Ministério da Saúde S e c r e t a r i a d e C i ê n c i a , Te c n o l o g i a e I n s u m o s E s t r a t é g i c o s Departamento de Assistência Farmacêutica Os 10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica - PNAF José Miguel do Nascimento Júnior Dezembro de 2014 Agenda Objetivos Considerações Iniciais Panorama Geral da Avaliação Próximos Passos Agenda Objetivos Considerações Iniciais Panorama Geral da Avaliação Próximos Passos Objetivo A avaliação das ações realizadas pelo DAF/SCTIE/MS, quanto aos 10 anos da criação da PNAF, teve os seguintes objetivos Aprimorar políticas específicas na área da Assistência Farmacêutica, como a PNAF Verificar o cumprimento/atendimento das propostas apresentadas na 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF) Contribuir com a 15ª Conferência e com o fortalecimento princípios do SUS Agenda Objetivos Considerações Iniciais Panorama Geral da Avaliação Próximos Passos Marco Legal A PNAF foi concebida a partir das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF), realizada em setembro de 2003, cujo tema central foi “Acesso, Qualidade e Humanização da Assistência Farmacêutica com Controle Social” Política Nacional de Saúde Política Nacional de Assistência Farmacêutica Políticas, Programas e Ações subordinadas A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) é parte integrante da Política Nacional de Saúde A PNAF foi aprovada por meio da Resolução nº 338/2004 do Conselho Nacional de Saúde Possui ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde com vistas a garantir os princípios da universalidade, integralidade e equidade do SUS Elementos da Avaliação Após 10 anos de existência da PNAF, foi realizada uma avaliação da Política, sob a perspectiva do DAF/SCTIE/MS, considerando os seguintes elementos Elementos para Compor a Avaliação dos 10 anos da PNAF Demandas da sociedade apresentadas na 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF) Evolução orçamentária dos investimentos com medicamentos no Ministério da Saúde, considerando o período de 2003 a 2013, com base em dados do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e da Coordenação Geral de Planejamento (CGPLAN/SCTIE/MS) Avaliação das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, ou em parceria com outros órgãos ou instituições/entidades, para atender às demandas As demandas foram organizadas em três eixos ... Eixos da 1ª CNMAF Eixo I “Acesso à Assistência Farmacêutica: a Relação dos Setores Público e Privado de Atenção à Saúde” Equipe Técnica do DAF/SCTIE/MS Eixo II “Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico para a Produção Nacional de Medicamentos” Eixo III “Qualidade na Assistência Farmacêutica, Formação e Capacitação de Recursos Humanos” Premissas da Avaliação Os elementos da avaliação foram organizados seguindo as premissas descritas a seguir As propostas originadas a partir das demandas da sociedade, foram analisadas considerando os três eixos da Conferência Foram excluídas algumas propostas que estavam fora do escopo de avaliação Foram criadas 4 categorias para avaliar as propostas da Conferência Premissas da Avaliação As propostas do Relatório Final da 1ª CNMAF, organizadas nos três eixos da Conferência, foram analisadas pela equipe técnica do DAF/SCTIE/MS As propostas originadas a partir das demandas da 647 propostas (Relatório da CNMAF) sociedade, foram analisadas considerando os três eixos da Conferência Foram excluídas algumas propostas que estavam fora do escopo de avaliação Foram criadas 4 categorias para avaliar as propostas da 528 propostas Conferência Das 647 propostas apresentadas no Relatório Final da CNMAF, 528 propostas estavam relacionadas diretamente às competências do Ministério da Saúde ou deveriam ser executadas em parceria com outros órgãos federais ou outras instituições/entidades Premissas da Avaliação Com base nessa análise, algumas propostas foram excluídas As propostas originadas a partir das demandas da sociedade, foram analisadas considerando os três eixos da Análise Prévia das Propostas Conferência Foram excluídas algumas propostas que estavam fora do escopo de avaliação Foram criadas 4 categorias para avaliar as propostas da Conferência Resultando na exclusão de 117 propostas 117 foram excluídas porque se relacionavam exclusivamente a outros órgãos federais; ou somente aos estados, Distrito Federal e municípios; ou a entidades da categoria ou outros Premissas da Avaliação Após a análise, resultaram 528 propostas que foram avaliadas até outubro de 2014 e classificadas em quatro categorias, conforme descrição a seguir As propostas originadas a partir das demandas da sociedade, foram analisadas considerando os três eixos da Conferência Categorização das Propostas Atendida Proposta integralmente cumprida Parcialmente Atendida Foram excluídas