ESPECIAL Educação Ambiental Julho / 2009 20 programas 63 ações Edu c Amb ação ient al De Modo Participativo por Comitês Gestores (PDCA) O que mud Valores e Atitudes ar? Ge st Ba ão p cia or s Agricultu ra Orgânic a ra Agricultu Familiar Problem ática Global/L ocal iver Biod de sida Doc u Plan mento etár s ios Mi ssã g n Sa a Re n o/P ap do an / ltiv Boa a u C ua en Ág ã/Bu r Po acia Na B áfica ogr r id H PY) (BR/ Como Atuar? ra utu str te rae en to Inf Efici amen o e iã el e Ond r? Atua Pla Med ntas icin ais 2.146 parceiros • • • • 8000 km2 de área 1 milhão de habitantes 29 municípios 70 microbacias trabalhadas C U LT I VA N D O Á G U A B O A Co Co mpa Ou oper rtilha tra ar r e Plane s R com exec jamento egi õe uç , s a valia ão e PTI Monitoramen cole ção to tiva e Avaliação Ambiental Parque Tecnológico Itaipu E D U C A Ç Ã O A M B I E N TA L Pro de duç Pe ão ixe s oe açã nto itim cime Leg nhe nos r co Re Exte Implantado na bacia do Rio Paraná 3: Coleta Solidária m Jove eiro n i d Jar e ad nid na u m e Co Indíg P R O C E S S O S F O R M AT I V O S CENTRO DE SABERES E CUIDADOS SOCIOAMBIENTAIS DA BACIA DO PRATA CENÁRIO GLOBAL, DESAFIOS LOCAIS Mais de 150 mil pessoas Já sensibilizadas para a ação pela sustentabilidade NA GESTÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS Mobilização comunitária para a construção da Agenda 21 do Pedaço EM EA NA BACIA DO PARANÁ 3 Formação de educadores e educadoras ambientais, professores/as, merendeiras, nutricionistas e lideranças comunitárias Paradigmas inovadores: Cultura da Água, Educação Ambiental, Economia Ecológica e Ecologia Política Página 3 Página 6 Página 7 Página 16 A Usina da Itaipu Binacional www.itaipu.gov.br/aguaboa A Usina Hidrelétrica de Itaipu está localizada na Bacia do Prata, no Rio Paraná, em uma área de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A área do projeto se estende desde Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai) ao sul, até Guaíra (Brasil) e Salto del Guairá (Paraguai) ao norte. A potência instalada é de 14.000 MW, suprindo 19% de toda a energia consumida no Brasil e 91% da consumida no Paraguai. Cerca de 60% do PIB brasileiro é gerado com base na energia de Itaipu. Nova missão institucional “Gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai.” Em 2003, a Itaipu promoveu um amplo processo de reestruturação de seu plano empresarial, adotando nova missão institucional. Além da geração de energia de qualidade para os dois países parceiros no empreendimento, a missão passou a incluir a dimensão da responsabilidade socioambiental. Bacia Hidrográfica do Rio Paraná 3 Brasil Foi nesse contexto que foi concebido o Cultivando Água Boa, um amplo conjunto de programas que têm na Educação Ambiental um de seus principais eixos, e que nada mais é do que a missão institucional da empresa colocada em prática. Para a Itaipu, cuidar dos recursos naturais que a cercam vem do reconhecimento de que é a natureza que lhe permite gerar energia. Sem água, não há hidroeletricidade, muito menos vida. E para conservar a riqueza natural da região, a Itaipu não mede esforços. Paraguai Brasil Paraguai ITAIPU Itaipu A área da bacia é de 8.000 km2, onde estão localizados 29 municípios com aproximadamente 1 milhão de habitantes. Hoje, seis anos depois de iniciado o processo, um novo conceito de responsabilidade socioambiental está presente não só na Itaipu Binacional, como também em toda a Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (BP3), área de influência da hidrelétrica e de atuação do Programa Cultivando Água Boa. Há muito a ser feito. Mas já podemos comemorar, todos, Itaipu e comunidade, os resultados que juntos alcançamos. Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br Problemas globais e desafios: O P L AN ETA ESTÁ EN F ER MO A humanidade encontra-se diante de uma das mais graves crises da história, intimamente ligada ao modo de vida insustentável adotado pela civilização contemporânea. Esse modo de vida, calcado na produção e no consumo sem limites (pois vê o planeta como provedor de recursos naturais infindáveis), vem provocando impactos em todos os pontos do globo, com conseqüências para todos os seres que compõem a comunidade de vida da Terra. Ao aquecimento global somam-se outros desastres e desequilíbrios que vêm sendo provocados pelo homem, tais como: Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e à Organização Meteorológica Mundial (WMO), as atividades humanas têm sido um fator determinante para o aumento da temperatura média da Terra nos últimos anos e vêm assim contribuindo para as mudanças climáticas, observadas pelo derretimento das camadas polares e das geleiras, pela elevação do nível do mar e pela maior intensidade de fenômenos climáticos extremos, como tufões, secas, nevascas, entre outros. •desmatamento; Destino da água usada pela humanidade •Esgotamento das reservas de água potável; •buraco na camada de ozônio; •aumento da poluição hídrica, atmosférica e dos solos; Indústria 22% Doméstico 8% •aumento dos resíduos sólidos (lixo); •erosão, desertificação, exaustão e degradação de solos cultiváveis; •extinção de espécies da flora e fauna; •a injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos são também causas de grandes; desequilíbrios e agravam os problemas sociais e ambientais. Agricultura Agriculture 70% Agricultura 70% Cenário local: a situação ambiental na área de