11 1 – INTRODUÇÃO Segundo UVINHA (2001), a prática desportiva do skate se firmou no Brasil no final da década de 1980. A modalidade skate street, é popularmente conhecida como de rua, pois utiliza obstáculos semelhantes a bancos, corrimãos, escadas e outros que são encontrados com maior freqüência nas ruas e praças de qualquer cidade. A prática do skate street em competição pode ser comparada com a da Ginástica Olímpica, pois ambos executam movimentos específicos e complexos, de maneira livre e criativa, ficando a critério do atleta escolher a sua série, optando sempre por exercícios cada vez mais técnicos e com elevado grau de dificuldade para serem executados na hora da apresentação. Os critérios de avaliação e julgamento nas apresentações de Ginástica Olímpica são objetivos e bem específicos. No skate, até o momento, observa-se empiricamente uma série de equívocos no julgamento dos exercícios dessa modalidade. A criação de um Código de Pontuação a partir das teorias do julgamento atual da Ginástica Olímpica, considerando a ação de julgar e a situação a ser julgado, torna-se necessária para regulamentar e padronizar os eventos de âmbito competitivo na cidade de Ipatinga-MG, e representa a essência dessa pesquisa. 12 1.1 - OBJETIVOS ♦ Elaborar, com base nas regras do julgamento da Ginástica Olímpica, um Código de Pontuação específico para a arbitragem em competições de skate street, a partir de uma pesquisa feita junto a skatistas das cidades de Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Ipatinga e Teófilo Otoni; ♦ Auxiliar na estrutura organizacional de competições de skate street. 13 1.2 - JUSTIFICATIVA Segundo UVINHA (2001), a prática desportiva Skate se firmou no Brasil no final da década de 1980. A modalidade skate street, é popularmente conhecida como de rua, pois utiliza obstáculos de praças, ruas e avenidas de cidades e as competições dessa modalidade demandam de organização e infra-estrutura para melhor atender os skatistas competidores. Atualmente a subjetividade é parte integrante na avaliação de um skatista durante sua apresentação numa competição, pois esse esporte demanda que o árbitro avalie subjetivamente o exercício, ou manobra, tendo em vista o seu conteúdo, o skate, e a qualidade da execução. Enquanto observador, o árbitro tem que emitir a sua impressão sobre o processo/produto apresentado pelo skatista. Na tentativa de tornar mais objetivo o julgamento do skate street pretendese estabelecer normas, com base no julgamento atual do esporte Ginástica Olímpica, normas estas que padronizem, detalhando e pontuando, toda a apresentação do skatista num campeonato. Para que isso aconteça essa pesquisa vem a criar um Código de Pontuação para as competições, de tal forma que os árbitros tenham critérios únicos e objetivos para a sua avaliação, bem como os competidores possam antecipadamente conhecer estes critérios, tendo referências que orientem melhor seus treinamentos técnicos. 14 1.3 - DELIMITAÇÃO Em competições de skate street, freqüentemente surgem equívocos de diferentes naturezas. Dentre outros, a nosso ver, ressaltam aqueles em decorrência de discrepância no julgamento de uma mesma manobra por diferentes árbitros. Muitas vezes os julgamentos diferenciados ocasionam ansiedades, insatisfações e conflitos entre skatistas, do sexo masculino com idade média de 17 anos e 7 meses, e público. Apesar da complexidade da situação a ser julgada, tanto pela composição quanto pela execução, a problemática do julgamento amplia-se, visto que não se tem um Código de Pontuação que divulgue informação sucinta sobre os critérios a serem considerados na avaliação das manobras. 15 1.4 - QUESTÕES DE ESTUDO Com base nas regras do julgamento da Ginástica Olímpica. Há a necessidade de elaboração de um Código de Pontuação específico para a arbitragem nas competições de skate street, com o intuito de elevar o nível de objetividade e precisão nos julgamento da modalidade? Em caso afirmativo, como fazê-lo? 16 1.5 - DEFINIÇÃO DE TERMOS BACKSIDE – é toda manobra executada pelo skatista onde ele se posiciona de costas para o obstáculo durante sua execução; por exemplo, quando o atleta utiliza um corrimão, o mesmo pode deslizar sobre o ferro de costas sem que esteja vendo o lugar onde o skate vai escorregar. BASE – segundo Bueno (1973) tudo que serve de apoio, fundamento; no skate ter a “base” é ter o domínio do skate naquela manobra, ou seja, significa dizer que foi perfeita a execução da mesma. BATERIAS – é a forma em que os atletas são distribuídos, preferencialmente uniforme, para participarem das eliminatórias de um campeonato. CHUPETA – è uma borracha situada na base do truck, permitindo sua mobilidade. Possui esse nome pelo seu formato de encaixe. CROOKED – é quando o truck da frente do skate encaixa de maneira oblíqua, torta, sobre uma cantoneira ou corrimão e o skatista consegue se manter equilibrado no skate. FRONTSIDE – é toda manobra executada por um skatista onde ele se posiciona de frente para o obstáculo; por exemplo, quando o atleta utiliza um corrimão, o mesmo pode deslizar sobre o ferro de frente, vendo o lugar onde o skate vai escorregar. GRIND – é todo contato onde os trucks do skate escorregam, deslizam sobre outra superfície qualquer. NOSE – é a parte da frente, o bico do skate. MANDAR – No ambiente do skate, mandar significa executar, por exemplo, executar uma manobra é o mesmo que mandar uma manobra. 17 OLLIE – é o ato de impulsionar o skate para cima, fazer com que ele seja movimentado com os pés e pernas, conseguindo ganhar altura, saltar, sair do chão. É o básico para que qualquer manobra seja executada. RADICAL – no âmbito dos esportes quer dizer gosto pelo risco e pela aventura, Uvinha (2001). SHAPE – é a madeira que, fixada aos trucks, dá forma ao skate. SKATE - podemos aportuguesar o nome para esqueite? - É um aparelho composto de uma tábua de madeira (shape), quatro rodas de poliuretano com diâmetro variando de 51 a 58 mm, rolamentos com especificação de tamanho 608, dois eixos (trucks) metálicos feitos com ligas de titânio ou alumínio para tornar o mesmo mais leve e resistente. Este aparelho desperta a criatividade de crianças, jovens e adultos, devido a riqueza de movimentos que podem ser executados pela pessoa a fim de fazer com que elas superem os próprios medos e desafiem as leis da física de uma forma radical e saudável. TAIL – é a parte de trás, a cauda do skate. TRUCKS – são os eixos metálicos presos ao shape, onde as rodas são fixadas. VOLTA – Uma volta para o skatista é o mesmo que apresentação, quando falamos que o atleta executou um flip na sua volta é o mesmo que, na hora da sua apresentação no campeonato ele mandou um flip. 18 2 – REVISÃO DE LITERATURA 2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO JULGAMENTO DA GINÁSTICA OLÍMPICA Segundo Santos & Filho (1986:4), a Ginástica Olímpica surgiu no início do século XX, como um esporte competitivo, marcada por encontros internacionais limitados, no entanto, a alguns países da Europa, depois aos Estados Unidos. Gradativamente a ginástica foi se expandindo para outros países, concretizando a sua difusão mundial a partir de 1950, no campeonato do mundo de Basiléia (Suíça). Hoje, a Ginástica Olímpica é um dos esportes olímpicos mais populares e apreciados em vários países. Entretanto o julgamento sempre foi o ponto melindroso nas competições de Ginástica Olímpica. Até os jogos olímpicos de Londres, em 1948, o julgamento era realizado, segundo Públio (1998:295), baseado na impressão geral, havendo até reunião de árbitros após a execução do primeiro ginasta para que se tivesse um ponto de partida. Esse tipo de julgamento causava enormes problemas, pois as diferenças entre as notas dos árbitros dos diversos países era muito grande. As regras, as provas, o número de ginastas por equipe, os próprios aparelhos, até 1948 eram modificados de uma competição para outra, causando, inclusive, problemas com referência à organização. Em 1949, a FIG - Federação Internacional de Ginástica – elaborou o primeiro Código de Pontuação com doze páginas, para orientação dos árbitros, dividindo o julgamento em três fatores: dificuldade, combinação e execução, que passou a ser utilizado a partir dos jogos olímpicos de 1952 em Helsinque. Após a publicação do primeiro Código de Pontuação, em 1949, mais de dez Códigos com inovações foram editados, sendo que atualmente a Federação Internacional de Ginástica realiza a cada quatro anos (ciclo olímpico), reunião dos comitês técnicos para apresentação das inovações na regulamentação dos campeonatos, julgamento das provas e possíveis mudanças nas medidas oficiais dos aparelhos. 19 2.1.1- O SURGIMENTO DO CÓDIGO DE PONTUAÇÃO DA GINÁSTICA OLÍMPICA Para que se pudesse padronizar o julgamento das competições, a FIG (Federação Internacional de Ginástica), elaborou o que foi a primeira válida tentativa de oficializar normas técnicas de execução da Ginástica Olímpica. Este Código de Pontuação passou por várias modificações. As séries de solo tinham pouco tempo de duração, mas, exigiam dos ginastas um ritmo mais rápido de execução dos movimentos. Com isso as partes estáticas desapareceram por completo e apenas duas eram obrigatórias: o equilíbrio de força (parada de mãos) e o equilíbrio sobre uma perna só (avião). Atualmente, a série de solo é composta predominantemente de saltos acrobáticos (parte principal da série), combinando com outros elementos ginásticos como: parte de força e equilíbrio, movimentos de flexibilidade, apoios invertidos, combinações coreográficas. Hoje em dia, o tempo de duração da série de solo pode ser de 50 a 70 segundos, para os homens, e de 70 a 90 segundos, para as mulheres, controlados por um cronometrista. A medição do tempo inicia com o primeiro movimento e continua até a saída, no momento em que o ginasta chega firme com as pernas unidas. Com o decorrer dos anos, as séries de solo tornaram-se mais longas, mais difíceis e contendo no mínimo 11 elementos. Para tal, os movimentos foram divididos em três grupos: A, B e C, no caso masculino e em duas: dificuldade superior e dificuldade inferior. Além da execução, surgiu um item a ser julgado: a dificuldade. Obedecendo às características próprias de cada aparelho, foi criado um terceiro item, que, somando com a execução e a dificuldade, dariam o valor do exercício: a combinação (masculino) e a composição (feminino). Atualmente, segundo FIG (2001) nas séries de solo feminino, o exercício deve conter seis exigências, tais como: I - uma seqüência acrobática; II - uma seqüência acrobática com dois mortais; III - três mortais diferentes dentro do exercício; IV - um giro de dança sobre um dos pés, no mínimo valor B; V - uma ligação direta de dança com no mínimo dois saltos, cada um com impulso em uma das pernas e VI - saída, último mortal/ligação, mínimo C ou D. No masculino os exercícios devem conter cinco exigências, tais como: I - elementos de força, 20 flexibilidade e equilíbrio; II - saltos, giros, pulos e circunduções de perna; III elementos acrobáticos para frente; IV - elementos acrobáticos para trás e V elementos acrobáticos para o lado e para trás terminando com ½ giro, devendo executar no mínimo valor B para cada exigência. As partes de dificuldade, hoje são divididas em cinco grupos: A, B, C, D e E, pertencendo aos seguintes grupos de elementos: acrobáticos com ou sem fase de vôo para frente, para o lado e para trás, elementos ginásticos, tais como: giros, saltos, combinação de passos, corridas e ondas corporais. 