Norma Técnica Interna SABESP
NTS 063
VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERRO
FUNDIDO NODULAR
Especificação e Método de Ensaio
São Paulo
Revisão 1 - Novembro 2000
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
Norma Técnica Interna SABESP
SUMÁRIO
1 OBJETIVO.......................................................................................................................... 1
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ......................................................................................... 1
3 DEFINIÇÕES...................................................................................................................... 1
4 CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................. 2
4.1 Tipo de extremidade...................................................................................................... 2
4.2 Distância entre faces..................................................................................................... 2
4.3 Tipo de acionamento..................................................................................................... 2
5 REQUISITOS GERAIS....................................................................................................... 2
5.1 Marcações ...................................................................................................................... 2
5.2 Operação ........................................................................................................................ 2
5.3 Pressão e temperatura de trabalho............................................................................. 2
5.4 Passagem da válvula..................................................................................................... 2
5.5 Entrega............................................................................................................................ 2
5.6 Intercambiabilidade....................................................................................................... 2
5.7 Reposição....................................................................................................................... 3
6 REQUISITOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 3
6.1 Materiais ......................................................................................................................... 3
6.2 Características construtivas ........................................................................................ 3
7 ENSAIOS PARA VÁLVULA DE GAVETA........................................................................ 5
7.1 Ensaio Hidrostático....................................................................................................... 5
7.2 Ensaio de protótipo....................................................................................................... 6
7.3 Ensaios de recebimento ............................................................................................... 7
7.4 Torque de manobra....................................................................................................... 7
8 INSPEÇÃO......................................................................................................................... 7
8.1 Inspeção por amostragem ........................................................................................... 8
8.2 Aceitação ........................................................................................................................ 8
ANEXO A............................................................................................................................... 9
ANEXO B............................................................................................................................. 10
29/11/2000
Norma Técnica Interna SABESP
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERRO FUNDIDO NODULAR
1 OBJETIVO
Estabelecer os tipos, dimensões,
tolerâncias e exigências mínimas para o
fornecimento à Sabesp de válvulas com
obturador do tipo gaveta, com carcaça
de ferro fundido nodular, com haste não
ascendente, para uso geral no bloqueio
de fluxo de água.
Esta norma se aplica a válvulas de
pressão nominal PN 16, com corpo
chato para os diâmetros DN 50, 60, 75,
80, 100, 125, 150 e 200; e corpo oval
para os diâmetros nominais DN 250 e
300.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Esta norma é uma revisão do documento
normativo 0100-052-S5/R.1 de 30 de
dezembro de 1981, substituindo-o para
uso interno da companhia.
São
utilizados
elementos
dos
documentos normativos listados a
seguir, que devem ser considerados em
suas versões mais recentes sempre que
necessário e conforme citados no texto.
NTS 036 – Qualificação de produtos e
materiais para revestimento
ABNT – EB-362 – Sistema de
classificação de materiais elastoméricos
vulcanizados para aplicações gerais
NBR 5425 (antiga ABNT NB-309/01) –
Guia para inspeção por amostragem no
controle e certificação da qualidade
NBR 5426 – Planos de amostragem e
procedimentos na inspeção por atributos
NBR 5647 – Tubos de PVC rígido para
adutoras e redes de água
NBR 5668 – Rosca métrica trapezoidal –
ISO
NBR 6916 (antiga ABNT-P-EB-585) –
Ferro fundido nodular ou ferro fundido
com grafita esferoidal
NBR 7674 – Junta elástica para tubos e
conexões de ferro fundido dúctil
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NBR 7675 – Conexões de ferro fundido
dúctil
ASTM B161 - Standard Specification for
Nickel Seamless Pipe and Tube
NBR 10285 – Válvulas - Terminologia
NBR 12430 - Válvula-gaveta de ferro
fundido nodular
NBR 13747 – Junta elástica para tubos e
conexões de ferro fundido dúctil – Tipo
JE2GS
ISO 2531 – Ductile iron pipes, fitings and
accessories for pressure pipe-lines
ISO 5752 – Metal valves for use in
flanged pipe system, face to face and
centre to face dimensions
3 DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta norma, aplicam-se
as definições da norma NBR 10285, e as
abaixo relacionadas:
DEFOFO
Tubo plástico compatível com sistema
ponta e bolsa de ferro fundido.