influência da Itaipu a ser intensivamente explorada nos últimos 50 anos. Por isso, os principais impactos ambientais observados ali são os decorrentes das atividades agropecuárias, tais como: Desde a construção da usina, a preocupação com o meio ambiente fez parte das atividades da Itaipu. Durante o enchimento do reservatório, em 1982, a empresa promoveu a operação Mymba Kuera (“pega bicho”, em Guarani), que permitiu o resgate de mais de 29 mil animais de diversas espécies. Outro exemplo de cuidado está na formação de uma extensa área de conservação da mata ciliar ao longo das margens do reservatório. Apesar de ter alagado 130 mil hectares para a formação do lago, hoje a empresa preserva uma área de mata nativa equivalente, nos lados brasileiro e paraguaio. Diante disso, é natural que a empresa se preocupe com a qualidade ambiental do entorno de seu reservatório. A região Oeste do Paraná é de colonização recente e passou •Erosão de solos e a consequente concentração de sedimentos nas águas dos rios; •contaminação de solos, das águas e das pessoas por agrotóxicos; •acúmulo de dejetos da pecuária nas águas dos rios, provocando a eutrofização; •desmatamento para abertura de áreas de pasto e lavoura, incluindo as margens de rios; •canalização de esgotos urbanos e industriais para rios, sem o devido tratamento. A isso se soma um problema ambiental compartilhado por Itaipu com muitas outras hidrelétricas: a incidência do mexilhão dourado, espécie exótica de molusco trazida do Oriente por navios e que nos rios das Américas não encontra inimigos naturais. Em uma usina hidrelétrica, as populações desse molusco precisam ser controladas para evitar problemas de operação e manutenção. 3 O Cultivando Água Boa: movimento pela sustentabilidade O Cultivando Água Boa é a estratégia que a Itaipu adotou para dar uma contribuição local ao enfrentamento das mudanças climáticas e demais desequilíbrios ambientais que vêm sendo provocados pelo homem. Dessa forma, o programa nasceu a partir da concepção da água como recurso universal que pertence conjuntamente a toda a humanidade. Partiu, também, do princípio de que, do ponto de vista da qualidade ambiental, ela afeta a todos e que os cursos d’água estabelecem a verdadeira territorialidade e comunidade de vida. Assim, considerouse o elemento água, principal ativo da Itaipu, como o eixo que orienta as ações do programa. É importante frisar que o programa é um movimento calcado em uma metodologia de participação permanente, em que a Itaipu, além de mitigar e corrigir passivos ambientais, trabalha em parceria com a sociedade para mudar os seus valores. É, portanto, um processo em que a Educação Ambiental desempenha papel fundamental, como se vê a seguir. AGRICULTURA ORGÂNICA, FAMILIAR E PLANTAS MEDICINAIS Formação de professores Educação Ambiental para Sustentabilidade GESTÃO POR BACIA HIDROGRÁFICA EA Corporativa Oficinas do Futuro Processos Formativos Intervenções Eucativas (Teatro, Cartilha) Educomunicação Pacto das Águas EA nas Estruturas Educadoras Formação de merendeiras e nutricionistas Futuro no Presente Concurso e Caderno de Receitas VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO COLETA SOLIDÁRIA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO AMBIENTAL OUTRAS INTERFACES/ POSSIBILIDADES: UNILA – Universidade Federal da Integração LatinoAmericana PTI – Parque Tecnológico Itaipu Colônia de Férias EA nas estruturas educadoras Campanhas de sensibilização Capacitação de catadores Monitoramento participativo das águas CENTRO DE SABERES E CUIDADOS SOCIOAMBIENTAIS DA BACIA DO PRATA TE :N AS A O programa foi concebido à luz de documentos nacionais e planetários: •Carta da Terra; •Agenda 21; •Plano Nacional de Recursos Hídricos; •Movimento pela Vida; •Água para Todos, Água para a Vida (Unesco); •Metas do Milênio; •Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global; •Pacto Global, Eco Rio 92; •Ética do Cuidado; •Diretrizes da Conferência Nacional do Meio Ambiente; •Protocolo de Kyoto. ...é um dos mais interessantes programas de desenvolvimento local sustentável que conheci... Mais que um programa de intervenção na qualidade da água, é um movimento rumo à construção de um novo paradigma civilizatório.” Miriam Duailibi, Pres. do Instituto Ecoar para Cidadania Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br ALG U MAS I NTE R FACE S DE EA www.itaipu.gov.br/aguaboa | Informativo Cultivando Água Boa FO N 4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SUSTENTABILIDADE “A Educação Ambiental não transforma o mundo. A educação muda as pessoas. E as pessoas é que transformam o mundo.” Paulo Freire A complexidade dos sistemas do Planeta Terra e suas interações, já referenciadas neste informativo, exigem não só um aprendizado sobre alguma coisa, mas uma interação de aprendizados, diálogos de saberes e experiências que nos permitam habitar este planeta como pessoas responsáveis e cientes pela manutenção e compartilhamento da vida, tanto da espécie humana quanto das inúmeras outras espécies em convivência. Assim, faz parte da Educação Ambiental entender essa rede de convivência para intensificar nosso pertencimento ao planeta Terra, baseando nossos pensamentos e ações na ética do cuidado. Para tanto, é fundamental a mobilização das pessoas em projetos coletivos e participativos que enfoquem tanto o social quanto o ambiental. Itaipu começou a desenvolver