1
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Concepções de Educação Ambiental de
graduandas em Pedagogia
Belisa Neves Zanardi
São Paulo-SP
2010
2
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde-CCBS
Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em
Ciências Biológicas
Concepções de Educação Ambiental de
graduandas em Pedagogia
Belisa Neves Zanardi
Monografia apresentada para obtenção
do grau de Licenciada em Ciências Biológicas
pelo Trabalho de Conclusão de Curso da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Orientador:Prof. Dr. Adriano Monteiro de Castro
São Paulo-SP
2010
3
BELISA NEVES ZANARDI
Concepções de Educação Ambiental de graduandas em
Pedagogia
Monografia apresentada para obtenção
do grau de Licenciada em Ciência Biológicas
pelo Trabalho de Conclusão de Curso da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Data:
Resultado:
BANCA EXAMINADORA:
Adriano Monteiro de Castro
José Cássio Másculo
Renato Chimaso dos Santos Yoshikawa
4
A Pepeu.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e minha família, Isabel, Pedro e Paula apenas por
existirem em minha vida. Especialmente a Adriano Monteiro de Castro e aos
meus verdadeiros amigos que de um jeito ou de outro me ajudaram a chegar
até aqui.
6
Resumo
O presente trabalho cujo tema é Educação Ambiental apresentou como
principal objetivo analisar as concepções de graduandas em Pedagogia de
uma Universidade particular do Estado de São Paulo, sobre Educação
Ambiental, procurando buscar descrever expectativas quanto as suas futuras
práticas pedagógicas relacionadas à Educação Ambiental e identificar aspectos
valorizados quanto à temática da Educação Ambiental. Assim, como
procedimento metodológico foi adotado a aplicação de um questionário
contendo cinco perguntas, sendo todas estas relacionadas com o tema
Educação Ambiental. A partir dos depoimentos das futuras professoras de
Pedagogia, foi possível identificar duas principais tendências quanto a
Educação Ambiental: Educação Ambiental mais conservadora e a Educação
Ambiental mais crítica. Sendo neste grupo de alunas mais fortemente evidente
a concepção de uma Educação Ambiental conservadora. Direciona-se,
portanto, a necessária busca por alternativas de modo a superar a crise
socioambiental no presente século. Cada vez torna-se mais urgente a atuação
e mediação de docentes para a superação de concepções do homem como
senhor da natureza e desenvolvimento da noção de pertencimento à natureza;
aptos para a formação de alunos que interajam harmoniosamente com então
meio ambiente, contribuindo na busca por mudanças sociais, econômicas,
culturais e ambientais, a partir de seus alunos e propagando-se pela escola,
pelo bairro, pelo país e o finalmente pelo mundo com a construção de uma
ética ambiental global.
Palavras-chave: Educação Ambiental, concepções, Planeta Terra.
7
Abstract
The present work which theme is environmental education, has the main
objective to analyze the concepts of undergraduate education of a private
University of São Paulo, it tries to describe expectations regarding to their future
teaching practices within Environmental Education and identify valuable aspects
on Environmental Education. As a methodological procedure, it was adopted to
apply a questionnaire containing five questions, which are all related to
Environmental Education. From the testimonials of future teachers of pedagogy,
it was possible to identify two main trends on Environmental Education: the first
is more Conservative and the second one, more Critical. On this student group
the strongest evidence was the design of a Conservative Environmental
Education. Therefore, it is necessary to search for alternatives in order to
overcome the socio-environmental crisis in this current century. As a result,
action becomes increasingly urgent, as well as the mediation of teachers to
overcome the concepts of man as master of nature and the development of the
feeling of belonging to nature; in other words, an action able to train students
who can interact harmoniously with the environment, beside that, it is also
necessary to make changes in society, economy, culture and environment
issues, made by students and propagated by the school, these changes should
begin on districts, then countries and finally around the world, bringing a
Worldwide Environmental Ethic.
Keywords: Environmental education, ideas, Earth Planet.
8
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................13
2.1. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL.....................................13
2.2. DEFINIÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL...................................25
2.3. QUANDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO DEVE SER
CONFUNDIDA COM ECOLOGIA.....................................................................30
2.4. CONSTITUIÇÃO DE 1988, LEI 9.795 e o DECRETO 4.281..........31
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................39
4. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO.......................................................42
4.1. RESULTADOS DA COLETA...........................................................42
4.2. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO..........................................46
4.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................50
5. REFERÊNCIAS............................................................................................52
ANEXO 1...........................................................................................................55
ANEXO 2...........................................................................................................61
APÊNDICE 1....................................................................................................101
APÊNDICE 2....................................................................................................103
9
1. INTRODUÇÃO
Sabemos que tudo que há no planeta Terra é energia, e de acordo com o
ciclo natural da vida, de uma maneira bem simples, tudo que é vivo tende a
nascer, crescer, se reproduzir e morrer, devolvendo assim a energia do que um
dia foi para a terra. Uma grande árvore em uma floresta tropical, um dia á de
cair, dando espaço para novas sementes crescerem, assim como espécies de
animais, naturalmente vem sendo extintas e substituídas ao longo da evolução,
fazendo outras tantas aparecerem. E é assim que o ciclo da vida vem se
reciclando naturalmente, pois os problemas fazem parte deste ciclo, e a morte
é algo certo para todas as formas de vida, estando a natureza assim em
perfeito equilíbrio.
Mas
quando
os
problemas
ambientais
são
intensificados,
muito
provavelmente por influência direta ou indireta de apenas um único animal, no
caso o homem, impactos ainda maiores são sentidos por todos que ocupam
nosso planeta, e exemplos como o das florestas sentindo cada vez mais com
problemas como queimadas irregulares, perda de biodiversidade de sua flora e
fauna, o constante aumento dos gases poluentes na atmosfera agravando
ainda mais problemas como o aquecimento global, as doenças e novas
epidemias que surgem de época em época, sem contar a perda de nossas
águas e de nossos solos, entre outros tantos. E assim a vida vai entrando em
desequilíbrio, e reflexos de ações de intensa degradação do planeta são
noticiados quase que diariamente em nossos telejornais por todas as partes do
globo, nos informando de como nosso meio ambiente foi intensamente
transformado, deixando pistas de um futuro insustentável, se não forem
tomadas medidas urgentes de mudanças de valores e atitudes na população
como um todo.
As mudanças devem começar a partir da Educação. A Educação das
pessoas, e deve vir de maneira constante, gradual e crescente ao longo da
vida de cada um, fazendo com que se criem, a partir de uma Educação
Ambiental, valores que levem naturalmente a atitudes equilibradas para vidas
10
mais saudáveis e sustentáveis para e no planeta Terra. O homem passe a Ser
Humano, e que construa sua educação sabendo que não está aqui sozinho,
fazendo parte de um meio que conta com a interação de tudo e de todos,
criando assim um respeito por tudo que é vivo.
Aliada a estas idéias, o grande número de acordos internacionais que foram
firmados ao longo da segunda metade do século XX e início do atual indicam a
relevância do tema na atualidade. Assim, podemos citar a Declaração de
Ahmedabad 2007, de 28 de Novembro de 2007, onde crêem que será através
da Educação, que poderemos compor estilos de vida que apóiem a integridade
ecológica, a justiça social e econômica, a partir de modos de vida sustentáveis
em respeito assim a toda forma de vida. Sendo pela Educação Ambiental, que
poderemos aprender a prevenir e resolver conflitos, respeitar a diversidade
cultural e voltamos a crer em uma sociedade com profundo respeito e cuidado
pela vida, procurando trabalharmos todos juntos pela busca da paz
(Declaração de Ahmedabad 2007: Uma llamada a La Acción, 2007).
A Declaração de Ahmedabad (2007), ainda indica que todos são tanto
aprendizes como educadores assim aponta como um de seus objetivos para o
milênio trabalhar com a Carta da Terra (1997).
Esta Carta da Terra: valores e princípios para um futuro sustentável (1997)
é uma declaração de princípios fundamentais em busca de uma ética global,
que vise principalmente, à responsabilidade compartilhada e interdependência
entre os diferentes povos, criando-se assim uma sociedade global. Esta ainda,
exalta a sua importância dado o presente momento ambiental em que o planeta
se encontra, havendo assim a necessidade de mudanças na maneira de
pensar sobre nossos valores e tomadas de decisão. Apontando como possível
solução a criação de uma nova visão de ética, compondo um mundo
sustentável baseado no respeito à natureza, aos direitos humanos universais, a
justiça econômica e a cultura de paz (A Carta da Terra: valores e princípios
para um futuro sustentável, 1997). Aqui a busca pela paz também é uma meta
a ser atingida, como na Declaração de Ahmedabad.
11
Algo que deve ser exaltado na Carta da Terra é a idéia de que quem
assume
maior
liberdade,
conhecimentos
e
poder,
implicaria
na
responsabilidade para com o outro. E sendo assim, aqui poderíamos levantar
duas questões importantes. Primeiro o governo de todos os países que possui
grande poder sobre a sociedade, deveriam ser os pioneiros nesta busca por
mudanças, de maneira passiva, procurando a melhorias para seu país e para o
mundo no qual está inserido. Segundo, nos remete a exaltar a importância do
papel do professor na formação de seus alunos, e, portanto da sociedade,
dado seus conhecimentos e até certo ponto seu poder e liberdade para
trabalhar com estes competências e habilidades na busca por uma comunidade
global cada vez mais sustentável. E ainda um fato interessante é que a Carta
da Terra promove e apóia seu próprio uso de modo educativo, podendo assim
ser utilizada pelos professores na construção da Educação Ambiental de seus
alunos, aparecendo assim como uma possível solução (A Carta da Terra:
valores e princípios para um futuro sustentável, 1997).
As preocupações com a temática ambiental estão presentes no campo
educacional e podem ser exemplificadas ainda com os próprios Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000), que justificam as orientações do Meio
Ambiente como tema transversal aparecendo em todas as fases da vida dos
alunos
assumindo
característica
de
ser
interdisciplinar,
sendo
assim
contemplado nas construções curriculares das escolas do ensino fundamental
justificando sua importância dado que:
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que
se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos
elementos na constituição e manutenção da vida. Em termos de
educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade
de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano,
da participação, da co-responsabilidade, da solidariedade e da
equidade (BRASIL, 2000, p 19).
Sendo assim o presente trabalho tem como principal objetivo analisar as
concepções de graduandas em Pedagogia de uma Universidade particular do
Estado de São Paulo, sobre Educação Ambiental, procurando:
12
Descrever expectativas quanto as suas futuras práticas pedagógicas
relacionadas á Educação Ambiental.
Identificar aspectos valorizados quanto à temática da Educação
Ambiental.
Este trabalho é dividido em cinco partes: Introdução, Fundamentação
teórica, Procedimentos metodológicos, análise e referências bibliográficas.
Onde há na Fundamentação Teórica, quatro capítulos: no primeiro é trabalhado
o Histórico da Educação Ambiental, o segundo dá a definição sobre o que é
Educação Ambiental, terceiro se refere a quando a Educação Ambiental não
deve ser confundida com Ecologia e o quarto contemplará a Constituição
Federal de 1988, a Lei de nº 9.795 e o Decreto 4.281. Os procedimentos
metodológicos abordaram como o trabalho foi realizado. Na análise contêm os
resultados obtidos feito o trabalho e seu desenvolvimento de acordo com o que
a literatura nos diz. E por fim há as referências bibliográficas utilizadas.
13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Histórico da Educação Ambiental
Para entendermos o presente e nos prepararmos para o futuro temos
que conhecer e compreender o passado. Pois segundo Grün (1996), uma vez
que, em decorrência da hermenêutica (interpretação do sentido das palavras),
o passado não é visto como um elemento que deve ser vencido, ultrapassado
ou eliminado pelo novo, sendo ele o fornecedor da própria base para
compreensão do presente. Portanto o passado não pode ser considerado um
resíduo de acontecimentos acumulados, mas sim um fluxo no qual nos
movemos e participamos constantemente como seres sociais-históricos,
estando, portanto inseridos na História dado o fato pelo qual existimos (GRÜN,
1996).
Sendo assim, no presente trabalho, o entendimento da história da
Educação Ambiental, e dos acontecimentos históricos das diversas épocas,
antes, durante a sua formação e depois desta, se faz necessário para a
compreensão da constante evolução da Educação Ambiental no presente
momento e de sua importância para a sociedade como um todo.
A curiosidade do homem sempre foi algo presente desde o surgimento
da raça humana já aparecendo na Idade da Pedra. E é dentro desde mundo de
novidades que está o maior desafio ao longo da evolução para os seres
humanos, a natureza. Esta que apesar de já ter sido bastante explorada ainda
mantêm muitos de seus maiores segredos nas sombras. Mas sempre existiram
homens buscando por respostas e novos desafios, como Cascino (2000)
aponta, Copérnico, Da Vinci, Galileu, Michelangelo, Botticelli, Camões e
Shakespeare; foram homens que fizeram a diferença em suas respectivas
épocas e promoveram assim transformações fazendo com que a humanidade
desse um passo a frente. E foi em meio a questionamentos que nasceu a
Ciência onde tudo era e ainda é posto em discussão.
14
E quando falamos de evolução e Ciências, não podemos deixar de citar
Charles Darwin e sua tão famosa e revolucionária obra A origem das espécies,
do final de 1859, onde Darwin ainda contava com as idéias de outro grande
cientista Jean-Baptiste Lamarck, e sua teoria evolucionista que retratava o
desenvolvimento dos seres vivos a partir de sua relação com o meio ambiente,
influenciando assim a formação do paradigma darwinista trazendo novamente
mudanças para a civilização. Houve a Primeira Guerra Mundial, a Segunda
Guerra Mundial, e as tão devastadoras bombas atômicas de Hiroshima e
Nagasaki, além da Guerra Fria, que dentre muitos outros aspectos serviram
para formação de novos valores e atitudes na humanidade, e apesar de toda
destruição e pobreza que acontecimentos históricos como estes trazem para o
planeta, houve muitos avanços, na medicina, tecnologia e ciências.
E foi assim e vem sendo, que ao longo de toda a história da humanidade
que as mentalidades vão se moldando e caracterizando as civilizações de
acordo com os períodos e grandes eventos que vão marcando e transformando
o tempo e os espaços.