Diâmetro nominal (DN)
É um número que serve para classificar
em dimensões os elementos de
tubulações, válvulas e acessórios, que
corresponde,
aproximadamente,
ao
diâmetro interno da válvula em
milímetros. O diâmetro nominal não deve
ser objeto de medição, nem ser utilizado
para cálculos.
Pressão nominal (PN)
É a máxima pressão, especificada em
bar, a que as válvulas e demais
elementos de tubulações podem ser
submetidos em serviço contínuo, nas
condições de temperatura de operação.
Pressão de trabalho (P)
É a máxima pressão na qual a válvula
pode ser utilizada.
Pressão de ensaio (Pt)
É a pressão na qual as válvulas devem
ser ensaiadas.
1
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
Válvulas com Qualificação
São as válvulas que possuem o
certificado de qualificação técnica da
Sabesp.
4 CLASSIFICAÇÃO
Para os efeitos desta norma, as válvulas
de gaveta podem ser classificadas
quanto ao tipo de extremidades,
distância entre faces e tipo de
acionamento.
4.1 Tipo de extremidade
Quanto ao tipo de extremidade, as
válvulas de gaveta classificam-se em:
a) Válvulas com bolsas para tubulações
de ferro fundido ou PVC DEFOFO;
b) Válvulas com bolsas para tubulações
de PVC;
c) Válvulas com flanges.
4.2 Distância entre faces
Quanto a distância entre faces, as
válvulas de gaveta classificam-se em:
a) Corpo curto (série 14 da norma ISO
5752);
b) Corpo longo (série 15 da norma ISO
5752).
4.3 Tipo de acionamento
Quanto ao tipo de acionamento, as
válvulas de gaveta classificam-se em:
Válvulas com acionamento através de
volante ou de cabeçote, com ou sem
mecanismo de redução.
Válvulas de acionamento comandado
através de sistemas eletromecânicos
hidráulicos ou pneumáticos.
5 REQUISITOS GERAIS
5.1 Marcações
As válvulas devem trazer marcado no
corpo, em alto relevo, o que segue:
- Diâmetro nominal (DN);
- Pressão nominal (PN);
- Designação internacional padronizada do ferro fundido nodular SG;
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Norma Técnica Interna SABESP
Nome ou marca de identificação do
fabricante da válvula e da fundição;
- Série métrica à qual pertence, chata
(MC) ou oval (MO).
Simbolização do ano de fabricação, e
código que permita no mínimo a
rastreabilidade do fundido.
-
5.2 Operação
O fechamento das válvulas deve se dar
quando a haste é girada no sentido
horário.
O fabricante deve indicar em sua
documentação o número de voltas a
efetuar para seu fechamento ou
abertura.
A concepção da válvula deve permitir a
adaptação
de
um
acionamento
comandado.
No volante devem constar setas
indicativas dos sentidos de abertura e
fechamento da válvula.
5.3 Pressão e temperatura de trabalho
A máxima temperatura de trabalho das
válvulas é de 60 ºC.
A máxima pressão de trabalho é de 1,6
MPa, para as válvulas operando com
fluidos a temperatura de até 60 ºC.
5.4 Passagem da válvula
As válvulas devem apresentar passagem
plena quando totalmente abertas.
5.5 Entrega
As válvulas devem ser entregues na
posição fechada, dispostas e embaladas
de modo a prevenir danos.