ações institucionais de Educação Ambiental desde a criação do Ecomuseu, em 1987. A partir da nova missão, ampliada em 2003, de “gerar energia elétrica com qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico turístico e tecnológico sustentável no Brasil e no Paraguai”, a Educação Ambiental adquire um novo caráter e assume novas dimensões. Atua com os diversos atores sociais da BP3, com foco na sustentabili- dade regional, integrada com os demais programas socioambientais do Cultivando Água Boa e da Itaipu. Entre os atores estão professores, alunos, agricultores, pescadores, assentados da reforma agrária, índios, catadores de material reciclável e outros. Desenvolve ações de educação formal, não formal e informal para capacitar, apoiar e articular edu- cadoras e educadores ambientais da região, fomentando a criação de redes regionais de educação ambiental, a sensibilização e a formação ambiental da comunidade da área do Reservatório de Itaipu e da BP3. 1.Educação Ambiental na Bacia do Paraná 3: Formação de Educadores/as Ambientais, Rede de Educação Ambiental Linha Ecológica e Agenda 21 do Pedaço; Suas ações estão organizadas em quatro pilares de atuação, que dialogam entre si dentro do mesmo objetivo e missão. São eles: 3.Educação Ambiental nas Estruturas Educadoras de Itaipu; 2.Educação Ambiental Corporativa; 4.Educomunicação. 5 6 | Informativo Cultivando Água Boa www.itaipu.gov.br/aguaboa Processos Formativos em Educação Ambiental Educação Ambiental na Gestão de Bacias Hidrográficas Dentro do Programa de EA de Itaipu são estimulados e assegurados processos formativos que permeiam e dão suporte à realização dos outros programas que constituem o Cultivando Água Boa. Dentre eles, a formação de educadores e educadoras ambientais dos municípios da BP3 e do entorno do Parque Nacional do Iguaçu, chamado FEA, e a Rede Regional de Educação Ambiental – Linha Ecológica. A Educação Ambiental na BP3 está diretamente ligada ao Programa de Gestão por Bacia Hidrográfica, que tem como objetivo a recuperação dos passivos ambientais e o desenvolvimento da “ética do cuidado” na relação com os diversos elementos da natureza e nas relações de convívio e organização dos seres humanos, respeitando o planejamento da natureza. Tem sua metodologia inspirada pelo Instituto Ecoar para a Cidadania, Agenda 21 do Pedaço, e traz a tona a possibilidade do diálogo e a ação de vários atores sociais que interferem no ambiente e na qualidade de vida. As comunidades, jovens, crianças, adultos e idosos das microbacias selecionadas, são reunidas em suas sedes/clubes e convidadas a uma reflexão sócioambiental no contexto das chamadas “Oficinas do Futuro” e acontecem em 4 momentos: Muro das Lamentações: a comunidade identifica suas condutas em relação ao Meio Ambiente, de modo especial ao seu rio, e aponta os problemas a serem resolvidos; Árvore da esperança: traduz as aspirações de hoje e de amanhã dessa comunidade. Como gostariam que o pedaço fosse? Formação de educadores e Rede de Educação Ambiental Educadoras Ambiental – FEA Linha Ecológica Oficina do Futuro - Caminho Adiante Caminho Adiante: A comunidade escolhe as ações prioritárias a serem desenvolvidas e assumem uma nova conduta e compromissos, alicerçados na “ética do cuidado”, da solidariedade entre os seres humanos e a natureza; Pacto das Águas: Momento de celebração pelo cuidado com as águas, onde a comunidade simbolicamente apresenta para os atores sociais envolvidos, uma síntese dos resultados das oficinas e assinam a “Carta do Pacto das Águas”, instrumento de mobilização social, que registra o “retrato” da comunida- Colcha do FEA - interação entre instituições do Coletivo Educador Oficina o Futuro no Presente de, seus problemas, anseios, compromissos, prioridades e encaminhamentos. Durante e após a solução dos passivos ambientais nas microbacias, acontecem oficinas de sensibilização, chamadas “O Futuro no Presente” despertando uma consciência de cuidado com o que está sendo reconstruído. Garantindo a formação continuada de educadores/as ambientais, Itaipu assumiu o processo FEA na região como instituição âncora, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e da Educação, Parque Nacional do Iguaçu, instituições regionais e prefeituras municipais da BP3, que constituiu e consolidou o Coletivo Educador da região, com o papel de atuar na construção, implementação e avaliação constante da Proposta de Formação de Educadores Ambientais para a região. A política pedagógica do FEA, proposta pelo Coletivo Educador, foi implementada a partir de 2005, com 300 educandos de diversos segmentos da sociedade e instituições públicas e privadas. O Proces- Oficina do Futuro - Mobilização Comunitária Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br Cerimônia Pacto das Águas Visita técnica microbacia Gavirova No grupo de educadores ambientais (FEA) em formação, estão os monitores da Linha Ecológica, que juntamente com os demais educadores que atuam na região, formam a Rede Regional de Educação Ambiental – Linha Ecológica. Os monitores são profissionais das 29 prefeituras da BP3 que têm o importante papel de apoiar as comunidades de aprendizagem e promover a Educação Ambiental no município em sos de agricultura orgânica, plantas medicinais, alimentação saudável, consumo consciente, entre outros. Capacitação de 450 professores municipais de 1ª a 4ª séries – Agricultura Orgânica e Plantas Medicinais. 