Naquele tempo, estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disselhes: «Que procurais?». Eles responderam: «Rabi – que quer dizer ‘Mestre’ – onde moras?». Disse-lhes Jesus: «Vinde ver». Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias» – que quer dizer ‘Cristo’ –; e levou-o a Jesus. Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer ‘Pedro’. Jo 1, 35-42 Nas leituras bíblicas deste domingo — o segundo do Tempo Comum — sobressai o tema da vocação: no Evangelho é a chamada dos primeiros discípulos por parte de Jesus; na primeira Leitura é a chamada do profeta Samuel. Em ambas as narrações é evidenciada a importância da figura que desempenha o papel de mediador, ajudando as pessoas chamadas a reconhecer a voz de Deus e a segui-la. No caso de Samuel, trata-se de Eli, sacerdote do templo de Siló, onde antigamente estava conservada a arca da aliança, antes de ser transportada para Jerusalém. Uma noite Samuel, que ainda era jovem e vivia desde pequeno ao serviço do templo, ouviu-se chamar no sono três vezes consecutivas e foi ter com Eli. Mas não era ele quem o chamava. Na terceira vez Eli compreendeu, e disse a Samuel: se te voltar a chamar, responde: «Fala, Senhor, o teu servo ouve-te» (1 Sm 3, 9). Assim aconteceu, e a partir de então Samuel aprendeu a reconhecer as palavras de Deus e a tornar-se o seu profeta fiel. No caso dos discípulos de Jesus, a figura mediadora é João Baptista. Com efeito, João tinha um amplo círculo de discípulos, e entre eles também dois pares de irmãos, Simão e André, João e Tiago, pescadores da Galileia. Precisamente a dois deles João Baptista indicou Jesus, no dia seguinte ao seu baptismo no rio Jordão. Indicoulho dizendo: «Eis o cordeiro de Deus!» (Jo 1, 36), que equivalia a dizer: «Eis o Messias». E os dois seguiram Jesus, permaneceram por muito tempo com Ele e convenceram-se de que Ele era deveras o Cristo. Imediatamente o disseram aos outros, e assim formou-se o primeiro núcleo daquele que se teria tornado o colégio dos Apóstolos. À luz destes dois textos, gostaria de ressaltar o papel decisivo da guia espiritual no caminho de fé e, em particular, na resposta à vocação de especial consagração ao serviço de Deus e do seu povo. Já a própria fé cristã, em si, pressupõe o anúncio e o testemunho: de facto, ela consiste na adesão à boa nova que Jesus de Nazaré morreu e ressuscitou, que é Deus. E assim também a chamada a seguir Jesus mais de perto, renunciando a formar uma própria família para se dedicar à grande família da Igreja, passa normalmente através do testemunho e da proposta de um «irmão mais velho», normalmente um sacerdote. Sem esquecer o papel fundamental dos pais, que com a sua fé genuína e jubilosa e com o seu amor conjugal mostram aos filhos que é bom e possível construir toda a vida no amor de Deus. PAPA BENTO XVI, Angelus, 15 de Janeiro de 2012. É necessário passar por muitas tribulações para entrar no reino de Deus. A muitas perseguições correspondem muitas provações: onde há muitas coroas de vitória tem de ter havido muitos combates. É bom para ti que haja muitos perseguidores, pois entre tantas perseguições mais facilmente encontrarás o modo de ser coroado. Consideremos o exemplo do mártir Sebastião, que hoje celebramos. Nasceu em Milão. Talvez o perseguidor já se tivesse afastado, ou talvez ainda não tivesse vindo a este lugar, ou seria mais condescendente. De qualquer modo, Sebastião compreendeu que aqui, ou não haveria luta, ou ela seria insignificante. Partiu para Roma, onde grassavam severas perseguições por causa da fé; aí foi martirizado, isto é, aí foi coroado. Deste modo, ali onde tinha chegado como hóspede, encontrou a morada da imortalidade eterna. Se não houvesse mais que um perseguidor, talvez este mártir não tivesse sido coroado. Mas o pior é que os perseguidores não são só aqueles que se vêem: há também os que não se vêem, e estes são muito mais numerosos. Assim como um único rei perseguidor emitia muitos decretos de perseguição, e desse modo havia diversos perseguidores em cada uma das cidades ou das províncias, também o diabo envia muitos servos seus a mover perseguições, não apenas no exterior, mas dentro da alma de cada um. Destas perseguições foi dito: Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus sofrem perseguição. E disse ‘todos’, não excluiu nenhum. Quem poderia na verdade ser exceptuado, quando o próprio Senhor suportou os tormentos das perseguições? Quantos há que, em segredo, todos os dias são mártires de Cristo e dão testemunho do Senhor Jesus! Conheceu esse martírio aquele apóstolo e testemunha fiel de Cristo, que disse: Esta é a nossa glória e o testemunho da nossa consciência. Da Exposição de Santo Ambrósio, bispo, sobre o Salmo 118 (Cap. 20, 43-45.48: CSEL 62, 466-468) (Séc. IV) Nota Histórica Foi martirizado em Roma no começo da perseguição de Diocleciano. O seu sepulcro, na Via Ápia «ad Catacumbas», foi venerado pelos fiéis desde a mais remota antiguidade. DOMINGO II DO TEMPO COMUM, 18 de Janeiro O 2º Guião preparatório do Sínodo de Lisboa 2016, está disponível para quem o desejar levar e reflectir. Está em curso o restauro de mais um tramo da abóbada do tecto da nave, fruto de donativo concedido pela Fundação Millennium BCP, a quem muito agradecemos. Segunda-feira, 19 de Janeiro 12h, Meditação sobre a encíclica "Ut unun sint", no Oitavário pela Unidade dos Cristãos. 13h, Reunião com os membros da próxima Direcção da Irmandade do Santíssimo Sacramento de São Nicolau. 21h, Distribuição "refeição quente" a pessoas em situação de sem abrigo, no Largo das Cebolas. Terça-feira, 20 de Janeiro 12h30, Missa com a ACEGE, seguida de reunião e almoço em São Nicolau. Quarta-feira, 21 de Janeiro 12h, Meditação sobre a encíclica "Ut unun sint", no Oitavário pela Unidade dos Cristãos. Distribuição do cabaz de São Nicolau, em ritmo semanal, a famílias necessitadas. Acompanhamento no Banco Solidário de Roupa. Porta aberta: apoio social e jurídico. Quinta-feira, 22 de Janeiro 12h, Meditação sobre a encíclica "Ut unun sint", no Oitavário pela Unidade dos Cristãos. 19h, Assembleia Geral da Irmandade do Santíssimo Sacramento de São Nicolau: Eleição dos Órgãos Sociais. 20h Reunião/Jantar com os Irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento de São Nicolau. 22h, Missa com a Irmandade na solenidade de São Vicente, padroeiro do Patriarcado, a quem confiaremos o trabalho de preparação para o Sínodo de Lisboa, a partir do 2º guião: "Na crise do Compromisso Comunitário". Sexta-feira, 23 de Janeiro 12h, Meditação sobre a encíclica "Ut unun sint", no Oitavário pela Unidade dos Cristãos 20h, Encontro com as pessoas “em situação de sem abrigo” na Igreja da Conceição Velha e distribuição de refeição quente no Largo das Cebolas. Sábado, 24 de Janeiro 10h, Missa em rito romano, na extraordinária, Igreja de São Nicolau. forma DOMINGO III DO TEMPO COMUM, 25 de Janeiro 16h, Missa com a Comunidade Angolana, Igreja de Santa Madalena.