5.6 Intercambiabilidade
As peças componentes das válvulas
deverão ser intercambiáveis para um
mesmo fabricante e um mesmo
diâmetro. A intercambiabilidade deverá
persistir ao longo do tempo.
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5.7 Reposição
Os fabricantes deverão garantir estoque
para reposição de qualquer componente
da válvula.
6 REQUISITOS ESPECÍFICOS
6.1 Materiais
Os materiais empregados na fabricação
dos componentes das válvulas, devem
atender ao especificado na tabela 1.
Tabela 1 - Materiais
Nº DENOMINAÇÃO MATERIAL
01
02
03
04
05
04
06
07
08
09
10
11
12
13
14
Corpo
Tampa
Câmara da gaxeta
Obturador (cunha)
Preme gaxeta
Cunha maciça
Anel da cunha
Anel do corpo
Porca de manobra
Haste (incluindo o
anel)
Parafuso e porca
do corpo
Parafuso do preme
gaxeta
Ferro fundido com
grafita
esferoidal
(nodular) FE-42012
da NBR 6916
Bronze fundido liga
10 da ABNT EB-161
(ASTM B-62)
Aço inoxidável – AISI
– 410 (ABNT-410)
Aço carbono ABNT
1020:
galvanizado
por imersão conf.
ASTM A 153 grau C
Anel de borracha
sintética grafitada
Gaxeta
Cordão de amianto
grafitado
trançado
Teflon
Junta de câmara Elastômero ABNT –
de gaxeta
EB 362 ou ASTM D
2000 4AA 610 A 13
Junta do corpo
B 13 e A 14
6.2 Características construtivas
6.2.1 Obturador e anéis de vedação
O obturador da válvula (cunha ou
gaveta) e os seus anéis de vedação
podem ser de materiais fundidos,
forjados ou laminados. Os obturadores
das válvulas de diâmetros DN 50, 60 e
75 devem ser maciços.
O
obturador
deve
ser
guiado
lateralmente, e as superfícies metálicas
de vedação devem ser retificadas de
modo a permitir um perfeito contato. O
ajuste do obturador com os anéis deve
ser tal que permita vedação com
desgaste homogêneo das superfícies.
Os anéis de vedação devem ser fixados
ao corpo através de processos de
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prensagem,
martelagem
ou
rosqueamento.
6.2.2 Haste
A haste deve ser do tipo não
ascendente, fabricada em uma única
peça, com a superfície de contato com a
gaxeta usinada, com acabamento
superficial adequado ao tipo de
engaxetamento empregado.
O diâmetro mínimo da haste deve ser
conforme a tabela 2, medido na parte
cilíndrica lisa.
Tabela 2 - Diâmetro de haste (da)
DN (mm)
50
60
75
80
100
125
150
200
250
300
Série
métrica
Chata
Chata
Chata
Chata
Chata
Chata
Chata
Chata
Oval
Oval
da (mm)
18
18
21
21
21
24
24
27
36,5
42,5
A rosca da haste deve ser trapezoidal,
tipo ACME, conforme a NBR 5868, com
diâmetro
nominal
equivalente
ao
diâmetro mínimo indicado na tabela 2,
com folga suficiente para permitir fácil
abertura quando submetida à pressão de
trabalho.
No ato de entrega das válvulas, devem
ser fornecidas as características das
roscas das hastes e dos parafusos
utilizados.
6.2.3 Porca de manobra
A porca de manobra deve acoplar-se ao
obturador com um certo grau de
liberdade, de modo a permitir que este
se ajuste perfeitamente à sede. Este
acoplamento não deve permitir, no
entanto, que o obturador se solte da
porca.
A porca de manobra deve ter altura
mínima de 1,5 vezes o diâmetro da
haste.
3
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
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6.2.4 Câmara de gaxeta
A câmara de gaxeta deve apresentar
profundidade suficiente para permitir
estanqueidade e possibilitar reaperto,
quando
for
necessário.
Essa
profundidade deve ser, no mínimo, igual
a 1,5 vezes o diâmetro da haste.