135.000 Cartilhas “Mundo Orgânico” para estudantes. 450 apresentações da peça teatral “A Matita: uma aventura orgânica”. Estímulo às hortas orgânicas escolares e familiares. so é estruturado na metodologia PAP – Pesquisa-ação-participante, “Pessoas que Aprendem participando’’, que se desenvolve através de “mandalas” de participação multiplicadora. O FEA se caracteriza como uma processo contínuo, onde os/as educadores/as formados atuam na formação de educadores/as ambientais populares, através das comunidades de aprendizagem, até que toda comunidade regional seja mobilizada para um exercício de valores e práticas socioambientais necessárias para uma melhor qualidade de vida e do meio ambiente dessa região. 119 comunidades de aprendizagem — 2.900 pessoas — 34 municípios envolvidos Teatro “A Matita - uma aventura orgânica” toda sua complexidade, transversalmente às secretarias municipais, fazendo interface com os demais programas socioambientais desenvolvidos, com vistas à construção participativa do Programa Municipal de Educação Ambiental. O foco principal de atuação destes monitores, é na rede formal de ensino formando professores, alunos, merendeiras e nutricionistas em cur- Capacitação de professores Formação continuada de merendeiras de escolas e nutricionistas Curso Alimentação Saudável. 1º. Concurso de receitas saudáveis — Ano 2008 — 780 merendeiras. Caderno de Receitas Saudáveis das Merendeiras da BP3. Oficinas Carta da Terra para professores/as. Participação ativa em eventos de EA. Capacitação de merendeiras 7 8 | Informativo Cultivando Água Boa www.itaipu.gov.br/aguaboa Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br Educação Ambiental nas Estruturas Educadoras de Itaipu Educação Ambiental Corporativa A metodologia de trabalho de EA Corporativa em Itaipu é desenvolvida com base na concepção do trabalho em redes, onde os/as colaboradores/as foram convidados/as a integrar a Rede de Educadores/as que atua de forma voluntária, detectando problemas relacionados a questão ambiental em suas áreas de atuação, coletando opiniões e impressões, articulando diálogos e troca de informações, facilitando e editando conjuntamente os cuidados socioambientais. Educação Corporativa - Oficina Cultura da Água A ação desenvolvida nas estruturas educadoras, Ecomuseu de Itaipu e Refúgio Biológico Bela Vista, situadas em Foz do Iguaçu, junto à Usina Hidrelétrica de Itaipu, ocorre através de atividades lúdico-educativas com temáticas socioambientais, focadas no público escolar e na comunidade da região. O objetivo é construir com a escola e a comunidade uma relação enriquecedora e continuada, originando sentimentos de pertencimento e de proximidade, fazendo destes espaços, locais de novas aprendizagens e cons- Itaipu mostra que outra empresa é possível: o programa de Itaipu Binacional Cultivando Água Boa possui um significado que transcende a empresa e mesmo o Brasil. Com este projeto, mostra que um novo paradigma de relação entre uma grande empresa, a natureza e a cidadania é possível...” Leonardo Boff, da Comissão da Carta da Terra trução de valores, conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para o cuidado com o meio ambiente e para a qualidade de vida. Grupo comunidade Crescer — GCC — crianças e adultos da comunidade de entorno do Ecomuseu. Escolas no Ecomuseu e Escolas no Refúgio. Amigos do Refúgio — crianças e adultos da comunidade de entorno do RBV. Jovem Jardineiro. Planejamento conjunto, avaliação e encaminhamentos das ações educativas. Visitas técnicas para integração e vivência com os demais projetos do Programa Cultivando Água Boa. Atividades formativas — palestras, oficinas, diálogos e participação em eventos. Elaboração de materiais informativos/educativos e de divulgação. Intervenções educativas para adoção e/ou mudança de atitudes no dia-a-dia. Colônia de férias com dependentes dos/as empregados/as. Educadores da Rede Corporativa em visita técnica aos projetos do CAB na BP3 Educação Ambiental no Ecomuseu - Grupo Comunidade Crescer Educação Ambinetal no Ecomuseu - comunidade de entorno Educação Ambiental no RBV - Trilha Educação Ambiental no RBV - Trilha dos Sentidos Oficina de cartões Carta da Terra 9 10 | Informativo Cultivando Água Boa www.itaipu.gov.br/aguaboa Educomunicação Socioambiental O Programa de EA de Itaipu utiliza os meios e técnicas de comunicação, para socializar e permitir a expressão de saberes, experiências, visões de mundo e atitudes comunitárias, coletivas e individuais, que almejam a sustentabilidade. Nesse processo, que é transversal a todas as ações do Programa, também são produzidos/elaborados materiais impressos e documentos com a comunidade e publicados documentos planetários com o objetivo de torná-los conhecidos e utilizá-los como instrumento de Tratado de Educação Ambiental ...A grande conquista da Itaipu Binacional tem sido reconhecer a conexão fundamental entre água e vida e implementar esta realização na prática diária de gestão cuidadosa da água...” Fritjof Capra, Fundador do Center for Ecoliteracy, Califórnia (EUA) diálogos, reflexões e práticas nas ações educativas e cotidianas. Caderno “Receitas Saudáveis das Merendeiras da BP3”. Dos meios de produção à proteção da biodiversidade Gestão por Bacias Hidrográficas Cartas dos Pactos das Águas. Livro “Círculos de Aprendizagem para a Sustentabilidade”. Coleta