algumas propostas que estavam fora do escopo de avaliação Proposta que demanda múltiplas ações específicas, sendo algumas atendidas integralmente; ou Proposta que demanda ação ampla que foi desenvolvida parcialmente. Em Desenvolvimento Foram criadas 4 categorias para avaliar as propostas da Conferência Proposta cujas ações foram iniciadas ; ou Proposta cujas ações foram iniciadas e que possuem caráter contínuo Não Atendida Proposta que não foi cumprida. Agenda Objetivos Considerações Iniciais Panorama Geral da Avaliação Próximos Passos Visão Geral Das 528 propostas relacionadas à competência do Ministério da Saúde, 42% foram classificadas como “atendidas”, 41% como “parcialmente atendidas” e 4% como “em desenvolvimento”, demonstrando que as ações desenvolvidas na área da Assistência Farmacêutica nos últimos anos atenderam parte significativa das demandas da sociedade geradas naquela Conferência Distribuição das 528 propostas da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF) em relação à sua categorização Das propostas classificadas na categoria “parcialmente + Detalhes 13% de escopo amplo, desenvolvida parcialmente. 4% Parcialmente Atendida 42% Em desenvolvimento Não atendida Apenas 19% (41) se constituíam em propostas que + Detalhes 41% atendida”, 81% (174) eram propostas com ação única, Atendida demandavam múltiplas ações. Essas se desdobravam em 100 ações, das quais 69 (69%) foram atendidas integralmente. Fonte: DAF/SCTIE/MS Eixo I - Acesso à Assistência Farmacêutica: a Relação dos Setores Público e Privado de Atenção à Saúde Quanto ao Eixo I, foram analisadas 284 propostas Resumo das Principais Ações realizadas relacionadas ao Eixo I Distribuição das propostas do Eixo I “Acesso à Assistência Farmacêutica: a Relação dos Setores Público e Privado de Atenção à Saúde” em relação à sua categorização Atendida 17% Parcialmente Atendida 5% 41% Em desenvolvimento Não atendida 37% Fonte: DAF/SCTIE/MS Propostas Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil – PNAUM 2014 CEAF: No período de 2008 a 2013, houve aumento de 65% no número de pessoas atendidas (hoje atende 1,8 milhão de pessoas) . De 2002 a 2013 ampliou-se o elenco de medicamentos de 226 para 379, e o número de PCDT vigentes passou de 39 para 71 CESAF: Garantia do acesso aos medicamentos destinados ao tratamento de doenças de perfil endêmico e de caráter estratégico para a saúde contribuindo para a redução da mortalidade por esses agravos. Eixo I - Acesso à Assistência Farmacêutica: a Relação dos Setores Público e Privado de Atenção à Saúde Quanto ao Eixo I, foram analisadas 284 propostas (cont.) Resumo das Principais Ações realizadas relacionadas ao Eixo I Programa Farmácia Popular do Brasil: Presente em mais de 4.300 municípios, cobrindo 76% dos municípios mapeados pelo Plano Brasil Sem Miséria e 77% dos municípios cobertos pelo Programa Mais Médicos “Aqui Tem Farmácia Popular”, em 2006, mais de 32 milhões de pessoas foram atendidas pelo PFPB “Saúde Não Tem Preço” – gratuidade para os medicamentos indicados para o tratamento da hipertensão, diabetes e asma - mais de 23,5 milhões foram atendidas Eixo II - Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico para a Produção Nacional de Medicamentos Já no caso do Eixo II, as propostas relacionadas foram 118 Distribuição das propostas do Eixo II “Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico para a Produção Nacional de Medicamentos” em relação à sua categorização 8% 0% Atendida Parcialmente Atendida 45% Em desenvolvimento Não atendida A edição da Portaria nº 843/2005 estabeleceu a Rede de Laboratórios Farmacêuticos Públicos contribuiu para o fortalecimento da indústria nacional, tanto no desenvolvimento de fármacos e medicamentos, como de equipamentos e outros insumos Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) 47% Fonte: DAF/SCTIE/MS Resumo das Principais Ações realizadas relacionadas ao Eixo II Propostas Eixo II - Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico para a Produção Nacional de Medicamentos Já no caso do Eixo II, as propostas relacionadas foram 118 (cont.) Resumo das Principais Ações realizadas relacionadas ao Eixo II Atualmente 35 medicamentos e 1 insumo são adquiridos por meio de PDPs Instituição do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Elaboração de editais para apoio a projetos de estados, municípios e laboratórios públicos. Ao todo, estão em curso 66 projetos em diversas modalidades Eixo III - Qualidade na Assistência Farmacêutica, Formação e Capacitação de Recursos Humanos Por último, foram analisadas 126 propostas relacionadas ao Eixo III Distribuição das propostas do Eixo III “Qualidade na Assistência Farmacêutica, Formação e Capacitação de Recursos Humanos” em relação à sua categorização 9% Atendida 7% Parcialmente Atendida 40% Em desenvolvimento