2.1.2 – O JULGAMENTO DA GINÁSTICA OLÍMPICA Segundo o Código de Pontuação da FIG (1997:9), os exercícios devem, do ponto de vista do seu conteúdo, ser adaptados à capacidade do ginasta. A dificuldade das séries não deve em hipótese alguma aumentar em detrimento de uma execução correta, tanto do ponto de vista da técnica como de postura e deve-se aplicar o seguinte princípio: o ginasta deve dominar com maestria todo seu corpo. Na execução das séries durante toda a competição, a segurança, a elegância e a amplitude constituem os melhores fatores de uma apresentação estética, este é um dos objetivos da ginástica. Com este princípio chama-se a atenção dos ginastas e treinadores para que escolham os exercícios que permitam reduzir ao máximo o risco de lesões e dêem valor de maneira predominante, a saúde do ginasta. Para o julgamento dos exercícios livres cinco fatores devem ser considerados: a) Dificuldade = 2.60 p.; b) Execução = 5.00 p.; c) Exigências especiais = 1.20 p.; d) Valor aditivo Máximo = 1.20 p.; = 10.00 p. Sendo que a nota máxima de uma série é de 10.00 pontos. Nesta base restam as deduções em décimos de ponto. A nota final será determinada pelo júri A e um júri B. O júri A avalia o conteúdo máximo de valor do exercício, determinando o valor de partida. O júri B avalia as faltas de execução, apresentação e 21 apresentação artística ocorridas durante o exercício. A nota final se obtém subtraindo do valor de partida as deduções de execução. O juiz analisará em relação a dificuldade, segundo Nista (1980:6), o valor material do exercício; em relação à execução, as partes escolhidas do ponto de vista técnico e de postura; em relação às exigências especiais, o cumprimento ou não das mesmas; em relação ao valor aditivo, ou antiga bonificação, há uma aplicação de pontos de bonificação diante de elementos D ou E adicionais, ou ligações extremamente difíceis; e em relação à combinação, o valor ideal, isto é, a forma do ponto de vista da composição. A composição da série deve favorecer a execução harmônica e rítmica garantindo os movimentos de forma contínua. 2.2- COMO SURGIU O SKATE O skate surgiu no princípio dos anos 60, na Califórnia, era uma época onde reinava o surfe. Segundo Santana (2001), nos dias em que as ondas estavam ruins, uns surfistas pegaram rodas de patins e colocaram em “shapes”, nome também dado à prancha de surfe, para que assim pudessem surfar em terra firme. Os skates eram muito primitivos não possuíam nose nem tail, era apenas uma tábua e quatro rodinhas. O crescimento do esporte se deu de uma maneira tão grande, que muitos dos jovens da época adotaram ao esporte chamado skate, surgindo assim os primeiros skatistas. 2.2.1- HISTÓRICO DO SKATE NO BRASIL Segundo Britto (s/d:3), o skate chegou ao Brasil na década de 60, por um grupo de pessoas que começavam a surfar por aqui, influenciadas pelos anúncios na revista Surfer. Na época o nome era “surfinho”, e era feito de patins pregados numa madeira qualquer, sendo as rodas de borracha ou de ferro. Na América o skate caiu no esquecimento, e o mesmo aconteceu por aqui, até que, em 1973, o engenheiro químico Frank Nasewort, segundo Guizelline (2001) acidentalmente descobriu o uretano, material de que as rodas de skate são feitas e que viria a revolucionar todo o esporte. As novas rodas eram silenciosas e mais aderentes, fazendo com que os skates fossem mais velozes e seguros. 22 O primeiro skatepark (“o parque de skate”) a ser construído no Brasil – e na América Latina – foi em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, em 1976. Em julho de 1977, aconteceu em Nova Iguaçu-RJ, o primeiro campeonato de pista do Brasil. As regras aplicadas foram a base para os regulamentos das competições atuais, Britto (s/d:15). Em 1978, acontecia em São Paulo o primeiro grande campeonato de skate, que contou com um público de cerca de 2500 pessoas. No mesmo ano lançou a Brasil Skate, uma revista própria para o esporte que crescia a olhos vistos, e acontecia o campeonato brasileiro em Florianópolis. Até essa época as modalidades eram: slalom, que testava a habilidade de equilíbrio e domínio do skate morro a baixo, fazendo ziguezagues entre os cones sem derrubá-los, no menor tempo possível (FIG. 01); freestyle, ou estilo livre, ficando a critério do skatista executar “malabarismos” no chão com o skate e com o próprio corpo considerado-se melhor aquele que souber os mais difíceis (FIG. 02 e 03); o vertical, como o próprio nome diz, o skatista e o skate são testados numa inclinação das rampas que simula uma parede (FIG. 04), essa modalidade existe até os dias atuais; e o downhill, que é descida de ladeira, nessa o skate atinge velocidades altíssimas e o controle do aparelho está na experiência e habilidade do skatista que, ao descer, executa manobras arriscadas e ousadas (FIG. 05). FIG 02 – Maninho handstand – RJ/ 1978 Fonte: Britto (s/d:18) FIG 01 – Skater desconhecido – Slalom – MG/1978 Fonte: Britto (s/d:26) FIG 03 – “Thron” – SP / 1985 Fonte: Britto (s/d: 44) 23 FIG 04 – Ernesto – Aerial – RJ / 1978 Fonte: Britto (s/d:21) FIG 05 – “Yuppie” – slide – SP / 1999 Fonte: Britto (s/d: 78) A euforia e os esforços até então investidos, tanto na evolução esportiva, quanto no investimento financeiro, começavam a se dissolver a partir de 1980. Os fabricantes que existiam nas diversas localidades do país mudavam de ramo gradativamente. Os praticantes gerados até então se limitaram a poucos que se divertiam com o skate. As principais pistas construídas na década passada foram fechadas e contava-se nos dedos o número de praticantes, que passaram a praticar o esporte nas ruas, praças e parques das cidades, surgindo o street, modalidade que utiliza como obstáculos escadarias, corrimãos, bancos e calçadas, entre outros. Em 1981 os paulistas são presenteados com a inauguração da pista pública de São Bernardo do Campo. Em 1984 surge a grande novidade na indústria americana, o primeiro vídeo de skate da marca Powell-Peralta, lançado em grande escala no mercado. O ano de 1985 começa com uma virada na história do esporte. O skate não tinha um veículo próprio de divulgação, sempre dividia espaço com publicações de outros esportes. No entanto uma matéria especial para divulgar o street, proporcionou a criação da primeira revista de skate dos anos 80, a Overall. Em 1986, surge a revista Yeah!. O street skate definitivamente invadia as ruas, trazendo novos adeptos a cada dia. Em 1987 e 1988, pistas são inauguradas e campeonatos são disputados em grande parte do país. Junho de 1988, o skate sofre a primeira crise: o skate é proibido no parque do Ibirapuera, por ordem do então prefeito polêmico, Jânio 24 Quadros. Passeatas e manifestações foram feitas. Indignado o prefeito proíbe o skate em São Paulo. Essa repressão acabou somente quando sua sucessora, Luiza Erundina, assumiu a prefeitura. Nesse ano surge a UBS (União brasileira de Skate), uma espécie de Associação Brasileira de Skate, que deu origem, após o seu desfecho, à atual Confederação Brasileira de Skate (CBSk). O último ano da década de 80 é marcado com a colocação de um brasileiro de 15 anos, Lincoln Ueda, em quarto lugar no mundial na Alemanha. Em 1990 o skate brasileiro atingia o seu auge, que durou pouco, pois quando Fernando Collor, atual presidente da república, bloqueou as contas bancárias, pôs fim nos planos dos “grandes” empresários do skate, e com eles afundou também o sonho de vários profissionais do skate. Resistiram apenas aqueles que com muita determinação não abandonaram as idéias e o prazer de andar. Surge a ABESK (Associação Brasileira de Empresários do Skate). Em 1991 a revista Tribo Skate é lançada. 1992, surgia um novo skate, com rodas menores e shapes mais finos. As roupas estavam cada vez mais largas e os tênis mais baixos. Adotou-se uma postura radical, contra qualquer intromissão, eles sabiam de tudo, não aceitavam regras predeterminadas, queriam reinventar tudo com base nos vídeos e revistas norte americanos. No ano de 1993, o street, modalidade que mais se adapta às ruas de qualquer cidade e utiliza de bancos, corrimãos e escadarias como obstáculos, vai se popularizando em todo o país (FIG. 06). Em 1994, os skatistas entram numa fase de auto conhecimento sobre a palavra profissionalismo, questionam quanto ao valor das premiações e remunerações. Inicia-se a fase profissional do skate. FIG 06 - Daniel Arnoni – Crooked Grind – SP / 1999 Fonte: Britto (s/d:56) 25 Em 1995 um brasileiro, Bob Burnquist, vence um campeonato mundial no Canadá, modalidade vertical. No street Carlos de Andrade fica em terceiro lugar. No mesmo ano na Alemanha o Brasil vence no vertical com Rodrigo Menezes o campeonato mundial – Munster Monster Mastership – e no street fica em quarto lugar com Rodil Rubens. Após este reconhecimento mundial da qualidade dos atletas brasileiros, o vereador de São Paulo, Alberto Turco Loco, homenageia o skate criando uma data municipal, três de agosto – Dia do Skate. Surge mais uma publicação para divulgar o esporte a Cem por Cento Skate Magazine (100% SkateMag). No ano de 1996, Carlos de Andrade vence o mundial no Canadá, na modalidade street. Nos X-Games, os Estados Unidos também são vencidos por um brasileiro, Rodil Rubens. No ano seguinte, 1997, a mídia começa a reconhecer o skate, e o Brasil passa a se destacar em todas as competições internacionais, tirando assim a invencibilidade dos norte americanos. Em 1998 surgiu um panorama mais profissional do esporte, alguns atletas vivem exclusivamente de seus salários como profissionais. O brasileiro Rodil Rubens vence no Canadá. O skate aparece na Rede Globo, no programa “Malhação”, a banda Charlie Brown Jr. usa o skate como uma bandeira, levando-o para os programas de televisão. O especial da Globo “Criança Esperança” teve a abertura com skate. No Rio de Janeiro surge uma escolinha de skate. Pela primeira vez o Brasil é palco de uma etapa do campeonato mundial, o Tribo Skate World Cup Contest, que teve o apoio do World Cup Skateboarding (WCS), uma espécie de FIG – Federação Internacional de Ginástica – do skate. A partir desse ano o Brasil tem uma etapa no circuito mundial garantida. Também surge uma das maiores revelações do skate mundial, um brasileiro portador de paralisia infantil que disputou essa etapa brasileira do circuito mundial profissional, Og de Souza (FIG. 07). 