WPOS – PÓS GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO: ENGENHARIA DE SOFTWARE TURMA: FEVEREIRO/2012 ALUNO:OTO CARLOS GUGELER EXPLOSÃO CULTURAL. O COMPUTADOR COMO UM ALIADO NA EDUCAÇÃO. A MÍDIA COMO ALAVANCADORA DO APRENDIZADO. O Brilho da Imagem, o Poder do teclado e a Facilidade do mouse. A serviço da Educação. Como transformar o computador, hoje um competidor do ensino, num forte aliado usando seu potencial para alavancar o conhecimento, democratizando desta forma o ensino básico e médio. Itabira/MG, 14 de novembro de 2012. SUMARIO: 1-A CONSTATAÇÃO DA REALIDADE: 2-DEPURANDO A REALIDADE: 3-A PROPOSTA: A MULTIMÍDIA INTERATIVA EDUCACIONAL. 4-COMO CRIAR A MULTIMIDIA: 5-COMO IMPLANTAR O ENSINO NO NOVO MODELO 6-CONCLUSÃO 1- A CONSTATAÇÃO DA REALIDADE: Os livros escolares, insípidos que eram, se transformaram. Contém mais gravuras, bem escolhidas, contêm exemplos, desafios e textos auxiliares. O aluno, destinatário final do livro, deveria lê-lo assimilando a infinidade de informações contidas, mas este aluno vai ao livro escassamente para achar a resposta à pergunta do tema que lhe foi colocado pelo professor. Um tremendo desperdício. A diferença entre saber e cumprir uma tarefa, é certamente um hiato que vai fazer falta nalgum momento futuro. O professor cumpre sua tarefa, poucas perguntas responde, pois pouco é questionado, então ali está outro desperdício, ou seja o professor embora conheça muito, não tem canais ideais para passar o conhecimento que possui, por exigüidade de tempo, por diferenças de nível entre os alunos e neste caldeirão tudo é nivelado por baixo, acabam sendo os alunos contemplados com a famosa “nota para passar de ano” e o conhecimento fica pela metade ou muito menos que isso. Por outro lado vemos que a mídia fascina o jovem. A mídia oferece o brilho da imagem, a facilidade do mouse e a comodidade da linguagem falada. Este mesmo jovem que detesta ler um livro com imagens estanques é visto comprando filmes para assistir com prazer, no seu ambiente doméstico. Passaria horas seguidas usando o joystik para interagir com a máquina em jogos, sem maior propósito cultural. 2-DEPURANDO A REALIDADE: Os desperdícios que existem no sistema atual de ensino, resultam em construção insuficiente do conhecimento. Conhecimento que certamente seria a base para um jovem melhor preparado para tirar um curso superior ou êxito na vida profissional. Faço um parêntesis aqui, colocando o questionamento muito comum nos dias de hoje de que não se ensina coisas práticas, e sim uma porção de coisas inúteis que nunca serão usadas pelas pessoas, esquecendo-se da práxis, que funciona concomitantemente ,com o cotidiano, elencando elementos que servirão para a vida , pois certamente, o conhecimento universal é uma base sobre o qual se edificarão os conhecimentos profissionais e a pessoa que os tiver , terá sua visão ampliada e um dia, sem perceber, poderá aproveitá-los. O jovem aprecia jogos, ver filmes, usar o mouse, mas se formos ver o que ele faz com estas ferramentas é algo modesto. Os jogos que atraem o jovem e o divertem, tomam seu precioso tempo, retribuindo praticamente nada de útil. O professor que se esforça em sala de aula, percebe a massa de alunos que passam perante si de forma tangencial, dominando mínimo conteúdo. Os livros escolares são deixados de lado e no máximo são usados como fonte de consulta. Eu poderia citar uma porção de textos de apoio para fundamentar a minha sensação de que algo deve ser feito, mas vou simplesmente citar um fato que com certeza é sintomático do momento que estamos vivendo. Num pequeno almanaque, comprado numa banca de revistas, encontrei um texto do filósofo brasileiro Rubem Alves. Ali ele fala da constatação de que a forma de levar a educação ao jovem está errada. Faz uma comparação com a digestão do alimento no corpo humano. Se o organismo rejeita o alimento o vômito é o resultado decorrente da sabedoria do corpo humano. Segundo Rubem