6.2.5 Preme gaxeta
A altura útil do preme gaxeta deve ser no
mínimo igual a 1,5 vezes o diâmetro da
haste.
6.2.6 Volante e cabeçote
Os volantes e cabeçotes ilustrados na
figura 1 devem ter as dimensões E, F e
G dadas na tabela 3.
6.2.7 Válvula com flanges
A distância entre as faces dos flanges
deve ser conforme a tabela 4.
As dimensões e tolerâncias dos flanges
devem ser conforme a norma NBR 7675.
Para os DN 60, 80 e 125 devem ser
conforme a norma ISO 2531.
As faces dos flanges devem estar
contidas em planos perpendiculares ao
eixo longitudinal da válvula.
Devem ser fornecidos junto com as
válvulas
todos
os
acessórios
necessários para sua montagem, tais
como: vedações, parafusos, porcas e
arruelas.
E
Tabela 4 – Distância entre as faces dos
flanges (L)
G
DN
(mm)
F
B
G
C
A
E
50
60
L (mm)
CHATA
OVAL
150 ±2
150 ±2
75
180 ±2
-
80
100
180 ±2
190 ±2
-
125
200 ±2
-
150
200
-
250
210 ±2
230 ±2
-
450 ±2
300
-
500 ±3
F
A = 27mm
B = 32 mm
C = 50 mm
Figura 1 – Volante e cabeçote
Tabela 3 - Dimensões de encaixe do
volante e do cabeçote
DN
DIMENSÕES (mm)
(mm)
E
F
G
50
60
75
80
100
125
150
200
250
300
4
12
12
15
15
15
15
15
17
26
30
14
14
18
18
18
18
18
20
31
36
23
23
28
28
28
28
28
30
45
55
6.2.8 Válvula com Bolsas
As dimensões das bolsas devem
obedecer às normas ABNT NBR 7674 e
NBR 13747, para tubulações de ferro
fundido, e NBR 5647 para tubulações de
PVC rígido.
6.2.9 Torque de manobra
O torque a ser aplicado na haste da
válvula para a sua abertura, estando a
válvula totalmente fechada e a gaveta
sob pressão diferencial igual à pressão
máxima de trabalho, não pode atingir
valores superiores aos indicados na
tabela 5.
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Tabela 5 - Torque máximo de manobra (T)
DN (mm)
50
60
75
80
100
125
150
200
250
300
T (N x m)
60
75
75
75
100
125
150
200
250
300
A força máxima para abertura da válvula,
a ser aplicada no volante, deve ser de
400 N. A gaveta deve estar na posição
fechada e sob pressão diferencial igual à
pressão de trabalho.
6.2.10 Espessuras mínimas de parede
As espessuras mínimas de parede do
corpo e da tampa da válvula devem ser
conforme especificado na tabela 6.
Tabela 6 - Espessura mínima de parede
do corpo e da tampa (e)
ESPESSURA MÍNIMA (e) ( mm)
DN (mm)
50
60
75
80
100
125
150
200
250
300
Série métrica Série métrica
chata
oval
6,0
6,0
7,0
7,0
7,0
10,0
10,0
11,0
10,0
11,0
6.2.11 Pintura
A pintura das válvulas deve ser
executada com os materiais descritos a
seguir:
♦ Pintura interna:
Tinta epoxi amida de alta espessura.
Exige-se certificado de atoxicidade para
contato com a água potável.
Espessura: 150µm medida na película
seca, aplicada em duas demãos de
75µm.
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♦ Pintura externa:
A pintura externa deve-se constituir das
mesmas tintas e camadas descritas para
a pintura interna.
A qualificação do sistema de pintura
deve ser conforme a norma NTS 036.
7
ENSAIOS
GAVETA
PARA
VÁLVULA
DE
7.1 Ensaio Hidrostático
Todas as válvulas devem ser ensaiadas
pelo fabricante com água, nas pressões
indicadas na tabela 7.
