Tempos verbais e operadores argumentativos Comunicação e Discurso – 1/2012 Prof. Sabine Mendes, Dn. Tempos Verbais (H. Weinrich) Os tempos não têm vinculações com o TEMPO (Chronos). Dois sistemas temporais – função de sinalizar a situação comunicativa em que se inscrevem os enunciadores. Grupo I – Mundo comentado. Grupo II – Mundo narrado. Diferente da visão estruturalista tripartite de verbo (presente, passado e futuro). Conceito de metáfora temporal (quando um mundo invade o outro). Mundo comentado (Koch) GRUPO I – mundo comentado (conteúdo presente em uma comunicação linguística) →no mundo comentado, os interlocutores comprometem-se com seu “dito” = comentar é falar comprometidamente. →o emprego dos tempos comentadores constitui um sinal de alerta para advertir o ouvinte de que se trata de algo que o afeta diretamente e de que o discurso exige a sua resposta, verbal ou não verbal. →tempos verbais: Indicativo: presente, pretérito perfeito composto, futuro do presente, futuro do presente composto, além das locuções verbais formadas com esses tempos. 6 meses de experiência Jovem, poliglota, de excelente reputação e prestígio, bem recebido no Brasil inteiro e em mais de 200 países, procura, para relacionamento experimental de 6 meses e futuro compromisso, pessoas acima de 21 anos, que adorem viver bem, gostem de viajar, ir a restaurantes, shoppings, teatros, supermercados, fazer compras e muitas outras coisas boas da vida. Rio de Janeiro: 0800 21-0080. 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(Nicolas Behr) Mundo narrado (Koch) GRUPO II – mundo narrado → Com relação ao mundo narrado, os interlocutores, ao enunciarem, colocam-se numa posição de distanciamento em relação ao que está sendo dito. → Ao mundo narrado, pertencem todos os tipos de relato, literários ou não. → tempos verbais: indicativo: pretérito perfeito simples, pretérito imperfeito, pretérito mais que perfeito, futuro do pretérito e locuções verbais formadas com tais tempos. Mundo narrado (Koch) Museu da Pessoa - Vinnicius Mendes Ventura. - Vanessa Lopes Lira. Semitempos O modo subjuntivo e as formas nominais dos verbos são considerados semitempos, pois eles se mostram indiferentes à distinção entre mundo narrado e mundo comentado. Resumindo... “Ao mundo narrado, pertencem todos os tipos de relato, literários ou não; tratando-se de eventos relativamente distantes, que ao passarem pelo filtro de relato, perdem muito de sua força, permite-se aos interlocutores uma atitude mais “relaxada”. Ao mundo comentado pertencem a lírica, o drama, o ensaio, o diálogo, o comentário, enfim, por via negativa, todas as situações comunicativas que não consistam, apenas, em relatos, e que apresentem como característica a atitude tensa: nelas o falante está em tensão constante e o discurso é dramático, pois se trata de coisas que o afeta diretamente. (KOCH, 1996, p.194)” O sujeito - Mundo comentado: ele é ativo (espera-se resposta, reação). - Mundo narrado: ele é “passivo” (espera-se atenção). Tal visão resignifica o ponto de vista estruturalista sobre os verbos e busca o ponto de vista do sujeito. O mundo comentado invade o narrado O mundo comentado invade o narrado O mundo narrado invade o comentado No ano passado, o acordo com o FMI, nas condições obtidas, significou grande vitória do recém-eleito presidente Lula. As exigências nada tiveram de anormais e o próprio governo tratou de fixar alto padrão de superávit fiscal. Um novo acordo com o Fundo surtiria o mesmo efeito. (Blindagem útil. Jornal do Brasil, 28/09/03) Perspectiva comunicativa e relevo Mundo comentado Pretérito perfeito Presente do indicativo Futuro do Presente Retrospectivo Tempo zero Prospectivo Pretérito mais que perfeito Pretérito perfeito Pretérito imperfeito Futuro do Presente Retrospectivo Tempo zero Futuro do pretérito Mundo narrado Relevo - só é indicado por meio do tempo verbal no mundo narrado, manifestando o 1º plano pelo perfeito e o 2º plano (pano de fundo) pelo imperfeito . - Eduardo e Mônica. Eduardo e Mônica Legião Urbana Quem um dia irá dizer Que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão? Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar Ficou deitado e viu que horas eram Enquanto Mônica tomava um conhaque No outro canto da cidade, como eles disseram Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Um carinha do cursinho do Eduardo que disse "Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir" Festa estranha, com gente esquisita "Eu não tô legal", não agüento mais birita" E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa "É quase duas, eu vou me ferrar" Operadores argumentativos (Koch) PERTENCEM A CLASSES GRAMATICAIS DIVERSAS NA GRAMÁTICA TRADICIONAL E, EM ALGUNS CASOS, SÃO INCLUÍDOS NO GRUPO DE PALAVRAS DENOTATIVAS Análise do discurso publicitário (Fernandes, 2008) – sentido de intimidação. Análise do discurso publicitário (Fernandes, 2008) – introdução de uma pressuposição – já – cabelos enrolados antes? Análise do discurso publicitário (Fernandes e Silva, 2008) – introdução do argumento mais forte