Alves,a recusa à aprendizagem,evidente hoje em dia, é o vômito daquilo que a escola quer enfiar goela abaixo,mas que nao faz sentido pelos alunos. O aprender é biológico segundo PedroDemo –Educador. O interesse do jovem, que se depara com um sistema educacional da forma como está, é muito pequeno. Estudar conteúdos significa uma tarefa árdua. Talvez a pergunta por que devo estudar isso seja a eterna desmotivadora. Aprender não lhe proporciona prazer. O jovem não enxerga claramente como aquilo vai lhe ajudar um dia. Ele navega as cegas. Cumpre papel. Desobriga-se das tarefas porque tem responsabilidade, que uns tem mais e outros tem menos. Tira notas para passar de ano. O ensino não lhe dá prazer da forma como é feito hoje. O jovem busca sempre o prazer ou qualquer meio que venha lhe trazer o prazer. Está faltando algo que faça o jovem usar seu potencial, vibrar por algo que possa modificar suas bases. 3-A PROPOSTA: A MULTIMÍDIA INTERATIVA EDUCACIONAL. Imagine-se uma cena: Um jovem que tenha diante de si um monitor de computador, um teclado e um mouse. Ele sabe que aparecerá um apresentador, com textos bem elaborados, numa linguagem clara e agradável, associado às imagens bem escolhidas. Começa assistir e receber conhecimento, semelhante aos vídeos documentários que existem sobre diversos temas. De posse desse material, poderá reelaborar e reconstruir os saberes, orientado pelo professor(mediador). O jovem seleciona o conteúdo. Tem poder para isso. Pode ser história, ciências, geografia, matemática ou português. A multimídia abrirá o assunto selecionado, o jovem tem opção de deixar o texto fluir naturalmente, adiantar ou voltar, mediante clique do seu mouse. Selecionado o assunto o locutor expõe o tema, mostra exemplos, e mostra resumos. Mostra imagens associadas ao texto. Ao lado direito do monitor aparecem opções para. AVANÇAR RECUAR VER EXEMPLOS VER PERGUNTAS RELACIONADAS E RESPOSTAS VER TEXTOS COMPLEMENTARES (OUTRAS OPÇÕES VARIAVEIS CONFORME A MATÉRIA) Literalmente o jovem poderia migrar para um texto complementar, sem desmarcar o ponto em que a narrativa foi interrompida. Poderia ver exemplos e textos complementares, poderia ver, a exaustão, uma passagem que quisesse repetir. Imaginemos dois temas díspares: Um em matemática outro em história, Eu falei a palavra díspare, pois matemática e história serão tratados de forma diferente dentro do computador, assim como ciências, mas o computador e a multimídia se adaptará a qualquer um deles conseguindo a interdisciplinaridade a multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. Em História: Digamos que se queira apresentar a ocupação do território onde está a Grécia. O locutor falaria que os Dórios, em seguida os Jônios, e outros, vieram de longínquas estepes asiáticas. A imagem associada mostraria, um mapa ou foto de satélite, sobre a qual caminhassem pessoas humildes, atravessando vales, cordilheiras, desertos, uns a cavalo, outros a pé, na direção sudoeste. Isso consumiria 5 segundos, mas ficaria fixado na memória do jovem(Makarenko). A cena continuaria mostrando o relevo da Grécia, que propiciou as cidades-estado relativamente isoladas entre si, a vocação marítima de Atenas, provocada pela insuficiencia de terras próprias para Agricultura. O ganho seria muito grande porque o jovem teria uma visão de conjunto e uma relação de causa e efeito conseguindo entender as razões de ter acontecido coisas da forma como aconteceram. O locutor poderia dar uma mãozinha dando informações de forma atraente para o jovem que estaria vendo ai um filme, mas tremendamente educativo. O jovem poderia ter ao lado, opções para ver, por exemplo, outros povos que já existiam no mesmo tempo, os Egípcios, os futuros inimigos os Persas, e algo sobre estes, enfim seria uma magnífica aula de história com seu início, suas evoluções, desfecho e influencias que vieram até os dias atuais. Este conhecimento universal, baseado em causa e efeito, que é