A década de 60
Neste período segundo Cascino (2000) ocorram grandes movimentos
transformadores na humanidade, como o dos hippies, a explosão do
feminismo, o movimento negro ou Black Power, o pacifismo, a libertação sexual
e a “pílula”, as drogas, o rock-and-roll, as manifestações anti-Guerra Fria e a
corrida armamentista-nuclear, anti-Vietnã. E foi em meio a 1962 que segundo
Dias (1998), a jornalista Rachel Carson lançava um livro intitulado Primavera
Silenciosa tornando-se um clássico do movimento ambientalista mundial. Onde
Rachel alertava sobre os efeitos danosos de ações humanas sobre o ambiente
como a perda da qualidade de vida produzida pelo uso indiscriminado e
excessivo de produtos químicos e seus posteriores efeitos sobre o meio
ambiente, como a utilização dos pesticidas.
15
No ano de 1968, houve o surgimento do Conselho para Educação
Ambiental, no Reino Unido, além de neste mesmo ano segundo Dias (1998)
trinta especialistas de várias áreas se reunirem em Roma para discutir a crise
atual e futura da humanidade, fundando-se assim o Clube de Roma que em
1972
passaria
a
produzir
o
relatório
„‟Os
Limites
do
Crescimento
Econômico‟‟(The Limits of Growth), onde este denunciava o crescente consumo
mundial, levando a humanidade a um limite de crescimento e possível colapso,
estudando assim as ações na busca por um mundo equilibrado com a redução
do consumo tendo em vista determinadas prioridades sociais. Ainda em 1968 a
delegação da Suécia na ONU alertava sobre a degradação do meio ambiente e
sugeria uma abordagem global para busca por soluções dos problemas
ambientais (DIAS, 1998).
A Década de 70
Em 1971 contando com o apoio de políticos, cientistas e entidade
relacionada a revista The Ecologist, na Grã-Bretanha há publicação de A
Blueprint for Survival (Um Esquema para a Sobrevivência), considerado hoje,
segundo Dias (1998), um documento histórico sendo um clássico que propunha
medidas na busca de um meio ambiente saudável, apontando que onde
insistiam em um aumento indefinido de demanda não poderia ser sustentado
por recursos finitos, não atingindo um equilíbrio global.
Um ano depois, mais precisamente entre 5 a 16 de junho de 1972 , a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, reunida em
Estocolmo, Suécia, visava a necessidades de um critério e de princípios
comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e
melhorar o meio ambiente humano (Declaração de Estocolmo,1972). Esta, em
suas proclamações, em uma visão geral, atenta o homem como obra e
construtor do meio ambiente e que graças à evolução da ciência e tecnologia
este possui o poder de transformar de diversas maneiras o meio em que vive.
E tendo o governo o dever de promover a proteção e o melhoramento do meio
ambiente humano, pois o homem vem causado diversos danos a natureza
16
como poluição da água, do ar, da terra e dos seres vivos, além de grandes
transtornos de equilíbrio ecológico da biosfera, destruição e esgotamento de
recursos naturais, usados para fins individuais do homem, sem pensar nas
conseqüências do todo (Declaração de Estocolmo, 1972).
Ainda na Declaração de Estocolmo (1972), encontramos a questão das
diferenças entre os países em desenvolvimento ligado a problemas ambientais,
o crescimento da população, e no momento da história em que nos
encontramos devemos orientar nossos atos em todo o mundo de uma maneira
a criar uma ética internacional, onde o homem deve dividir e aplicar
conhecimentos para criar um meio ambiente equilibrado a partir da Educação
Ambiental.
E ainda a Declaração de Estocolmo (1972) traz a questão de quão
importante e necessário que todos os cidadãos e comunidades, empresas e
instituições, locais, nacionais e internacionais de todas as nações, aceitem as
responsabilidades que possuem e que todos participem equitativamente
somando esforços para resgatar, preservar e melhorar o planeta Terra em
benefício do homem e da natureza como um todo, hoje e no futuro.
Dentre os muitos aspectos presentes nos princípios existentes na
Declaração de Estocolmo (1972), há exaltação do homem tendo principal
responsabilidade de preservar a flora, a fauna, o ar, a água (doce e salgada)
ainda mais por essa, além de outros, apresentar-se de maneira como recurso
não renovável podendo em um futuro não muito distante ser esgotada, e a
terra, atribuindo extrema importância assim a conservação da natureza como
um todo. Há ainda alertas para o melhoramento do uso da terra, por exemplo,
na agricultura e agronomia, e um alerta quanto à fiscalização de indústrias que
por muitas vezes lançam seus dejetos no meio ambiente, tendo estes, portanto
que perante uma forte fiscalização em casos de burlarem a lei serem multados,
ação em que todos os povos de todos os países deveriam adotar para irem
contra a poluição. Consta nos princípios da Declaração de Estocolmo (1972)
ainda a utilização dos meios de comunicação em massa, por exemplo, a
televisão, o rádio e a internet, para promover a disseminação e a troca de
17
conhecimentos entre as pessoas, procurando proteger e melhorar o meio
ambiente humano em benefício da população e do planeta.
A Declaração de Estocolmo realmente foi um marco histórico político
ambiental da Educação e, segundo Dias (1998), essa estabeleceu um Plano de
Ação Mundial, trazendo a questão ambiental para o público em geral e tendo o
objetivo de inspirar e orientar a humanidade para a preservação e melhoria do
meio ambiente tendo a Educação Ambiental o elemento crítico para o combate
a crise ambiental mundial evidenciando a urgência da necessidade do homem
reordenar suas prioridades, na busca de um futuro para a raça humana. E
ainda como um dos resultados da Conferência de Estocolmo, ainda em 1972, a
Organização das Nações Unidas (ONU), criou um organismo chamado
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ou PNUMA, sediado e
Nairóbi.
No ano de 1975, em resposta às recomendações da Conferência de
Estocolmo, a UNESCO promoveu em Belgrado (Iugoslávia) um Encontro
Internacional em Educação Ambiental onde se criou o Programa Internacional
de Educação Ambiental - PIEA que formulou os seguintes princípios
orientadores: a Educação Ambiental deve ser continuada, multidisciplinar,
integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais.
Do dia 13 a 22 de outubro de 1975 foi elaborada uma estrutura global
para a Educação Ambiental a dita Carta de Belgrado, que constitui um dos
documentos mais lúcidos e importantes gerados na década de 70. Abordando
sobre a situação ambiental, tendo em vista que esta vem crescendo quanto ao
número de habitantes da Terra e com eles os problemas e também o progresso
que podem trazer benefícios ou até mesmo malefícios ao mundo. Além de falar
da satisfação das necessidades e desejos de todos os cidadãos da Terra.
A Carta de Belgrado (1975) propõe temas que falam da erradicação das
causas básicas da pobreza como a fome, o analfabetismo, a poluição, a
exploração e dominação, sendo assim problemas que devem ser tratados em
conjunto. Nenhuma nação deve se desenvolver a custa de outra nação,
18
havendo necessidade de uma ética global que abranja a toda humanidade na
biosfera e promova mudanças de atitudes e comportamentos para uma
melhora global. Onde a reforma dos processos e sistemas educacionais é
central para a constatação dessa nova ética de desenvolvimento.
A juventude deve receber um novo tipo de educação que requer um
novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre escolas
e comunidade, entre o sistema educacional e sociedade. A Carta de Belgrado
(1975), ainda se refere à Recomendação 96 da Conferência sobre o Meio
Ambiente Humano de Estocolmo propondo um programa mundial de Educação
Ambiental que esta contra a crise ambiental do mundo, onde está educação
ainda deverá contar com os princípios básicos incluídos na Declaração das
Nações Unidas sobre a Nova Ordem Econômica Internacional, com novos
conhecimentos e habilidades de valores e atitudes visando uma melhora
ambiental atual para uma qualidade de vida digna hoje e no futuro (Carta de
Belgrado, 1975).
Um ano depois, entre 14 e 16 de Outubro de 1977, foi realizada a
Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental em Tbilisi, realizada
na Geórgia (ex-URSS) organizada pela UNESCO com a colaboração do
PNUMA, sendo considerado um marco fundamental na evolução do conceito
de Educação Ambiental, e seus princípios estabelecidos são até hoje aceitos
como uma referência ou parâmetro internacional para o ensino de Educação
Ambiental, contando, portanto com 41 recomendações (DIAS, 1998).
A Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental em Tbilisi foi
o ponto culminante da primeira fase do Programa Internacional de Educação
Ambiental, iniciado em 1975. Definiram-se os objetivos, as características da
EA, assim como as estratégias pertinentes no plano nacional e internacional.
A Década de 80
Foi nesta década, segundo Guimarães (1995), que o termo „Educação
Ambiental‟ popularizou-se definitivamente no mundo. No ano de 1985 o parecer
819/85 do MEC, reforça mais ainda a necessidade da inclusão de conteúdos
19
ecológicos ao longo do processo de formação do Ensino de 1° grau e 2° grau,
integrandos a todas as áreas do conhecimento de forma sistematizada e
progressiva, possibilitando assim a „formação da consciência ecológica do
futuro cidadão‟.
A estratégia internacional de ação, em matéria de educação e formação
ambiental para o decênio de 90, foi o documento elaborado no final do
Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativas ao Meioambiente, realizado em 1987 em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO, e
nesta época vale relembrar que a então União Soviética vivia o início da
perestroika e da glasnost, além de temas levantados como desarmamento,
acordos de paz entre URSS e EUA, democracia e liberdade de opinião, ainda
estavam presentes em discussões na presente época (CASCINO, 2000). Outro
fato importante na época foi o caso em Chernobyl, levantando importante
destaque no sentido de elaboração de novos modos de organizar a sociedade
(CASCINO, 2000). Sendo assim este documento desenvolvido em meio a
grandes acontecimentos do período histórico contava com a importância da
formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais da Educação
Ambiental e a inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os
níveis.
A UNESCO/PNUMA reunia os países membros da ONU realizou em
Moscou o Congresso Nacional sobre Educação e Formação Ambientais UNESCO/PNUMA onde foram analisadas as conquistas e dificuldades na área
de Educação Ambiental desde a conferência de Tbilisi e discutido uma
estratégia internacional de ação em educação e formação ambientais para a
década de 90.
E no Brasil assim como em muitos países na época considerados
pobres , onde justamente a Educação Ambiental se faria mais necessária, dada
a realidade socioeconômica e modos de degradação da qualidade de vida da
população, a Educação Ambiental ainda não teria se desenvolvido o suficiente
para ser capaz de produzir grandes transformações na população (DIAS,
1998). E só em 1988 que a Constituição da República Federativa do Brasil
20
dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e no Art. 225, Inciso VI, determina ao
“... Poder Público, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de
ensino...”, demonstrando assim passos no caminho do desenvolvimento da
Educação Ambiental, que será mais trabalhada posteriormente neste trabalho,
(no capítulo referente a Constituição de 1988 , lei 9.795 e decreto 4.281).
A Década de 90
O ano de 1992 foi de extrema importância na composição histórica da
Educação Ambiental no Brasil e porque não no mundo, pois foi neste ano que
aconteceu a Segunda Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro de 03 a 14 de
Junho, onde foi desenvolvido o Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, sendo assinada na
Jornada Internacional de Educação Ambiental, no Fórum Global paralelo á
ECO-92.
Neste Tratado há a exaltação da educação sendo um processo
dinâmico em permanente construção e devendo, assim, propiciar reflexão, o
debate e sua própria modificação (Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992). Seus signatários,
de todas as partes do mundo, comprometidos com a proteção da Terra,
valorizam o papel central da Educação na formação de valores e na ação
social, comprometendo-se então com o processo educativo transformador,
tendo o envolvimento das comunidades e nações na tentativa de criar
sociedades sustentáveis e equitativas, buscando novas esperanças para o
planeta.
Acreditando na Educação como formadora de valores e ações que
contribuam para a transformação humana e social em busca da preservação
ecológica, assim procurando gerar uma Educação Ambiental Transformadora
que gere com certa urgência mudanças na qualidade de vida e maior
21
consciência de conduta pessoal, assim com harmonia entre os seres humanos
e destes com outras formas de vida, o Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (1992), tem como tópicos:
os princípios da Educação para Sociedade Sustentáveis e Responsabilidade
Global, um Plano de Ação, um Sistema de Coordenação, Monitoramento e
Avaliação, além de apontar Grupos a serem envolvidos nesta busca pela
Educação Ambiental transformadora e os recursos a serem utilizados.
Segundo Dias (1998), a Conferência de junho de 1992, teve como objetivos:
Examinar a situação ambiental do mundo e as mudanças ocorridas
depois da Conferência de Estocolmo;
Identificar estratégias regionais e globais para ações apropriadas
referentes às principais questões ambientais;
Recomendar medidas a serem tomadas nacional e internacionalmente
referentes à proteção ambiental através de política de desenvolvimento
sustentado;
Promover o aperfeiçoamento da legislação ambiental internacional;
Examinar estratégias de promoção de desenvolvimento sustentado e de
eliminação da pobreza nos países em desenvolvimento, entre outros.
Atualmente a ECO-92 é reconhecida como o encontro internacional mais
importante desde que o homem se organizou em sociedades (DIAS, 1998),
além do planeta Terra passar a ser visto de maneira diferente depois desta,
sendo revisto, rediscutido e analisado, desenvolvendo assim a idéia de
desenvolvimento sustentável na sociedade como um todo (CASCINO, 2000).
Segundo Cascino (2000), ainda o número de ONGs (Organizações não
Governamentais), depois da Segunda Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento, cresceu e se consolidou muito, constituindo
uma nova força efetiva de pressão a favor do meio ambiente e de um
desenvolvimento sustentável, aliada á prestação de serviço, junto ao poder
público e a iniciativa privada, de maneira a se distribuir de forma global,
22
explodindo o debate ambientalista assim para todos os lados, tendo sido mais
presente na Europa e nos Estados Unidos da América.
Uma nova visão do mundo passava a se formar, mais ativamente, sendo a
educação ambiental desde 68 e passando por 72, 77, 87 e 92, tendo
transformações que buscavam o novo. Este novo intimamente associado a
novas idéias, novas referências culturais globais, novas leituras das relações
humanas, novas estratégias na busca de mudanças de formas de convivência
e construção de relações sociais e ambientais para um mundo mais equilibrado
(CASCINO, 2000).