Solidária “A Carta da Terra”. “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”. Circuito Tela Verde no RBV - estímulo à educomunicação Prêmios de Educação Ambiental (Ensino Fundamental, Médio e Superior). Carta Pacto das Águas Crianças com a Cartilha Mundo Orgânico Ações do Cultivando Água Boa: mudanças de valores para a sustentabilidade SER / SENTIR Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br VIVER CONSUMIR Fundamentada nas diretrizes do Programa de Educação Ambiental, cujas ações permeiam os programas do Cultivando Água Boa, a Itaipu Binacional vai além das ações que tratam as questões legais para mitigação e controle dos impactos ambientais. Seus programas estão alinhados às necessárias mudanças de valores e atitudes das pessoas, em seus modos de ser/sentir, viver, produzir e consumir, tendo a qualidade e a quantidade de água como um de seus propósitos fundamentais. Sem água não existe vida! PRODUZIR O Programa Gestão por Bacias gera benefícios diretos e indiretos para toda a população da BP3 e demais usuários dos seus recursos hídricos: agricultores e suas organizações, órgãos públicos da esfera municipal, estadual e federal, instituições de ensino superior, indústrias, empresas de saneamento básico, organizações não governamentais, entre outros. Dentre os resultados alcançados até o momento estão quase 4 mil hectares de áreas agrícolas terraceadas e mais de 300 quilômetros de estradas rurais readequadas. Ainda com relação ao sistema viário rural, foi implementado o cascalhamento em cerca de 200 quilômetros de extensão. Para o isolamento das áreas de matas ciliares foram construídos aproximadamente 500 quilômetros de cercas, contribuindo, assim, com a proteção e restauração de florestas nativas. Quanto às medidas de saneamento rural do programa, foram instalados 94 abastecedouros comunitários, o que evita o abastecimento de pulverizadores agrícolas diretamente nos cursos d’água e, conseqüentemente, a sua contaminação por agrotóxicos. Também foram doados 85 distribuidores de dejetos, que por sua vez possibilitam a destinação adequada de dejetos orgânicos em áreas de lavoura e de pastagem, contribuindo para reduzir o risco de contaminação dos recursos hídricos. Projeto que beneficia cerca de 600 pessoas, mas que pretende aumentar muito esse número. Catadores que antes ganhavam de 120 a 180 reais passaram a faturar, por meio de empreendimento solidário, até 700 reais mensais. Somente no município de Foz do Iguaçu são nove barracões onde os catadores da Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz de Iguaçu (COAAFI) recolhem mais de 240 toneladas de materiais recicláveis por mês e alcançam uma renda entre 350 e 500 reais por cooperado. Além de fabricar e distribuir gratuitamente aos carrinheiros sua ferramenta de trabalho, foram distribuídos uniformes aos catadores e disponibilizados Centros de Triagem equipados com prensas e balanças, proporcionando às cooperativas e associações de catadores ganhos substanciais. Hoje, 13 municípios contam com Centros de Triagem. Agora o projeto está em nova fase. A Itaipu Binacional desenvolveu um veículo elétrico especial para catadores. Equipado com duas baterias de 12V, com tempo de recarga de seis horas, o carrinho pode transportar até 300 quilos de carga, com autonomia de, no mínimo, 30 quilômetros por dia. O gasto com energia elétrica é de apenas R$ 7,50 por mês, o que permite aos catadores trabalhar com menos esforço e obter mais renda, pois o equipamento é de fácil operação e baixo custo de manutenção. Sustentabilidade das Comunidades Indígenas Projeto que hoje atende a cerca de 1.100 indígenas de 205 famílias distribuídas em três comunidades: Tekoha Ocoy, no município de São Miguel do Iguaçu, e Tekoha Añetete e Tekoha Itamarã, ambas no município de Diamante do Oeste. Os resultados abrangem vários ramos de atividades: da produção ao lazer, da educação à religiosidade. Destacam- se ainda a implementação do artesanato em escala comercial, viabilizado por meio de cursos e construção de local apropriado; fortalecimento da atividade agropecuária; tratamento de doenças e vacinação; construção de 60 casas e instalação de 40 tanques-redes que produzem 12 toneladas de peixe por ano. 11 12 | Informativo Cultivando Água Boa www.itaipu.gov.br/aguaboa Biodiversidade, Nosso Patrimônio Plantas Medicinais Projeto que trabalha pela manutenção e melhoria da variedade genética da flora e da fauna silvestre regional e sua perpetuação, mediante ações de investigação, desenvolvimento e reprodução de espécies. Com o plantio de mais de 24 milhões de árvores, preservação de espécies e formação de refúgios, foi possível implementar o Corredor de Biodiversidade Santa Maria, que une o Par- que Nacional do Iguaçu, no Paraná, ao bioma da Ilha Grande, no Mato Grosso do Sul, por meio da faixa de proteção do reservatório. O programa de Biodiversidade inclui ainda inúmeras pesquisas desenvolvidas no Refúgio Biológico Bela Vista e no Canal da Piracema, que permite a migração de peixes pelo rio Paraná, vencendo desnível de mais de 120 metros da barragem da usina. Aquicultura e Pesca A Itaipu Binacional trabalha com cultivo, a pesquisa e educação no campo das plantas medicinais desde 1996, realizando ações em parceria com a Associação Centro Integrado de Educação, Natureza e Saúde (Aciens), especialmente destinadas à prevenção de doenças e educação