdiçamos tempo e recursos na área ambiental, tiramos pouco proveito da Rio Eco92. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A realidade brasileira é triste, temos poucas cidades com implantadas uma e Agenda 21 implementadas, efetivamente temos poucas empresas com seu sistema de gestão ambiental certificado em conformidade com a Norma ABNT NBR ISO 14001:2004 e o mais grave, poucos Planos Diretores dos municípios foram colocados no papel, sendo a discriminação espacial a mais grave das discriminações cometidas no país, a qual também é pouco entendida ideologicamente pelos estressados brasileiros, em especial. os Um bando de atoleimados que não entendem como se incuba a violência. Década da mentira "Quando alguém mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando alguém trapaceia, está roubando o direito à justiça". (Khaled Hosseini em The Kite Runner - O caçador de pipas. Tradução de Maria Helena Rouanet - Editora Nova Fronteira) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Estão se passando três décadas, mas esta última, a pior, pois vivemos a década da mentira. O país é liderado por um mentiroso, um embusteiro, a administração pública é conduzida com base na mentira, aproximando-se da mentira com a qual o socialismo no Leste europeu é reconhecido nos dias atuais: "nós fingimos que trabalhamos e o Estado finge que está nos pagando." Um Brasil que, infelizmente, temos que reconhecer, ainda geme sob o peso de um Estado poderoso, que tem alguns anéis controlados, não por especuladores financeiros, oligarquias fundiárias, políticos oportunistas e tecnoburacratas autoritários, que agem conjunto para manter os velhos ideários desenvolvimentistas (e os privilégios), mas por um sistema político que privilegia o clientelismo, afastado da verdadeira democracia, como bem nos lembra o editorial do Instituto Federalista de 28 de janeiro de 2008: Somos uma democracia? (http://www.if.org.br/?action=doListarEditoriais) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Vivemos a década da mentira. “A primeira vez que você vier a mentir e eu acreditar, a culpa será sua. A segunda, será minha” (Theodor Boehme) “É possível enganar algumas pessoas todo o tempo; é também possível enganar todas as pessoas por algum tempo; o que não é possível é enganar todas as pessoas todo o tempo” (President Abraham Lincoln - February 12, 1809 - April 15, 1865) Para entendê-la é necessário acompanhar o dia-adia do atual ocupante do Palácio do Planalto e questionar a veracidade de suas declarações e a real intenção de suas decisões, a começar pelo pior e mais escandaloso fato de nossa história, onde o clientelismo político foi escancarado. Neste sentido recomendo o livro "O Chefe" de Ivo Patarra, jornalista, foi repórter dos jornais Folha de S.Paulo, Folha da Tarde, Diário Popular e Jornal da Tarde. Como profissional independente publicou, entre outras, as reportagens "Nova York - São Paulo de motocicleta: 73 dias de aventura e emoção", "Fome no Nordeste Brasileiro" e "Morte de Juscelino Kubitschek: acidente ou atentado?". "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Ivo Patarra também respondeu pelos departamentos de comunicação das Prefeituras de São Paulo, Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo. Acesse: http://www.escandalodomensalao.com.br/sobre/d ownload/index.html e faça o download do livro: http://www.escandalodomensalao.com.br/media/ pdf/o_chefe.pdf E quanto aos juros, estes são apenas a remuneração do capital, se os recursos financeiros entram no mercado, eles apenas significam o custo do dinheiro, são elevados devido ao nosso Estado competir conosco na busca por recursos, para sustentar sua gastança, inclusive com cartões corporativas, chamadas aposentadorias bolsas, sem milionárias contar que e as necessita alimentar o clientelismo e assegurar a emPTização e o nePTismo no Estado. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Se por outro lado, como um esquerdista menciona: parece evidente que o capitalismo entendeu que a taxa de lucro deveria ser alterada (com melhor distribuição da mais valia), em função da necessidade de criar e manter um mercado consumidor, sem o qual não sobreviveria. Até que ponto isso foi realizado e que implicações teóricas teria para o atual debate? É importante, mas os juros são efeito, não causa. Se no passado o que alimentava a gastança pública, e isso desde a quartelada de 1889, era a inflação, a emissão descontrolada da moeda. Vale lembrar que em 67 anos de monarquia constitucional independente tivemos uma inflação média anual de apenas 1,58%, contra 10% nos primeiros 45 dias da República, 41% em 1890 e 50% em 1891, a unidade monetária do Brasil, o mil réis (ou simplesmente Real), correspondia a 0.9 (nove décimos) de grama de ouro, equivalente ao dólar e à libra esterlina. Hoje vemos que o orçamento destinado ao Palácio do Planalto é superior ao orçamento do Ministério do Meio Ambiente, se torna a pior patologia do Brasil. Vale lembrar que embora o Orçamento Geral do Império tivesse crescido dez vezes entre 1841 e 1889, a dotação da Casa Imperial se manteve a mesma até o fim de seu reinado. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) De 800 contos de réis anuais! E que Dom Pedro II destinava ¼ de seu orçamento pessoal em benefício das despesas da guerra do Paraguai. 800 contos de réis significavam 67 contos de réis mensais e que os republicanos ao tomarem o poder estabeleceram para o presidente provisório um ordenado de 120 contos de réis por mês (que péssimo exemplo hein?) O grande erro dos militares Mas o grande erro dos militares neste período foi o de não terem dado a devida prioridade ao ensino fundamental, optaram por privilegiar o ensino superior gratuito, que assim se constituiu no mais perverso mecanismo de concentração de renda, pois dos impostos pagos por toda a população, estes alimentam os recursos necessários para manter alunos estudando gratuitamente, quando sabemos que os universitários possuem uma infinidade de mecanismos para financiar seus estudos. E quando sabemos que um aluno no ensino superior custa à sociedade o equivalente a uma sala de aula de mais de 20 alunos no ensino fundamental. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O quadro mais triste neste sentido ocorre com as universidades estaduais, pois do imposto pago sobre os alimentos e itens essenciais de consumo, adquiridos pelos miseráveis, pobres, classe média e até pelos milionários é que surgem os recursos para as universidades estaduais. "A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme) "O estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo." (Frédéric Bastiat) “Um Estado, o chamado 1º Setor, deve apenas atuar subsidiariamente frente ao cidadão e não estar voltado para ocupar o papel que cabe ao 2º Setor - o estado empresário que cria o clientelismo - ou 3º Setor - o Estado populista que cria o paternalismo e o assistencialismo, bem como que abre espaço para a demagogia e ao clientelismo¹ político. Caso contrário ele acaba criando o 4º Setor - quando o poder coercitivo do Estado deixa de ser exercido por ele e é tomado por parte de segmentos desorganizados ou não da sociedade cria-se o Estado contemplativo que cria o caos”. (Gerhard Erich Boehme) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Resultado: "Os gastos representam da sociedade quatro com vezes o a segurança Orçamento do Ministério da Educação" (Revista Época - Edição 466 - 23/04/2007) Devemos ter uma posição firme sobre o maior problema nacional, a educação fundamental, esta que não é de qualidade e muito menos universal. A educação fundamental é seguramente o primeiro problema dos brasileiros, pois o brasileirinho não encontra os meios necessários para desenvolver suas potencialidades, incluindo as ações necessárias para firmar conceitos e valores. “Diferença entre político e ladrão. Após longa pesquisa, cheguei a seguinte conclusão. A diferença é que, um eu escolho, o outro me escolhe". Citação de um observador atento do cenário político brasileiro. (Fonte: Geraldo Almendra - [email protected]) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) "O candidato a Vereador, Prefeito, Deputado, Governador ou a Presidente, qualquer que seja a orientação política - tanto de esquerda como de direita, tanto totalitário como liberal, cada qual na sua extremidade considerando a defesa das liberdades pessoais e econômicas - devem ser avaliados pelo compromisso com a educação fundamental de qualidade, a segurança pública e a defesa nacional". (Gerhard Erich Böhme) Não sou nenhum historiador e muito menos testemunha dos fatos, mas hoje tenho a certeza de que as esquerdas, em especial todas as entidades que sustentam o tal Foro San Pablo, são desonestas, pois manipulam a opinião pública mostrando para a sociedade, esta que a cada dia mais alimenta com seus personagens o bestseller de Luciano Pires (www.lucianopires.como.br), que o período militar foi uma “coisa” única, dissociada da conjuntura que levou ao 31 de Março, desconsiderando as diversas fases pelas quais passou o mundo neste período, em especial a ameaça externa e a perda de nossa soberania. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Desconsideram que o Brasil, desde que se iniciou o período republicano, perdeu gradativamente o poder necessário para manter sua soberania (veja www.monarquia.org.br e www.brasilimperial.org.br), pior agora quando as esquerdas, por força desta desonestidade que denuncio, vem enfraquecendo ainda mais o seu poder. Hoje fica compromisso apenas dos como registro monarquistas histórico assumido o no plebiscito realizado em abril de 1993: "Valorização da missão das Forças Armadas como guardiãs da Nação. No seu prestígio e na sua eficiência repousam a paz social e a segurança interna e externa de nossa Pátria, bem como o merecido realce desta no cenário internacional. Aos seus integrantes devem ser proporcionadas todas as condições para que vivam condignamente, isentos de preocupações materiais que afetem seu moral e os afastem da dedicação integral às lides castrenses." "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Se aos militares pode ser apontada alguma falha ou erro, no meu entender, foi e é o mesmo erro que comete também a grande maioria dos brasileiros, não assegurar que os brasileirinhos tenham um ensino fundamental de qualidade, o qual é também responsabilidade subsidiária do Estado. Não responsabilidade do Estado, mas subsidiária do Estado, ao qual cabe o seu poder coercitivo em assegurar a qualidade, o cumprimento da legislação e fundamentalmente a paternidade e maternidade responsável, assegurando que a frequência e desempenho nos estudos seja assegurada. Infelizmente a educação é entendida pelas esquerdas apenas como mais uma forma de se doutrinar as novas gerações e não capacitá-las para que possam decidir seu futuro, empreender, criar, inovar, usw.. E para comprovar isso, basta analisar o curriculum do atual Ministro da Educação, em especial a sua linha de pensamento contida nas suas publicações. Assim como os diversos movimentos (antis)sociais, mais uma massa de manobra. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Vivemos a velha cultura da lombada dos brasileiros, de atuar no efeito e não na causa, não priorizamos o ensino fundamental. A sociedade só se preocupa, quando muito, se os alunos estão nas escolas algumas horas por dia ou se irão receber o diploma, os políticos demagogos se interessam pela progressão e os pais se seus filhos irão passar de ano. Não nos preocupamos se os brasileirinhos estão efetivamente aprendendo para construírem seu futuro, se estão sendo formados para assumirem responsabilidade, para empreenderem, criarem, inovarem, aproveitarem as oportunidades que a vida lhes coloca no caminho, usw. E não nos preocupamos em assegurar um ensino de qualidade que requer métodos, pessoas com a competência, o empowerment instalações, e a recursos, motivação usw. necessárias, adequados para assegurar que alcance a todos os brasileirinhos. Caso contrário tiramos deles todo o potencial, transformando-os em alvos fáceis da demagogia política com suas bolsas e apadrinhamentos. Para saber mais sobre a verdadeira revolução que necessita ser feita no Brasil recomendo que acessem: http://www.institutoliberal.org.br/temas.asp?cdt=4 "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) "Quando a propriedade legal de uma pessoa é tomada por um indivíduo, chamamos de roubo. Quando é feito pelo governo, utilizamos eufemismos: transferência ou redistribuição de renda." (Dr. Walter E. Williams é professor de economia na Universidade George Mason em Fairfax, Va, EUA.) O Caso do Cofre do Adhemar Quatro meses depois da morte de Adhemar de Barros, um novo e definitivo escândalo histórico envolveria o seu nome. Em julho de 1969 surgia a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VARPalmares), resultado da fusão entre o Comando de Libertação Nacional (Colina) com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), comandada por Carlos Lamarca. É desta organização de esquerda que virá a ação que seria conhecida como o Caso do Cofre do Adhemar. Por detrás da lenda da caixinha do Adhemar, havia a certeza das suas negociatas obscuras e do hábito do velho político guardar o resultado delas em dinheiro vivo. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Mas onde estaria o dinheiro? Comentava-se que estava espalhado por vários cofres. Através de um militante da VAR-Palmares, Gustavo, soube-se do paradeiro de dois dos cofres com o dinheiro da caixinha do Adhemar. Um deles estava na casa e Ana Gimol Benchimol Capriglione, que morava com o irmão, o cardiologista Aarão Benchimol. O outro estaria na casa de José Benchimol. O jovem Gustavo sabia o que dizia, pois era sobrinho de Ana Capriglione, e de Aarão e José Benchimol. militante, Através a das revelações VAR-Palmares do jovem desenvolveu uma minuciosa e bem planeada ação, que envolveria treze guerrilheiros de várias regiões, identificados apenas pelos seus codinomes. Esta ação teria tido como cérebro a guerrilheira Estela (Dilma Rousseff). No dia 18 de julho de 1969, a ação para expropriar o cofre herdado por Ana Capriglione foi posta em execução. A ex-amante de Adhemar de Barros vivia em uma luxuosa mansão do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Às 15:30 horas, três guerrilheiros, de codinomes Leo (o sargento Darcy Rodrigues), Mariana (a estudante Sônia Lafoz) e Maurício (o professor Reinaldo José), estacionaram uma Aero Willys próxima à entrada da mansão. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Leo desceu do carro, deixando Maurício ao volante e ao seu lado, a bela Mariana de fuzil e granadas à mão. Dois outros veículos, uma Veraneio C-14 e uma Rural Willys, encostavam ao lado, trazendo mais dez guerrilheiros. Da Veraneio C-14, desceram os guerrilheiros Justino (o estudante Wellington Moreira Diniz), Alberto (o sargento José de Araújo Nóbrega) e Juvenal (o sociólogo Juarez Guimarães de Brito), todos vestindo paletó e gravata. Os três foram até a guarita, apresentaram ao vigia um falso mandado de busca e apreensão, supostamente expedido por um general, que estaria atrás de documentos subversivos em poder do doutor Aarão Benchimol. Justino carregava duas pistolas 45 e uma metralhadora, pronto para dispará-las, mas não foi preciso. Após desarmarem o vigia, a Veraneio C-14 e a Rural Willys subiram a alameda, estacionando em frente da escadaria. De acordo com os planos, eles têm 30 minutos para executar a ação. Já dentro da mansão, os guerrilheiros renderam onze empregados da casa, trancando-os na despensa. O irmão do guerrilheiro Gustavo, Sílvio Schiller, é algemado, ficando preso na despensa, ao lado dos empregados. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Os fios dos telefones da casa foram cortados. Seguindo as indicações de Gustavo, eles encontraram em um armário, um cofre de 350 quilos. Tentaram descer o cofre pela escadaria, deslizando-o em cima de um carrinho de rolimãs. No meio da operação, perderam o controle do carrinho, que desceu bruscamente, quebrando degraus de granito, tombando o cofre quando chegou ao fim das escadas. Usando da força bruta, conseguiram levantar o precioso e pesado objeto. Por fim, puseram o cofre dentro da Veraneio C-14, deixando a mansão. Já no meio do caminho, a Veraneio C-14 parou em um sinaleiro, um guarda de trânsito, vendo a traseira do veículo arriada pelo excesso de peso, comentaria: "O defunto que vocês estão carregando está pesado mesmo!" Todos já de armas em punho, ouviram quando Leo, mantendo uma calma disciplinar, falou friamente ao guarda, quase gracejando: "É um cofre que acabamos de roubar. Quer ver?" Ao que o guarda teria, inocentemente, respondido: "Não, façam bom proveito. Tomara que esteja cheio!" "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Mais tarde, Gustavo, o sobrinho de Ana Capriglione, seria preso e torturado. Ele manteria sempre a versão de que existiam oito cofres, que sabia o paradeiro de apenas dois, ambos nas casas dos tios. Quando a polícia investigou o caso, ouviu a versão de que o cofre na casa de José Benchimol estava vazio. Ana Capriglione, para safar-se de um inquérito aberto, manteve a versão de que o cofre levado da sua casa também estava vazio, que tudo não passara de um grande equívoco dos guerrilheiros. Ao contrário do que foi declarado pela ex-amante de Adhemar de Barros, os guerrilheiros, numa ação que duraria exatos 28 minutos (2 a menos dos 30 que haviam planejado), puseram as mãos em mais de 2,5 milhões de dólares. Como se fosse um Robin Hood tupiniquim, Carlos Lamarca, dirigente da VAR-Palmares, declararia à agência France Press: "Esse dinheiro, roubado do povo, a ele será devolvido. "Assim, parte do dinheiro da famosa caixinha do Adhemar, ele um fervoroso inimigo do comunismo, ironicamente serviu para financiar a resistência comunista e as guerrilhas contra a ditadura militar no Brasil. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) O heróico Soldado Mário Kosel Filho Mário Kosel Filho um herói anônimo - Mário Kosel Filho nasceu no dia 6 de julho de 1949, em São Paulo. Filho de Mário Kosel, gerente da Fiação Campo Belo e Therezinha Vera Kosel. O Kuka, como era conhecido, cursava o antigo colegial, à noite, e fazia parte Grupo Juventude, Amor, Fraternidade, da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, em Indianópolis, que tinha como símbolo uma rosa e um violão e havia sido idealizado pelo Kuka. Serviço Militar Aos 18 anos ingressou no Exército sendo designado para o 4º Regimento de Infantaria, Regimento Raposo Tavares, em Quitaúna, sendo considerado pelos seus superiores como um Soldado exemplar. Na madrugada fria e de pouca visibilidade do dia 26 de junho de 1968, no Quartel General do II Exército, as guaritas estavam guarnecidas por jovens soldados que prestavam o serviço militar obrigatório, entre eles, Mário Kosel Filho, que, como todos os outros tinha apenas seis meses de instrução e de serviço nas fileiras do Exército. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Tinham sido alertados a respeito da situação de insegurança que o país atravessava e que os quartéis eram terroristas. alvos Foram preferenciais igualmente de ações informados do assalto ao Hospital Militar, poucos dias antes, em que foram vítimas seus colegas do Regimento. Um grupo de dez terroristas, da VPR, carregando dinamite em uma camionete Chevrolet, se deslocou em direção ao Quartel General (QG) com a missão de infringir o maior número de vítimas e danos materiais ao QG. Uma das sentinelas, atenta, dispara contra o veículo que se aproximava aceleradamente do portão do Quartel. O soldado Rufino dispara 6 tiros contra o mesmo que se choca contra a parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se há alguém ferido no seu interior. A carga com 50 quilos de dinamite explode dilacerando seu corpo e espalhando a destruição e morte num raio de 300 metros. Seis militares ficaram feridos: o Coronel Eldes de Souza Guedes e os soldados João Fernandes de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Diógenes - herói da esquerda escocêsa Diógenes José Carvalho de Oliveira um dos 10 terroristas que mataram o soldado Mário Kosel Filho recebeu uma indenização de R$ 400.337,73 e mais uma pensão mensal vitalícia, livre de imposto de renda. Por ter assassinado o soldado Mário Kosel Filho e outros tantos crimes, a Comissão de Anistia e o Ministro da 'Injustiça', Tarso Fernando Herz(schlag) Genro, resolveram premiá-lo. O facínora Diógenes (Currículo vitae) - 20/03/1968 - construiu a bomba que explodiu uma na biblioteca da USIS, consulado dos EUA. Três estudantes foram feridos: Edmundo Ribeiro de Mendonça Neto, Vitor Fernando Sicurella Varella e Orlando Lovecchio Filho, que perdeu o terço inferior da perna esquerda: - 20/04/1968 - preparou a bomba, que foi lançada contra o jornal 'O Estado de São Paulo', ferindo três inocentes; - 22/06/1968 - participou do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo; - 26/06/1968 - lançou um carro-bomba contra o Quartel General do II Exército, matando o soldado Mario Kosel Filho, e ferindo mais quinze militares; "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) - 01/08/1968 - participou do assalto ao Banco Mercantil de São Paulo; - 20/09/1968 - participou do assalto ao quartel da Força Pública, quando foi morto, a tiros, o sentinela soldado Antonio Carlos Jeffery; - 12/10/1968 - às 8hs e 15min, Diógenes se aproximou do capitão Chandler, do Exército dos EUA, que retirava seu carro da garagem e na frente da mulher e dos seus filhos Luane e Todd de 3 anos, Jeffrey com 4 e Darryl com 9, o assassinou com seis tiros; - 27/10/1968 - participou do atentado à bomba contra a loja Sears da Água Branca; - 06/12/1968 - participou do assalto ao Banco do Estado de São Paulo ferindo, a coronhadas, o civil José Bonifácio Guercio; - 11/12/1968 - assalto à Casa de Armas Diana onde foi ferido a tiros o civil Bonifácio Signori; - 24/01/1969 - coordenou o assalto ao 4º RI, em Quitaúna, com o roubo de grande quantidade de armas e munições; - 02/03/1969 - Diógenes e Onofre Pinto foram presos na Praça da Árvore, em Vila Mariana; "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) - 14/03/1970 - foi um dos cinco militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do cônsul do Japão em São Paulo; - 1986 - era o assessor do vereador do PDT Valneri Neves Antunes, antigo comparsa da VPR e, ironicamente, fazia parte do movimento 'Tortura Nunca Mais'; - Na década de 90 - ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes; Diógenes do PT Diógenes José Carvalho de Oliveira foi também conhecido pelos codinomes de 'Leandro', 'Leonardo', 'Luiz' e 'Pedro'. Durante a CPI da Segurança Pública, no RS, ganhou destaque na mídia uma gravação em que ele dizia estar falando em nome do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, e solicitava que o então chefe da Polícia Civil, delegado Luiz Fernando Tubino, 'aliviasse' a repressão aos bicheiros. Diógenes era o presidente do Clube de Seguros da Cidadania, uma organização criada para arrecadar fundos para o PT. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Vítimas dos 'heróis' da esquerda escocêsa As famílias dos patriotas abaixo, ao contrário dos celerados membros da camarilha 'companheira' não receberam, até hoje, nenhuma indenização por parte da Comissão de Anistia e do Ministro da 'Injustiça', Tarso Fernando Herz(schlag) Genro. 