Em 1992 no Brasil, ainda pode ser evidenciado ações do MEC, promovendo
em Jacarepaguá um workshop com o objetivo de socializar os resultados das
experiências nacionais e internacionais do cenário da Educação Ambiental,
discutindo metodologias e currículos. Do encontro resultou a Carta Brasileira
para a Educação Ambiental. Em 1993 a Portaria 773/93 do MEC, institui em
caráter permanente um Grupo de Trabalho para Educação Ambiental com
objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas
e estratégias para a implementação da Educação Ambiental nos sistemas de
ensino em todos os níveis e modalidades, procurando assim concretizar as
recomendações aprovadas na Segunda Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento (DIAS, 1998).
Na Grécia mais precisamente em Thessaloniki, entre 8 e 12 de Dezembro
de 1997 foi realizada pelo governo do presente país aliado a UNESCO, a
Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e
Consciência Pública para a Sustentabilidade,contando com mais de 83 países
(Declaração de Thessaloniki,1997). Onde segundo Cascino (2000), houve o
reconhecimento que, passados cinco anos da Conferência do Rio-92, abordouse o até então desenvolvimento da Educação Ambiental ter sido ou não o
insuficiente.
Em Thessaloniki se deu, portanto mais uma vez a composição de um
documento em um evento internacional chamando a atenção para a Educação
23
Ambiental, sendo fundada nos conceito da ética, sustentabilidade, identidade
cultural e diversidade, ainda necessitando de fundos de financiamento para
realização de ações de educação em defesa do meio ambiente e efetivação de
práticas interdisciplinares, compondo-se então a chamada Declaração de
Thessaloniki. Esta foi composta pela busca por reorientação de práticas
educativas ambientais, levando-se em consideração o novo modo de vida
consumista da presente sociedade, fator preocupante dado os possíveis
reflexos que algumas ações do “homem moderno” poderiam trazer para o
planeta (CASCINO, 2000).
Segundo a Declaração de Thessaloniki (1997), seria necessária uma
educação apropriada a partir da conscientização pública, sendo para tanto,
reconhecidos valores de sustentabilidade, aliados a legislação, economia e
tecnologia. Sendo ao fim de dez anos de sua existência, ou seja, em 2007, ser
realizada uma conferência para abordar o progresso dos processos
educacionais recomendados (Declaração de Thessaloniki,1997).
Um grande passo então para Educação no Brasil foi a elaboração dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) com o tema “Convívio Social, Ética
e Meio Ambiente”, onde a dimensão ambiental é inserida como um tema
transversal nos currículos do Ensino Fundamental, aparecendo como Meio
Ambiente. Abrigando noções básicas de Meio ambiente, Sustentabilidade e
Diversidade em sua composição (Brasil,2000).
Em 1999 é promulgada a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 que institui
a Política Nacional de Educação Ambiental, a que deverá ser regulamentada
após as discussões na Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental no
CONAMA. A Portaria 1648/99 do MEC cria o Grupo de Trabalho com
representantes de todas as suas Secretarias para discutir a regulamentação da
Lei nº 9795/99 e o MEC propõem o Programa PCNs em Ação atendendo às
solicitações dos Estados. Meio Ambiente um dos temas transversais,
trabalhado no ano 2000.
24
Na década seguinte, em 25 de Junho de 2002, é regulamentada a Lei nº
9.795 de 27 de abril de 1999 que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental, que será trabalhada neste trabalho posteriormente.
Há ainda neste período Declaração de Ahmedabad 2007, de 28 de
Novembro de 2007, que indica alguns problemas ambientais como a crise
climática, a perda da biodiversidade, os problemas nos sistemas de saúde e a
pobreza, como indicadores de modelos de estilos de vida insustentáveis, e que
teriam como solução, a existência de modelos de vida para um futuro
sustentável necessitando da urgente ação da população global para
revertemos essa realidade, a partir da utilização da criatividade e imaginação
na busca por novos valores, que terão como reflexo, novas ações que
mudaram uma vida insustentável para uma vida sustentável, estabelecendo
assim uma grande ligação entre a Educação e a vida que levamos, indicando
como possível instrumento a ser trabalhado a Carta da Terra: valores e
princípios para um futuro sustentável.
Sobre a Carta da Terra esta é segundo Gadotti
Baseada em princípios e valores fundamentais, que nortearão
pessoas e Estados no que se refere ao desenvolvimento sustentável,
a Carta da Terra servirá como um código ético planetário. Uma vez
aprovada pelas Nações Unidas por volta de 2002, a Carta da Terra
será o equivalente à Declaração Universal dos Direitos Humanos no
que concerne à sustentabilidade, à eqüidade e à justiça (Gadotti,
2001, p.100.)
Segundo Reigota (2007), encontros internacionais como os que foram
foco nessa retomada dos dados históricos têm permitido um grande debate e
trocas de experiências entre especialistas de todo o mundo, e de acordo com
características da UNESCO esses trabalhos são realizados em esferas oficiais
com propostas e perspectivas sobre Educação Ambiental dos governos dos
respectivos países.
25
2.2 Definições de Educação Ambiental
Em nossas vidas há, mais cedo ou mais tarde, uma notável reflexão do
que realmente é importante para nós, o que definitivamente faz sentido e que
permite que esta tenha equilíbrio, em busca da tão procurada felicidade. E algo
que mais para alguns do que para outros é um fator importante em sua reflexão
é o meio ambiente em que vive ou a natureza. Segundo Guimarães (1995) a
natureza pode ser definida pelo conjunto de elementos vivos e não-vivos que
constituem o planeta Terra, onde todos estes se relacionam influenciando e
sofrendo influência entre si em um equilíbrio dinâmico.
Podemos, portanto nominar a natureza como uma força, que ao longo
dos bilhões de anos desde o início da Terra, promove transformações que
buscam tornar o planeta cada vez mais dinâmico em sua composição de
relevo, clima, solo, hidrografia, oceanos e continentes, tendo muitas espécies,
surgido, evoluído e desaparecido ao longo da história, sendo estes eventos
absolutamente
normais
quando
ocorridos
naturalmente
(sem
intensa
interferência do homem) (Mauro Guimarães, 1995).
E o homem primitivo surge compondo uma dessas espécies que
integram a natureza, procurando estar em equilíbrio dinâmico com ela. Mas
com o passar do tempo o homem, como tudo que é da natureza, vai evoluindo,
e criando o que Mauro Guimarães (1995) afirma ser uma consciência individual
e passa assim, ao longo do tempo se afastando cada vez mais do equilíbrio
dinâmico com a natureza, passando a apresentar uma relação totalmente
desarmônica e acabando por causar grandes desequilíbrios ambientais no
planeta todo, esquecendo que ele não é um ser independente e que cedo ou
tarde as outras partes afetadas por este farão toda a diferença. E quando
pensamos na possível extinção da raça humana, além de muitas outras, alguns
enxergam isto como um futuro distante, sem levar em consideração o reflexo
da atividade consumista do homem moderno, que pode ter como um de seus
reflexos, o grande caos em que a natureza se encontra atualmente.
26
Um conhecido vídeo divulgado na Internet e denominado “A história das
coisas”
1
afirma que temos que entender que nós estamos diante de uma
situação em que temos que considerar que moramos em um planeta finito, e,
portanto diante de uma sociedade altamente consumista, e os recursos
naturais um dia iram acabar se nada dor feito. O ser humano não vive isolado
do resto do mundo. Pois vivemos em sociedade com outros seres vivos, e
também temos que considerar a diversidade entre a espécie humana, de
cultura, economia e ambientes.
Guimarães (1995) fala que não bastam atitudes corretas isoladas como,
por exemplo, separar o lixo seletivamente para ser reciclado em sua casa se
não forem alterados também os valores consumistas, que fazem com que te
levem a comprar „‟mais lixo‟‟, causando um volume cada vez mais crescente de
lixo nas sociedades modernas. Apenas a reciclagem do lixo que produzimos
diariamente em nossas casas não é o suficiente, pois grande parte do lixo
simplesmente não é reciclável, pois não foi feito para isto.
No vídeo “A história das coisas” ainda há a afirmação de que hoje
consumimos o dobro do que há 50 anos e sendo assim, continuar neste ritmo
de consumismo em um planeta como o nosso não parece ser o melhor para
todos que o habitam. Vivemos em um sistema em crise, que necessita de
intervenções. O vídeo ainda afirma que atualmente as pessoas precisariam
formar um sistema que não desperdiçasse recursos, livrando-se de idéias
como a de se usar e jogar fora. É com preocupações nesta direção que
Guimarães (1995) sugere que deveríamos nos preocupar também com um
desenvolvimento realmente sustentável ambientalmente.
O que fazer, então para privar o planeta Terra e tudo que o compõe de
seu fim?Esta é uma excelente pergunta onde a chave de sua resposta pode
estar na Educação. Esta Educação deve ser feita em busca de atingir objetivos
de mudanças de valores e atitudes na sociedade atual. Assim podendo-se
construir uma nova ética ambiental global, de que muitos documentos apóiam
1
Retirado dos sites: http://www.youtube.com/watch?v=ZpkxCpxKilI e
http://www.youtube.com/watch?v=ZgyNw5pIXE8
27
como a Carta de Belgrado e a Declaração de Estocolmo, além de autores
como Mauro Grün (1996) que diz não ser fácil de estabelecer esta nova ética
global, pois não existe uma única saída, e sim muitos caminhos capazes de
apontar perspectivas para podermos pensar em uma ética ambiental global.
Guimarães (1995) aponta a Educação Ambiental como um processo
educativo voltado para a participação de seus atores, educandos e
educadores, na construção de uma melhor qualidade de vida. Para o autor, a
Educação Ambiental para as novas gerações em idade de formação de valores
e atitudes, além da população em geral, passa também a ser emergencial dada
à situação ambiental em que nos encontramos.
Guimarães (1995) aborda que a Educação Ambiental vem sendo
definida como interdisciplinar, sendo orientada para a resolução de problemas
locais principalmente caracterizados por serem: participativos, comunitários,
criativos além de valorizar a ação. E ainda considerada uma Educação crítica
da realidade vivenciada e formadora da cidadania, além de ser transformadora
de valores e atitudes, através da construção de novos hábitos e
conhecimentos, criadora de uma nova ética, sensibilizadora e conscientizadora
para as relações integradas entre o ser humano, a sociedade e a natureza
objetivando o equilíbrio local e global, como forma de obtenção de melhoria da
qualidade de todos os níveis de vida (GUIMARÃES, 1995).
Já para Reigota (2007), a Educação Ambiental pode ser fundamentada a
partir de contribuições da filosofia da ciência, da filosofia política e da filosofia
da educação, no contexto de grandes contradições como no Brasil e na
América Latina. Devendo a Educação Ambiental procurar estabelecer uma que
ele diz ser uma “nova aliança” entre a humanidade e a natureza, além de criar
uma “nova razão” que não seja a de autodestruição , estimulando a ética nas
relações econômicas, políticas e sociais. Procurando essa ética ao longo de
gerações e culturas atingir a esfera local, continental e por fim a global, com
liberdade e justiça de uma sociedade em todos os níveis (REIGOTA, 2007).
28
Dias (1998) considera que a Educação Ambiental recebeu varias
definições ao longo do tempo, como a realizada por Stapp et al. (1969 apud
DIAS, 1998), definindo-a como um processo que deve objetivar a formação de
cidadãos com conhecimentos do ambiente biofísico e seus problemas
associados, possibilitem um alerta e levá-los a resolver seus problemas. O
CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente apud DIAS, 1998) definiu a
Educação Ambiental como um processo de formação e informação, sendo
orientada para o desenvolvimento de uma consciência crítica das questões
ambientais e de atividades que levem a preservação e equilíbrio ambiental por
parte das comunidades (DIAS, 1998).
Sendo assim a evolução dos inúmeros conceitos que se tem de
Educação Ambiental traz principalmente a definição de meio ambiente e o
modo de como este era percebido a partir de uma abordagem integradora e
universal (DIAS, 1998). Levando-nos a considerar a nossa situação ambiental
atual, e refletir sobre seu possível futuro para o planeta em que vivemos.
Cascino (2000) trata a Educação Ambiental como não tendo esta uma
especificidade, nem sendo isolada, desconectada fechada ou acabada.
Afirmando que esta só existe na relação que se faz da educação com
processos de transformações maiores que a própria Educação como um todo.
Fazendo assim com que haja sua inserção prática e interdisciplinar, construída
a partir de matrizes teórico-disciplinares, compondo novas construções
pedagógicas didáticas escolares, para uma Educação Ambiental prática e para
a prática. Podendo assim estabelecer um paralelo com o que é proposto no
temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais, no quesito
trabalharem com a interdisciplinaridade aparecendo assim em todas as frentes
educacionais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, tendo como tema transversal
Meio Ambiente, traz discussões sobre a relação dos problemas ambientais e
fatores econômicos, políticos, sociais e históricos, levando a debates sobre
responsabilidades
humanas
voltadas
para
o
bem
estar
comum
e
sustentabilidade, com perceptiva de reversão da crise socioambiental
29
planetária.
Sendo
necessário
apresentar-se
em
diversas
áreas
do
conhecimento dada sua característica de transversalidade, assim as ciências
humanas, sociais e exatas, integram-se na construção dos conhecimentos dos
alunos (BRASIL, 2000, p 45).
Há ainda a denominada Educação Conservadora, por Guimarães (2006,
p.26), que trata a “concepção de Educação, ao se colocar inapta de
transformar uma realidade, conserva o movimento de constituição da realidade
de acordo com os interesses dominantes, a lógica da capital, essa tendo como
alicerce a visão de mundo fragmentada a realidade, simplificando e reduzindoa perdendo a riqueza e a diversidade da relação”. É desta forma que
Guimarães defende que a Educação Ambiental Conservadora tende:
refletindo os paradigmas da sociedade moderna, a privilegiar ou
promover: o aspecto cognitivo do processo pedagógico, acreditando
que transmitindo o conhecimento correto fará com que o individuo
compreenda a problemática ambiental e que isso vá transformar seu
comportamento e a sociedade; o racionalismo sobre a emoção;
sobrepor a teoria á pratica; o conhecimento desvinculado da
realidade; a disciplinaridade frente a transversalidade; o
individualismo diante da coletividade; o local descontextualizado do
global; a dimensão tecnicista frente á política; entre outros
(Guimarães, 2006, p.27).
E é Guimarães (2006, p. 30-31), que ainda propõe o que ele define por
ser uma Educação Ambiental Crítica que tem por “objetivo promover ambientes
educativos de mobilização de processos de intervenção sobre a realidade e
seus problemas socioambientais, onde possamos superar o que ele chama de
armadilhas paradigmáticas e propiciar um processo educativo, em que sejamos
educandos e educadores, nos formando e contribuindo, pelo exercício da
cidadania ativa, na transformação da grave crise socioambiental” em que nos
encontramos atualmente.
