1 Identificação de Necessidades dos Usuários e Requisitos de IHC Cenários INF1403 – Introdução a IHC INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 2 Projeto de Curso Curso:: tarefa para aula de hoje 1. Definição dos Grupos de Trabalho. 1. Quem são? 2. Definição do website. 3. Levantamento Informal de questões interessantes a explorar no trabalho 1. Exemplos de temas e questões levantadas INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 3 Necessidades, Expectativas, Valores, Cultura, Práticas Sociais: o Perfil do Usuário INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Relembrando … Interação HumanoComputador Processo de comunicação que envolve um ciclo contínuo de interpretação e ação entre usuários e sistemas interativos. • Atividades básicas do design de interação: 1. Identificar necessidades e estabelecer requisitos. 2. Desenvolver designs alternativos. 3. Construir versões interativas (avaliáveis, mesmo que como esboço ou maquete) dos designs. 4. Avaliar as alternativas. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Modelo do Ciclo de Vida Simples para IHC Identificar necessidades/ estabelecer requisitos Como identificar? Como representar? (Re)Design Avaliar Construir versões interativas Produto final INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 6 Recapitulando a metameta-mensagem do designer • Segundo a Engenharia Semiótica Semiótica,, a interface – que representa o designer em tempo de interação – comunica para os usuários uma mensagem elaborada elaborada,, cujo conteúdo pode ser resumido como como:: Esta parte depende de estudos para CONHECER OS USUÁRIOS. “Eis a minha visão de quem você é, o que aprendi que você deseja ou precisa fazer, fazer, de que formas preferenciais e por quê quê.. Este é o sistema que conseqüentemente elaborei para você,, você e esta é a forma como você pode ou deve usá usá-lo para realizar um conjunto de objetivos que se enquadram nesta visão visão." ." INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 7 Conhecer os usuários... • Que dados coletar? • De quem coletar dados? • Como coletar dados de usuários? Essa é a minha visão de quem você é..... INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 8 Começando a descobrir: descobrir: que dados coletar? coletar? O que é importante saber sobre o usuário usuário? ? • Esta pergunta ‘não tem fim’. fim’. Mas Mas,, obviamente temos de delimitar o seu escopo escopo.. O que é importante saber sobre o usuário? usuário? • Queremos saber do usuário tudo e somente aquilo que tem a ver com o uso que ele fará da tecnologia tecnologia:: – sua propensão a aceitar ou rejeitar a tecnologia, tecnologia, – as conseqüências que a tecnologia pode trazer para a sua vida profissional e pessoa, pessoa, el – sua experiência objetiva e subjetiva ao interagir com a tecnologia INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 9 Começando a descobrir: descobrir: que dados coletar? coletar? O que é importante saber sobre o usuário usuário? ? • Não queremos (e não temos o direito de querer) querer) saber detalhes da vida pessoal dos usuários que não têm nada a ver com a nossa concepção de tecnologia tecnologia.. – Por exemplo exemplo,, raramente nos interessa saber se o usuário é do sexo masculino ou feminino (tendo em vista que pouquíssimas interfaces são customizada para diferenciar o gênero do usuário usuário). ). – Definitivamente não nos interessa saber o número de documentos e contas pessoais dos usuários. usuários. – Raramente se justifica tentarmos descobrir quais as preferências políticas e religiosas de um usuário. usuário. Designer de sistema não tem salvo-conduto INF1403 – Introdução a IHC para ser © Profa. Luciana Salgado bisbilhoteiro. 10 Dois erros comuns no levantamento de perfil de usuários 1. Indagar aos usuários dados que não têm a menor influência sobre o design da tecnologia. Por exemplo: • • Idade: quando a tecnologia não diferencia a interação para usuários de faixas etárias distintas. Nome: NUNCA se justifica registrar o nome de usuários entrevistados em etapas de estudos de usuários. 