12/11/64 - Paulo (Vigia - Rj) 27/03/65 - Carlos Argemiro (Sargento do Exército Pr) 25/07/66 - Edson Régis De (Jornalista - Pe) 25/07/66 - Nelson Gomes (Almirante - Pe) 28/09/66 - Raimundo De Carvalho (Cabo Pm - Go) 24/11/67 - José Gonçalves Conceição (Fazendeiro Sp) 07/11/68 - Estanislau Ignácio (Civil - Sp) 15/12/67 - Osíris Motta (Bancário - Sp) 10/01/68 - Agostinho F. Lima - (Marinha Mercante Am) 31/05/68 - Ailton De (Guarda Penitenciário - Rj) 26/06/68 - Mário Kozel (Soldado Do Exército - Sp) 27/06/68 - Nelson (Sargento PM - Rj) 27/06/68 - Noel De Oliveira (Civil - Rj) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 01/07/68 - Von Westernhagen (Major Ex. Alemão Rj) 07/09/68 - Eduardo Custódio (Soldado PM - Sp) 20/09/68 - Antônio Carlos (Soldado PM - Sp) 12/10/68 - Charles Rodney (Capitão do Ex. Usa Sp) 12/10/68 - Luiz Carlos (Civil - Rj) 25/10/68 - Wenceslau Ramalho (Civil - Rj) 07/01/69 - Alzira B. De Almeida - (Dona de Casa Rj) 11/01/69 - Edmundo Janot (Lavrador - Rj) 29/01/69 - Cecildes M. de Faria (Inspetor de Pol. Mg) 29/01/69 - José Antunes Ferreira (Guarda Civil Mg) 14/04/69 - Francisco Bento (Motorista - Sp) 14/04/69 - Luiz Francisco (Guarda Bancário - Sp) 08/05/69 - José (Investigador De Polícia - Sp) 09/05/69 - Orlando Pinto (Guarda Civil - Sp) 27/05/69 - Naul José (Soldado Pm - Sp) 04/06/69 - Boaventura Rodrigues (Soldado PM - Sp) 22/06/69 - Guido - Natalino A. T. (Soldados PM Sp) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 11/07/69 - Cidelino Palmeiras (Motorista de Táxi Rj) 24/07/69 - Aparecido dos Santos (Soldado PM - Sp) 20/08/69 - José Santa (Gerente De Banco - Rj) 25/08/69 - Sulamita Campos (Dona De Casa - Pa) 31/08/69 - Mauro Celso (Soldado PM - Ma) 03/09/69 - José Getúlio - João G. (Soldados da PM) 20/09/69 - Samuel (Cobrador de Ônibus - Sp) 22/09/69 - Kurt (Comerciante - Sp) 30/09/69 - Cláudio Ernesto (Agente da PF - Sp) 04/10/69 - Euclídes de Paiva (Guarda Particular Rj) 06/10/69 - Abelardo Rosa (Soldado PM - Sp) 07/10/69 - Romildo (Soldado PM - Sp) 31/10/69 - Nilson José de Azevedo (Civil - Pe) 04/11/69 - Estela Borges (Investigadora do Dops Sp) 04/11/69 - Friederich Adolf (Protético - Sp) 07/11/69 - Mauro Celso (Soldado PM - Ma) 14/11/69 - Orlando (Bancário - Sp) 17/11/69 - Joel (Sub-Tenente PM - Rj) 17/12/69 - Joel (Sargento - PM - Rj) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 18/12/69 - Elias (Soldado do Exército - Rj) 17/01/70 - José Geraldo Alves Cursino (Sgt PM - Sp) 20/02/70 - Antônio A. Posso Nogueró (Sgt PM - Sp) 11/03/70 - Newton de Oliveira Nascimento 31/03/70 - Joaquim (Investigador de Polícia - Pe) 02/05/70 - João Batista (Guarda de Segurança - Sp) 10/05/70 - Alberto Mendes (1º Tenente PM - Sp) 11/06/70 - Irlando de Moura (Agente da PF - Rj) 15/07/70 - Isidoro (Guarda de Segurança - Sp) 12/08/70 - Benedito (Capitão do Exército - Sp) 19/08/70 - Vagner L. Vitorino (Guarda de Seg. - Rj) 29/08/70 - José Armando (Comerciante - Ce) 14/09/70 - Bertolino Ferreira (Guarda de Seg. - Sp) 21/09/70 - Célio (Soldado PM - Sp) 22/09/70 - Autair (Guarda de Segurança - Rj) 27/10/70 - Walder X. (Sargento da Aeronáutica Ba) 10/11/70 - José Marques (Civil - Sp) 10/11/70 - Garibaldo (Soldado PM - Sp) 10/12/70 - Hélio de Carvalho (Agente da PF - Rj) 07/01/71 - Marcelo Costa Tavares (Estudante - MG) 12/02/71 - Américo (Soldado PM - Sp) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 20/02/71 - Fernando (Comerciário - Rj ) 08/03/71 - Djalma Pelucci (Soldado PM - Rj) 24/03/71 - Mateus Levino (Tenente da Fab - Pe) 04/04/71 - José Júlio Toja (Major do Exército - Rj) 07/04/71 - Maria Alice (Empregada Doméstica - Rj) 15/04/71 - Henning Albert (Industrial - Sp) 10/05/71 - Manoel Silva (Soldado PM - Sp) 14/05/71 - Adilson (Artesão - Rj) 09/06/71 - Antônio Lisboa Ceres (Civil - Rj) 01/07/71 - Jaime Pereira (Civil - Rj) 02/09/71 - Gentil Procópio (Motorista de Praça Pe) 02/09/71 - Gaudêncio - Demerval (Guardas Seg. Rj) --/10/71 - Alberto Da Silva (Civil - Rj) 22/10/71 - José (Sub-Oficial da Marinha - Rj) 01/11/71 - Nelson Martinez (Cabo PM - Sp) 10/11/71 - João (Cabo PM - Sp) 22/11/71 - José Amaral (Guarda De Segurança - Rj) 27/11/71 - Eduardo Timóteo (Soldado PM - Rj) 13/12/71 - Hélio F. (G.Seg. - Rj) - Manoel da Silva (Com.) - Francisco B.(Mot.) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 18/01/72 - Tomaz P. de Almeida (Sargento PM - Sp) 20/01/72 - Sylas Bispo Feche (Cabo PM - Sp) 25/01/72 - Elzo Ito (Estudante - Sp) 01/02/72 - Iris (Civil - Rio De Janeiro) 05/02/72 - David A. (Marinheiro Inglês - Rj) 15/02/72 - Luzimar Machado De (Soldado PM - Go) 27/02/72 - Napoleão Felipe Bertolane (Civil - Sp) 06/03/72 - Walter César (Comerciante - Sp) 12/03/72 - Manoel (Guarda de Segurança - Sp) 12/03/72 - Aníbal F. de A. (Coronel Exército - Sp) 12/03/73 - Pedro (Capataz da Fazenda Capingo) 08/05/72 - Odilon Cruz (Cabo do Exército - Pa) 02/06/72 - (Sargento PM - Sp) 29/06/72 - João (Mateiro da Região do Araguaia Pa) Set/72 - Osmar (Posseiro - Pa) 09/09/72 - Mário Domingos (Detetive Polícia Civil Rj) 23/09/72 - Mário Abraim Da (2º Sgt do Exército Pa) 27/09/72 - Sílvio Nunes (Bancário - Rj) 01/10/72 - Luiz Honório (Civil - Rj) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 06/10/72 - Severino F. - José I. (Civis - Pe) 21/02/73 - Manoel Henrique (Comerciante - Sp) 22/02/73 - Pedro Américo Mota (Civil - Rio De Janeiro) 25/02/73 - Octávio Gonçalves Moreira (Del. de Pol Sp) .../06/73 - Francisco Valdir (Soldado do Exército Pa) 10/04/74 - Geraldo José (Soldado PM - Sp) Fonte: Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS) Rua Dona Eugênia, 1227 Petrópolis - Porto Alegre - RS 90630 150 Telefone:- (51) 3331 6265 Site: http://www.amazonia enossaselva. com.br E-mail: hiramrs@terra. com.br "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Coro com Olavo de Carvalho Envie as suas respostas às perguntas abaixo para [email protected] www.olavodecarvalho.org De minha parte faço coro com o Olavo de Carvalho, filósofo, que já foi comunista de carteirinha, mas que felizmente também amadureceu. Ele desafiou o atual ocupante do Palácio do Planalto e seus 60 intelectuaizinhos de estimação, os partidos de esquerda, o dr. Baltasar Garzón e todos os camelôs de direitos humanos a provar que qualquer das afirmações seguintes não corresponde aos fatos: 1. Todos os militantes de esquerda mortos pela repressão à guerrilha eram pessoas envolvidas de algum modo na luta armada. Entre as vítimas do terrorismo, ao contrário, houve civis inocentes, que nada tinham a ver com a encrenca. É ou não verdade? 2. Mesmo depois de subir na vida e tomar o governo, tornando-se poderosos e não raro milionários, os terroristas jamais esboçaram um pedido de perdão aos familiares dessas vítimas, muito menos tentaram lhes dar alguma compensação moral ou material. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Nada, absolutamente nada, sugere que algum dia tenham sequer pensado nessas pessoas como seres humanos; no máximo, como detalhes irrisórios da grande epopéia revolucionária. Em contrapartida, querem que a opinião pública se comova até às lágrimas com o mal sobrevindo a eles próprios em retaliação pelos seus crimes, como se a violência sofrida em resposta à violência fosse coisa mais absurda e chocante do que a morte vinda do nada, sem motivo nem razão. É ou não verdade? 3. Bradam diariamente contra o crime de tortura, como se não soubessem que aprisionar à força um não-combatente e mantê-lo em cárcere privado sob constante ameaça de morte é um ato de tortura, ainda mais grave, pelo terror inesperado com que surpreende a vítima, do que cobrir de pancadas um combatente preso que ao menos sabe por que está apanhando. Contrariando a lógica, o senso comum, os Dez Mandamentos¹ e toda a jurisprudência universal, acham que explodir pessoas a esmo é menos criminoso do que maltratar quem as explodiu. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) É ou não verdade? ¹) Dez Mandamentos: http://www.luteranos.com.br/articles/8160/1/OsDezMandamentos/1.html http://www.ekd.de/glauben/zehn_gebote.html http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/arch ive_2005_compendium-ccc_po.html http://www.chabad.org.br/tora/10mandamentos.htm http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/666858/jewish /10-Mandamentos.htm http://www.batkol.info/ 4. Mesmo sabendo que mataram dezenas de inocentes, jamais se arrependeram de seus crimes. O máximo de nobreza que alcançam é admitir que a época não está propícia para cometê-los de novo. E esperam que esta confissão de oportunismo tático seja aceita como prova de seus sentimentos pacíficos e humanitários. É ou não verdade? "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 5. Consideram-se heróis, mas nunca explicaram o que pode haver de especialmente heróico em ocultar uma bomba-relógio sob um banco de aeroporto, em aterrorizar funcionárias de banco esfregando-lhes uma metralhadora na cara, em armar tocaia para matar um homem desarmado diante da mulher e do filho ou em esmigalhar a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado – sendo estes somente alguns dos seus feitos presumidamente gloriosos. É ou não verdade? 6. Dizem que lutavam pela democracia, mas nunca explicaram como poderiam criá-la com a ajuda da ditadura mais sangrenta do continente, nem por que essa ditadura estaria tão ansiosa em dar aos habitantes de uma terra estrangeira a liberdade que ela negava tão completamente aos cidadãos do seu próprio país. É ou não verdade? "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) 7. Sabem perfeitamente que, para cada um dos seus que morria nas mãos da polícia brasileira, pelo menos 300 eram mortos no mesmo instante pela ditadura que armava e financiava a sua maldita guerrilha. Mas nunca mostraram uma só gota de sentimento de culpa ante o preço que sua pretensa luta pela liberdade custou aos prisioneiros políticos cubanos. É ou não verdade? se preocupe em construir algo e não destruir. Tivemos a Anistia, justamente para não termos revanchismo. De um lado tivemos uma direita mobilizada e armada, com potencial apoio das Forças Armadas Norte-Americanas, de outro uma esquerda terrorista que não media esforços e vidas humanas para a conquista do poder. Felizmente tivemos os militares, as nossas Forças Armadas, os quais seguramente se excederam, mas souberam manter o país livre de regimes totalitários de esquerda e também de direita, não tivemos significativos derramamentos de sangue como ocorreu na Alemanha (DDR), Cuba, Coréia (do Norte), Vietnam, usw... "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Leia o texto abaixo: Reparando uma injustiça pessoal A realidade brasileira é cruel, principalmente quando sabemos que crimes contra a vida, trânsito e os relacionados ao tráfico de drogas, seres humanos, órgãos, espécies de nossa flora e fauna, recursos naturais, etc. serem os que mais impactam em termos de violência na nossa sociedade, muito embora crimes como os relacionados aos direitos humanos serem os que ganham importância no meio político e no meio jornalístico, a começar pela atuação do atual Ministro da Justiça, especialista em Direito Trabalhista, Tarso Fernando Herz(schlag) Genro (http://www.tarsogenro.com.br/), um político desastrado pelos resultados que produziu no Rio Grande do Sul (Em 1988, foi eleito Vice-Prefeito de Porto Alegre pela Frente Popular, ocupando também o cargo de Secretário de Governo. No final de 1989 até 1990 foi Deputado Federal. Em 1990, concorreu ao Governo do Estado pela Frente Popular. Retornou posteriormente à Vice- Prefeitura, até 1º de junho de 1992. Exerceu o cargo de Prefeito de Porto Alegre, de 1993 a 1996 e de 2001 a 2002. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Vale a pena ler o livro Herança Maldita¹, que conta os 16 anos do PT em Porto Alegre (http://polibiobraga.blogspot.com/) e que historicamente esteve voltado ao Direito Trabalhista e não na esfera penal ou outras áreas da justiça onde o brasileiro necessita efetivamente uma atuação forte e eficaz por parte do Estado. Sugiro a aquisição de dois livros que são leitura obrigatória para aqueles que querem saber do que os PTralhas são capazes, e nas mãos de quem já esteve o destino de Porto Alegre e de quem está o destino do Brasil atualmente. Herança Maldita: os 16 anos do PT em Porto Alegre - Políbio Braga Livraria Cultura O País dos Petralhas: Reinaldo Azevedo - Livraria Cultura Livraria Cultura: [email protected] Quando falamos de Tarso Fernando Herz(schlag) Genro, vale considerar que mesmo nesta área, de sua "especialidade", ao menos ele estudou para isso, nada produziu de positivo, o Brasil continua a ter a legislação trabalhista e a forma de solução dos conflitos trabalhistas como um dos principais entraves ao nosso desenvolvimento. Alimenta a economia informal, que responde por mais da metade das pessoas que trabalham no Brasil. O ônus imposto aos empregadores do mercado de trabalho formal desestimula novas contratações. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A evolução tecnológica e das relações interpessoais tornou obsoleta a legislação fascista brasileira, imposta ainda durante a ditadura Vargas. Nem ela, nem a Justiça do Trabalho, criada na mesma ocasião, atendem às necessidades de arranjos mais flexíveis entre patrões e empregados, em que todas as partes sairiam ganhando. Os milhões de processos trabalhistas que se arrastam por anos também representam um custo injustificável, tanto para a União, que tem a obrigação de manter essa onerosa estrutura, como para os empregadores. O resultado é que mais da metade da população brasileira trabalha hoje na informalidade, sem contar os excessos como o trabalho escravo, que é ainda verificado no Brasil, até mesmo na cidade de São Paulo, com o trabalho ilegal de imigrantes bolivianos e asiáticos e o pior deles, a pressão para a prostituição, inclusive a infantil. Sem perspectivas de emprego centenas de milhares de jovens são empurrados para a criminalidade e prostituição, inclusive em outros países, onde hoje a palavra "brasileira" é sinônimo de prostituta em Madrid, Paris, Roma e muitas cidades importantes na Europa e nos Estados Unidos. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) E para quem se esqueceu do recente escândalo envolvendo o governador de Nova York, Eliot Spitzer, que possuía a bandeira da moralidade, pouco se comentou denunciante, a aqui no Brasil sobre cafetina/prostituta a brasileira Andréia Schwartz, bem como saber reconhecer as causas das deportações de inúmeros brasileiros e brasileiras ou as barreiras impostas aos turistas e estudantes e a “turistas e estudantes” brasileiros. Sem perspectiva no Brasil nossos jovens empreendem a "Diáspora Econômica Brasileira". A realidade na esfera criminal é que a maioria dos crimes são tratados pelas polícias estaduais, inclusive a maioria dos crimes que deveriam ser conduzidos pela Polícia Federal, como pirataria, contrabando, tráfico de drogas, assaltos a bancos, tráfico de armas, tráfico de animais e exemplares de nossa fauna e flora, contrabando, exploração irracional de recursos naturais, prostituição internacional, tráfico de órgãos, acidentes de trânsito em rodovias federais, etc.. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Isso sem contar as inúmeras denúncias levadas a termo na nossa sociedade pela forma inconsequente e irresponsável como o judiciário, o executivo e o legislativo hoje tratam os direitos relacionados à propriedade, ao estado de direito e ao bom funcionamento da economia de mercado, que cada dia mais retiram dos brasileiros que pesquisam, empreendem, inovam, criam, se esforçam, etc. a perspectiva de dias melhores. Situação que leva os brasileiros que empreendem estas ações a realizarem a diáspora econômica brasileira, pois levam consigo o seu talento e competência e principalmente a possibilidade de um Brasil melhor. E para que tenham uma compreensão do problema recomendo que leiam a reportagem sobre um dos estudos do IPEA sobre a violência no Brasil, responsável no meu entender por mais de 10% de perdas do PIB, a começar pelo enorme contingente de turistas que deixam de nos visitar, afugentados que são pela violência, em especial quando consideramos o potencial que esta indústria, a do turismo, pode proporcionar ao Brasil, em especial quando vemos o exemplo da Espanha, onde mais de 40% do PIB é resultado do turismo. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Aqui no Brasil 40% do PIB vai para o pagamento dos impostos que não retornam ao cidadão em serviços que são de responsabilidade do Estado, a começar pela defesa nacional, segurança pública e os primeiros passos da justiça na área criminal através da polícia judiciária (Polícia Técnico-científica e Polícia Civil). Leia: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG77064-6009-4662,00-DO+PIB.html http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&tas k=view&id=199&Itemid=29 Qual será a herança dos 8 anos do PT no Governo Federal? E qual a herança na área da justiça, quando temos um Ministro de Estado mais preocupado mais em administrar o espelho retrovisor que o futuro do Brasil? Pelos caminhos que não levam a lugar nenhum ... "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) "Se o brasileiro não desse ouvidos a mentiras exigiria que o atual Ministro da Justiça, o anistiado Tarso Fernando Herz(schlag) Genro, apresentasse quantos brasileiros morreram ou de outra forma foram vítimas da violência, isso desde a posse do atual ocupante do Palácio do Planalto em 2003, e destes quais foram vítimas diretas ou indiretas de crimes federais, como tráfico de drogas, sequestros contra a administração pública, a previdência social, a ordem tributária, o Sistema Financeiro Nacional, as telecomunicações e as licitações, estelionato, moeda falsa, abuso de autoridade, tráfico de drogas, armas, órgãos e animais silvestres, extração ilegal de madeira, ocupação de propriedades da União - com destaque àquelas ocupadas pelo MST, lavagem de dinheiro, prostituição internacioanal - com destaque para a prostituição infantil e tantos outros que são de competência federal. Vale lembrar também que os crimes previstos por qualquer motivo em textos internacionais, são crimes federais e da competência do sistema federal de Justiça". (Gerhard Erich Boehme) “Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta” (Senador Ruy Barbosa de Oliveira - autor de Anistia inversa - casa de Teratologia Jurídica, 1896) "O que o labirinto nos ensina não é onde está a saída, mas quais os caminhos que não levam a lugar nenhum." (Norberto Bobbio - Retirado do Site www.tarsogenro.com.br) "Pela incompetência dos que hoje nos governam sentimos-nos como em um labirinto, as propostas por eles apresentadas dificilmente nos levam a saída ou a solução de nossos entraves ao desenvolvimento". (Gerhard Erich Boehme) "A proposta do ilustre ministro Tarso Genro reabre feridas que estavam cicatrizadas. Nada constrói e só desunião pode criar. Seria importante que o presidente da República deixasse bem claro que a proposta do ilustre ministro Tarso Genro de ignorar a Lei de Anistia tem um caráter estritamente pessoal e que não reflete a posição do governo e do presidente da República." (Senador Francisco Dornelles - PP/RJ) "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Anistia é e deve ser pagina virada, deve fazer parte de nossa história, para que possamos entender nossos erros e não mais cometê-los, principalmente no sentido de asseguramos que a soberania do Brasil não seja perdida, que os brasileiros não sejam subjugados, como agora nos ameaçam com os ditames do Foro San Pablo, com seu bolivarianismo, chavismo ou Socialismo do Século XXI, assim como com a violência colocada a serviço desta mesma pandilha, quando abre as fronteiras e retira poder das Forças Armadas e das polícias militares ou brigadas militares permitindo que o tráfico e consumo de drogas a partir das FARC seja crescente. Assim como quando não valorizam o trabalho do judiciário na esfera criminal, em especial seus primeiros passos dados pelas polícias judiciárias, conhecidas no Brasil como Polícia Técnica e Polícia Civil, punindo exemplarmente os que cometem crimes. Anistia deve ser página virada, devemos nos concentrar na formação dos brasileirinhos, deixando de retirar deles o seu potencial ou subjugá-los ideologicamente, como é feito hoje a partir das orientações do MEC, de seu ministro. Acesse: http://www.escolasempartido.org "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Anistia deve ser página virada, se o atual ministro da justiça, deve deixar de ser ministro da (in)justiça e mudar a realidade brasileira, onde mais da metade da força de trabalho está na informalidade, na marginalidade, na ociosidade ou vive de bolsas. E essa realidade é ou não uma loucura? Devemos cobrar trabalho do ministro da justiça e não deixar que ele continue a privilegiar sua pandilha, pois por conta de nossa leniência, um em cada dois brasileiros está hoje na informalidade, na marginalidade, na ociosidade ou vive de bolsas e isso sem contar a diáspora econômica brasileira. Estou aberto ao debate. Abraços, Gerhard Erich Boehme [email protected] (41) 3095-8493 (41) 8877-6354 Skype: gerhardboehme Caixa Postal 15019 80811-970 Curitiba - PR "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Ouça: http://podcast.lucianopires.com.br/2009/12/04/refugiados-eticos/ Leia: http://www.institutoliberal.org.br/conteudo/download.asp? cdc=1485 Compromisso dos (www.monarquia.org.br www.brasilimperial.org.br) monarquistas e Valorização da missão das Forças Armadas como guardiãs da Nação. No seu prestígio e na sua eficiência repousam a paz social e a segurança interna e externa de nossa Pátria, bem como o merecido realce desta no cenário internacional. Aos seus integrantes devem ser proporcionadas todas as condições para que vivam condignamente, isentos de preocupações materiais que afetem seu moral e os afastem da dedicação integral às lides castrenses. Teste a velociadade de sua conexão: http://speedtest.copel.net/speedtest.swf "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Reparando uma injustiça pessoal Olavo de Carvalho Discurso pronunciado no Clube Militar do Rio de Janeiro em 31 de Março de 1999. Transcrição revista pelo autor. NB – Meu artigo "A história oficial de 1964", publicado em O Globo de 19 de janeiro de 1999, que nenhum mandarim da esquerda ousou responder, todos deixando o espinhoso encargo para uma inábil professorinha do interior que acabou confirmando todos os meus argumentos, trouxe para o autor um presente inesperado e — nos dias que correm — bastante incômodo: a amizade dos militares. É preciso estar maluco para declarar isto em público, mas é certo que essa amizade muito me honra e me alegra. E foi ela que levou dois ilustres militares brasileiros, o Cel. Luís Paulo Macedo Carvalho, presidente do Instituto de História e Geografia Militar, e o Gen. Hélio Ibiapina Lima, presidente do Clube Militar, a me convidar para falar nessas duas instituições, respectivamente nos dias 30 e 31 de março "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) passado. O que eu disse numa e na outra foi mais ou menos a mesma coisa, mas o discurso do Clube Militar foi gravado e transcrito, o que me permite reproduzi-lo nesta homepage. O discurso foi pronunciado de improviso, sem notas. Publico aqui a transcrição integral da gravação em fita, sem alterações, apenas corrigida em detalhes de linguagem e completada nos pontos truncados. — Olavo de Carvalho Agradeço comovido ao General Hélio Ibiapina e a todos os queridos amigos do Clube Militar este convite que muito me alegra, e peço permissão para começar esta conferência com uns detalhes autobiográficos, não por vaidade, absolutamente, mas apenas porque alguns fatos da minha vida se encaixam muito bem no assunto que vamos abordar aqui. Existem pessoas que têm o dom de se aproximar de quem está no poder. Eu pareço que fui brindado com o dom contrário. No tempo dos governos militares, logo no começo, entre 1966 e 68, eu era um militante do Partido Comunista e odiava os militares; eu os chamava de "gorilas", como aliás todo mundo naquele meio. Tive muitos amigos e parentes que foram prejudicados pelo governo "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) militar e durante todo aquele período eu me senti marginalizado, como muitos membros da minha geração, em razão de minha hostilidade ao regime. Hoje em dia, quando os esquerdistas estão no poder, dominam tudo e estão passando muito bem de saúde, já não estou mais ao lado deles e estou aqui falando para vocês. Por isto é que digo que fui brindado com este dom de fazer sempre as amizades mais inconvenientes no momento. Todos conhecemos muitas pessoas que fizeram carreira no regime militar e tão logo a situação mudou trataram de trocar de amizades, porque era melhor para a sua saúde... Ora, toda a experiência que vivi, primeiro ao lado dos esquerdistas e depois numa longa solidão para a qual me retirei após ter me desiludido com a perspectiva socialista, para poder meditar e refazer de certo modo o meu mundo de idéias, toda esta experiência me ensinou, em primeiro lugar, a inconveniência de falar quando não se tem um mínimo de certeza razoável. Devo lembrar aos senhores que a minha atuação pública começa apenas em 1996, com o livro O Imbecil Coletivo. Até aí a minha vida tinha sido muito modesta, muito discreta, dando minhas aulinhas e escrevendo uns livros de filosofia que ninguém lia. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Só publiquei O Imbecil Coletivo porque observei a ascensão de um tipo de mentalidade destrutiva, não só do ponto de vista político mas sobretudo no que diz respeito à destruição da inteligência humana. Tendo observado fatos cada vez mais alarmantes, na área cultural, e vendo que ninguém dava sinal de tê-los percebido, eu disse a mim mesmo: "Parece que sobrou para mim". Então, com competência ou sem ela, foi necessário fazer alguma coisa. Esse livro, na época, desencadeou uma onda que eu não diria de raiva, foi mais onda de pânico, entre pessoas do meio intelectual que jamais tinham sido criticadas no mais mínimo que fosse e que estavam acostumadas com o dogma da intangibilidade sacrossanta de suas pessoas. Um deles, lembro-me claramente, foi o prof. Leandro Konder, um comunista histórico, um homem que nunca foi criticado par nada, um homem sem defeito, um homem sem mácula e que, onde quer que vocês perguntem a respeito dele, lhes dirão: "O Leandro é uma moça", "O Leandro é um cavalheiro, é um gentleman." Dele não se fala mal. E esse homem, por conta do seu prestigio de gentleman, vinha não só mentindo compulsivamente em assuntos culturais, mas pregando idéias bastante destrutivas, por trinta anos protegido pelo manto de sua pretensa delicadeza. Então, quando ousei "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) mexer nessa figura, muita gente ficou escandalizada, parecia que ia ter um enfarte, e eu notei que para essas pessoas doía mais nos seus corações ver alguém destratar intelectualmente um Leandro Konder, um Oscar Niemeyer ou alguém assim, do que ouvir blasfêmias contra Jesus Cristo. Eu cheguei a ver pessoas, em conferências minhas, passarem mal fisicamente ao ver-me desmascarar certas figuras da sua adoração. Tudo isso eu vi com estes dois olhos, não estou inventando nada. Eu vi no rosto dessas pessoas a emoção que a Bíblia chama "escândalo". Que é o escândalo, no sentido bíblico do termo? O escândalo é um fato que desmente a nossa fé, que viola a integridade da nossa alma e abala a nossa confiança na ordem do universo. Então, quando eu dizia certas coisas para certas platéias, as pessoas sentiam a emoção do escândalo, uma espécie de terror espiritual ante a morte do seu Deus. Não posso dizer que os artigos que publiquei, reunidos nesse livro, tenham suscitado propriamente ódio ou rancor. Eu tenho certeza de que suscitaram medo. As pessoas sempre me perguntam se nunca recebi pressões ou se fui intimidado ou ameaçado. Sim, isso aconteceu algumas vezes, mas ninguém fica "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) trinta anos quieto num canto, pensando, para depois recuar ao surgir a primeira reação adversa. Recuamos só quando, na juventude, no arrebatamento do entusiasmo, nos levantamos de improviso contra algo que no calor da hora nos parece errado e o adversário reage, aí sim nos intimidamos e corremos e pomos o rabo entre as pernas. Praticamente toda a minha geração fez isso. Fez isso baseada sobretudo no mito lisonjeiro de que a juventude é idealista e de que a juventude tem amor à justiça. Ora, o que vocês achariam de um juiz de quinze anos de idade que condenasse o réu sem sequer tê-lo ouvido? Não há amor à justiça quando não há amor à verdade, e não há amor à verdade quando não há sequer a paciência de esperar para conhecê-la. Isto quer dizer que esse famoso amor à justiça que se atribui à juventude é arrogância. apenas vaidade, Evidentemente esses pretensão e sentimentos baixos, como todas as paixões infames de que o ser humano é capaz, sempre podem ser muito bem trabalhados e aproveitados por pessoas sedutoras. A palavra "sedutor" vem do latim sub ducere. Ducere é "conduzir", e sub, "por baixo". Quer dizer: o sedutor é alguém que nos conduz pela nossa parte inferior, pela nossa parte fraca e pelas nossas tendências abissais ocultas. Ora, não há tendência "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) mais baixa do que a vaidade e a arrogância rancorosa. Quem quer que diga a um garoto de quinze anos que ele é superior à geração de seus pais porque tem o espírito da justiça é apenas um sedutor barato e mentiroso. Mas acho que não houve na história do século XX uma única geração que não tenha ouvido esse canto de sereia. Eu também ouvi, eu também fui seduzido, eu também achei maravilhoso me imaginar o grande justiceiro: aos dezessete, dezoito anos eu tinha a certeza de que sabia quais eram os males do mundo, de que eu sabia quais eram os culpados pelos males do mundo e qual a punição que deveria lhes ser aplicada. Também tinha a certeza de que o principal mal do mundo era que não me dessem os instrumentos de punir todos os culpados. Ou seja: para resolver tudo bastava uma só coisa — dar o poder absoluto ao Olavo de Carvalho e a seus cumpinchas. Então tudo estaria resolvido, isto eu achava aos dezessete anos e toda a minha geração pensava como eu. Vocês chamam isso de espírito de justiça? Eu chamo de espírito de estupidez, espírito de arrogância, espírito da pretensão boba. A diferença entre eu e os meus companheiros de geração é a seguinte: eu percebi isso e eles não. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Quando falo em companheiros de geração, às vezes se trata de pessoas que me eram bem mais próximas que meros companheiros de geração. Durante um certo tempo dividi um apartamento com o Rui Falcão, que foi presidente do PT, e ambos éramos amigões do José Dirceu, que não saía dali; então, esses eram os meus companheiros. Eu percebi que eu era um palhaço arrogante e eles nada perceberam de si mesmos até hoje. Não sei se cheguei a ser alguma coisa que preste, mas aquela porcaria que eu era já não sou mais. Não consigo mais me enganar com tanta facilidade, não consigo dizer a mim mesmo, como naquela época: "Olavo, você sabe quem são os culpados dos males do mundo", "Olavo, você tem o direito de reivindicar a posse do chicote universal para açoitar o lombo de todos os malvados", e assim par diante. Ora, estou com 52 anos, alguma coisa devo ter aprendido neste período, mas certamente, se aprendi, foi porque me abstive de falar durante vinte anos ou mais. Ontem mesmo, na conferência que fiz no Instituto de Geografia e História Militar, estava contando que fiz como Buda, que, sendo tomado por uma dúvida, sentou ao pé de uma árvore e disse: Não me levanto daqui até descobrir a resposta. Eu também tive um amigo, já falecido, "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) que foi um grande psicólogo clinico, Juan Alfredo César Müller, o qual, na sua juventude, tendo terríveis dúvidas vocacionais, entrou numa igreja e disse para si mesmo: "Vou me ajoelhar e vou rezar até obter a resposta ou vou morrer ajoelhado aqui." Assim, ele obteve a evidência, uma espécie de sinal divino de que ele devia seguir a carreira de psicólogo, e raramente uma vocação foi tão acertada como a desse grande gênio da psicologia clinica . Quando a gente quer a verdade a gente faz assim, quando a gente não quer a gente inventa uma qualquer, a que nos pareça a mais lisonjeira, a que agrade ao nosso grupo de referência, e condenamos o resto do mundo porque ele não concorda conosco. Quem estudar brevemente a história do século XX verá que todos os movimentos destrutivos, todos os movimentos responsáveis por massacre de milhões de pessoas, todos eles, foram sempre encabeçados por jovens, e que a militância a serviço desses movimentos foi sempre de jovens. Isso será porque o jovem tem espírito de justiça? Somem o número dos mortos; cem milhões do comunismo, mais vinte milhões do fascismo e assim par diante, sem contar a maravilhosa militância de 1968 — Woodstock — em favor da disseminação das drogas, que transformou o mundo num feudo dos traficantes. Quantas pessoas as drogas mataram e a "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) quem incumbe a culpa disso? A culpa inteira cabe a estes jovens, cujos pais covardemente continuam a lisonjeá-los, dizendo: "Vocês têm o espirito da justiça", "Vocês têm o espirito da verdade", "Vocês são melhores que nós". Nunca se deve dizer isso a um filho, nunca, nunca, nunca. Um século de lisonja à juventude deu em duzentos mi1hões de mortos. Será que não está na hora de parar com isso? Será que não está na hora de os adultos aprenderem que os jovens não devem ser lisonjeados e sim educados, mesmo que isto os contrarie? Muito bem, eu tive um monte de filhos, tenho oito filhos, nunca os maltratei, nunca os humilhei, mas também nunca os lisonjeei. Eu disse apenas o que um pai deve dizer a um filho: "Eu te amo, meu filho", "Saia de cima do muro que você vai cair", "Pare de maltratar o seu irmãozinho", e todas essas coisas de pai. Mas nunca disse: "Você é a encarnação do espírito de justiça", "Você é a consciência moral do seu pai", e nenhuma dessas coisas covardes que corrompem a alma da juventude. Podemos expressar bons sentimentos pelos nossos filhos sem lhes inocular a mais destrutiva das ilusões. Mas a nossa geração recebeu doses imensas, doses cavalares desta lisonja. E, assim lisonjeados, acreditamos que bastava nos dar armas e que o resto nós faríamos: construiríamos "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) um mundo melhor. E como construiríamos um mundo melhor? Pelo velho expediente de matar — matar quem não o desejasse. Esta é sempre a solução, qualquer que seja o problema, não é mesmo? Nós tomamos em sentido literal o que dizia Jean Paul Sartre: "O inferno são os outros". Basta matá-los e está tudo resolvido, basta matar quem não concorda conosco. Sendo educado nesta mentalidade, — da qual felizmente me livrei, mas me livrei progressivamente, porque é uma ilusão pensar que você se livra do veneno marxista simplesmente trocando a carteirinha do seu clube; não é assim, é um processo interior que requer uma verdadeira psicanálise, uma retirada progressiva dos enclaves, dos complexos, dos cacoetes mentais que se impregnam profundamente na nossa alma —, tendo sido educado nesta mentalidade, foi assim que julguei o movimento de 1964. Para julgá-lo, condená-lo e abominá-lo eu não precisei saber quase nada a respeito dele. Bastou ouvir uma palavra. E qual era essa palavra? Era a palavra mágica – "a Direita". Qual era o crime dos militares? Eles eram a Direita. Ora, a Direita quer dizer necessariamente o mal, portanto eles eram o mal encarnado. Não interessava saber o que estavam fazendo, por que estavam fazendo, etc. Não era preciso saber nada a respeito deles para odiá-los e "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) condená-los. Era uma espécie de maldade ontológica que estava grudada na constituição deles, independentemente do que fizessem ou deixassem de fazer. Se um militar socorresse um doente na rua ele continuaria sendo mau, e se um homem da esquerda maltratasse uma criancinha, ainda assim ele continuaria sendo bom, porque a bondade e a maldade não dependiam dos atos e sim da identidade ideológica. Ora esta metafísica, esta horrenda metafísica maniquéia, ela na verdade é a essência mesma da política. Um dos grandes teóricos da política no século XX foi Carl Schmitt. Ele se perguntou qual a essência da política, o que distingue a política de outras atividades, o que distingue a política da moral, do direito da economia etc. E ele diz o seguinte: quando um conflito entre facções não pode ser arbitrado racionalmente pela análise do conteúdo dos conceitos em jogo e quando portanto o conflito se torna apenas confronto nu e cru de um grupo de amigos contra um grupo de inimigos, isto chama-se — Política. Ora, é fácil você compreender que nesse sentido a definição de Schmitt inverte a definição de Clausewitz que diz que a guerra é uma continuação da política por outros meios. Schmitt descobriu, muito mais realisticamente, que a política é uma continuação da guerra par outros "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) meios. Ora, durante toda a história humana existiu política mas havia outras dimensões e outras atividades que eram consideradas mais importantes. A religião era uma delas, mesmo os governantes se ocupavam mais de religião que de política. No século XIX, um homem chamado Napoleão Bonaparte descobre uma coisa terrível: a política, diz ele, é o destino inevitável dos tempos modernos. Tudo vai virar política e os homens não se ocuparão senão de política. Ele descobre a politização geral de tudo. E o que significa a politização geral? Significa que todos os conflitos já não poderão mais ser arbitrados pela análise dos conteúdos dos termos em questão, mas serão resolvidos sempre por um confronto de forças entre o grupo dos amigos e o grupo dos inimigos. Ou seja, terminou a civilização e começou a barbárie. A politização geral de tudo é simplesmente a barbárie, a violência institucionalizada, seja sob a forma de violência física, seja como a violência moral da mentira imposta como verdade obrigatória. Napoleão previu isso no começo do século XIX, mas a previsão dele só se torna plenamente efetiva no Século XX. No século XX tudo é politizado, e por isso mesmo este foi o século mais violento e mais sanguinário da história humana. A partir do século XIX você vê um "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) crescimento do índice de violência, absolutamente incomparável com o crescimento paralelo da população. A politização geral da vida quer dizer que um garoto de quinze, de dezesseis anos, que mal está entrando na vida, que não tem a menor idéia do que se passa neste planeta, já está cooptado, já está inscrito no grupo dos amigos, cuja única finalidade é matar o