DEART PROGRAMA DE DISCIPLINA CCH METODOLOGIA DO ENSINO DAS ARTES CÊNICAS Curso de Licenciatura Plena em Educação Artística Departamento de Artes/Centro de Ciências Humanas Disciplina: Metodologia do Ensino das Artes Cênicas Código: 808.0 Créditos: 2.2.0 Carga Horária: 90 horas Ano/semestre: 2003/1º Pré-requisito: Didática EMENTA Teoria e prática das Artes Cênicas na educação. A evolução das Artes Cênicas e o arte-educador. Panorama das Artes Cênicas, suas estruturas e funcionamento em todo o território nacional. Aspectos metodológicos para o ensino das Artes Cênicas no 1º e 2º graus. Elaboração de programas, planos de curso, de unidade didática e de aula para o ensino das Artes Cênicas. JUSTIFICATIVA Face às peculiaridades que historicamente envolveram o desenvolvimento curricular das três disciplinas da área de metodologia de ensino no curso de Licenciatura em Educação Artística da UFMA – Metodologia do Ensino das Artes Plásticas, metodologia do Ensino das Artes Plásticas, Metodologia do Ensino das Artes Cênicas e Metodologia do Ensino do Desenho -, e considerando-se a reformulação curricular que havia iniciado em 1994, decidiu-se, naquela época, estudar a possibilidade de ofertar disciplinas em tela de maneira isolada ou integrada, razão pela qual os programas foram modificados e a partir de então atualizados sob a mesma perspectiva. Assim, o presente documento constitui-se na terceira versão do programa de 1994, o qual foi reelaborado em 1995. Os Parâmetros que direcionam a configuração dos referidos programas buscam atender a alguns princípios , a saber: (i) atendimento à orientação das ementas recomendadas no projeto Curricular do Curso; (ii) estabelecimento de um núcleo comum de conteúdos, fundamentando-o no campo histórico-filosóficopedagógico da arte-educação; (iii) desenvolvimento de atividades articuladoras de relações entre teoria e prática; (iv) estabelecimento de procedimentos que possibilitem a oferta das diciplinas na forma isolada – para turmas de uma mesma habilitação, com ênfase ao estudo dos métodos artístico-pedagógicos das Artes Cênicas, das Artes Plásticas ou do Desenho – ou integrada – para turma mista, neste caso dando ênfase à socialização das possibilidades de cada uma das modalidades artísticas – tendo em vista atender as demandas ocorrentes nos semestres letivos; (v) concepção de um procedimento extensionista vinculado ao curricular. No que se refere ao último item citado acima, foi instituicionalizado o Projeto Oficinas de Arte no Interior Maranhense, já operacionalizado em Alcântara e Chapadinha (1994); Codó, Pinheiro e Santa Helena (1995); Vargem Grande e Paço do Lumiar (2000). Registre-se que, nos momentos em que não foram favoráveis as condições de realização das oficinas em cidades do interior, planejou-se sua execução em escolas ou espaços comunitários de São Luís. OBJETIVOS Propiciar um posicionamento crítico sobre o ensino das artes face aos seus principais conceitos, fundamentos e correntes estéticos-pedagógicas. Compreender as abordagens metodológicas inerentes ao ensino das artes numa perspectiva histórica, com ênfase na situação e legislação brasileira da atualidade. Compreender as funções, os objetivos e os processos de expressão e comunicação inerente à linguagem das Artes Cênicas, articulando-os às teorias e práticas psicopedagógicas Estimular o desenvolvimento de estudos, reflexões, vivências e pesquisas sobre a prática pedagógica do/a professor/a de arte, analisando seu papel junto ao /à aluno/a concreto/ª Planejar, executar e avaliar experiências de ensino-aprendizagem, seja no âmbito da sala de aula (micro-aulas e seminários) ou oficinas de arte (comunidade externa). CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Primeira parte Conceituação acerca de ensino das linguagens artísticas, privilegiando-se os seguintes temas de estudo: (i) fundamentos da arte na educação, com ênfase na psicopedagogia; (ii) relações entre arte e educação no contexto da realidade brasileira; (iii) epistemologia do ensino das linguagens artísticas; (iv) panorama legal e diretrizes do ensino da arte no Brasil; (v) conceito de metodologia do ensino. Segunda parte A questão da praxis no ensino das artes a partir das seguintes abordagens: (vi) natureza e sentido do planejamento educacional na perspectiva da metodologia de ensino das linguagens artísticas; (vii) métodos e Elaboração: Prof. Arão N. Paranaguá de Santana Aprovado em Assembléia