2. Indagar aos usuários dados que IMPORTAM, mas não fazer nada com eles. Por exemplo: • Familiaridade com outras tecnologias: descobrir que todos os usuários não têm familiaridade com aplicações de software livre, mas todos usam telefones celulares, e projetar uma interface seguindo padrões adotados pela comunidade de desenvolvedores de software livre que nada têm a ver com interfaces para celulares. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 11 Todo projeto de tecnologia tem de começar por entender os usuários Os designers não devem fazer estudos ‘para confirmar confirmar’’ o que já (acham que que)) sabem sabem... ... ... mas mas,, para simplesmente saber ((mais mais sobre sobre)) quem são as pessoas a quem pretendem beneficiar beneficiar.. • Estudos com usuários costumam apontar muito mais para AS DIFERENÇAS do que para AS SEMELHANÇAS entre os usuários usuários.. – Todo designer de tecnologia deve prepararpreparar-se para lidar com a diversidade.. diversidade – Exemplos INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 12 Começando a descobrir descobrir:: de quem coletar coletar? ? • O próprio olhar – Perguntar para as próprias pessoas • O olhar do outro – Perguntar para quem tem contato ou interação com estas pessoas – Observar as pessoas na situação INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 13 Técnicas para estudar usuários – visão geral • Entrevistas – Coletar informações detalhadas e profundas de usuários individuais. • Permite coletar muitas informações dos usuários individualmente. • Flexível • Questionários – Coletar rapidamente dados (principalmente quantitativos) de muitos usuários. • Permite coletar informações de muitos usuários • Pode ser rápido e fácil analisar os dados • barato • Grupos de Foco – Avaliar atitudes, opiniões e impressões dos usuários • Permite coletar informações de muitos usuários simultaneamente • Estudos de Campo INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado – Entender usuários, seu ambiente e suas tarefas em contexto. 14 Técnicas para estudar os usuários (1) • Entrevistas e Questionários – Presenciais ou mediados por tecnologia (por exemplo exemplo:: telefone telefone,, chat chat,, correio eletrônico eletrônico,, formulários na web web)) – Entrevistas • Fechadas (com perguntas com seqüência e teor prépré-estabelecidos estabelecidos), ), • abertas (onde ordem e teor das perguntas podem ser adaptadas durante a entrevista), entrevista ), ou • semi semi--abertas (com parte aberta e parte fechada) fechada) – Questionários • Com respostas abertas (o respondente pode escrever o que quiser), quiser), fechadas (o respondente tem de escolher uma das respostas previamente estabelecidas)) ou semiestabelecidas semi-abertas (o respondente marca uma opção prépréestabelecida,, mas pode escrever um texto explicando ou esclarecendo sua estabelecida resposta). resposta ). – Pecado capital e evitar sempre: sempre: INDUZIR RESPOSTAS dos INF1403 – Introdução a IHC participantes.. participantes © Profa. Luciana Salgado 15 Exemplos: Técnicas para colher a ““fala Exemplos: fala” ” das pessoas • Entrevistas abertas – Perguntas que deixam AMPLA margem de resposta para o entrevistado, sem induzir respostas presumidas pelo entrevistador. Veja a diferença entre: “Você acha que o Chrome é melhor do que o Firefox?” (parte da premissa de que alguém acha que o Chrome é melhor) “Como você compara os navegadores Chrome e Firefox?” (não presume que qualquer um dos dois seja melhor que o outro) • Questionários fechados − Perguntas que deixam margem CONTROLADA de variação nas respostas. Veja o exemplo: Você acha que o Chrome e o Firefox: (a) São igualmente bons (c) São tão bons um quanto o outro (e) Diferem porque o Firefox é melhor (b) São igualmente ruins (d) Diferem porque o Chrome é melhor INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 16 Perguntar para as próprias pessoas Como perguntar e o que perguntar Questões de ética & polidez • NUNCA fazer perguntas que “invadem a privacidade” do entrevistado. • NUNCA colocar o entrevistado em situação constrangedora (ao falar de si ou de terceiros). • NUNCA discutir com o entrevistado, confrontá-lo ou desafiá-lo, mesmo diante de evidências claras de que ele caiu em contradição (explorar a contradição como indicador de que há mais significados a serem explorados). • SEMPRE tratar o entrevistado com a máxima polidez e respeiro; lembrar de que ele está fazendo um FAVOR ao entrevistador; não tem qualquer obrigação de colaborar. • SEMPRE interromper ou encerrar a entrevista ao sinal de irritação, impaciência, nervosismo, constrangimento, ou qualquer outro tipo de desconforto evidenciado pelo entrevistado. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 17 A escala de Lickert • Métrica para avaliar o posicionamento do respondente em relação a uma afirmação proposta (muito usada em surveys, pesquisas de opinião). – Exemplo O Chrome e o Firefox são navegadores muito parecidos entre si. [1] Concordo totalmente [2] Concordo quase totalmente [3] Corcordo e discordo [4] Discordo quase totalmente [5] Discordo totalmente INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 18 O Survey Monkey – Tecnologia free para questionários online INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 19 Técnicas para estudar os usuários (2) Focus Groups ((Grupos Grupos de Foco Foco)) – Reunir grupos de usuários para ter uma conversa focada sobre questões relativas à tecnologia. tecnologia. • Experiência do SERG no projeto ICDLICDL-Brasil – Preparação da Entrevista » Identificação de Participantes » Roteiro das discussões » Elaboração de termo de consentimento » Preparação das gravações (áudio/ áudio/vídeo) vídeo) – Análise de resultados » Múltiplas sessões assistindo à gravação da reunião » Transcrição das falas dos participantes (opcional) opcional) – A pessoa que conduz a conversa tem de saber ‘entreter ‘entreter’’ um grupo (não pode ser uma pessoa tímida, tímida, insegura insegura,, sem capacidade de interessar um grupo grupo). ). INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 20 Cena de focus group no SERG pesquisadora Anonimato e Privacidade – Preservação da identidade / imagem dos participantes • Só os pesquisadores têm acesso à identidade dos participantes e não podem divulgá--la sob hipótese divulgá nenhuma. – Ninguém é OBRIGADO a falar sobre dados que acha ‘pessoais e particulares’; os pesquisadores sempre devem evitar perguntas pessoais. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado participantes 21 Técnicas para colher a ação das pessoas • Usadas em estudos etnográficos – Anotações do observador – Fotos e vídeos Em situações de laboratório (artificiais, controladas) Em campo (naturais, livres) INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 22 O que nos diz o olhar “do outro” • O que as pessoas “dizem que fazem” não necessariamente coincide com o que podemos observar que elas fazem. – Elas podem ter consciência da contradição em alguns casos, mas na maioria das vezes não têm. – A contradição é importante! Na realidade, tanto o que elas dizem que fazem, quanto o que realmente fazem, é significativo e deve ser levado em consideração. Por quê? INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 23 Observação de usuários • Usando outras tecnologias – Em atividades livres ou induzidas pelos pesquisadores • As tecnologias têm de ter alguma relação clara com aquela que se pretende projetar e desenvolver. • Usando protótipos/versões anteriores da tecnologia – Em atividades livres ou induzidas pelos pesquisadores • Quando se trata de protótipos, eles podem ser de alta ou baixa fidelidade: alta fidelidade é quando se assemelham muito ao estado final da tecnologia acabada; baixa finalidade é quando se trabalha com ‘simulacros’ da tecnologia usandousando-se outros materiais (por exemplo maquetes, slides, folhas de papel ou cartolina, etc.). • Observações ‘em campo’ podem ser muito difíceis – O caso mais claro é o que envolve tecnologias móveis • Celulares, iPods, etc. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 24 Observando usuários em campo Atenção ao que é preciso fazer para registrar o que o usuário está experimentando! Fonte: http://www.jvrb.org/3.2006/grapp2006specialissue/777 Mas, a observação em ‘ambiente natural’ nem sempre é difícil. Fonte: http://www.davidthedesigner.com/davidthedesigner/2008/03/index.html INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 25 TRIANGULAÇÃO • Técnica de contraste entre diferentes fontes, perspectivas ou circunstâncias de coleta de dados referentes ao mesmo fenômeno. – Apesar do nome evocar o número ‘3’, a triangulação não é necessariamente uma relação entre 3 pontos: o fenômeno (ou fato); um primeiro conjunto de evidências coletadas; e um segundo conjunto de evidências coletadas. – Se houver mais conjuntos, a “triangulação” pode ficar ainda mais rica e melhor. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 26 Processo de preparação de coleta de dados • Definir o objetivo claro da coleta: O que se quer saber? Por quê? • Definir ou elaborar o método de coleta: Observação da ação situada? Relato do próprio? Relato dos demais? Outro? • Definir ou elaborar a técnica de coleta: Entrevista (aberta/fechada)? Presencial, síncrona? Questionário (impresso/eletrônico)? Gravação (vídeo/áudio) / registro estático (foto)? Outra? • Realizar teste-piloto do método+instrumento e refiná-lo até ficar bom. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 27 Cenários – histórias para ‘se ligar’ com o usuário • A técnica de ‘cenários’ é muito usada em IHC para estimular a imaginação de designers e usuários a respeito de aspectos possíveis e relevantes do uso da tecnologia. – Cenários são narrativas fictícias, fictícias, mas plausíveis, ricas em contexto e interesse, interesse, com pesonagens realistas, realistas, com os quais participantes de sessões de estudo sobre a experiência dos usuários podem se identificar sem dificuldade. dificuldade. – Cenários contêm uma forte provocação para a ação (ou reflexão sobre ela) e são normalmente apresentados por escrito aos participantes de uma sessão de estudo. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Cenários: Por quê? • flexíveis • representação provisória • focam as conseqüências para usabilidade de propostas de design específicas • o uso do sistema em detalhes • linguagem natural, natural, compreensível por todos os stakeholders • provocam discussões e perguntas do tipo “e se” INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Rosson & Carroll. 2002 © Departamento de Informática, 2008 28 Cenário INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Elementos de Cenários atores planos contexto ações eventos avaliação objetivos INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Rosson & Carroll 2002 2008 © Departamento de Informática, 32 Elementos de Cenários • Contexto – Detalhes circunstanciais que motivam ou explicam objetivos, ações e reações dos atores do cenário • Evento – Ação ou reação externa produzida pelo computador ou outras caracterísitcas do ambiente – Podem estar ocultadas dos atores, mas serem relevantes para o cenário • Avaliação – Atividade mental voltada para interpretar caracterísiticas de uma situação INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Elementos de Cenários • Ação – Comportamento observável • Atores – Pessoas que interagem com o computador ou com o contexto – A descrição de um ator no cenário deve incluir as características pessoais que forem relevantes ao cenário • Objetivos – Efeitos na situação que motivam as ações que os atores realizam • Plano – Atividade mental voltada para converter um objetivo em comportamento INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Cenários: dois “tipos” • para análise do problema – Quem são os usuários? usuários? – O que eles fazem? fazem? – Como? – Que problemas enfrentam? enfrentam? • para projeto – Como eu, designer, vou apoiar os usuários? – Como o sistema que estou projetando vai se encaixar no ambiente de uso? INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 35 Exemplo concreto contexto ator João Pedro estava às vésperas de fazer a prova de Física IV na faculdade faculdade,, e a matéria da prova eram vários capítulos do livro do Halliday. Halliday. Sempre atarefado com suas atividades extraextraevento -curso, curso, João Pedro acabou nãoobjetivo comprando o livro do Halliday e agora chegavaplano a hora da prova e ele precisava estudar estudar.. Sua única Bibliotecaações . Ele chance era pegar o livro na Biblioteca. foi para o primeiro terminal disponível e entrou no sistema de bibliotecas da faculdade.. Não sabia o nome do livro e, na verdade também não sabia escrever faculdade “Halliday Halliday”. ”. Só ouvia o professor e os colegas falarem sempre no tal livro. livro. Que plano fazer? fazer ? Para começar, começar autor, digitando como nome ação , resolveu fazer uma