26 FIG 07 – Og de Souza – Fifty – SP / 2000 Fonte: 100% SkateMag ed.29 No ano de 1999, na Internet surgem vários sites. Campeonatos passam a ser transmitidos ao vivo pelas emissoras de TV a cabo. O longboard e o speed, variáveis do downhill (FIG. 08), voltam a ser cultuados, e surge o Clube do Skate Grandão para ficar só os veteranos adeptos do long. O ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, sediou outro evento mundial e teve Rodil Rubens como vencedor. Em 2000, o que houve de mais significativo foi que no encerramento dos jogos Olímpicos de Sydney o skate, e outros esportes radicais, estiveram presentes com uma demonstração que chamou a atenção do mundo. Em 2001 a etapa brasileira do mundial se realizou nos dias 11 e 12 de novembro em São Paulo e o vencedor foi Wagner Ramos, no street, e no vertical Sandro Dias, ambos brasileiros. FIG 08 – Speed – Mangabeiras – MG/ 1979 27 2.3 - O JULGAMENTO NO SKATE O julgamento da modalidade skate street se dá pela observação e avaliação do árbitro à situação que o skatista apresenta durante uma competição. Nesta observação o juiz analisa a fluência do atleta nos obstáculos, a segurança na execução das manobras, bem como o grau de dificuldade e amplitude das mesmas. As notas dadas são baseadas nesses princípios, não existindo um padrão de pontuação e de referência para a pontuação de um atleta numa competição. O número de apresentações na fase eliminatória varia de organização para organização, e em muitos casos não se faz nem uma final entre os melhores colocados. Alguns eventos utilizam notas de zero a dez e outros de dez a cem; em uns a apresentação dura 45 segundos e em outros 1 minuto. 2.3.1 - A AÇÃO DE JULGAR PELA OBSERVAÇÃO A especificidade do julgamento no skate, no qual ressalta-se a complexidade gerada pelo volume de informações transmitidas pelo exercício, aliada ao tempo reduzido para seu processamento e sua avaliação pelos árbitros, nos estimula a buscar aprofundamentos quanto à função da memória e suas implicações no ato de julgar, pela percepção, nesta modalidade esportiva. A percepção é um processo responsável pela aquisição de informações, as quais são fundamentais para que o indivíduo conheça a sua realidade interna e externa, ou seja, o seu próprio corpo e o ambiente físico-social que o cerca, podendo, a partir daí, intervir neles, Uchoa (1976) apud Rossete (1994:25). Os sentidos, visual, auditivo, cinestésico, dentre outros (cada um com sua função), são os meios através dos quais recebemos as informações de nós mesmos e do contexto onde estamos inseridos. Os sentidos recebem informações tanto do ambiente externo – estímulos ambientais – como também informações que resultam de mudanças internas – estímulos do organismo (Forgus,1971; Marteniuk,1976, apud Rossete, 1994:25). Os estímulos internos e externos captados pelos órgãos sensoriais são convertidos em impulsos nervosos. Através dos impulsos nervosos, têm–se início o processo de percepção. Embora a percepção comece a ser organizada através 28 dos sentidos, ela é processada e admitida essencialmente pelas atividades do sistema nervoso central, à medida que seus impulsos atingem o cérebro. Quando os impulsos nervosos alcançam o cérebro, pode ocorrer uma das duas alternativas: ou o cérebro simplesmente reage como relé e passa a informação para o sistema de respostas, ou pode ir além, organizando-a de forma a selecionar, codificar e memorizar a informação percebida antes de passá-la adiante para o sistema de respostas (Magill, 1984:48). Esse processo de seleção torna-se necessário por nossa limitada capacidade de abstrair informações, uma vez que memorizamos somente certas características de uma situação sobre as quais dirigimos mais a nossa atenção no ato perceptivo. Estas características são, portanto, memorizadas de acordo com o nível de significação desse ato para aquele que o percebe. A conexão entre a percepção e a memória é denominada por Magill (1984:69) de memória sensorial. A memória sensorial parece ter uma capacidade limitada e está sujeita à perda ou degeneração muito rápida. Nela a informação estará disponível apenas 30 segundos, tempo suficiente para a pessoa estimulada tomar qualquer decisão cognitiva necessária. Em outras palavras, mantemos a imagem na memória sensorial apenas até que a utilizemos. A memória sensorial é essencial quando uma informação importante tem que ser assimilada durante uma observação muito rápida da situação (Magill, 1984:69). A informação que os órgãos dos sentidos e os mecanismos de percepção consideram mais importante é levada ao mecanismo central de processamento, onde a memória é fundamental. Esse processamento consiste em selecionar, reorganizar, codificar e memorizar a informação, antes de passá-la adiante, para o sistema de respostas (Magill, 1984:108). As informações são armazenadas na memória para serem usadas em situações similares posteriores. A percepção, então, envolve a integração da informação transmitida pelo sistema sensorial presente, com a entrada de informações disponíveis já armazenadas na memória. O arquivamento de informações no cérebro pode durar minutos, semanas ou anos, a fim de auxiliar e determinar as reações dos humanos em qualquer momento de percepção ou aprendizagem futura (Guyton, 1997:672). Conforme Posner & Keele (1969), apud Magill (1984:110), pela nossa limitada capacidade de detectar informações torna-se necessário um processo de 29 seleção que faz com que memorizemos apenas certos aspectos de uma situação sobre os quais dirigimos nossa atenção no ato perceptivo. Por essa razão devemos identificar os estímulos mais relevantes durante a ação. Porém Day (1979), apud Rossete (1994:29) considerando que é por meio dos processos perceptivos que mantemos contato com o meio ambiente, nos alerta que seria restrito explicar a percepção e, consequentemente, a leitura de seus significados apenas através dos eventos físicos, organísticos ou comportamentais isoladamente, pois entende ser relevante explicá-la pela interação entre eles. A compreensão do significado da percepção foi feita até aqui apenas pelos eventos organísticos, entretanto, para entendermos os limites enfrentados pelos árbitros de skate na sua ação de julgar, faz-se necessário aliar esses dados à compreensão do conhecimento, da experiência, do treinamento e dos processos fisiológicos e psicológicos enfrentados pelos árbitros nas competições de skate, bem como da estrutura motora/técnica do exercício a ser julgado. Uma condição essencial da capacidade perceptiva é a estrutura cognitiva de quem percebe. Essa estrutura refere-se aos conhecimentos e às experiências já memorizadas sobre a situação atual, aperfeiçoando a capacidade perceptiva. Para Singer (1986), apud Rossete (1994:29), a informação que foi armazenada na memória durante um longo tempo, procedente de experiências similares anteriores, ajudando no funcionamento do processo perceptivo. Podemos observar no skate, por exemplo, que a avaliação da execução de um skatista é facilitada quando o árbitro já tem padrões motores formados, ou seja, quando tem informações arquivadas sobre os elementos a serem executados e sobre os critérios em julgamento. Daí torna-se possível detectar detalhes na análise do gesto pela observação. Por isso de acordo com Neumaier (1988), apud Rossete, (1994:30), quanto mais experiente for o árbitro, maiores serão as informações prévias a respeito do movimento e melhor será a ativação dos padrões motores. Para podermos identificar uma informação, é preciso ser reconhecida outra informação com características semelhantes, anteriormente guardadas na memória. Refletindo sobre essa teoria, repensando sobre o skate, destacamos que esse esporte tem como um dos seus princípios básicos a arte de criar, modificar ou associar elementos técnicos. Refere-se à criação técnica através da busca de novidades, da autonomia de pensamento, ação e originalidade, por 30 exemplo, mandar manobras novas em lugares velhos, ou até mesmo, manobras velhas em lugares novos, dando uma nova visão para a mesma; dessa forma pode-se diversificar as possibilidades, basta apenas criatividade. Quando o juiz se deparar com situações novas o mesmo deverá analisar o fator risco, que significa, segundo Nista (1980:7), o perigo, a audácia, possibilidade de prejuízo no caso de insucesso. Para a Ginástica Olímpica seria o perigo de perda de pontos durante um exercício com elevado grau de riscos, ou ganho de pontos de bonificação pelo sucesso. Para o skate seria uma manobra muito difícil, ou seja aquela que o skatista não tem total domínio para sua execução. Um segundo fator que deve ser analisado é a originalidade, ou seja, segundo Nista (1980:8) uma coisa original é quando for imaginada pela primeira vez. Na Ginástica Olímpica e no Skate chama-se originalidade a presença de novas formas de movimento ou de partes do mesmo. O terceiro e último fator é o virtuosismo, uma questão de execução, segundo Nista (1980:8) é quando o atleta mostra uma elegância particular na execução, leveza no desenvolvimento dos movimentos e mestria na dificuldade e no risco. É necessário que o árbitro possua conhecimentos anteriores dos elementos que compõem o exercício, para que ele possa não só percebê-los, mas também detectar seus detalhes, pois é sua função no julgamento. A falta de conhecimento dos conceitos e significados dos critérios estabelecidos pela realidade observada provoca a interpretação inadequada dos fatos (Singer & Willimczik, 1978, apud Rossete, 1994:32). Grosser & Neumaier (1986), apud Rosete, (1994:35), discutem; para eles a formação do árbitro, isto é, o desenvolvimento da sua capacidade de avaliar o movimento, é um processo planificado, pensado e estruturado. Temos consciência que o “total” nivelamento entre os árbitros é impossível de ser alcançado, principalmente se considerarmos que os seres humanos são diferentes, têm opiniões e valores historicamente e socialmente construídos e vivenciam experiências diferenciadas entre si. No entanto, para o julgamento do skate as diferenças acentuadas na formação e, consequentemente, na atuação dos árbitros podem ocasionar situações angustiantes e problemáticas para os envolvidos na competição. O Código de Pontuação da FIG prevê também que, antes de cada competição oficial, os árbitros designados para o seu julgamento participem de 31 cursos de reciclagem, durante quatro horas no mínimo, para discutirem os critérios e a forma de avaliação dos exercícios. As condições ambientais em que se encontra o árbitro – sucessão dos acontecimentos na competição, a freqüência e a dinâmica dos atos motores, bem como a sua localização no espaço – influenciam também a capacidade perceptiva. A função do árbitro se torna ainda mais complexa quando consideramos a área de competição e o tempo a ser julgado. O juiz deve se posicionar de forma apropriada para detectar detalhes da ação julgada, porém, se os mesmos consequentemente, verão coisas diferentes. ocupam posições diferentes, O estado psicológico do árbitro influencia na percepção. Motivação, atenção, tensão, interesse e outros processos psíquicos de quem observa interferem no processo de percepção do fenômeno analisado. 