grupos dos inimigos. Mas isto é vida? Isto é perspectiva que se ofereça a um jovem: politizá-lo desde o berço, oferecer-lhe o vício da militância política como se fosse a encarnação mais alta da ética e do bem? Ora, quantas vezes não ouvi intelectuais brasileiros fazendo a apologia da politização, condenando as pessoas que não são politizadas! Por exemplo, um homem que se ocupe mais de religião do que de política é condenado como um cretino ou um inconsciente, um indivíduo que se ocupa mais com o sustento de sua família do que de política parece uma criatura inferior. Quando analisamos o termo e entendemos as implicações praticas deste conceito, vemos que esta apologia da politização é a coisa mais monstruosa que algum ideólogo já inventou. Ora, foi à luz desta mentalidade que eu julguei, sem conhecê-lo, o movimento de 1964. Tendo percebido que eu já tinha condenado o réu sem nem tê-lo ouvido, sem nem ter visto a cara dele, "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) sem nem ter sabido onde ele estava, um dia constatei a minha própria ignorância e disse: Bem, agora tenho de ir para casa e pensar no assunto. Então eu me fiz a pergunta filosófica decisiva. A pergunta filosófica decisiva é "Quê?" — Quid? Eu me perguntei: Quê aconteceu em 1964? O que foi exatamente aquilo? Ou seja, vamos deixar de lado por uns momentos a avaliação dos acontecimentos, a investigação de suas causas profundas, a conjeturação de suas consequências a longo prazo, etc. etc., e vamos fazer a mais simples e a mais decisiva das perguntas. Quê aconteceu? Ora, o que aconteceu em 1964 foi o seguinte. Em janeiro daquele ano, Luiz Carlos Prestes esteve em Moscou, apresentando a Mikhail Suslov um relatório da situação brasileira. Não sei qual foi o conteúdo deste relatório, mas a conclusão de Suslov foi bastante significativa: ele chegou à conclusão que o Brasil estava maduro para ter uma guerra civil no campo, e autorizou então Luiz Carlos Prestes, em seu retorno ao Brasil, a desencadear essa guerra civil no campo. Luiz Carlos Prestes voltou com a autorização e, se não executou a tarefa de imediato, decerto a teria executado ao longo do tempo. Se não havia ainda a condição para desencadear uma guerra civil no campo em escala "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) nacional, havia no entanto condições para paralisar a economia, instaurar a rebelião entre as Forças Armadas e fazer tudo para tornar viável a guerra civil encomendada por Suslov. Em suma, estava sendo montado aqui algo cujo tamanho as pessoas às vezes não avaliam. O que seria uma revolução comunista num país do tamanho do Brasil? Seria certamente a maior revolução comunista da história das Américas. Era isso que estava sendo montado aqui. Ao mesmo tempo é evidente que estava sendo montada uma reação a essa revolução. Que reação era esta? De onde partia? Partia sobretudo de algumas lideranças civis. Particularmente em São Paulo do Governador Adhemar de Barros e no Rio do Governador Cantos Lacerda. Um dos recursos que estes dois líderes utilizaram para fazer face a uma eventual ameaça comunista foi a constituição de tropas paramilitares com dinheiro que recolhiam de empresários e com o apoio discreto e evidentemente ilegal das policias militares desses dois Estados. Os detalhes do Rio eu não conheço (o assunto está sob pesquisa e não posso assegurar nada sobre a extensão dos recursos paramilitares sob o comando de Lacerda), mas a situação de São Paulo eu conhecia muito bem. A Policia Militar, que então se chamava Forca Pública, era uma espécie de igreja adhemarista, "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) um culto ademarista, uma seita. Os oficiais da PM parecia que já nasciam ademaristas, como se estivesse no ADN. Se o Adhemar de Barros lhes dissesse: "Vocês peguem um carregamento de três mil metralhadoras e entreguem na rua tal numero tanto", eles fariam. E assim foram se construindo certas organizações paramilitares como par exemplo a PAB (Patrulha Auxiliar Brasileira), que era uma tropa de vagabundos e arruaceiros, lumpenproletários, exatamente como as tropas fascistas de Mussolini. Ora, eu não acredito que o fascismo seja o pior dos males, o fascismo é uma reação ao comunismo, o fascismo está para o comunismo assim como a febre está para uma infecção. O fascismo não é causa sui, não é ele que se produz a si mesmo, mas ainda assim é uma coisa bastante perigosa. Não sei medir a extensão destas tropas paramilitares fora de São Paulo. Na Paraíba certamente havia organizações desse tipo. Um historiador comunista chamado Moniz Bandeira que apesar de comunista sempre me pareceu honesto no que escreve, diz que provavelmente havia na Paraíba por volta de dez mil homens armados. Muito bem, descobri essas coisas uns anos atrás, quando estava estudando para poder reescrever os capítulos finais de uma obra chamada O Exército na História do Brasil, publicada pela Odebrecht e pela "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Biblioteca do Exército. Na época eu era um redator autônomo contratado pela Odebrecht, e um dos serviços que vieram parar na minha mesa foi o de corrigir o texto desse livro. O capítulo referente à Revolução de 1964 tinha muitas lacunas e decidi completá-lo por minha conta. Foi revirando livros e documentos, fazendo entrevistas com testemunhas da época, que me dei conta dessas coisas, mas havia alguém que já havia descoberto tudo isso muito antes de mim: o então General Humberto de Alencar Castello Branco, em setembro de 1963, era chefe do Estado Maior do Exército, e fez um discurso alertando seus companheiros para o perigo da proliferação de organizações paramilitares, que num momento de crise poderiam usurpar as funções das Forças Armadas. Ele não se referiu apenas à famosa organização de esquerda, os "Grupos dos Onze", nem às Ligas Camponesas: ele falou no plural, sem subtendendo mencionar que cor quaisquer ideo1ógica, e organizações paramilitares eram um insulto e um perigo para as Forças Armadas regularmente constituídas. Ora, eu vim a me preocupar com isto em 1996, o Gen. Castelo Branco se preocupou em 1963: dá para medir o tamanho da minha sonolência, da minha burrice, da minha idiotice? Dá para vocês medirem o estado de hipnose em que vivi durante todos "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) esses anos entre 1964 e 1996, para um dia acordar e ver que este homem já havia percebido tudo isso trinta e três anos antes? Muito bem, estavam lá os comunistas montando a sua revolução e os governadores direitistas montando suas tropinhas paramilitares de fascistinhas, a PAB tinha até aquela vestimenta cáqui, muito característica, que lembrava as camisas pardas das SA. Então, com um monte de comunistas armados de um lado e fascistas armadas do outro, que é que ia acontecer? Certamente, a Noite de São Bartolomeu. Mas a direita sempre foi mais combativa, mais corajosa, e estava mais armada: isto quer dizer que se a iniciativa da reação aos comunistas dependesse exclusivamente dos lideres civis, não teria chegado um único comunista vivo ao fim do ano de 1964. A revolução comunista teria falhado. Os comunistas seriam derrotados, como o foram pelas Forças Armadas. Mas quantos eles teriam matado e quantos deles incalculável, teriam mas além morrido? O número disso ainda é podemos compreender que, em plena época da chamada Guerra Fria, duelavam as duas diretamente, grandes mas potências sim através não de situações exatamente como essa, montadas em países periféricos. Portanto, se houvesse uma guerra civil aqui, todo mundo iria querer ajudar os "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) dois lados. Seria um festival de generosidade universal: os Estados Unidos mandando armas e assistência técnica para um lado e a União Soviética e a China mandando armas e assistência técnica para o outro. Seria uma efusão de bondade fantástica, como foi no Vietnã. E teríamos vivido este drama par uma década ou duas. Isto era o cenário que estava montado, isto não é uma conjetura feita a posteriori, isto eram os planos que já estavam em andamento de parte a parte. Na noite de 31 de março para 1o. de abril, o que faz porém o Exército? Ele toma a dianteira, ocupa as ruas, desmonta a máquina comunista, coloca uma focinheira nas tropas direitistas e por fim corta a cabeça dos seus líderes, primeiro encostando-os, depois chegando a cassar os mandatos de Adhemar de Barros e Carlos Lacerda, porém, antes mesmo disto, tomando uma medida mais decisiva ainda que foi criar a Inspetoria Geral das Polícias Militares, com o que todas as policias militares estaduais, virtuais colaboradoras das tropas paramilitares de direita do Brasil inteiro, foram submetidas diretamente à autoridade do Exército e voltaram à disciplina normal. Esta imensa operação de desmontagem de uma revolução esquerdista e de um aparato bélico direitista, quantas mortes custou? Duas, três, cinco no máximo. Quantas "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) pessoas morreram em conflitos políticos entre 1964 e o fim do mandato do Marechal Castelo Branco? Quantas? Cinco? Seis? Este foi o preço que nós pagamos pela desmontagem não só da maior máquina revolucionária já construída pelos comunistas em toda a América Latina, em todas as três Américas, mas também, pela desmontagem do aparato bélico de reação direitista civil, que simplesmente desapareceu da história e entrou no esquecimento. Foi isto o que aconteceu em 1964. Quando vemos isto, só há uma coisa que podemos dizer: Foi absolutamente genial. Não é qualquer um que desmonta uma bomba desse tamanho com uma perda de vidas humanas tão reduzida, tão insignificante. É claro que depois houve alguma violência porque decorridos quatro anos a esquerda se rearmou e se lançou à aventura das guerrilhas. Em razão das guerrilhas morreram umas trezentas pessoas entre os guerrilheiros e duzentas pessoas do outro lado. Na pior das hipóteses, quinhentas pessoas — isto ao longo de mais de uma década, num pais do tamanho de um continente. Este talvez tenha sido o preço mais barato em vidas humanas que qualquer regime do mundo já pagou pela reconquista da sua própria estabilidade. Nunca se deteve uma revolução comunista com tão poucas mortes. Ora, mas sempre vamos encontrar um "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) engraçadinho para nos dizer: "Mas uma só morte já é revoltante!" Ora, nós sabemos perfeitamente que essa atitude é um teatro histérico, um fingimento. Quando se diz que um total de quinhentas mortes é menos grave que um de mil mortes — ou do que as dezessete mil mortes de adversários do regime cubano —, aí já está implícito que todas as mortes são más. Só podemos fazer um cálculo do mal maior ou menor se já admitimos que ambos são males. Mas toda vez que se diz que aqui houve menos violência, sanguinário que um adepto de Fidel do regime Castro [Fidel Alejandro Castro Ruz] não tem autoridade moral para criticar o uso moderado que o nosso governo militar fez de uma violência que a própria esquerda inaugurou, sempre aparece um hipócrita, um sofista, um mentiroso comunista para fingir que é tão cristão, tão bondoso, que não admite a morte de um mosquito, e é precisamente esse tipo de calhorda que vem nos atirar ao rosto a bela frase: "Mas uma só morte já é revoltante!" Ora, qualquer principiante de lógica sabe que não é possível nivelar urna afirmação categórica e uma afirmação comparativa. Por exemplo, se digo que AIDS é mais grave do que gripe, não estou fazendo apologia da gripe, estou subentendendo que ambas são doenças, que ambas são males, não é isso? E, se um "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) indivíduo ameaçado de AIDS descobre que tem apenas gripe e se regozija com isto, devemos concluir que ele gosta de gripe, que ele ama a gripe, que ele é um apologista da gripe e desejaria espalhar os germes da gripe no mundo? O alívio do mal menor será uma apologia do mal? Só um tipo perverso, como são intelectualmente perversos todos os comunistas sem exceção, pode fingir que acredita numa coisa dessas. Quando nós mostramos que o preço pago por este país para se libertar de urna guerra civil que provavelmente não terminaria nunca foi um preço baixo, sempre aparece não só um farsante para insinuar que adoramos pagar esse preço, mas também aparece sempre um engraçadinho que nos diz que o que estamos fazendo é "contabilidade macabra". Qual de vocês já não ouviu esta expressão? Ora, todos sabemos que os comunistas odeiam "contabilidade macabra". E por que