Departamental técnicas de ensino das artes, em nível de educação básica; (viii) contribuições históricas clássicas da pedagogia do teatro; (ix) teoria e prática de ensino das Artes Cênicas, enfocando-se procedimentos em termos de educação formal e informal. Terceira parte Prática e avaliação no ensino das linguagens artísticas, considerando-se o estudo dos seguintes temas: (x) recursos didáticos para o ensino das Artes Cênicas; (xi) planejamento de atividades voltadas para o ensino das artes, em termos de educação formal e informal; (xii) planejamento, realização e avaliação do Projeto Oficinas de Arte no interior maranhense, atendendo à programação elaborada a cada semestre letivo. PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS SISTEMA DE AVALIAÇÃO A disciplina deverá ser pautada através da articulação entre teoria e prática, com ênfase na realização da atividades de leitura, aulas teóricas, seminários, exercícios práticos e oficinas, visandose à construção de um pensamento sistematizado acerca da temática formação do/a professor/a de Artes Cênicas. O material didático ser composto de textos selecionados na literatura especializada, vídeos, filmes, internet e outros recursos interativos, utilizando-se de técnicas de registro de aulas como protocolo, portifólio ou diário de bordo. Por outro lado, comporão a programação de atividades documentos tais como planejamento pedagógico ou relatório de atividades, produzidos pelos discentes com a orientação do/a professor/a. No curso de cada ciclo será efetivada uma avaliação acerca do processo coletivo e individual. Para efeitos de nota, serão observados os seguintes aspectos: participação qualitativa nas aulas; envolvimento nas atividades teóricas e práticas; contribuição para a produção e discussão de idéias em sala de aula; preparação de material reflexivo acerca das atividades realizadas (protocolo, portifólio, diário de bordo, relatórios e similares); capacidade de leitura, compreensão e produção textual; participação no Projeto Oficinas de Arte no interior maranhense. Para efeitos de atribuição de notas são recomendadas as estratégias descriminadas a seguir: Primeira nota Participação ativa nas discussões efetivadas em sala de aula, inclusive em termos de assiduidade e pontualidade; desempenho em prova escrita ou outra forma de produção textual; realização de um registro de aula, na forma de protocolo ou procedimento semelhante; auto-avaliação. Segunda nota Todos os listados acima, excetuando-se desempenho em prova e acrescentado-se a produção de planejamento pedagógico de seminário ou micro-aula e relatório de atividades. Terceira Nota Participação no processo coletivo de planejamento, realização e avaliação do Projeto Oficinas de Arte no Interior Maranhense. Reposição Desempenho em prova escrita e/ou produção textual acerca de temas inerentes ao conteúdo a ser reposto, considerando-se a literatura recomendada. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ABRAMOVICH, Fanny. Teatricina. Rio de Janeiro: MEC/SNT, 1979. BARBOSA, Ana Mae. Recorte e colagem: a influência de John Dewey no Braisil. SãoPaulo: Cultrix, 1984. CABRAL, Beatriz. Ensino do teatro : experiências interculturais. Florianópolis: Imprensa Universitária, 1999. CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisação teatral. São Paulo: Perspectiva, 1983. COLL, César. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. São Paulo: Ática, 1996. DUARTE Jr. João Francisco. Fundamento da arte na educação. SãoPaulo”Cortez, 1981. FERRAZ. Maria H. & FUSARI, Maria F.R. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cortez, 1993. JAPIASSÚ, Ricardo. Metodologia do ensino do teatro. Campinas (SP), 2001. KOUDELA, Ingrid Dormien. Texto e jogo. São Paulo: Perspectiva, 1996. MARTINS, Míriam C. PICOSQUI, Gisa & Guerra, Maria T.T. Didática do ensino da arte: a língua do mundo – poetizar, fruir e conhecer médio. São Paulo: FTD, 1998. MEC. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio. Brasília: Secretaria de Ensino Médio, 1999. MEC. Parâmetros curriculares nacionais (III e IV ciclos). Brasília: Secretaria de Ensino Fundamental, 1998. MEC. Parâmetros curriculares nacionais (Ie II ciclos). Brasília: Secretaria de Ensino Fundamental, 1997. LOPES, Joana. Pega teatro. São Paulo: Centro de Educação Popular, 1981. PENNA, Maura (coord.) Os parâmetros curriculares nacionais e as concepções de arte. 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