alimentar para as comunidades da BP3. Desde o início do projeto foram implantadas 120 hortas medicinais em escolas, bairros, igrejas, pastorais, assentamentos e comunidades indígenas, com mais de 120 mil mudas produzidas no ervanário criado pela Itaipu no Refúgio Biológico Bela Vista. A infra-estrutura conta com unidades de secagem e estrutura completa para produção de fitoterápicos, o que possibilitou, por exemplo, fornecer a produção de ervas para os chás consumidos nas dependências da Itaipu. As atividades educativas, de distribuição de mudas e de produtos prontos para o consumo vêm beneficiando principalmente agentes de saúde, quilombolas, comunidades indígenas, pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), pastorais da saúde, moradores do entorno do Refúgio Biológico e de toda região da BP3. O projeto também atuou na capacitação de merendeiras, profissionais de saúde e representantes comunitários de toda a região. Jovem Jardineiro O Brasil tem um potencial pesqueiro como poucos países do mundo, pela quantidade de águas marítimas e continentais, entre elas os reservatórios de hidrelétricas, como o da Itaipu. Pensando nisso, a Itaipu criou um programa para atender especialmente à população de pescadores residentes na área do reservatório, que saltou de 200, da época da construção da usina, para mais de 700 nos dias de hoje, a que se somam 130 famílias com mais de 600 índios. O programa Mais Peixes em Nossas Águas, além de fortalecer a atividade da pesca, fomenta a aquicultura por meio do cultivo sustentável no sistema de tanque-rede. Inicialmente foram licenciados junto ao Ibama 63 pontos de pesca situados entre Foz do Iguaçu e Guaíra, instalados 595 tanques-rede, distribuídos alevinos, sempre com orientação técnica. As iniciativas do projeto também contemplam a capacitação no curtimento artesanal de couro de peixe, a aquisição de um equipamento ADCP, para medição de vazão (informação necessária para precisar a capacidade de suporte de cada braço do reservatório), a demarcação e o licenciamento de três parques aquícolas (que juntos têm o potencial para produzir mais de 6 mil toneladas por ano). Após a emissão do licenciamento desses parques, os primeiros do país, a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República realizou licitação pública em que 72 pescadores, assentados e indígenas foram contemplados com lotes. O projeto Jovem Jardineiro tem o objetivo de atender a adolescentes de famílias de baixa renda, de ambos os sexos, de 16 a 18 anos incompletos, residentes em Foz do Iguaçu e em situação de risco social. A idéia é oferecer formação profissional em jardinagem articulada com a melhoria da qualidade de vida e à educação ambiental. A proposta do projeto é contribuir para a inserção social e cultural dos jovens de for- ma que possam construir uma perspectiva de vida mais digna. Desde sua implantação, o projeto já promoveu a capacitação de 220 jovens. Atualmente, outros 20 estão fazendo o curso, com duração de um ano. Além de beneficiar diretamente o participante, o programa também tem reflexo na renda familiar, pois os adolescentes são remunerados, têm atendimento à saúde e recebem alimentação. Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br Apoio ao Turismo Rural O programa busca alternativas para o espaço rural no roteiro turístico ecológico, capacitando agentes locais e agricultores, criando roteiros e incluindo as comunidades locais em atividades como as Caminhadas na Natureza, que já tiveram sete edições, reunindo mais de 6.700 pessoas. Para desenvolver o turismo rural no Oeste do Paraná, a Itaipu mantém uma parceria com a Universidade de Pisa (Unipi), Itália, notável especialista do ramo na Europa e responsáveis por diversos estudos que ajudaram a incrementar o turismo rural na região italiana de Toscana. Segundo os especialistas da Unipi, que visitaram o Oeste Paranaense em dezembro de 2008, a região tem enorme potencial para o desenvolvimento do turismo rural, por suas riquezas naturais, pela cultura trazida pela colonização européia e pela presença de tribos indígenas. Dessa forma, Itaipu pretende contribuir para gerar novas oportunidades de renda no campo, além de incrementar os atrativos turísticos da região da Tríplice Fronteira, já consagrada pelas presenças das Cataratas do Iguaçu e da própria hidrelétrica. Monitoramento e Avaliação Ambiental Rural Tem como papel informar, por meio de parâmetros e indicadores tanto do reservatório como de seu entorno, a qualidade do ambiente, e orientar as ações de correção de passivos ambientais nas microbacias. A rede de monitoramento conta com 43 estações verificadoras da qualidade da água, estações sedimentométricas, climáticas e hidrológicas ao longo do reservatório e seus afluentes. A rede é complementada pelo monitoramento participativo de avaliação da qualidade da água, realizado pelos chamados Agentes das Águas, voluntários. Até o momento foram criados sete grupos de agentes comunitários, que monitoram os rios Sabiá e Xaxim em Matelândia e Céu Azul, rios Toledo e Lopeí em Toledo, Sanga Funda e rio Ouro no município de Ouro Verde do Oeste, rio Tucano e Guavirova em Santa Terezinha de Itaipu e rio São João e Buriti em Itaipulândia. Desenvolvimento Rural Sustentável Agricultura Familiar Diversificação da Produção Proporciona às famílias do campo, principalmente em assentamentos da reforma agrária, apoio