32 3 – DESENVOLVIMENTO Como um conjunto de prescrições técnicas, o Código objetiva servir de orientação àqueles que vivenciam a competição. Prevê normas que regulamentam e avaliam. O Código determina o que, quem e como deve ser avaliado o skatista. A linguagem técnica específica no skate é baseado em padrões considerados ideais no meio esportivo nacional da modalidade. No universo do skate, nenhuma tentativa de mudança, no que diz respeito ao julgamento, pode ser, empiricamente, observada no presente momento. Este Código é uma ação pioneira, que proporcionará ao skate organização e objetividade, sem que a essência da modalidade seja alterada. Com isso, após a abordagem da ação de julgar pela observação daremos início à elaboração do Código. 3.1 - ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL Em qualquer competição esportiva a organização deve ser fundamental para que atenda as expectativas dos atletas, públicos e patrocinadores. Até o momento observa-se, empiricamente, que nos campeonatos amadores de skate, uma deficiência no que diz respeito ao assunto. Por isso abordaremos a seguir alguns fatores que tendem a melhorar a qualidade dos campeonatos. 3.1.1 – DAS INSCRIÇÕES Só serão aceitas inscrições feitas até dois dias antes do campeonato. Para que a organização consiga formar as baterias com um mesmo número de atletas predeterminados e preparar os árbitros. Podendo estes, variar de no mínimo três e ou, no máximo cinco juízes por categoria. Sendo que este número dependerá 33 da disponibilidade de recursos financeiros dos organizadores para custear os serviços prestados pelos juízes. 3.1.2 – DAS CATEGORIAS Para que o atleta se inscreva numa determinada categoria (mirim, iniciante ou amador), a organização estará avaliando praticamente no dia que antecede o aquecimento geral, os atletas. Da seguinte forma: estabelecendo um quadro de exigências de manobras, por exemplo, atletas da categoria mirim executam no mínimo Frontside Lipslide, Ollie Flip, Ollie Heelflip, Ollie e Ollie 180º de Backside e de Frontside; os atletas da categoria iniciante devem executar no mínimo, Ollie e Ollie 180º de Backside e de Frontside, Ollie Flip, Ollie Flip 180º de Backside e de Frontside, Crooked Grind, Frontside e Backside Lipslide; e os skatistas da categoria amador, devem por obrigação executar no mínimo, Ollie, Ollie 180º e 360º de Backside e Frontside, Ollie Flip e Heelflip, Ollie Flip e Heelflip 180º de backside e de Frontside entre outras. Essa avaliação tornará os eventos mais uniformes, pois estarão na mesma categoria atletas de níveis técnicos compatíveis. E também pelo tempo de prática que o atleta possui de skate. Sendo que até 6 meses, categoria mirim, 6 meses a 2 anos iniciante, acima de 2 anos, amador. Podendo ter variação dependendo do grau de domínio apresentado. 3.1.3 – DOS RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS Os obstáculos deverão estar em perfeitas condições de uso. E devem proporcionar segurança aos atletas. A organização deve disponibilizar uma equipe de auxiliares para recolher e somar as notas do juízes, imediatamente após a apresentação de um atleta. 3.1.4 – DOS AQUECIMENTOS 34 A organização deverá permitir que apenas os skatistas inscritos na competição utilizem os obstáculos, devendo proporcionar um horário no dia anterior do início do torneio para que sejam feitos um reconhecimento e adaptação aos obstáculos. No dia das provas deverá proporcionar aquecimento de no máximo dez minutos antes de cada bateria. Cabe a organização disponibilizar isolamento da área de competição e reservar um espaço para aquecimento no dia do evento, podendo este ter obstáculos ou não, e desclassificar aquele atleta que insistir em treinar na área lateral à pista de competição no dia do campeonato. Pois houve tempo para aquecimento no dia anterior ao da competição, e haverá aquecimento de dez minutos antes do início de cada bateria. 3.2 – DISPOSIÇÕES GERAIS Segundo pesquisa feita com os árbitros e atletas profissionais que participaram do 2º Campeonato Adrenalina de Skate Street, realizado no dia 30 de setembro de 2001, na cidade de Teófilo Otoni – MG, os critérios utilizados para pontuação da apresentação de um skatista são: fluência do atleta nos obstáculos, estilo, velocidade, nível de dificuldade e execução das manobras. Baseando-se nesses critérios elaborou-se uma planilha de julgamento, similar à da Ginástica Olímpica, que contém de forma organizada os critérios acima citados. A planilha pode ser observada no Anexo 01. Cada espaço desta planilha será analisado em seguida. Essa planilha possui dados como: nome do atleta, do juiz e do evento. Nela o juiz terá um controle das notas e das duas voltas, de 1 minuto cada, do skatista no momento da competição. Em ambas as voltas, 1ª e 2ª, os campos da planilha são idênticos. A forma como será pontuado o atleta é em separado quanto à dificuldade, execução das manobras e exigências especiais. No final da apresentação é somado os valores totais de cada um desses espaços e dá-se a nota daquela apresentação do atleta. Sendo que após essas duas voltas, faz-se uma média e os 10 atletas mais pontuados farão uma apresentação final, utilizando uma planilha idêntica, tendo suas notas anteriores zeradas, e nesta, as notas dos 35 árbitros serão divulgadas ao público imediatamente após a apresentação do atleta. Baseado no Código de Pontuação da Ginástica Olímpica, os exercícios exigidos para que o atleta execute no decorrer da sua apresentação, são as exigências especiais. No Código de Pontuação do Skate serão os obstáculos. Pois sabendo que têm-se que avaliar a fluência do atleta nos mesmos, padronizase despontuar o skatista que não cumprir a exigência de utilizar toda a pista, cada obstáculo tem um valor que será o mesmo para todos os outros. Na planilha de referência o valor para cada obstáculo é de 0,25, pois dos dez pontos que são distribuídos por volta, 25% dos mesmos são para verificar a fluência do atleta nos obstáculos. Outros 25% dos pontos serão dispostos no item dificuldade, onde caberá ao juiz avaliar o nível técnico de dificuldade apresentado pelo skatista na sua apresentação. Avaliando termos, tais como: expressão (estilo), originalidade, risco, facilidade, leveza, dentre outros, sendo este parâmetro avaliado de forma subjetiva, baseado na experiência do juiz com a prática da modalidade. Os últimos 50% serão para a execução das manobras. Onde o juiz avaliará os acertos e o domínio do skate na execução das manobras. Sendo que se o atleta não completar a manobra, sua pontuação, na mesma, será zerada. Ele acertando-a, sua pontuação será de 0,50 pontos. À medida que ele acerta serão feitas deduções baseadas no quadro a seguir, diferenciando uma das outras pela forma na qual ele executa a manobra. Esta pontuação é especificada no Quadro 01, abaixo. QUADRO 01 Deduções de despontuação para as diferentes formas de acerto. Dedução Formas de Acerto - 0,20 Com desequilíbrio devido aos pés fora da base. - 0,30 O atleta colocou as mãos no chão para recuperar o equilíbrio. - 0,40 Não deu continuidade, ou seja, ele fez a aterrissagem em cima do skate e perdeu o controle do mesmo, não dando seqüência na sua apresentação. Depois de esclarecidos os campos da planilha, será explicado como o juiz deverá proceder para preenchê-la. O mesmo deverá formar um conceito com 36 relação à velocidade, estilo e dificuldade técnica das manobras que o skatista executar em sua apresentação, e ao final marcar o campo de dificuldade. Cada manobra que for executada pelo atleta entende-se que poderá ser em um obstáculo ou no solo. Quando for em um obstáculo o mesmo ganhará os pontos da execução e o do obstáculo, pois ele terá que passar em todos para cumprir as exigências. Se o mesmo repetir o obstáculo, ganhará os pontos apenas da execução. O mesmo acontecerá quando uma manobra de solo for executada. Em caso de empate entre as notas, faz-se uma somatória do item dificuldade e o atleta que obtiver maior pontuação vence o desempate. Se o empate prevalecer, inclui-se o item exigências especiais nessa somatória e obtêm-se novo valor para o desempate. 3.3- A SITUAÇÃO A SER JULGADA – A EXECUÇÃO DAS MANOBRAS Como um conjunto e prescrições técnicas, o Código objetiva servir de orientação àqueles que vivenciam a competição. Prevê normas que regulamentam e avaliam. O Código determina o que, quem e como deve ser avaliado. A linguagem técnica específica do skate é baseada em padrões considerados ideais no meio esportivo nacional da modalidade. A modalidade skate pode ser considerada como arte, cuja característica é a criatividade, o estilo, a originalidade e ao mesmo tempo pode ser considerado como prática competitiva do esporte de alto nível, que estabelecem manobras definidas, resultados, premiações e performances. O skatista artista exprime nas sua manobras, de forma lúdica, o seu estilo próprio, sua visão do contexto sóciopolítico-cultural no qual ele está inserido. O skatista atleta procura divulgar sua marca, ou o seu clube, comparando com a Ginástica Olímpica, e obtêm resultados cada vez melhores. Os estudos de Huizinga (1980:10-17) sobre o jogo lúdico nos ajudam a compreender que a vivência da arte se caracteriza pelas possibilidades de o praticante decidir sobre o tempo, o espaço, a ordem e as regras a serem respeitadas por ele e pelo grupo, o que não é possível acontecer dentro das exigências do esporte. Como arte, a atividade é lúdica, pois é livre, conscientemente praticada, desligada de todo interesse material, com a qual não 37 se deseja obter qualquer lucro a não ser o prazer e a satisfação pela própria vivência, o que nem sempre acontece no esporte. Assim a regulamentação estabelecida para o skate associará o lúdico com o racional, pontuando a criatividade e originalidade do skatista de acordo com alguns critérios que serão detalhados adiante. 3.3.1- ESTILO O estilo é um critério pouco compreendido na sua essência e fundamentação, o que prejudica a constituição de sua identidade. Além disso percebemos que o estilo está implícito nas características do skate, como modalidade esportiva. Estilo pode ser comparado com expressão, que no Código de Pontuação da FIG (1997) é uma das exigências de execução dos exercícios individuais livres. Assim a expressão pode ser compreendida como um processo de comunicação gestual, que permite ao skatista transmitir diferentes conteúdos, representados pela técnica específica do esporte e, ainda, por um conjunto de influências culturais, artísticas e psicológicas. O estilo é o reflexo da personalidade do skatista, devendo transmitir a satisfação dos movimentos. O sentido da expressão e do estilo passou a ter os significados preestabelecidos pelas características específicas do esporte. Cada vez mais é valorizado o estilo voltado para as exigências técnicas necessárias à aquisição da performance. Cada skatista tem o estilo natural, livre e subjetivo do movimento. 3.3.2- DIFICULDADE E EXECUÇÃO Neste tópico pretende-se, descrever detalhadamente a técnica de execução de algumas manobras de skate, analisar os erros mais comuns visualizando-as por grau de dificuldade, conhecendo o aparelho skate e suas partes. 