a odeiam? Odeiam-na por um motivo muito simples. Odeiam-na porque toda soma do número de vítimas mostra que eles são os maiores assassinos, que eles têm o primeiro prêmio do morticínio universal, que nenhum regime do mundo pode se igualar, em sanha mortífera, ao desses benfeitores do gênero humano. Se somamos o número total de vítimas do comunismo neste século, vemos que é superior ao número de mortes "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) de duas guerras mundiais, somado ao número de vitimas de todas as ditaduras de direita, mais o número total de vitimas de terremotos, enfartes e epidemias variadas. Isto não é força de expressão: é um simples fato, medido matematicamente. Ou seja, o comunismo foi o pior flagelo conhecido pela humanidade desde o dilúvio universal. Não há outro termo de comparação. A peste negra, proporcionalmente, foi menos grave do que o comunismo. Será que perdemos totalmente o senso das proporções? Ou será que o medo de sermos acusados de fazer "contabilidade macabra" nos torna cegos para as proporções dos males? Será que os defensores de uma ideologia tão assassina, tão intrinsecamente homicida, têm alguma autoridade moral para falar mal da nossa "contabilidade macabra", coma se o feio, como se o mal, não estivesse em cometer os homicídios e sim em somálos? Como se fazer cadáveres fosse menos grave do que contá-los? Quem condena a "contabilidade macabra" é sempre aquele que tem mais crimes a esconder, que tem portanto uma boa razão para não querer fazer as contas. Pois a contabilidade, macabra ou não, mostra que num país de mais de uma centena de milhões de habitantes um governo militar conseguiu deter uma revolução sem fazer mais de cinco vítimas, e que em seguida esse "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) mesmo governo conseguiu desmontar uma guerrilha sem matar mais de trezentos combatentes (perdendo ele próprio duzentos), enquanto na vizinha ilha de Cuba, em tempo de paz e sem ser desafiado por qualquer guerrilha, o governo comunista matava quase duas dezenas de milhares de pessoas. Não, macabra não é a contabilidade: macabro é o esforço de ocultar os resultados do balancete. Ora mas foi somente isso que aconteceu em 1964 — um movimento muito bem sucedido, que desmonta duas máquinas de guerra e devolve a paz à nação, com um número de perdas insignificante? Não! Em seguida, as pessoas que fizeram o movimento tinham de governar. Governar como? Tinham um programa? Tinham ao menos uma ideologia pronta? Não tinham. Tanto não tinham, que os governos nascidos da Revolução de 1964 tentaram, nos anos subsequentes, contrárias: duas primeiro políticas uma exatamente política liberal internacionalista, com Castelo, e depois uma política estatizante nacionalista, com Geisel. Ou seja, eles tentaram as duas pontas do espectro ideológico que então havia no país. Isso prova que não tinham ideologia nenhuma. Ora, não ter ideologia nenhuma significa que esse movimento "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) não foi feito para implantar uma ideologia determinada, mas que foi feito simplesmente para tirar o pais de uma emergência catastrófica, e que, apesar de não se apresentar com programa algum, acabou tendo uma folha de realizações bem superior, seja à da Era Vargas, seja à dos governos que lhe sucederam. Quais são essas realizações? Voltemos à definição: o movimento de 1964 foi um movimento de emergência para desmontar duas máquinas de guerra, para impedir que o pais entrasse numa guerra civil e que em seguida, mesmo não tendo ideologia nem planos definidos, conseguiu — o quê? Vamos ver: em 1964, o número de pessoas que viviam na miséria, que viviam com menos de um salário mínimo neste país era de sessenta por cento da população nacional. Quando terminou o regime militar, eram vinte e poucos por cento. Ou seja, esse regime que não tinha ideologia, que não tinha planos, que nem sabia o que haveria de fazer, conseguiu tirar da miséria quarenta por cento da população brasileira. O que são quarenta por cento da população brasileira? São, hoje, setenta milhões de pessoas, na época uns cinquenta milhões. Aí é que eu me pergunto: Será que estamos todos dormindo? Será que não percebemos as coisas? Será que perdemos o senso das proporções? Digam-me vocês: Qual o regime do "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) século XX, qual o plano econômico, por mais genial que fosse, seja o Plano Qüinqüenal de Stálin ou o New Deal de Roosevelt ou qualquer outro, que conseguiu retirar da miséria e deu condições de vida humana a 50 mi1hões de pessoas no prazo de uma geração? Quem fez isso? Quem pode se gabar de tanto? Nós conseguimos fazer. Quando digo "nós", "nós, brasileiros, fizemos", — vejam que coisa irônica! —, estou atribuindo a mim as obras e as g1órias daqueles a quem eu abominava e a quem chamava de "gorilas". E eles, os abomináveis gorilas, me deram a possibilidade de hoje poder dizer com orgulho: Nós, brasileiros, fizemos isso, nós tivemos a vitória — a maior vitória sabre a miséria que se conheceu no século XX. E será que temos motivo para sentir vergonha disso? Será que um daqueles meninos de quinze anos que eram meninos de quinze anos aos quinze anos e que agora aos cinquenta e tantos continuam meninos de quinze anos, bobocas irresponsáveis e sobretudo mentirosos, será que um desses meninos tem autoridade para julgar e condenar o movimento que fez isso? Quando nos perguntamos o que aconteceu em 64, foi isto. Houve prisões, houve torturas, houve mortes. Eu tive parentes que foram torturados, eu "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) próprio passei muito medo e humilhações. Tive amigos que foram mortos. Um amigo querido meu, João Leonardo da Silva Rocha, apanhou tanto de alguns soldados, segundo se dizia, que ficou louco. Nunca mais ficou bom. Mas eu teria de ser um monstro de mesquinharia para condenar em bloco, por esses atos de violência, por revoltantes e intoleráveis que sejam em sua própria escala, um regime que salvou o pais de uma guerra civil e que salvou cinquenta milhões pessoas da miséria. Porque ninguém conseguiu fazer tanto com tão pouca violência. Ora, falamos em trezentos, quatrocentos, quinhentos mortos! Quantas pessoas morreram nos Estados Unidos em conflitos políticos no mesmo período? Quantos negros foram espancados e mortos, quantos brancos assassinados em represália? E isto em plena vigência da democracia, com todas as garantias da ordem jurídica, sem o perigo de uma guerra civil. Para matar quatrocentos, quinhentos ou trezentos, os americanos não precisam de uma guerra civil. Na guerra civil deles morreram cinco milhões — foi a maior guerra que o mundo conheceu até então. E o nosso regime, para parar uma guerra civil, e depois para desmontar a guerrilha, matou trezentos e perdeu duzentos. Devemos comparar os nossos militares aos governantes de outras nações, aos "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) cubanos, aos espanhóis antepassados do Dr. Garzón que queimavam freiras em massa, aos americanos que se matam sem cessar, aos lindos lordes ingleses que nunca pararam de matar irlandeses, aos russos que mataram trinta milhões de seus compatriotas, aos chineses que mataram sessenta milhões, ou devemos compará-los a Deus e condená-los por não serem perfeitos? Se houve um governo humano que fez melhor, me mostrem qual. Sobretudo, se houve um governo comunista que fez melhor, me mostrem. Eu nunca vi. Mas todas estas coisas óbvias que estou dizendo parece que foram perdidas de vista, que se tornaram invisíveis e incompreensíveis, ofuscadas por tantas mentiras e tanto falatório comunista recompensado a peso de ouro por empresários de imprensa venais e irresponsáveis. E tudo isso foi perdido de vista por um motivo muito simples: esse governo militar, que era não opressivo, que não era um governo fascista, não tinha caracterizam um dos todas as principais traços ditaduras e todos que os movimentos fascistas: ele não tinha a menor vontade de inculcar uma ideologia na população. Ele não tinha nenhuma ideologia para inculcar. De vez em quando fazia uns cartazes, "Brasil, ame-o ou deixe-o", ou mandava passar uns anúncios de suas realizações, uma estrada, uma usina, uma ponte — "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) tudo com menos alarde e menos despesa do que qualquer governo civil antes ou depois dele. Isso foi tudo. Pergunto eu: Havia doutrinação fascista nas escolas? Havia um cinema doutrinário pago pelo governo para inculcar idéias fascistas na população? Não: O governo dava dinheiro para a oposição fazer filmes! Havia programas de TV martelando e remartelando o discurso oficial 24 horas por dia, como em Cuba e em todos os países comunistas e fascistas? Não! Não havia. As novelas, o gênero mais popular de TV, eram usadas pelo governo para transmitir propaganda ideológica? Não. As novelas eram todas escritas por comunistas notórios como Dias Gomes e Janette Clair, e quando o governo censurava alguma cena erótica julgando-a imprópria para o horário das oito quando as crianças estavam acordadas, era uma tempestade de protestos! Havia editoras dominadas pelo governo publicando material ideológico o tempo todo para inculcar a doutrina oficial na população? Não! Ao contrário, nunca o mercado de livros esquerdistas foi tão próspero — no mais das vezes com subsídios do governo —, nas universidades só havia propaganda comunista e simplesmente não se notou um esforço ideológico par parte do governo. O único passo que o governo deu nesta direção foi a disciplina de Educação Moral e Cívica. Mas o que "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) aconteceu com a EMC? Eu estava lá, "meninos, eu vi". Eu vi isto acontecer. Eu vi o Partido Comunista decidir, muito simplesmente: colocaremos os nossos militantes em todas as cátedras de EMC e as transformaremos em canais de propaganda comunista. Assim disse e assim fez. O governo o impediu? Fez algo para impedir? Não! Ou seja, além de dar liberdade para os comunistas fazerem o que fizeram, ainda criou instrumentos, financiou filmes comunistas, cátedras deixou comunistas de EMC, deixou ocuparem as que os comunistas tomassem toda a imprensa e toda a universidade onde hoje exercem cinicamente um poder de censura. Tudo isso aconteceu porque havia um cidadão chamado Golbery do Couto e Silva que acreditava numa tal teoria da "panela de pressão". E o que era a panela de pressão? Era que, dizia ele, "não podemos tampar todos os buracos, tem de haver uma valvulazinha..." E onde era essa valvulazinha? Eram as universidades e a cultura, o movimento editorial e o show business — eram todos os canais de comunicação das idéias. Tudo isso foi entregue pelo próprio governo nas mãos dos comunistas. Mas que bela teoria, hein? Era só o que as comunistas queriam. Era só o que eles queriam para fazer da sua derrota militar a sua vitória política, porque naqueles anos estavam começando "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) a entrar no Brasil as obras do ideólogo italiano Antonio Gramsci. Este dizia adeus à teoria leninista da insurreição e criava uma nova estratégia baseada em duas coisas: de um lado, aquilo que chamava de Revolução Cultural, ou seja, o domínio do vocabulário, o domínio dos automatismos mentais, de modo que as pessoas, sabendo ou não, passem a falar e pensar como os comunistas e acabem aceitando o comunismo, com ou sem esse nome, como se fosse a coisa mais natural do mundo; de outro lado, o que ele chamava de a longa marcha da esquerda para dentro do aparelho de Estado, ou seja: ocupar todos os postos da burocracia. Lentamente, com muita calma, através de ocupação de espaço, de nomeações, até mesmo de concursos, — par exemplo, o governo abre um concurso para a Policia Federal e, quando você vai ver, noventa por cento dos candidatos que se apresentam são comunistas, foram mandados ali para isso. Ora que raio de governo fascista era esse, que não tinha militância, que não tinha partido de massas, que não tinha ideologia, que não tinha sequer um programa de doutrinação das massas, um discurso para ser repetido nas escolas? É simples: esse governo nunca foi fascista. Foi um governo de "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) emergência, criado para impedir uma guerra civil e que chegou ali e teve de governar de alguma maneira, sem nunca ousar aprofundar sua intervenção na história brasileira, ao ponto de constituir uma legitima revolução. O movimento de 64 foi uma revolução? Eu acho que