E desta forma a Educação Ambiental Crítica:
se propõe a desvelar a realidade, para, inserindo o processo
educativo nela, contribuir na transformação da sociedade atual,
assumindo de forma inalienável a sua dimensão política.Portanto, a
educação formal, certamente esse processo educativo não se sabe
basta dentro dos muros de uma escola, o que explícita a interface
30
entre essa Educação e a Educação Popular ( Guimarães, 2006,
p.32).
E tendo essa Educação Ambiental Crítica como proposta de ação
pedagógica, a realização de projetos que sejam desenvolvidos fora da escola,
buscando o docentes atingir uma prática cotidiana de um ambiente educativo
de caráter crítico, adequado a realidade socioambiental de nossa sociedade,
que abriga como público alvo da todas as faixas etárias individuais e
coletivamente (GUIMARÃES, 2006).
A formação de professores é algo que ainda deve ser pensada e
planejada, para que em sua prática em sala de aula haja uma real interação
com o ambiente externo atingindo a comunidade escolar como um todo
(CASCINO, 2000). E de acordo com Penteado (1997), há necessidade de uma
nova direção na orientação dos trabalhos ambientais a fim de deixarmos a
velha noção de ser uma escola informativa e passar a ser uma escola
formativa. Assim, deve partir primeiramente da formação de docentes
transformadores, cuja atuação promova mudanças reais na sociedade atual, e
dê esperanças de um futuro mais sustentável.
2.3. Quando a Educação Ambiental não deve ser confundida com
Ecologia
A expressão Educação Ambiental, segundo Guimarães (1995), vem
crescendo ao longo do tempo em meio a sociedade, mas o que o permanece
pouco claro entre os educadores e principalmente na população em geral é seu
significado sendo muitas vezes confundida com o ensino de Ecologia.Esta
confusão também foi identificada por Reigota (2007) , que aponta que a
Educação Ambiental é uma proposta que altera profundamente a Educação
como a conhecemos, não sendo necessariamente um prática pedagógica
voltada muitas vezes, para a transmissão de conhecimentos sobre Ecologia,
visando a utilização do racional aliada a participação dos cidadãos nos
discursos e decisões sobre a questão ambiental.
31
Dias (1998), ainda atribui grande importância ao que chama de
Ambiente Total e seus aspectos a serem considerados, sendo estes: éticos,
sociais, tecnológicos, ecológicos, culturais, econômicos, políticos e científicos,
interagindo e se intensificando ou não dependendo do tempo. Tratando a
questão ambiental de diversos ângulos, e não de uma só como apenas
trabalhar o fator ecológico, podendo passar a ser considerado um reducionismo
e ecologismo. No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais, por serem
temas transversais e procurando a interdisciplinaridade como uma alternativa
viável para se trabalhar a Educação Ambiental, procura atender a estes
aspectos em todos os âmbitos do Ensino, tendo os professores principal função
de mediação e integração
de conhecimentos de diversas áreas para real
transformação dos alunos e a sociedade como um todo.
2.4. Constituição de 1988, Lei 9.795 e o Decreto 4.281.
Neste capítulo, haverá como principal documento legal a ser trabalhada,
a Lei n° 9.795 de 27 de Abril de 1999 que dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Além de haver a necessidade, de acordo com a Lei 9.795, que nos remete aos
artigos 205 e 225 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e
ao Decreto n°4.281, de 25 de Junho de 2002, onde há a regulamentação da Lei
n°9.795.
Sendo assim, primeiramente veremos que na Constituição Federal de 1988,
capítulo III da Educação, da cultura e do desporto, na seção I da Educação:
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.”
Podendo-se verificar assim, que a Educação é um direito de todo o cidadão
brasileiro, sendo dever do Estado e da família promover esta. E atualmente, há
32
de se levar em consideração que este direito a Educação não contempla toda a
sociedade brasileira infelizmente.
E ainda na Constituição Federal de 1988, o capítulo IV do Meio Ambiente
atenta:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as
presentes e futuras gerações.”
Na Lei nº 9. 795, de Abril de 1999 que dispõe sobre a Educação Ambiental,
e institui a Política Nacional de Educação Ambiental e da outras providências, o
presidente da República, no Congresso Nacional, decreta e este sanciona:
Capítulo I Da Educação Ambiental.
Capítulo II Da política Nacional de Educação Ambiental.
Capítulo III Da Execução da política Nacional de Educação Ambiental.
Capítulo IV Disposições finais.
Nesta Lei, no Capítulo I, Art. 1º, entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
Assim definindo o que é Educação Ambiental de um ponto de vista „legal‟.
Ainda neste mesmo Capítulo I da Educação Ambiental, há em seu Art. 2º:
“A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”
Sendo assim, a Educação Ambiental é prevista em Lei, onde todos
devem ter acesso a esta em sua educação nacional aparecendo de forma
presente em todos os níveis da educação do aluno, o que em muitos casos
33
passa a não acontecer, e, portanto há um descumprimento da lei ou até
mesmo poderia ser uma fatal de fiscalização.
Não trabalhar Educação Ambiental com alunos que estejam em qualquer
fase de sua vida escolar, seja na Educação Infantil, Ensino Fundamental I (1ª á
4ª série), Ensino Fundamental II (5ª á 8ª série), Ensino Médio (1º 2º e 3º
colegiais), ou até qualquer outro tipo de educação a ser trabalhada, passa a ser
um problema já que em muitas partes do país a Lei passa a ser por vezes até
mesmo esquecida. A Educação Ambiental, portanto, deveria ser construída de
acordo com as disposições legais, desde a infância das pessoas, de forma
gradual e de maneira a fazer sentido, de acordo com a realidade do indivíduo
em escala regional e até mesmo global, o que evidentemente seria o ideal,
construindo valores, atitudes e habilidade na busca de melhorar o meio
ambiente em que vivemos.
O Art. 3º Capítulo I da Educação Ambiental:
“Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação
ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal,
definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a
educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da
sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;"
“II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira
integrada aos programas educacionais que desenvolvem;”
Portanto há na lei certa preocupação a cerca de trabalhar Educação
Ambiental de maneira a promover mudanças na sociedade, onde Instituições
Educativas passem a promovê-la integrada aos programas educacionais. Por
outro lado não estão indicadas quais são estas instituições educativas,
demonstrando as muitas brechas que compõe a legislação brasileira, deixando
34
assim espaços para justificar possíveis problemas que possa ter com esta,
caso não seja cumprida.
O Art. 3º Capítulo I da Educação Ambiental ainda dita que:
“IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e
permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;”
Um possível exemplo dessa incorporação da Educação Ambiental aos
meios de comunicação de massa é o que acontece na Rede Globo de
Televisão, em seus programas educativos ambientais como, por exemplo, o
programa Globo Ecologia que é caracterizado principalmente por passar idéias
sobre Educação Ambiental (este programa é transmitido também ao Canal
Futura) mostrando o trabalho de Organizações não governamentais como o
Projeto TAMAR (tartarugas marinhas), que protege as tartarugas-marinhas, e o
Projeto Peixe-Boi, voltado para a conservação desta espécie. Vale pontuar,
entretanto, que essas programações, atendendo à legislação, ocorrem mais
com um caráter compensatório do que educativo, já que, na maior parte do
tempo, os programas televisivos nos “deseducam” quanto às temáticas
socioambientais.
O Art. 3º Capítulo I da Educação Ambiental se refere as:
“V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à
melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre
as repercussões do processo produtivo no meio ambiente;”
“VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de
valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva
35
voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas
ambientais.”
Estes são fatores que deveriam ser apresentados durante a Educação
dos alunos, para que estes possam estar atentos aos seus direitos e deveres
como cidadãos brasileiros inseridos em um mundo em que atitudes bem
orientadas a partir de uma Educação Ambiental transformadora, fariam toda a
diferença na composição de uma sociedade mais justa, igualitária e
equilibrada.
Ainda neste capítulo a lei dita princípios e objetivos da Educação
Ambiental. O capítulo II da política nacional de Educação Ambiental apresenta
como artigo interessante a ser levantado, o Art. 8 onde:
“§ 2o A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e
atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
II - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e
atualização dos profissionais de todas as áreas;
III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão
ambiental;
IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na área de meio
ambiente;
V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que
diz respeito à problemática ambiental.”
Como podemos ver a uma preocupação quanto à formação de
profissionais destinados a Educação Ambiental, se tornando de certa forma
constante dada as dependente de atualizações, pois o planeta Terra encontrase em constantes transformações.
Em sua segunda seção da Educação Ambiental no Ensino formal, há
fatores importantes a serem levados em consideração como:
36
“Art. 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e
privada, englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.”
Mostrando assim que a lei, afirma a importância de se desenvolver a
Educação Ambiental de forma presente constantemente na vida das pessoas,
para que haja mudanças efetivas, nas sociedades. Assim ainda contando com
a presença do Art. 10 que reafirmam esta importância:
“A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa
integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino
formal.
§ 1o A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica
no currículo de ensino.”
E ainda podemos verificar a diferença que se faz, de se ensinar
Educação Ambiental de forma integradora para que esta tenha um real sentido,
perdendo um pouco de seu significado se dada de maneira isolada, e a própria
lei de Educação Ambiental exalta este fator. Fazendo ressalvas logo após, para
cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas para metodologia da
Educação Ambiental, quando essa especificidade se faz necessária.
Por fim a lei brasileira de Educação Ambiental, da a definição de
Educação Ambiental não-formal:
“Seção III Da Educação Ambiental Não-Formal
37
Art. 13. Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões
ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.”
Se fazendo esse tipo de Educação também necessária na composição
da educação da sociedade. E ainda na lei brasileira de Educação Ambiental a o
Capítulo III da execução da política Nacional de Educação Ambiental e
Capítulo IV com as disposições finais, com suas considerações em cada uma.
O Decreto n°4.281 de 25 de Junho de 2002 se faz necessário aqui, pois
este que regulamenta a Lei 9.795, de 27 de Abril de 1999, que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências, fazendo esta valer
legalmente, com função de tudo que estiver aberto nela o decreto
regulamentar. O Presidente da República decretou uma serie de medidas a
serem tomadas, com destaque para:
“Art. 1o A Política Nacional de Educação Ambiental será executada pelos
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente SISNAMA, pelas instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de
ensino, pelos órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
envolvendo entidades não governamentais, entidades de classe, meios de
comunicação e demais segmentos da sociedade.”
“Art. 2o Fica criado o Órgão Gestor, nos termos do art. 14 da Lei no
9.795, de 27 de abril de 1999, responsável pela coordenação da Política
Nacional de Educação Ambiental, que será dirigido pelos Ministros de Estado
do Meio Ambiente e da Educação.”
Atribuindo competências a este Órgão Gestor, e criando um Comitê
Assessor com o objetivo de assessorar o Órgão Gestor, integrado por um
representante de vários órgãos, entidades ou setores.
38
No artigo n°5 há um destaque para a importância no uso dos Parâmetros
e as Diretrizes Curriculares Nacionais:
“Art. 5o Na inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades
de ensino, recomenda-se como referência os Parâmetros e as Diretrizes
Curriculares Nacionais, observando-se:
I - a integração da educação ambiental às disciplinas de modo transversal,
contínuo e permanente; e
II - a adequação dos programas já vigentes de formação continuada de
educadores.”
Por fim o Decreto 4.281 exalta mais uma vez a importância de incluir a
Educação Ambiental em todos os níveis de escolaridade, assim se fazendo
valer desde a sua data de publicação, a pesar de haver um tempo a ser
considerada de adequação da lei a sociedade.
”Art. 6o Para o cumprimento do estabelecido neste Decreto, deverão ser
criados, mantidos e implementados, sem prejuízo de outras ações, programas
de educação ambiental integrados:
I - a todos os níveis e modalidades de ensino;
Art. 9o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.”
Portanto o Decreto 4.281, publicado há oito anos, já deve estar
atualmente em vigor, tendo em vista que a Educação Ambiental é uma
necessidade da sociedade brasileira.
39
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Como já vimos o presente trabalho busca como principal objetivo analisar
as concepções de graduandas em Pedagogia de uma Universidade particular
do Estado de São Paulo sobre Educação Ambiental. Procurando buscar:
Descrever expectativas quanto as suas futuras práticas pedagógicas
relacionadas a Educação Ambiental.
Identificar aspectos valorizados quanto à temática da Educação
Ambiental.
Sendo assim, a metodologia adotada baseou-se na realização e aplicação
de um questionário contendo cinco perguntas, sendo todas estas relacionadas
com o tema Educação Ambiental, e formuladas em conjunto com o orientador
deste trabalho, estas foram:
Como você justifica a importância da Educação Ambiental na escola?
Como você gostaria de trabalhar a Educação Ambiental com seus
alunos?
Quais as aprendizagens que você gostaria de observar em seus alunos
após trabalhar Educação Ambiental com eles?
Cite dois assuntos que você privilegiaria em Educação Ambiental.
Onde você aprendeu sobre os assuntos citados na questão anterior?
Este questionário foi aplicado para uma turma com 20 alunas (portanto há
20 questionários respondidos) do sexto semestre do curso de Pedagogia de
uma Universidade particular do estado de São Paulo, sendo, portanto futuras
professoras do Ensino Fundamental. E esta escolha deve-se ao fato de se
pretender analisar as fases finais de formação superior de um curso de
formação de professores que lecionaram nos primeiros estágios da vida
escolar dos alunos (Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série), podendo-se a partir
40
deste questionário analisar (posteriormente no tópico análise), a importância
atribuída pelas futuras professoras de pedagogia ao tema Educação Ambiental
na composição da formação da educação básica de seus alunos.
A primeira questão do questionário teve a função de reconhecer o porquê
das alunas julgarem importante a adoção e permanência Educação Ambiental
como uma temática a ser trabalhada no ambiente escolar.
A segunda questão buscava o como as futuras docentes pretenderiam
trabalhar a Educação Ambiental com seus alunos.
O objetivo da terceira questão era apontar quais as aprendizagens que as
alunas de pedagogia gostariam de observar em seus alunos, após o tema
Educação Ambiental ser trabalhado com os mesmos.