38 3.3.2.1 – O SKATE O skate é formado por uma shape de madeira, com lixa colada sobre sua superfície superior, oito parafusos de base, um par de trucks, quatro rodas, oito rolamentos e quatro espaçadores (FIG 09). FIG 09 – Skate completo Fonte: 100% SkateMag ed. 23 3.3.2.1.1 – SHAPE O shape é feito madeira, apresenta três inclinações: o nose, o tail e o concave. O nose é a inclinação da frente, seria o bico do skate; o tail, é a inclinação de trás, seria a cauda do skate; e o concave é inclinação lateral que os shapes possuem (FIG 10). FIG 10 - Shapes Fonte: 100% SkateMag ed.23 Sobre o shape é colado uma lixa, que aumenta a aderência dos tênis com a superfície do aparelho, facilitando a execução e o controle do skate no momento em que as manobras são executadas. 39 O shape possui oito orifícios padronizados com a medida da base do truck. Nesses orifícios passam-se parafusos que prenderão os trucks ao shape, e servem de referência para o equilíbrio do skatista, pois todas as manobras que são executadas com os pés na “base” apresentam o melhor resultado final na sua execução. 3.3.2.1.2 – TRUCKS Os trucks são metálicos, feitos de liga de titânio ou alumínio, para que apresentem menor peso e maior resistência ao impacto. Eles possuem um parafuso central, responsável pelo ajuste de mobilidade, deixando-o mais ou menos móvel, facilitando ou dificultando o controle do skate. Apresentam também borrachas, chamadas de amortecedores e “chupetas” que são posicionadas entre as superfícies metálicas articuláveis, evitando um desgaste das partes metálicas. FIG 11). FIG 11 – Trucks nacionais e importados Fonte: 100% SkateMag ed.23 3.3.2.1.3 – RODAS São de tamanho variando entre 51 e 58 mm de diâmetro. Apresentam cores bem diversificadas e são feitas de uretano, um tipo de borracha mais resistente. Elas possuem orifícios onde são encaixados os rolamentos e espaçadores (FIG 12). 40 FIG 12 – Rodas de cores diferentes Fonte: Revista Tribo ed. 70 3.3.2.1.4 – ROLAMENTOS Os rolamentos têm formato circular, são feitos de aço, contém esferas metálicas distribuídas uniformemente no seu interior, seu tamanho, é especificado 608, pois todo rolamento tem o tamanho escrito por números, por exemplo, um rolamento tamanho 610 é menor que um de tamanho 600. Os mesmos devem ser constantemente inspecionados pelo skatista, para que seja verificado a lubrificação, e não devem apresentar folgas no encaixe com as rodas, pois podem passar a desgastar as mesmas de forma exagerada (FIG 13). FIG 13 – Rolamentos importados Fonte: 100% SkateMag ed.42 3.3.2.1.5 – ESPAÇADORES São tubos metálicos que posicionam-se entre os rolamentos dentro das rodas, eles são de sumária importância pois permitem um melhor ajuste do conjunto roda / rolamento, não deixando que o mesmo trave, ou seja, quando 41 aperta-se muito esse conjunto, as rodas e os rolamentos não se mexem, se têmse espaçador, pode-se apertar com bastante força que o conjunto roda/rolamento estará bem justo e móvel (FIG 14). FIG 14 – Espaçadores Fonte: 100% SkateMag ed.42 3.3.2.1.6 – PARAFUSOS DE BASE São parafusos de chave Alen, Fenda ou Filipis, que prendem a base dos trucks ao shape. Devem estar bem justos, não permitindo que os trucks movimentem no shape (FIG 15). FIG 15 –Parafuso de base chave Allen Fonte: 100% SkateMag ed. 42 3.3.2.2 – AS MANOBRAS As manobras que serão estudadas adiante, são as mais básicas no skate, delas, dependendo da criatividade, habilidade e coragem do skatista podem sair 42 diversas variáveis e até mesmo novas manobras. As mesmas são: ollie, flip, heeflip, lipslide, crooked gring e algumas variações das mesmas. 3.3.2.2.1 – OLLIE O ollie é a primeira manobra que o skatista aprende quando começa a andar de skate. Ela é a base para todas as outras que dependem do skate estar fora do chão, por exemplo, quando se pula uma escadaria, um banco, uma calçada, manda-se um ollie para que o skate alcance uma determinada altura e ultrapasse o obstáculo desejado. Para que se execute um ollie com perfeição, é necessário o skatista ter um certo equilíbrio no skate, pois o mesmo deverá estar em movimento quando for executar a manobra. O seu aprendizado e domínio é gradativo, requer muito treino. Na sua execução o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail, transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura e paralelo ao chão, sendo este o ponto de maior altura do ollie. Logo depois o skatista tem que apenas estabilizar o vôo, para que a aterrissagem seja feita com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrarse com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 16). 43 FIG 16 – Ollie Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.2 – OLLIE FRONTSIDE 180º Assim que o skatista consegue fazer com que o seu skate saia do chão, ele passa a tentar, além de subir, virar o skate e o corpo, para frente (frontside), numa rotação a princípio de apenas 180º. Essa manobra, ollie frontside 180º, é uma variação do ollie que consiste em, no momento em que o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail, transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará tendo a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo virando para trás, pelas costas do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, com o nose a aproximadamente 90º para trás em relação à posição inicial do skate antes do salto. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista de frente para o imaginário obstáculo, sendo este o ponto de maior altura do ollie frontside 180º. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o vôo, e concluir a rotação de 180º sobre o seu eixo longitudinal, impulsionando-a com um movimento rápido de braços e rotação tronco, para que a aterrissagem seja feita do lado contrário ao inicial, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no 44 mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 17). FIG 17 – Ollie Frontside 180 º Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.3 – OLLIE BACKSIDE 180º Assim que o skatista consegue fazer com que o seu skate saia do chão, ele passa a tentar, além de subir, virar o skate e o corpo, para frente (frontside), numa rotação a princípio de apenas 180º, o mesmo também tentará virar para trás (backside). Essa manobra, ollie backside 180º, é uma variação do ollie que consiste em, no momento em que o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail, transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo virando pela frente do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, com o nose a aproximadamente 90º para frente em relação à posição inicial do skate antes do salto. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista de costas para o imaginário obstáculo, sendo este o ponto de maior altura do ollie backside 180º. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o vôo, e concluir a rotação de 180º sobre o seu eixo longitudinal, 45 impulsionando-a com um movimento rápido de braços e rotação tronco, para que a aterrissagem seja feita do lado contrário ao inicial, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 18). FIG 18 – Ollie Backside 180º Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.4 – OLLIE FRONTSIDE 360º Para tornar mais divertido e motivante a prática do skate, o skatista está sempre na busca de novas variações, pois o mesmo já consegue executar uma rotação de 180º para frente e para trás, agora uma rotação de 360º será mais difícil, mas não impossível, pois ele poderá dar uma volta completa sobre o eixo longitudinal do próprio corpo sem que o skate esteja em contato com o solo, sendo inicialmente para trás, e conhecida a manobra por ollie frontside 360º. Essa manobra, ollie frontside 360º, é uma variação do ollie que consiste em, no momento em que o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail, transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo virando para trás, 46 pelas costas do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, com o nose a aproximadamente 180º, rodando, para trás em relação à posição inicial do skate antes do salto. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista na posição contrária à inicial, sendo este o ponto de maior altura do ollie frontside 360º. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o vôo, e concluir a rotação de 360º sobre o seu eixo longitudinal, impulsionando-a com um movimento rápido de braços e rotação tronco, para que a aterrissagem seja feita do mesmo lado que ele estava inicialmente, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 19). Essa rotação de 360º deve ser feita muito rapidamente, pois tão logo o skate está subindo ele já está descendo e, dependendo da altura do ollie do atleta não há tempo para que ele execute tal rotação. FIG 19 – Ollie Frontside 360º Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.5 – OLLIE BACKSIDE 360º Uma segunda variação com 360º, seria a rotação para trás, conhecida como ollie backside 360º. Essa manobra, ollie backside 360º, é uma variação do ollie que consiste em, no momento em que o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da 47 frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail, transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo virando pela frente do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, com o nose a aproximadamente 180º, rodando, para frente em relação à posição inicial do skate antes do salto. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista na posição contrária à inicial, sendo este o ponto de maior altura do ollie frontside 360º. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o vôo, e concluir a rotação de 360º sobre o seu eixo longitudinal, impulsionando-a com um movimento rápido de braços e rotação tronco, para que a aterrissagem seja feita do mesmo lado que ele estava inicialmente, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 20). Essa rotação de 360º deve ser feita muito rapidamente, pois tão logo o skate está subindo ele já está descendo e, dependendo da altura do ollie do atleta não há tempo para que ele execute tal rotação. FIG 20 – Ollie Backside 360º Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.6 –FLIP 48 Essa manobra, requer como requisito básico, o domínio do ollie, pois além de executar um ollie o skatista consegue realizar uma rotação, apenas do skate sobre seu próprio eixo longitudinal. Nela, o skate vira 360º da seguinte forma: as rodas vão para o lado, para cima, para o outro lado e retornam para baixo. Nos dias atuais a maioria das manobras com um elevado nível técnico derivam do princípio do flip e heelflip. Para a execução dessa manobra o skatista posiciona os pés da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose, ligeiramente na beirada, para trás, do shape, e o de trás no tail, ambos transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, para o lado de fora, em direção ao nose, mais lateralmente à trás, é o instante em que o skate começará a girar sobre o seu eixo longitudinal, ficando o atleta no ar com a lixa do shape para baixo e as rodas para cima, até que o skate termine de girar ele ainda continua subindo, e quando ele atingir o ponto mais alto da manobra o shape já estará na posição normal, com a lixa para cima, e o skate nos pés do skatista. Ficando nivelado, à uma determinada altura e paralelo ao chão, sendo este o ponto de maior altura do flip. Logo depois o skatista têm apenas que estabilizar o vôo, para que a aterrissagem seja feita com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás, devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 21). 49 FIG 21 – Flip Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.7 – BACKSIDE FLIP 180º Assim que o skatista consegue fazer com que o seu skate saia do chão e rode um flip, ele passa a tentar, um flip virando o skate e o corpo, para trás numa rotação de 180º. O backside flip 180º é um variável do flip. Para a execução dessa manobra o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose, ligeiramente na beirada, para trás, do shape, e o de trás no tail, ambos transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo começa a rotação para frente. Neste momento o skate se encontra de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, para o lado de fora, em direção ao nose, mais lateralmente à trás, é o instante em que o skate começará a girar sobre o seu eixo longitudinal, e o corpo iniciará a rotação para frente, ficando o atleta no ar com a lixa do shape para baixo e as rodas para cima e seu corpo posicionado à 90º da posição inicial do skate, até que o skate termine de girar ele ainda continua subindo, e quando ele atingir o ponto mais alto da manobra o shape já estará na posição normal, com a lixa para cima, e o skate nos pés do skatista. Ficando nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, estando o atleta de costas 50 para o obstáculo imaginário sendo este o ponto de maior altura do flip. Logo depois o skatista têm apenas que estabilizar o vôo, terminar a rotação de 180º sobre o seu eixo longitudinal, impulsionando-a com um movimento rápido de braços e rotação tronco, para que a aterrissagem seja feita do lado contrário ao lado de partida, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 22). FIG 22 – Backside Flip 180º Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.8 – FRONTSIDE FLIP 180º Assim que o skatista consegue fazer com que o seu skate saia do chão e rode um flip, um flip virando o skate e o corpo para trás numa rotação de 180º, ele passa a tentar um flip virando para frente, o que seria o frontside flip 180º. O frontside flip 180º é um variável do flip. Para a execução dessa manobra o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose, ligeiramente na beirada, para trás, do shape, e o de trás no tail, ambos transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo começa a rotação para trás sobre o seu próprio eixo longitudinal. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, 51 quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, para o lado de fora, em direção ao nose, mais lateralmente à trás, é o instante em que o skate começará a girar sobre o seu eixo longitudinal, e o corpo iniciará a rotação para trás, ficando o atleta no ar com a lixa do shape para baixo e as rodas para cima e seu corpo posicionado à 90º da posição inicial do skate, até que o skate termine de girar ele ainda continua subindo, e quando ele atingir o ponto mais alto da manobra o shape já estará na posição normal, com a lixa para cima, e o skate nos pés do skatista. Ficando nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, estando o atleta de frente para o obstáculo imaginário sendo este o ponto de maior altura do flip. Logo depois o skatista têm apenas que estabilizar o vôo, terminar a rotação de 180º, para que a aterrissagem seja feita do lado contrário ao lado de partida, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 23). FIG 23 – Frontside Flip 180º Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.9 – HEELFLIP Essa manobra, requer como requisito básico, o domínio do ollie. Pois além de executar um ollie o skatista consegue realizar uma rotação, apenas do skate sobre seu próprio eixo longitudinal. Nela, o skate vira 360º da seguinte forma: as rodas vão para o lado, para cima, para o outro lado e retornam para baixo. A mesma diferencia do flip no lado em que se chuta o skate para executar uma 52 rotação sobre o seu próprio eixo. No flip o pé chuta para trás e para fora, no heelflip o pé da frente chuta para frente e para fora, sendo quase com os maléolos laterais da tíbia. Nos dias atuais a maioria das manobras com um elevado nível técnico derivam do princípio do flip e heelflip. Para a execução dessa manobra o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose, ligeiramente na beirada, para frente, do shape, e o de trás no tail, ambos transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, para o lado de fora, em direção ao nose, mais lateralmente à frente, é o instante em que o skate começará a girar sobre o seu eixo longitudinal, ficando o atleta no ar com a lixa do shape para baixo e as rodas para cima, até que o skate termine de girar ele ainda continua subindo, e quando ele atingir o ponto mais alto da manobra o shape já estará na posição normal, com a lixa para cima, e o skate nos pés do skatista. Ficando nivelado, à uma determinada altura e paralelo ao chão, sendo este o ponto de maior altura do heelflip. Logo depois o skatista têm apenas que estabilizar o vôo, para que a aterrissagem seja feita com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. fletirem para amortecer a queda (FIG 24). FIG 24 – Heelflip Fonte: Castro (2001) Devendo também os joelhos 53 3.3.2.2.10 – BACKSIDE HEELFLIP 180º Assim que o skatista consegue fazer com que o seu skate saia do chão e rode um heelflip, ele passa a tentar, um heelflip virando o skate e o corpo, para trás numa rotação de 180º. O backside heelflip 180º é um variável do heelflip. Para a execução dessa manobra o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose, ligeiramente na beirada, para frente, do shape, e o de trás no tail, ambos transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subido junto com o shape, e o corpo começa a rotação para frente. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, para o lado de fora, em direção ao nose, mais lateralmente à frente, é o instante em que o skate começará a girar sobre o seu eixo longitudinal, e o corpo iniciará a rotação para frente, ficando o atleta no ar com a lixa do shape para baixo e as rodas para cima e seu corpo posicionado à 90º da posição inicial do skate, até que o skate termine de girar ele ainda continua subindo, e quando ele atingir o ponto mais alto da manobra o shape já estará na posição normal, com a lixa para cima, e o skate nos pés do skatista. Ficando nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, estando o atleta de costas para o obstáculo imaginário sendo este o ponto de maior altura do flip. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o vôo, terminar a rotação de 180º, para que a aterrissagem seja feita do lado contrário ao lado de partida, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. queda (FIG 25). Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a 54 FIG 25 – Backside Heelflip Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.11 – FRONTSIDE HEELFLIP 180º Assim que o skatista consegue fazer com que o seu skate saia do chão e rode um heelflip, um heelflip virando o skate e o corpo para trás numa rotação de 180º, ele passa a tentar um heelflip virando para frente, o que seria o frontside heelflip 180º. O frontside heelflip 180º é um variável do heelflip. Para a execução dessa manobra o skatista posiciona os pés, da seguinte forma: o pé da frente estará um pouco antes do nose, ligeiramente na beirada, para frente, do shape, e o de trás no tail, ambos transversalmente apoiados em relação ao shape. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subido junto com o shape, e o corpo começa a rotação para trás. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, para o lado de fora, em direção ao nose, mais lateralmente à frente, é o instante em que o skate começará a girar sobre o seu eixo longitudinal, e o corpo iniciará a rotação para trás, ficando o atleta no ar com a lixa do shape para baixo e as rodas para cima e seu corpo posicionado à 90º da posição inicial do skate, até que o skate termine de girar ele ainda continua 55 subindo, e quando ele atingir o ponto mais alto da manobra o shape já estará na posição normal, com a lixa para cima, e o skate nos pés do skatista. Ficando nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, estando o atleta de frente para o obstáculo imaginário sendo este o ponto de maior altura do heelflip. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o vôo, terminar a rotação de 180º, para que a aterrissagem seja feita do lado contrário ao lado de partida, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer a queda (FIG 26). FIG 26 – Frontside Heelflip Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.12 – FRONTSIDE LIPSLIDE Esta manobra requer como requisito básico o domínio do ollie frontside 180º, e precisa de um obstáculo chamado corrimão. Ela consiste em, no momento em que o atleta estiver com o skate no ar numa rotação de 90º sob um corrimão, ele irá apoiar e equilibrar-se com a porção medial do shape, localizada entre os trucks no cano de ferro. Dessa forma, com o auxilio da velocidade de deslocamento que possuía, o skatista vai-se deslizar, escorregar o shape sob a superfície metálica até que o corrimão acabe. Para a execução dessa manobra o skatista deve ir em direção ao corrimão com o mesmo posicionado pelas costas do atleta. Em seguida o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail. As pernas deverão estar 56 semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subido junto com o shape, e o corpo virando para trás, pelas costas do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, com o nose a aproximadamente 90º para trás em relação à posição inicial do skate antes do salto. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista de frente para o corrimão irá apoiar o skate no mesmo, sendo este o ponto onde o skate começará a se escorregar sobre a superfície metálica. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o skate no corrimão, e deslizar o aparelho sobre toda a extensão do mesmo, preparando-se para que a aterrissagem seja feita, do mesmo lado em que ele estava quando ele iniciou a manobra, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás, dando continuidade ao seu deslocamento. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer o retorno ao solo (FIG 27). FIG 27 – Frontside Lipslide Fonte: Castro (2001) 3.3.2.2.13 – BACKSIDE LIPSLIDE Esta manobra requer como requisito básico o domínio do ollie backside 180º, e precisa de um obstáculo chamado corrimão. Ela consiste em, no momento em que o atleta estiver com o skate no ar numa rotação de 90º sob um corrimão, 57 ele irá apoiar e equilibrar-se com a porção medial do shape, localizada entre os trucks no cano de ferro. Dessa forma, com o auxilio da velocidade de deslocamento que possuía, o skatista vai-se deslizar, escorregar o shape sob a superfície metálica até que o corrimão acabe. Para a execução dessa manobra o skatista deve ir em direção ao corrimão com o mesmo posicionado pela frente do atleta. Em seguida o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subido junto com o shape, e o corpo virando para frente do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão, com o nose a aproximadamente 90º para frente em relação à posição inicial do skate antes do salto. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista de costas para o corrimão irá apoiar o skate no mesmo, sendo este o ponto onde o skate começará a se escorregar sobre a superfície metálica. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o skate no corrimão, e deslizar o aparelho sobre toda a extensão do mesmo, preparando-se para que a aterrissagem seja feita, do mesmo lado em que ele estava quando ele iniciou a manobra, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás, dando continuidade ao seu deslocamento. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer o retorno ao solo (FIG 28). FIG 28 – Backside Lipslide Fonte: Castro (2001) 58 3.3.2.2.14 – CROOKED GRIND Como requisito básico para a execução dessa manobra, o skatista precisa ter o domínio do ollie, além de conseguir equilibrar-se no skate com apenas as duas rodas da frente, utilizando o corrimão como obstáculo. E a mesma consiste em depois de executar um ollie, direcionar o skate para que se apoie no corrimão com apenas o truck da frente, ficando o contato apenas entre as partes metálicas, truck e corrimão. E em seguida escorregue essas superfícies entre si, por toda a extensão do corrimão. Para a execução dessa manobra o skatista deve ir em direção ao corrimão com o mesmo posicionado pelas costas do atleta. Em seguida o pé da frente estará um pouco antes do nose e o de trás no tail. As pernas deverão estar semiflexionadas e o corpo bem equilibrado no skate. Em seguida, ele fará um salto, sendo que a perna de trás impulsionará primeiro, em conseqüência, o nose do skate levantará estando a perna da frente subindo junto com o shape, e o corpo virando para frente do atleta. Neste momento o skate se encontrará de maneira inclinada, ligeiramente fora do chão. Quando rapidamente a perna da frente será lançada à frente, em direção ao nose, ficando na mesma altura da de trás, neste instante o skate estará nivelado, à uma determinada altura, paralelo ao chão, e o skatista de costas para o corrimão irá apoiar o truck da frente no mesmo, sendo este o ponto onde o skate começará a se escorregar sobre a superfície metálica. Logo depois o skatista têm que apenas estabilizar o skate no corrimão, e deslizar o aparelho sobre toda a extensão do mesmo, preparando-se para que a aterrissagem seja feita, do mesmo lado em que ele estava quando ele iniciou a manobra, com as duas pernas ao mesmo tempo, ou seja, as quatro rodinhas devem encontrar-se com o solo no mesmo instante, podendo as duas da frente descer rapidamente antes das duas de trás, dando continuidade ao seu deslocamento. Devendo também os joelhos fletirem para amortecer o retorno ao solo (FIG 29). 59 FIG 29 – Crooked grind Fonte: Castro (2001) 3.3.3 – ERROS MAIS COMUNS Em todas as manobras de skate os erros mais comuns são basicamente os mesmos, sendo: a) no momento do salto para impulsionar o skate para cima, os pés perdem o contato com o shape, demostrando falta de domínio com o aparelho; b) quando o skate estiver no ponto de maior altura da manobra, o skatista perceber que ele não vai conseguir concluir a mesma, e simplesmente descarta aquela tentativa de execução, lançando-se para fora do aparelho; c) no momento da aterrissagem, se os pés não estiverem bem posicionados sobre os parafusos de base, o impacto sobre o shape será tão grande, e a distribuição das forças que atuam naquele momento é mal distribuída, podendo assim quebrá-lo. Esse erro é comum em iniciantes; d) quando há um certo desequilíbrio no skate, as manobras saem todas com uma dificuldade considerável, e ou, na maioria das vezes não são concluídas. 3.4 – OS OBSTÁCULOS Os obstáculos de uma pista de skate street (FIG 30) são os mais variados possíveis, e são compostos basicamente de rampa reta 45º (FIG 31), quarter pipe (FIG 32), pirâmide (FIG 33), fun box (FIG 34), palquinho (FIG 35) e corrimão (FIG 36). 60 Os obstáculos não serão padronizados pois a experiência e habilidade do skatista devem lhe proporcionar uma bagagem motora que dê condições para enfrentar qualquer barreira, da forma mais criativa e técnica. FIG 30 – Área de street do campeonato mundial Fonte: 100% SkateMag ed. 42 FIG 31 – Rampa reta Fonte: Pereira (2001) FIG 32 – Quarter Pipe Fonte: Pereira (2001) 61 FIG 33 – Pirâmide Fonte: Pereira (2001) FIG 34 – Fun box Fonte: Pereira (2001) FIG 35 – Palquinho Fonte: Pereira (2001) FIG 36 – Corrimão Fonte: Pereira (2001) 62 4 – METODOLOGIA 4.1 – TIPO DE PESQUISA A presente pesquisa é uma pesquisa-ação, um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo, Thiollent (1998:14). 4.1.1 – PESQUISA A pesquisa qualitativa, concentrou-se na existência da problemática do julgamento do skate street, buscando o auxílio dos fundamentos de diferentes áreas do conhecimento, a fim de se ampliarem as possibilidade e a compreensão dos limites do fenômeno estudado. 4.1.2 – AÇÂO Após a comprovação da problemática, na pesquisa, elaborou-se a planilha, utilizando-a na 2ª Etapa do Circuito Vale do Aço de Skate Street com a categoria Mirim e verificou-se na prática o que seria o projeto-piloto na elaboração do Código de Pontuação. 4.2- AMOSTRA 63 A amostra da pesquisa foi composta de 50 skatistas das cidades de Ipatinga, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Teófilo Otoni, todas situadas no estado de Minas Gerais, com média de idade de 17 anos e 7 meses, experiência média de sete campeonatos e tempo médio de prática da modalidade de três anos. Para a ação utilizou-se cinco juízes, que são atletas profissionais, das cidades de São Paulo (SP), Juiz de Fora e Belo Horizonte (MG), foram entrevistados para que fossem identificados os critérios utilizados por eles para pontuar um skatista e para direcionar a criação de uma planilha que reflete a prática do julgamento estruturado por um Código. E também 42 atletas da categoria Mirim que participaram da 2ª Etapa do Circuito Vale do Aço de Skate Street, que foi realizado no dia 17 de novembro de 2001, na cidade de Coronel Fabriciano. 4.3- INSTRUMENTOS Utilizou-se um questionário semi-estruturado, (vide anexo 2), que buscou justificar a problemática e que direcionou o pesquisador à criação de um Código de Pontuação para o julgamento do skate street que atenda às necessidades desse esporte. Utilizou-se uma planilha (vide anexo 1) para o julgamento dos 42 atletas da categoria Mirim que participaram da 2ª Etapa do Circuito Vale do Aço de Skate Street, que foi realizado no dia 17 de novembro de 2001, na cidade de Coronel Fabriciano. 4.4- PROCEDIMENTOS Fez-se a coleta de dados tais como, nome, idade, tempo de prática do skate, quantos campeonatos participou, com os skatistas que participaram do 2º Campeonato Adrenalina de Skate Street, realizado no dia 30 de setembro de 64 2001, na cidade de Teófilo Otoni. Em seguida aplicou-se o questionário. Os resultados do questionário foram analisados, orientando a criação do Código de Pontuação para o skate street, baseado no Código de Pontuação da Ginástica Olímpica, que foi utilizado na 2ª etapa do Circuito Vale do Aço de Skate Street, realizado no dia 17 de novembro de 2001 na cidade de Coronel Fabriciano. Servindo de referência para o pesquisador verificar a eficiência e apontar defeitos. Esta experiência valeu como projeto piloto, do Código de Pontuação até então desenvolvido. Depois de feita as correções acontecerá o envio, via correio, do mesmo à Confederação Brasileira de Skate (CBSk) e para a AMISK – Associação Mineira de Skate – bem como à fabricantes e skatistas de outras cidades para que sua eficácia seja testada em outras localidades. 4.5- TRATAMENTO DOS DADOS Os dados serão tratados de maneira descritiva, utilizando medidas de dispersão e tendência central. 4.6- CUIDADOS ÉTICOS Os skatistas, iniciantes, amadores e profissionais, envolvidos na pesquisa terão seus nomes e de seus patrocinadores mantidos em sigilo. 65 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO Em resposta à pergunta de número 1; 100% 78% 80% 60% 40% 22% 20% 0% SIM NÃO Gráfico 1: % de atletas que conhecem os critérios de julgamento. Apenas 22 % dos entrevistados conhecem os critérios que os juízes utilizam para pontuar a volta de um skatista numa competição. Contrapondo-se, 78% da amostra desconhece os critérios utilizados pelos juízes para estarem avaliando a apresentação de um atleta. Isto reflete a realidade, pois os skatistas são avaliados, mas eles, na sua maioria, não sabem o que lhes será exigido em termos de performance, não tendo como preparar-se adequadamente para as competições. O Gráfico 2, informa o porcentual de skatistas que já se sentiram prejudicados com o seu resultado em um campeonato, sendo que 46% nunca se sentiu prejudicado e 54% da amostra manifestou indignação no que diz respeito aos antigos resultados de campeonatos. Segundo Públio (1998, p.295), inicialmente existia uma grande diferença entre as notas dos árbitros de diferentes países numa competição internacional de Ginástica Olímpica, isso causava insatisfação. No ambiente do skate, o mesmo acontece e observa-se um certo tendencionismo, pois os árbitros são da própria cidade que sedia o evento, por isso atletas de outras cidades, sentem-se prejudicados com os resultados. 66 55% 54% 50% 46% 45% 40% S IM NÃ O Gráfico 2: % de skatistas que já se sentiram prejudicados com o seu resultado em algum campeonato. Constatou-se, conforme apresentado no Gráfico 3, um problema quanto à delimitação do atleta em determinada categoria (mirim, iniciante e amador), que na atualidade fica a critério do próprio atleta a escolha de sua categoria. 10% dos atletas preferem que continue dessa forma, mas 90% dos skatistas gostariam que houvesse um seleção prévia para enquadrar o atleta em determinada categoria. A organização do campeonato, estará avaliando praticamente no dia que antecede o aquecimento geral, os atletas, da seguinte forma: estabelecendo um quadro de exigências de manobras, por exemplo, atletas da categoria mirim executam no mínimo Frontside Lipslide, Ollie Flip, Ollie Heelflip, Ollie e Ollie 180º de backside e de frontside; os atletas da categoria iniciante devem executar no mínimo, Ollie e Ollie 180º de Backside e de Frontside, Ollie Flip, Ollie Flip 180º de Backside e de Frontside, Crooked Grind, Frontside e Backside Lipslide; e os skatistas da categoria amador, devem por obrigação executar no mínimo, Ollie, Ollie 180º e 360º de Backside e Frontside, Ollie Flip e Heelflip, Ollie Flip e Heelflip 180º de Backside e de Frontside entre outras. Essa avaliação tornará os eventos mais uniformes, pois estarão na mesma categoria atletas de níveis técnicos compatíveis. E também pelo tempo de prática que o atleta possui de skate. Sendo que até 6 meses, categoria mirim, 6 meses a 2 anos iniciante, acima de 2 anos, amador. Podendo ter variação dependendo do grau de domínio apresentado. 