à sustentabilidade de pequenas propriedades rurais, com fomento, capacitação, desenvolvimento tecnológico e agroindustrialização. Projeto de investigação, desenvolvimento e apoio técnico na busca por alternativas de produção em pequenas propriedades rurais, que ampliam as oportunidades de geração de renda e promovem a sustentabilidade. Hoje, se destaca a implantação de nove agroindústrias na região, dentre as quais a de apicultura, organizada e credenciada para atender inclusive ao mercado internacional. Um dos resultados mais expressivos do programa é que, entre 2003 e 2008, mais de 7.000 produtores rurais da região aderiram a algum tipo de produção alternativa. Agricultura Orgânica Incentiva a produção de alimentos naturais, sem a utilização de insumos químicos, inseticidas ou herbicidas, de maneira que evitem a contaminação de rios e solos, oferecendo produtos saudáveis e de qualidade para a população, inclusive na merenda escolar. Hoje, cerca de mil famílias da região da Bacia do Paraná 3 aderiram ao modo de produção orgânico, sendo 700 já certificadas e 300 em fase de conversão de suas propriedades. Assistência Técnica e Extensão Rural Oferece capacitação técnica e metodológica a pequenos produtores rurais e consolida uma rede de assistência para a difusão da práticas sustentáveis da agroecologia. Atualmente, 25 assessores técnicos e 40 agricultores agentes de extensão garantem orientações a cerca de 1.000 agricultores da BP3. 13 14 | Informativo Cultivando Água Boa www.itaipu.gov.br/aguaboa Informativo Cultivando Água Boa | www.itaipu.gov.br Outras ações em interface com o Cultivando Água Boa PTI: difusão de tecnologias para a região trinacional Em 2003, a Itaipu Binacional deu um importante passo para a produção e difusão do conhecimento científico e para o desenvolvimento socioambiental da região trinacional (fronteiras de Brasil, Paraguai e Argentina) com a criação do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Instalado nos barracões que serviram de alojamento para os operários que trabalharam na construção da barragem, o PTI se diferencia de outros parques tecnológicos, que costumam ser condomínios high-tech, por trabalhar com educação em todos os níveis: da alfabetização à pós-graduação. Hoje, o PTI abriga projetos como a Universidade Aberta do Brasil (ensino à distância), o Centro Internacional de Hidroinformática, o Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb), Laboratório do Procel, o Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata, o Programa de Tecnologia do Artesanato Ñandeva e o Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos (Lasse), entre outros. Centro Internacional de Hidroinformática (CIH) As ferramentas de gestão de microbacias criadas pela Itaipu chamaram a atenção da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), responsável pelo Programa Hidrológico Internacional (PHI) e principal iniciativa mundial voltada à água. Está presente em todos os continentes, com o objetivo de proteger e melhorar as condições ambientais, sociais e econômicas das bacias hidrográficas. Assim nasceu o Centro Internacional de Hidroinformática (CIH) no Parque Tecnológico Itaipu, com a missão de apoiar e representar o Programa Hidrológico Internacional criando soluções e divulgando as ferramentas e melhores práticas de gestão dos recursos hídricos, para usos locais e internacionais. Uma dessas soluções é o Sig@Livre, um software livre que gerencia o Cadastro Técnico Multifinalitário – um amplo conjunto de dados sobre propriedades rurais. O programa, desenvolvido pela Itaipu em 2004, fornece um raio-X de cada propriedade de uma microbacia. Plataforma Itaipu de Energias Renováveis A Plataforma Itaipu de Energias Renováveis é uma iniciativa da Itaipu Binacional para proporcionar um ambiente favorável ao desenvolvimento de fontes renováveis de energia, como a hidrelétrica de pequeno porte, a eólica, a solar e a biomassa. De modo especial, por produzir fortes impactos nas águas do reservatório da Itaipu, recebem prioridade as fontes de biomassa residual encontradas nas atividades agropecuárias e do saneamento urbano. A geração de energia a partir da biomassa, basicamente, consiste em aproveitar o gás metano liberado da matéria orgânica em decomposição para movimentar motogeradores capazes de suprir a demanda energética de uma propriedade rural por completo ou, ao menos, abastecê-la durante o horário de ponta, quando os custos da energia são mais caros. Para demonstrar a viabilidade técnica e econômica desse tipo de geração, a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis estabeleceu um conjunto de unidades de demonstração espalhadas pela Bacia do Paraná 3: - Granja Colombari (produção de suínos), em São Miguel do Iguaçu; - Fazenda Starmilk (produção leiteira), em Vera Cruz do Oeste; - Cooperativa Lar (suinocultura), em Itaipulândia; - Cooperativa Lar (frigorífico de aves), em Céu Azul; - Estação de Tratamento Ouro Verde (Sanepar), em Foz do Iguaçu. Veículo elétrico: o transporte do futuro A preocupação da Itaipu com o meio ambiente também se reflete na pesquisa de novas tecnologias para os meios de transporte, como no Projeto Veículo Elétrico (VE), que é resultado de um acordo de cooperação tecnológica firmado entre a Itaipu e a KWO (Kraftwerke Oberhasli AG), companhia suíça que controla nove usinas hidrelétricas na região dos Alpes. As duas