A quarta questão pretendia observar dois assuntos privilegiados em
Educação Ambiental e a partir das respostas, evidenciarem tendências de se
enxergar a Educação Ambiental como Ecologia, havendo, portanto uma
confusão entre os temas além de evidenciar um olhar mais conservador e/ou
crítico de Educação Ambiental.
A quinta e última questão tinha como foco a busca de saber onde os temas
da questão anterior, ou seja, uma justificativa para a quarta questão dos
assuntos citados, procurando assim verificar ou não idéias de uma Educação
Ambiental efetiva e/ou uma confusão com o estudo de Ecologia.
As respostas foram todas lidas e posteriormente digitadas na integra,
apresentando-se na forma de resultados. Em seguida as mesmas foram
sublinhadas a partir de suas idéias ou palavras-chave, assim pretendendo-se
apontar os conceitos centrais de cada resposta para se dar a posterior análise.
De acordo com Gil (1999), a definição de questionário é dada pela:
técnica de investigação composta por um número mais ou menos
elevado de questões apresentadas por escrito ás pessoas, tendo por
41
objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos,
interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.(GIL,1999,p.128).
Sendo algumas das vantagens a ser apontada, a possibilidade de este
atingir um grande número de pessoas, garantirem o anonimato das respostas e
não expor os pesquisados a influência das opiniões e do aspecto pessoal do
entrevistado (GIL, 1999, p.128-129).
Em contraponto, há as limitações do questionário, como impedir o auxilio
ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou
perguntas, impede o conhecimento das circunstâncias que foi respondido fato
importante na avaliação da qualidade das respostas e proporciona resultados
bastantes críticos em relação à objetividade dado que os itens podem significar
diferente para cada pessoa (GIL, 1999, p.129).
Ainda para ser realizada posteriormente neste trabalho à análise, houve
a necessidade de uma criação de categorias preestabelecidas, ajudando assim
na interpretação dos resultados. Estas categorias segundo Lüdke e André
(1986) devem ser o primeiro passo da análise, sendo ainda o referencial teórico
parte integrante na classificação dos dados quando há sua necessidade dada
sua amplitude e flexibilidade, sendo possível também a formulação de novas
categorias conceituais em casos de características específicas aparecerem.
As categorias neste trabalho foram elaboradas a partir dos depoimentos
obtidos pela aplicação do questionário (que se encontra no apêndice), tomando
como base suas palavras chaves (PC).
42
4. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO
4.1. RESULTADOS DA COLETA
As categorias de análise obtidas a partir do instrumento de coleta de
dados aqui se apresentam da seguinte maneira:
Para a questão nº1 onde havia a necessidade de se justificar a
importância de Educação Ambiental na escola, houve dois principais tipos de
respostas onde as que mais se fizeram presentes nas falas das alunas,
formando assim categorias foram:
1) Conscientização: esta categoria nos remete ás palavras chave e idéias
por parte das futuras pedagogas de aluno consciente, conscientizar,
responsabilização, conscientização.
2) Atitudes: esta categoria nos remete ás palavras chave tomada de
decisão, boas maneiras, sujeito ativo, atos, atitudes e formações
atitudinais.
3) Preservação:
esta
categoria
nos
remete
as
palavras
chave
conservação, preservação, preservar, proteger e cuidar.
Ainda para a questão nº1, sendo agora as respostas que menos
apareceram:
4) Interdisciplinaridade: esta categoria nos remete as palavras chave
conciliasse com as demais disciplinas e interdisciplinaridade.
5) Sustentabilidade: esta categoria nos remete a palavra chave
sustentabilidade.
6) Recursos naturais: esta categoria nos remete a palavra chave recursos
naturais, água, solo e ar.
7) Consumismo: esta categoria nos remete as palavras chave consumo e
consumo desenfreado.
43
Para a questão nº2 que pretendia verificar como as futuras professoras
gostariam de trabalhar Educação Ambiental com seus alunos, houve também
dois principais tipos de respostas sendo as mais freqüentes nas falas das
alunas, formando assim categorias foram:
8) Estudo do meio e projetos: esta categoria nos remete ás palavras
chave pesquisas de campo, apreciação do meio, estudos do meio e
projetos.
9) Prática: esta categoria nos remete ás palavras chave experiências,
experimentações, experimental, atividades e prática(s).
A resposta menos freqüente para a questão nº2, foi:
10) Aulas reflexivas: esta categoria nos remete as palavras chave reflexão
crítica e aulas reflexivas.
Para a questão nº3, que questionava as alunas de pedagogia de quais
as aprendizagens que elas gostariam de desenvolver em seus alunos após
trabalhar Educação Ambiental com eles, tiveram como principais respostas,
abrigadas em categorias:
11) Conscientização e Preservação: esta categoria nos remete ás
palavras chave e idéias por parte das futuras pedagogas de aluno
consciente,
conscientizar,
conscientização
aliadas
a
idéias
de
preservação neste item.
12) Atitudes: esta categoria nos remete ás palavras chave tomada de
decisão, boas maneiras, sujeito ativo, atitudes e formações
De maneira intermediária, igualitariamente apareceram na questão nº3
idéias de:
13) Procedimentais: esta categoria nos remete as palavras chave
procedimentos ou procedimentais.
44
14) Conceituais: esta categoria nos remete as palavras chave conteúdos
científicos, conceitos específicos e conceituais.
15) Comportamentais: esta categoria nos remete as palavras chave
comportamentos e comportamentais.
Por fim na questão nº3 com menos freqüência apareceram nas
respostas:
16) Formação crítica: esta categoria nos remete ás palavras chave crítico
e formação crítica.
17) Interdisciplinaridade: conta com idéias e até mesmo o uso da palavra
interdisciplinaridade nesta categoria.
A questão nº4 as alunas de Pedagogia teriam que citar dois assuntos
que estas privilegiariam em Educação Ambiental, houve dois principais tipos de
respostas onde as que mais se fizeram presentes nas falas das alunas,
formando assim categorias foram:
18) Reciclagem: esta categoria nos remete as palavras chave reciclagem.
19) Água: categoria nos remete as palavras chave água, mares e oceanos.
20) Preservação e Respeito: esta categoria nos remete as palavras chave
preservação e respeito ao próximo e ao meio ambiente.
Já as respostas menos freqüentes foram:
21) Poluição: esta categoria nos remete a palavra chave poluição.
22) Reutilização: esta categoria nos remete a palavra chave reutilização.
23) Consumismo e exploração de recursos naturais: esta categoria nos
remete as palavras chave consumo e consumo desenfreado, além de
exploração de recursos naturais.
45
A quinta e última questão pretendia que as futuras pedagogas
apontassem onde estas aprenderam sobre os temas citados na questão
quatro, e as respostas que mais apareceram foram:
24) Educação escolar: esta categoria nos remete as palavras chave
Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
25) Meios de comunicação: esta categoria nos remete as palavras chave
Canal de T.V. Futura, T.V., Internet e mídia.
As respostas menos freqüentem na questão nº5 foram:
26) Trabalho: esta categoria nos remete as palavras chave ambiente de
trabalho, trabalho e estágio.
27) Universidade: esta categoria nos remete a palavra chave Curso de
Pedagogia, Universidade e faculdade.
Há ainda a categoria, que aparece nas diferentes respostas das
questões, denominada:
28) Outros: esta destinada a palavras ou idéias uma ou poucas vezes
mencionadas, e que não respondem realmente a pergunta feita às
alunas de pedagogia.
É ainda necessário ressalta a importância de que “a análise não se
restrinja apenas o que está explícito nos resultados da coleta, mas que procure
ir além destes, na busca por mensagens implícitas, dimensões contraditórias e
temas sistematicamente silenciados”, procurando revelar a real intenção do
questionado, explicitando dessa forma os dados (Lüdke,1986, p.48).
No apêndice 2 a análise de conteúdo dos dados está disponibilizada
para consulta.
46
4.2. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO
De acordo com a questão n°1, que falava sobre a importância de se
trabalhar a Educação Ambiental na escola, a principal categoria observada foi a
conscientização, aparecendo na metade das respostas das alunas. Seguido
pelas categorias preservação e atitudes. Assim parece que as alunas de do
sexto semestre de pedagogia, acreditam na importância de se ensinar
educação ambiental, dado o fato de forma-se uma conscientização ambiental,
seguida por mudanças de atitudes e preservação, como é apontado por
Guimarães (1995), quando o mesmo diz que a Educação Ambiental deve
aparecer de forma crítica considerando a realidade atual sendo ainda
transformadora
de
valores
e
atitudes,
construindo
novos
hábitos
e
conhecimentos, além de ser sensibilizadora e conscientizadora busca pela
construção de uma nova ética global para a melhoria da qualidade de vidas.
Ainda na questão nº1 há nos depoimentos, uma forte referência a idéia
de faixas etárias em que a Educação Ambiental deva atingir aparecendo
principalmente à categoria público alvo como apenas alunos crianças e jovens,
esquecendo de que esta educação deve de acordo com a Lei 9.795, onde
educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL,
Presidência da República. Lei 9.795). Assim sendo necessária para adultos e
idosos, que em muitos casos passam a atuar de maneira antiquada, não
levando em consideração o meio ambiente atual, por isso deveriam ser os
principais alunados da Educação Ambiental.
Sobre o público alvo da Educação Ambiental Guimarães (1995), ainda
aponta que as novas gerações em idade de formação de valores e atitudes são
de extrema importância é claro, mas que também se deve levar em
consideração a população em geral que dada nossa situação ambiental
emergencial passa a ser de grande necessidade para as mudanças realmente
acontecerem.
47
Na questão nº1 é ainda possível observar as categorias pouco
freqüentes como sustentabilidade, recursos naturais e consumo, demonstrando
a pequena porcentagem de alunas de pedagogia que têm concepções voltadas
para o que Guimarães (2006) julga ser a Educação Ambiental Crítica que
procura promover ambientes educacionais mobilizadores com processos de
intervenção, formando cidadãos críticos para com a questão ambiental. Essa
intervenção é realizada por pessoas, que em suas atitudes como, por exemplo,
o consumismo intensificado e a quase extinção dos recursos naturais para fins
individuais, é alvo das principais discussões ambientais, na busca de
transformar a realidade de um sistema em crise, para alvo novo, mais
sustentável, como é apontado no vídeo a história das coisas.
Na questão n°2 que questionava a maneira de como as futuras
pedagogas gostariam de trabalhar a Educação Ambiental, as categorias mais
freqüentes foram estudo do meio e prática. Assim mostrando concepções mais
próximas de o que Cascino (2000) aponta, como tendo na Educação Ambiental
a real inserção de práticas educativas construídas a partir de matrizes teóricodisciplinares compondo nova construção didática escolares para uma
Educação Ambiental prática e para a prática. Procurando essa contar sempre
com a interdisciplinaridade e transversalidade.
Tem destaque ainda na questão nº2, o depoimento de n°12, que
apresenta evidente confusão por parte da aluna de pedagogia quando esta
trata primeiramente Educação Ambiental como uma disciplina e posteriormente
trabalhá-la como uma frente de botânica ou até mesmo ecologia propondo
atividades de identificação das plantas, fato também observado por Guimarães
(1995) quando este aponta situações parecidas de educadores e a população
em geral. Portanto leva-se a acreditar que, como Reigota (2007) afirma, essa
confusão de papéis passa a ser até mesmo constante em falas de docentes,
que desconhecem as diferenças de práticas pedagógicas voltadas para
transmissão de conhecimento como no caso da Ecologia, e a utilização do
racional na construção do conhecimento ambiental, como é o caso da
Educação Ambiental que acaba por mudar fortemente a imagem da Educação
que conhecemos.
48
A questão da confusão de Educação Ambiental como disciplina
específica também está presente no depoimento nº10 da questão nº 2,
podendo
assim
como
no
depoimento
nº12,
estar
associado
a
um
desconhecimento da Lei 9.795, que aponta a Educação Ambiental como não
sendo tratada como uma matéria específica, mas sim com interdisciplinaridade
e transversalidade, assim também como apontam os Parâmetros Curriculares
Nacionais mais uma vez.
De acordo com a questão n°3 que indagava sobre as aprendizagens
desenvolvidas após as futuras professoras trabalharem Educação Ambiental,
as categorias que mais apareceram foram atitudes, conscientização e
preservação, afirmando mais uma vez essas, como sua principal concepção
sobre
o
tema
Educação
Ambiental,
agora
traduzida
em
relevantes
aprendizagens desenvolvidas por seus alunos. Seguidas de maneira mediana
por categorias comportamentais, conceituais e procedimentais.
Há ainda destaque na questão nº3 para a categoria formação crítica
demonstrando concepções tratado por Guimarães (2006) como Educação
Ambiental Crítica já mencionadas, procurado assim a partir da exposição da
realidade transformar e formar alunos críticos ambientalmente, que extrapolem
o ambiente escolar. Formada no que segundo Dias (1998) considera ser uma
consciência crítica, levando assim possivelmente a preservação e ações
equilibradas por parte dos alunados que formarão a sociedade.
Na questão n°4 onde as alunas de pedagogia teriam que citar dois
assuntos sobre Educação Ambiental as principais categorias foram reciclagem
e água, caracterizando concepções de uma grande maioria da sala pela
Educação Ambiental Conservadora, de acordo com a definição de Guimarães
(2006). A educação ambiental conservadora faz com que a realidade apareça
fragmentada e reduzida perdendo assim a riqueza e a diversidade da relação,
a partir da simples transmissão do conhecimento correto fazendo com que o
indivíduo compreenda a problemática socioambiental transformando seu
49
comportamento na sociedade moderna. E ainda há o aparecimento de
categorias respeito pelo outro e pelo mundo e preservação nesta questão.
Temas como reciclagem são de extrema importância, mas não podemos
nos esquecer que apenas a reciclagem não resolve o problema, pois este se
encontra antes desta. O problema esta na intensificação das atividades
consumistas na sociedade moderna atual. Sendo assim a primeira medida a
ser tomada é a de redução, seguida pela reutilização e reciclagem (compondo
a idéia dos três R), idéias estas que também podem ser assistidas no vídeo “A
história das coisas”. Guimarães (1995), ainda traduz essa idéia a partir da fala
de que não bastam atitudes corretas individuais como a reciclagem do lixo em
sua casa, se não houver mudanças nos valores consumistas, que levam ao
consumo de mais lixo.