67 90% 100% 80% 60% 40% 10% 20% 0% SIM NÃO Gráfico 3: % de skatistas que concordam com uma seleção prévia para cada categoria. Sobre a exigências de manobras obrigatórias para determinadas categorias e cobrança de no mínimo uma manobra por obstáculo, o Gráfico 4, informa que 6% disse que pode atrapalhar, pois cada atleta têm manobras diferentes que se relacionam mais com o estilo de cada skatista. 20 % dos skatistas confirmaram que pode ajudar aquele atleta que só manda manobras básicas, ou seja, o que não arrisca ou inova na sua apresentação. 36% dos atletas concordam que selecionará o skatista realmente apto a estar naquela categoria. E 38% dos entrevistados afirmam que o nível técnico dos campeonatos será elevado, pois passará a ter um equilíbrio maior entre cada categoria. Para que isso aconteça, as exigências especiais, a princípio serão; uma manobra em cada obstáculo, dessa forma teremos um equilíbrio no número de manobras apresentadas pelos atletas em suas apresentações, o que de certa forma elevará o nível dos campeonatos. 40% 38% 36% 30% 20% 20% 6% 10% 0% Melhora Seleciona Favorece Prejudica Gráfico 4: influência de exigências especiais e manobras obrigatórias. Os skatistas manifestaram-se, sobre a existência de um Código de Pontuação da seguinte forma, (Gráfico 5): 2% não concorda, pois desconhece a 68 forma de pontuar uma manobra, baseando-se que a mesma, quando executada por pessoas diferentes nunca é igual. 20% dos atletas disseram que ajudaria os juízes na pontuação. 36% dos skatistas concordam, pois serviria de referência para a montagem das apresentações. E 42% dos entrevistados afirmam que não haveria possibilidade de erros nos resultados finais. 42% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 36% 20% 2% Não haveria erros nos resultados finais Os atletas teriam referência Ajudaria na pontuação Não ajudaria Gráfico 5: Se existisse um Código de Pontuação. De acordo com o Gráfico 6, 34% dos skatistas optam para que os juízes não divulguem suas notas ao público, e 66% dos entrevistados afirmam que gostariam de saber a nota que o juiz aplicou para sua apresentação, sendo esse fato significativo apenas na final, pois o número de atletas é menor e o nível técnico maior. 80% 66% 60% 34% 40% 20% 0% SIM NÃO Gráfico 6: Notas abertas. 69 6 - CONCLUSÃO A partir da coleta, organização, análise e interpretação dos dados estudados na presente pesquisa, comprovou-se a existência de uma necessidade de tornar mais objetivo o julgamento em competições de skate street, estabelecendo regras e critérios. Comprovação esta que justificou o desenvolvimento de uma primeira tentativa de organizar um Código de Pontuação baseado na perspectiva da ação de julgar e da situação a ser julgada. Analisando o árbitro na sua ação de julgar, algumas conclusões foram possíveis. A literatura estudada nos esclareceu que, de maneira geral, todo ser humano tem sérias dificuldades para, simultaneamente, observar, analisar e registrar atividades complexas e diversificadas em curto espaço de tempo. Esse fato nos levou a crer que no julgamento de skate street é basicamente impossível ao cérebro humano perceber detalhes e processar, em curto espaço de tempo a diversidade e o volume de informações que são transmitidas ao mesmo tempo pela apresentação de um atleta. A percepção e a tomada de decisão do árbitro no julgamento de skate street são limitadas, ainda, pela complexidade do processo de avaliação feito através da observação. Esse processo requer do árbitro: a) boa qualidade de funcionamento dos seus órgãos dos sentidos, principalmente visual; b) condições psicológicas, socioculturais e políticas favoráveis ao seu julgamento, que deve ser criteriosa e imparcial; c) conhecimento da realidade a ser observada; e d)treinamento contínuo para o aperfeiçoamento do processo de avaliação pela observação. A análise sobre a situação a ser julgada nos permitiu outras conclusões. A divulgação de informações / orientações técnicas para utilização de uma planilha no julgamento de skate street foram elaboradas para nortear as competições, onde pressupõe-se que as pessoas envolvidas terão conhecimento acerca dos critérios técnicos adotados por esse esporte. Esse mecanismo reduziu em 75% o nível de subjetividade, permitindo que apenas 25% dos pontos estejam avaliando termos subjetivos, tais como expressão (estilo), originalidade, facilidade, leveza, dentre outros, nos levando a pensar na interferência constante 70 da subjetividade na avaliação de skate street. A presença da subjetividade no julgamento são oriundas da modalidade essencialmente lúdica que através dos tempos evolui gerando o atual esporte Skate. Diante das características organizacionais. Fica evidente que os organizadores devem disponibilizar um maior número de pessoas para auxiliar os árbitros, principalmente no que diz respeito ao recolhimento das notas imediatamente após o término da segunda volta, para agilizar o andamento da competição. E também punir de forma inteligente os atletas indisciplinados e inseguros que insistem em treinar nos arredores da área de competição. A modalidade skate street sempre trará nas suas origens o lúdico e o movimento indisciplinado “de rua”, mas, para que se torne uma modalidade reconhecida nos meios esportivos, necessita maior profissionalização na arbitragem de seus campeonatos, bem como na idéia da criação de regras para o esporte, até então inexistentes. 71 7 - RECOMENDAÇÕES A origem lúdica e o movimento indisciplinado “de rua” da modalidade skate street, sempre estarão presentes, mas, para que se torne uma modalidade reconhecida nos meios esportivos, necessita maior profissionalização na arbitragem de seus campeonatos, bem como na idéia da criação de regras para o esporte, até então inexistentes. No desenvolver dessa pesquisa algumas limitações foram surgindo. Devido a desorganização estrutural no ambiente competitivo não pode-se aplicar uma avaliação prévia, verificando nível técnico e propondo uniformidade e seleção dos participantes para enquadrá-los em suas devidas categorias. E também não utilizou notas abertas nas finais, pois a mesma acabou não acontecendo. Desta forma propõe-se novas pesquisas que utilizem esses dois artifícios, modificando-os se necessário e verificando a sua autenticidade. Como forma de padronização. Desenvolver simbologias das manobras, para que no decorrer de uma apresentação os árbitros fossem descrevendo a volta daquele atleta através de símbolos, tornando mais fácil o arquivamento, não caindo no esquecimento para o caso de reclamações por parte de algum atleta que se sentir prejudicado com o seu resultado. Os organizadores devem preparar um equipe exclusiva para julgar, que seja versátil e que proporcione segurança e imparcialidade aos competidores. Um trabalho de conscientização e fortalecimento da necessidade das regras entre os próprios skatistas pode ser fortalecido e desenvolvido como forma de profissionalizar o esporte Skate. 72 8 – ANEXOS Anexo 1 73 Anexo 2 O JULGAMENTO NA MODALIDADE SKATE STREET QUESTIONÁRIO DE PESQUISA NOME: ___________________________________________ IDADE: _____________ TEMPO DE SKATE: _____________ QUANTOS CAMPEONATOS JÁ PARTICIPOU: ____________ 1) Você conhece os critérios de julgamento adotados pelos juízes em um campeonato? ( ) Sim ( ) Não 2) Você já se sentiu prejudicado com o seu resultado em um campeonato de skate? ( ) Sim ( ) Não 3) Você acredita que se houvesse um seleção prévia, com relação ao nível técnico dos atletas para enquadrá-los em determinada categoria, o nível dos campeonatos seria melhor? ( ) Sim ( ) Não 4) Sobre a exigência de manobras obrigatórias para determinadas categorias e a cobrança de no mínimo uma manobra por obstáculos: ( ) pode melhorar o nível técnico dos campeonatos; ( ) pode selecionar skatistas realmente aptos á estarem naquela categoria; ( ) favorecerá aquele skatista que domina somente manobras básicas; ( ) outros: ........................................................................................................................ 5) Se existisse um Código de Pontuação para as manobras : ( ) não haveria possibilidade de erros nos resultados finais; ( ) os atletas teriam uma referência para montagem de suas apresentações; ( ) ajudaria os juízes na pontuação; ( ) outros: ............................................................................................................................ 6) Você concorda que os juízes mostrem as notas ao final de cada volta? ( ) Sim ( ) Não 74 9- REERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITTO, Eduardo. A Onda Dura: 3 Décadas de Skate no Brasil. São Paulo: Parada Inglesa. s.d. BUENO, Francisco de Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. São Paulo: FENAME, 1973. CASTRO, Luiz Arthur Aquino de. Seqüências de manobras. Coronel Fabriciano: [s.n.]. 14 gravuras originais. 2001. CEM POR CENTO SKATEMAG. São Paulo: Alexandre Vianna, n. 23, Abril/maio. 1999. CEM POR CENTO SKATEMAG. São Paulo: Alexandre Vianna, n. 42, set. 2001. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA. Código de Pontuação Feminino 2001. Disponível em: <www.cbginastica.com.br> Acesso em: 14/02/02 FEDERAÇÃO INTERNACIONAL GINÁSTICA. Código de Pontuação Masculino – G.O. Trad. Luís Carlos Picasso: CBG. 1997 FEDERAÇÃO INTERNACIONAL GINÁSTICA. Código de Pontuação Masculino – G.O. Trad. Luís Carlos Picasso: CBG. 2001 FEDERAÇÃO INTERNACIONAL GINÁSTICA. Código de Pontuação Feminino – G.O. Trad. Luís Carlos Picasso: CBG. 1997 FEDERAÇÃO INTERNACIONAL GINÁSTICA. Código de Pontuação Feminino – G.O. Trad. Luís Carlos Picasso: CBG. 2001 75 GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica. 9 ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.1997. GUIZELLINE, Juliano. A História do Skate. Disponível em: <www.whskte.hpg.com.br> Acesso em: 21/11/01. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo elemento da cultura. Trad. João Paulo Monteiro. 2 ed. São Paulo: Perspectiva 1980. FRANÇA, Junia Lessa. Manual para normalização de publicações técnicocientifícas. 4 ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG. 1998. LIMA, Elisa Maria Rodrigues. A Evolução Técnica da Ginástica Olímpica através dos tempos. Uma abordagem crítica. Ipatinga: UnilesteMG. Curso de Educação Física, 2000. MAGILL, Richard A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. Trad. Erik Gerhard Hanitzsch. 5 ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda. 1998. NISTA, Vilma Leni. Manual de Ginástica Olímpica. Araçatuba – SP: LEME, 1980. PEREIRA, Leonardo Madeira. Fotografias. Ipatinga: [s.n.]. 2001. PUBLIO, Nestor Soares. Evolução histórica da Ginástica Olímpica. 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