empresas decidiram somar esforços para tornar técnica e economicamente viável a utilização de veículos não poluentes, movidos a eletricidade. Para garantir o sucesso dessa empreitada, a Itaipu e a KWO buscaram parcerias de peso, como a Fiat, que adaptou o modelo Palio Weekend para os testes realizados no projeto; a WEG, que vem contribuindo com as pesquisas de aperfeiçoamento de motores elétricos; e a MES-DEA, fabricante de componentes automotivos (entre eles a bateria Zebra, empregada nos protótipos). A Eletrobrás também é uma importante parceira, por conta das ações que desenvolve na área de conservação de energia, preservação do meio ambiente, pesquisa e tecnologia. A empresa aderiu ao projeto e atraiu consigo concessionárias do setor elétrico como a Copel, a Cemig e a Cepel, que hoje já empregam veículos elétricos desenvolvidos no projeto em suas frotas, auxiliando na realização dos testes de desempenho. Além disso, a Eletrobrás investiu junto com a Itaipu nas obras de infra-estrutura, possibilitando a criação do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos (CPDM-VE), localizado dentro da usina. Unila nova universidade tem foco na integração latino-americana A cidade de Foz do Iguaçu, localizada na tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), foi escolhida para abrigar uma das mais importantes iniciativas do governo brasileiro para estreitar relações com os demais países da América Latina: a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), uma instituição de ensino superior bilíngüe (português e espanhol), com ensino, pesquisa e extensão em ciências e humanidades, em áreas consideradas prioritárias para a integração do continente. A Itaipu Binacional vem participando ativamente da comissão de instalação da nova universidade. A empresa doou 40 hectares para a construção do campus, que deverá estar concluído em 2011. As aulas, no entanto, deverão começar no segundo semestre deste ano, nas dependências do Parque Tecnológico Itaipu. Quando estiver totalmente implantada, no prazo de quatro anos, a Unila deverá abrigar 500 professores e 10 mil alunos (ambos na proporção de 50% para o Brasil e 50% para os outros países latinoamericanos). A princípio, serão 20 cursos, nas áreas de energia, meio ambiente, história, gestão, cultura, línguas, cinema, entre outros. Será uma proposta inovadora que permitirá a integração dos cursos, de forma que os conhecimentos possam estar relacionados por áreas afins. 15 16 | Informativo Cultivando Água Boa www.itaipu.gov.br/aguaboa Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata Lançamento do Centro de Saberes na Universidade Nacional de Assunção, com a presença do presidente Lugo O Centro de Saberes é uma parceria da Itaipu com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata (CIC). Criado em 2006, é um espaço destinado à valorização dos diferentes saberes (científicos, populares, ancestrais), que conta com a participação de governos, sociedade civil, academias e representantes das nações indígenas dos cinco países da Bacia do Prata (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai). Essa união de saberes é o o ponto de partida para trabalhar questões socioambientais globais, regionais e locais vividas na região. Sediado no Parque Tecnológico Itaipu, o Centro segue cinco princípios: a água como tema integrador; a Bacia do Prata como território operacional; o pensamento ambiental como marco conceitual das ações; a educação ambiental como elemento capaz de mobilizar a sociedade; e a construção coletiva de conhecimentos, ações e organização. A metodologia é fundamentada nos Círculos de Aprendizagem Permanente (CAPs). Em 2009, o Centro inaugura uma nova etapa de processos de educação socioambiental que passam a ser realizados nos cinco países da Bacia do Prata, consolidando o compromisso com a sustentabilidade. No segundo semestre, ocorrerão os encontros nacionais na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, deflagrando os Processos Formativos dos Círculos de Aprendizagem Permanente III, que envolverão cerca de 200 educadores e educadoras ambientais da Bacia. Ainda em 2009, ocorrerão também seminários nacionais que irradiarão as ações do Centro para novos públicos em torno de paradigmas inovadores como a Cultura da Água, a Educação Socioambiental como Mobilizador Social, a Economia Ecológica e a Ecologia Política, e o Território da Bacia do Prata. Diálogos de Economia Ecológica e Ecologia Política, em Foz do Iguaçu. Encontro de formação dos Círculos de Aprendizagem Permanente (CAP), em Foz. ITAIPU BINACIONAL Diretor Geral Brasileiro: Jorge Miguel Samek Diretor de Coordenação e Meio Ambiente: Nelton Miguel Friedrich Superintendentes: Newton Kaminski (Obras), Jair Kotz (Meio Ambiente) e João Carlo A. Braga (Planejamento e Coordenação) Gerente Executivo do Cultivando Água Boa: Odacir Fiorentin Assessoria de Comunicação da Dir. de Coord.: Rodrigo Ramos Regio Redação: Romeu de Bruns Neto e Juvêncio Mazzarollo Fotografias: Caio Coronel, Adenésio Zanella, Alexandre Marchetti, Daniel De Granville, Daniel Snege, Arquivo DC e stock.xchng Diretoria de Coordenação Av. Tancredo Neves, 6.731 Foz do Iguaçu – PR - CEP 85.866-900 Fone (45) 3520-5724 | Fax (45) 3520-6998 E-mail: [email protected] Divisão de Educação Ambiental Fone (45) 3520-5879 | Fax (45) 3520-5808 E-mail: [email protected] w w w. i t a i p u . g o v. b r