não foi. Também acho que disputar com as esquerdistas e insistir no termo "revolução" quando dizem que foi apenas um golpe é ceder a uma tábua de valores esquerdistas, a um vocabulário esquerdista. Porque para um esquerdista uma revolução é a melhor coisa do mundo. Comunistas é que adoram revoluções. Para que temos de imitá-los? O que temos de responderlhes é: Vocês, comunistas, que façam suas revoluções. Nós fazemos coisas modestas, nas quais morre menos gente, nós não somos assassinos profissionais, nós não estamos o tempo todo tentando virar o mundo de cabeça para baixo, nós só agimos na emergência para impedir catástrofes. Porque nós não somos como vocês, nós não temos a solução de todos males, nós não somos o bem encarnado, nós não acreditamos que temos a verdade revelada que nos autorize a matar metade do mundo para salvar a outra metade. Em suma, nós somos gente, somos seres humanos, não somos anjos do Senhor como vocês, não temos autoridade para fazer a História à nossa imagem e semelhança, "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) e por isto mesmo, ao tomar o poder em 1964, governamos com sabedoria, com paciência, com bondade, com brandura e sobretudo protegemos vocês contra a direita civil que queria matá-los. Se chegou um único comunista viva ao fim de 1964, ele deveu isso a quem? Às Forças Armadas. Isso foi o que aconteceu em 1964. Pergunto: onde estava eu? Eu estava dormindo. Dormindo no berço esplêndido da mitologia esquerdista, alimentado de palavras, sobretudo "Explorador!", de adjetivos: "Imperialista!" Ah!, "Fascista!", como essas palavras mexiam comigo! Como eram poderosas! Alimentando-me delas, pude passar muito tempo sem me perguntar o que acontecia na realidade. Quando finalmente — e a contragosto — descobri o que acontecera, eu me disse: Quê posso fazer agora? Eu não posso mudar o curso da história passada, mas posso dizer algumas coisas boas àquelas pessoas que participaram desses acontecimentos, que tiveram uma participação em 1964 e que ajudaram a construir o Brasil. Não adianta chegar hipocritamente para vocês e pedir desculpas. Não se trata disso. Mas há uma coisa que posso fazer. Posso lhes dizer: Não se envergonhem da sua obra. Levantem as suas cabeças, tenham orgulho e não permitam que nenhum hipócrita "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) comunista venha se fazer de seu fiscal. Nunca, nunca cedam a sua dignidade ao falso moralismo da hora, nunca sacrifiquem aquilo que é elevado e digno em vocês àquilo que é baixo e vil num outro qualquer. Era isso que eu queria pedir a todos vocês. Muito obrigado. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) A Lei da Anistia e as três mentiras. Ou: "Nada devemos aos terroristas, mortos ou vivos" Reinaldo Azevedo. Escrevi ontem o texto que segue. Nem sempre a gente consegue dizer o que pretende com a clareza necessária. Quando acontece, melhor para o leitor. Sugiro que você leia ou releia o que vai abaixo. Não sabia, então, que o ministro Franklin Martins havia dito que se orgulha do seu passado. O que ele fez no passado? Ações terroristas contra o regime — coisa que muita gente acha nobre. Entre elas, a mais famosa foi o sequestro embaixador Charles Burke Elbrick. Em troca, pedia-se a libertação de esquerdistas presos. O governo cedeu. E se não tivesse cedido? Os terroristas teriam matado o inocente — ou americano nunca é inocente? Não obstante, Franklin de orgulha. Dessa ação em particular, como se vê, e de ter pertencido ao MR8, um grupo que queria instalar a ditadura comunista no país. Vejam aí: trato, no texto que segue, da essência moral, política e histórica de afirmações como a de Franklin. Os ex-torturadores, felizmente, estão sumidos e não nos assombram. Já os ex-terroristas acreditam ser dotados de superioridade moral. Tarso Fernando Herz(schlag) Genro e Paulo "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Vannuchi também têm orgulho do passado. Toda essa gente está explicada e relatada abaixo. Uma das falácias mais bem-urdidas pelas esquerdas é a de que os atos terroristas cometidos durante o regime militar eram a única forma de contestação política num ambiente sufocado pela ditadura. Trata-se de uma mentira histórica, de uma mentira política e de uma mentira moral, a que só se pode aderir ou por alinhamento ideológico ou por falta de bibliografia específica. Mentira histórica A mentira é história porque a decisão de certas correntes de partir para a luta armada antecede em muito a decretação do AI-5, em dezembro de 1968. Pior ainda: antecede o próprio golpe militar de 1964. Vale dizer: correntes de esquerda discutiam abertamente a luta armada como opção para chegar ao poder, embaladas pela revolução cubana, embora o país fosse uma democracia. Mais: João Goulart havia levado a subversão para dentro do governo. E notem: sei que a palavra "subversão" deixa muita gente indignada. Não me refiro necessariamente à pauta da esquerda, não. Refirome ao desrespeito às regras do estado democrático "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) e de direito que garantiam a legitimidade do próprio Jango. Ora, quem rompe com as regras que garantem a sua própria legitimidade está ou não está se expondo a um golpe? Está ou não está abrindo o caminho para que outros o façam — e com pauta própria? Não são pequenas, aliás, as evidências de que Jango preparava o autogolpe. Seja como for, a Presidência da República optou pela desordem. Isso justifica o golpe? A pergunta está errada. Isso explica o golpe. O primeiro dever de um democrata é preservar as leis que garantem o seu poder e a sua legitimidade, elegendo o foro adequado para mudá-las: o Congresso. E nem ao Congresso é dado todo o poder, já que ele também não pode extinguir a base legal que o sustenta. Leis nascem de pactos. Mas, no estado de direito, já disse um jurista de primeiro time, nenhum Poder é soberano — ou se joga Montesquieu no lixo. "Mas a gente não pode jogar Montesquieu no lixo?" Pode, claro. É preciso ver o que se vai pôr no lugar. A mentira política Os remanescentes do esquerdismo revanchista agem como se forças absolutas, essencialmente puras — o Bem de um lado e o Mal de outro — "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) tivessem quebrado lanças durante o regime militar, com a vitória temporária do Mal, para que o Bem pudesse, finalmente, triunfar. Não há um só documento, um miserável que seja, produzido pelas esquerdas antes ou depois do golpe, que evidencie que elas faziam a defesa da democracia. Ao contrário, sob a inspiração marxista, e leninista em particular, a democracia era vista apenas como uma trapaça, uma forma de a burguesia e de o imperialismo imporem a sua vontade por meio de instituições fajutas. Lamento dizer: é o que pensam, até hoje, algumas correntes do PT e alguns partidos que se dizem comunistas. Será que se trata apenas de "algumas correntes do PT?" Não acreditem em mim quando falo deles; acredite neles quando falam de si mesmos. No vídeo convocatório para o seu Terceiro Congresso, ocorrido no fim de agosto do ano passado, o partido diz com todas as letras: "Para extinguir o capitalismo e iniciar a construção do socialismo, é necessário realizar uma mudança política radical. Os trabalhadores precisam transformar-se em classe hegemônica e dominante no poder de estado. Não há qualquer exemplo histórico de uma classe que tenha transformado a sociedade sem colocar o poder político de estado a "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) seu serviço". E mais adiante: "Não basta chegar ao governo para mudar a sociedade. É preciso mudar a sociedade para chegar ao governo." O vídeo está aqui. Ora, eu sei que eles não conseguiriam reconstruir um estado soviético nem que quisessem. Mas podem muito bem corromper a democracia, como estão fazendo com seu arremedo de estado policial. Então não venham me dizer que a opção pelo terrorismo e pela luta armada, durante o regime militar, era o caminho possível para reagir à falta de democracia porque, de fato, não queriam democracia nenhuma — como fica evidente nos remanescentes daquelas batalhas, que não a querem até hoje. A sua "democracia" corresponde ao que eles chamam, apelando a Gramsci, de construção da "hegemonia". De novo: não se trata de uma hegemonia ao velho estilo. O que procuram é tornar irrelevante o processo de alternância de poder por meio do domínio das instituições do estado. Não sou eu que os acuso disso. Eles é que o confessam. Pré e pós-64, até o esmagamento das forças terroristas, ambicionavam o poder pela luta armada — e a democracia que se danasse. Depois da redemocratização, lutam pelo controle absoluto da "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) burocracia do estado, usando como esbirros os tais movimentos sociais — e a democracia que se dane de novo. Mentira moral O vitimismo de que se fazem caudatários é uma mentira moral porque pretendem que o horror da tortura era mais condenável do que o horror do terrorismo: sequestros, assassinatos, justiçamentos. Um torturador vagabundo que submeteu um prisioneiro a sevícias não nos livrou do comunismo e ainda corrompeu a luta de quem a ele se opunha com dignidade. Mas e o coronel da PM que teve a cabeça esmagada a coronhadas por esquerdistas? Lustra "atos revolucionários"? Temo que sim. Na verdade, tenho a certeza de que, para eles, sim. Porque aquelas esquerdas, afinal de contas, nunca se opuseram à tortura nos estados comunistas. E as remanescentes, vejam que curioso, jamais criticaram o regime cubano pela tortura de presos políticos. Pior do que isso: aplaudiram Fidel Castro [Fidel Alejandro Castro Ruz] quando executou três prisioneiros sem direito de defesa. Crime: tentaram fugir de Cuba. O facinoroso, aliás, é 2.700 vezes mais assassino, já provei aqui, do que os ditadores brasileiros. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) Isso justifica moralmente os torturadores nativos? Não! Mas o país encontrou um caminho para sair daquela cilada: a Lei da Anistia, que decidiu ignorar os execráveis excessos de todos os porões: os do regime e dos das esquerdas. Foi uma escolha política. Inicialmente, de fato, foi negociada por um Congresso ainda não plenamente livre. Mas, depois, na prática, foi adotada pela sociedade e, de fato, no que concerne à política, pacificou o país. De tal modo passamos a encarar a democracia como um imperativo, que, três anos depois da primeira eleição direta para presidente pós- ditadura, depôs-se o eleito. E sem crise de qualquer natureza. Mas a mentira moral não se esgota no conteúdo ideológico do que pretendiam — ou pretendem — as esquerdas. Aceitar que o terrorismo era a única forma de luta contra a ditadura implica supor que a ação pacífica para depor o regime era uma tolice, uma inutilidade ou um capricho. E, claro, tal versão é uma indignidade. O que preparou o terreno para a volta da democracia foi a resistência pacífica dos que aqui ficaram e daqueles que, não podendo voltar ao país, endossaram a boa conspiração dos pequenos atos que foram fraturando o regime — "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) finalmente quebrado sob os auspícios de uma crise econômica. Mistificadores e ignorantes adoram afirmar que devemos as liberdades que temos ao sangue das vítimas que tombaram... MENTIRA!!! Lamento pelas vítimas que tombaram de um e de outro lado. Lamento por aqueles que foram submetidos a sevícias depois de presos — como ocorre hoje, habitualmente, nas cadeias brasileiras, sem que Paulo Vannuchi ou Tarso Fernando Herz(schlag) Genro soltem um pio —, mas não devemos as nossas liberdades aos mortos ou torturados do PC do B, aos mortos ou torturados da ALN; aos mortos ou torturados do MR-8. Se essa gente tivesse vencido, nós lhe deveríamos, isto sim, é o paredão. Devemos a nossa liberdade a gente como Ulysses Guimarães, como Alencar Furtado, como Franco Montoro, como Mário Covas, como Fernando Henrique Cardoso. Ah, sim, como Petrônio Portella, vindo lá da ditadura. E, acreditem, até como Golbery do Couto e Silva. Aos terroristas mortos ou vivos? Não devemos nada! Assim como não devemos aos torturadores a derrota do comunismo. Devemos às esquerdas, isto sim, a mentira, ainda em curso, de que elas queriam o nosso bem, o que dá a seus herdeiros "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45) políticos licença para trapacear, para roubar, para mentir. Tudo em nome de um novo amanhã. Não deixem que prospere a falácia. "E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)