conhecido por quem realmente conhece história seria dominado rapidamente por este jovem, que acredito, vai se entusiasmar em estudar história. Na Matemática: Temas de matemática como a noção espacial de trigonometria, poderiam ser ensinados por meio de efeitos gráficos dinâmicos. Imagine-se um grupo de professores escolhendo a melhor forma de ensinar trigonometria a um jovem. Este grupo de mente aberta e com os recursos de multimídia a disposição experimenta fazer uma explanação de uma determinada forma e percebe interesse e êxito na demonstração. Incorpora-se o modo de explanação para o recurso multimídia. O locutor fala, as imagens começam a mostrar as projeções. À direita aparecem as opções como exercícios propostos, exercícios com respostas, aplicação da trigonometria no nosso meio e outras. A quantidade de informação modelada à inteligência do aluno será o diferencial que vai fazer com que a trigonometria, será assimilada de forma indelével. Em Ciências (Física, Química e Biologia), acredito mesmo que mecanismos surgirão para viabilizar o ensino. Apostaria até que nestas matérias haverá logo os alunos que as preferirão. Quando Piaget formulou seus enunciados e também outros cientistas que se envolveram em estudar a psicologia educacional não havia computadores como existem atualmente. O acesso aos computadores hoje é uma realidade. Possibilitar ao jovem ter acesso no momento que ele quisesse, seria algo como autoriza-lo a dizer “Eu tenho a força” e isso vai criar um elemento favorável a mais para este jovem decidir em usar estes mecanismos, relativamente independente de horários e se auto - dirigindo ao material didático. Por outro lado a Internet, com seus recursos pode ser uma aliada. Ficaria na retaguarda, gerando resposta aos questionamentos. Um banco de dados daria respostas prontas aos alunos, mas um conjunto de professores de plantão ficaria a espreita de uma pergunta de um aluno que buscasse uma nova ótica sobre o tema abordado. Em seguida este feed-back, poderia ser incorporado a futuras edições do próprio multimídia que teria armazenado resposta a estas perguntas ditas inusitadas até então, criando-se e disponibilizando fóruns de discussão que estariam vinculados aos conteúdos do multimídia e com acesso organizado para acesso rápido a partir do estudo no multimídia. Contemplar a educação especial também será objetivo do projeto. O próprio projeto já tem formato de tecnologia assistiva que é o termo usado para designar o material usado pelo professor diversificar o currículo, ou seja ensinar o mesmo currículo buscando meios alternativos de ensinar. O computador pode apresentar opcionalmente a imagem de uma pessoa comunicando-se em Libras, para o caso de deficientes auditivos. Pode inclusive receber versões especiais que vão servir para deficcientes visuais que vão precisar que cores fortes lhes impressionem a retina. 4-COMO CRIAR A MULTIMIDIA: Existe basicamente uma forma de fazer e uma forma de não fazer. A forma de não fazer é a seguinte: -Formar grupos de trabalho em infindáveis reuniões em que se debateria o projeto de ponta a ponta, criando-se uma porção de teses e fórmulas, e desviando do foco. -Conjeturar sobre a necessidade de haver grupos de alunos que devem ser usados como grupos experimentais, e que seja levantada a possibilidade de uma ação nefasta do sistema. -Segundo um consultor americano se nalgum trabalho começarmos desvirtuando minimamente certos pontos, o produto resultante pode perder o valor de conjunto e se tornar pífio. Como o sistema proposto somente teria sucesso se fosse realmente algo original, forte e que traga o encanto ao destinatário final pequenas incorreções de rumo podem danificar o projeto de forma a torna-lo inviável. A forma de fazer: Este projeto já nasce grande, no sentido de envolver muitas instituições e pessoas, imbuídas de interesse, entusiamo e plenamente integradas ao projeto. Instituições fornecerão meios, material e equipes de trabalho. Na fase de produção, envolve necessidade de testar os protótipos em alunos. Estes alunos serão grupos experimentais. Existe necessidade que seja deste jeito, pois o projeto não pode ser criado de cima para baixo, ao contrário deve ser criado e em seguida testado, para ser avaliado, se for o caso refeito totalmente ou parcialmente e testado novamente e a seguir continuado, adicionando-se o capítulo seguinte, que novamente deve ser testado e assim por diante. Num ambiente assim fica difícil a priori formular todas as respostas, sem ter consciência da possibilidade de enveredar por um caminho desvirtuado. Einstein quando definiu sua famosa equação E=MC², conseguiu comprovar alguns anos depois no deserto de Nevada, com auxílio de muitos cientistas, do governo americano, circunstancialmente interessadíssimo em suas pesquisas, que sua equação estava correta. Para educação o momento talvez seja tão favorável quanto, embora não seja circunstancial, pois educação é um processo contínuo, e quanto mais, tanto melhor, principalmente num país que tem os índices que tem o nosso, ou seja, existe muito para fazer. Certamente este projeto será visto como “Ovo de Colombo” que seria formulado por alguém nalgum momento, no entanto estivemos por anos aguardando que aparecesse alguém com uma proposta semelhante e nada víamos, por isso resolvemos desenvolve-lo e propor a quem possua os meios, de nos auxiliar a torná-lo realidade. -Tornar o sistema algo que crescerá gradualmente em módulos. (Uma idéia central, vários educadores organizando o material, criando textos, produzindo produto final. Refazendo partes. Colando partes boas. Descartando partes piores. Enfim um trabalho de conjunto entre educadores e pessoal de produção de multimídia e principalmente quem: Os alunos). -Criar, testar, modelar. (Não criar um sistema complexo, pronto e ver depois que está com algum vício de origem, não sendo agradável, ou possua nível alto demais ou repetitivo). -Optar sempre pela simplicidade. (Usar exemplos reais, linguagem simples, vincular com a realidade, propor idéias, provocar curiosidade). -Dispensar custos desnecessários: Ninguém precisaria ir às estepes asiáticas filmar figurantes se dirigindo ao território onde fica a Grécia. Montagens são aceitáveis e possíveis, reaproveitando material disponível. Preservar obviamente os direitos autorais, adquirindo licenças será uma excelente forma de viabilizar o projeto a um custo baixo. Selecionar material pronto pré-existente, porém sempre dentro de uma linha de apresentação que seja coerente com o projeto. Na televisão GLOBO, existe um material educativo denominado tele aula, no qual muito trabalho de qualidade veio sendo feito, porém numa forma diferente, desta que estamos propondo. Horários são fixos, geralmente muito cedo pela manhã, quando a maioria dos jovens dorme. Interatividade zero, ou seja, o aluno não escolhe o tema, não pode voltar à explicação, não pode parar a explicação. Perde-se muito tempo com atores que explicam o tema de forma teatral. A proposta que estamos fazendo se situa num nível intermediário, ou seja, ao invés do eterno professor usando sua dicção e explicando a matéria, um locutor faria o mesmo, mas imagens bem escolhidas seriam usadas para formar um conjunto de som e imagem, uma completando a outra, semelhante aos vídeos documentários. Entretanto os vídeos documentários, não têm a interatividade da multimídia. Esta interatividade será certamente o fator chave para integrar o aluno ao texto e contexto que está sendo objeto de sua atenção. -Velocidade: A velocidade será certamente determinante do sucesso ou desastre do empreendimento. Precisaremos usar parâmetros médios. Segundo a pesquisa não existem pessoas mais inteligentes que outras o que existem são oportunidades variadas que tornam a pessoa preparada para assimilar o degrau seguinte do conhecimento, por isso existe alguma variação na velocidade de aprendizagem. Textos feitos para gênios não seriam entendidos por um aluno médio. Um texto semelhante a um tatibitate por outro lado criaria desinteresse até de um aluno médio. Felizmente o espaço de trabalho é bem amplo, pois, a quantidade de pessoas que tem comportamento mediano é suficientemente grande para dar chance de êxito no projeto. Por outro lado os recursos que o programa dispõe na parte direita do monitor, como repetir o texto seria seria bem recebido por aqueles que demoram um pouco mais para assimilar uma informação. Os enunciados de Piaget devem ser conhecidos por aqueles que vierem produzir os textos, para que o projeto possa ser feito destinando uma versão a alunos de nível básico, outro para crianças de nível médio e assim por diante. Por outro lado recursos como exercícios propostos podem canalizar a inteligência acima da mediana para uma utilização não entediante. - Tedio: A multimídia, por natureza já possui a interatividade como uma de suas principais virtudes. Por isso usar a interatividade será primar em não trazer informação entediante. Será desafio aos que o montarem, criar meios para que seja afastado o tédio. Durante os testes podem ser medidos a quantidade de bocejos, que os jovens farão por hora, ou seu cardiograma, como parâmetro para descartar um material ou não. Provocar situações hilariantes, provocar desafios, conduzir o jovem para textos auxiliares e destes para outros, enfim serão mecanismos que devem ser buscados. O jovem será envolvido com o projeto. Imaginemos ao contrário um jovem que estudasse um conteúdo de história e vier repentinamente a perceber a possibilidade de conhecer a história geral, pelo menos os fatos centrais desde a invenção do arado até digamos o final da idade média. O encadeamento dos fatos, uma noção temporal e espacial enfim um conhecimento de conjunto, isso o multimídia poderia lhe fornecer na opção RESUMO. Imaginemos este jovem que pensou que a história era um amontoado de fatos, repentinamente se depara com a possibilidade de conhecer o que aconteceu, os porquês, como tudo aconteceu e em que época. Isso vai gerar no jovem um entusiasmo digno de uma dimensão inimaginável. Ou seja, alguém entusiasmado no estudo da história. Em uma semana este jovem devora o conteúdo do multimídia no tema história e se sente um expert para responder questões de vestibular e tudo mais que lhe vier à frente, pois segundo a pesquisa a capacidade de armazenar informação aumenta se estiver associada a imagens e diríamos que aumenta proporocionalmente a quantidade, a ser disponibilizada pela dinâmica proposta neste projeto. Acontecerá algo difícil de imaginar atualmente ou seja um jovem com habilidade de contar tudo sobre história geral, pois percebeu que aprendeu tudo de uma forma deliciosa e descobriu que seu conteúdo não é tão infinitamente grande assim. Seria comparável àqueles privilegiados monarcas que tinham sábios a sua disposição, os quais por meio de narrativas e explicações o preparavam para futuro rei para o exercício da sua missão. No momento seguinte este jovem descobre que pode fazer o mesmo com matemática, usando novamente o mouse, teclado, vendo e ouvindo uma porção de informações de forma agradável e interessante. Estou mesmo certo de que este projeto tem muito a ver com o título que lhe propus de explosão educacional, pois propõe-se utilizar a escrita e a imagem de forma que inclusive a pessoa com dificuldade de aprendizagem, possa resgatar as inteligências(Celso Antunes). 5-COMO IMPLANTAR O ENSINO NO NOVO MODELO: Esta revolução deve ter uma estratégia: A estratégia deve dar resposta pelo menos aos seguintes quesitos: (A)-Como fazer, com que recursos, quem faria, quem usaria para testes dos primeiros materiais produzidos. B) Que material de apoio reunir. Produzir material, se não existir. Comprar licenças de filmes documentários. Usar frações deste filmes. C) Montagem final de material didático. Testes com alunos. Produção final. Mudanças no meio educacional, com severas alterações na relação professor – aluno. D) Divulgação e distribuição: Os meios como televisões podem divulgar material que lhes aprouver divulgando esta nova forma de ensino. E) Custos/Órgãos envolvidos/Meios de propagação: F) Pessoal de produção/Equipes/Equipamento. No nível de elaboração em que estou, ou seja, propondo algo de dimensões que extrapolam em muito o nosso conhecimento nesta fase inicial, seria tolice pretender oferecer respostas cabais para todos estes questionamentos, no entanto nosso conhecimento de multimídia, em que já criamos minúsculos protótipos para ensaios de suas possibilidade, sabemos que já existem meios de fazer o computador executar um programa destas características. Uma abertura, um locutor falando, imagem em movimento, opões para voltar, opção para selecionar outro tema, selecionar textos auxiliares, voltando depois ao ponto onde houve a interrupção, imagens dinâmicas, (fragmento de filmes) podem ser apreciados pelos alunos em computadores que tem recursos gráficos disponíveis no mercado na atualidade, algo que não existiam10 anos atrás. Sem pretensão de fazer acertos e colocações finais vamos tentar propor as formas de viabilizar o projeto: Em primeiro lugar deve ser uma entidade de grande porte, governamental ou não governamental, que seguirá os seguintes passos: A) Elaborar um projeto detalhado. B) Definir local de trabalho, escalar equipes de trabalho, reunir equipamento e prover recursos financeiros. C) Produzir uma metodologia, criar material e começar os testes. Neste ponto do projeto o grupo de trabalho deve pensar sempre de forma prática e funcional. Criar um protótipo pode ajudar muito, pois servirá de feed-back para aperfeiçoá-lo e criar o próximo segmento. Adquirir filmes, usar ilhas de edição e locutores de boa voz, com alcance para pessoas com deficiência visual(DV). Apresentadores que se sintam envolvidos no projeto, pois pretende-se alcançar inclusive pessoas com necessidades educativas especiais(Cegos, surdos e deficientes intelectuais) O produto final será um cd ou vários cd. Todos os CD com uma destinação. Este para o nível básico, este outro para o ensino médio. E outros poderão surgir dentro da mesma lógica e extendendo-se este trabalho para frente. O aluno o adquire, municia seu computador e assiste de forma integrada com a máquina o conteúdo. Mais tarde será avaliado pelos professores, que vão aferir o grau de conhecimento adquirido, fornecendo ao aluno um diagnóstico de pontos fracos detectados no seu conhecimento o qual poderá voltar aos conteúdos e rever material até se sentir apto naquele tema. Esta parte formal de aferição deve continuar existindo, e deve adquirir um sentido corretivo, e de orientação. 6-CONCLUSÃO: A mudança será evidentemente muito grande no sistema educacional. As mentes devem ficar abertas ao que o sistema pode produzir de útil. Certamente haverá oposição principalmente por aqueles que temerão por seus cargos, mas acredito que esta nova dimensão do ensino deve ser empreendida, principalmente no Brasil onde temos nitidamente uma lacuna imensa na educação básica e de nível médio e esta ferramenta pode ser a reversão desta situação. Quem sabe um dia eu possa ir à mesma banca de revistas onde comprei o pequeno almanaque e ali havia o texto de Rubem Alves e lá encontrar um CD contendo o conteúdo do ensino básico. Eu o compraria, pois ali existirá tanta coisa bonita de ver e ouvir que me entregarei plenamente ouvindo relatos acerca de Martim Afonso de Souza e seus canaviais, Aníbal e suas guerras com Roma, cenas do quotidiano na África ou da Asia, numa bela matéria de geografia. Acharia também uma bela lição de geometria Euclideana e tanto mais. Eu iria perceber que os tempos mudaram e o conhecimento está ao alcance dos meus dedos. Uma revolução acabara de acontecer... Uma revolução no ensino. Edificante, positiva e promissora. -------------FIM-----------------