Tabela 7 - Pressões de ensaio hidrostático
Diâmetro
Nominal DN
50 a 200
(chata)
250 a 300
(oval)
Pressão
de
trabalho
(MPa)
1,6
Pressão de ensaio
(MPa)
Corpo
Sede
2,4
1,6
As pressões do ensaio hidrostático
devem ser atingidas gradativamente,
não sendo admitida a presença de ar no
interior da válvula durante o ensaio.
A duração mínima do ensaio do corpo e
da sede deve ser conforme a tabela 8.
Tabela 8 - Duração mínima dos ensaios
DN (mm)
50 – 75
100 – 150
200 – 300
Corpo (seg.)
30
60
120
Sede (seg.)
30
60
120
7.1.1 Ensaio hidrostático do corpo
O ensaio hidrostático do corpo deve ser
realizado antes da aplicação da pintura,
com as extremidades da válvula
fechadas e o obturador na posição
aberta.
Durante o ensaio não são admitidos
vazamentos ou exsudações.
5
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
7.1.2 Ensaio de estanqueidade da
sede
O ensaio de estanqueidade da sede
deve ser realizado após a aplicação da
pintura final da válvula.
Com a válvula presa por uma
extremidade e a outra aberta para
inspeção, aplicar a pressão estabelecida
na tabela 7 alternadamente em cada
lado da sede, não se admitindo a sua
prensagem.
A pressão deste ensaio deve ser
atingida gradativamente, sem nenhum
choque hidráulico, não sendo admitida a
presença de ar no interior da válvula
durante o ensaio.
Neste ensaio admite-se um vazamento
máximo de 0,4 mL/h x DN, considerando
DN como um número adimensional.
O torque de fechamento capaz de
garantir estanqueidade deve atingir, no
máximo, os valores fixados na tabela 5.
O torque de abertura deve atingir, no
máximo, os valores fixados na tabela 5,
estando a válvula sob pressão
diferencial igual à pressão máxima de
trabalho.
7.2 Ensaio de protótipo
O ensaio de protótipo deve ser realizado
para a qualificação da válvula e do seu
fabricante junto à Sabesp. Deve ser
realizado, no mínimo uma vez por ano,
ou sempre que for feita uma modificação
substancial na sua concepção, no seu
projeto ou no processo de fabricação,
por exemplo: forma dimensões e
tolerâncias do conjunto ou de qualquer
componente, supressão ou adição de
elementos constituintes da válvula,
modificações de materiais, de usinagem
e acabamento, do processo e máquinas
utilizadas na fabricação.
Os ensaios deverão ser feitos na
presença da Sabesp ou em laboratórios
por ela reconhecidos.
Assim
sendo,
o
certificado
de
qualificação será dado com base em um
desenho certificado entregue à Sabesp
para que se possam comprovar
6
Norma Técnica Interna SABESP
modificações posteriores, bem como nos
certificados e fornecedores das matérias
primas e das tintas.
O ensaio de protótipo consiste de:
a) ensaio de resistência ao uso;
b) ensaio hidrodinâmico.
7.2.1 Ensaio de resistência ao uso
A válvula deve ser projetada para
suportar o torque especificado na tabela
9, aplicado em sua haste, sem redutor.
Tabela 9 – Torque de resistência (TR)
DN (mm)
50
60
75
80
100
125
150
200
250
300
TR (N x m)
250
250
250
250
250
300
300
400
500
600
A válvula deve ser montada de maneira
a se aplicar na gaveta a pressão de
trabalho definida na tabela 7.
Aplicar progressivamente na haste da
válvula em posição de fechamento total,
o torque de ensaio de resistência dado
na tabela 9, de modo a verificar a
resistência das peças que compõem a
válvula.
Aplicar o mesmo torque em posição de
abertura total, neste caso, sem pressão.