busca por autor, “Haliday Haliday” ”. O resultado foi negativo; negativo; nenhuma obra com aquele autor foi avaliação encontrada.. (...) encontrada ator evento plano contexto objetivo ação avaliação INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 36 37 Exemplo de um cenário útil “Pedro está no segundo período do Bacharelado em História da Faculdade Fonte do Saber. Ele lida com computadores e Internet desde os 10 anos e chegou mesmo a pensar em fazer Informática. Porém, ao conversar com um primo que faz Informática, descobriu que as disciplinas que ele estuda são muito chatas: na realidade entram em tipos de detalhes que ele acha insuportáveis. Mas, Pedro gosta de programar ou de alterar programas – faz websites para os amigos, já instalou softwares de grupo sozinho, e fez até um curso online de PHP. Recentemente, Pedro ouviu um amigo falar de ‘mashups’. O amigo contou maravilhas: disse que ‘meshups’ permitem que qualquer um com um mínimo de conhecimento desenvolva, por exemplo, sites que mapeiam endereços de apartamentos para alugar sobre as imagens do Google Earth! Pedro ficou logo louco para saber o que é isto e foi para a URL que seu amigo indicou na Wikipedia. Se você fosse Pedro, como exploraria os recursos que estão no endereço http://en.wikipedia.org/wiki/Mashup da Wikipedia? INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 38 Exemplo de um cenário nada útil “Você está interessado em conhecer sobre mashups mashups,, uma tecnologia que permite combinar e modificar conteúdos digitais disponíveis na web.. Você tem conhecimentos razoáveis de informática e por isto web quer descobrir que tipo de coisa pode fazer com mashups mashups.. Visite o endereço http://en.wikipedia.org/wiki/Mashup e mostre como procederia para descobrir o que lhe interessa.” Problemas do cenário: – Informação paupérrima sobre quem é o personagem do cenário. – Provavelmente o participante da sessão de estudos sobre a experiência do usuário não vai entender o que se espera dele e vai se desinteressar. – Mesmo que ele faça alguma coisa, com a pobreza de dados de contexto do cenário, é difícil analisar as motivações que o participante teve para agir como agiu. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 39 Exemplo de cenário totalmente errado “Você está interessado em conhecer sobre mashups mashups,, uma tecnologia que permite combinar e modificar conteúdos digitais disponíveis na web.. Você tem conhecimentos razoáveis de informática e por isto web quer descobrir que tipo de coisa pode fazer com mashups mashups.. Você abre seu browser e vai para a página http://en.wikipedia.org/wiki/Mashup da Wikipedia. Lá você primeiro visita todos os links que aparece no texto, Ao visitar o link ‘Mashup (web application hybrid)’ você o acha o mais interessante e se detém na parte que fala de editores de mashups. Mostre como você faria isto.” INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado Este cenário não serve para muito mais do que saber se o participante sabe ler. Exemplo – cadastrando trabalhos e provas no SL João, aluno de Serviço Social, está utilizando o Student Life (SL) pela primeira vez esse período. Ele quer organizar melhor sua vida acadêmica, registrando as datas de prova e de entrega de trabalhos das disciplinas que está cursando. Na segunda semana de aula, durante uma palestra sobre o uso do SL, ele cadastrou no seu notebook todas as disciplinas, uma a uma, juntamente com os dados do professor, de horários e salas de aula de cada uma, e para cada uma cadastrou as datas de provas e trabalhos. No entanto, André, seu professor de Ética Profissional, resolveu adiar o seu trabalho por 2 semanas, atendendo aos pedidos dos alunos que tinham trabalhos de 2 disciplinas a serem entregues na mesma data. Ele aproveita um intervalo entre as aulas para utilizar seu notebook e entra no SL. Logo ativa o calendário, vai até o mês de abril para procurar o trabalho e o encontra na data em que estava cadastrado. João seleciona o trabalho, pede para modificar seus dados e estabelece a nova data: 3 de maio de 2007. Ao voltar ao calendário, percebe que já não está mais no mês de abril, e sim maio, e confere que o trabalho está marcado corretamente na nova data. Ainda um pouco inseguro, João volta para o mês de abril para se certificar de que o trabalho não está mais na data antiga. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 40 Cenários – Perguntas exploradas • O que o projetista almeja descobrir descobrir,, explorar explorar,, verificar ou ratificar com o cenário? • Perguntas: 1. Para que serve o SL? 2. Qual é o perfil de usuários do SL? 3. Que tipos de informação podem ser cadastrados no SL? 4. Como cadastrar uma disciplina no SL? 5. Como se pode cadastrar informações sobre provas e trabalhos no SL? 6. Como as informações sobre provas e trabalhos estão organizadas no SL? 7. Quais são as formas de consultar uma data de prova ou entrega de trabalho no SL? INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado © Departamento de Informática, 2008 41 Exemplo – cadastrando trabalhos e provas no SL João, aluno de Serviço Social, está utilizando o Student Life (SL) pela primeira vez esse período [2]. Ele quer organizar melhor sua vida acadêmica, registrando as datas de prova e de entrega de trabalhos das disciplinas que está Qual é o perfil de usuários docursando [1]. Na segunda semana de aula, durante uma palestra sobre o uso do SL,Para ele cadastrou no seu SL? que serve o notebook todas as disciplinas, uma a uma, juntamente com os dados do professor, de horários e salas de aula de cada uma, e para cada SL? uma cadastrou as datas de provas e trabalhos [3]. No entanto, André, seu professor de Ética Que tipos de informação Profissional, resolveu adiar o seu trabalho por 2 semanas, atendendo aos pedidos dos alunos podem cadastrados no um que tinham trabalhos de 2 disciplinas a serem entregues naser mesma data. Ele aproveita SL? intervalo entre as aulas para utilizar seu notebook e entra no SL. Logo ativa o calendário [7], vai Quais são asnaformas uma [6, até o mês de abril para procurar o trabalho e o encontra data em de queconsultar estava cadastrado data de prova ou entrega de trabalho [6] Como as informações sobre no provas SL? e trabalhos estão maio de 2007 [5]. Ao voltar ao calendário, percebe que já nãono estáSL? mais no mês de abril, e sim organizadas maio, e confere que[7] o trabalho marcado corretamente na nova uma data. Ainda Como seestá pode Quais são ascadastrar formas de consultar data um depouco prova ou informações sobre provas e inseguro, João volta para o mês de abrilentrega para se certificar de que ono trabalho de trabalho SL? não está mais na trabalhos no SL? 7]. João seleciona o trabalho, pede para modificar seus dados e estabelece a nova data: 3 de data antiga. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado © Departamento de Informática, 2008 42 INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 51 Roteiro Geral do Trabalho em grupo de 3 (mínimo) mínimo) ou 4 integrantes (máximo máximo)) 1. Escolher um website √: • • Com problemas relevantes de interação; e Destinado a usuários dos quais vocês possam identificar e contactar com facilidade 2 ou 3 representantes dispostos a colaborarem com entrevistas e testes em pelo menos duas sessões de até 45 minutos. 2. Selecionar porção crítica e avaliar o website: • Através de técnica técnica(s) (s) de inspeção; inspeção e • Através de entrevista com 2 ou 3 usuáriosusuários-colaboradores. colaboradores. 3. Conceitualizar o Re Re--Design: • Re Re--modelar Tarefa(s); Tarefa(s); • Re Re--modelar Interação; Interação; e • Re Re--modelar Interface. Interface. INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 52 Para o dia 07/maio (Vale 1,0 – do total de 3,0) • Decisão sobre o Foco do trabalho e Cenário V.0 – Escreva um Cenário de Problema e de Interação da porção selecionada do site escolhido para Projeto de Curso. Curso. – Escreva a primeira versão do Cenário (Cenário V.0) • Primeira revisão do cenário – Entreviste 2 ou 3 potenciais usuários do sistema para conhecer melhor seu perfil e incrementar a descrição do cenário do trabalho – Escreva a próxima versão do Cenário (Cenário V.1) INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado 53 O circuito e a função dos cenários no projeto Decisão sobre o foco do trabalho Cenário V.0 Entrevista para CONHECER os usuários Etapas seguintes do projeto (próximas aulas) Cenário V.1 INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado