GESTÃO DE PESSOAS: ESTRATÉGIAS E INTEGRAÇÃO ORGANIZACIONAL Mara Rubia Leal – [email protected] Vanessa Cristina de Freitas Piovesan – [email protected] Everton Rodrigo Salvático Custódio [email protected] Heloisa Helena Rovery da Silva – [email protected] RESUMO Atualmente, a competitividade e a busca de novos mercados fazem com que as empresas repensem e atualizem seus modelos de gestão organizacional. A Gestão de Pessoas visa identificar e desenvolver as competências necessárias a nível individual, coletivo e organizacional para o alcance dos objetivos estratégicos da organização, tornando-a sustentável e competitividade em seu ramo de atuação. Uma ferramenta importante é a Gestão Estratégicas de Pessoas, que visa alinhar possibilidade das ações de Recursos Humanos com os objetivos da organização. A Gestão de Pessoas passou a ser mais valorizada, já que o capital intelectual passou a ser reconhecido como grande diferencial das empresas. O presente trabalho tem como objetivo abordar as estratégias organizacionais e o controle de custo na Unimed de Lins, que é uma empresa que atua em áreas da saúde. É crescente a discussão sobre o papel e a importância dos talentos humanos nas organizações de sucesso, e a Unimed assim como outras empresas competitivas e inovadoras, estão apostando no capital intelectual para construir seu diferencial no mercado. Foram realizados levantamentos bibliográficos em diversas fontes, como livros, internet, apostilas de apoio, documentos e normas internas da empresa. A pesquisa exploratória realizada com os colaboradores que visou identificar as principais práticas e ações adotadas pela empresa para atrair e manter seus profissionais talentosos. Pela pesquisa foi possível verificar essas práticas e também levantar os principais obstáculos e dificuldades que prejudicam o êxito nesse processo. Os resultados apresentados mostraram a importância de atrair e reter talentos para o desenvolvimento e a estratégia organizacional. Palavras-chave: Estratégias. Integração. Organizacional. ABSTRACT Currently, competitiveness and the pursuit of new markets mean that companies rethink and update their models of organizational management. The People Management aims to identify and develop skills at individual, collective and organizational support for achieving the organization's strategic objectives, making it sustainable and competitive in their field of expertise. An important tool is the strategic management of people, possible actions aimed at aligning human resources with the aim of the organization. The People Management has become more valuable, since intellectual capital is now recognized as a major differential companies. This paper aims to address the organizational strategies and cost containment in Unimed Lins, who is a research-based healthcare. There is a growing discussion about the role and importance of human talent in successful organizations, and Unimed and other competitive and innovative companies are Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 171 investing in intellectual capital to build his advantage in the market. Literature surveys were carried out in various sources such as books, internet, support handouts, documents and internal company standards. The exploratory research conducted with employees who aimed to identify the core practices and actions taken by the company to attract and maintain talented professionals. For the research was possible to verify these practices and also raise the main obstacles and difficulties that hinder success in this process. The results showed the importance of attracting and retaining talent development and organizational strategy. Keywords: Strategies. Integration. Organizational. INTRODUÇÃO Ao se implantar a Gestão de Pessoas, tem como um dos maiores objetivos reduzirem os custos e permitir que toda empresa desenvolva seus critérios e tenha melhor e maior produtividade operacional. Pretendeu-se pesquisar e demonstrar sobre a função do Departamento de Gestão de Pessoas, avaliar estratégica de pessoas, a cultura organizacional, o desenvolvimento das equipes, a atração, a seleção de pessoas, cargos, carreira, liderança, motivação e analisar a capacitação e desenvolvimento de pessoas. Durante a pesquisa exploratória surgiu à seguinte pergunta-problema: As Estratégias aplicadas na Gestão de Pessoas e a Integração Organizacional proporcionam maior produtividade operacional e menor desperdício dos recursos da empresa? Foi levantada a hipótese de que ao se implantar a Gestão de Pessoas, tem como um dos maiores objetivos reduzir os custos e permitir que toda empresa desenvolva seus critérios e tenha melhor e maior produtividade operacional, uma função que deve ser administrada cuidadosamente, pois envolvem, as formas de remanejamento, treinamento, desenvolvimento, planos estratégicos, custos de absorção e avaliação de desempenho. Para demonstrar a veracidade da hipótese, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico, no período de fevereiro a outubro de 2011, usando os métodos e técnicas seguintes: Método de observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados pelo Departamento de Gestão de Pessoas como suporte para desenvolvimento do Estudo de Caso. Método histórico: observaram-se os dados e evolução da história da empresa e do Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 172 assunto pesquisado, como suporte para desenvolvimento do Estudo de Caso. Estudo de caso: realizou-se um estudo de caso, na Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico, analisando aspectos voltados para aplicabilidade das capacidades e diferenciais individuais. 1 DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL A GESTÃO DE PESSOAS A Gestão de Pessoas ou administração de recursos humanos é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance de objetivos tanto organizacionais quanto individuais, utilizando métodos e técnicas que potencializa o capital humano. Qualquer gestor pode ser um gestor de pessoas, mas somente um tem os meios necessários para se tornar um bom gestor de pessoas. É o titulas (ou a titular) da área de pessoas. Mas, para se tornar um excelente gestor terá de agir estrategicamente. Sempre! (ARAUJO, 2008, p. 1). No final da década de 70, surgiu um movimento renovador originado, principalmente, nos Estados Unidos, e que logo entusiasmou profissionais e educadores de todo o Brasil. Um bom exemplo que mostra a profunda transformação da atual gestão de pessoas a partir dos anos 70 vem em um dos primeiros cursos de Administração de Recursos Humanos aplicados no Brasil. Assim a gestão de pessoas surgiu como solução para as demandas de excelência organizacional, ganhou um novo perfil e uma nova forma de ajudar a organização a crescer. 1.1 Gestão Estratégica de Pessoas Estratégia é uma ação ou conjunto organizado de ações que visa atingir um propósito. A estratégia organizacional, portanto, é um conjunto de ações que visa atingir os propósitos organizacionais. A gestão estratégica começa pelo planejamento, isto é pela decisão de agir. O planejamento estratégico compreende a reflexão sobre a organização e seu ambiente, conduzindo a decisões no sentido de realizar seus propósitos. Gestão significa o cumprimento do processo administrativo: planejamento, organização, controle, direção e coordenação. Por isso mesmo, é preciso que o Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 173 profissional busque a sinergia e estruture o planejamento estratégico. A Gestão de Pessoas vem passando por um processo de intensa transformação. O grande desafio das empresas hoje é identificar e implantar técnicas de gestão que podem garantir o sucesso no mercado em que se posicionam. Nesse contexto, a organização precisa estar alinhada com definições estratégicas claras, sustentadas por uma gestão com amplo envolvimento e participação de seus colaboradores. O planejamento estratégico de Gestão de Pessoas é feito após a elaboração do planejamento estratégico da empresa, e procura adaptar-se a ele no sentido de contribuir para sua implementação. 1.1.1 Cultura Organizacional e Desenvolvimento de Equipes A cultura organizacional consequentemente se torna uma diferença crucial e direciona ações capazes de efetuar as mudanças que vão sim proporcionar um diferencial competitivo. As principais estratégias de gestão de pessoas passam por melhorar e desenvolver o clima organizacional chegando até a própria cultura da empresa. Os stakeholders internos precisam desenvolver aspectos comportamentais e ajudar a tornar o ambiente de trabalho melhor, ou seja, estrategicamente. As empresas inteligentes estão fazendo algo mais útil, construindo organizações com os profissionais que nela atuam, mas que apresentem um desempenho excepcional, através do desenvolvimento individual e/ou de equipes, enquanto a concorrência se preocupa com as mesmas pessoas. Sem foco na estratégia, não há como alinhar a gestão de pessoas com os objetivos organizacionais. E no caso do Recursos Humanos (RH) tradicional, há muitas atividades, principalmente operacionais, que podem ser delegadas, terceirizadas ou simplesmente eliminadas. Tomar essa decisão significa liberar tempo para que os profissionais de Recursos Humanos invistam no seu foco principal, nas pessoas. O alinhamento eficaz requer o entendimento das estratégias e metas e a utilização de indicadores e informações complementares para possibilitar o planejamento, monitoramento, análise e melhoria nos setores de trabalho através de planos, processos, ações, informações e decisões para apoiar as estratégias, Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 174 objetivos e metas globais da organização como um todo. 1.1.2 Atração e Seleção de Pessoas A atração e a retenção de profissionais talentosos é uma das estratégias organizacionais. É crescente a discussão sobre o papel e a importância dos talentos humanos nas organizações de sucesso, assim como outras organizações competitivas e inovadoras, estão apostando neste diferencial, o que mostra a importância de atrair e reter talentos para o desenvolvimento e a sustentabilidade da empresa. São intensas as mudanças nas pessoas e em organizações que buscam vencer num mercado de concorrência acirrada. De uma maneira geral as pessoas podem ser uma vantagem competitiva ou ainda ser uma desvantagem competitiva, dependendo da maneira como são tratadas. “Recrutamento é o processo de identificação e atração de um grupo de candidatos, entre os quais serão escolhidos alguns para posteriormente serem contratados para o emprego.” (MILKOVICH; BOUDREAU, 2008, p. 162). O recrutamento externo coloca a administração de recursos humanos em contato direto com a mão-de-obra externa e com o mercado de produtos, para adequar às necessidades e os interesses da empresa a estes. “A seleção externa é o processo de coletar e utilizar informações sobre os candidatos recrutados externamente para escolher quais deles receberão propostas de emprego.” (MILKOVICH; BOUDREAU, 2008, p. 208). Os métodos tradicionais, tais como anúncios em jornais ou recomendações dos próprios empregados, funcionavam bem, mas nas condições atuais são menos eficazes. A internet criou novas fontes de candidatos a emprego, mas também mais competição. “O recrutamento e a seleção externos referem-se às entradas de empregados na empresa e aos padrões de demissão por ela praticados.” (MILKOVICH; BOUDREAU, 2008, p. 158). Recrutamento interno pode ser caracterizado por promoções ou remanejamento do profissional que já atua na empresa. As evidências sugerem que 99% das empresas usam fontes internas de candidatos; muitas consideram essas fontes mais eficazes do que as externas. A seleção externa, com frequência, é Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 175 utilizada somente depois que a fonte interna tenha sido bem explorada. “O recrutamento interno enfoca os empregados já existentes; portanto, o processo de atração/identificação é contínuo, com uma comunicação bilateral que ocorre durante todo o período do emprego.” (MILKOVICH; BOUDREAU, 2008, p. 311). 2 CARGOS, CARREIRA E SUCESSÃO A atividade de cargos cuida da análise e da avaliação de cargos, considerando os critérios já estabelecidos a cada cargo e em relação aos demais, observando as responsabilidades e limitações para o seu desempenho. A carreira é constituída pelas ocupações e cargos que as pessoas ocupam ao longo de suas vidas de trabalho. À medida que as carreiras afetam o relacionamento entre os indivíduos e as organizações, ambos têm seu papel a desempenhar na administração delas. As carreiras desenvolvem-se por meio da interação entre as escolhas do empregado ao buscar suas aspirações e as escolhas da empresa ao proporcionar as oportunidades que promovam as metas organizacionais. Esse enfoque reflete-se na relação existente entre desenvolvimento da carreira, planejamento da carreira e administração da carreira. “O planejamento da carreira é o processo pelo qual o empregado identifica e implementa os passos necessários para atingir as metas da carreira.” (MILKOVICH; BOUDREAU, 2008, p. 301). Criar mapas com o retrato do nível de preparação das pessoas da equipe auxilia nas decisões de curto, médio e longo prazo. Além de conversas com os envolvidos ou os pares, sobre impressões e potencial do sucessor. É muito importante que o executivo planeje, e muito bem, o processo sucessório. Na realidade, o que se espera é que o executivo não fique acumulando erros nesse assunto, pois parece ser evidente que os prejuízos para a empresa familiar são volumosos. Uma dica especifica nesse aspecto do planejamento do processo sucessório é ele ser muito bem estruturado, tal como é o processo de planejamento estratégico em uma empresa. Portanto, se o executivo fizer o planejamento do processo sucessório de forma global e interativa, os resultados podem ser bem mais interessantes. (OLIVEIRA, 2007 p. 35). Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 176 2.1 Liderança e Motivação A liderança é uma das temáticas que mais atenção tem merecido por parte de profissionais. Considera-se um tópico fundamental nas relações de trabalho, uma vez que os liderados identificam o estilo de liderança como um fator desencadeador dos conflitos laborais. Ao mesmo tempo, as incompatibilidades pessoais e/ou profissionais entre líder e liderado(s), a coexistência de lideranças formais e informais, bem como, a integração dos diferentes estilos ao longo da cadeia hierárquica de uma organização, é apenas parte da complexidade e subjetividade inerente ao tema. As organizações, para alcançar os objetivos que se propõem e se atribuem, organizam-se. A ação de organizar pressupõe trabalho conjunto ou ação concertada. Daqui emerge a necessidade de gerar acordos e de gerir expectativas, criar linguagens comuns e de encontrar soluções aceitáveis para problemas que enfrentam em conjunto. A definição e alcance de objetivos é uma atividade política ou estratégica, no sentido em que implica escolhas e preferências, definição de prioridades, formação de alianças e coligações. O líder deve ter uma acentuada habilidade de lidar com pessoas, de conviver com pessoas, de fazer as coisas com e por meio das pessoas. Deve possuir um enorme instinto de comunicação. Deve saber ouvir e deve saber falar. Saber receber e saber transmitir mensagens e idéias. Saber entrevistar e comunicar. Ter uma forte dose de calor humano. Ter empatia e simpatia. Apesar de toda essa facilidade no relacionamento com as pessoas, o líder usa a sua autoridade de maneira discreta, mas firme e absoluta. Transfere e delega responsabilidades, mas mantém o controle das coisas, assegura a ação e domina o caminho em direção aos objetivos a serem alcançados (CHIAVENATO, 1997, p. 31). A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. Assim, o homem passou a ser considerado um animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar e, assim por diante, continua e infinitamente. 2.2 Criatividade e Inovação As organizações vêm realizando mudanças em seus procedimentos internos Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 177 e externos, incorporando inovações continuadas, buscando assim, adaptar-se aos ambientes da globalização que se modificam em velocidade acelerada, informatização, automatização, downsizing, células de produção, benchmarking, desenvolvimento sustentável, empowerment, terceirização, alianças, organização virtual e responsabilidade social, entre outras tantas iniciativas, que não são meras estratégias em busca de eficiência e eficácia, mas são estratégias inovadoras no esforço de sobrevivência das organizações. A mudança é algo que faz parte da rotina da sociedade atual e, consequentemente, das organizações. Nesse contexto, a maioria das empresas necessita implantar, de modo continuado, programas e projetos de reengenharias ou reestruturações. Entretanto, para que a mudança seja um processo bem sucedido e possa contar com um nível de maior engajamento das pessoas, é preciso que ela seja vista, antes de tudo, como um processo de construção coletiva de novos significados acerca da realidade, de desenvolvimento de uma nova cultura organizacional. A gestão do conhecimento é uma estratégia que transforma bens intelectuais da organização, informações registradas e o talento dos seus membros em maior produtividade, novos valores e aumento de competitividade. 2.3 Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas Treinar e desenvolver são funções de todos os envolvidos, de quem recebe o treinamento, de quem está desenvolvendo uma competência essencial ou não ou de quem está à frente do programa. Esta permanente e sólida interação tem que prevalecer sempre. Para permanecer competitiva a empresa precisa do conhecimento, habilidade e competência de seus empregados; por isso, é imprescindível dar espaço e oportunidade para formação e desenvolvimento dos talentos, pois através desses profissionais será possível agregar valor ao negócio e aproveitar as oportunidades de mercado, sendo uma forte estratégia organizacional para vencer os desafios. 2.4 Gestão de Desempenho A gestão do desempenho surgiu nos últimos anos como um conceito Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 178 alternativo às técnicas tradicionalmente utilizadas de comparar os resultados alcançados com os esperados, de forma que apenas o trabalho previamente planejado deve ser objeto de avaliação. Atualmente há algum mecanismo de acompanhamento que permita corrigir desvios para assegurar que a execução corresponda ao que foi planejado. A avaliação de desempenho é o momento esperado pelo funcionário para que alguém fale de seu desempenho. Assim, o gestor deve citar as realizações e pontos positivos, mas também precisa estabelecer desafios e identificar pontos a melhorar. “É de elevar os profissionais das empresas a altos níveis de desempenho, dividindo com esses profissionais a responsabilidade pela melhoria de desempenho organizacional.” (HIPÓLITO; REIS, 2002, p. 73). Portanto, a gestão de desempenho faz parte de um processo maior de gestão empresarial, pois permitem rever estratégias, objetivos, processos de trabalho e políticas de recursos humanos, entre outros, objetivando a correção de desvios para dar continuidade ao caminho certo da empresa. 3 RELATO DA PESQUISA Através da Gestão de Pessoas a cooperativa consolida a cultura e o desenvolvimento organizacional, por meio do planejamento estratégico, contribuindo para o desempenho das lideranças, alinhando estratégia, tecnologia, processos e pessoas preparadas (talentos). Pautada na confiança mútua, senso de justiça e valorização do relacionamento construímos uma organização sustentável. Mas a gestão de pessoas não é só com os recursos humanos, mas sim, com diretores e gestores, que tem papel fundamental na atração, retenção e na administração de pessoas, ou seja, parceiro do negócio, atuando de forma holística, abrangendo múltiplas responsabilidades, começando impreterivelmente pelos aspectos estratégicos da gestão de gente, sendo simples, prático, objetivo e sem filosofia. 3.1 Clima Organizacional da Unimed de Lins A Unimed de Lins tem um projeto sobre pesquisa de clima organizacional Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 179 (Comunicar para Crescer), onde é realizado pesquisa de clima organizacional, com o objetivo de fomentar o relacionamento interno. Desenvolvendo os gestores para atuar com foco na estratégia, trabalhando com competências para o negócio; atrair e reter talentos; promover a cultura organizacional voltada ao conhecimento, trabalho em equipe, foco do cliente e resultados. É importante dizer que a pesquisa de clima deve sempre estar coerente com o planejamento estratégico da organização e deve contemplar questões de diferentes variáveis organizacionais. Para que a empresa tenha sucesso na mensuração do clima organizacional é necessário: credibilidade no processo, sigilo e confiança. A questão do clima organizacional, como estratégia de gestão, é fundamental para o aumento da melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e para a excelência da própria organização. Desta forma, tem-se que clima organizacional nada mais é do que um indicador do grau de satisfação. O clima organizacional também é afetado por fatores externos à organização, tais como, problemas de relacionamento familiar e social, condições de saúde, habitação, lazer, e dentre outros. Por isso, da necessidade em se investir nos talentos existentes na organização, pois um bom clima organizacional é fundamental para o aumento da melhoria da qualidade de vida das pessoas e, também, para a excelência da própria organização. A Unimed Lins apoia ações culturais e educacionais a fim de sustentar a transformação social do meio no qual está inserida. Garantindo total confiabilidade e transparência aos seus colaboradores em seus processos e gestão. Conclui-se que esta atitude da empresa eleva bastante o índice de motivação dos funcionários, proporcionando maior grau de participação e respeito em suas opiniões. A crença na empresa e o grau de comprometimento dos colaboradores elevam-se sensivelmente. 3.2 Alinhamento Comportamental da empresa Para a empresa, exercer controle sobre suas atividades é um problema recorrente. Se por um lado o controle é necessário para atingir resultados, através de planejamento, estímulo, ação e correção, por outro lado, excessivo controle pode gerar engessamento, efeito contraproducente. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 180 Em nível estratégico, o grau de dificuldade é mesmo maior, pois estratégias são frequentemente intenções, ou vontade de ação sobre o ambiente. E traduzir intenções em ações e, por consequência, estabelecer controle sobre elas, torna-se desafio ainda mais complexo. Para permanecer competitiva a Unimed de Lins precisa do conhecimento, habilidade e competência dos colaboradores, por isso, é imprescindível dar espaço e oportunidade para formação e desenvolvimento dos talentos, enfrentar as mudanças frequentes no cenário social, econômico, político, cultural, tecnológico e ambiental, agregar valor ao negócio e aproveitar as oportunidades de mercado, sendo uma forte estratégia organizacional para vencer os desafios. A estratégia organizacional refere-se ao comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Quase sempre, estratégia significa mudança organizada. No cenário atual o maior desafio das organizações consiste em transformar as pessoas no segredo do sucesso, ou seja, é preciso desenvolvê-las e estimulá-las a fim de que sejam capazes de assegurar os resultados organizacionais. Para que isso ocorra é necessário investir em treinamentos, cursos, proporcionando desafios, oferecendo-lhes qualidade de vida, benefícios diferenciados, remuneração compatível, desenvolvimento profissional, planejamento de carreiras, entre outros. Essas não são ações fáceis de serem aplicadas simultaneamente pelas empresas, mas fazem parte de um processo de constante evolução, que com certeza, propiciarão a retenção de talentos e por consequência, estarão sempre em uma posição de destaque no cenário empresarial. Os recursos da Unimed de Lins estão dimensionados para atender suas necessidades operacionais, agilizar sistemas de informação, integrar colaboradores, reduzir custos e melhorar a eficiência dos processos. CONCLUSÃO Após a realização do trabalho na empresa Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico, pôde-se demonstrar a capacidade e diferenças individuais dos seus colaboradores, na função que melhor desenvolve e, consequentemente, que proporcione resultado financeiro para a empresa. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 181 Nesse contexto, a pesquisa mostrou a importância das Estratégias aplicadas na Gestão de Pessoas e a Integração Organizacional que proporcionam maior produtividade operacional e menor desperdício dos recursos da empresa. A pesquisa responde à pergunta formulada, de que ao se implantar a Gestão de Pessoas, tem como um dos maiores objetivos reduzir os custos e permitir que toda empresa desenvolva seus critérios e obtenha melhor e maior produtividade operacional. É uma função que deve ser administrada cuidadosamente, pois envolve as formas de remanejamento, treinamento, desenvolvimento, planos estratégicos, custos de absorção e avaliação de desempenho. Demonstrando que a identificação da melhor forma de contratação de empregados possibilita uma redução nos custos operacionais da empresa. O presente estudo foi de grande importância, porque foi possível conhecer e analisar a importância da integração organizacional na Gestão de Pessoas. O assunto abordado é envolvente e atual, outros aspectos relevantes poderão ser observados, cabe a outros estudantes aprofundá-los, e atualizá-los no decorrer do tempo. REFERÊNCIAS ARAUJO, L. C. G. de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2008. CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1997. HIPÓLITO, J. A. M.; REIS, G. G. A Avaliação como Instrumento de Gestão. São Paulo: Gente, 2002. MILKOVICH, G. T.; BOUDREAU, J. W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, D. de P. R. de. Administração Estratégica na prática: a competitividade para administrar o futuro das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.4, jul/dez de 2011 182