Não será admitida nenhuma deformação
permanente na válvula ou em qualquer
componente desta.
Em seguida, realizar os ensaios
hidrostáticos (corpo e sede) conforme
especificado no item 7.1.
Para o ensaio de protótipo, não é
necessária a pintura da válvula.
Os vazamentos pela sede devem ser
inferiores ou no máximo iguais ao valor
definido no item 7.1.2.
7.2.2 Ensaio hidrodinâmico
Devem ser ensaiadas 3 válvulas para
cada diâmetro fabricado.
29/11/2000
Norma Técnica Interna SABESP
A válvula deve ser instalada em uma
tubulação que simule seu futuro
funcionamento, de forma que o eixo
longitudinal da haste permaneça na
vertical.
A vazão mínima de água através da
válvula deve ser conforme estabelecido
na tabela 10, estando a válvula aberta
sob pressão mínima de 80% da pressão
de trabalho.
Tabela 10 - Vazões mínimas para o ensaio
hidrodinâmico (Qh )
DN (mm)
Qh (l/s)
50
60
75
80
100
125
150
200
250
300
1,5
1,5
2,2
2,5
3,9
6,1
8,8
15,7
24,5
35,3
Exige-se neste ensaio a realização de
300 ciclos completos de abertura e
fechamento da válvula.
Na posição fechada, a válvula deve
suportar uma pressão diferencial na
gaveta igual à de trabalho. Na posição
aberta admite-se pressão mínima de
80% da pressão de trabalho.
Os torques de abertura e fechamento no
ensaio hidrodinâmico devem ser os
indicados pelo fabricante, e limitados aos
valores estabelecidos na tabela 5.
Durante todo o ensaio, não são
admitidos vazamentos ou exsudações,
rupturas de peças ou qualquer outro
defeito que comprometa o bom
desempenho da válvula.
O ensaio hidrodinâmico deve ser
interrompido após os 300 ciclos na
posição de válvula fechada para
verificação de vazamentos na sede.
Nesta
condição
admite-se
um
vazamento máximo de 10 mL/h x DN.
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7.3 Ensaios de recebimento
Para o recebimento das válvulas, devem
ser realizados os seguintes ensaios:
7.3.1 Válvulas com qualificação
- exame visual (sem aplicação de
pintura)
- exame dimensional
- ensaio hidrostático (corpo e sede)
conforme 7.1
- ensaio de pintura (aderência e
espessura da película seca de tinta)
7.3.2 Válvulas sem qualificação
- ensaio do protótipo conforme o item
7.2
- ensaios constantes no item 7.3.1
7.4 Torque de manobra
A critério da Sabesp, sempre que se
julgar necessário, será verificado o
torque de manobra.
O torque de manobra na haste da
válvula sem redutor pode atingir, no
máximo, os valores estabelecidos na
tabela 5, estando a válvula na posição
fechada e sob pressão diferencial igual à
pressão máxima de trabalho.
O volante deve ser dimensionado de
forma a possibilitar a manobra com uma
força máxima de 400 N, estando a
válvula na posição fechada e sob
pressão diferencial igual à pressão
máxima de trabalho.
8 INSPEÇÃO
Todos os lotes de válvulas compradas
de acordo com esta norma devem ser
inspecionadas pela Sabesp.
A inspeção deve ser realizada no local
de fabricação da válvula, a menos que
seja estabelecido de outra maneira.
O inspetor da Sabesp deve ter livre
acesso a todos os locais, documentos e
instrumentos relacionados com a
inspeção.
7
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
8.1 Inspeção por amostragem
Para lotes de até 25 unidades, a
inspeção será realizada em todas as
peças.
Para lotes maiores que 25 unidades a
inspeção será feita por amostragem
conforme estabelecido na tabela 11.
Cada lote deve ser constituído de
válvulas de um único diâmetro e tipo de
acionamento, fabricadas essencialmente
sob as mesmas condições e no mesmo
período.