Programa QUALIFAR-SUS, apoiando 1.582 municípios de até 100.000 habitantes do Plano Brasil sem Miséria, na estruturação dos serviços farmacêuticos na Atenção Básica, com investimento superior a R$ 87 milhões no período de 2012 a 2014 Vários cursos foram promovidos pelo DAF (Mestrado Profissionalizante, Especialização em Gestão, curso do Sistema Hórus na modalidade a distância, curso com simulação realística em Farmácia Hospitalar Não atendida 44% Fonte: DAF/SCTIE/MS Resumo das Principais Ações realizadas relacionadas ao Eixo III Propostas Eixo III - Qualidade na Assistência Farmacêutica, Formação e Capacitação de Recursos Humanos Por último, foram analisadas 126 propostas relacionadas ao Eixo III (cont.) Resumo das Principais Ações realizadas relacionadas ao Eixo III Mais de 10.800 vagas foram ofertadas para capacitação dos RH da AF. O investimento realizado foi em torno de R$28 milhões O Sistema Hórus está implantado em 1.557 municípios e 24 unidades federadas para a gestão dos medicamentos inseridos nos três componentes da AF Estruturação do Comitê de URM e do Grupo Técnico de Farmácia Hospitalar, o qual contribuiu com a revogação da Portaria 316/76 e a edição da Portaria 4.283/2010, além da Portaria 271/2013 que Institui a Base Nacional de Dados de ações e serviços da AF Processo descentralizado de discussão da necessidade de se planejar a Assistência Farmacêutica (Planejar é Preciso – 2006). Evolução orçamentária dos investimentos do Ministério da Saúde no financiamento dos medicamentos A figura abaixo apresenta a evolução orçamentária dos investimentos e o percentual do orçamento do Ministério da Saúde no financiamento dos medicamentos, desde a aprovação da PNAF (em R$ Bilhões) (em %) 14,000 16,00 11,882 12,000 9,746 10,000 8,349 8,000 5,176 6,000 5,866 6,675 6,989 14,00 12,00 13,00 12,00 10,00 11,00 11,00 8,00 4,312 6,00 3,057 3,379 4,000 14,00 8,00 4,00 1,912 2,000 2,00 ,000 ,00 Os valores apresentados contemplam recursos investidos nas seguintes ações: • Componentes da Assistência Farmacêutica • Programa Farmácia Popular do Brasil • Medicamentos para AIDS • Imunobiológicos Fonte: Fundo Nacional de Saúde – FNS e CGPLAN/SCTIE/MS • Hemoderivados 14,00 13,00 13,00 13,00 12,00 Agenda Objetivos Considerações Iniciais Panorama Geral da Avaliação Próximos Passos Considerações Finais A partir da avaliação apresentada, com base nos 10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e 11 anos da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, destacam-se as seguintes considerações 1 Observou-se o cumprimento de grande parte das propostas aprovadas na CNMAF, traduzindo o compromisso dos Governos com as manifestações da sociedade; 2 Consolidou-se o direito ao acesso a medicamentos e serviços que atendem a maioria das doenças e agravos à saúde da população brasileira, contribuindo de forma decisiva com a integralidade do tratamento medicamentoso; 3 Consolidou-se a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) como uma Política de Saúde do SUS, articulando-se com outras políticas, particularmente com a de medicamentos, de Ciência e Tecnologia, de Desenvolvimento Industrial e de Formação de Recursos Humanos. Além disso, articulou-se com Programas de Saúde buscando garantir a intersetorialidade e a integralidade do cuidado e com a agenda regulatória num sólido movimento para atender as necessidades do SUS; Considerações Finais A partir da avaliação apresentada, com base nos 10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e 11 anos da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, destacam-se as seguintes considerações (cont.) 4 Consolidaram-se os Componentes da AF e o Programa Farmácia Popular como estratégias para promover acesso; ampliar o financiamento do MS para medicamentos; consolidar o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, assim como estabelecer estratégias para o Uso Racional de Medicamentos; 5 Estruturou-se o QUALIFAR-SUS cujos resultados já podem ser percebidos, quer seja nos investimentos na formação de RH da AF; na qualificação da gestão por meio do HÓRUS; na modernização da estrutura física das farmácias das Unidades Básicas de Saúde e das Centrais de Abastecimento Farmacêuticas e no Cuidado aos Pacientes com a Clínica Farmacêutica; Considerações Finais Pode-se concluir que os resultados deste trabalho podem contribuir para o direcionamento do debate do acesso aos medicamentos no SUS e na construção do processo organizativo da 15ª Conferência Nacional de Saúde, cujo tema é “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas. Direito do povo brasileiro”. Finalmente, cabe ressaltar que os resultados alcançados são fruto do acúmulo da construção coletiva, teórica e prática, de milhares de profissionais de saúde, gestores, usuários do SUS e do Controle Social. Obrigado!