Na questão nº4 no depoimento nº5 há as idéias de reciclagem e
reutilização, mas não de redução, possivelmente uma falha pela presença de
falhas do processo construção do conhecimento ao longo da Educação. Já na
mesma questão, mas nos depoimentos nº15, 16 e 17 há as categorias
consumismo, recursos naturais, poluição ambiental (além de preservação e
reciclagem), aparece caracterizando concepções de uma Educação Ambiental
Crítica, por parte de três alunas do curso de Pedagogia, na questão n º4.
Por fim a questão n°5 solicitava que as alunas de Pedagogia
mencionassem onde elas aprenderam sobre os temas citados na questão nº4,
e as principais categorias presentes nos depoimentos foram educação escolar
e meios de comunicação. A categoria educação escolar esta atrelada ao
passado educacional das alunadas, este se mostrando um tanto quando
conservador, refletindo nos depoimentos da questão nº4, onde a maioria citou
reciclagem como um dos principais temas a serem trabalhados na Educação
Ambiental, esquecendo-se dos outros tantos problemas emergenciais como:
extinção de recursos naturais, consumismo, sustentabilidade, etc.
Já na categoria meios de comunicação, presentes em muitos dos depoimentos
da questão n º5, segundo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000),
50
apontam como muitas vezes mostrarem-se apenas alardes feitos a população,
sem levar em consideração informações e conceitos importantíssimos da área
das ciências, cabendo aqui como exemplo o emprego da Ecologia como
sinônimo de meio ambiente, gerando visões distorcidas da questão ambiental.
Portanto o cuidado sempre é uma necessidade, quando a questão é o que se
tem na mídia, para a construção do conhecimento.
Em
menor
porcentagem
apareceram
as
categorias
trabalho
e
universidade, caracterizando conhecimentos formados recentemente, na idade
adulta, e tendo uma visão mais viciada, dado o curso ser de formação de
professores e o local de trabalho ser o ambiente escolar.
4.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho procurou contribuir com o principal objetivo de analisar as
concepções de graduandas em Pedagogia de uma Universidade particular do
Estado de São Paulo, sobre Educação Ambiental. Procurando buscar
descrever
expectativas
quanto
as
suas
futuras práticas
pedagógicas
relacionadas a Educação Ambiental e identificar aspectos valorizados quanto à
temática da Educação Ambiental. Assim, foi possível, a partir dos depoimentos
das futuras professoras de Pedagogia, identificar duas principais tendências
quanto a Educação Ambiental: Educação Ambiental mais conservadora e a
Educação Ambiental mais crítica. Sendo neste grupo de alunas mais
fortemente evidente a concepção de uma Educação Ambiental conservadora
(GUIMARÃES, 2006).
Uma possível orientação, na busca por alternativa para a problemática a
cerca da crise socioambiental no presente século é, portanto a Educação
Ambiental. Sendo pela atuação e mediação de docentes, estes preocupados
em superar concepções do homem como senhor da natureza e construir
noções do ser humano como parte da natureza, interagindo harmoniosamente
com esta, na busca por mudanças sociais, econômicas, culturais e ambientais,
51
a partir de seus alunos e propagando-se pela escola, pelo bairro, pelo país e o
finalmente pelo mundo com a construção de uma ética ambiental global.
52
5. REFERÊNCIAS
ANGHER, Anne Joyce (org). Vade Mecum acadêmico de direito. 3ª ed, São
Paulo: Rideel, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências
naturais/Secretaria da Educação Fundamental. 2ª Ed, Rio de Janeiro: DP & A,
2000.
Brasil, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio
ambiente e saúde/Secretaria da Educação Fundamental. 2ª Ed, Rio de Janeiro:
DP & A, 2000.
Cascino, Fábio. Educação Ambiental: princípios, história, formação de
professores. 2ª ed. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000.
Dias, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 5ª ed. São
Paulo: Global, 1998.
Gadotti, Moacir. Pedagogia da terra: ecopedagogia e educação sustentável. In:
Torres, C.A. (org.). Paulo Freire y la agenda de la educación latino americana
en el siglo XXI, (pp.81-132).Buenos Aires: Edições do CLACSO, 2001.
Gil, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª Ed. São Paulo :
Atlas, p.128-131, 1999.
Grün, Mauro. Ética e Educação Ambiental: A conexão necessária. 7ª
ed.Campinas,SP:Papirus,1996.
Guimarães, Mauro. A dimensão ambiental na educação. 1ª ed.Campinas,SP :
Papirus,1995.
53
GUIMARÃES, M. Educação ambiental crítica. In: Identidades da educação
ambiental brasileira. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação
Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). Brasília: MMA, p. 25-34, 2004.
Loureiro, Carlos Frederico Berna. Trajetória e Fundamentos da Educação
Ambiental. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. Editora Pedagógica e Universitária Ltda,1986.
Penteado, Heloisa Dupas. Meio ambiente e formação de professores. 2ª ed.
São Paulo : Cortez ,cap.4, 1997.
Reigota,Marcos.Meio
ambiente
e
representação
social.7ª
ed.São
Paulo:Cortez,2007.
UNESCO, Documentos históricos:
Carta de Belgrado: Uma estrutura para a Educação Ambiental, 1975.
Declaração de Estocolmo, 1972.
Declaração de Thessaloniki,1997.
La Declaración de Ahmedabad 2007: Uma llamada a La Acción,2007.
A Declaração de Ahmedabad 2007: Uma chamada a ação, 2007.
Tratado
de
Educação
Ambiental
para
Sociedades
Sustentáveis
Responsabilidade Global, 1992.
A Carta da Terra: valores e princípios para um futuro sustentável, 1997.
e
54
Aurélio Buarque de Holanda e J.E.M.M. Editores Ltda.-1986, Novo Dicionário
Aurélio da Linguagem portuguesa; 2ª ed,editora Nova fronteira,S.A.;Rio de
Janeiro,1996.
BRASIL, Presidência da República. Lei 9.795
http://www.ibama.gov.br/cgeam/index.php?id_menu=73 Acesso em: 03 de
maio de 2010.
http://www.presidencia.gov.br/ Acesso em: 03 de maio de 2010.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm Acesso em:
03 de maio de 2010.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4281.htm Acesso em: 03 de
maio de 2010.
Leonard, Annie. The story of stuff,2008.Versão dublada disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ZpkxCpxKilI Acesso em: 07 de maio de
2010.
55
ANEXO 1
Neste item, haverá a Lei 9.795 de 27 de Abril de 1999, que dispõe sobre a
Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental,
aparecendo esta na integra, para caso haja necessidade de consulta.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999.
Mensagem de Veto
Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação
ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir
políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em
todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e
melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos
programas educacionais que desenvolvem;
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, promover
ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e
melhoria do meio ambiente;
56
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na
disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a
dimensão ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover
programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle
efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo
no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores,
atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção,
a identificação e a solução de problemas ambientais.
Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência
entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e
transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e
globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais,
políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II - a garantia de democratização das informações ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental
como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e
macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada,
fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social,
responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
57
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como
fundamentos para o futuro da humanidade.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 6o É instituída a Política Nacional de Educação Ambiental.
Art. 7o A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além
dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama,
instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais
com atuação em educação ambiental.
Art. 8o As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser
desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas de
atuação inter-relacionadas:
I - capacitação de recursos humanos;
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
III - produção e divulgação de material educativo;
IV - acompanhamento e avaliação.
§ 1o Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental serão
respeitados os princípios e objetivos fixados por esta Lei.
§ 2o A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos
educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
II - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos
profissionais de todas as áreas;
III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão ambiental;
IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na área de meio ambiente;
V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito
à problemática ambiental.
§ 3o As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-se-ão para:
I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da
dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades de ensino;
II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão ambiental;
58
III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à participação dos
interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à problemática ambiental;
IV - a busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação na área
ambiental;
V - o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material
educativo;
VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio às ações
enumeradas nos incisos I a V.
Seção II
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito
dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
§ 1o A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no
currículo de ensino.
§ 2o Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto
metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a criação de
disciplina específica.
§ 3o Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis,
deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais a
serem desenvolvidas.
Art. 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores,
em todos os níveis e em todas as disciplinas.
Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação complementar em
suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos
princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
59
Art. 12. A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de ensino e de seus
cursos, nas redes pública e privada, observarão o cumprimento do disposto nos arts. 10 e 11
desta Lei.
Seção III
Da Educação Ambiental Não-Formal
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e
participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:
I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de
programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio
ambiente;
II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações nãogovernamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação
ambiental não-formal;
III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de
educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações nãogovernamentais;
IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;
V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de
conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 14. A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental ficará a cargo de um
órgão gestor, na forma definida pela regulamentação desta Lei.
Art. 15. São atribuições do órgão gestor:
I - definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;
II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos na área de
educação ambiental, em âmbito nacional;
III - participação na negociação de financiamentos a planos, programas e projetos na área
de educação ambiental.
Art. 16. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e
nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental,
respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
60
Art. 17. A eleição de planos e programas, para fins de alocação de recursos públicos
vinculados à Política Nacional de Educação Ambiental, deve ser realizada levando-se em conta
os seguintes critérios:
I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Educação
Ambiental;
II - prioridade dos órgãos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educação;
III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos a alocar e o
retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.
Parágrafo único. Na eleição a que se refere o caput deste artigo, devem ser
contemplados, de forma eqüitativa, os planos, programas e projetos das diferentes regiões do
País.
Art. 18. (VETADO)
Art. 19. Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e
educação, em níveis federal, estadual e municipal, devem alocar recursos às ações de
educação ambiental.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias de sua
publicação, ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de
Educação.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 27 de abril de 1999; 178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Renato Souza
José Sarney Filho
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 28.4.19992
2
Retirado do site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm#art14
61
ANEXO 2
Este item contém os questionários originais respondidos pelas graduandas em
Pedagogia, para caso haja necessidade de consulta.
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
APÊNDICE 1
Questionário
Neste questionário o principal objetivo será a coleta de dados para a realização de um Trabalho
de Conclusão de Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas com o tema Educação
Ambiental, da aluna Belisa Neves Zanardi da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursando
o sexto semestre sob orientação do professor Adriano Monteiro de Castro. Na intenção de dar
sentido à análise do trabalho e caso você concorde em participar deste, leia e responda
atentamente e da forma mais sincera possível. Devo lembrá-lo de que você é livre para a
qualquer momento recusar-se a responder as perguntas ou alguma delas, caso estas tenham lhe
ocasionado constrangimento de qualquer natureza. Sua identificação deve e será mantida em
segredo.
1)Como você justifica a importância da Educação Ambiental na escola?
2)Como você gostaria de trabalhar a Educação Ambiental com seus
alunos?
102
3)Quais as aprendizagens que você gostaria de observar em seus alunos
após trabalhar Educação Ambiental com eles?
4)Cite dois assuntos que você privilegiaria em Educação Ambiental?
5)Onde você aprendeu sobre os assuntos citados na questão anterior?
Muito obrigada pela colaboração!
*Caso queira ser informado dos resultados deste trabalho ou maiores
dúvidas sobre o mesmo, anote o e-mail: [email protected].
103
APÊNDICE 2
Aqui se encontra uma análise documental dos dados do presente trabalho
onde há as perguntas abertas,seguida das respostas dos vinte questionários
obtidas e apresentadas na integra, aparecendo na forma de depoimentos
numerados aleatoriamente. Abaixo há explicação do significado do depoimento
acompanhado de idéias ou palavras-chave (PC) e sua conseqüente categoria.
Questão 1 : Como você justifica a importância de Educação Ambiental na
escola?
Depoimentos:
1) É uma questão que tem vigentes estudos mais não apenas em teorias, mais
estudar meios de como trabalhar esta temática não só com adultos mais em
todas as faixas etárias, mais direcionando para jovens e crianças criando assim
projetos que venha ajudar conscientizações desse público.
Explicação do depoimento: Não só teorias, mas também trabalhar na prática
através de projetos de conscientização, assim criando-a. Trabalhar com todas
as faixas etárias.
PC: práticas de projetos; conscientização; faixas etárias.
Categoria: Atitudes/Conscientização.
2) Inserir o indivíduo ao meio como cidadão, para que o mesmo possa se
responsabilizar com o ambiente de forma que o leve a pensar sobre seus atos
e seja ou tenha autonomia para decidir de forma coerente e justa o futuro do
meio em que vive.
Explicação do depoimento: Inserção do individuo ao meio, a partir da
responsabilização para com ambiente. Reflexão das ações. Decisão do futuro
do meio ambiente.
PC: Inserção do individuo ao meio; responsabilização; tomada de decisão
Tem uma preocupação com o futuro.
Categoria: Conscientização/Atitudes.
104
3) O conhecimento sobre o meio ambiente que o aluno carrega, antes mesmo
de adentrar-se a escola, tem o devido valor,quando este é efetuado diante dos
demais
alunos.A
troca
de
informações
e
conhecimentos
propicia
a
aprendizagem do aluno, com a sua curiosidade e críticas. Assim a educação
ambiental tem sua importância diante da interdisciplinaridade para com as
concepções de todos os envolvidos (alunos, professor e comunidade).
Explicação
do
depoimento:
Conhecimento
prévio
perante
os
outros.
Aprendizagem a partir da troca de conhecimentos. Importância da Educação
Ambiental a partir da troca de concepções de todos.
PC: conhecimentos prévios; aprendizagem; Interdisciplinaridade; concepções.
Categoria: Interdisciplinaridade.
4) Trabalhar a educação ambiental na escola é sem dúvida muito importante
visto que irá trabalhar a questão da conscientização dos alunos em relação ao
meio ambiente e a melhor forma de contribuir para a sua preservação.
Explicação
do
depoimento:
Trabalhar
a
conscientização
dos
alunos
contribuindo para preservação do meio ambiente.
PC: conscientização dos alunos; preservação do meio ambiente.
Categoria: Conscientização/Preservação.
5) A educação ambiental na escola é importante pra reforçar uma Educação
que já deve vir de casa.Sou totalmente a favor dessa educação, para que as
crianças aprendam desde cedo a preservar, respeitar e cuidar do mundo em
que vivem.
Explicação do depoimento: Reforça a Educação de tida casa (conhecimento
prévio). Crianças aprendam a preservar respeitar e cuidar do mundo.
PC: Educação de tida casa; crianças; preservar; respeitar; cuidar; mundo.
Categoria: Preservação.