Deve ser retirado do lote de válvulas
apresentado para a realização dos
ensaios previstos em 7.3.1 uma
quantidade definida pela tabela 11
(conforme NBR 5426 NQA 0,65 - Plano
simples normal - Nível II).
As válvulas a serem ensaiadas serão
escolhidas pela Sabesp.
Norma Técnica Interna SABESP
apresente não conformidades em
número igual ou inferior ao número de
aceitação estabelecido na tabela 11.
O lote deve ser rejeitado caso o número
de válvulas submetidas aos ensaios
apresente não conformidades em
número igual ou superior ao número de
rejeição estabelecido na tabela 11.
Tabela 11 - Amostragem
Lote
Amostra
Aceitar
Rejeitar
26 a 50
8
0
1
51 a 90
13
0
1
91 a 150
20
0
1
151 a 280
32
0
1
281 a 500
50
1
2
501 a 1200
80
1
2
1201 a 3200
125
2
3
3201 a 10000
200
3
4
8.2 Aceitação
O lote deve ser aceito caso o número de
válvulas submetidos aos ensaios
8
29/11/2000
Norma Técnica Interna SABESP
NTS 063 : 2000/ Revisão 1
ANEXO A
FOLHA DE DADOS
A Lista abaixo destina-se a orientar o devido preenchimento da descrição da válvula de
gaveta requerida no edital ou pedido de compra. Devem ser citados:
01. O número e título desta norma;
02. Diâmetro nominal;
03. Pressão nominal;
04. Tipo de extremidade: flange ou bolsa;
05. Tipo de acionamento: volante ou cabeçote;
06. Cor externa;
29/11/2000
NTS 063 : 2000 / Revisão 1
Norma Técnica Interna SABESP
ANEXO B
15
Pos.
Denominação
1 Corpo
2 Tampa
3 Câmara da gaxeta
4 Obturador (cunha ou gaveta)
5 Preme gaxeta
6 Anel de vedação do obturador
7 Anel de vedação do corpo
8 Porca de manobra
9 Haste
10 Parafuso e porca
11 Parafuso e porca do preme gaxeta
12 Gaxeta
13 Junta da câmara da gaxeta
14 Junta do corpo
15 Cabeçote
11
5
3
12
13
2
14
10
1
9
8
4
6
7
Desenho Ilustrativo
10
29/11/2000
Norma Técnica Interna SABESP
NTS 063 : 2000/ Revisão 1
VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERRO FUNDIDO NODULAR
Considerações finais:
1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo
ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários
devem ser enviados à Divisão de Normalização Técnica - TDSN;
2) Esta norma é uma revisão do documento normativo 0100-052-S5/R.1 de 30 de
dezembro de 1981,elaborada pela comissão de estudos CE-09 com base na
norma ABNT NBR 12430.
3) Tomaram parte na elaboração desta norma:
ÁREA
UNIDADE DE
TRABALHO
A
A
I
I
M
T
T
T
AGMM
AASM
IPO
IPOT
MPOD
TDP
TDSN
TSTE
29/11/2000
NOME
Luiz Jorge R. Almeida
Sílvio Bicudo Ortiz
Walter Jorge Michaluate
Oscar Tomio Sato
Gilberto Alves Martins
Alex Cury
Airton Checoni David
Marcos Wanderley Nóbrega
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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Diretoria Técnica e Meio Ambiente - T
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TD
Departamento de Serviços Tecnológicos e Acervo - TDS
Divisão de Normalização Técnica - TDSN
Rua Dr. Carlos Alberto do Espírito Santo, 105 - CEP 05429-100
São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (011) 3030-4839 / FAX: (011) 3030-4091
E-MAIL : [email protected]
- Palavras Chave:
- registro; válvula de gaveta; ferro fundido; ferro fundido dúctil
- 11 páginas
29/11/2000
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Norma Técnica Interna SABESP NTS 063