105
6) Pelo fato de que sem essa educação ambiental nosso prazo de
sobrevivência a cada dia fica mais curto ou mais longo de insatisfação.Desta
forma é de suma importância conscientizar mas problematizar para os alunos
de certa forma para que eles percebam de que com boas maneiras teremos
excelentes qualidades de vida.
Explicação do depoimento: Educação Ambiental estabelece nosso tempo de
sobrevivência. Conscientizar e problematizar os alunos, na busca por melhores
qualidades de vida.
PC: tempo de sobrevivência; conscientizar; problematizar; boas maneiras;
qualidades de vida.
Categoria: Conscientização/Atitudes.
7) A escola é um ambiente propicio para a instrução e educação, é um lugar
onde as pessoas sabem que vão para um objetivo especifico(aprender).Logo
pode-se justificar a importância do assunto ser tratado na escola.
Explicação do depoimento: Educação ambiental importante durante a
aprendizagem escolar.
PC: aprendizagem.
Categoria: Outros.
8) Como importante instrumento para transformar o aluno em sujeito ativo
dentro da sociedade em que vive, consciente de suas atitudes e conseqüências
diante do meio ambiente.
Explicação do depoimento: Instrumento de transformação na busca de um
aluno ativo na sociedade, sendo consciente de suas atitudes.
PC: Instrumento de transformação; sujeito ativo; consciente; atitudes.
Categoria: Atitudes/Conscientização.
9) A educação ambiental é importante para conscientizar sobre o meio em que
esta inserido, tanto no aspecto da ciência, quanto no porque de se proteger.
106
Explicação do depoimento: Conscientização do meio em que está inserido, no
aspecto da ciência e da preservação.
PC: Conscientização do meio; ciência; preservação.
Categoria: Conscientização/Preservação.
10) A educação ambiental é de suma importância para a conscientização de
crianças e jovens.
Explicação do depoimento: Conscientização de crianças e jovens.
PC: Conscientização; crianças; jovens.
Categoria: Conscientização.
11) A educação ambiental dentro do contexto escolar é importante, porque
ajuda na formação do sujeito como um ser questionador, cidadão (possuidor de
direitos e de deveres) e consciente. A educação ambiental é imprescindível
para o próprio conceito de sustentabilidade e preservação aos nossos recursos
naturais.
Explicação do depoimento: Formação do aluno crítico, cidadão (possuidor de
direitos e de deveres) e consciente. Conceito de sustentabilidade e
preservação dos recursos naturais.
PC: aluno crítico; cidadão; consciente; sustentabilidade; preservação; recursos
naturais.
Categoria: Conscientização/Preservação/Sustentabilidade/Recursos naturais.
12) A educação ambiental é um espaço muito importante para o
desenvolvimento dos alunos.
Explicação do depoimento: Espaço para desenvolvimento do aluno.
PC: Espaço; desenvolvimento do aluno.
Categoria: Outros.
107
13) É importante trabalhar a educação ambiental na escola para passar mais
conhecimento para as crianças com relação ao que elas tem que cuidar na
natureza, no mundo para seu próprio bem.
Explicação do depoimento: Passar conhecimento para crianças cuidarem do
mundo para seu próprio bem.
PC: conhecimento; crianças; cuidado com o mundo; próprio bem.
Categoria: Preservação.
14) O tema educação ambiental é de suma importância na inserção do âmbito
escolar, pois a mesma por ser um lugar de ensino aprendizagem é também
uma temática essencial na educação do alunos, para poder conhecer melhor a
natureza, no qual, os mesmos estão inseridos.
Explicação do depoimento: Escola como meio de ensino-aprendizagem de
Educação Ambiental na busca de conhecimentos do meio ambiente em que
estão inseridos.
PC: Inserção; ensino-aprendizagem; conhecer; natureza.
Categoria: Outros.
15) A educação ambiental na escola é importante para trazer conscientização
em relação ao ambiente em que vivemos ,como preservá-la e vivermos em
harmonia com eles.
Explicação do depoimento: Conscientização e preservação do meio ambiente.
PC: Conscientização; preservá-la; ambiente; harmonia.
Categoria: Conscientização/Preservação.
16) A educação ambiental é importante para a conscientização quanto ao uso
de recursos naturais, ao consumo desenfreado, visando a adoção de atitudes
de conservação do meio ambiente para a manutenção da vida no planeta
Terra. A escola deve abordar questões relevantes como a educação ambiental
visto que tem por objetivo a formação de cidadãos conscientes.
108
Explicação
do
depoimento:
Conscientização
quanto
ao
consumismo
desenfreado, visando à adoção de atitudes de conservação do meio ambiente
para a manutenção da vida. Abordar questões relevantes com objetivo de
formação de cidadãos conscientes
PC: Conscientização; recursos naturais; consumo desenfreado; adoção de
atitudes de conservação; manutenção da vida; formação de cidadãos
conscientes; planeta Terra.
Categoria: Conscientização/Preservação/Recursos naturais/Consumismo/
Atitudes.
17) A educação ambiental permite que o sujeito se veja como parte integrante
de um sistema complexo. Julgo que a educação ambiental na escola favorece
o desenvolvimento da criticidade tendo em vista a conscientização quanto a
conservação da vida no planeta.
Explicação do depoimento: Integração com o todo. Favorecimento do
desenvolvimento critico atento a conscientização para preservação da vida.
PC: Integrante de um sistema complexo; criticidade; conscientização;
conservação da vida; planeta.
Categoria: Conscientização/Preservação.
18) Importante para que os alunos vejam o nosso mundo e que conservem o
meio ambiente para um futuro melhor.
Explicação do depoimento: Atenção ao mundo, a partir da conservação do
meio para um futuro melhor.
PC: vejam o mundo; conservem o meio ambiente; futuro melhor.
Categoria: Preservação.
19) Devido as grandes mudanças que estão ocorrendo em nosso planeta por
conta da ação humana é preciso educar e orientar nossas crianças para ações
que tornem a vida no planeta mais sustentável.
109
Explicação do depoimento: A ação humana provoca grandes mudanças no
planeta, portanto há necessidade de orientação das crianças para ações de
sustentabilidade.
PC: grandes mudanças; planeta; ação humana; é preciso educar; orientar;
crianças; ações sustentáveis.
Categoria: Atitudes/Sustentabilidade.
20) O homem faz parte do planeta Terra, logo deve ser entendido como
subjugado a ele e desta forma necessita compreende-lo.
Explicação do depoimento: Homem como parte do todo que é a Terra, portanto
há necessidade de compreensão desta.
PC: Homem; planeta Terra; subjugado; compreende-lo.
Categoria: Outros.
Questão 2 : Como você gostaria de trabalhar a Educação Ambiental com
seus alunos?
Depoimentos:
1)Com projetos que possibilitassem os alunos á práticas em defesa do meio
ambiente.Por exemplo um projeto sobre reciclagem.
Explicação do depoimento: Projetos que levam a mudanças atitudinais.
PC: Projetos; defesa do meio ambiente; reciclagem; práticas.
Categoria: Estudo do meio e projetos/Prática.
2)De preferência fazendo um estudo do meio.
Explicação do depoimento: Estudo do meio.
PC: Estudo do meio.
Categoria: Estudo do meio e projetos.
3)De forma dinâmica e ate mesmo em estudo de campo.
Explicação do depoimento: Forma dinâmica com estudos do meio.
110
PC: Estudos de campo.
Categoria: Estudo do meio e projetos.
4)Através de pesquisa de campos e aulas reflexivas.
Explicação do depoimento: Estudo do meio. Aulas que estimulem o
questionamento e formação do conhecimento.
PC: Pesquisa de campos; aulas reflexivas.
Categoria: Estudo do meio e projetos/Aulas reflexivas.
5)De uma forma prática através das situações do dia a dia e acontecimentos
atuais.
Explicação do depoimento: Estudos do meio a partir de questões atuais.
PC: Prática; situações do dia a dia; acontecimentos atuais.
Categorias: Prática.
6)Experiências,Estudo do meio,Procedimentos,Atitudes,Observação.
Explicação do depoimento: Estudos do meio que possibilitem formações de
conceitos procedimentais, atitudinais e observações.
PC: Experiências; Estudo do meio; Procedimentos; Atitudes; Observação.
Categoria: Prática/ Estudo do meio e projetos.
7)De forma prática, não apenas teórica para que eles já entendam a forma
correta de tratar e cuida do ambiente.
Explicação do depoimento: Na teoria e prática, buscando o entendimento do
cuidado com o meio ambiente.
PC: Teoria; prática; forma correta de cuidar do ambiente.
Categoria: Prática.
111
8)Através de atividades lúdicas;Através da utilização dos espaços não
escolares que a sociedade dispõe.
Explicação do depoimento: Atividades lúdicas e utilização dos espaços não
escolares interagindo com a sociedade.
PC: Atividades lúdicas; espaços não escolares; sociedade.
Categoria: Prática.
9)Gostaria de trabalhar com contexto inicialmente partindo dos alunos e deste
planejar as aulas, com apoio dos conteúdos propostos pela escola. Trabalhar
com educação ambiental com muitos estudos do meio ou até jardim da escola
para apreciação do meio.
Explicação do depoimento: Inserção dos alunos no planejamento das aulas
como material de apoio os conteúdos proposto pela escola, e através de
estudos do meio.
PC: Alunos planejar as aulas; conteúdos propostos pela escola; estudos do
meio; jardim da escola; apreciação do meio.
Categoria: Estudo do meio e projetos.
10)Acredito que mais importante do que uma disciplina especifica da educação
ambiental é necessário trabalhar com projetos dentro da escola para que os
alunos comecem a cuidar do ambiente interno, do que esta mais próximo dele,
desta forma, o seu comportamento se refletirá em sociedade.
Explicação do depoimento: Trata a Educação Ambiental como uma matéria ou
disciplina especifica assim apontando há necessidade de se terem projetos
estimulando o aluno a cuidar do seu meio ambiente interno e real, refletindo
seu comportamento na sociedade.
PC: Disciplina especifica; projetos; cuidar do ambiente interno; comportamento
se refletirá em sociedade.
Categoria: Estudo do meio e projetos.
112
11)Gostaria de trabalhar por intermédio de projetos, os quais seriam definidos
por eixos temáticos como : reciclagem, desmatamento, poluição, etc. Além
disso a educação ambiental pode e deve estar presente em novas práticas
cotidianas como por exemplo, ensinar que se deve jogar lixo no lixo etc.
Explicação do depoimento: Projeto definido por eixos temáticos, e novas
prática cotidianas (que na realidade já são velhas).
PC: projetos; eixos temáticos: reciclagem, desmatamento, poluição; novas
práticas cotidianas; jogar lixo no lixo.
Categoria: Estudo do meio e projetos/Prática.
12)Depende da disciplina vou trabalhar se for uma aula de conhecer as
plantas, gostaria de levar os alunos ao jardim botânico para identificar as
plantas.
Explicação do depoimento: Aula teórica mascarada de pratica educativa.
PC: Depende da disciplina; conhecer as plantas; jardim botânico; identificar as
plantas.
Categoria: Outros.
13)Como atividades que mostrem o que devemos fazer para conscientizar as
pessoas a melhorar o mundo em que vivemos mostraria filmes, artigos,
revistas. Conscientizar as pessoas sobre os danos que causamos com simples
atitudes.
Explicação do depoimento: Conscientização a partir de simples atitudes que
fazem toda a diferença na busca por melhoras ambientais a partir de
instrumentos como: filmes, artigos e revistas.
PC: Conscientizar as pessoas; melhorar o mundo; filmes, artigos, revistas;
danos que causamos; simples atitudes.
Categoria: Prática.
113
14) De forma didática experimental, pois só assim os mesmos teriam a noção
do ambiente no qual os cercam.
Explicação do depoimento: Experimentos que ocasionem noção de posição
com relação ao meio.
PC: Didática experimental; noção do ambiente.
Categoria: Prática.
15) Gostaria de trabalhar com estudo de campo, experimentações e aulas
reflexivas.
Explicação do depoimento: Estudos de Campo e aulas que estimulem a
reflexão.
PC: Estudo de campo; experimentações; aulas reflexivas.
Categoria: Estudo do meio e projetos/Prática/Aulas reflexivas.
16)Julgo importante a abordagem de assuntos do cotidiano para a
conscientização. Por isso utilizaria como recurso imagens do bairro, que é a
realidade mais próxima dos alunos, tendo como objetivo desenvolver hábitos
em relação à melhoria, conservação e melhores atitudes. Dessa forma o aluno
percebe que também faz parte do meio e de que suas atitudes interferem
diretamente neste meio, para o bem e também para o mal.
Explicação do depoimento: Os assuntos do cotidiano que levem á
conscientização utilizando como recurso a realidade do aluno. Na busca por
mudanças atitudinais interferindo diretamente no meio.
PC: Assuntos do cotidiano; conscientização; recurso imagens do bairro;
realidade; desenvolver hábitos; conservação; melhores atitudes; parte do meio
Categoria: Estudo do meio e projetos.
17)Gostaria de trabalhar a educação ambiental levando os alunos a reflexão
critica. Para tanto, abordaria conteúdos problematizando-os,propondo debates
e analises de diversas realidades.
114
Explicação do depoimento: Pensamento critico através de questões problema
gerando debates e analises da situação atual.
PC: Reflexão critica; conteúdos problematizando-os; debates; analises;diversas
realidades.
Categoria: Aulas reflexivas.
18)De forma didática e lúdica mostrando a realidade e como podemos cuidar
com o pouco que fazemos para um mundo melhor.
Explicação do depoimento: A partir da didática e do lúdico, sendo a realidade a
motivação para mudança, buscando um mundo melhor.
PC: didática e lúdica; realidade; cuidar; mundo.
Categoria: Outros.
19)Com experiências e pesquisas de campo.
Explicação do depoimento: Estudo do meio.
PC: Experiências; pesquisas de campo.
Categoria: Prática/ Estudo do meio e projetos.
20)De forma que estes alunos se sintam parte de um todo, e assim
compreender que as partes são fundamentais para o equilíbrio do todo.
Explicação do depoimento: O entendimento de que alunos são parte de um
todo e, portanto fundamentais para o equilíbrio.
PC: Alunos; todos fundamentais; equilíbrio do todo.
Categoria: Outros.
Questão 3 : Quais as aprendizagens que você gostaria de observar em
seus alunos após trabalhar Educação Ambiental com eles ?
Depoimentos:
1)Como eles se comportariam diante de um adulto que fica horas debaixo do
chuveiro. Quais atitudes dos mesmo ao ver alguém jogar lixo no chão.
115
Explicação do depoimento: Os alunos localizar comportamentos e atitudes
errôneas nos outros. Consumo excessivo de água e lixo no chão.
PC: comportamentos; atitudes; adultos; chuveiro; lixo.
Categoria:Comportamentais/Atitudes.
2)A interação e o modo ao qual se comporta em um estudo do meio e se o
mesmo esteja aproveitando a educação ambiental para a formação do seu
“eu”.
Explicação do depoimento: Interação e comportamento para com o meio
ambiente tendo a ajuda da educação ambiental na sua formação pessoal.
PC: comportamentos; estudo do meio; formação do seu “eu”.
Categoria: Comportamentais.
3)Gostaria que os alunos conciliasse com as demais disciplinas e que esses
promovam o melhor para sua comunidade sendo assim para a sociedade.
Explicação do depoimento: Idéia de Interdisciplinaridade e promoção de
melhoras para a sociedade.
PC: conciliasse com as demais disciplinas; comunidade; sociedade.
Categoria: Interdisciplinaridade.
4)Atitudes que realmente contribua para uma melhor forma de viver no mundo.
Explicação do depoimento: Atitudes de melhoria ambiental global.
PC: Atitudes; melhor forma de viver; mundo.
Categoria: Atitudes.
5)Que tenham conscientização da importância disso, e pratiquem essa
educação diariamente.
116
Explicação do depoimento: Conscientização e prática diária da Educação
ambiental.
PC: Conscientização; pratiquem essa educação diariamente.
Categoria: Conscientização e Preservação.
6)As de atitudes e procedimento. Acredito que muitas vezes só ensinamos
teoria porem somos os últimos a termos atitudes de mudarmos. A mudança
para com o ambiente é de suma importância para todos os seres vivos e que
isso seja significativa para meus alunos.
Explicação do depoimento: Mudanças atitudinais e procedimentais a partir da
prática de mudanças para um meio ambiente melhor de todos os seres vivos.
PC: Atitudes; procedimento; teoria; mudança; seres vivos.
Categoria: Atitudes/ Procedimentais.
7)A questão do cuidado com o ar (aquecimento global), conservação e melhor
aproveitamento da água (reutilização), assim como preservação do meio
ambiente (separação do lixo). Entre outras coisas.
Explicação do depoimento: Problemas ambientais e possíveis soluções.
PC: Cuidado com o ar; aquecimento global; conservação; aproveitamento da
água; reutilização; preservação; separação do lixo.
Categoria: Conscientização e Preservação.
8)A conscientização do aluno referente a importância de sua atuação dentro da
sociedade diante dessa temática.
Explicação do depoimento: Conscientização do aluno dentro da sociedade.
PC: Conscientização; atuação; sociedade.
Categoria: Conscientização e Preservação/Atitudes.
117
9)As aprendizagens seriam: Ciências (conteúdos científicos); a importância o
sentido de aprender ciências de modo geral (amplo) com interdisciplinaridade;
consciência de preservação para viver melhor atualmente e para gerações
futuras.
Explicação do depoimento: Aborda os Conteúdos da área de ciências de modo
geral e mais especifico, além da interdisciplinaridade; consciência, preservação
e preocupação com hoje e o futuro.
PC:
Ciências;
conteúdos
científicos;
ciências
de
modo
geral;
interdisciplinaridade; consciência; preservação; atualmente; gerações futuras.
Categoria: Conscientização e Preservação/Conceituais/Interdisciplinaridade.
10)O maior objetivo que eu gostaria de observar é através do comportamento
que os alunos terão dentro e fora da sala de aula através de simples atitudes
como não jogar papel no chão e na hora do recreio por exemplo.
Explicação do depoimento: Comportamento dentro e fora de sala através de
atitudes.
PC: Comportamento; dentro e fora da sala de aula; simples atitudes.
Categoria: Comportamentais/Atitudes.
11)Gostaria que os alunos se interessassem pelo assunto, buscassem mais
informações a respeito e colocasse em prática o aprendido.
Explicação do depoimento: Desenvolver Interessasse pelo assunto pela busca
por informações posto em práticas (atitudes).
PC: Interessassem; informações; prática o aprendido.
Categoria: Outros.
118
12)Se eles conseguirão de observar , se eles aprenderam mesmo, através de
uma
educação
ambiental.
Se
uma
educação
ambiental
ajuda
o
desenvolvimento dos alunos.
Explicação do depoimento: Capacidade de observação. E auxilio no
desenvolvimento do aluno.
PC: Observação; ajuda o desenvolvimento dos alunos.
Categoria: Outros.
13)Não respondeu.
14)Após todo um processo de trabalho com eles, um respaldo vindo dos
mesmos com pontos positivos para a natureza.
Explicação do depoimento: Apontamento dos pontos positivos realizado pelos
alunos sobre a natureza.
PC: Pontos positivos para a natureza.
Categoria: Outros.
15)Gostaria que meus alunos ficassem mais conscientes com a preservação
do ambiente e mais críticos.
Explicação do depoimento: Conscientização dos alunos para a preservação do
meio, tornando-se críticos.
PC: Conscientes; preservação; críticos.
Categoria: Conscientização e Preservação/Formação crítica.
16)A capacidade de argumentação e elaboração de idéias que visem a
melhoria e a doação de bons hábitos em relação ao meio ambiente, partindo de
seus espaços de maior convivência : a escola , a sua casa, o seu bairro e
conseqüentemente o planeta.
119
Explicação do depoimento: Estímulos voltados para a construção de
conhecimentos que busquem atitudes em relação a melhorias do meio.
Trabalhos graduais, ou seja, em você, em sua casa, em sua escola, em seu
bairro e por fim no planeta.
PC: Capacidade de argumentação; elaboração de idéias; melhoria e a doação
de bons hábitos; espaços; escola; casa; bairro; planeta.
Categoria: Atitudes.
17)Considerando que as aprendizagens devem ser significativas buscaria não
somente de desenvolver também observar a aprendizagens conceituais,
atitudinais e procedimentais.
Explicação do depoimento: Observação de aprendizagens conceituais,
atitudinais e procedimentais.
PC: Conceituais; atitudinais; procedimentais.
Categoria: Conceituais/Atitudes/Procedimentais.
18)Que os alunos se conscientizem sobre os assuntos do meio ambiente que
forem trabalhados e cuidar do meio ambiente.
Explicação do depoimento: Conscientização e cuidado com o meio ambiente.
PC: Conscientizem; cuidar do meio ambiente
Categoria: Conscientização e Preservação.
19)Conscientização sobre as questões ambientais.Formação críticas quanto
aos problemas atuais.Alteridade.Responsabilidade.
Explicação do depoimento: Conscientização, formação critica, alteridade e
responsabilidade para com o meio ambiente.
PC: Conscientização; Formação críticas; problemas atuais; Alteridade;
Responsabilidade.
120
Categoria: Conscientização e Preservação/Formação crítica.
20)Não respondeu.
Questão 4 : Cite dois assuntos que você privilegiaria em Educação
Ambiental?
Depoimentos:
1)Importância da água e Reciclagem.
PC: Água; Reciclagem.
Categoria: Água/Reciclagem.
2)Respeito pelo outro e respeito pelo próprio ambiente.
PC: Respeito.
Categoria: Preservação/Respeito.
3)Reciclagem e sobre mares e oceanos.
PC: Reciclagem; mares e oceanos.
Categoria: Água/Reciclagem.
4)Questão da Reciclagem e poluição.
PC: Reciclagem; poluição.
Categoria: Reciclagem/Poluição.
5)Reciclagem(Reutilização) e preservação (água,solo e etc.).
PC: Reciclagem; reutilização; preservação; água; solo.
Categoria: Reciclagem/Reutilização/Preservação e Respeito/Água.
6)Hábitat, Natureza, Reciclagem,Seres vivos,atitudinais e procedimentais.
PC: Hábitat; natureza; reciclagem; seres vivos; atitudinais; procedimentais
Categoria: Reciclagem.
121
7)Reutilização da água (forma de economizar) e aquecimento(diante dos
carros, empresas e luzes).
PC: Reutilização da água; aquecimento.
Categoria: Reciclagem/Água.
8)Respeito a preservação do meio ambiente e reciclagem.
PC: Respeito; preservação; reciclagem.
Categoria: Preservação e Respeito/Reciclagem.
9)Preservação e motivo de ser tratado na escola (ao lado da ciência para
compreensão do assunto).
PC: Preservação; ciência.
Categoria: Preservação e Respeito.
10)O assunto básico é colocar o ambiente como meio repleto de vida e que
deve ser respeitado.Conscientizar para a importância do ar e da água como
base de sobrevivência.
PC: Vida; respeitado; Conscientizar; ar e da água como base da sobrevivência.
Categoria: Preservação e Respeito/Água.
11)Reciclagem e poluição.
PC: Reciclagem; poluição.
Categoria: Reciclagem/Poluição.
12)Desenvolvimento e visão de contato com a realidade.
PC: realidade.
Categoria: Outros.
13)Atitudes, comportamento dos seres humanos com relação ao ambiente ,
privilegiaria assuntos como reciclagem, lixo, etc.
PC: Atitudes; comportamento; reciclagem; lixo.
Categoria: Reciclagem.
14)Higiene e natureza.
122
PC: Higiene; natureza.
Categoria: Outros.
15)Preservação e consumo.
PC: Preservação; consumo.
Categoria: Preservação e Respeito/ Consumismo e exploração de recursos
naturais.
16)Consumo(que ocasiona na exploração desenfreada dos recursos naturais) e
poluição ambiental(todas as formas de poluição e seus malefícios para o
planeta).
PC: Consumo; exploração; recursos naturais; poluição ambiental; planeta.
Categoria: Consumismo e exploração de recursos naturais/Poluição.
17)Recursos naturais, e conseqüentemente reciclagem.
PC: Recursos naturais; reciclagem.
Categoria: Consumismo e exploração de recursos naturais/Reciclagem.
18)A importância da reciclagem para o meio ambiente.A importância de dar
valor ao meio em que vive.
PC: Reciclagem; valor ao meio.
Categoria: Reciclagem.
19)Reciclagem e uso consciente da água.
PC: Reciclagem; água.
Categoria: Reciclagem/Água.
20)Água e a extinção dos animais.
PC: Água; extinção dos animais.
Categoria: Água.
Questão 5 : Onde você aprendeu sobre os assuntos citados na questão
anterior?
Depoimentos:
123
1)No tema água, foi experiência própria e é muito ruim ficar sem água, não há
vida sem água. E o segundo tema foi um estudo para a aplicação de projeto.
PC: experiência própria; projeto.
Categoria: Outros.
2)No decorrer dos estudos e com os meios de comunicação.
PC: Estudos; meios de comunicação.
Categoria: Educação escolar/Meios de comunicação.
3)A reciclagem esta sendo focada na escola da qual eu trabalho. Estudo sobre
os mares e oceanos são estudos feitos pelo meu irmão, este no curso de
Oceanografia.
PC: Escola que trabalho; curso de Oceanografia.
Categoria: Trabalho.
4)No meu ambiente de trabalho(escola).
PC: Ambiente de trabalho; escola.
Categoria: Trabalho.
5)Me aprofundei e me interesso muito pelo assunto pois minha mãe presa
muito pelo meio ambiente, não só pela importância do assunto como também
por morar em um lugar onde a preservação é tão fundamental e indispensável
(Ilha Grande).
PC: mãe; lugar de preservação; Ilha Grande.
Categoria: Outros.
6)Os assuntos “exemplificados” foram mais discutidos na universidade. Na
escola “Ensino Fundamental” foi abordado porem, não houve um significado
para aquele momento da escola. Pelo fato da cultura da escola ser bastante
consumista.
PC: Assuntos “exemplificados” na universidade; escola “Ensino Fundamental”;
cultura escolar consumista.
Categoria: Universidade/Educação escolar.
124
7)Na faculdade os assuntos são abordados mas a informação real aprendi na
mídia.
PC: Faculdade; a informação real na mídia.
Categoria: Universidade/Meios de comunicação.
8)Através da busca individual; Internet ; Canal de T.V. Cultura.
PC: Individual; Internet; Canal de T.V. Cultura.
Categoria: Meios de comunicação.
9)Os assuntos aprendi na escola, meios de comunicação, Universidade.
PC: Escola; meios de comunicação; Universidade.
Categoria: Educação escolar/Meios de comunicação/Universidade.
10)No Ensino Fundamental II eu tive aulas de educação ambiental e acredito
que os assuntos sejam importantes devido as observações que vivencio em
sala de aula com os alunos que trabalho.
PC: Ensino Fundamental II; alunos que trabalho.
Categoria: Educação escolar/Trabalho.
11)Na escola.
PC: Escola.
Categoria:Educação escolar.
12)Durante o curso de Pedagogia.
PC: Curso de Pedagogia.
Categoria: Universidade.
13)No dia a dia com leituras, Internet e etc.
PC: Dia a dia com leituras; Internet.
Categoria: Meios de comunicação.
14)Na educação infantil.
PC: Educação infantil.
Categoria: Trabalho.
125
15)Na escola.
PC: Escola.
Categoria: Educação escolar.
16)No decorrer do Ensino Fundamental e Médio, mas adquiri uma visão mais
reflexiva na Universidade.
PC: Ensino Fundamental e Médio; Universidade.
Categoria: Educação escolar/Universidade.
17)Na escola e na T.V.
PC: Escola; T.V..
Categoria: Educação escolar/Meios de comunicação.
18)No decorrer dos anos esses assuntos vem sendo bastante questionados,
nos estágios que já realizei em escolas e nas aulas do curso de Pedagogia.
PC: Estágios em escolas; aulas do curso de Pedagogia.
Categoria: Trabalho/Universidade.
19)Na escola e com pesquisas.
PC: Escola; pesquisas.
Categoria: Educação escolar.
20)Na escola, na mídia e em leituras.
PC: Escola; mídia; leituras.
Categoria: Educação escolar/Meios de comunicação.
126
Estou ciente do conteúdo da Monografia: “Concepções de Educação Ambiental de
graduandas em Pedagogia”
________________________________________
Profº Adriano Monteiro de Castro
(Orientador – Universidade Presbiteriana Mackenzie)
________________________________________
Belisa Neves Zanardi
(Aluno – Código de Matrícula: 407.44.77-9)
Trabalho a ser apresentado em: Junho/2010
127
Download

Histórico da Educação Ambiental